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DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS

INSTRUÇÃO TÉCNICA DE RECURSOS HUMANOS Nº 225, de 30 de dezembro


de 2009.

Estabelece orientações e diretrizes às Unidades de


Administração de Recursos Humanos no âmbito do
CBMMG, visando uniformização e padronização de
procedimentos para a concessão e lançamentos de
férias anuais e prêmio aos militares da Instituição em
observância ao que dispõe as normas legais.

O DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DO CORPO DE BOMBEIROS


MILITAR DE MINAS GERAIS, no uso da competência que lhe confere o art. 2, inc. I
da Resolução nº 01, de 21jan00, e dos dispositivos do art. 5º, Incisos II, XI, XVI, art.
10, Inciso I, constantes da Resolução nº 247, de 20abr07, e considerando:

a) ao que dispõe o Titulo III, Capitulo I, do Estatuto dos militares do


Estado de Minas Gerais, que dispõe sobre férias dos militares;

b) ao que dispõem os artigos 6º e 7º da Lei Complementar 109, de 22


de dezembro de 2009;

c) às disposições da resolução no 076 de 20 de Junho de 2002;

d) a necessidade de fixação do primeiro período de gozo de férias


anuais do militar a partir da data de sua admissão no CBMMG com o lançamento
referencial destas no ano posterior ao ano de inclusão.

BAIXA A SEGUINTE INSTRUÇÃO:

Art. 1º - O período aquisitivo de férias anuais será considerado após o cômputo de


12 (doze) meses de efetivo exercício no serviço, a partir da admissão do militar no
CBMMG, tendo como referência para a concessão o ano imediatamente posterior ao
da inclusão.

§ 1º - O direito ao gozo de férias anuais somente será efetivado a partir do cômputo


do efetivo período aquisitivo, ou seja, 12 meses de efetivo exercício no serviço.
§ 2º - As férias adquiridas deverão ser gozadas no máximo até o 12º mês da
aquisição do direito, exceto as férias cassadas que poderão ser gozadas
cumulativamente com as do período seguinte.

§ 3º - As férias anuais cassadas por absoluta necessidade do serviço, e que não


forem gozadas até limite de dois anos, acrescerão ao tempo de serviço do militar
nos termos da norma vigente, devendo o respectivo abono ser lançado até o 23º
mês da aquisição, caso ainda não tenha sido lançado.

§ 4º - Para cada cinco dias de férias anuais cassadas e não gozadas, será acrescido
um dia, para efeito de contagem do tempo de serviço do militar.

Art. 2º - Os militares têm direito de gozar, por ano, vinte e cinco dias úteis de férias.

§ 1º - Não haverá data fixa para início do gozo de férias, devendo ser observado o
plano de férias que será organizado de acordo com a conveniência do serviço.

§ 2º - Não serão considerados dias úteis os sábados, domingos e feriados nacionais.

§ 3º - São considerados feriados nacionais, conforme a Lei 10.607/02 as datas


assim definidas:

a) 1º de janeiro, Confraternização Universal;

b) Paixão de Cristo (sexta-feira santa), data móvel;

c) 21 de abril, Tiradentes;

d) 1º de maio, Dia Mundial do Trabalho;

e) 07 de setembro, Independência do Brasil;

f) 12 de outubro, Nossa Senhora Aparecida;

g) 02 de novembro, Finados;

h) 15 de novembro, Proclamação da República;

i) 25 de dezembro, Natal.

Art. 3º - O abono relativo às férias será efetuado integralmente no primeiro período


de gozo, independente de fracionamento, com base na remuneração vigente à
época, devendo ser lançado até o mês que antecede ao efetivo gozo das férias,
verificado o dia de formatação para a folha de pagamento.

