Você está na página 1de 6

Alunos:

Data: 28/03/22
Turma: FAN9
3) Faça uma pesquisa sobre o funcionamento das Farmácias de Alto
Custo (“Farmácia Cidadã”) em três estados diferentes e compare com o
funcionamento da farmácia do ES.

Farmácia cidadã do Estado do Rio de Janeiro.

Os procedimentos para o acesso aos medicamentos do CEAF são definidos


pelo Ministério da Saúde, e constam na Portaria GM/MS nº 1.554 de 30 de
julho de 2013, e nos Anexos: I, II, III, IV e V.

Para ter acesso gratuito aos medicamentos, o usuário deverá conferir se o


medicamento solicitado e a patologia constam na relação atendida pelo
Componente. Lembrando que cada Estado define a lista de medicamentos a
serem dispensados no Componente Especializado, de forma a atender todas
as linhas de cuidado nele abrangidas.

Para tanto, são exigidos documentos, em especial o Laudo para Solicitação de


Medicamentos (LME) adequadamente preenchido pelo Médico e a Prescrição
Médica, de unidades SUS ou particulares, desde que inscritos no CNES.
Após a solicitação, o processo passará por uma avaliação técnica e se estiver
de acordo com os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas – PCDT
específicos para as doenças autorizadas pelo Ministério da Saúde, o paciente
será aprovado para a retirada dos medicamentos.

Cada LME tem validade de 90 dias a contar da data da solicitação pelo


prescritor e atende até 06 meses de tratamento, sendo um LME para cada
doença (CID). A renovação do LME é realizada com documentos exigidos nos
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas específicos para as doenças
autorizadas pelo Ministério da Saúde, se necessária a continuidade do
tratamento por indicação médica.

DOCUMENTAÇÃO PARA CADASTRO NO CEAF

Para iniciar o processo, o paciente ou seu responsável deverá dar entrada da


solicitação em uma das Farmácias de Medicamentos Especializados, com a
apresentação obrigatória dos seguintes documentos do paciente:

DOCUMENTOS PESSOAIS:
• Original e Cópia do Cartão Nacional de Saúde - CNS

• Original e Cópia de documento de identidade

• Original e Cópia do CPF

• Original e cópia do comprovante de residência

DOCUMENTAÇÃO MÉDICA:

• LME – Laudo de Solicitação de Medicamentos.

• Prescrição Médica devidamente preenchida (pela denominação comum


brasileira).

• Documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas


do MS.

• Receita Médica, em 2 vias, com a prescrição do medicamento feita pelo


nome genérico do princípio ativo, emitida a menos de 90 dias (validade
de 30 dias para medicamentos sob regime especial de controle – PT
344/1998/ANVISA).

• Laudo médico detalhado com descrição do quadro clínico do paciente,


menção expressa do diagnóstico, tendo como referência os critérios de
inclusão previstos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas -
PCDT do Ministério da Saúde, nível de gravidade, relato de tratamentos
anteriores (medicamentos e período de tratamento), emitido a menos de
90 dias.

• Observar que o laudo médico poderá ser substituído pelo Laudo de


Solicitação que deverá conter a descrição do quadro clínico do paciente,
menção expressa do diagnóstico, tendo como referência os critérios de
inclusão previstos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas -
PCDT do Ministério da Saúde, nível de gravidade, relato de tratamentos
anteriores (medicamentos e período de tratamento), emitido a menos de
90 dias.

• Exames laboratoriais e de imagem previstos nos critérios de inclusão do


PCDT.

OUTROS DOCUMENTOS:

• Termo de Esclarecimento e Responsabilidade preenchido (se houver).


No caso de assinatura por responsável apresentar cópia de IDENTIDADE
e CPF do mesmo. Os termos podem ser encontrados nos respectivos
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT).

• Termo de Conhecimento de Risco (se houver);

• Declaração autorizadora de retirada por terceiros acompanhada de


cópia de RG, CPF, COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA do representante
e cópia de identidade do paciente (No caso de retirada por
representante).

