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 Atenção: páginas “6” e “23”, quando menciona o vers. 57, cap. , do !ivro da !ei:
inserir a "etra #e$raica “%&addi”:

O LIVRO DE THOTH - Um Curto Ensaio


Ensaio Sobre o Tarô
Tarô dos Egípcios

sendo
O EQUINÓCIO, VOLUME III, NÚMERO V 

peo !ESTRE THERIO" #$LEISTER CRO%LE&'

Pintura das cartas : FRIEDA HARRIS

 An 'viii (o" in )* )+ )” Aries


2 de março de - e.v. 5:2- p.m.

Tradu()o*
 Edson Bini
Co-tradu()o*
Marcelo A C Santos ( $dapta()o
 $dapta()o dos títuos das cartas e trec+os e,traídos de O Li.ro da
 Lei/ e O Li.ro das !entiras'

ÍNDICE

Páginas
PRIMEI
PRI MEIRA
RA PARTE:
PARTE: A TEORIA TEOR IA DO
TARÔ..........
TARÔ.......................................................
....................................................................................
.......................................

I. O cont
conteú
eúdo
do do TaTarô.
rô. A orig
rigem do TaTarô.
rô. A teoeori
riaa das
correspondências do Tarô.
Tarô. Evidência de uma tradi!o de iniciados
do Tarô" #. $%ip&as '(vi e o Tarô" ). O Tarô nos manuscritos
ci*rados" +. O Tarô e a )rdem /erm0tica
)rdem  /erm0tica da 1o"den an
1o"den  an" ,. A
nature-a da evidência. Resumo das uest/es at( aui discutidas.

II. O Tarô e a 0anta 4a$a"a# . O Arran1o


Arran1o de 23po%es. O Tarô e a
*4rmu%
*4rmu%aa do %etragrammaton . O Tarô arô e os e%ementos.
e%ementos. As vinte e
duas c&aves5 atus5 ou trun*os do Tarô.
2

III. O Tarô
Tarô e o universo.
unive rso. Teorias
Teorias dos antigos. A 6rvore da 7ida.
7ida. O
Arran1
Arran1oo de 23po
23po%es
%es.. O Ta
Tarô e a 6rvor
6rvoree da 7ida.
ida. Os atus de
Ta&
a&uti.
uti. Os números
números romanos
romanos dos trun*os.
trun*os. O Tarô
arô e a magia. O
(#em#amp#orasc# e o Tarô. Tarô. O Tarô
Tarô e a magia cerimonia%.
cerimonia %. O Tarô
Tarô
e o animismo. As cartas do Tarô Tarô como seres vivos.
vivos.

0E892DA PARTE: O0  A%( ;<


;<A7E0 O9
TR92=O0>.....
TR92=O0>....................................................................
...............................................................

?. O 'ouco.
'ouco. A *4rmu%a
*4rmu%a do %etragrammaton @ O &omem
&omem verdeB
verdeB
do *estiv
*estiva%
a% da primav
primavera.
era. O Co
CoCo
Co de primeiro
primeiro de aCri%B
aCri%B @ O
Esprito 0anto
0anto @ O 8rande 'oucoB dos ce%tas a"ua @ O Rico
PescadorB: Perciva%
Perciva% @ O ;rocodi%o Mao5 *i%&o de 0et5 ou 0eCe>
0eCe>
@ <oor@P
<oor@Pa@Fraat
a@Fraat @ Geus Arr&enot
Arr&enot&e%us
&e%us @ Dionsio
Dionsio Gagreus
Gagreus @
Haco Dip&ues @ Hap&omet @ Resumo.

I a I.
I. I. O Presti
Prestidigi
digitado
tadorr @ II.
II. A A%ta 0acerd
0acerdoti
otisa
sa @ III
III.. A
Imperatri-
Imperatr i- @ I7.
I7. O Imperador @ 7. O <iero*ante
<iero*a nte @ 7I. Os Amantes
ou Os Irm!os> @ 7II. A ;arruagem @ 7III. A1ustamento @ I. O
Eremita @ . =ortuna @ I. 7o%úpia @ II. O Pendurado @ III. III.
Morte @ I7.
I7. Arte @ 77.. O DiaCo @ 7I. A Torre ou 8uerra>
@ 7II. A Estre%a @ 7III. A 'ua @ I. O 0o% @ . O Aeon @
I. O 9niverso.

 $p0ndice.
 $p0ndice . O 'ouco
'ouco"" #. 0i%
0i%ênci
êncio"
o" ).
).  e (apientia et (tu"titia "  e
)rac
)racu"o
u"o (u
(umm
mmoo" +.
+.  e /er$a (anctissima Ara$ica. e
4ui$usdam 89steriis, 4uae idi; e 4uodam 8odo
 8editationis; (equitur e /ac <e; (equitur e /ac <e;
=onc"usio e /oc 8odo (anctitatis; ia (o"a (o"is. O Mago"
(anctitatis; e ia
#. De
De Mercúrio" ). O 0en&or da I%us!o. =ortuna5 R. O. T. A. @ A
Roda. 7o%úpia5 >a$a"on . Arte" A 0eta. O 9niverso" O 9niverso
7irgem.

TER;EIRA PARTE: A0 ;ARTA0 DA


;ORTE
;ORTE........................................................................................
............................................................................................

OCserva/es gerais. ;aractersticas gerais dos uatro dignit3rios.


Descri!o sum3ria das de-esseis cartas da corte. =ava"eiro de
 >ast?es; rain#a de >ast?es; pr@ncipe de >ast?es; princesa de
 >ast?es; cava"eiro de =opas; rain#a de =opas; pr@ncipe de
=opas; princesa de =opas; cava"eiro de spadas; rain#a de
 spadas; pr@ncipe de spadas; princesa de spadas; cava"eiro
de iscos; rain#a de iscos; pr@ncipe de iscos; princesa de
 iscos.

J9ARTA PARTE: A0 ;ART


J9ARTA ;ARTA0 A0
ME2ORE0.......................................................................................
.....

Os uatro ases" os uatro dois" os uatro três" os uatro uatros" os


uatro cincos" os uatro seis" os uatro setes" os uatro oitos" os
uatro noves"
noves" os uatro
uatro de-.
de-. A rai- dos
dos poderes
poderes do
do *ogo
*ogo @ 3s de
Hast
Hast/e s" Domínio 5 dois de Hast
/es" ast/es" Virtude5 três de Hast/es"
Conclusão 5 uatro de Hast/es" Disputa5 cin cinco de Hast/ st/es"
Vitria 5 seis de Hast/es" Valor5 sete de Hast/es" !apide"5 oito de
Hast/es" #or$a5 nove de Hast/es" %pressão 5 de- de- de Hast/es
Hast/es.. A
rai- dos pod
podere
eress da 3gu
3guaa @ 3s de ;op as" Amor5 dois de ;opas"
;opas"
A&und'ncia5 três de ;opas" u)*ria5 uatro de ;opas"
Desapontamento5 cinco de ;opas" Pra"er5 seis de ;opas"
De&oc+e5 sete de ;opas" ,ndol-ncia5 oito de ;opas" #elicidade 5
nove
no ;opas" Saciedade 5 de
ve de ;opas" de-- de ;opas Espadas"" Pa"5
;opas.. 6s de Espadas
dois de Espadas" Dor5 três de Espadas" .r/gua5 uatro de
Espada
Espadas" s" Derrota 5 cinc
cincoo de Espad
Espadasas"" Ci-ncia5 seis de Espadas"
#utilidade 5 sete de Espadas" ,nter0er-ncia 5 oito de Espadas"
Crueldade5 nove de Espad as.. !uína5 de- de Espadas. 6s de
adas
Disc os"" Mudan$a5 dois de Disc
Discos Discoos" .ra&al+o5 três de Discos"
Poder5 uatro de Discos"
Discos" Preocupa$ão5 cinco de Discos" Sucesso5
4

seis
seis de Discos"" #racasso 5 sete
Discos Discos" Prud-ncia5 oito de
ete de Dis
Discos" an+o5 nove de Discos" !i3ue"a 5 de- de Discos.

I27O;AKLO @ O0  A%( @
M2EMÔ2I;A....
M2EMÔ2I;A.................................................................................
.............................................................................
.............

AP2DI;E
A.......................................................................................................
..............................................

O comportam
comportamento
ento do TaTarô: seu
seu uso na arte da adivin&a!o
adivin&a!o.. A
signi*icadora" primeira opera!o" segunda opera!o @
dessen
de envo
vo%%vim
vimen
ento
to da u ues
est!
t!o"
o" terce
erceiira op
oper
era
a!o
!o @ maimais um
desen
desenvo
vo%v
%vim
iment
entoo da u
uest
est!o"
!o" uarta
uarta opoper
era!
a!oo @ pe penú%
nú%ti
timo
moss
aspe
aspect
ctos
os dada ues
uest!
t!o"
o" ui
uint
ntaa oper
opera
a!o!o @ resu% esu%ta
tado
do *in
*ina%
a%..
;aractersticas gerais dos trun*os uando s!o usados.

AP2DI;E
H.......................................................................................................
...............................................

;orrespondências
;orrespondências..  iagrama #: A esca% esca%a@c&a
a@c&ave"
ve" diagrama ) : A
Tarô" diagrama + : O cosmos c&inês" diagrama
atriCui!o gera% do Tarô"
, : O caduceu" diagrama  N : Os números dos p%anetas" diagrama  
: Os e%em
e%emenento
toss e seus
seus smC
smCo%
o%os
os"" diagrama   : As armas dos
e%emen
e%ementos
tos"" diagrama Q : A es*es*in
inge
ge"" diagrama    : As dignidade
essenciais dos p%anetas. %a$e"as : trun*os5 as uatro esca%as de cor5
atriCui/es das cartas da corte5 atriCui/es das cartas menores5 as
dignidade essenciais dos p%anetas5 a trip%a trindade dos p%anetas5 as
trip%icidades do -odaco5 as trades vitais.
5

LISTA DAS  ILUSTRAÇÕES 


I'90TRAKSE0 DO TETO

Página
 O &eagrama unicursa%5 dias da semana5 o %upa dup%o no
-odaco...............................................................................

O
caduceu............................................................................................
..........................................................................

As dignidade essenciais dos


 p%anetas...........
 p%anetas..... ............
.............
.............
............
............
.............
.............
............
.............
.............
.............
..............
...........
....
...............................

'UMI2A0 DO TARÔ E I'90TRAKSE0 DE P68I2A


I2TEIRA

O
<iero*ante.........................................................................................
.................................................... 1rontispício
 1rontispício

7o%úpia.............................................................................................
%úpia.............................................................................................
........................................................

6s de
Espadas............................................................................................
................................................
6

Os
Amantes...........................................................................................
....................................................

%runBos: O 'ouco5 O Mago5 A A%ta 0acerdotisa5 A


Imperatri-
Imperatri-.....................................................................
.....................................................................

%runBos: O Imperador5 O <iero*ante5 Os Amantes5 A


;arruagem.................................................................

%runBos: A1ustamento5 O Eremita5 =ortuna5


7o%úpia.......................................................................................
%úpia.......................................................................................

%runBos: O Pendurado5 Morte5 Arte5 O


DiaCo.........................................................................................

%runBos: A Torre5 A Estre%a5 A 'ua5 O


0o%.............................................................................................

%runBos: O Aeon5 O
9niverso...........................................................................................
......................

=artas da corte:
corte: Hast/es cava%eiro5 rain&a5 prncipe5
 princesa>..........
 princesa>... .............
.............
.............
............
.............
.............
............
.............
............
.....

=artas da corte:
corte: ;opas cava%eiro5 rain&a5 prncipe5
 princesa>..........
 princesa>... .............
.............
.............
............
.............
.............
............
.............
..........
...

corte: Espadas cava%eiro5 rain&a5 prncipe5


=artas da corte:
 princesa>..........
 princesa>... .............
.............
.............
............
.............
.............
............
............
......

corte: Discos cava%eiro5 rain&a5 prncipe5


=artas da corte:
 princesa>..........
 princesa>... .............
.............
.............
............
.............
.............
............
.............
...........
7

=artas menores: Hast/es 3s de Hast/es5 Domnio5 7irtude5


;onc%us!o>......................................................

=artas menores: Hast/es Disputa5 7it4ria5 7a%or5


Rapide->....................................................................

=artas menores: Hast/es =ora5 Opress!o>" ;opas 3s de ;opas5


Amor>...................................................

=artas menores: ;opas ACundVncia5 'uúria5 Desapontamento5


Pra-er>................................

=artas menores: ;opas DeCoc&e5 Indo%ência5 =e%icidade5


0aciedade>..................................................

=artas menores: Espadas 3s de Espadas5 Pa-5 Dor5


Tr(gua>..........................................................

=artas menores: Espadas Derrota5 ;iência5 =uti%idade5


Inter*erência>...............................................

=artas menores: Espadas ;rue%dade5 Runa>" Discos 3s de


Discos5 Mudana>.....................................

=artas menores: Discos TraCa%&o5 Poder5 Preocupa!o5


0ucesso>.......................................................

=artas menores: Discos =racasso5 Prudência5 8an&o5


Riue-a>..........................................................

O
0o%....................................................................................................
....................................................
9

O
9niverso...........................................................................................
....................................................

A Esca%a@
c&ave................................................................................................
........................................

AtriCui!o
gera%..................................................................................................
....................................

O ;osmos
c&inês...............................................................................................
.....................................

A
Rosacru-...........................................................................................
..................................................

Os números dos p%anetas5 os e%ementos e seus smCo%os5 as armas


dos e%ementos5 a es*inge...............

!%DA E 8 %HO$ 2
A 8rande Roda de (amsara.
A Roda da 'ei  #amma>.
A Roda do Tarô.
A Roda dos ;(us.
A Roda da 7ida.
Todas estas Rodas s!o uma" por(m5 de todas e%as5 apenas a Roda
do TARÔ
( de teu proveito consciente.
:

Medita %onga e %arga e pro*undamente5 O& &omem5 soCre esta


Roda5 revo%vendo@a
em tua menteW
0e1a esta tua tare*a: ver como cada carta Crota necessariamente de
outra
carta5 na devida ordem5 dXO 'ouco ao De- de Discos.
Ent!o5 uando tu con&eceres a Roda do Destino por comp%eto5 tu
ta%ve-
perceCas AJ9E'A 7ontade ue a moveu primeiramente. Y2!o
&3
 primeiro ou ú%timo.Z
E eisW tu passaste pe%o ACismo.

)
 !ivro das 8entiras

P!,ME,!A PA!.E 8  $ TEORI$ DO T$R3

O ;O2TE[DO DO TARÔ

O Tarô ( um Cara%&o de setenta e oito cartas. <3 uatro naipes5 ta%


como nos Cara%&os atuais5 ue de%e s!o derivadas. Por(m5 as cartas
da corte s!o em número de uatro5 ao inv(s de três.
Adiciona%mente5 eistem vinte e duas cartas c&amadas de trunBos 5
das uais cada ua% ( uma *igura simC4%ica com um ttu%o pr4prio.
1;

\ primeira vista5 pode@se supor ue a sua disposi!o se1a


arCitr3ria5 mas n!o (. E%a ( %igada5 como se reve%ar3 mais tarde5 ]
estrutura do universo e do 0istema 0o%ar em particu%ar5 ta% como
simCo%i-ado pe%a 0anta 4a$a"a# 5 o ue ser3 ep%icado no
momento oportuno.

A ORI8EM DO TARÔ

A origem desse Cara%&o ( muito oCscura. A%gumas autoridades


 procuram *a-ê@%a recuar aos antigos Mist(rios Egpcios5 outras
tentam *a-ê@%a avanar a uma (poca t!o recente uanto o s(cu%o
75 ou mesmo o 7I. Por(m5 o Tarô certamente eistia desde o
s(cu%o I75 soC o ue pode ser denominado sua *orma c%3ssica5
visto ue Cara%&os dessa data ainda eistem5 e sua *orma n!o
a%terou em nen&um aspecto consider3ve% desde aue%a (poca.

 2a Idade M(dia5 essas cartas eram Castante empregadas na


adivin&a!o e cartomancia5 especia%mente pe%os ciganos5 de modo
ue era costume re*erir@se ao %arC dos >oDmios ou  g@pcios.
Juando *oi descoCerto ue os ciganos5 a despeito da etimo%ogia da
 pa%avra5 eram de origem asi3tica5 a%gumas pessoas tentaram
encontrar a *onte do Tarô na arte e %iteratura indianas.

 2!o &3 necessidade5 aui5 de adentrarmos ua%uer discuss!o


acerca desses pontos controvertidos. ^

^ A%guns eruditos sup/em ue a R.O.T.A.  <ota5 roda> consu%tada


no =o""egium ad (piritum (anctum ver o mani*esto  Eama
 Eraternitatis dos irm!os da <os9 =ross> era o Tarô.

A TEORIA DA0 ;ORRE0PO2D2;IA0 DO TARÔ

Para o nosso prop4sito5 tradi!o e autoridade carecem de


importVncia. A Teoria da Re%atividade de Einstein n!o se ap4ia no
*ato de ter sido con*irmada uando *oi suCmetida ] prova. A única
16

deviam empregar seus poderes m3gicos para *a-er contato com os


;&e*es 0ecretos da Ordem o ue (5 a prop4sito5 um procedimento
 Castante norma%
nor ma% e tradiciona%>.

Pouco depois5 Mat&ers5 ue *i-era manoCras ue o %evaram ]


c&e*ia da Ordem5 anunciava ue &avia rea%i-ado esse vncu%o e ue
os ;&e*es 0ecretos o tin&am autori-ado a continuar o traCa%&o da
Ordem5 soC sua ec%usiva orienta!o. Entretanto5 nada &35 neste
caso5 ue evidencie ue seu testemun&o correspondesse ] verdade5
 pois nen&um con&ecimento novo particu%armente importante
c&egou ] Ordem5 a ponto de rea%mente parecer comprovado eistir 
n!o mais do ue aui%o ue Mat&ers poderia ter aduirido por 
meio
meioss no
norm
rmais
ais55 de *ont
*ontes
es Castan
Castante
te aces
acess
sve
veis
is55 como
como o Museu
Museu
HritVnico. Estas circunstVncias5 somadas a muita intriga trivia%5
condu-iram a uma s(ria insatis*a!o entre os memCros da Ordem.
 2esse caso5 a id(ia de*endida por =r. 0prenge%5 de ue o traCa%&o
de grupo numa Ordem deste tipo ( possve%5 reve%ou@se
euivocada. Em #??5 a Ordem5 soC a *orma ent!o eistente5
estava destruda.

O moti
motivo
vo de
dess
sses
es dad
dados
os ( simp
simp%e
%esm
sment
entee most
mostrar
rar u
ue5
e5 na
naue%
ue%aa
(poca5 a preocupa!o principa% de todos os memCros s(rios da
Ordem era entrar em contato com os pr4prios ;&e*es 0ecretos. Em
#?,5 o sucesso *oi oCtido por um dos mais 1ovens memCros da
Ordem5 =rater PerduraCo. Os deta%&es comp%etos deste
aco
acontecim
cimen
entto s!o dad
adoos em %#e qui
quinno' oB t#e 1ods )
 quinMcio dos euses. ^

^ A mensagem dos ;&e*es 0ecretos ( dada nX ) !ivro da !ei 5 ue


*oi
*oi ed
ediitado
tado pri
priva
vada
dame
ment
ntee pa
para
ra inic
inicia
iado
doss e pu
puC%
C%ic
icad
adoo em )
 quinMcio 5 vo%. I5 números  e #?" tamC(m em ) quinMcio dos
 euses.  Em Portu
Portuguê
guês5
s5 ) !ivro da !ei   encontra@se no vo%ume
Θεληµα − )s !ivros (agrados de %#e"ema B Euin4cio III.>5
co@puC%icado pe%as editoras AnúCis e Madras.
17

 2!o seria úti%5 nesta oportunidade5 discutir@se soCre a prova ue


estaCe%ece a verdade dessa pretens!o. Mas cumpre oCservar ue se
trata de evidência interna. E%a eiste no pr4prio manuscrito. 2!o
*aria di*erena se a a*irma!o de uaisuer das pessoas envo%vidas
viesse a se mostrar *a%sa.