Art. 4º - Os militares em Curso de Formação de Oficiais poderão a cada 12 (doze)


meses no curso, segundo o calendário escolar, ter o lançamento antecipado do
período de férias anuais, observando-se a seguinte uniformização:

a) as férias anuais dos militares admitidos diretamente ao Curso de Formação de


Oficiais terão como referência o ano posterior ao ano de admissão na Instituição;
b) os militares oriundos do corpo de tropa e matriculados no Curso de Formação de
Oficiais terão suas férias anuais, conforme direitos já consolidados, e adequados
seu gozo, segundo o calendário de férias escolares e os períodos que não forem
possíveis de concessão de gozo, serão computados para vantagens na forma do
EMEMG;

c) o militar oriundo do Curso de Formação de Oficiais e não promovido à graduação


de Aspirante a Oficial, que tenha computado o direito às férias anuais, será incluído
no calendário de férias da Unidade em que for classificado;

d) no caso de ASPIRANTE A OFICIAL, as férias anuais somente poderão ser


gozadas após o PERIODO DE ESTÁGIO (arregimentação);

e) a Unidade de Ensino lançará no sistema de recursos humanos os respectivos


períodos de recesso escolar, segundo publicações em BI’s da Unidade de Ensino;

Parágrafo Único – Serão computados como tempo de efetivo serviço, os dias ou


períodos de recessos escolares concedidos pela administração de ensino.

Art. 5º - As Unidades deverão confeccionar o Plano de Férias Anuais, lançando as


férias do mês de janeiro até o 5º dia do mês de novembro do ano anterior em que o
bombeiro militar irá gozá-las e o restante do plano até 31 de dezembro do ano
anterior, providenciando o lançamento de todo o plano no sistema informatizado de
recursos humanos, ficando o lançamento em cada mês, somente para os casos
extemporâneos.

Art. 6º - O lançamento do período de férias anuais correspondente ao último ano de


efetivo serviço deverá ocorrer no decurso do respectivo ano, considerando e
retroagindo os dias de dispensa relativos ao Programa Preparação para a Reserva,
férias anuais não gozadas, férias prêmio que o militar tenha direito de gozo (se
assim quiser), e dispensas de serviço que ainda não gozadas.

§ 1º - As férias anuais relativas ao último ano de efetivo serviço poderão ser gozadas
cumulativamente com as férias do penúltimo ano de efetivo serviço.

§ 2º - Não havendo o cômputo de trinta anos de efetivo serviço, as férias anuais


serão concedidas à proporção dos últimos meses trabalhados.

§ 3º - Apurado o direito de férias na forma do parágrafo anterior, estas poderão ser


concedidas e gozadas com antecipação do referido período, tendo em vista o
cômputo final dos meses de efetivo serviço trabalhados.

Art. 7º - O Plano de Férias das Unidades do CBMMG deverá ser elaborado


conciliando-se a necessidade do serviço, a legalidade da concessão de férias anuais
e/ou prêmio e o interesse do militar, no decorrer de um ano, de forma que seja
assegurada a continuidade dos serviços operacionais e/ou administrativos de cada
Unidade.
Art. 8º - O gozo de férias anuais ou prêmio deverá conciliar o interesse do serviço,
observando-se a divisão equânime do efetivo por círculos hierárquicos e o
percentual geral permitido por Unidade, bem como a demanda operacional ordinária
e de eventos de forma que não ocorra redução de efetivos por posto e graduação,
tendo em vista a necessidade da administração e o cumprimento da missão da
instituição em todos os níveis de comandos.

Art. 9º - As férias anuais e/ou prêmio serão publicadas em Boletim Interno Especial
(BIE), para conhecimento de todos os militares, de forma que nenhum integrante da
respectiva Unidade desconheça o mês em que estará em gozo de férias anuais e/ou
prêmio.

§ 1º - A Unidade deverá publicar mensalmente o gozo de férias referentes ao mês


posterior, devendo atualizar o lançamento das férias no Sistema Informatizado de
Recursos Humanos, antes do fechamento da formatação de pagamento do mês que
antecede o gozo das férias.

§ 2º - A Unidade deverá realizar conferência minuciosa do relatório de férias anuais


emitido pelos registros do sistema informatizado de recursos humanos, antes da
formatação de cadastro mensal.