Farmácia cidadã do Estado de São Paulo

Obtenção de medicamentos de baixo custo pelo SUS


Para conseguir os remédios de alto ou baixo custo é necessário ter o Cartão
Nacional de Saúde, que pode ser obtido em uma Unidade de Saúde da
Prefeitura próxima à sua residência, levando cópias do CPF, RG, e
comprovante de residência. O Cartão ainda acelera a marcação de consultas e
os exames.

Para retirar os medicamentos, basta se dirigir ao Posto de Saúde da Prefeitura


mais próximo à sua residência portando o seu RG, o Cartão SUS e a receita
médica do medicamento.

Obtenção de medicamentos de alto custo pelo SUS


Diferentemente dos remédios anteriores, no caso dos remédios de alto custo é
necessário se informar sobre esse serviço na unidade de saúde em que foi
consultado ou onde obteve o laudo médico, pois apenas neles é possível
realizar o pedido do medicamento.

Ao se dirigir ao endereço indicado, é necessário portar o RG, o Cartão do SUS,


o PIS/PASEP (se possível), o formulário fornecido (LME) preenchido pelo
médico e as duas vias da receita médica do medicamento de alto custo.

O laudo médico que solicita, avalia e autoriza os Medicamentos do


Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, em geral, é fornecido
e preenchido pelo médico. Se ele não o fornecer, o formulário deve ser
solicitado na unidade de saúde próxima ao local onde o paciente mora para
que o médico preencha as informações necessárias.

O laudo detalhará a doença e seu tratamento, comprovando a necessidade em


usar o medicamento prescrito. No relatório LME (com original e cópia), o
médico informará o código da enfermidade que consta na Classificação
Internacional de Doenças, indicará o número de cadastro no Conselho
Regional de Medicina, carimbará e assinará o nome completo.
Ao solicitar o medicamento, é importante pedir uma cópia do protocolo. O
paciente será avisado por telegrama sobre quando e onde retirar o
medicamento, mas não existem prazos para a entrega, que pode ser feita na
hora, em alguns dias ou em três meses.

O remédio de alto custo deve ser retirado mensalmente por três meses e
sempre com uma nova receita médica. Após, esse período, é necessário
refazer a solicitação por mais três meses, repetindo todo o processo.

Para medicamentos muito caros — alguns chegam a custar R$ 15 mil — e para


doenças raras, os pacientes passam por consultas, exames, confirmação da
enfermidade e verificação de documentos pessoais.