,. A nature&a
nature&a da evidDncia

Esta digress!o &ist4rica *oi necess3ria para a compreens!o das


cond
co ndi
i/e
/ess de
dessta inve
invest
stig
iga
a!o
!o.. ;o
;onnv(
v(m
m cocons
nsid
ider
erar
ar ag
agor
oraa a
numera!o pecu%iar dos trun*os. Parece natura% a um matem3tico
iniciar a s(rie de números naturais com o  &ero5 mas isto incomoda
 Castante a mente n!o treinada matematicamente.

 2os ensaios e %ivros tradicionais soCre o Tarô5


Tarô5 sup/e@se ue a carta
com o número ? *ica entre as cartas  e I. O segredo da
interpreta!o dos iniciados5 o ua% torna %uminoso o signi*icado
integra% dos trun*os5 consiste simp%esmente em co%ocar essa carta
marcad
rcadaa com o ?B em seu %ugar natu atura%5
a%5 onde ua
ua%%u
ueer 
matem3tico a co%ocaria5 ou se1a5 ] *rente do número 9mB.

Mas ainda
ainda &3 uma
uma pepecu
cu%i
%iari
aridad
dade5
e5 um trans
transto
torno
rno na se
seênc
ência
ia
natura%5 a saCer: as cartas 7III e I têm ue ser intercamCiadas5 a
*im de preservar
preservar a atriCui!o correta. A carta I se c&ama  Eorça e
atriCui!o correta.
ne%a aparece um %e!o5 sendo Castante 4Cvia sua re*erência ao signo
-odia
-od iaca%
ca% do 'e!o
'e!o55 en
enuan
uanto
to u
uee a cart
cartaa 7III
III se c&ama
c&ama  Fustiça 5
repr
repres
esen
enta
tand
ndoo a *igu
*igura
ra simC
simC4%4%ic
icaa co
conv
nvenenci
cion
ona%
a%55 en
entr
tron
onad
adaa e
munida de espada e Ca%ana5 evidentemente se re*erindo ao signo
-odiaca% de 'iCra5 a Ha%ana.

=rater PerduraCo rea%i-ara um estudo muito pro*undo do Tarô


desde sua inicia!o ] Ordem5 em #Q de novemCro de #QQ" três
mese
mesess dep
depoi
ois5
s5 ating
atingir
iraa o grau
grau de  Jracticus   e5 como ta%5 teve o
19

direito de con&ecer a atriCui!o secreta. Manteve@se estudando ta%


atriCui
atriCui!o
!o e os manuscri
manuscritos
tos ep
ep%ic
%icativ
ativos
os corre%
corre%ato
atos.
s. Averiguo
eriguouu
todo
todoss esse
essess atri
atriCu
Cuto
toss do
doss nú
núme
mero
ross em re%a
re%a!
!oo ]s *orm
*ormas
as da
nature-a e nada descoCriu ue *osse incongruente. Mas5 em Q de
aCri% de #?, e.v.5 enuanto escrevia ) !ivro da !ei  a partir do
ditado do mensageiro dos ;&e*es 0ecretos5 parece ter *ormu%ado
menta%mente uma uest!o5 sugerida pe%as pa%avras do captu%o I5
verscu%o N: a %ei da *orta%e-a5 e o grande mist(rio da ;asa de
DeusB a  =asa de eusB ( um nome do trun*o do Tarô de
núm
nú mero
ero 7
7II>. A u ues
estt!o era ne
nest
stee sent
sentid
idoo: @ ;apt
;aptei ei estas
stas
atriCui
atriCui/es
/es corret
corretame
amente
nteBB E surgi
surgiuu uma respos
respostata interca
interca%ada
%ada::
Todas estas ve%&as %etras do meu 'ivro s!o corretas" mas x n!o (
a Estre%a. Isto tamC(m ( secreto: meu pro*eta o reve%ar3 ao s3CioB.

Isso era demasiado irritante. 0e %&addi n!o era a Estre%aB5 o ue


era E o ue era %&addi  Durante anos5 e%e tentou permutar essa
cart
carta5
a5  A stre"a5 de número 7II5 com a%guma outra. 2!o teve
êito. A so%u!o somente %&e veio muitos anos depois. %&addi ( )
 mperador  e5
  e5 portanto5 as posi/es das cartas 7II e I7 têm ue
ser trocadas. Esta atriCui!o ( Castante satis*at4ria.

0im5 mas ( a%go Cem mais ais do ue sati atis*at4


at4rio"
rio" (5 pa parra o
 pensamento %úcido5 a evidência mais convincente possve% de ue
) !ivro da !ei  ( uma mensagem genuna dos ;&e*es 0ecretos5 13
ue  A stre"a se re*ere a Au3rio no -odaco e ) mperador 5 a
6ries. Ora5 6ries e Au3rio est!o a cada %ado de Peies5 ta% como
'e!o e 'iCra est!o a cada %ado de 7irgem5 ou se1a5 a corre!o
cont
co ntid
idaa nX) !ivro da !ei prod produ-
u- uma
uma simsimetri
etriaa pe
per*
r*ei
eita
ta na
atri
atriCu
Cui
i!o
!o -od
odia
iaca
ca%5
%5 co
com mo se *os*osse um %aoao *orm
ormad adoo nu
numa
ma
ettrem
e remidad
idadee da e%ip
e%ipse
se55 co
corr
rres
espo
pond
nden
endo
do eeat
atam
amenente
te ao %ao%ao
eistente na outra etremidade.

Estas mat(rias soam um tanto t(cnicas e5 de *ato5 o s!o. Mas5


uanto mais se estuda o Tarô5 mais se perceCe a admir3ve% simetria
e per*ei!o do simCo%ismo. Todavia5 mesmo para o %eigo5 deve ser 
evidente ue o eui%Crio e o A1ustamento s!o essenciais para
1:

ua%uer per*ei!o5 e a e%ucida!o desses dois emCaraos nos


ú%timos cento e cinenta anos representa5 induCitave%mente5 um
*enômeno Castante not3ve%.

RE09MO
RE09M O DA0
D A0 J9E0TSE0
J9E0TS E0 AT
AT$ AJ9I DI0;9TIDA0

#. A origem do Tarô ( tota%mente irre%evante5 mesmo se *or certa.


;omo um sistema5 e%e tem ue se sustentar ou cair em *un!o de
seus pr4prios m(ritos.

). O Tarô (5 sem ua%uer dúvida5 uma tentativa de%iCerada de


representar5 soC *orma pict4rica5 as doutrinas da 4a$a"a# .

+. A evidênênci
ciaa para
ara isso
sso ( muito seme%&an antte ] evidência
cia
apresentada por uma pessoa ue est3 *a-endo pa%avras cru-adas.
E%a saCe5 pe%as pistas da &ori-onta%5 ue sua pa%avra (  (8A1 I
espaço va&io I <” " portanto5 ( certo5 sem possiCi%idade de erro5
ue o espao va-io se1a um  AB.

,. Estas atriCui/es s!o5 num certo sentido5 um mapa simC4%ico


convenciona%5
convenciona%5 o ua% poderia
poderia ser inventado
inventado por a%guma
a%guma pessoa ou
a%gumas pessoas de grande imagina!o artstica e engen&osidade5
comCinadas a uma erudi!o e c%are-a *i%os4*ica de envergadura
uase impens3ve%.

N. Tais pessoas5 por(m5 por mais eminentes ue supon&amos ue


ten&am sido5 n!o seriam aCso%utamente capa-es de produ-ir um
sist
sistem
emaa t!o
t!o co
comp
mp%e
%eo
o sem
sem a assi
assist
stên
ênci
ciaa de supe
superi
rior
ores
es55 cu
cu1o
1oss
 processos mentais pertenciam5 ou pertencem5 a uma dimens!o
mais e%evada.

i%
i%us
ustr
tr.. <e
<eag
agra
rama
ma ununic
icur
ursa
sa%% @ De Dec%
c%ar
arou
ou@s
@see sem
sempr
pree ser 
ser 
impossve% traar um &eagrama unicursa%5 mas isto *oi agora
rea%i-ado.
rea%i-ado. As %in&as5 entretanto5
entretanto5 s!o estritamente
estritamente euc%idianas...
euc%idianas... n!o
 possuem %argura.>>
2;

i%u
i%ust
strr. Os Dia
Diass da 0ema
0emana
na @ 'eia
'eia em
em torn
tornoo do &e3g
&e3gon
onoo a
Ordem m3gica> dos 0ete P%anetas 0agrados. 'eia ao %ongo do
&eagrama
&eagrama a ordem dos dias da semana
semana acredita@se
acredita@se ue esta &3Ci%
descoCerta se deva ao *a%ecido 8. <. =rater D.D.;. =.>>

I%ustr. Diagrama do %upe dup%o no -odaco>>

Poder@se@ia5 ] guisa de ana%ogia5 tomar o 1ogo de adre-. Este 1ogo


evo%uiu a partir de uma origem Cem simp%es. Tratava@se de uma
 Cata%&a mmica para guerreiros cansados5
can sados5 mas as suti%e-as do 1ogo
moderno
moderno @ ue atua%mente *oram5*oram5 graas a Ric&ard R(ti5 Cem a%(m
do c3%cu%o5
c3%cu%o5 para adentrar
adentrar o domnio
domnio da cria!o
cria!o est(tica
est(tica @ estavam
estavam
%ate
%atent
ntes
es no esu
esuem
emaa orig
origin
ina%
a%.. Os cria
criado
dore
ress do 1ogo
1ogo esta
estava
vam
m
con
conststru
ruin
indo
do me%&o
e%&orr do uuee o saCi
saCiam
amB.
B. $ po poss
ssv
ve%
e%55 ( c%ar
c%aro5
o5
arg
argumen enttar ue essas suti uti%e-a
e-as surgiram no decorrer do
dessen
de envo
vo%%vim
vimen
ento
to do 1og 1ogo5 e e*ete*etiv
ivam
amen
ente
te est3
est3 CeCemm c%ar
c%aro5
o5
&isto
&istori
ricam
cament
ente5
e5 u
uee os prim
primeir
eiros
os 1ogad
1ogador
ores
es55 cu1os
cu1os 1ogo
1ogoss est!
est!oo
registrados5 n!o detin&am a concep!o consciente de nada a%(m de
uma variedade de estratagemas Castante imper*eitos e e%ementares.
$ inte
inteir
iram
amen
ente
te po
poss
ssv
ve%
e% arg
argumen
umentatarr u
uee o 1ogo
1ogo de a adr
dre-
e- (
meramente um dos muitos 1ogos ue se desenvo%veram5 enuanto
diversos outros 1ogos se etinguiram devido a a%gum acidente.
Pode@se5 tamC(m5 argumentar ue o adre- moderno esteve %atente
no 1ogo origina% por mero acaso.

A teoria da inspira!o ( rea%mente muito mais simp%es e d3 conta


dos *atos sem vio%ar a %ei da parcimônia.

,,
O TARÔ E A 0A2TA 4A>A!A/ 
21

O assun antta 4a$a"a# . $ uma mat(ria muito


untto a seguir ( a 0an
simp%es e n!o apresenta di*icu%dades ] mente inte%igente ordin3ria.
<3 de- números no sistema
sistema decima%5
decima%5 &avendo uma ra-!o autêntica
autêntica
 para ue devam ser de- números5 e somente de-5 num sistema
num(rico ue n!o ( meramente matem3tico5 mas *i%os4*ico. $
necess3rio neste ponto apresentar o  ArranNo de Gápo"es . Por(m5
ante
antess de mais
mais na
nada
da55 ( prec
precisisoo co
comp
mpre
reen
ende
derr a repr
repres
esen
enta
ta!
!oo
 pict4rica do universo dada pe%a 0anta 4a$a"a# ver diagrama>.

Essa *igura representa a 6rvore da 7ida5 a ua% ( um mapa do


universo. Deve@se comear5 como o *aria um matem3tico5 com a
id(ia do -ero5 -ero aCso%uto5 ue eaminado se mostra
signi*icativo de ua%uer uantidade ue se possa esco%&er5 mas
n!o5 como em princpio poderia supor o %eigo5 do nada no sentido
vu%gar da pa%avra5 de ausDncia de a"guma coisa   7e
7er  >eras#it# 5
Paris5 #?)>.

% Arran<o
Arran<o de =ápoles
Os qaqa$a"
$a"is tas e
istas epapandi
ndiram
ram essa
essa id(ia
id(ia do nada e oCtiveram uma
segu
segunda esp(ciee de nada
nda esp(ci da,, a u
uee c&
c&am
amar am de  Ain (oB   @ 0em
aram
'imi
'imiteteBB id(
id(ia
ia ap apar
aren
ente
teme
ment
ntee n!
n!oo de
dess
ssem
eme%e%&a
&ant
ntee da
dau
ue%
e%aa de
espa
espao
o>.>. De
Deci
cidi
dira
ram5
m5 en
ent!
t!o5
o5 uue5
e5 pa
para
ra int
interpr
erpret
etar
ar essa
ssa meraera
ausência de ua%uer modo de de*ini!o5 seria necess3rio postu%ar 
o  Ain (oB Aur  @   @ 'u- I%imitadaB. Assim5 parece ue e%es ueriam
di-er eatamente o ue os &omens de ciência do perodo vitoriano
ueriam di-er5 ou pensavam ue ueriam di-er5 pe%a epress!o
 Hter !umin@Bero” o continuum espaçoItempo
espaçoI tempo O
Tudo isso ( evidentemente sem *orma e va-io" s!o condi/es
aCstratas e n!o id(ias positivas. O passo seguinte tem ue ser a
id(ia de posição. $ preciso *ormu%ar esta tese: se &3 a%guma coisa
eceto o nada5 tem ue eistir dentro dessa "u& i"imitada
i"imitada " dentro
22

desse espaço" dentro desse  Gada inconceCve%5 ue n!o pode


eistir como nada5 mas tem ue ser conceCido como um nada
criado da aniui%a!o de dois opostos imagin3rios. Assim aparece
o  ponto 5 ue n!o tem nem partes nem magnitude5 mas somente
 posi!oB.

;ontudo5 posi!o n!o signi*ica coisa a%guma5 a n!o ser ue &a1a
a%guma coisa a mais5 a%guma outra posi!o com a ua% e%a possa
ser comparada. Tem@se ue descrevê@%a5 e o único modo de *a-ê@%o
( possuir um outro  ponto 5 o ue signi*ica ue ( preciso inventar o
número dois5 tornando possve% a "in#a.

Mas essa %in&a n!o signi*ica rea%mente muito5 porue n!o eiste
ainda medida de comprimento. O %imite do con&ecimento neste
est3gio ( ue &3 duas coisas5 de modo ue se pode *a%ar soCre e%as5
mas n!o se pode di-er ue est!o uma pr4ima da outra ou ue
est!o muito apartadas" (@se apenas capa- de di-er ue est!o
distantes. Para e*etivamente discernir@se entre e%as5 ( necess3rio
ue &a1a uma terceira coisa. Precisamos ter um outro ponto. Tem@
se ue inventar a superB@cie " tem@se ue inventar o triPngu"o. Ao
*a-er isto5 a prop4sito5 a tota%idade da geometria p%ana surge. $@se
capa- de di-er agora: @ A est3 mais pr4imo de H do ue A est3 de
;B.

Mas5 at( agora5 n!o &3 nen&uma su$stPncia  em uaisuer dessas


id(ias. 2a verdade5 n!o &3 uaisuer id(ias5 sa%vo a de distPncia e
ta%ve- a de intermediariedade e a de medição angu"ar 5 de sorte
ue a geometria p%ana5 ue agora eiste em teoria5 (5 a*ina% de
contas5 comp%etamente dispersiva e incoerente. 2!o &ouve
nen&uma aproima!o da concep!o de uma coisa rea%mente
eistente. Tudo ue se rea%i-ou *oi a *aCrica!o de de*ini/es5 e
tudo num mundo puramente idea% e imagin3rio.

Agora5 ent!o5 vem o a$ismo. 2!o se pode avanar mais no idea%.


O pr4imo passo tem ue ser o rea" " ao menos5 uma aCordagem do
rea". <3 três pontos5 mas nen&uma id(ia de onde ua%uer um
2

de%es est3. 9m uarto ponto ( essencia%5 e este *ormu%a a id(ia de


mat(ria.

O ponto 5 a "in#a 5 o  p"ano. O uarto ponto5 contanto ue n!o este1a


no p%ano5 produ- o  sM"ido. ;aso se ueira saCer a posi!o de
ua%uer ponto5 tem@se ue de*ini@%o pe%o emprego de três eios
coordenados: @ “(ão tantos metros da parede norte, e tantos
metros da parede "este, e tantos p0s do piso.”

Assim5 desenvo%veu@se do nada um a"go do ua% se pode di-er ue


eiste. ;&egou@se ] id(ia de mat0ria. Mas esta eistência (
ecessivamente tênue5 pois a única propriedade de ua%uer ponto
( sua posi!o em re%a!o a certos outros pontos" nen&uma
mudana ( possve%" nada ( capa- de acontecer. Portanto5 ao se
ana%isar a rea"idade con&ecida5 deve@se postu%ar uma uinta id(ia
 positiva5 ue ( aue%a do movimento.

A id(ia de movimento  imp%ica na de tempo,  pois somente atrav(s


do movimento, e dentro do tempo,  pode ua%uer evento ocorrer.
0em essa mudana e seência5 nada ( capa- de ser o oC1eto dos
sentidos cumpre oCservar ue este número N ( o número da %etra
 /0 no a%*aCeto &eCraico" esta ( a %etra tradiciona%mente consagrada
] 8rande M!e" ( o útero no ua% o 8rande Pai @ ue ( representado
 pe%a %etra Qod 5 a ua% ( a representa!o pict4rica de um ponto
ú%timo @ se move e gera a eistência ativa>.

$ possve%5 agora5 ter@se uma id(ia concreta do  ponto " e5


*ina%mente5 esse ( um ponto capa- de ser auto@consciente5 porue
 pode ter  passado 5 presente e Buturo. $ capa- de de*inir a si mesmo
em termos das id(ias anteriores. Eis aui o número  seis5 o centro
do sistema: auto@consciente5 capa- de eperiência.