Art. 10 - O Plano de Férias publicado em BIE, somente será alterado nos casos de
extrema necessidade do serviço e interesse da administração. A documentação
comprobatória do motivo e justificação da alteração deverá tramitar com prioridade
para acertos dos respectivos atos e sistema informatizado de recursos humanos.

Art. 11 - As férias anuais poderão ser gozadas em no máximo dois períodos,


um dos quais com duração mínima de dez dias úteis, de acordo com o
interesse do serviço.

Art. 12 - Não haverá cassação de férias anuais a interesse próprio, ocorrendo


somente nas hipóteses de absoluta “necessidade do serviço”, e por ato de ofício
da administração com motivação expressa no ato publicado.

Parágrafo Único – São situações consideradas para a cassação de férias:

a) agregação ao respectivo Quadro, exceto agregação por excesso ao Quadro;

b) decretação de perda da graduação;

c) decretação de perda do posto;

d) início de cumprimento de pena privativa de liberdade imposta pela justiça;

e) permanência do militar para o exercício de atividades especializadas;

f) prescrição de internação hospitalar;

g) prescrição de licença médica com repouso em casa;

h) transferência para a reserva não remunerada, compulsória ou a pedido;


i) transferência para a reserva remunerada, compulsória ou a pedido.

Art. 13 - O documento origem de solicitação de cassação de férias deverá constar o


ciente do militar e despacho do Diretor, Comandante da Unidade, ou Chefe com a
exposição circunstanciada e precisa para o ato. A publicação do ato em Boletim
Interno conterá informaçõesdo número de dias cassados, o BI que
publicou anteriormente o gozo das férias anuais, e ainda, o exercício das
férias anuais cassadas com a efetivação do lançamento em sistema
informatizado de recursos humanos.

Art. 14 - Havendo férias cassadas, não se permitirá em hipótese alguma o


lançamento de novo período de férias anuais com o lançamento do abono, enquanto
não houver o efetivo gozo do período cassado.

Parágrafo Único – Havendo férias lançadas e não cassadas no sistema de recursos


humanos dentro do período previsto para o respectivo gozo, o Diretor, Comandante
ou Chefe, determinará apuração circunstanciada do fato, com a juntada dos
documentos comprobatórios e emissão de parecer pessoal, encaminhando ao
Diretor de Recursos Humanos.

Art. 15 - A cada período aquisitivo de férias prêmio o militar requererá seu direito, e
sendo deferido, poderá solicitar o seu gozo.

Parágrafo Único – Para efeitos de gozo de um mês de férias prêmio será


considerado o período equivalente a 30 (trinta) dias.

Art. 16 - Respeitados os interesses da administração, as férias prêmio poderão


iniciar-se a qualquer dia do mês, podendo a Unidade adequar seu gozo segundo o
calendário estabelecido para as férias anuais.

Art. 17 - As férias prêmio serão cassadas a requerimento e vontade do interessado,


a publicação do ato esclarecerá o motivo “no interesse próprio”.

Art. 18 - As férias prêmio também poderão ser cassadas quando o militar incidir em
qualquer dos tópicos de “NECESSIDADE DO SERVIÇO”, previstas no Parágrafo
Único do art. 12.

Art. 19 - Toda cassação de férias prêmio será publicada em Boletim Interno


constando o motivo real da cassação, o número de dias cassados, o BI que publicou
anteriormente o gozo das férias prêmio e a referência do qüinqüênio origem da
aquisição do direito.

Art. 20 - O militar que estando em gozo de férias e for transferido de uma Unidade
para outra Unidade, deverá ser desligado logo após sua apresentação, pronto para o
serviço, no prazo máximo de cinco dias, salvo se o mesmo for Ordenador de
Despesas, detentor de Carga Patrimonial, Agente de Atividade ou Agente de
Adiantamento; situações em que será ajustada a passagem de função e prestação
de contas, e efetivados os respectivos atos, devendo o desligamento ocorrer em no
máximo 30 (trinta) dias.

