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PrEmersonSantosOficial

@premersonsantos

@PrEmersonSantos

Antes de pensarmos na preparação dos Professores da EB, precisamos


pensar sobre como imaginamos nossa EB, para daí pensarmos nesta formação
de Novos professores.

Como é uma EB ideal?


Cheia de vida, atuante na Igreja, teologicamente
impecável, dentro dos padrões pedagógicos
Ou
Uma reunião de pessoas que estão acostumados
com o trabalho que já é desenvolvido a muitos anos
na Igreja Local, sem preocupação com a ortodoxia,
onde cada um ministra como pode suas aulas?
Somente depois de respondermos estas perguntas é que podemos pensar
em que tipo de professor queremos preparar.

É nítido que nosso desejo é o primeiro caso.

Mas para atingirmos a excelência dentro da EB precisamos de 6 “P”.

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Como Preparar Novos Professores?
Creio que a melhor metodologia para preparação de Professores é sempre
o do Mestre por Excelência Jesus, que 12 cidadãos comuns e os transformou
ensinadores que impactaram o mundo.
Para elaborarmos este plano de Preparação de Professores iremos usar o
Evangelho de Marcos e aplicar os 6 “P”:

1. Princípios:
Nos três primeiros capítulos de Marcos vemos Jesus curando, vencendo
satanás no deserto, pregando nas Sinagogas.
Jesus está nestes primeiros capítulos colocando as bases de seu
ministério de ensino, cura e pregação.
Note que neste ponto ele tem um grande número de discípulos,
seguidores kkkkk, sem a princípio repartir o trabalho/liderança com nenhum
outro.
Isso funciona bem quando estamos começando novos trabalhos, mas
como fazer com EB que já estão funcionamento?
Preste atenção, Jesus começa a pregar, ensinar e dar o exemplo de como
mudaria toda a perspectiva religiosa de sua época.
O Senhor tinha uma visão e vai aplicando, influenciando, aquela que
estavam a sua volta, Ele começa do próximo e chega ao distantes (At 6.7).
É preciso influenciar àqueles que estão mais próximos de nós falando e
expondo nossa visão e direcionamento para o trabalho, quando assim fazemos
não desrespeitamos os que vieram antes de nós, não desmerecemos o trabalho
anteriormente realizado, pois se estamos tendo a oportunidade de servir na
EB é porque alguém trabalhou antes de nós.
Tenha sempre em mente onde você quer chegar, tenha uma declaração
de visão lembre-se das palavras de Lewis Carroll (escritor de Alice no País das
Maravilhas):
“Se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve.”

2. Procurar:
Jesus tinha muito claro quais seus objetivos quando veio a este mundo.
Ele disse em Jo 12.47: "Se alguém ouve as minhas palavras e não lhes
obedece, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-
lo.”
O Mestre estava pregando, anunciando Seu projeto e ao mesmo tempo
procurando àqueles que pudessem fazer parte com proclamadores de Sua

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mensagem, mas não estava preocupado se todos iriam segui-Lo, estava
preocupado em encontrar Professores e continuadores de Sua Visão.
Em Mc 3.13-19, o Cristo deixa bem claro o motivo de chamar os doze,
“... pregar e a exercer autoridade ...”, ou seja, dar continuação e ampliar a
Obra que Ele começou.
Os Doze escolhidos não eram perfeitos e nem agiam ou falavam iguais a
Ele, mas tinham os mesmos propósitos.
Quando vamos procurar professores para a EB, não iremos encontrar
pessoas iguais a nós, encontraremos pessoas com os mesmos propósitos, que
tenham o mesmo desejo de levar o ensino Bíblico a outro patamar.
Ao procurar novos professores, procure pessoas apaixonadas, focadas, e
principalmente ensináveis. Entenda é ensináveis e não manipuláveis.
Pastor Edwin Cole (autor do Bestseller Homem ao Máximo) diz que
“Deus não está buscando homens, mas homens ensináveis”.

3. Perceber:
Certa vez cheguei em uma Igreja para falar sobre EB e veio em minha
direção um professor uns 10 anos de magistério cristão me falando de suas
experiências e no final estufou o peito e me falou: “já passei por todas as
classes de EB de minha Igreja e hoje sou professor da classe dos adultos”,
como se sua carreira houvesse atingido o ápice por estar nesta atual
posição/classe.
Este pensamento é muito comum em nossas Igrejas, por outro lado
pastoreei uma irmã com seus mais de setenta anos, sem escrita nem leitura, e
na Igreja estávamos sem professores para a classe das crianças, está irmã veio
até mim e me falou que já havia trabalhando no ministério infantil e se eu
deseja-se ela estaria à disposição, que grata surpresa, esta irmã conhecia seu
lugar no corpo de Cristo.
Quando vamos para a Bíblia vemos esta aptidão ministerial sendo
observada e considerada no ministério de Paulo. Paulo tinha muitos
companheiros, mas poucos foram chamados ao pastoreio.
Tito era um companheiro de Paulo, mencionado em diversas epístolas
paulinas. Tito estava com Paulo e Barnabé em Antioquia e os acompanhou no
Concílio de Jerusalém. E segundo vemos Paulo escreve uma carta para
aconselha-lo em seu início de ministério.
Tiquico também companheiro de Paulo em várias viagens e trabalhos,
sempre citado no Novo Testamento (Ef 6.21, Cl 4.7-8, Tt 3.12, IITm 4.12),
mas não o encontramos pastoreando, o vemos sempre auxiliando.
Dentro da EB é da mesma forma, precisamos encontrar o lugar certo, a
classe onde cada professor se adequa, pois, um professor na sala errada é
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prejuízo tanto para ele como para os alunos e em contra partida para a Igreja
como um todo.