 2este est3gio5 conv(m a*astarmo@nos por um momento do


simCo%ismo estritamente qa$a"@stico . A doutrina dos pr4imos três
números para a%gumas mentes5 ao menos> n!o ( epressa com
muita c%are-a. $ mister o%&ar para o sistema edanta, rumo a uma
24

interpreta!o mais %úcida dos números 5 Q e 5 emCora ta%


interpreta!o corresponda muito estreitamente ]s id(ias
qa$a"@sticas.  2a an3%ise &indu da eistência5 os ris#is s3Cios>
 postu%am três ua%idades: (at 5 a essência do pr4prio ser" =#it 5 o
 pensamento ou inte%ec!o" e  Ananda usua%mente tradu-ido por 
 Cem@aventurana5 êtase>5 o pra-er eperimentado pe%o ser no
desenro%ar dos eventos. Esse êtase ( evidentemente a causa
estimu%ante da moCi%idade da pura eistência. Ep%ica a &ip4tese
da imper*ei!o por parte da  JerBeição. O  A$so"uto seria nada5
 permaneceria na condi!o de nada" portanto5 a *im de ser 
consciente de suas possiCi%idades e go-3@%as5 precisa ep%orar essas
 possiCi%idades. Pode@se inserir aui um enunciado para%e%o dessa
doutrina5 encontrada no documento c&amado ) !ivro do 1rande
 AuL  para capacitar o estudante a considerar a posi!o do ponto de
vista de duas mentes di*erentes.

“%odos os e"ementos devem, numa ocasião, ter estado separados


I nesse caso, #averia intenso ca"or. 4uando os átomos atingem o
 so", o$temos aque"e ca"or imenso, e'tremo, e todos os e"ementos
 são e"es mesmos, novamente. magine que cada átomo de cada
e"emento possua a memMria de todas as suas aventuras. A
 propMsito, esse átomo, Borta"ecido com a memMria, não seria o
mesmo átomo; e, no entanto, e"e o 0, porque nada gan#ou de
qua"quer "ugar, e'ceto essa memMria. =onseqKentemente, pe"o
"apso do tempo e em virtude da memMria, uma coisa seria capa&
de se tornar a"guma coisa a mais do que e"a mesma, tornandoIse,
assim, poss@ve" um desenvo"vimento rea". DIse, então, uma ra&ão
 para qua"quer e"emento decidir passar por essa s0rie de
encarnaç?es, porque assim, e somente assim, pode e"e
 prosseguir; e soBre o "apso da memMria que tem durante essas
encarnaç?es porque sa$e que passará ina"terado.

“Jortanto, vocD pode ter um nRmero inBinito de deuses,


individuais e iguais, em$ora diversos, cada um supremo e
inteiramente indestrut@ve". sta 0, tam$0m, a Rnica e'p"icação de
como um ser poderia criar um mundo no qua" a guerra, o ma",
26

mat0ria 5 de modo ue sua uni!o produ-a um =i%&o e uma =i%&a.


 2a pr3tica5 a id(ia *unciona como um m(todo de descrever como a
uni!o de duas coisas uaisuer produ- uma terceira coisa ue n!o
( nen&uma de%as.

A mais simp%es i%ustra!o disso se encontra na umica. 0e


tomamos os gases &idrogênio e c%oro e passamos uma *asca
e%(trica atrav(s de%es5 ocorre uma ep%os!o5 produ-indo@se 3cido
&idroc%4rico. Temos aui uma suCstVncia positiva5 ue nos (
 possve% c&amar de o =i%&o do casamento desses e%ementos5 sendo
um avano para a mat(ria. Mas5 tamC(m5 no êtase da uni!o5
%iCeram@se "u& e ca"or 5 *enômenos ue n!o s!o materiais no mesmo
sentido em ue o 3cido &idroc%4rico ( materia%" esse produto da
uni!o (5 portanto5 de uma nature-a espiritua%5 correspondendo ]
=i%&a.

 2a %inguagem dos a%uimistas5 por uma uest!o de conveniência5


tais *enômenos *oram c%assi*icados soC a *igura de uatro
e"ementos. O *ogo5 o mais puro e mais ativo5 corresponde ao Pai" a
3gua5 ainda pura5 por(m passiva5 ( a M!e" da uni!o de amCos
resu%ta um e%emento ue participa das duas nature-as5 sendo
distinto5 entretanto5 tanto de uma uanto da outra5 e%emento ao
ua% deram o nome de Ar.

$ preciso %emCrar constantemente ue os termos empregados pe%os


*i%4so*os antigos e medievais n!o signi*icavam em aCso%uto o ue
signi*icam atua%mente.  Sgua n!o signi*ica para e%es o composto
umico <)O" trata@se de uma id(ia etremamente aCstrata e eiste
em toda parte. A ductiCi%idade do *erro ( uma ua%idade auosa.^>
A pa%avra e"emento n!o uer di-er e%emento umico. 0igni*ica um
con1unto de id(ias5 resumindo certas ua%idades e propriedades.

^> 0ua virtude magn(tica simi%armente> ( gnea" sua


condutividade5 a(rea" e seu peso e dure-a5 terrestres. ;ontudo5 o
 peso ( apenas uma *un!o da curvatura do continuum espaçoI
tempo: A terra ( o trono do espritoB.
27

Parece di*ici%mente possve% de*inir esses termos5 de modo ue os


seus signi*icados se tornem c%aros para o estudante. Este deve
descoCrir por si mesmo5 pe%a pr3tica constante5 o ue e%es
signi*icam para e%e. 2em seuer se conc%ui da ue e%e atingir3 as
mesmas id(ias5 o ue n!o uer di-er ue uma mente este1a certa e
a outra errada5 porue cada um de n4s possui seu pr4prio universo
 para si mesmo5 ue n!o ( idêntico ao universo de outra pessoa. A
%ua vista por A n!o ( a %ua ue  >5 de p( ao seu %ado5 vê. 2este caso5
a di*erena ( t!o in*initesima% ue n!o eiste na pr3tica" e5 todavia5
&3 uma di*erena. Mas se  A e  > o%&arem para um uadro numa
ga%eria5 n!o ser3 mesmo o mesmo uadro para os dois5 porue a
mente de  A *oi treinada para oCserv3@%o em *un!o de sua
eperiência de mi%&ares de outros uadros"  >  provave%mente viu
um con1unto inteiramente di*erente de uadros. A eperiência
de%es somente coincidir3 no ue di- respeito a a%guns uadros
*amosos. A%(m disso5 suas mentes s!o essencia%mente di*erentes de
diversas outras maneiras. Assim5 se  A n!o gosta de 7an 8og&5 >
tem pena de%e" se =   admira Hougereau5  d3@%&e os omCros. 2!o
&3 certo ou errado acerca se1a %3 de ue assunto *or. Isto ( verdade5
at( mesmo5 em mat(rias da ciência mais estrita. A descri!o
cient*ica de um oC1eto ( universa%mente verdadeira e5 contudo5
n!o ( comp%etamente verdadeira para ua%uer oCservador iso%ado.

O *enômeno c&amado de  Ei"#a ( amCguo. =oi ep%icado


anteriormente como o ingrediente espiritua% no resu%tado do
casamento do Pai e a M!e5 mas isto n!o passa de uma
interpreta!o.

% .ar> e os elementos
Os antigos conceCiam o *ogo5 a 3gua e o ar como e%ementos puros.
Estavam vincu%ados ]s três ua%idades de  ser, con#ecimento e
29

a"egria D'tase, mencionadas anteriormente. ;orrespondem5


inc%usive5 ao ue os &indus c&amam de trDs 1unas I (attvas 5
 <aNas e %amas5 ue se pode tradu-ir a grosso modo como ca"ma5
atividade e escuridão indo"ente. Os a%uimistas tin&am três
 princpios simi%ares de energia5 dos uais s!o compostos todos os
*enômenos eistentes: en'oBre, mercRrio e sa" . Este eno*re (
atividade5 energia5 dese1o" mercúrio ( *%uide-5 inte%igência5 o poder 
da transmiss!o" o sa% ( o vecu%o destas duas *ormas de energia5
mas e%e pr4prio possui ua%idades ue reagem a e%as.

O estudante deve ter em mente todas essas c%assi*ica/es


tripartidas. Em a%guns casos5 um con1unto ser3 mais úti% ue os
outros. De momento5 conv(m concentrar@se na s(rie  Bogo, água,
ar. Estes e%ementos s!o representados no a%*aCeto &eCraico pe%as
%etras (#in, 8em e  A"ep#. Os qa$a"istas as c&amam de %rDs
"etrasImãe.  2este grupo particu%ar5 os três e%ementos envo%vidos
s!o *ormas comp%etamente espirituais de energia pura" somente
 podem se mani*estar na eperiência sensve% a*etando os sentidos
crista%i-ando@se num uarto e%emento ue e%es c&amam de terra5
representado pe%a ú%tima %etra do a%*aCeto5 %au. Esta5 ent!o5 ( uma
outra interpreta!o tota%mente di*erente da id(ia da =i%&a5 ue (
aui considerada um apêndice do triPngu"o. $ o número de-
suspenso do 5 Q5  no diagrama.

Estas duas interpreta/es precisam ser mantidas na mente ao


mesmo tempo. Os qa$a"istas 5 p%ane1ando o Tarô5 produ-iram
*iguras dessas id(ias etremamente aCstratas do Pai5 M!e5 =i%&o e
=i%&a5 e as denominaram  <ei5  <ain#a 5  Jr@ncipe e  Jrincesa . $
con*uso5 mas tamC(m *oram c&amadas de =ava"eiro5  <ain#a 5  <ei
e  Jrincesa . \s ve-es5 ainda5 o  Jr@ncipe e a  Jrincesa s!o
denominados  mperador  e mperatri& .

O motivo dessa con*us!o est3 re%acionado com o doutrina dXO


'ouco do Tarô5 o %end3rio viandante ue gan&a a *i%&a do Rei5 uma
%enda ue est3 %igada ao antigo e etremamente s3Cio p%ano de
se%ecionar o sucessor de um rei por sua &aCi%idade para conuistar 
42

ue se postu%aB E assim e%es escreveram a eua!o: -ero ( igua% a


mais um mais menos um5 ?` _ #> _  @ #>.
O mais um c&amaram de Qang 5 ou princpio mascu%ino" o menos
um c&amaram de Qin5 ou princpio *eminino. Estes ent!o se
comCinam em propor!o vari3ve%5 dando a id(ia de ;(u e Terra em
 per*eito eui%Crio5 o 0o% e a 'ua em eui%Crio imper*eito5 e os
e%ementos soC *orma deseui%iCrada ver o diagrama o cosmos
c#inDs>.

Este arran1o c&inês (5 assim5 d(cup%o5 e se reve%a admirave%mente


euiva%ente ao sistema ue *oi anteriormente eaminado.

. O antigo esuema dos e%ementos5 p%anetas e signos -odiacais *oi


resumido pe%os qa$a"istas em sua  Srvore da ida.

Ta% identidade entre os dois sistemas *oi mascarada at( muito


recentemente ^ pe%o *ato dos c&ineses prosseguirem com seu
sistema de dup%ica!o5 trans*ormando assim seus oito trigramas
em sessenta e uatro &eagramas5 enuanto os s3Cios da 6sia
ocidenta% 1untaram seus de- números na 6rvore da 7ida por meio
de vinte e dois camin#os.

^ Este autor descoCriu este *ato no desenro%ar de seu estudo @


incomp%eto ainda @ do Qi Ting.

Os c&ineses5 deste modo5 têm sessenta e uatro smCo%os


 principais em compara!o com os trinta e dois da 6rvore5 mas os
qa$a"istas disp/em de uma concatena!o de smCo%os capa- de
interpreta!o e manipu%a!o muito sutis5 ue tamC(m ( mais
apropriada para descrever as re%a/es internas de seus e"ementos.
Ademais5 cada um pode ser mu%tip%icado ou suCdividido ]
vontade5 como convier.

A 6R7ORE DA 7IDA
4

#. Esta *igura deve ser estudada muito cuidadosamente5 visto ser a


 Case de todo o sistema soCre o ua% o Tarô se *unda. $
aCso%utamente impossve% dar uma ep%ica!o comp%eta dessa
*igura5 porue e%a ( aCso%utamente universa%5 n!o podendo5
 portanto5 signi*icar o mesmo para esta e aue%a pessoa. O universo
de A n!o ( o universo de H. 0e A e H estiverem sentados um *rente
ao outro ] mesa5 A ver3 o %ado direito da %agosta5 e H5 o esuerdo.
0e *icarem %ado a %ado e o%&arem para uma estre%a5 o Vngu%o ser3
di*erente" emCora esta di*erena se1a in*initesima%5 e%a eiste. Mas
o Tarô ( o mesmo para todos5 do mesmo modo ue ua%uer *ato
ou *4rmu%a cient*icos s!o os mesmos para todos. $ de importante
%emCrar@se de ue os *atos da ciência5 emCora universa%mente
verdadeiros em aCstrato5 n!o s!o5 entretanto5 precisamente
verdadeiros para todos os oCservadores individua%mente
considerados5 porue5 mesmo se a oCserva!o de um oC1eto
comum *or *eita por duas pessoas de rea/es sensoriais idênticas e
a partir do mesmo ponto5 e%a n!o poder3 ser *eita pe%os dois ao
mesmo tempo5 e mesmo a mais n*ima *ra!o de um segundo (
su*iciente para mover tanto o oC1eto uanto o oCservador no
espao.

$ preciso *risar este *ato5 porue n!o se deve tomar a 6rvore da


7ida como uma *4rmu%a *ia e morta. E%a (5 num certo sentido5 um
eterno padr!o do universo5 eatamente por ser in*initamente
e%3stica5 e deve ser empregada como um instrumento em nossas
 pesuisas soCre a nature-a e suas *oras. 2!o se deve produ-ir 
aui uma descu%pa para o dogmatismo. O Tarô deveria ser 
aprendido na vida o mais cedo possve%5 sendo um *u%cro para a
mem4ria e um esuema para a mente. Deve ser estudado
continuamente5 como um eerccio di3rio5 pois ( universa%mente
e%3stico e cresce proporciona%mente ao uso inte%igente ue de%e se
*a-5 tornando@se um m(todo etremamente engen&oso e ece%ente
 para a aprecia!o da tota%idade da eistência.

). $ prov3ve% ue os qa$a"istas ue inventaram a 6rvore da 7ida


ten&am sido inspirados por Pit3goras5 ou ue tanto este uanto
44

aue%es ten&am etrado o seu con&ecimento de uma *onte comum


na antigidade mais remota. 0e1a ua% *or o caso5 amCas as esco%as
concordam no ue di- respeito a um postu%ado *undamenta%5 a
saCer: a rea"idade R"tima 0 me"#or descrita pe"os nRmeros e sua
interação. $ interessante notar ue a moderna *sica matem3tica
tamC(m c&egou a uma certa suposi!o simi%ar. Ademais5 a
tentativa de descrever a rea"idade  por um único termo de*inido *oi
aCandonada. O pensamento moderno conceCe a rea"idade soC a
imagem de um ane% de de- id(ias5 tais como potencia%5 mat(ria e
assim por diante. ;ada id(ia carece de signi*icado em si mesma5
s4 podendo ser compreendida nos termos das outras. Esta (
eatamente a conc%us!o ue aparece anteriormente neste ensaio
com respeito ] maneira pe%a ua% os p%anetas5 e%ementos e signos
seriam todos dependentes e compostos uns dos outros.

Mas a tentativa posterior para atingir a rea%idade *e- com ue os


qa$a"istas somassem as ua%idades dessas id(ias5 um tanto vagas e
%iter3rias5 atriCuindo@as aos números da esca%a decima%.

0!o os números5 ent!o5 o acesso mais pr4imo ] rea%idade ue se


mostra nesse sistema. O número ,5 por eemp%o5 n!o ( t!o somente
o resu%tado da soma de um ao três5 ou o uadrado de dois5 ou a
metade de oito. E%e ( uma coisa@em@si5 com todos os tipos de
ua%idades morais5 sensveis e inte%ectuais. 0imCo%i-a id(ias como
"ei, restrição, poder, proteção e esta$i"idade.

 2o sistema qa$a"@stico, a id(ia origina% ( o &ero5 ^ ue aparece soC


três *ormas5 se1a como na *i%oso*ia c&inesa @ o %ao se torna
mani*estado pouco a pouco atrav(s do %e# I se1a como no me%&or 
dos sistemas indianos @ o deus da destrui!o e do aniui%amento5
(#iva5 se torna mani*estado atrav(s da energia inBinita, (aLti. O
sistema comea5 portanto5 com  Ain5 o nada" Ain (oB 5 o i%imitado e
 Ain (oB Aur 5 a %u- i%imitada.

^ A repeti!o aui5 em outra %inguagem5 das id(ias 13 ep%icadas


neste ensaio ( intenciona%.
5;

E5 o ue ( pior5 parece muito con*uso5 muito irritante. ACa%a a


nossa *( nesses grandes s3Cios. Mas5 ao menos5 n!o &3 dúvida ue
assim ( ue (.

As %etras do a%*aCeto &eCraico s!o vinte e duas. <3 três "etras@mãe


 para os e"ementos 5 sete "etras dup"as para os p%anetas e do-e "etras
 simp"es  para os signos do -odaco.

Mas eistem quatro e"ementos e n!o três. Ou5 inc%uindo o


e%emento esp@rito  um assunto importante para os iniciados>5
eistem cinco .

<35 con
conse
see
ent
ntem
emenente5
te5 dua
duass %etr
%etras
as do a%*aC
a%*aCet
etoo ue prec
precis
isam
am
traC
traCa%
a%&a
&arr em dodoCr
Cro.
o. O e%em
e%emenento
to *ogo
*ogo ( muit
muitoo estr
estrei
eita
tame
ment
ntee
apar
ap aren
enttado ] id(ia
(ia de esp@rito 5 de maneira ue a %etra (#in 5
 pertencente ao *ogo5 pode ser tomada para signi*icar esp@rito 5
tamC(m. <3 uma ra-!o especia% para ue assim se1a5 emCora s4 se
ap%iue em (pocas posteriores5 a partir da introdu!o do dogma
segundo o ua% o esp@rito rege os uatro e%ementos e da *orma!o
do  Jentagrama da (a"vação %igado%igado ] pa%avra
pa%avra &eCraica
&eCraica I<0&7<5
I<0&7<5
Qe#es#ua#.
 2o ue concerne ] terra5 considerou@se
c onsiderou@se adeuado
a deuado *a-er a %etra %au
%au5
 pertencente a 0aturno5 corresponder tamC(m
ta mC(m ] terra.

Tais acr(scimos s!o uma c%ara evidência ue o Tarô deu passos
de*inidos5 por(m arCitr3rios5 para a*irmar a redescoCerta em magia
 por vo%ta de dois mi% anos atr3s5 pois n!o &3 sistema mais rgido
ue o &eCraico5 e o sistema do (e (ep#
p#er &ira## ( o mais
er Qet&ira
 pro*undamente enrai-ado de todos os e%ementos do sistema
&eCraico5 o mais dogm3tico de todos.

O Tarô n!o ( 1usti*icado por *(5 mas por oCras. Os pontos de


 partida da 4a$a"a# origorigin
ina%
a%55 co
comp
mp%e
%eta
tame
ment
ntee seca5
seca5 têm sido
sido
 1usti*icados pe%a eperiência. PerceCe@se ue o ponto %evantado
acima> soCre a maneira na ua% os camin&os s!o se%ecionados para
51

unir certos números5 e n!o outros5 epressa importantes doutrinas


%igadas aos *atos da inicia!o. $ preciso ter@se sempre em mente
ue o Ta
Tarô n!o ( apenas um at%as para registro
registro de *atos5
*atos5 mas sim
um %ivro@guia5 ue mostra como via1ar por esses pases
 previamente descon&ecidos.

