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PROF E S S OR CEZA R A UGUSTO SIM ÃO

UNIV E R S I D ADE FUMEC


SET/ 2 0 2 1

GLOSSÁRIO
ARQUITETURA
COLONIAL
BRASILEIRA
Ana Laura Araújo
01.
ALAMBRADO
Quer dizer cercado ou fechado por
meio de fios de arame. Hoje, a palavra
designa cercaduras feitas com arame
trançado.

Fig. 1 – Alambrado

02.
ALAMBRADO
A tela de alambrado chama a atenção por
ser difícil de ser rompida, portanto,
realizar cortes no material é extremamente
difícil, o que impede invasões.
É comumente utilizada na montagem de
cercas, entregando um excelente resultado
de proteção de áreas a um ótimo custo-
benefício, já que o alambrado preço é mais
em conta, sobretudo em comparação a
outros materiais de cercamento
disponíveis no mercado.
Fig. 2 – Tela de Alambrado
03.
ALDRAVA
Peça móvel de metal, bronze ou ferro fixada
a uma porta de entrada, que gira em torno
de um eixo a fim de ser batida contra a
porta para anunciar uma chegada e chamar
a atenção do morador, Sua configuração
mais simples e comum é em forma de
argola, porém, são encontradas em
diversos formartos (animais, ramos,
cabeças) e motivos diferentes (místicos e
religiosos).

04. Fig. 3– Aldrava de Leão


ALDRAVA
Além de sua finalidade com o batente, é
também um elemento decorativo, que pode
auxiliar na abertura das portas. Antigamente,
era comum possuir formas amedrontadoras e
ferozes, para garantir sua função simbólica
de afastar os espíritos negativos e proteger
os habitantes. De origem greco-romana, foi
muito utilizada no período da idade média até
século 20, caindo em desuso com o
surgimento da eletricidade.

05. Fig. 4– Aldrava


ALPENDRE
O alpendre é uma peça coberta,
geralmente no pavimento térreo, com
uma cobertura autônoma, que não se
constitui prolongamento do telhado,
como a varanda, suportado por
pilastras ou colunas, sobre portas ou
vãos de acesso. A todo acesso
abrigado corresponde um alpendre. Fig. 5 - Alpendre da Casa Bandeirista

06.
ALPENDRE

O alpendre também servia


para separar e categorizar
indivíduos, seja nas igrejas,
nas casas ou nas festas.

Fig. 6 - Estrutura de Alpendre

07.
CANELURAS
Sulco escavado ao longo de uma superfície,
cuja secção é um arco de círculo. Diz-se,
também, sulco em meia cana ou
acanaladura. Caneluras justapostas e ao
longo dos fustes das colunas foram
elementos característicos de certas ordens.

08.
Fig. 7 - Caneluras
CANELURAS

09.
Fig. 8 - Colunas com caneluras Fig. 9 - Caneluras na arquitetura colonial
ESTRIBO
Tábua de madeira fina e comprida que tem
diversos usos no canteiro de obras e é
utilizada em elementos ou peças da
construção feitos de treliças. É também
chamada de reixa, particularmente quando
referente à tábua usada em treliças ou
rótulas. Usar fasquias em variados serviços,
executar peças com fasquias ou serrar a
madeira em fasquia é chamado de fasquiar.
O elemento ou peça composto de um
conjunto de fasquias é às vezes chamado
de fasquiado.
10. Fig. 10 - Desenho Estribo
ESTRIBO
Práticos e econômicos, geralmente, são fornecidos nas
dimensões adequadas à construção. O estribo é projetado para
suportar estruturas mais pesadas reduzindo custos e tempo
gasto com corte e dobra de aço na obra. As peças podem ser
soldadas ou fixadas com o uso de arame recozido e,
normalmente, possuem espaçamento de 20cm entre uma e
outra. Ao contrário do que se imagina, a função do estribo nas
armaduras não é apenas de facilitar a montagem e sim de evitar
a flambagem do concreto, fenômeno que ocorre quando
colunas submetidas a um esforço de compressão flexionam
verticalmente, o que pode afetar a estabilidade da construção.
Os estribos são aplicados no ramo da construção civil e sua
Fig. 11 - Estribos
principal utilidade é "envolver" as colunas de ferro que
sustentam as vigas e paredes das residências e edifícios.
11.
TAIPA DE PILÃO
Material mais empregado nas construções
coloniais no Brasil, devido à sua abundância
em matéria prima - o barro vermelho, a
facilidade de trabalho, a durabilidade e as
condições de proteção que oferece quando
sua manutenção é adequada. Técnica de
origem mourisca praticada por espanhóis e
portugueses, conhecida também por negros
africanos. Uso bastante comum na Europa,
até meados do século XIX. Na França
recebia o nome de pisé.

