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UNIMOGI – FACULDADE MOGIANA DO ESTADO DE SÃO PAULO


CURSO DE PSICOLOGIA

O SOFRIMENTO HUMANO

MOGI GUAÇU - SP
2022
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MÁRCIO JUNIO DA SILVA ANDRADE

O SOFRIMENTO HUMANO! resenha

Resenha apresentada à Faculdade Mogiana do


Estado de São Paulo (Unimogi) como parte dos
requisitos da disciplina de Fundamentos
Históricos da Psicologia e os Fundamentos da
Psicologia Contemporânea do 2º semestre do
Curso de graduação em Psicologia.

Professora:
Tatiana De Andrade Barbarini

MOGI GUAÇU - SP
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2022
INTRODUÇÃO

O sofrimento humano é a maior causa das doenças mentais perante a


humanidade.
Este sofrimento que está enraizado em gerações, desde os primeiros povos, trouxe
para a Alma doenças inimagináveis.
Referente a este trabalho, tem o objetivo de elaborar uma resenha sobre o tema. No
entanto, não é de sua conjectura adentrar sistematicamente em cada sofrimento humano, já que
isto seria impossível através de uma resenha.

Durante toda vida do homem na terra, o sofrimento está presente, principalmente


em sua psique. O livro de Jó é um dos exemplos extremamente significantes sobre o sofrimento
humano: “Jó olha aos céus e proclama: Por que não morro? Para que este sofrimento acabe, e
assim terei paz.” Com estas palavras dita por Jó é de sua profundidade que o seu sofrimento só
poderia acabar, com Jó cometendo suicídio, (fora o primeiro pensamento de suicídio registrado
na Bíblia).
“Toda vida é sofrimento” (Schopenhauer, 2005, p. 400). Esta frase é uma descrição
que em toda nossa vida é e será um sofrimento, querendo assim devorar nossa, corromper
nossos pensamentos, encurralar os sentidos de nossas vidas. Mas, o que são esses sofrimentos?
Esses sofrimentos estão sempre em sua forma física, espiritual e mental. A
ansiedade (um sofrimento que está no mundo contemporâneo), é um dos demônios que assola
a mente humana com um sofrimento de amplas proporções. Ansiedade não é vista aos olhos
humano, e por isso, está desiquilibrando toda uma sociedade. Com o alto crescimento da
ansiedade em nosso século, muitas variações começaram a ser manifestadas, contudo, os
psicólogos estão sempre analisando essas mudanças. “Por que a ansiedade teve um grande
crescimento?” “Por que somos ansiosos?”. O filósofo Soren Kierkegaard descrevera sobre esta
ansiedade, que para ele, essa ansiedade seria o último estágio. “Adão, Adão! Onde estás? Por
que escondestes de Mim? Adão respondeu: Ouvi Tua voz e tive medo, por isso me escondi.” O
medo nos recua, com este recuo, sofremos, sofremos de medo sobre tudo que não conhecemos,
mas também, sofremos sobre aquilo que não vemos, mas sim, quando criamos algo em nossa
mente, até mesmo, pensamentos. Criando assim a angústia.
A angústia pode aparecer antes ou depois do medo, já que não sabemos a fundo o
que seria esta angústia e como ela apresenta-se em nossa psique. Angústia é carência,
inquietude, tormento, aflição, criando assim, o desespero humano.
Sofrimentos atrás de sofrimentos. Essas ramificações não param de crescer dentro
da mente humana. “Maldita seja a terra por tua causa, ela te produzirá abrolhos e produzirá
espinhos para sempre! Até que voltes a terra que foste tirado, porque és pó, e ao pó retornarás.”
Na maioria das vezes em nosso dia a dia, estamos de alguma forma ou de outra
sofrendo, mas ignoramos, já que a vida é dura para cada indivíduo. O sofrimento em levantar
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cedo todos os dias, para mais um dia de trabalho. Isto seria um sofrimento? A maioria das
pessoas estão infelizes com seus trabalhos, com suas vidas, acarretando assim, vários sintomas
como problemas emocionais, pensamentos compulsivos, ansiedade, angústia, tendencias a
suicídios dentre outros sintomas. O desconforto, a aflição que transborda pelo corpo trazendo
assim falta de animo e falta de perspectiva de vida.
Fisicamente estamos sempre sofrendo, nos machucamos, somos frágeis,
sangramos, adoecemos e morremos. Um sofrimento psíquico e um sofrimento físico, acarreta
suicídio. Para muitos, infelizmente, o suicídio se torna o único caminho com intuito de acabar
com o dor. Ocorrendo assim a morte de uma Alma.
Ao longo das décadas, psiquiatras e psicólogos desenvolveram teorias para ajudar
a humanidade com esses sofrimentos. Viktor Frankl fora um desses abençoados profissionais.
Viktor, um neuropsiquiatra, e psicoterapeuta que fundou a escola vienense de psicoterapia, a
Logoterapia, mostrou um grande êxito em seu desenvolvimento com os indivíduos. Viktor era
judeu, e fora preso e mandado aos campos de concentração durante a segunda guerra mundial.
Um dos fatores para sua teoria para a psicologia era a busca de sentido na vida e análise
existencial. Em meio ao caos e sofrimento constante, Viktor se aprofundou em sua teoria em
meio da maldade humana, e conseguira encontrar o significado, elaborando tudo, durante seu
exilio nos campos de concentração nazistas. Décadas depois, sua teoria mudaria a vida de
milhares de pessoas ao redor do mundo. A Logoterapia foi uma das chaves para compreender
o sofrimento humano em nosso mundo contemporâneo.
Muitos outros psicólogos e psiquiatras desenvolveram suas teorias e linhas da
psicologia como Freud, Carl Jung, Jean Piaget, Skinner, entre outros.
Jung com sua teoria, a psicologia analítica, desenvolveu o que foi chamado de
processo de individuação. Esse processo de individuação tem a missão de identificar as
problematizações individuais e coletivas. Analisando a história, buscando no inconsciente as
histórias, sonhos, símbolos, arquétipos, e que assim possam identificar cada sofrimento
humano. A Alma como Jung reforça em sua teoria na psicologia, é o grande foco, para que o
ser humano encontre sua verdadeira essência.
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CONSIDERAÇÕES

É de extrema importância focar-se em todo sofrimento existente, para que novas


descobertas sejam trazidas à superfície da psicologia. Em meio de tantas abordagens da
psicologia, serão essas linhas que trará respostas para os desdobramentos da busca pela cura do
sofrimento psíquico humano em toda vida.

REFERÊNCIAS

FÁTIMA CRISTINA SOUZA CONTE


PSICC - Instituto de Psicoterapia e Análise do Comportamento – PR – Brasil. temas em
Psicologia - 2010, Vol. 18, no 2, 385 – 398.
JOEL N. TORRES – Conhecimento de si e sofrimento em Schopenhauer, pp. 03 - 14. Revista
Lampejo Nº 4 - 11/2013

Kierkegaard, the Anguish’s School and Psychotherapy


PSICOLOGIA: CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2015, 35(2), 572-583
http://dx.doi.org/10.1590/1982-370300912013

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