7ia1antes na ;&ina *icam a princpio desnorteados uando %&es


di-em ue s!o #?? "i de hu
hung ;&ang a Pu Peng5 mas somente ,? "i
de Pu Peng a hung ;&ang. A resposta ( ue "i ( uma medida de
tempo de marc&a e n!o de distVncia. A di*erena num(rica de
c3%cu%o ( ep%icada ]s pessoas pe%o *ato do camin&o para Pu Peng
ser um %ongo ac%ive.

;oisa idêntica sucede com o Tarô. O (eis de >ast?es se re*ere a


úpiter em 'e!o e ( c&amado de (en#or da itMria. Isto n!o indica
apen
apenaas co
comm o uuee a vit4ria se asseme
eme%&a
&a55 mas tamC(m as
cond
condi
i/e
/ess a serem
erem pree
preenc
nc&i
&ida
dass a *im
*im de oCoCtter a vit
vit4ria
4ria.. <3
necessidade da energia gnea do naipe de Hast/es5 do eui%Crio do
número 5 da coragem oCstinada de 'e!o e tamC(m da in*%uência
de úpiter5 o Cocadin&o de sorte ue *a- a Ca%ana se inc%inar.

Estas considera/es s!o particu%armente importantes ao se %idar 


com os  Atu  ou trun*os. Os p%anetas 13 est!o representados nos
números ou (e (ep#
p#ir
iroot# da 6rv
6rvore da 7ida
da55 mas tam
tamC(
C(m
m s!o
s!o
atriCudos a certos camin&os.

A%guns
A%guns etimo%ogis
etimo%ogistas
tas ociosos
ociosos tentaram derivar
derivar a pa%avra *rancesa
*rancesa
atout do A% ue signi*ica casa. Ta%ve- se1a mais simp%es sugerir 
ue atout se1a uma aCrevia!o de $on V tout 5 ue signi*ica $om
 para tudo5 visto ue o trun*o toma ua%uer carta de ua%uer 
naipe.

Os  Atu de Ta&uti5 ue ( o (en#or da (a$edoria 5 s!o tamC(m


c&amados de c#aves. 0!o guias5 condutores. D!o a você o mapa
do reino
reino do c0u e tamC(m o me%&or camin&o para tom3@%o ] *ora.
9ma
9ma cocomp
mp%e
%eta
ta co
comp
mpre
reen
ens!
s!oo de u
ua%
a%u
uer
er proC
proC%e
%ema
ma m3gi
m3gicoco (
52

necess3ria antes de se poder so%ucion3@%o. 0!o sempre aCortivos o


estudo e a a!o rea%i-ados do eterior. A compreens!o desse car3ter 
car3 ter 
etremamente especia%i-ado dos trun*os ( de suma importVncia.

Di-e
Di-err u
uee o trun*
run*oo de nú
núm
mero
ero III5 c&
c&am
amad
adoo de  A mperatri&5
representa 7ênus signi*ica muito menos e tamC(m muito mais do
uee parece
u ecer3 se 7ênus *or *or estuda
dadda de um pon ontto de vista
sta
estritamente astro%4gico.

ACando
ACan dona
na@s
@see a cocont
ntem
emp%p%a
a!o
!o do todo
todo pa
para
ra se tira
tirarr va
vant
ntag
agem
em
 pr3tica de uma parte5 ta% como a t3tica di*ere da estrat(gia. 9m
grande genera% n!o pensa a guerra no aCstrato5 mas sim %imita sua
aten!o a uma minúscu%a parte de seu ta%ve- vasto con&ecimento
do assunto5 considerando a disposi!o de suas *oras num dado
%uga
%ugarr e tem
tempopo55 e o me%&o &orr mod
odoo de empr
empreg
eg3@
3@%%as cocont
ntra
ra seu
adver
adv ers3
s3ri
rio.
o. Isto
Isto se reve
reve%a%a ve
verd
rdad
adeir
eiro5
o5 ( c%ar
c%aro5
o5 n!
n!oo apenas
apenas em
re%a!o aos trun*os5 mas em re%a!o a todas as outras cartas5 tendo
uee ser verdad
u adeeiro no ue se re*ere a u uaiaissu
ueer estudodoss
especia%i-ados. 0e a%gu(m entra numa %o1a e pede um mapa de um
certo pas n!o ( possve% ue consiga um mapa comp%eto5 porue
um ta% mapa se *undiria necessariamente ao universo5 ] medida
ue se aproimasse da comp%etitude5 pois o car3ter de um pas (
modi
modi*i*ica
cado
do pepe%o
%oss pa
pas
ses
es ad
ad1a
1ace
cent
ntes
es55 e assi
assim
m poporr dian
diante
te pa
para
ra
sempre. 2em mesmo seria comp%eto um mapa úti% e pr3tico mais
vu%gar sem %evar ] con*us!o. O vendedor da %o1a dese1aria saCer se
o c%iente dese1a um mapa geo%4gico5 um mapa orogr3*ico5 um
mapa comercia%5 um mapa indicativo da distriCui ui!o da
 popu%a!o5 ou um mapa estrat(gico5 e assim por diante para
sempre.

O estudante do Tarô n!o deve5 portanto5 esperar encontrar nada


a%(m de uma se%e!o cuidadosa dos *atos a respeito de ua%uer 
carta dada5 uma se%e!o *eita para um prop4sito m3gico Cem
de*inido.
5

E5 contudo5 o Tarô tenta resumir num smCo%o pict4rico único o


m3imo possve% de aspectos úteis da id(ia. Ao estudar ua%uer 
carta5 n!o se deve neg%igenciar ua%uer das atriCui/es5 porue
cada c%asse de atriCui!o rea%mente modi*ica a *orma e a cor da
carta e o uso desta. 2este ensaio se *ar3 um es*oro5 na se!o
descritiva de cada carta5 no sentido de inc%uir o m3imo possve%
de correspondências.

O0 2[MERO0 ROMA2O0 DO0 TR92=O0 ^

^ Em a%guns par3gra*os desta se!o5 ser!o repetidas5 em *rases


%igeiramente di*erentes5 a*irma/es 13 *eitas nas p3ginas anteriores.
$ proposita%.

Os trun*
trun*os
os s!o
s!o numera
numerados
dos medi
mediant
antee a%ga
a%gari
rism
smos
os roma
romano
nos5
s5 para
para
evitar a con*us!o com os a%garismos ar3Cicos das (ep#irot#. =oi
desconcertante para os escritores tradicionais ue se ocuparam do
Tarô5 admitirem ue esses números devessem ir de ? a I.
Parecem ter pensado ue seria adeuado supor ue o ?B era )
 !ouco   porue era uma nu%idade5 um imprest3ve%. =i-eram esta
suposi!o simp%esmente porue descon&eciam a doutrina secreta
do  &ero qa$a"@stico. Descon&eciam
Descon&eciam matem3tica
matem3tica e%ementar
e%ementar.. 2!o
saCiam ue os matem3ticos comeam a esca%a decima% pe%o -ero.

Para deiar aC aCsso%utamen


entte c%aro
aro5 ao
aoss inici
niciad
adoos5 u
uee n!o
compre
compreendi
endiam
am o signi*i
signi*icado
cado da carta
carta c&ama
c&amada
da ) !ouco5 e%es o
co%%ocara
co caram
m enenttre as car
cartas  e I5 por um motivo cu cu11a
concep!o s4 pode aturdir a imagina!o &umana. AtriCuram ent!o
a carta número I5 ) Jrestidigitador 5 ] %etra  A"ep#. Desta maneira
simp%es5 por(m &aCi%idosa5 oCtiveram a atriCui!o errada de todas
as cartas5 eceto a de ) niverso 5 I.

Enu
Enuananto
to isso
isso55 a ve
verd
rdad
adei
eira
ra atri
atriCu
Cui
i!o
!o *oi
*oi Ce
Cem
m guguar
arda
dada
da no
(antuário e somente se tornou púC%ica uando o teto secreto da
%i!
%i!oo emit
emitida
ida para
para os memCr
memCrosos do grau de  Jracticus da  )rdem
 /erm0tica da Aurora ourada *oi puC%icado como resu%tado da
54

cat3stro*e ue atingiu o ramo ing%ês da Ordem5 em #Q e #??


e.v.5 e da reconstru!o de toda a Ordem em maro e aCri% de #?,
e.v.. ;o%ocando@se a carta ?B em seu %ugar correto5 onde ua%uer 
matem3tico a teria co%ocado5 as atriCui/es caem numa ordena!o
natura%5 ue ( con*irmada por toda investiga!o.

<avia5 entretanto5 um enroscamento na corda. A carta de nome


 ANustamento   ( marcada com o número 7III" a carta de nome
7o%úpia ( marcada com o número I. Para manter a seência
natura%5 7o%úpia deve ser atriCuda a 'iCra5 e A1ustamento a 'e!o.
^^ Ist
Isto est3
est3 ev
evid
iden
ente
teme
ment
ntee erra
errado
do55 po
por
rue
ue a cart
cartaa c&
c&am
amad
adaa
 ANustamento  mostra rea%mente uma mu%&er com espada e Ca%ana5
enuanto ue a carta c&amada 7o%úpia mostra uma mu%&er e um
%e!o.

^^ Os ttu%os
ttu%os antigos
antigos destas
destas cartas eram respectivament
respectivamentee  Eorça e
 Fustiça 5 inadeuados ou enganosos.

=oi inteiramente impossve% compreender o motivo por ue da


ocorrência dessa invers!o at( os eventos de maro e aCri% de #?,5
ue s!o
s!o narrad
narrados
os deta%&
deta%&ada
adame
ment
ntee em ) quinMcio dos euses.
Hasta uma cita!o aui: Todas estas ve%&as %etras do meu 'ivro
s!o corretas" mas x n!o ( a Estre%a.B A'. I5 N> . Isto tornava a
escu
escuri
rid!
d!oo mais
ais pro*
pro*un
unda
da.. Esta
Estava
va c%ar
c%aroo u
uee a atri
atriCu
Cui
i!o
!o de  A
 stre"a ] %etra %&addi era insatis*at4ria5 mas se %evantava a uest!o
de como descoCrir uma outra carta ue ocupasse seu %ugar. A
respeito disto5 uma uantidade incrve% de traCa%&o *oi rea%i-ada...
em v!o. Passados uase vinte anos surgiu a so%u!o.

A Est
Estre%
re%a repr
repres
esenta  Guit 5 os c(us
enta c(us estr
estre%
e%ad
ados ...Eu sou o
os55 ...
Infnito Espaço e as Infnitas Estrelas de lá ...B A'. I5
))>. E%a ( representada com duas Vn*oras5 uma vertendo 3gua5
smCo%o da %u-5 soCre si mesma e a outra soCre a terra. Trata@se de
um g%i*o da econ
econom
omia
ia do ununiv
iverso.. E%e verte
erso verte con
continu
tinuamen
amente
te
energia e continuamente a reaCsorve. $ a rea%i-a!o do movimento
 perp0tuo 5 ue 1amais ( verdadeiro uanto a ua%uer parte5 mas
55

necessariamente verdadeiro uanto ao todo5 pois se assim n!o


*osse5 &averia a%go desaparecendo no nada5 o ue (
matematicamente aCsurdo. O princpio de ;arnot a segunda %ei da
termodinVmica> ( somente verdadeiro em eua/es  Binitas.

A carta ue deve ser permutada com A stre"a ( O  mperador 5 o


ua% tem o número I75 ue signi*ica  poder, autoridade, "ei e (
atriCuda ao signo de 6ries. Isto se mostra muito satis*at4rio. Mas
se tornou in*initamente
in*initamente mais satis*at4rio
satis*at4rio %ogo ue se perceCeu
perceCeu ue
essa
essa suCst
suCstit
itui
ui!o
!o esc%
esc%ar
areci
eciaa o ou
outrtroo mist
mist(ri
(rioo acerca
acerca de  Eorça e
 Fustiça 5 pois 'e!o e 'iCra
'iCra s!o5 devido
devido a essa troca5 mostrados
mostrados em
rota!o em torno de 7irgem5 o seto signo do -odaco5 o ue
eui%iCra a revo%u!o de 6ries e Au3rio em torno de Peies5 o
d(ci
d( cimmo segu
segundndoo sign
signo.
o. Esta
Esta ( uma uma re*e
re*erê
rênc
ncia
ia a um segr
segred
edoo
 pecu%iar dos antigos ue *oi estudado com muita pro*undidade por 
8od*re
8od*re <iggins e outros
outros de sua esco%a.
esco%a. 0eria
0eria inúti% apro*undar@se
apro*undar@se
nest
ne staa mat(
mat(ri
riaa a
aui
ui.. Mas
Mas a po posi
si!
!oo *ica
*ica su*i
su*ici
cien
ente
teme
ment
ntee c%ar
c%araa
mediante o diagrama de ue dispomos. Poder@se@3 perceCer5 de
re%ance5 ue agora pe%a primeira ve- eiste uma per*eita simetria
estaCe%ecida no Tarô.
Tarô.

A 1ust
1uste-a
e-a da troca
troca reve
reve%a
%a@s
@see ev
evid
iden
ente
te uando
uando se consi
conside
dera
ra a
etimo%ogia. $ natura% ue a 8rande M!e deva ser atriCuda a  /05
ue ( a sua %etra no %etragrammaton 5 enuanto ue a %etra %&addi
( a %etra natura% de O Imperador no sistema *on(tico origina%5 como
( indicado nas pa%avras %sar, ar, =&ar,
=&ar, Taiser,
Taiser, =aesar,
=aesar, (enior,
(enior,
(eigneur,
(eign eur, (eWor, (ignor, (ir.
(ir.

O TARÔ E A MA8IA

A magia ( a ciência e arte de *a-er com ue ocorra mudana em


con*ormidade com a vontade. Em ou outr
tras
as pa
pa%a
%avr
vras
as55 a magi
magiaa (
ciência5 pura e ap%icada.
56

Esta tese *oi desenvo%vida etensivamente pe%o Dr. 0ir . 8. =ra-er.


Mas5 na %inguagem corrente5 a pa%avra magia tem sido usada com
o signi*icado do tipo de ciência ue as pessoas comuns n!o
compreendem. $ neste sentido restrito5 na maioria das partes5 ue
essa pa%avra ser3 empregada neste ensaio.

O neg4cio da ciência ( ep%orar a nature-a. 0uas primeiras


 perguntas s!o: O ue ( isto  ;omo se constituiu Juais s!o suas
re%a/es com outros oC1etos  O con&ecimento aduirido pode
ent!o ser usado na ciência ap%icada5 ue indaga: ;omo podemos
empregar da me%&or *orma esta ou aue%a coisa ou id(ia para o
 prop4sito ue nos parece adeuado  9m eemp%o pode esc%arecer 
isto.

Os gregos da antigidade estavam cientes de ue pe%o


*riccionamento de VmCar ue e%es denominavam e"ectron> na seda
aue%e aduiria o capacidade de atrair para si oC1etos %eves como
 pedacin&os de pape%. Mas e%es pararam por a. 0ua ciência teve
seus o%&os vendados por teorias teo%4gicas e *i%os4*icas do tipo a
 priori. =oram precisos Cem mais de ).??? anos para ue esse
*enômeno *osse corre%acionado com outros *enômenos e%(tricos. A
id(ia de medição era ma% con&ecida por uem uer ue se1a sa%vo
 por matem3ticos como Aruimedes e astrônomos. Os *undamentos
da ciência5 como ( entendida &o1e5 *oram e*etivamente
*ormu%ados &3 n!o mais ue du-entos anos. <avia uma imensa
uantidade de con&ecimento5 mas era uase todo e%e ua%itativo. A
c%assi*ica!o dos *enômenos dependia principa%mente de ana%ogias
 po(ticas. As doutrinas das correspondDncias e assinaturas eram
 Caseadas em seme%&anas *ant3sticas. ;orn(%io Agrippa escreveu
soCre a antipatia entre um go%*in&o e um remoin&o de 3gua. 0e
uma meretri- se sentava soC uma o%iveira5 esta n!o daria mais
*rutos. 0e a%guma coisa parecia com a%guma outra coisa5 passava a
 participar de a%guma *orma misteriosa de suas ua%idades.
57

<o1e em dia5 isso soa como mera ignorVncia supersticiosa e


aCsurdo5 mas n!o se trata disto em aCso%uto. O antigo sistema de
c%assi*ica!o era ]s ve-es Com5 ]s ve-es ruim5 dentro de seus
%imites. Mas em caso a%gum e%e ia rea%mente muito %onge. A
engen&osidade natura% de seus *i%4so*os naturais5 de *ato5
compensava %argamente a deCi%idade de suas teorias5 e acaCou
*ina%mente por %ev3@%os especia%mente atrav(s da a%uimia5 onde
eram *orados pe%a nature-a do traCa%&o a acrescer o rea% ]s suas
oCserva/es ideais> a introdu-ir a id(ia de medida. A ciência
moderna5 intoicada pe%o sucesso pr3tico atingido por essa
inova!o5 tem simp%esmente *ec&ado a porta para ua%uer coisa
ue n!o pode ser medida. A ve"#a guarda recusa@se a discuti@%o.
Mas a perda ( imensa. A oCsess!o com ua%idades estritamente
*sicas tem C%oueado todos os va%ores &umanos reais.

A ciência do Tarô ( inteiramente Caseada nesse sistema mais


antigo. Os c3%cu%os envo%vidos s!o muito precisos5 mas nunca
 perdem de vista o incomensuráve" e o imponderáve".

A teoria do animismo estava sempre presente nas mentes dos


mestres medievais. Jua%uer oC1eto natura% detin&a n!o apenas
suas caractersticas materiais5 como era tamC(m uma mani*esta!o
de uma id(ia mais ou menos tangve% da ua% e%e dependia. A %agoa
era uma %agoa... tudo Cem5 mas tamC(m &avia uma nin*a cu1o %ar 
era a %agoa. E5 por sua ve-5 a nin*a era dependente de um tipo
superior de nin*a5 a ua% era Cem menos intimamente %igada a
ua%uer %agoa em particu%ar5 por(m mais ]s %agoas em gera%5 e
assim por diante5 at( a suprema (en#ora da Sgua 5 ue eercia
uma supervis!o gera% soCre a tota%idade de seu domnio. E%a5 (
c%aro5 estava suCordinada ao  <egente 1era" de todos os quatro
e"ementos. $ eatamente a mesma id(ia no caso do o*icia% de
 po%cia5 ue tem seu sargento5 inspetor5 superintendente5
comiss3rio5 sempre se tornando mais neCu%oso e remoto at( se
a%canar o indistinto Ministro da ustia5 ue (5 e%e pr4prio5 o
servo de um *antasma comp%etamente intangve% e inca%cu%3ve%
c&amado de a vontade do povo.
59

Pode@se duvidar at( ue ponto a personi*ica!o dessas entidades


era conceCida como rea% pe%os antigos5 mas a teoria era ue5
enuanto a%gu(m com um par de o%&os conseguisse ver a %agoa5
n!o conseguiria ver a nin*a5 sa%vo por a%gum acidente. Mas
ac&avam ue um tipo superior de pessoa5 por meio de pesuisa5
estudo e eperimento poderia oCter esse poder gera%. 9ma pessoa
ainda mais avanada nessa ciência podia entrar em contato rea%
com as superiores @ porue mais sutis @ *ormas de vida. Podia5
ta%ve-5 *a-ê@%as mani*estar@se soC *orma materia%.