4. Preparar:
Nossas Igrejas e EB’s tiveram início com pessoas simples com pouca ou
nenhuma formação teológica ou acadêmica, com muito capacidade vinda do
alto.
Mas note que neste tempo não havia internet, acessibilidade as
faculdades ou cursos teológicos e o CAPED foi criado apenas em 1974 pelo
Pr Antônio Gilberto.
Hoje pelo contrário vemos muita formação (e isto é bom) e pouca
capacitação (isto é péssimo).
Sendo assim estabelecemos três bases que sustentam o nosso chamado
para a EB: Capacitação Espiritual, Formação Teológica e Formação
pedagógica.
• Capacitação Espiritual: é estranho a mentalidade de que por darmos
aula isto não requer oração, busca pela Presença. Muitos começam e
terminam suas aulas sem orar, preparam seus estudos sem mesmo
consultar a Bíblia, pois segundo eles já têm a lição e isto lhes basta.
Precisamos compreender que aulas são batalhas espirituais tão grandes
quanto a pregação. No momento da pregação há muita unção, fervor e
emoção (três pontos necessários), mas em nossas aulas deve haver unção,
fervor e razão. Estamos sentados frente a frente, olho a olho, tirando e
desatando os nós de sua mente, alma e espírito, e só poderemos fazer isto
se formos Capacitados do Alto, é o Espírito Santos que convence o
homem e a mulher, a criança, o adolescente, o jovem “do pecado, do juízo
e da justiça” Jo 16.8. Só seremos bem sucedidos em nosso ministério de
ensino se formos Cheios do Espírito Santo.
• Formação Teológica: graças a Deus hoje na grande maioria das nossas
Igrejas temos cursos livres em Teologia minha Igreja a Assembleia de
Deus e muitas outras denominações despertaram para a necessidade de
uma formação teológica consistente para obreiros e membros da Igreja. O
Professor EB nunca conseguirá dominar todos os ramos da teologia e
muito menos decorar todos os versículos da Bíblia se tornando ele
próprio uma concordância humana, mas ele precisa ter um conhecimento
e uma biblioteca tal que quando for interpelado e não tiver a resposta
naquele momento, tenha onde consultar. Hoje já não há mais desculpas
para não estudar teologia, temos cursos em nossa Igrejas, Faculdades,

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cursos pela internet. Um autor desconhecido disse: “Quem não senta para
aprender, jamais ficará de pé para ensinar”.
• Formação pedagógica: a grandíssima maioria de nossos professores são
leigos, ou seja, não têm uma formação regular, não estudaram para serem
professores. O fato de não terem uma formação regular não deve impedi-
los de buscar meios para o aperfeiçoamento de suas capacidades em
lecionar. Buscar uma formação pedagógica é expandir nossa caixa de
ferramentas, trazendo e formando mais recursos para podermos atingir
mais alunos e com mais profundidade a vida deles. Além das Faculdade,
temos cursos online, formações e capacitações em nossas Igrejas,
workshop, treinamentos e diversas outras possibilidades de nos
prepararmos. É necessário lembrar que a necessidade cada vez maior da
pedagogia está no fato das grandes de estarmos em um período da história
e da Igreja onde os alunos têm várias fontes de informações e nos
docentes precisamos estar sempre um passo à frente.

5. Propiciar:
Todos queremos ministrar aulas memoráveis, aulas que irão impactar de
tal maneira a vida de nossos alunos que mudará o sentido de suas vidas, mas
para isso, independente da classe, precisaremos de subsídios, matérias para
trabalhar. Sei que na maioria das Igrejas incluindo a que estou os recursos são
muito escassos (ou não existem kkkkkk), mas nós como Igreja precisamos
pensar em investir nesta formação de uma nova geração de cristãos.
Todo professor precisa de um ambiente (nem vou falar sala de aula, pois
sei que na maioria da EB é apenas a nave da Igreja, o refeitório e as vezes uma
saleta) limpo e cuidado para ministrar, uma lousa e cadeiras para os alunos, no
ministério infantil papéis variados, canetas, lápis e giz, são básicos e se a Igreja
não tem com financiar, precisamos conversar com os irmãos para termos
doações.
Ao propiciar recursos às diversas classes EB é incentivando seus
professores a serem melhores, eles sendo melhores vão despertar seus alunos,
que trarão novos alunos e assim consecutivamente.
Sempre que necessário e possível, precisamos melhorar na questão de
equipamentos projetores, lousas melhores, painéis, etc.

6. Premiar:
Uma equipe animada e alinhada faz toda a diferença para ensinar os
alunos e ajudar a superintendência.

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Quando falo em premiar, falo de pequenas recompensas, mimos que
darão animo para que aqueles que estão nos ajudando possam se sentirem
acolhidos e valorizados diante dos alunos e Igreja.
Todos nós gostamos de carinho e isto se reflete em maior dedicação e
esforço, que por sua vez tornará as aulas mais dinâmicas, refletindo
diretamente nas aulas e alunos.

Quando colocarmos em pratica os 6 “P” estaremos dando um passo


imenso em direção a boa formação de Novos Professores da EB

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