Art. 21 - O militar que transferido de Unidade e encontrar-se no calendário de férias,


a Unidade de destino deverá adequar o gozo de férias, conforme constava no
calendário da Unidade de origem mesmo que o percentual estabelecido na Unidade
de destino seja excedido.

§ 1º - O militar que for designado de uma Subunidade/Seção para outra


Subunidade/Seção dentro da própria Unidade, não terá alterado o seu calendário de
férias.

§ 2º - A Unidade de origem deverá informar a Unidade de destino o calendário de


férias do militar transferido.

Art. 22 - Estando o militar em gozo de férias e ocorrendo situação que ensejar


dispensa do serviço, esta não prejudicará o direito às férias, que serão interrompidas
e prorrogadas, após findar o período de dispensa.

Parágrafo Único - São considerados períodos de dispensa:

a) dispensa luto: 08 (oito) dias (óbito de pai, mãe, cônjuge, filhos, irmãos e sogros);

b) dispensa núpcias: 08 (oito) dias;

c) dispensa paternidade: 05 (cinco) dias;

d) dispensa maternidade: 180 (cento e oitenta) dias;

e) no caso de adoção, conforme idade da criança poderá ser concedida a dispensa


paternidade e/ou o total ou parte da dispensa maternidade nos termos da Resolução
nº 273/07 e leis vigentes;

Art. 23 - O interessado deverá comunicar a Seção de Recursos Humanos da


Unidade, com a maior brevidade possível e oportunamente, por escrito, o fato ou
evento que ensejar dispensa e conseqüente interrupção de suas férias, fazendo-se
juntar cópias dos documentos comprobatórios necessários.

Art. 24 - Na coincidência de fatos ou eventos que motivem as dispensas previstas no


art. 22, não haverá o acúmulo das dispensas, que serão gozadas a partir da data do
evento, simultaneamente.

Art. 25 - Para fins do disposto no art. 22º, a ocorrência de duplo falecimento e/ou
duplo nascimento na mesma data, não gera a duplicidade de dias da dispensa.

Art. 26 - O militar em gozo de férias que for se ausentar de sua sede deverá antes
do deslocamento comunicar a Seção de Recursos Humanos de sua Unidade, locais
ou endereços que possa ser localizado com telefones de contato, para o possível
acionamento no interesse da administração.
Art. 27 - O militar que se encontrar em férias e for requisitado no respectivo período
para ser ouvido em Processo Judicial decorrente de sua função ou por Autoridade
de Polícia Judiciária ou Poder Judiciário, a administração comunicará a situação
àquela autoridade e não sendo possível adiar o comparecimento do militar perante a
autoridade requisitante, deverá ser prorrogado o período de férias no número de
dias em que o militar estiver à disposição da requisição.

Art. 28 - Todas as Unidades deverão adequar à situação de férias de seus militares


orientando-os sobre a nova realidade, observando que cada período aquisitivo de
férias anuais somente ocorrerá após a conclusão de 12 (doze) meses de efetivo
serviço prestado, considerando o dia e mês de admissão na instituição, devendo:

a) rever a situação dos períodos de férias já concedidas em que foi considerada a


concessão de férias, tendo como referência o ano de inclusão/admissão;

b) rever a situação de períodos de férias já concedidas, cujo período aquisitivo se


deu sem haver consolidados os 12 (doze) meses de efetivos serviços prestado;

c) rever as situações de férias concedidas irregularmente e que foram utilizadas para


aquisição de vantagens (como qüinqüênios, férias prêmio, etc.);

§ 1º – As Unidades terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para realizar os


respectivos atos corretivos, publicando-os em BI, efetuando os ajustes no sistema
informatizado de recursos.

§ 2º - Os casos em que houver necessidade de restituição de vantagens percebidas


indevidamente, a OBM deverá encaminhar os atos a DRH para fins de auditagem e
providências subseqüentes.

Art. 29 - Esta Instrução Técnica de Recursos de Humanos entrará em vigor na data


de sua publicação.

(a) CLÁUDIO VINÍCIO SERRA TEIXEIRA, CORONEL


DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS

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