Muito disso repousa no idea%ismo p%atônico5 no ua% se sustentava


ue ua%uer oC1eto materia% era uma c4pia impura e imper*eita de
a%guma per*ei!o idea%. Assim5 os &omens ue dese1avam avanar 
na ciência e *i%oso*ia espirituais empen&avam@se sempre em
*ormu%ar para si mesmos a id(ia pura. Tentavam proceder do
 particu"ar ao  gera" 5 princpio ue serviu muitssimo ] ciência
ordin3ria. A matem3tica de  _ N ` ## e #) _ + ` #N se ac&ava
toda aos pedaos. O avano s4 c&egou uando escreveram suas
eua/es em termos gerais. ) @ h) `  _ h>  @ h> coCre todos
os casos possveis de suCtra!o do uadrado de um número do
uadrado de um outro. E5 assim5 o sem sentido e a$strato 5 uando
compreendido5 possui muito mais sentido do ue o inte"ig@ve" e
concreto.

Tais considera/es se ap%icam ]s cartas tomadas do Tarô. Jua% ( o


signi*icado do =inco de >ast?es  Esta carta est3 su1eita ao
(en#or do Eogo porue ( um $astão e ] (ep#ira 1e$ura# porue
( um cinco. Est3 su1eita tamC(m ao signo do 'e!o e ao p%aneta
0aturno porue este p%aneta e signo determinam a nature-a da
carta. Isto n!o ( mais do ue di-er ue um martini seco tem em si
a%gum 1unpero e a%gum 3%coo% e a%gum vin&o Cranco e ervas e um
 Cocado de casca de %im!o e a%gum ge%o. $ uma composi!o
&armoniosa de v3rios e%ementos ue5 uma ve- misturados5 *ormam
um composto único do ua% seria muito di*ci% separar os
ingredientes" e5 todavia5 cada e%emento ( necess3rio ] composi!o.
5:

O =inco de >ast?es (5 portanto5 uma persona"idade, cu1a nature-a


( resumida no Tarô5 c&amando@o de isputa.

Isto signi*ica ue5 se usado passivamente na adivin&a!o5 di-@se5


uando tra-ido ] tona5 vai &aver uma %utaB. 0e usado ativamente5
signi*ica ue o curso apropriado de conduta ( a contenda. Mas &3
um outro ponto soCre esta carta5 a saCer5 e%a ( governada do
mundo ang(%ico por dois seres5 um durante as &oras de %u-5 o outro
durante as &oras de escurid!o. ;onseentemente5 a *im de uti%i-ar 
as propriedades dessa carta5 uma das maneiras ( entrar em
comunica!o com a  nte"igDncia envo%vida e indu-i@%a a
desempen&ar sua *un!o. <35 assim5 setenta e dois anNos
assentados soCre as trinta e seis cartas menores" estes s!o
derivados do 1rande Gome de eus de vinte e duas %etras5
c&amado (#em#amp#orasc#.

O (/8/A8J/)<A(=/   E O TARÔ

Esta pa%avra signi*ica o  Gome ividido . O  Gome (


%etragrammaton: ./../. 5 c&amado comumente Fe#ova#. E%e ( o
(upremo (en#or dos 4uatro "ementos ue comp/em
*undamenta%mente o universo inteiro.

<3 três verscu%os no odo iv5 #5 )?5 )#>5 cada um contendo
setenta e duas %etras. Escrevendo@se o primeiro destes e5 aCaio
de%e5 o seguinte verscu%o de tr3s para *rente5 e5 emCaio deste5 o
ú%timo verscu%o para a *rente5 s!o oCtidas setenta e duas co%unas
de três %etras cada. Estas s!o %idas de cima para Caio e as
termina/es A' ou A<5 se mascu%inas ou *emininas5
respectivamente5 s!o 1untadas. <3 tamC(m uma atriCui!o dessas
 nte"igDncias 5 uma para cada um dos uin3rios ou segmentos de
cinco graus do -odaco" &35 ademais5 outros inumer3veis an1os5
demônios5 imagens m3gicas5 sen&ores de trip%icidades5 an1os
assistentes menores e assim por diante5 com demônios
correspondentes. $ inteiramente inúti% estudar todas essas
77

verdade5 o %ado passivo de seu gêmeo5  /Mrus. E contudo5 ao


mesmo tempo5 ( um smCo%o de emp%umamento comp%eto para
voarB dessa id(ia5 ue ( o vento5 ue ( o ar5 a impregna!o da
Deusa@M!e. $ imune a todo ataue devido a sua inocência pois
nesta inocência est3 o si%êncio per*eito5 o ua% ( a essência da
viri%idade.

O ovo n!o ( t!o@somente ALas#a ^5 mas tamC(m o ovo origina% no


sentido Cio%4gico. Este ovo Crota do %4tus5 ue ( smCo%o do  9oni.

^ O ovo negro do e%emento esp@rito em a%gumas esco%as &indus.


De%e procedem os outros e%ementos5 ar5 3gua5 terra e *ogo nesta
ordem>.

<3 um smCo%o asi3tico cognato de <arp4crates e emCora n!o se


re*ira diretamente a esta carta5 precisa ser considerado em cone!o
com e%a. Trata@se do >udd#aI<upa. E%e ( representado com mais
*reência sentado soCre um %4tus5 e gera%mente &3 atr3s de%e
desdoCrado o cape%o da  serpente . A *orma deste cape%o (5 mais
uma ve-5 o 9oni note@se os usuais ornamentos deste cape%o5 *3%ico
e *ruti*orme>.

O crocodi%o do 2i%o ( c&amado de 0eCe ou Mao5 o Devorador.


 2os rituais o*iciais5 a id(ia ( gera%mente aue%a do pescador5 ue
dese1a prote!o dos assa%tos de seu anima%@t4tem.

<35 contudo5 uma identidade entre o criador e o destruidor. 2a


mito%ogia indiana5 0&iva desempen&a as duas *un/es. 2a
mito%ogia grega5 dirige@se ao deus P! como  Jamp#age,
 Jangenetor 5 o devorador de tudo5 o gerador de tudo note@se ue o
va%or num(rico da pa%avra  Jan ( #+#5 como o ( o de 0amae%5 o
an1o destruidor &eCraico>.

A%(m disso5 no simCo%ismo dos iniciados5 o ato de devorar ( o


euiva%ente ] inicia!o5 como o mstico diria Min&a a%ma (
79

tragada em DeusB compare com o simCo%ismo de 2o( e a Arca5


 Fonas ^ e a Ca%eia5 e outros>.
^ 2ote@se o 2 de onas e o signi*icado do nome: pomCa.

$ preciso ter sempre em mente a Civa%ência de todo smCo%o.


Insistir em uma ou outra das atriCui/es contradit4rias inerentes a
um smCo%o ( simp%esmente uma marca de incapacidade espiritua%
e isto acontece ininterruptamente devido ao preconceito. ;onstitui
o mais simp%es teste de inicia!o ue todo smCo%o se1a
compreendido instintivamente como contendo esse signi*icado
contradit4rio em si mesmo. Marue Cem a passagem seguinte em
%#e ision and t#e oice 5 ^^ pg. ...>:

^^ A 7is!o e a 7o- 2T>.

$ mostrado a mim ue este cora!o ( o cora!o ue se rego-i1a5 e


a serpente ( a serpente de DaXat&5 pois aui todos os smCo%os s!o
intercamCi3veis5 pois cada um cont(m em si mesmo seu pr4prio
oposto. E este ( o grande Mist(rio dos 0uperiores ue est!o a%(m
do ACismo5 pois aCaio do ACismo contradi!o ( divis!o5 mas
acima do ACismo5 contradi!o ( 9nidade. E n!o poderia &aver 
nada verdadeiro eceto por virtude da contradi!o ue est3 contida
em si mesma.B

;onstitui caracterstica de toda vis!o espiritua% e%evada a


*ormu%a!o de ua%uer id(ia ser imediatamente destruda ou
cance%ada pe%o surgimento da contradit4ria. <ege% e 2iet-sc&e
tiveram %ampe1os desta id(ia5 mas e%a ( descrita de maneira
comp%eta e simp%es em %#e >ooL oB [isdom or Eo""9 ^^^ ver 
cita!o na seência5 apDndice >.

^^^ O 'ivro de 0aCedoria ou 'oucura 2T>.

Esse ponto em torno do crocodi%o ( de grande importVncia porue


muitas das *ormas tradicionais de O 'ouco do Tarô mostram
7:

decididamente o crocodi%o. 2a interpreta!o ordin3ria da carta5 os


esco"iastas di-em ue a *igura ( a de um 1ovem a%egre5 descuidado
com um saco c&eio de %oucuras e i%us/es5 danando ] Ceira de um
 precipcio5 insciente de ue o tigre e o crocodi%o mostrados na
carta est!o na iminência de atac3@%o. $ a vis!o da  greNin#a
 Jrotestante. Mas para os iniciados esse crocodi%o a1uda a
determinar o signi*icado espiritua% da carta como retorno ao  &ero
qa$a"@stico origina%" ( o processo da  /0 *ina%B na *4rmu%a m3gica
de %etragrammaton. Por um movimento r3pido do pu%so5 e%a pode
ser transmudada para reaparecer como o Qod origina% e repetir o
 processo todo a partir do incio.

A *4rmu%a inocência@viri%idade ( novamente sugerida pe%a


introdu!o do crocodi%o visto ser esta uma das supersti/es
 Cio%4gicas na ua% *undaram sua teogonia @ ue o crocodi%o5
como o aCutre5 contava com um m(todo misterioso de se
reprodu-ir.

Jeus Arr+enot+elus
Ao se %idar com Geus5 (@se co%ocado imediatamente *rente esta
de%iCerada con*us!o do mascu%ino e o *eminino. 2as tradi/es
grega e %atina acontece a mesma coisa. Dianus e Diana s!o gêmeos
e amantes" t!o %ogo um pro*ere a *eminino isto %eva ] identi*ica!o
com o mascu%ino5 e viceIversa 5 tendo ue ser o caso em vista dos
*atos Cio%4gicos da nature-a. $ somente no Geus Arr&enot&e%us
ue se oCt(m a verdadeira nature-a &erma*rodita do smCo%o soC
*orma uni*icada. Este ( um *ato de grande monta5 especia%mente
 para o presente prop4sito5 porue imagens desse deus aparecem e
reaparecem na a%uimia. $ uase impossve% descrever isto
c%aramente" a id(ia di- respeito a uma *acu%dade da mente ue est3
acima do ACismoB5 mas todas as 3guias Cic(*a%as com smCo%os
ag%omerando@se em torno de%as constituem indica/es dessa id(ia.
O sentido ú%timo parece ser o de ue o deus origina% ( tanto mac&o
uanto *êmea5 o ue (5 est3 c%aro5 a doutrina essencia% da 4a$a"a# "
9;

e a coisa mais di*ci% de entender a respeito da tradi!o posterior 


adu%terada do 7e%&o Testamento ^ ( ue e%e representa o
%etragrammaton como mascu%ino a despeito dos dois
componentes *emininos. Geus se tornou demasiado popu%ar e5
conseentemente5 demasiadas %endas se agruparam em torno
de%e5 mas o *ato importante re%ativamente ao prop4sito em pauta (
ue Geus era de maneira pecu%iar o (en#or do Ar . ^^ <omens ue
 Cuscaram a origem da nature-a nos tempos mais primitivos
tentaram descoCrir essa origem em um dos e"ementos  a &ist4ria
da *i%oso*ia descreve a controv(rsia entre Anaimandro e
Gen4crates5 depois Emp(doc%es>. Pode ser ue os autores originais
do Tarô estivessem tentando promu%gar a doutrina segundo a ua%
a origem de tudo era o ar. Entretanto5 se assim *osse5 transtornaria
todo o Tarô ta% como n4s o con&ecemos5 13 ue a ordem de origem
*a- do *ogo o primeiro pai. $ o ar como  &ero  ue reconci%ia a
antinomia.

^ Era um necessidade triCa% dos nômades se%vagens ter um


demiurgo incivi%i-ado e simp%es como deus" as comp%eidades e
re*inamentos das na/es estaCe%ecidas eram para e%es mera
deCi%idade. OCserve@se ue no momento em ue e%es conseguiram
uma Terra Prometida e um Temp%o5 soC 0a%om!o5 e%e andou se
 prostituindo atr3s de mu%&eres estran&asB e deuses. Isto en*ureceu
os pro*etas de %in&a dura5 %evando em poucos anos ] ruptura entre
ud3 e Israe%5 e desde ent!o a toda uma seência de desastres.
^^ Os re%atos mais primitivos re%acionam a distriCui!o dos três
e%ementos ativos *a-endo corresponder Dis P%ut!o> ao *ogo5 Geus
úpiter> ao ar e Poseidon 2etuno> ] 3gua.

Dianus e Diana5 ( verdade5 eram smCo%os do ar e os 7edas em


sVnscrito a*irmam ue os deuses da tempestade eram os deuses
originais. ;ontudo5 se os deuses da tempestade rea%mente
 presidiram a *orma!o do universo como n4s o con&ecemos5 e%es
eram certamente tempestades de *ogo5 com o ue os astrônomos
concordam. Mas esta teoria seguramente imp%ica numa
91

identi*ica!o do ar e o *ogo5 e parece como se e%es *ossem


 pensados como anteriores ] "u&5 ou se1a5 ao 0o%" anteriores ]
energia criativa5 isto (5 o  Ba"o5 e esta id(ia continuamente sugere5
e%a mesma5 ue eiste aui a%guma doutrina contr3ria ] nossa
 pr4pria doutrina mais ra-o3ve%: aue%a na ua% a con*us!o origina%
dos e%ementos5 o %o#uI>o#u5 deve ser proposta como a causa da
ordem5 em %ugar de como uma massa p%3stica na ua% a ordem
imp/e a si mesma.

 2en&um sistema verdadeiramente qa$a"@stico *a- do ar no sentido


convenciona% o e%emento origina%5 emCora  ALas#a se1a o ovo do
esp@rito 5 o ovo negro ou a-u% escuro. Isto sugere uma *orma de
<arp4crates. 2este caso5 por ar B entende@se rea%mente espritoB.
E emCora assim possa ser5 o smCo%o rea% ( per*eitamente c%aro e
deveria ser ap%icado ao seu devido %ugar.

Dionísio Jagreus Baco Dip+ues


;onv(m tratar os dois deuses como um. Gagreus s4 tem
importVncia com re*erência ao presente prop4sito porue possui
c&i*res e porue nos Mist(rios de E%êusis> se di-ia ue e%e *oi
despedaado pe%os tit!s. Mas Atena sa%vou seu cora!o e o %evou a
seu pai5 Geus. 0ua m!e era Dem(ter5 sendo e%e assim o *ruto do
casamento do ;(u e da Terra5 o ue o identi*ica como a au do
%etragrammaton 5 mas as %endas de sua morteB se re*erem ]
inicia!o5 o ue est3 de acordo com a doutrina do Devorador.

 2esta carta5 entretanto5 a *orma tradiciona% ( muito mais


c%aramente epressiva de Haco Dip&ues5 ue representa uma *orma
mais super*icia% de venera!o" o êtase caracterstico do deus (
mais m3gico do ue mstico. Este ú%timo reuer o nome  acc#us 5
enuanto ue Haco teve 0ême%e por m!e5 a ua% *oi visitada por 
Geus soC a *orma de um re%Vmpago ue a destruiu. Mas e%a 13
tin&a sido engravidada por e%e e Geus sa%vou a criana. At( a
 puCerdade5 e%e *oi escondido na coaB isto (5 no  Ba"o> de Geus.
1;7

O trao centra% e mais importante da carta ( seu centro @ o =á"ice


(agrado. $ de ametista pura da cor de úpiter5 mas sua *orma
sugere a %ua c&eia e o 8rande Mar de >ina#.

 2o centro do =á"ice (agrado est3 o sangue radiante5 de ue se


in*ere a vida espiritua%" %u- nas trevas. Estes raios5 ademais5 giram5
en*ati-ando o e%emento 1upiteriano no smCo%o.

7III. A90TAME2TO

Esta carta no Cara%&o antigo era c&amada de ustia. Esta pa%avra


det(m somente um sentido puramente &umano e5
conseentemente5 re%ativo5 de modo a n!o ser considerada um
dos *atos da nature-a. A nature-a n!o ( 1usta de acordo com
ua%uer id(ia teo%4gica ou (tica5 mas sim eata.

Esta carta representa o signo de 'iCra5 regido por 7ênus e onde


0aturno ( ea%tado. O eui%Crio de todas as coisas ( aui
simCo%i-ado. $ o A1ustamento *ina% na *4rmu%a de
%etragrammaton 5 uando a *i%&a5 redimida por seu casamento com
o *i%&o5 ( por isso insta%ada no trono da m!e" assim5 *ina%mente5 e%a
desperta a 'ongevidade do Todo@Pai.B

 2o maior simCo%ismo de todos5 entretanto5 o simCo%ismo a%(m de


todas as considera/es p%anet3rias e -odiacais5 esta carta ( o
comp%emento *eminino de O 'ouco5 pois as %etras  A"ep#, !amed 
constituem a c&ave secreta dXO 'ivro da 'ei5 e isto ( a Case de um
sistema qa$a"@stico comp%eto de pro*undidade e suC%imidade
maiores ue ua%uer outro. As minúcias deste sistema ainda n!o
*oram reve%adas. =oi 1u%gado correto5 entretanto5 dar a entender sua
eistência mediante o euacionamento dessas duas cartas. 2!o
apenas em conseência5 porue 'iCra ( um signo de 7ênus5 mas
tamC(m porue e%a ( a parceira do 'ouco5 a deusa ( representada
danando5 sugerindo Ar%euim.
1;9

A *igura ( a de uma mu%&er 1ovem e esCe%ta eui%iCrada com


eatid!o soCre as pontas dos ded/es. E%a est3 coroada com as
 p%umas de avestru- de Maat5 a deusa egpcia da ustia e soCre sua
*ronte est3 a serpente raeus5 o (en#or  da ida e da  8orte. E%a
est3 mascarada e sua epress!o demonstra sua secreta e ntima
satis*a!o pe%o domnio soCre todo e%emento de desIequi"@$rio no
universo. Esta condi!o ( simCo%i-ada pe%a espada mágica ue e%a
segura nas duas m!os e os pratos de Ca%ana ou es*eras nos uais
e%a pesa o universo5 A"Ba, o Jrimeiro eui%iCrado eatamente com
_mega, o X"timo. Estes s!o os  Fude' e %estes do u-o =ina%" os
%estes, em particu%ar5 simCo%i-am o andamento secreto do
 1u%gamento por meio do ua% toda eperiência corrente (
aCsorvida5 transmudada e *ina%mente passada ] *rente5 em virtude
da opera!o da espada 5 ] outra mani*esta!o. Tudo isto ocorre
dentro do %osango *ormado pe%a *igura ue ( a esica Jiscis
atrav(s da ua% essa eperiência suC%imada e a1ustada passa ] sua
mani*esta!o seguinte.

E%a se eui%iCra ante um trono composto de es*eras e pirVmides


em número de uatro5 signi*icando %ei e %imita!o>5 as uais5 e%as
mesmas5 mantêm a mesma eidade ue e%a pr4pria mani*esta5
emCora num p%ano comp%etamente impessoa%5 na estrutura dentro
da ua% todas as opera/es têm %ugar. =ora5 mais uma ve-5 no canto
da carta5 s!o indicadas es*eras eui%iCradas de %u- e trevas5 e raios
constantemente eui%iCrados a partir destas es*eras *ormam uma
cortina5 a intera!o de todas essas *oras ue e%a resume e
ad1udica.