12.

Fig. 12 – Execução da taipa de pilão


TAIPA DE
PILÃO
A técnica construtiva consiste em
amassar com um pilão o barro
colocado em fôrmas de madeira,
chamados de taipais. Os taipais têm
os elementos laterais, estruturados
por tábuas e montantes de madeira,
fixados por cunhas, em baixo, e
torniquete, em cima. Suas dimensões
são de aproximadamente 1,0m de
altura por 3,0 a 4,0m lateralmente, e
a espessura final da parede, 0,6m a
1m. Após secar, o taipal é deslocado
para a próxima posição. E assim
sucessivamente.

13. Fig. 13 – Taipal e pilão


BOCEL
Moldura estreita, em meia cana, que
circunda a parte inferior da coluna, situada
entre o plinto e o fuste, também
denominada toro.

14.
Fig. 14 – Bocel coluna
BOCEL
Nos degraus das escadas, tanto de pedra
como de madeira, bocel é o nome que recebe a
parte do piso que sobressai além da
prumadado espelho, formando um dente,
usualmentede três centímetros, que pode ser
decorado. Superiormente, sendo
prolongamento natural do piso, é
arredondado, evitando-se, assim , uma aresta
viva. Nas escadas externas, de pedra
principalmente, costumam possuir pingadeira.
Fig. 15 – Bocel escada

15.
CAVILHA
Na carpintaria, uma cavilha é um
pequeno cilindro de madeira de
tamanhos diferentes, que é usado para
conectar dois pedaços de madeira. Pode
ser cônico ou cilíndrico, liso ou canelado.
Em geral, eles são feitos de madeira, mas
podem ser feitos de plástico ou outros
materiais. Elas servem para encaixar uma
parte da peça na outra, mantendo-as
alinhadas e firmes para que os parafusos
possam ser introduzidos. Funcionam
como uma espécie de guia, permitindo
Fig. 16 – Cavilha
que o móvel não balance ou mude de
16.
posição enquanto está sendo parafusado.
CAVILHA

Elas são amplamente utilizadas na indústria de


móveis para combinar elementos destes, mas
em outros tempos eles também foram
amplamente utilizados na construção naval e
para reforçar as montagens de estruturas de
diferentes tipos de edifícios. Também são
utilizadas para encobrir as cabeças dos
parafusos na superfície do piso e proporcionar
um melhor acabamento. A fixação da cavilha
pode ser feita com cola PU ou PVA.

Fig. 17 – Encaixe
17.
CLAUSTRO
Pátio interno, descoberto e rodeado de
arcos, ou arcaria, nos conventos. Um
claustro é uma parte da arquitetura
religiosa de mosteiros, conventos,
catedrais e abadias. Consiste
tipicamente em quatro corredores a
formar um quadrilátero, por norma com
um jardim no meio. Vida de claustro ou
de clausura é a designação comum
dada para a vida dos monges, frades ou Fig. 18 – Claustro do Mosteiro de São Francisco
freiras.

18.
PAU-A-PIQUE
Possui diferentes nomenclaturas como taipa de
mão, de sopapo, e de sepe. Essa técnica se resume
em paredes com armação de varas ou paus
verticais unidos entre si por pequenas varas
equidistantes e horizontais, situadas
alternadamente do lado de fora e do lado de
dentro. Essa trama de paus, fixados, em baixo nos
baldrames e, em cima nos frechais, é preenchida de
barro. No Brasil o Pau-a-pique foi uma das
primeiras técnicas de construção a serem usadas
no Brasil pelos portugueses. Ela se resultou em
uma mistura da técnica portuguesa com elementos
tecnológicos da cultura indígena e africana e foi
19. muito usada na época do Brasil colônia por sua
facilidade de construção e aquisição de materiais. Fig. 19 - Etapas
PAU-A-PIQUE
Para se construir uma edificação de pau-a-
pique primeiro deve-se elevá-la do chão com
uma fundação de pedra de 50 a 60 cm, que
protegerá a estrutura da umidade do solo;
após isso é feita uma estrutura de gaiola com
suportes verticais (barrotes) que deveriam
ser mais grossas e horizontais (varas) ,mais
usualmente empregado usando bambo e
madeira; esse “esqueleto”, já com as
abertura delimitadas por caixilhos, ficaria em
cima desta fundação e nela seria aplicada
uma mistura de terra e sangue de animal
para dar liga criando acabamento e vedação.