Farmácia cidadã do Estado de Pernambuco

O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica é uma estratégia de


acesso a medicamentos no âmbito do SUS, caracterizado pela busca da
garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial,
cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas publicados pelo Ministério da Saúde. (Art. 2º - Portaria 1554/13).
O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), aprovado
pela Portaria GM/MS nº 2.981 de 26 de novembro de 2009, alterado pela
Portaria 3.439/2010 e com as regras de financiamento e execução
regulamentadas pela Portaria GM/MS nº 1.554 de 30 de julho de 2013
(alterada pela Portaria GM/MS nº 1.996 de 11 de setembro de 2013), é uma
estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS). O CEAF tem como objetivo garantir a integralidade do tratamento
medicamentoso em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas
em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) publicados pelo
Ministério da Saúde (MS).
Anexo da Portaria GM/MS 1554 / 2013
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT).
Os medicamentos que fazem parte das linhas de cuidado para as doenças
contempladas neste Componente estão divididos em três grupos conforme
características, responsabilidades e formas de organização distintas:
Grupo 1: Medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde, sendo dividido
em:
Grupo 1A: medicamentos com aquisição centralizada pelo Ministério da Saúde
e fornecidos às Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal, sendo
delas a responsabilidade pela programação, armazenamento, distribuição e
dispensação para tratamento das doenças contempladas no âmbito do
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica; e
Grupo 1B: medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde mediante
transferência de recursos financeiros às Secretarias de Saúde dos Estados e
Distrito Federal para aquisição, programação, armazenamento, distribuição e
dispensação para tratamento das doenças contempladas no âmbito do
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica;
O Grupo 1 foi constituído segundo os critérios: I - maior complexidade do
tratamento da doença; II - refratariedade ou intolerância à primeira e/ou à
segunda linha de tratamento; III - medicamentos que representam elevado
impacto financeiro para o Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica; e IV - medicamentos incluídos em ações de desenvolvimento
produtivo no complexo industrial da saúde.
Grupo 2: Medicamentos financiados pelas Secretarias de Saúde dos Estados e
do Distrito Federal, que são responsáveis pela aquisição, programação,
armazenamento, distribuição e dispensação para tratamento das doenças
contempladas no âmbito do Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica;
O Grupo 2 foi constituído segundo os critérios: I - menor complexidade do
tratamento da doença em relação ao Grupo 1; e II - refratariedade ou
intolerância à primeira linha de tratamento.
Grupo 3: Medicamentos sob responsabilidade das Secretarias de Saúde do
Distrito Federal e dos Municípios para aquisição, programação,
armazenamento, distribuição e dispensação e que está estabelecida em ato
normativo específico que regulamenta o Componente Básico da Assistência
Farmacêutica.
O Grupo 3 foi definido de acordo com os medicamentos constantes no
Componente Básico da Assistência Farmacêutica e indicados pelos Protocolos
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, publicados na versão final pelo Ministério da
Saúde como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenças
contempladas pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.

Farmácia cidadã do Estado do Espírito Santo

Os medicamentos disponíveis nas Farmácias Cidadãs Estaduais pertencem


ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) que
consiste em uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do SUS,
caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento
medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas
em publicados Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT),
publicadas pelo Ministério da Saúde.
Os medicamentos que fazem parte do Componente estão divididos em três
grupos, com características, responsabilidades e formas de organização
distintas. Estes grupos são definidos de acordo com os seguintes critérios:
I - Complexidade do tratamento da doença;
         II - garantia da integralidade do tratamento da doença no âmbito da linha
de cuidado; e
         III - manutenção do equilíbrio financeiro entre as esferas de gestão do
SUS.

 Grupo 1:
I - maior complexidade da doença a ser tratada ambulatorialmente;
II - refratariedade ou intolerância a primeira e/ou a segunda linha de
tratamento;
III - medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o
CEAF;
IV - medicamentos incluídos em ações de desenvolvimento produtivo no
complexo industrial da saúde.

Este grupo subdivide-se em:


          Grupo 1A: medicamentos financiados e adquiridos pelo Ministério da
Saúde;
          Grupo 1B: medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde e
adquiridos pela Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo.

 Grupo 2:
I - menor complexidade da doença a ser tratada ambulatorialmente em
relação aos elencados no Grupo 1;
II - refratariedade ou intolerância a primeira linha de tratamento.

Estes medicamentos são financiados e adquiridos pela Secretaria de Estado da


Saúde do Espírito Santo.

 Grupo 3:
I - fármacos constantes na Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais vigente, considerados como a primeira linha de cuidado para
o tratamento das doenças contempladas no CEAF.

Estes medicamentos estão sob responsabilidade das Secretarias Municipais de


Saúde, no âmbito do  Componente Básico da Assistência Farmacêutica.
O CEAF é regulamentado pelas Portarias GM/MS nº 1.554, de 30 de julho de
2013 e nº 1.996, de 11 de setembro de 2013.
O Espírito Santo disponibiliza medicamentos além dos contemplados nos
Protocolos do Ministério da Saúde, adquiridos através de recursos próprios,
uma Lista Estadual Complementar, de uso ambulatorial e dispensado pelas
Farmácias Cidadãs Estadual conforme os Critérios de Utilização da Secretaria
de Estado da Saúde do Espírito Santo (SESA) para cada item. Os
medicamentos da Lista Estadual Complementar de uso hospitalar são
dispensados somente para os pacientes internados nos hospitais da Rede
Hospitalar Estadual.

Você também pode gostar