$ preciso apro*undar@se mais *i%oso*icamente: este trun*o


representa A Mu%&er 0atis*eita. O eui%Crio permanece apartado
de uaisuer preconceitos individuais5 e portanto o ttu%o na
=rana deveria ser pre*erive%mente  Fustesse.  2este sentido5 a
nature-a ( escrupu%osamente 1usta. $ impossve% deiar cair um
a%*inete sem desencadear uma rea!o correspondente em toda
Estre%a. A a!o perturCou o eui%Crio do universo.
1;:

Esta deusa@mu%&er ( Ar%euim. E%a ( a parceira e o cumprimento


de O 'ouco. E%a ( a i%us!o ú%tima ue ( mani*esta!o" e%a ( a
dana5 de muitas cores5 de muitas man&as5 da pr4pria vida. Em
rodopio constante5 todas as possiCi%idades s!o des*rutadas soC o
espet3cu%o@*antasma do espaço e do tempo: todas as coisas s!o
reais5 a a%ma ( a super*cie precisamente porue e%as s!o
instantaneamente compensadas por este A1ustamento. Todas as
coisas s!o &armonia e Ce%e-a" todas as coisas s!o verdade  porue
se compensam.

E%a ( a deusa Maat e tem soCre sua nDmis as penas de avestru- da


verdade dup"a.

Desta coroa5 t!o de%icada ue o mais d(Ci% a%ento do pensar tem
ue agit3@%a5 dependem pe%as cadeias da causa os pratos em ue
A%*a5 o primeiro ( posto em per*eito eui%Crio com Ômega5 o
ú%timo. Os pratos da Ca%ana s!o as duas testemun#as nas uais
toda pa%avra ser3 estaCe%ecida. E%a deve ser entendida5 portanto5
ava%iando a virtude de todo ato e eigindo satis*a!o eata e
 precisa.

Mais do ue isso5 e%a ( a comp%eta *4rmu%a da d@ade. A pa%avra


A' ( o ttu%o de O 'ivro da 'ei5 cu1o número ( +#5 a mais secreta
das c&aves num(ricas daue%e 'ivro. E%a representa maniBestação
ue ( possve% sempre se compensar pe%o eui%Crio dos opostos.

E%a est3 envo%vida numa capa de mist(rio5 e mais misteriosa


 porue di3*ana" e%a ( a es*inge sem segredo porue ( puramente
uma mat(ria de c3%cu%o. 2a *i%oso*ia orienta% e%a ( Larma.

0uas atriCui/es desenvo%vem esta tese. 7ênus rege o signo da


Ha%ana ^ e isto ( mostrar a *4rmu%a: Amor ( a %ei5 amor soC a
vontadeB. Mas 0aturno representa5 acima de tudo5 o e%emento
tempo5 sem o ua% o A1ustamento n!o pode ocorrer5 pois toda a!o
e rea!o ocorrem no tempo5 e portanto5 o tempo sendo e%e mesmo
11;

meramente uma condi!o dos *enômenos5 todos os *enômenos s!o


inv3%idos porue n!o compensados.

^ 'iCra 2T>.

A Mu%&er 0atis*eita. Da capa do desregramento vvido de suas asas


danantes Crotam suas m!os" estas seguram o pun&o da espada
 Bá"ica  do mago. E%a segura a %Vmina entre suas coas.

Mais uma ve- um &ier4g%i*o de Amor ( a %ei5 amor soC a


vontadeB. Toda *orma de energia tem ue ser dirigida5 tem ue ser 
ap%icada com integridade para a satis*a!o p%ena de seu destino.

I. O EREMITA

Esta carta ( atriCuda ] %etra Qod   5 ue signi*ica m!o. Por isso5 a
m!o5 ue ( a *erramenta ou instrumento por ece%ência5 est3 no
centro da i%ustra!o. A %etra Qod ( o *undamento de todas as outras
%etras do a%*aCeto &eCraico5 ue s!o meramente comCina/es de%a
em maneiras variadas.

A %etra Qod ( a primeira %etra do nome %etragrammaton e este


simCo%i-a o Pai5 ue (  sa$edoria " e%e ( a *orma mais e%evada de
Mercúrio5 e o  !ogos5 o ;riador de todos os mundos.
;onseentemente5 seu representante na vida *sica ( o
espermato-4ide e esta ( a ra-!o da carta ser c&amada O Eremita.

A *igura do pr4prio Eremita %emCra a *orma da %etra Qod e a cor de


sua capa ( a cor de >ina# 5 na ua% e%e gesta.

Em sua m!o e%e segura uma "Pmpada  cu1o centro ( o 0o%5 retratada
] seme%&ana do  sigi""um do grande rei do Bogo Qod ( o  Bogo
 secreto. Parece ue e%e est3 contemp%ando @ num certo sentido5
adorando @ o ovo 4r*ico de cor esverdeada> porue este (
cont(rmino do universo5 enuanto ue a serpente ue o envo%ve (
111

mu%tico%orida signi*icando a iridescência de Mercúrio5 pois e%e n!o


( s4 criativo5 mas tamC(m ( a essência *%udica da "u&, ue ( a
vida do universo.

O mais e%evado simCo%ismo nesta carta (5 portanto5  Berti"idade no


seu sentido mais ea%tado e isto ( re*%etido na atriCui!o da carta
ao signo de 7irgem5 ue ( um outro aspecto da mesma ua%idade.
7irgem ( um signo da terra e se re*ere especia%mente ao cerea" 5 de
maneira ue o *undo da carta ( um campo de trigo.

7irgem representa a *orma mais in*erior5 mais receptiva5 mais


*eminina da terra e *orma a crosta soCre o <ades. E a%(m de
7irgem ser regido por Mercúrio5 Mercúrio ( ea%tado em 7irgem.
;on*rontar com o de& de iscos  e com a doutrina gera% segundo a
ua% o c%ma da descida V mat0ria ( o sina% para a reintegra!o
 pe%o esp@rito. $ a  BMrmu"a da Jrincesa 5 o modo de rea%i-a!o da
8rande OCra.

Esta carta %emCra a %enda de Pers(*one e aui &3 um dogma.


Ocu%tada no interior de Mercúrio &3 uma %u- ue penetra todas as
 partes do universo igua%mente" um dos ttu%os de%e (  Jsicopompo 5
o condutor da a%ma pe%as regi/es in*eriores. Estes smCo%os s!o
indicados por seu $astãoIserpente 5 ue est3 rea%mente Crotando do
ACismo5 e ( o espermato-4ide desenvo%vido como um veneno e
mani*estando o *eto. ;(rCero5 o cão tric0Ba"o do inBerno 5 o ua% e%e
domou5 o segue. 2este trun*o ( mostrado o inteiro mist(rio da vida
nas suas opera/es mais secretas. Qod ` Ea"o ` spermato&Mide `
 8ão ` !ogos ` irgem. <3 uma per*eita identidade5 n!o
meramente euiva" ência dos e'tremos 5 a maniBestação  e o m0todo .

. =ORT92A

Esta carta ( atriCuda ao p%aneta úpiter5 o  grande $en0Bico na


astro%ogia. ;orresponde ] %etra Tap#5 ^ pa%ma da m!o5 em cu1as
%in&as5 de acordo com uma outra tradi!o5 pode@se %er a *ortuna.
112

0eria tacan&e- pensar em úpiter como $oa *ortuna" e%e representa


o e%emento sorte5 o *ator inca%cu%3ve%.

^  Tap# 2\, J0 ^\ ` \\, 4op#, Peies. As iniciais F P& s!o as de


 κτεισ e φαλλοσ.

Esta carta representa assim o universo em seu aspecto de contnua


mudana de estado. Acima5 o *irmamento de estre%as5 as uais
aparecem soC *orma distorcida emCora este1am eui%iCradas5
a%gumas Cri%&antes e a%gumas escuras. De%as5 atrav(s do
*irmamento5 Crotam raios ue o agitam trans*ormando@o numa
massa de penac&os de cores a-u% e vio%eta. 2o meio de tudo isso
est3 suspensa uma roda de de- raios5 de acordo com o número das
(ep#irot# e da es*era de  8a"Lut# 5 indicando o governo dos
assuntos *sicos.

0oCre essa roda est!o três *iguras: a esBinge com a espada,


 /ermanR$is e %@Bon. E%es simCo%i-am as três *ormas de energia
ue governam o movimento *enomênico.

A nature-a dessas ua%idades reuer uma descri!o cuidadosa. 2o


sistema &indu &3 três 1unas I (attvas 5 <aNas e %amas. A pa%avra
8unas ( intradu-ve%. 2!o ( Cem um e%emento5 uma ua%idade5
uma *orma de energia5 uma *ase ou um potencia%: todas estas
id(ias entram ne%a. Todas as ua%idades ue podem ser predicadas
de a%guma coisa podem ser atriCudas a um ou mais dessas 1unas.
%amas ( trevas5 in(rcia5 indo%ência5 ignorVncia5 morte e simi%ares"
 <aNas ( energia5 ecita!o5 *ogo5 Cri%&o5 agita!o" (attvas ( ca%ma5
inte%igência5 %ucide- e eui%Crio. ;orrespondem ]s três principais
castas &indus.

9m dos mais importantes a*orismos da *i%oso*ia &indu (: as


1unas giramB. Isto signi*ica ue de acordo com a doutrina da
mudana contnua nada ( capa- de permanecer em ua%uer *ase
em ue uma dessas 8unas ( predominante" n!o importa u!o
densa e inerte essa coisa possa ser5 um tempo vir3 no ua%
117
117

=3Cu%as simi%ares devem ser encontradas em toda re%igi!o do Aeon


de Osris: ( a *4rmu%a tpica do deus que morre.

 2esta carta5 portanto5 surge a %enda da mu%&er e o %e!o5 ou me%&or 


 serpenteI"eão est
estaa cart
cartaa ( atri
atriCu
Cud
daa ] %etr
%etraa %et#5 ue signi*ica
serpente>.

Os videntes dos primeiros tempos do Aeon de Osris previram a


maniBestação deste Aeon vindouro no ua% vivemos agora5 e e%es o
encararam com intenso &orror e medo5 n!o compreendendo a
 precess!o dos Aeons5 e considerando toda mudana como
cat3stro*e. Eis a interpreta!o rea% e a ra-!o para as invectivas
contra a Hesta e a Mu%&er Escar%ate nos captu%os III5 7II e
7II
7 IIII do Apo
Apoca
ca%i
%ips
pse.
e. Mas na 6rvo
6rvorere da 7ida o camin
camin&o
&o de
1ime" 5 a 'ua5
'ua5 descen
descendodo do mais
mais a%to5
a%to5 co
cort
rtaa o camin&
camin&oo de %et#5
'e!o
'e!o55 a casa
casa do 0o%5
o%5 de mod
modo ue a mu mu"# er na carta pode ser 
"#er
considerada como um *orma da 'ua5 sumamente i%uminada pe%o
0o%5 e intimamente unida a e%e de uma ta% maneira ue produ-
encarnados soC *orma &umana o representante ou representantes
do (en#or do Aeon.

E%a monta a Hesta de maneira escarranc&ada" na m!o esuerda


segura as r(deas5 ue representam pai!o ue os une. 2a m!o
direita segura nas a%turas a taa5 o ;3%ice 0agrado in*%amado de
amor
amor e morte
orte.. 2e
2est
staa taa
taa est!
est!oo mist
mistur
urad
ados
os os e%em
e%emen
ento
toss do
sacramento do Aeon. O 'ivro das Mentiras devota um captu%o a
este smCo%o.

 $ 7LOR DE %$R$
%$R$T
T$H 

 Sete s)o os .6us da dan(arina do +ar6m d8ELE9


 Sete s)o os nomes: e sete s)o as ;mpadas ao ado da cama Dea9
 Sete eunucos $ guardam com espadas desembain+adas<
 "en+um
 Homem apro,ima-se
apro,ima- se Dea9
119
119

 Em seu copo de .in+o est)o as sete torrentes de sangue dos Sete
 Espíritos
de Deus9
 Sete s)o as cabe(as d8$ 5EST$
5EST$ na =ua Ea Ca.aga9
 $ cabe(a de um $n>o* a cabe(a de um Santo< a cabe(a de um
 4oeta* a
cabe(a
cab e(a de
de Uma
Uma !u+
!u+erer $d
$d?
?ter
tera*
a* a cab
cabe(a
e(a de
de um Homem
Homem
Vaoroso< a
cabe(a de um S@tiro<
S@tiro< e a cabe(a de um Le)o-Serpente9
Le)o-Serpente9
 Sete etras tem Seu mais sagrado nome: =ue 6 

-----------------------------#.er 1igura no origina'---------------------

 Este 6 o Seo sobre o $ne =ue est@ no Indicador d8ELE* e este 6 


o Seo
sobre as Tumbas da=uees a =uem Ea assassinou9
assassinou9
 $=ui est@ sabedoria9 Aue a=uee =ue tem Compreens)o conte o
 "?mero
de "ossa
"ossa Sen+ora<
Sen+ora< pois =ue
=ue ee 6 o "?mero de uma !u+er<
!u+er< e
 Seu
 "?mero 6 
Cento e Cin=Benta e Seis9

<3 uma outrautra descri!


ri!oo em %#e ision
sion and
and t#e oice ver 
oice
 ApDndice >.

<3 nesta carta uma emCriague- ou êtase divinos. A mu%&er (


mostrada mais do ue um pouco (Cria5 e mais do ue um pouco
insana" e o %e!o est3 tamC(m in*%amado de vo%úpia. Isto signi*ica
ue o tipo de energia descrito ( de ordem criadora primitiva5
comp%etamente independente da crtica da ra-!o. Esta carta retrata
a vontade do Aeon. Ao *undo vêem@se as imagens %vidas dos
11:
11:

santos5 soCre as uais esta imagem via1a5 pois a vida inteira de%es
*oi aCsorvida no ;3%ice 0agrado.

-#ora vós sabereis (ue o sacerdote & apóstolo


escol"ido do espaço infnito $ o sacerdotepríncipe, a
%esta1 e em sua mul"er, c"amada a ul"er
Escarlate, está todo o poder dado. Eles reunir'o
min"as crianças em seu cercado/ eles levar'o a
#lória das estrelas
estrelas para os coraç5es dos "omens.
+ois ele $ sempre um sol, e ela uma lua. as para
ele $ a c"ama alada secreta, e para ela a
descendente lu estelar .B
Este sacramento ( a *4rmu%a *sico@m3gica para atingir a inicia!o5
 para a rea%i-a!o da 8rande OCra. 2a a%uimia ( o processo de
desti%a!o operado pe%o *ermento interno5 e a in*%uência do 0o% e
da 'ua.

Atr3
Atr3ss das *iguras
*iguras da Hesta
Hesta e sua 2o2oiv
ivaa eiste
eistem
m de- crcu%
crcu%os
os
re*u%gentes" s!o as (ep#irot# %atentes e ainda n!o ordenadas pois
todo
todo nonovo
vo Aeoeonn e
eig
igee um no
novo
vo sist
sistem
emaa de c%as
c%assi
si*i
*ica
ca!
!oo do
universo.

 2o a%to da carta ( mostrado um emC%ema da nova %u- com de-


c&i*res da Hesta5 ue s!o serpentes5 enviadas em todas as dire/es
 para destruir e recriar o mundo.

Maior estudo desta carta pode ser *eito pe%o eame rigoroso de
 !i$er ] v.
v. 8agicL.

II. O PE2D9RADO

Esta
Esta cart
carta5
a5 atri
atriCu
Cud
daa ] %etr
%etraa  8em5 repr
repres
esen
enta
ta o e%em
e%emen
ento
to água.
0eria ta%ve- me%&or di-er ue representa a *un!o espiritua% da
12;

3gua na economia da inicia!o" ( um Catismo ue ( tamC(m uma


mort
morte.
e. 2o Aeo eonn de Osr
Osris
is55 esta
esta carta
carta repr
repres
esen
enta
tava
va a supr
suprem
emaa
*4rmu%a de adeptado5 pois a *igura do a*ogado ou pendurado
 possui seu pr4prio signi*icado especia%. As pernas est!o cru-adas
de maneira ue a perna direita *orma um Vngu%o reto com a perna
esuerda e os Craos est!o esticados a um Vngu%o de ? graus5 de
sorte a *ormar um triVngu%o ei%3tero5 o ue produ- o smCo%o do
triPngu"o encimad pe%a cru&5 ue representa a descida da %u- ao
encimadoo pe%a
interior das trevas para redimi@%a. Por esta ra-!o &3 Discos verdes
@ ve
verd
rde5
e5 a co
corr de 7ênus
7ênus55 sign
signi*i
i*ica
ca  graça @ nas termina/es dos
memCros e da caCea. O ar acima da super*cie da 3gua tamC(m (
verde in*i%trado pe%os raios da %u- Cranca de Tet#er.
 Tet#er. A *igura toda
est3 suspensa do  AnL#5 um outro modo de *igurar a *4rmu%a da
 <osacru& 5 enuanto ue em torno do p( esuerdo est3 a  serpente 5
criadora e destruidora5 ue opera toda a trans*orma!o o ue ser3
visto na carta ue se segue a esta>.

Pode@se notar ue &3 um aparente aumento de escurid!o e so%ide-


] propor!o ue o e%emento redentor se mani*esta5 mas a cor verde
( a cor de 7ênus5 da esperana ue reside no amor. Isto depende da
*orm
*ormu%
u%a!
a!oo da  <osacru& 5 do aniu
aniui%
i%am
amen
ento
to do eu no amado5 a
cond
co ndi
i!o
!o de prog
progre
ress
sso.
o. 2e
2est
staa escu
escuri
rid!
d!oo in*e
in*eri
rior
or de mort
morte5
e5 a
serpente da nova vida comea a se agitar.

 2o Aeo
Aeonn anterior5 o de Osris5 o e%emento ar 5 ue ( a nature-a
deste
deste Aeon
Aeon55 n!o anti
antipati
pati-a
-a com
com a água ou o  Bogo" acordo era a
marca desse perodo. Mas agora5 soC um 0en&or
0en&or fgneo
fgneo do Aeon5
Aeon5 o
e%em
e%emen
entto a
auo
uoso
so55 na mededid
idaa em u
uee a 3g
3gua
ua est
est3 aC
aCai
aio
o do
ACismo5 ( de*initivamente &osti%5 a menos ue a oposi!o se1a a
oposi!o correta imp%cita no casamento. Mas nesta carta a única
uest!o ( da reden!oB do e%emento suCmerso e5 portanto5 tudo
est3 invertido. Esta id(ia do sacri*cio (5 em ú%tima an3%ise5 uma
id(ia errônea.

Eu dou inima#ináveis ale#rias sobre a terra/


certea, n'o $, en(uanto em vida, sobre a morte1
121

pa indescritível, descanso, xtase1 e Eu n'o peço


al#o em sacriício. B
Todo
Todo &omem e toda mu%&er ( uma
u ma estre%a.B

A id(ia inteira do sacri*cio ( uma concep!o euvoca da nature-a


e estes tetos dXO 'ivro da 'ei s!o a resposta a isso.

A 3gua
3gua ( o e%em
e%emen
ento
to da i"usão " ( possve% encarar este smCo%o
como um %egado mau do ve%&o Aeon. Para usar uma ana%ogia
anatômica: ( um apêndice vermi*orme espiritua%.

=oi a 3gua e os moradores da água ue assassinaram Osris" s!o


os crocodi%os ue ameaam /oor @ Ja
 Ja@ Traat 
 Traat .

