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Apresentção do livro:

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Bom Dia, hoje estou aqui para apresentar uma livro, que no meu ponto de visto é um ótimo e
excelente livro para se ler, cujo nome é, Anna Karenina. Foi escrito por Lev Tolstoi, um autor
russo bastante conhecido, tanto no próprio país como internacionalmente.
Antes de passar para a abordagem da obra, falemos um pouco sobre o autor.

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Lev Tolstoi nasceu a 9 de setembro de 1828 no Império Russo; Provinha de uma familia rica e
aristocrática; Infelizmente ficou orfão de pai e de mãe na infância; Mais tarde, herdou a
porpriedade one nascera, chamada Yasnaya Polyana, onde fundou uma escola para educar os
filhos dos seus servos; Já na meia idade, depois de uma crise existêncial, converteu-se ao
cristianismo; Falecer a 20 de novembro de 1910 na estação ferroviária de Astapovo; Foi o
escritor russo mais conhecido, no exterior, durante a primeria década do século XX; Durante
a sua vida escreveu obras pertinentes, ao Realismo Russo, caracterizadas pela análise
psicológica, critica de costumes e reflexão sobre questões morais, como é o caso de «Guerra e
Paz», um dos seus livros mais famosos.
Tal como foi dito, as obras de Tolstoi fazem parte do Realismo Russo. Deste modo, apresentam
um nacionalismo critico, já que não idealizam o país apesar de valorizarem o sentimento
nacional. Como tipicas obras realistas, abordam, também a temática do adultério e a analise
psicologica, por meio do fluxo de consciência que é caso deste livro.

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Antes de saltar imediatamente para a obra, analisemos, em primeiro, a estrutura do próprio
livro.

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A partir da capa podemos retirar as seguintes informações tais como: o titulo, o autor, a
pessoa responsavel pela escrita do posfacio, o tradutor e a editora. A imagem retratada neste
livro, não é escolhida ao acaso, é uma fotografia da atriz Sophie Marceu, do filme Anna
karenina de 1997 que desempenha a função da personagem principal desta obra; A badana
revela um excerto do posfacio de vladimir nabokov que realça e elogia a mestria de Tolstoi; Na
lombada, o titulo e o autor; e por fim a contracapa, que apresenta, novamente o titulo e o
autor, mas tambem um préfacio de george steiner. Também no inicio da obra, o autor
representa uma epígrafe que é: Minha é a vingança e eu lhes darei a paga, e explica da
seguinte forma que: As pessoas fazem muitas coisas más a si mesmas e umas às outras apenas
porque o mais fracos e pecadores assumiram o direito de condenar outros. Portanto, só Deus
castiga e só através da própria pessoa.

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Agora sim passando para a contextualização da obra. Anna Karenina é um dos melhores
romances da literatura moderna,

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sendo a segunda obra mais conhecida de Lev Tolstoi ( depois da guerra e paz). Oferece um
retrato exaustivo da sociedade russa opressiva e bastante conservadora do sec. XIX. Lev
Tolstoi consegue suscitar as emoções mais entristecedoras ao contar-nos a história do amor
proibido entre Anna Karenina e o Conde Vronsky.
O romance é constituido por 8 partes e cada parte tem, em média, cerca de 30 pequenos
capitulos.

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A ação da obra tem inicio no mês de fevereiro de 1872 e se prolonga até julho de 1876( cerca
de 4 anos e meio).

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Desenrola-se em Moscovo e São Petersburgo.

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O romance Anna Karenina inicia-se com uma das frases mais famosas da literatura: “Todas as
famílias felizes se parecem umas com as outras, cada familia infeliz é infeliz à sua maneira”.
Esta frase evidencia que autor conhece a arte de encontrar algo bom dentro do mal – A
singularidade da família infeliz.

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Anna Karenina era uma mulher bonita e elegante, que vivia com o seu marido Aleksei
Aleksandrovich e o filho Serguei em São Petersburgo.

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Um dia, Anna decide ir visitar o seu irmão Stiva a Moscovo (com o objetivo de “salvar” a
situação presente na casa e reconciliar o seu irmão com a sua esposa Dolly, depois de ele ter
traido com uma governanta dos seus filhos)

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e, na viagem de comboio, cruza-se com uma senhora de idade, bastante simpática, a qual
acaba por descobrir-se ser mãe daquele que seria a paixão de Anna.

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Esta paixão é o Conde Vronsky que se encontrava na estação à espera da sua mãe.

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Aleksei Vronsky, homem rico da cavalaria, oficial do exército russo,não ficou indiferente ao
charme de Anna e daí cresceu

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o romance proibido entre as duas personagens, debaixo do olho do marido de Karenina.
Apesar da relação ter perdurado algum tempo, Karenin acaba por descobrir. Como é um
ministro de alto nível no governo e um dos homens mais importantes em São Petersburgo,
não aceita o pedido de divórcio da esposa, devido à reações que viria a receber.

Numa época em que a Russia era governada por czares, de forma hereditaria, onde o
conservadorismo prevalecia, vivia-se à base das aparências e ninguém queria ser desprezado
perante a sociedade. Por isso, Aleksei acha um insulto o pedido de Anna e pede para que
pensasse no filho Serguei, que iria ficar sem mãe.