20.
Fig. 20 - Casa do Grito
GRIMPA
A parte mais alta de um objeto, de uma
árvore ou de um edifício. Cume. Crista.
Agulha. Nas torres das igrejas, em geral, as
grimpas são metálicas assumindo a forma
de cruzes ou de outros atributos religiosos.
São famosas as grimpas simbólicas de
algumas igrejas barrocas de Minas.

Fig. 21 - Grimpa

21.
PENDENTE
Nas abóbodas esféricas, que cobrem
recinto de plantas quadradas, nome de
cada um dos triângulos esféricos que
resultam nos quatro cantos. Elemento de
composição inclinado, deitado para um dos
lados.

Fig. 22 - Pendentes da Igreja da Arte


22.
PENDENTE

23.
Fig. 23 - Pendente Fig. 24- Abóboda com pendentes
BONECA
Armação de madeira composta de uma viga
horizontal solidária, em suas extremidades,
em dois pontaletes, usada para escorar as
vigas ou os dormentes abaulados dos
sobrados. Chapuz colocado nas escoras
dos simples arcos. Nome que, no Rio de
Janeiro e outras cidades do Brasil, dão à
saliência da alvenaria, que sobressai das
paredes internas, onde são fixados os
marcos das portas, o mesmo que a Espaleta
do linguajar paulista.
24.
Fig. 25- Boneca
COMBOGÓ
Nome que se dá, principalmente no Norte
do Brasil, ao tijolo furado ou ao elemento
vazado feito de cimento empregado na
construção de paredes perfuradas, cuja
função principal seria a de separar o
interior do exterior, sem prejuízo da luz
natural e da ventilação. Nome que se
generalizou para designar os elementos
celulares usados como quebra-sol.
Fig. 26- Colunata do claustro do Convento de
São Francisco em Olinda, Pernambuco.

25.
COMBOGÓ

Parece que o combogó brasileiro filia-


se diretamente aos tijolos perfurados
das construções norte-africanas,
como sugere a forma da palavra
evidentemente negra. Existem as
formas COBOGÓ e CAMBOGÊ, esta
usada por Philip Goodwin no seu livro
"Brazil Builds".
Fig. 27- Aplicação do combogó, na Caixa Dágua de Olinda,
26. Pernambuco, dos arquitetos Luís Nunes e Fernando Saturnino de
Brito, 1937 e na estação de tratamento de água Campinas do
arquiteto Fábio Penteado.
ALCOVA
A palavra vem do arabe "al-kubbá" e
etimologicamente quer dizer abóboda de
um edifício, cúpula, tabernáculo ou ermida.
Hoje em dia quer dizer pequeno quarto. No
Brasil, é um aposento para dormir e para
refúgio, sem janelas ou iluminação direta.
Geralmente esse pequeno quarto com cama
era separado apenas por uma cortina, mas
devido as condições insalubres de
ventilação e iluminação, tornou-se mais
comum utilizar o termo “alcova” para
designar espaços arredondados recuados
na parede para sofás, mesas e santuários Fig. 28- Alcova
27.
internos.
ALCOVA
Nas construções mais importantes
do século XIX, as alcovas eram
iluminadas durante o dia por portas
envidraçadas que davam acesso a
cômodos com luz direta. Porém
reconhecia-se que fazia mal para
saúde pelo ar não ser renovado e
aconselhava-se nunca fazê-las
meores que 0,98m X 2,10m.

Fig. 29 - Alcova

28.
REFERÊNCIAS
CORONA & LEMOS. DICIONÁRIO DA ARQUITETURA BRASILEIRA. 1. ed. SÃO PAULO: EDART - SÃO
PAULO LIVRARIA EDITORA LTDA, 1972.
https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-
colonial-i/
https://casa.abril.com.br/construcao/como-fazer-uma-parede-de-pau-a-pique/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pau_a_pique#:~:text=Introdu%C3%A7%C3%A3o%20hist%C3%B3ri
ca%2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alcova_(arquitetura)
https://pantelas.com.br/o-que-e-um-alambrado-e-qual-sua-importancia-em-uma-quadra-
poliesportiva/
https://www.meudicionario.org/bocel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Claustro

29.

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