Esta carta ( Ce%a de uma maneira estran&a5 imemoria%5 moriCunda.


$ a carta do deus que morre" sua importVncia no presente Cara%&o
( simp
simp%e%esm
sment
entee au
aue%
e%aa do cenot
cenotáBi o. E%a di-: 0e acontecer das
áBio.
coisas se tornarem m3s
m3s daue%e 1eito
1eito novamente5
novamente5 na nova Idade
Idade
das Trevas ue parece ameaar5 este ( o modo de acertar as
coisas.B Mas se as coisas têm ue ser acertadas5 isto indica ue
est!o muito erradas. A principa% meta dos s3Cios deveria ser %ivrar 
a esp(cie &umana da inso%ência do auto@sacri*cio5 da ca%amidade
da castidade" a *( tem ue ser morta pe%a certe-a e a castidade pe%o
êtase.

Est3 escrito em O 'ivro da 'ei: 2!o te apiedes dos cadosW Eu


nunca
nunca os con&eci
con&eci.. Eu n!o sou para
para e%es
e%es.. Eu n!o cons
conso%
o%o:
o: Eu
odeio o conso%ado l o conso%ador.B

Reden!o ( uma pa%avra ruim" imp%ica numa dvida. Pois toda


estre%a possui riue-a i%imitada" o único meio adeuado de %idar 
com os ignorantes ( condu-i@%os ao con&ecimento de sua &erana
de estre%a. Para *a-ê@%o ( necess3rio comportar@se como deve ser 
*eito a *im de entrar em acordo com os animais e as crianas: trat3@
122

%os
%os co
com
m aCaCso
so%u
%uto
to resp
respei
eito
to55 mesm
mesmo5
o5 nu
num
m cert
certoo sent
sentid
ido5
o5 co
com
m
venera!o.

@@@

 2ote@se na  Jrecessão dos Aeons


dos  Aeons. “) Jendurado” ( uma inven!o
dos Adeptos da *4rmu%a do I.2.R.I.@ .A.O.. 2o Aeon anterior ao
osiraco5 o de fsis água>5 e%e ( “) ABogado”. As duas co%unas de
supo
suport
rtee da *orc
*orcaa mostr
ostrad
adaa nonoss Ca
Cara
ra%&
%&os
os medi
mediev
evai
aiss eram
eram55 no
sistema partenogen(tico de ep%ica!o e regência da nature-a5 o
*undo
*undo do mar e a ui%&a da arca. 2este Aeon todo nascimento era
cons
co nsid
ider
erad
adoo uma
uma eman
emanaa!o
!o55 sem
sem inte
interv
rven
en!
!oo mascu
ascu%i
%ina
na55 da
Deusa@M!e ou Deusa@Estre%a5 2uit. Toda a morte ( um retorno a
E%a. Isto ep%ica a atriCui!o origina% do Atu ] água e o som M o
retorno ao si"Dncio eterno 5 como na pa%avra A9M. Esta carta (5
 portanto5 especia%mente sagrada ao mstico5 sendo a atitude da
*igu
*igura
ra uma
uma po
post
stur
uraa ritua% na  prática den
ritua% denom
omin ada “) (ono de
inada
(#i"oam”.
@@@

A importVncia a%umica desta carta ( t!o estran&a a todas as


imp%ica/
ca/ees dogm3ticas
cas uuee se a*igurou me%&or trat rat3@%
3@%a
com
comp%et
p%etam
amen
entte em sepa
separa
rado
do.. 0uas
0uas uua%
a%id
idad
ades
es t(cn
t(cnic
icas
as s!o
s!o
independentes
independentes de ua%uer
ua%uer maneira
maneira de todas as outras
outras doutrinas.
doutrinas.
Temos aui uma mat(ria de signi*icado estritamente cient*ico. O
estudante ser3 prudente ao %er em cone!o com estas oCserva/es
o captu%o II de 8agicL.

O Atu representa o sacri*cio de uma criana do seo mascu%ino


de per*
per*eit
eitaa inocên
inocência
cia e e%eva
e%evada
da inte
inte%ig
%igênci
ênciaB
aB @ estas
estas pa%av
pa%avras
ras
*oram esco%&idas com o mais etremo cuidado. O signi*icado de
sua atitude 13 *oi descrito5 e do *ato de ser dependurado de um
 AnL#5 um euiva%ente da  <osacru&. Em a%gumas cartas antigas a
*orca ( um  pi"one 5 ou o ga%&o de uma 3rvore5 cu1a *orma sugere a
%etra a"et#  gra*ar a %etra Da%et&>>>5 7ênus5 Amor.
Amor.
12

Ao *undo do Pendurado &3 uma grade imensa de peuenos


uadrados. 0!o as p%auetas e%ementares ue eiCem os nomes e
 sigi""a de todas as energias da nature-a. Atrav(s de seu tra$a"#o
uma criança ( gerada5 como ( mostrado pe%a serpente se agitando
na escuridão  do ACismo aCaio de%e.

;ontudo5 a carta em si ( essencia%mente um g%i*o da água .  8em (


uma das três grandes "etrasImãe5 e seu va%or ( ,?5 o poder de
%etragrammaton p%enamente desenvo%vido por  8a"Lut# 5 o smCo%o
do universo soC o demiurgo. Outrossim5 a água ( de maneira
 pecu%iar a %etra@m!e pois tanto (#in uanto A"ep# as outras duas>
representam id(ias mascu%inas" e na nature-a5 o  /omo sapiens (
um mam*ero marin&o e nossa eistência intra@uterina ( passada
no  B"uido amniMtico. A %enda de 2o(5 da arca e do di%úvio n!o
 passa de uma apresenta!o &ier3tica dos *atos da vida. $ ent!o a
água  ue os Adeptos sempre contemp%aram para a continua!o
num sentido ou outro> e o pro%ongamento5 e ta%ve- a renova!o
da vida.

A %enda dos Evange%&os5 aCordando os Mist(rios Maiores da


'ana e da Taa aue%es do deus  acc#us ` ao > como superiores
aos Mist(rios Menores aue%es do deus  on ` Go0 5 e os deuses@2
em gera%>5 nos uais a espada mata o deus de modo ue sua
caCea possa ser o*erecida num  prato 5 ou disco5 di-: E um
so%dado com uma %ana per*urou seu *%anco5 tendo sado sangue e
3gua. Este vin#o 5 co%&ido pe%o Discpu%o Amado e a 7irgem M!e5
ue esperavam soC a cru& ou árvore com essa *ina%idade5 numa
taça ou  cá"ice 5 este ( o =á"ice (agrado ou (anto 1raa" 
(angraa" de Monsa%vat5 a Montan&a da 0a%va!o. Y1raa" gr0a"
signi*ica rea%mente recipiente em *orma de prato5 cara: *rancês
antigo  graa", grea", grasa" 5 provave%mente uma corrupte%a do
%atim  grada"e 5 este uma corrupte%a de crater 5 tige%a5 vaso grande
de Coca %arga5 copo grandeZ. Este sacramento  ( ea%tado no -ênite
em ;Vncer. 7er Atu 7II.
124

$ de etrema importVncia para o estudante percorrer circu%armente


de modo contnuo esta roda de simCo%ismo at( ue as *iguras se
*undam imperceptive%mente umas nas outras numa dana
intoicante de êtase" enuanto n!o atingir isto n!o ser3 capa- de
 parti%&ar do  sacramento e eecutar para si mesmo @ e para todos
os &omens W @ a 8rande OCra.

Mas ue e%e se %emCre tamC(m do segredo pr3tico enc%ausurado


em todos estes corredores de música varridos pe%o vento5 o rea%
 preparo da Pedra dos 03Cios5 a Medicina dos Metais e o E%iir da
7ida W

III. MORTE

Esta carta ( atriCuda ] %etra  Gun5 ue signi*ica peie5 o smCo%o


da vida soC as 3guas5 a vida se movendo atrav(s das 3guas. Re*ere@
se ao signo -odiaca% do Escorpi!o5 ue ( regido por Marte5 o
 p%aneta de energia gnea soC sua *orma mais Caia5 ue (5 portanto5
necess3ria para produ-ir o impu%so. 2a a%uimia5 esta carta ep%ica
a id(ia da putre*a!o5 o nome t(cnico dado por seus adeptos ] s(rie
de a%tera/es umicas ue desenvo%ve a *orma *ina% da vida a
 partir da semente %atente origina% no ovo 4r*ico.

Este signo ( um dos dois mais poderosos do -odaco5 mas n!o


 possui a simp%icidade e intensidade de 'e!o. $ *orma%mente
dividido em três partes: a mais Caia ( simCo%i-ada pe%o
escorpião 5 ue supun&am os antigos oCservadores da nature-a5
comete suicdio ao se encontrar cercado por um ane% de *ogo5 ou5
de outra maneira5 numa situa!o desesperada. Isto representa
 putre*a!o soC sua *orma mais Caia. A tens!o do amCiente
tornou@se into%er3ve% e o e%emento atacado vo%untariamente se
su1eita ] a%tera!o" assim5 o pot3ssio arro1ado ] 3gua se torna
in*%amado e aceita o aCrao do radica% &idroi%o.
125

A interpreta!o mediana deste signo ( dada pe%a serpente5 a ua% (5


ademais5 o tema principa% do signo. ^ A serpente ( sagrada5
0en&ora da 7ida e da Morte5 e seu m(todo o de progress!o sugere
a ondu%a!o rtmica daue%as *ases gêmeas da vida ue c&amamos
respectivamente de vida e morte. A serpente ( tamC(m5 como 13
 previamente ep%icado5 o principa% smCo%o da energia mascu%ina.
A partir disto se perceCer3 ue esta carta (5 num sentido
rigorosssimo5 o comp%emento da carta c&amada 7o%úpia5 Atu I e
o Atu II representa a so%u!o ou disso%u!o ue as une.

^ Os qa$a"istas incorporaram ao 'ivro do 8ênesis5 caps. I e II5


esta doutrina da regenera!o. G=#(#5 a 0erpente do $den tem o
va%or +NQ5 Cem como 8(#=#5 Messias. E%e (5 conseentemente5
na doutrina secreta5 o <edentor. Esta tese pode ser desenvo%vida de
maneira etensiva e deta%&ada. 2a %enda5 mais tarde5 a doutrina
reaparece num simCo%ismo %igeiramente di*erente como a &ist4ria
do di"Rvio 5 ep%icada a%&ures neste ensaio. ;ertamente5 o peie (
idêntico em essência ] serpente5 pois  Jei'e`
 GG`scorpião`(erpente. A%(m disso5 %et#5 a %etra de 'e!o5
signi*ica serpente. Mas Peie ( tamC(m esica ou Rtero e ;risto5 e
assim por diante. Este smCo%o resume a Doutrina 0ecreta inteira.

O aspecto mais e%evado da carta ( a águia5 ue representa


ea%ta!o acima da mat(ria s4%ida. Os antigos umicos
entenderam ue em certos eperimentos os e%ementos mais puros
isto (5 os mais tênues> presentes eram desprendidos como g3s ou
vapor. 0!o assim representados nesta carta os três tipos essenciais
de putre*a!o.

A pr4pria carta representa a dana da morte. A *igura ( um


esue%eto manipu%ando uma *oice5 sendo tanto o esue%eto uanto
a *oice importantes smCo%os saturninos. Isto parece estran&o5 visto
ue 0aturno n!o tem nen&uma cone!o c%ara com Escorpi!o"
todavia5 0aturno representa a estrutura essencia% das coisas
eistentes. E%e ( aue%a nature-a e%ementar das coisas ue n!o (
126

destruda pe%as a%tera/es ordin3rias ue ocorrem nas opera/es da


nature-a. A%(m disso5 o esue%eto est3 coroado com a coroa de
Osris5 representando Osris nas 3guas de  Amenti. E5 ainda5 e%e ( o
deus criativo origina%5 secreto e mascu%ino: ver Atu 75 “<edeunt 
(aturnia regna.” =oi somente a corrup!o da tradição 5 a con*us!o
com 0et5 e o cu%to do deus que morre5 incompreendido5 de*ormado
e distorcido pe%a  !oNa Gegra5 ue o trans*ormaram num smCo%o
seni% e monstruoso.

Pe%a varredura de sua *oice o esue%eto cria Co%&as nas uais


comeam se con*igurar as novas *ormas ue e%e cria em sua dana5
sendo ue estas *ormas tamC(m danam.

 2esta carta o smCo%o do peie ( soCerano. O peie  ! J(= 5


como o c&amam em 23po%es e muitos outros %ugares> e a serpente
s!o os dois principais oC1etos de venera!o em cu%tos ue
ensinaram as doutrinas da ressurrei!o ou reencarna!o. Assim
temos Oannes e Dagon5 deuses@peies5 na 6sia ocidenta%. Em
muitas outras partes do mundo eistem cu%tos simi%ares. Mesmo
no cristianismo5 ;risto era representado como um peie. 0upun&a@
se ue a pa%avra grega ΙΧΘΥΣ5  ue signi*ica peie e muito
adeuadamente representa ;ristoB5 como Hroning %emCra5 *osse
um notariqon5 as iniciais de uma sentena ue signi*ica esus
;risto =i%&o de Deus5 0a%vador . TamC(m n!o ( por acidente ue
0!o Pedro *osse um pescador. Os Evange%&os5 inc%usive5 est!o
c&eios de mi%agres envo%vendo peies e o peie ( sagrado para
Mercúrio devido ao seu sangue *rio5 sua ce%eridade e seu Cri%&o.
<35 ademais5 o simCo%ismo seua%. Isto %emCra novamente a
*un!o de Mercúrio como guia dos mortos e como o contnuo
e%emento e%3stico na nature-a.

Esta carta5 portanto5 deve ser considerada de uma maior 


importVncia e cato%icidade do ue se poderia esperar da simp%es
atriCui!o -odiaca%. ;&ega a ser um compêndio de energia
universa% na sua *orma mais secreta.
127

I7. ARTE

Esta carta ( o comp%emento e o cumprimento do Atu 7I5 8êmeos.


Pertence a 0agit3rio5 o oposto de 8êmeos no -odaco e5 portanto5
segundo uma outra maneiraB um com e%e. 0agit3rio signi*ica o
arqueiro  e a carta (  soC sua *orma mais simp%es e mais primitiva>
um retrato de Diana5 a ;aadora. Diana (5 em primeiro %ugar5 uma
das deusas %unares5 emCora os romanos ten&am produ-ido uma
certa degrada!o da deusa a partir da  Artemis virgem” grega5 ue
( tamC(m a 8rande M!e da =erti%idade5 Diana dos e*(sios5 a de
muitos seios uma *orma de fsis @ ver Atu II e III>. A cone!o
entre a 'ua e a caadora ( indicada pe%o *ormato do arco5 e a
signi*ica!o ocu%ta de 0agit3rio ( a seta per*urando o arco@ris" os
ú%timos três camin&os da 6rvore da 7ida comp/em a pa%avra
4es#et# 5 arco@ris e 0agit3rio porta a *%ec&a ue per*ura o arco@ris
 pois seu camin&o condu- da 'ua de Qesod ao 0o% de %ip#aret#
esta ep%ica!o ( a%tamente t(cnica5 o ue se 1usti*ica porue a
carta representa uma importante *4rmu%a cient*ica5 ue n!o pode
ser epressa em %inguagem apropriada ] compreens!o comum>.

Esta carta representa a consumação do casamento rea" ue


ocorreu no Atu 7I. Os personagens negro e Cranco est!o agora
unidos numa única *igura andr4gina. Mesmo as aCe%&as e as
serpentes em seus mantos *i-eram uma a%iana. O "eão verme"#o
tornou@se Cranco e cresceu em taman&o e importVncia5 enuanto
ue a águia $ranca5 seme%&antemente epandida5 tornou@se
verme%&a. E%e trocou seu sangue verme%&o pe%o g%úten Cranco de%a
 s4 ( possve% ep%icar estes termos a estudantes avanados de
a%uimia>.

O eui%Crio e a permuta s!o e*etuados comp%etamente na pr4pria


*igura: a mu%&er Cranca possui agora uma caCea negra5 o rei
negro5 uma Cranca. E%a usa a coroa de ouro com uma *aia de
 prata5 e%e5 a coroa de prata com uma *ita de ouro5 mas a caCea
129

 Cranca ] direita ( pro%ongada na a!o por um Crao Cranco ]


esuerda ue segura a taa do g%úten Cranco5 enuanto ue a
caCea negra ] esuerda tem o Crao negro ] direita segurando a
%ana ue se tornou uma toc&a e verte seu sangue ardente. O *ogo
ueima a 3gua5 a 3gua etingue o *ogo.

O manto da *igura ( verde5 o ue simCo%i-a crescimento vegeta%:


aui reside uma a%egoria a%umica. 2o simCo%ismo dos pais da
ciência5 todos os oC1etos reaisB eram considerados como mortos"
a di*icu%dade de transmutar os metais era ue os metais5 como
ocorrem na nature-a5 tin&am a nature-a de ecrementos porue
n!o cresciam. O primeiro proC%ema da a%uimia era e%evar o
minera% ] vida vegeta%. Os Adeptos ac&aram ue o modo correto de
*a-er isso era imitar os processos da nature-a. Desti%a!o5 por 
eemp%o5 n!o era uma opera!o a ser eecutada auecendo@se
a%guma coisa numa retorta soCre uma c&ama" tin&a ue ocorrer 
natura%mente5 mesmo se meses *ossem eigidos para consumar a
o$ra naue%e perodo da civi%i-a!o meses estavam ] disposi!o
das mentes inuiridoras>.

Muito do ue as pessoas consideram &o1e ignorVncia5 sendo estas


ignorantes do ue os &omens de outrora pensavam5 procede desse
ma%@entendido. 2a Case desta carta5 por eemp%o5 s!o vistos o  Bogo
e a água misturados &armoniosamente. Mas isto ( apenas um
smCo%o rudimentar da id(ia espiritua%5 ue ( a satis*a!o do dese1o
do e%emento incomp%eto de um tipo em satis*a-er sua *4rmu%a por 
assimi%a!o de seu igua% e contr3rio.

Este estado da 8rande OCra portanto consistia na mistura dos


e%ementos contradit4rios num ca%deir!o. Este ( aui representado
como dourado ou so%ar5 porue o 0o% ( o Pai de toda a 7ida e
particu%armente> preside a desti%a!o. A *erti%idade da Terra (
mantida pe%a c&uva e o so%. A c&uva ( *ormada por um processo
%ento e suave e ( tornada e*etiva pe%a coopera!o do ar5 ue ( e%e
mesmo a%uimicamente o resu%tado do casamento do Bogo e a
água. Assim5 tamC(m a *4rmu%a do pro%ongamento da vida (
16

KK Etrato de !i$er ;D7III5 %#e ision and t#e oice: terceiro


 Aet#9r Ed. Princ.5 pg. ...>
$ a *igura do Mago do Tarô. Em seu Crao direito a toc&a de
*%amas *u%gurantes ascendentes" no esuerdo5 a taa de veneno5
uma catarata para o inBerno. E em cima de sua caCea o ta%ism! do
ma%5 C%as*êmia e C%as*êmia e C%as*êmia5 soC a *orma de um crcu%o.
Esta ( a maior C%as*êmia de todas uer di-er5 ue o crcu%o se1a
assim pro*anado" este crcu%o do ma% ( de três an(is concêntricos>.
0oCre os p(s do Mago &3 *oices5 Espadas e *oicin&as5 adagas5
*acas5 todo instrumento a*iado @ um mi%&!o e todos em um. E
diante de%e esta a mesa ue ( uma mesa de perversidade5 a mesa
das uarenta e duas ve-es. Esta mesa est3 conectada aos uarenta
e dois assessores  dos mortos5 pois e%es s!o os acusadores ue a
a%ma deve i%udir" e com o nome de Deus de uarenta e duas ve-es5
 pois este ( o Mist(rio da  nqKidade 5 segundo o ua% &ouve sempre
um princpio5 de ua%uer modo. E este Mago gera5 pe%o poder de
suas uatro armas v(u ap4s v(u" mi% cores Cri%&antes5 rasgando e
di%acerando o Aet&r5 de sorte ue ( como serras c&eias de mossas5
ou como dentes ueCrados ] *ace de uma menina5 ou como
ruptura5 ou %oucura. <3 um som &orrve% de trituramento5
en%ouuecedor. Este ( o moin&o no ua% a  su$stPncia universa" 5
ue ( o (ter5 *oi moda e redu-ida ] mat(ria.