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Anna vê-se, então na complicada situação de ter de continuar com o Conde Vronsky, de modo
a libertar-se de um casamento sem emoção, ou continuar com a sua vida normal e rotineira e
dedicar-se ao filho, tentando esquecer qualquer sentimento nutrido pela relação adúltera.

As opiniões acerca desta paixão, que é o tema principal da obra, dividem-se. Por um lado, há
quem pense que Anna é uma pessoa egoísta e fraca, na medida em que caiu imediatamente
nos braços do Conde Vronsky sem pensar na família, principalmente no filho e na vida estável
que tinha. Por outro lado, há quem sinta compaixão para com a personagem, por estar à sua
vida monótona no casamento com Aleksei Aleksandrovich e não conseguir ter prazer através
disso. (Portanto, cabe ao leitor colocar-se numa das posições que, por sua vez, surgem
naturalmente à medida que se avança na leitura).

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Konstantin Levine atua como um segundo protagonista, tomando importância na história da
Anna Karénina. Levine era um simples camponês humilde, por isso não se encontra em
nenhuma das divisões óbvias da sociedade russa, pois prefere não adotar as ideias defendidas
por cada grupo e pensar de forma livre e independente. Neste aspeto, esta personagem
assemelha-se a Anna, que também procura um lugar onde se sentiria livre e feliz.

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Konstantin estava apaixonado por Kitty, uma rapariga de 18 anos. Após conversar com Stiva,
Levine ganha coragem para pedir Kitty em casamento, mas é rejeitado devido ao facto de a
jovem estar apaixonada pelo Conde Vronsky, pela sua riqueza e charme. Porém, como Vronsky
amava e escolheu Anna Karenina, Levine pediu Kitty novamente em casamento, que desta vez
aceitou.

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Com o desenvolvimento do relacionamente entre Anna e Vronsky, Anna fica cada vez mais
ciumenta e irracional sobre Vronsky e suspeita que ele tenha relações com outras mulheres.
Começa por revelar receios de que ele poderá aceitar a oferta da sua mãe de se casar com
uma mulher rica de alta sociedade. Começam a aparecer discuções que se tornam cada vez
mais frequentes e, por consequência, pensa que a relação terá terminado. E, por isso, chega a
conclusão que a única saída desta situação é o suicidio.

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Para além da sua narrativa, Tolstoi faz uso da simbologia, em que as duas formas mais
evidentes são a forma como cada personagem representa um grupo da sociedade, e o
comboio. O último é o simbolo da evolução industrial que se vinha a notar na russia e, por
isso, está muito presente em toda a obra. A estação ferroviária é também importante para a
história, visto que foi onde se apaixonou pelo Conde Vronsky, e foi palco do principal
acontecimento trágico que distingue este notável romance.

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Depois de ler este livro que, como já foi dito no inicio da apresentação pertence ao realismo,e
sendo assim, faz recordar o realismo do grande poeta Eça de Queiróz

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e associar esta obra(Anna Karenina) a Os Maias.
Foi impossível não fazer associações entre o autor russo e o mestre do Realismo português,
pois, para além das descrições pormenorizadas da vida política e económica do país (algumas
chatinhas, mas que me mostraram um pouco como era a Rússia dos finais do século XIX), faz-
nos um retrato fidedigno de todas as personagens, que nos expõe o seu carácter, com
defeitos, qualidades, opiniões, sentimentos e aquela perceção de que o que vem de fora é
que é bom, é mais avançado, mais moderno, enfim, melhor do que é nosso, tradicional,
genuíno…

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O romance de Lev Tolstoi Anna Karenina é uma obra bastante intrigante sobre as
complexidades da vida de pessoas que existiram em tempos dificeis e ao mesmo tempo que
pertenciam à alta sociedade. Resumidamente no livro encontam-se duas narrativas principais
que seguem a par e muitas outras personagens e relacionamentos. Esta variedade dá-nos uma
ideia muito vasta de como era a russia daquele tempo, dos seus maneirismos e da corrente
de pensamento da altura.
Portanto, Anna acaba por tomar a decisão romântica, mas em breve fica paranóica com a
hipotese de Vronsky a deixar à sua sorte, pois para Vronsky a situação é bem diferente, ele
pode sempre ir à sua vida quando se cansar de Anna e seguir em frente, mas ela está presa a
ele, completamente dependente, e quando as suas expetativas saem frustradas assistimos à
sua gradual transformação e degradação.
A história de Konstantin Levine é tambem bastante interessante, pois muitos criticos dizem
que a historia de Levine é um retrato da vida de Lev Tolstoi, pelo facto de Kitty ser um reflexo
da sua esposa, mas também por causa das crenças religiosas. Levine não acreditava na religião
inicialmente, mas foi apercebendo-se da necessidade de viver em função da fé, tal como
Tolstoi que, logo após a escrita deste romance, dedicou-se fortemente às praticas religiosas.
Em conclusão, recomendo muito a leitura deste livro a todos, o livro é inogavelmente longo,
mas uma vez ultrapassada a minha dificuldade inicial, a leitura não me aboreceu em momento
nenhum. Gostei muito da riqueza que as diferentes perspetivas trazem à narrativa; Gostei que
a mesma personagem me transmitiu diferentes sensações ao longo da obra; E apreciei
bastante o pormenor e o realismo com que Tolstoi narra as situações, sem nos querer dar uma
óbvia noção de moral, deixando-nos tirar as nossas próprias conclusões.

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