9ma vo- di-: ;ontemp%a o Cri%&o do 0en&or5 cu1os p(s est!o


co%ocados soCre aue%e ue perdoa a transgress!o. ;ontemp%a a
Estre%a sêtup%a ue *%ame1a na AC4Cada5 o se%o do casamento do
grande Rei Hranco com sua escrava negra.B

Assim eu o%&ei para a Pedra e vi a Estre%a sêtup%a: o Aet&r 


inteiro se asseme%&a a nuvens *u%vas5 como a c&ama de uma
*orna%&a. E &3 uma poderosa &oste de An1os5 a-uis e dourados5 ue
a invadem5 e e%es gritam: 0anto5 0anto5 0anto5 (s tu ue n!o (s
sacudido nos terremotos5 e nos trov/es W O *im das coisas ( vindo
soCre n4s" o dia do Este1a@conosco est3 ] m!o W Pois e%e criou o
9niverso e o destruiu5 de modo ue pudesse tirar seu pra-er disso.
164

E agora5 no meio do Aet&r5 eu contemp%o aue%e deus. E%e possui


mi% Craos e em cada m!o &3 uma arma de *ora terrve%. 0eu rosto
( mais terrve% ue a tempestade5 e de seus o%&os %ampe1am
re%Vmpagos de Cri%&o into%er3ve%. De sua Coca *%uem mares de
sangue. 0oCre sua caCea &3 uma coroa de toda coisa morta.
0oCre sua *ronte est3 o ereto %au5 e em cada %ado de%e eistem
signos de C%as*êmia. E em torno de%e se prende uma menina5 como
 para a *i%&a do Rei ue apareceu no nono Aet&r. Mas e%a se
tornou r4sea devido ] *ora de%e5 e a pure-a de%a tingiu seu negro
com a-u%.

E%es est!o agarrados num aCrao *urioso5 de sorte ue e%a est3
di%acerada pe%o terror do deus" e contudo agarra@se e%a t!o
*irmemente a e%e ue e%e est3 estrangu%ado. E%a *orou a caCea
de%e para tr3s e sua garganta est3 %vida soC a press!o dos dedos
de%a. O grito con1unto de%es ( uma angústia into%er3ve%5 e5 todavia5
( o grito de seu arreCatamento5 de modo ue todo so*rimento e
toda ma%di!o e toda priva!o5 e toda morte de tudo no universo
todo n!o passa de uma peuena %u*ada de vento naue%e grito@
tempestade de êtase. ^^^

^^^ Esta imagem deve ser encontrada pintada usua%mente soCre


seda e repetida em variadas *ormas5 com *reência representando
os p%anetas em torno de sua aur(o%a centra%> soCre os estandartes
sagrados ue adornam os santu3rios do TiCete.

E um An1o *a%a" 7ê5 esta vis!o est3 inteiramente a%(m de tua


compreens!o. ;ontudo5 tu te es*orar3s para unir@te ao *ormid3ve%
%eito nupcia%.B

E assim estou despedaado5 nervo por nervo e veia por veia5 e


mais intimamente @ c(%u%a por c(%u%a5 mo%(cu%a por mo%(cu%a e
3tomo por 3tomo5 e ao mesmo tempo todo esmagado em con1unto
escreve ue o despedaamento 0 um esmagamento em con1unto>.
Todos os *enômenos dup%os s!o apenas duas maneiras de o%&ar 
165

 para um único *enômeno5 e o *enômeno único (  pa&.  2!o &3


sentido em min&as pa%avras ou em meus pensamentos. 0urgiram
*aces semi@*ormadas.B Este ( o signi*icado daue%a passagem" s!o
tentativas de interpretar o caos. Mas o caos (  pa&. O cosmos ( a
 guerra da Rosa e da ;ru-. Esta *oi uma *ace semi@*ormadaB ue
eu disse ent!o. Todas as imagens s!o inúteis.

0im5 como num espe%&o5 assim em tua mente5 ue ( apoiada com o
*a%so meta% da mentira5 ( todo smCo%o %ido ao avesso. Repara W
tudo em ue con*iaste deve con*undir@te e aui%o de ue tu
rea%mente *ugiste era teu sa%vador. Assim5 por conseguinte5 gritaste
com e*eito estrepitosamente no  sa$á negro uando Cei1aste as
n3degas pe%udas do Code5 uando o deus 3spero te despedaou5
uando a catarata ge%ada da morte te varreu.

8rita5 portanto5 grita a%to" mistura o urro do %e!o c&i*rado e o


gemido do touro despedaado5 e o Cerro do &omem ue *oi
di%acerado pe%as garras da águia e o guinc&o da 3guia ue (
estrangu%ada pe%as m!os do &omem. Mistura todos estes no grito
de morte da esBinge 5 pois o &omem cego pro*anou o mist(rio de%a.
Juem ( este5 $dipo5 Tir(sias5 Erinies  Juem ( este5 ue ( cego e
um vidente5 um to%o acima da saCedoria  Juem os c!es do c(u
seguem e os crocodi%os do in*erno aguardam   A"ep#, au, Qod,
 A9in, <es#, %au ( seu nome. ^^^^

^^^^ Estes s!o os camin&os *ormando uma corrente # @ ) @  @ Q @


 na 6rvore da 7ida.

DeCaio de seus p(s est3 o Reino5 e soCre sua caCea a ;oroa. E%e
( esprito e mat(ria" e%e ( pa- e poder" ne%e est3 ;aos e 2oite e P!"
e em HAHA'O25 sua concuCina5 ue o emCriagou do sangue dos
santos ue e%a co%&eu em sua taa dourada5 gerou e%e a virgem ue
agora e%e rea%mente de*%ora. E isto ( o ue est3 escrito:  8a"Lut#
ser3 guindada e co%ocada no trono de  >ina#. E esta ( a pedra
*i%oso*a% ue ( posta como um se%o soCre o %Rmu"o de
%etragrammaton 5 e o e%iir da vida ue ( desti%ado do sangue dos
166

santos e o p4 verme%&o ue ( o trituramento dos ossos de


;&oron-on.

Terrve% e maravi%&oso ( o mist0rio disso5 4 tu Tit! ue suCiste ao


%eito de uno W ;ertamente est3s preso e rompido soCre a roda" e
contudo descoCriste a nude- da 0anta5 e a Rain&a do ;(u est3
em traCa%&o de parto de uma criana e seu nome ser3 7ir5 e 7is5 e
7irus5 e 7irtus5 e 7iridis5 em um nome ue ( todos estes5 e acima
de todos estes. ^^^^^

^^^^^ i eri niversum ivus ici 5 o mote de Mestre T&erion


como um Q ` +. acrescer os smCo%os aos números>>>

@@@

O ecerto a seguir proveniente de 'iCer A%ep&5 o  !ivro da


(a$edoria ou !oucura5 pode tamC(m aui%iar a e%ucida!o do
signi*icado desta carta.

Ta&uti5 ou T&ot&5 con*irmou a Pa%avra de Dionsio continuando@a5


 pois mostrou como pe%a Mente era possve% dirigir as Opera/es da
7ontade. Pe%a ;rtica e pe%a Mem4ria registrada o <omem evita o
Erro e a Repeti!o do Erro. Mas a verdadeira Pa%avra de Ta&uti era
A M O 9 25 por meio da ua% E%e *e- os <omens entenderem sua
 2ature-a secreta5 ou se1a5 sua unidade com seus Eus 7erdadeiros5
ou5 como e%es di-iam ent!o5 com Deus. E e%e descoCriu 1unto a
e%es a 0enda dessa OCten!o5 e a re%a!o de%a com a =4rmu%a de
I2RI. E tamC(m por seu Mist(rio do 2úmero e%e evidenciou o
;amin&o para 0eu 0ucessor para dec%arar a 2ature-a do 9niverso
inteiro em sua =orma e em sua Estrutura5 como se *osse uma
An3%ise de%e5 *a-endo para a Mat(ria o ue *oi decretado ue o
Huda *i-esse para a Mente.B

=ORT92A
167

!%.A 8 A !oda K

K %#e ision and t#e oice quarto Aet#9r.


Entra um pav!o na pedra5 preenc&endo todo o Ar. $ como a
vis!o c&amada de o Pav!o 9niversa%5 ou me%&or5 como uma
representa!o dessa vis!o. E agora &3 nuvens incont3veis de an1os
 Crancos preenc&endo o Ar ] medida ue o pav!o disso%ve.

Atr3s dos an1os &3 arcan1os com tromCetas. Estes *a-em todas as
coisas aparecerem imediatamente5 de maneira ue &3 uma
tremenda con*us!o de imagens. E agora perceCo ue todas estas
coisas s!o apenas v(us da roda5 pois todos e%es se reúnem em uma
roda ue gira com ve%ocidade incrve%. E%a possui muitas cores5
mas todas viCram com %u- Cranca5 de sorte ue s!o transparentes e
%uminosas. Esta única roda s!o uarenta e nove rodas5 dispostas a
di*erentes Vngu%os5 de maneira a comporem uma es*era" cada roda
tem uarenta e nove raios e uarenta e nove aros concêntricos
eidistantes do centro5 e onde uer ue se1a ue se encontrem os
raios de duas rodas uaisuer5 &3 um %ampe1o o*uscante de g%4ria.
Deve@se compreender ue emCora tantos deta%&es se1am visveis
na roda5 a impress!o5 entretanto5 ao mesmo tempo5 ( ue se trata
de um único5 simp%es oC1eto.

Parece ue esta roda est3 sendo girada por uma m!o. EmCora a
roda preenc&a todo o Ar5 ainda assim a m!o ( muito maior ue a
roda. E emCora esta vis!o se1a t!o grandiosa e esp%êndida5 ainda
assim n!o &3 nen&uma seriedade com e%a5 ou so%enidade. Parece
ue a m!o est3 girando a roda meramente por pra-er @ seria
me%&or di-er divertimento.

9ma vo- ( ouvida: Pois e%e ( um deus divertido e ruCicundo e seu


riso ( a viCra!o de tudo ue eiste5 e os terremotos da a%ma.

9m est3 consciente do -umCido da roda viCrando um5 como uma


descarga e%(trica atravessando um.
169

Agora eu ve1o as *iguras na roda5 ue *oram interpretadas como a


Es*inge com a espada5 <ermanúCis e T*on. E isto est3 errado. O
aro da roda ( uma vvida serpente esmera%da" no centro da roda &3
um cora!o escar%ate5 e impossve% de ser ep%icado como o (5 o
escar%ate do cora!o e o verde da serpente s!o ainda mais viva-es
do ue o Cri%&o Cranco o*uscante da roda.

As *iguras na roda s!o mais escuras do ue a pr4pria roda" a%i3s5
s!o manc&as soCre a pure-a da roda5 e por esta ra-!o5 e devido ao
giro da roda5 n!o consigo vê@%as. Mas no a%to parece ser o ;ordeiro
e o Estandarte5 como se vê em a%gumas meda%&as crist!s5 e uma
das coisas in*eriores ( um %oCo5 e a outra5 um corvo. O smCo%o do
;ordeiro e o Estandarte ( muito mais Cri%&ante do ue os outros
dois. E%e se mant(m crescendo em Cri%&o at( ue agora est3 mais
 Cri%&ante ue a pr4pria roda e ocupa mais espao do ue e%a
ocupava.

E%e *a%a: sou o maior dos enganadores5 pois min&a pure-a e


inocência sedu-ir3 o puro e o inocente ue apenas atrav(s de mim
dever!o vir ao centro da roda. O %oCo trai somente o ganancioso e
o traioeiro" o corvo trai somente o me%anc4%ico e o desonesto.
Mas eu sou aue%e de uem est3 escrito: E%e enganar3 os pr4prios
e%eitos.

Pois no princpio o Pai de Tudo convocou espritos da mentira


 para ue pudessem peneirar as criaturas da Terra em três peneiras5
de acordo com as três a%mas impuras. E e%e esco%&eu o %oCo para a
%uúria da carne e o corvo para a %uúria da mente5 mas a mim e%e
esco%&eu acima de tudo para simu%ar a preste-a pura da a%ma.
Aue%es ue caram presas do %oCo e do corvo eu n!o *eri5 mas
aue%es ue me re1eitaram eu entreguei ] ira do corvo e do %oCo. E
as mandCu%as de um os despedaaram5 e o Cico do outro devorou
os cad3veres. E portanto ( meu estandarte Cranco5 pois n!o deiei
nada soCre a Terra vivo. Hanueteei@me do sangue dos 0antos5 mas
os &omens n!o suspeitam ue se1a eu inimigo de%es pois meu tos!o
17

rea%i-ado na AC4Cada dos Adeptos ue est3 ocu%tada na Montan&a


das ;avernas5 mesmo a Montan&a 0anta ACiegnus.

E este ( o signi*icado da ;eia da P3scoa5 o derramamento do


sangue do ;ordeiro sendo um ritua% dos Irm!os 2egros5 pois e%es
se%aram o Pi%one com sangue5 para ue o An1o da Morte a n!o
entre. Assim se des%igaram e%es da compan&ia dos santos. Assim se
guardam e%es da compai!o e do entendimento. Ama%dioados s!o
e%es pois prenderam seu sangue em seus cora/es.

E%es se guardam dos Cei1os de min&a M!e5 HaCi%ônia5 e em sua


*orta%e-as so%it3rias oram ] *a%sa %ua. E se oCrigam 1untos a um
 1uramento5 e a uma grande ma%di!o. E em sua ma%ignidade
conspiram 1untos5 e e%es têm poder5 e domnio5 e em seus
ca%deir/es *ervem o vin&o a-edo da i%us!o5 misturado ao veneno de
seu egosmo.

Assim e%es *a-em guerra ao 0anto5 enviando sua i%us!o aos


&omens e a tudo ue vive. De maneira ue sua *a%sa compai!o (
c&amada compai!o e seu *a%so entendimento ( c&amado
entendimento5 pois este ( seu *eitio mais potente.

;ontudo5 de seu pr4prio veneno perecem e em suas *orta%e-as


so%it3rias ser!o devorados pe%o Tempo ue os enganou para servi@
%o5 e pe%o poderoso demônio ;&oron-on5 seu mestre5 cu1o nome ( a
0egunda Morte5 pois o sangue ue e%es Corri*aram em seu Pi%one5
ue ( uma Carreira contra o An1o da Morte5 ( a c&ave pe%a ua% e%e
entra. 

ARTEB

A Seta K

K De %#e ision and t#e oice 5 uinto Aet#9r.


174

Agora5 ent!o5 vê como a caCea do drag!o ( apenas a cauda do


Aet&r W Muitos s!o aue%es ue %utando aCriram seu camin&o de
mans!o ] mans!o da ;asa Eterna5 e contemp%ando@me5 *ina%mente5
retornaram5 dec%arando Medon&o ( o aspecto do Poderoso e
Terrve%B. A*ortunados s!o aue%es ue me con&eceram por uem
sou. E ue se1a g%ori*icado aue%e ue *e- de min&a garganta uma
 passagem para sua seta de verdade5 e a %ua para sua pure-a.

A %ua mingua. A %ua mingua. A %ua mingua. Pois nessa seta est3 a
'u- da 7erdade ue soCrepu1a a %u- do so%5 por meio da ua% e%a
 Cri%&a. A seta est3 emp%umada com as penas de Maat ue s!o as
setas de Amoun5 e a &aste ( o *a%o de Amoun5 o Ocu%to. E sua
 ponta ( a estre%a ue tu viste no stio onde n!o &avia 2en&um
Deus.

E entre aue%es ue guardavam a estre%a n!o *oi encontrado


nen&um digno de mane1ar a 0eta. E entre aue%es ue veneravam
n!o *oi encontrado nen&um digno de contemp%ar a 0eta. Todavia5 a
estre%a ue viste era somente a ponta da 0eta e n!o tiveste a
 perspic3cia para pegar a &aste5 ou a pure-a para divini-ar as
 p%umas. E portanto aCenoado ( aue%e ue nasceu soC o signo da
0eta5 e aCenoado ( aue%e ue possui o sigi""um da caCea do %e!o
coroado e o corpo da 0erpente e a 0eta tamC(m.

E5 contudo5 deves distinguir entre as 0etas ascendente e


descendente pois a 0eta ascendente ( %imitada em seu vôo e (
disparada por uma m!o *irme5 pois esod ( od Tetragrammaton5 e
od ( uma m!o5 mas a seta descendente ( disparada pe%o ponto
mais a%to do od5 e este od ( o Eremita5 e ( o ponto diminuto ue
n!o ( estendido5 ue est3 pr4imo do cora!o de <adit.

E agora ( a ti ordenado ue te *urtes da 7is!o5 e no aman&!5 na


&ora indicada5 ser3 e%a concedida mais a ti5 ] medida ue percorres
tua senda5 meditando este mist(rio. E convocar3s o EscriCa5 e
aui%o ue dever3 ser escrito5 ser3 escrito.
175

E portanto me deten&o5 como sou ordenado. ) eserto entre


 >ens#rur e %o"ga.
#) de de&em$ro de #?.  @ Q. #) meiaInoite.

Agora ent!o te aproimaste de um Arcanum augusto" em verdade


c&egaste ] antiga Maravi%&a5 a %ua a%ada5 as =ontes do =ogo5 o
Mist(rio da ;un&a. Mas n!o sou eu ue posso reve%3@%o5 porue
nunca me *oi permitido contemp%3@%o5 ue sou apenas o vigi%ante
no %imiar do Aet&r. Min&a mensagem est3 dita5 e min&a miss!o
est3 cumprida. E eu me deten&o5 coCrindo meu rosto com min&as
asas5 ante a presena do An1o do Aet&r.

Assim o An1o partiu com a caCea inc%inada5 cru-ando suas asas.

E &3 uma peuena criana numa n(voa de %u- a-u%" e%a possui
caCe%os dourados5 uma massa de carac4is e o%&os de a-u%
 pro*undo. 0im5 e%a ( toda dourada5 de um ouro vivo5 vvido. E em
cada m!o e%a tem uma serpente5 na direita5 uma verme%&a5 na
esuerda5 uma a-u%. E e%a tem sand3%ias verme%&as5 mas nen&uma
outra veste.

E e%a di-: 2!o ( a vida uma %onga inicia!o ao pesar  E n!o ( fsis
a 0en&ora do Pesar  E e%a ( min&a m!e. 2ature-a ( o seu nome5 e
e%a tem uma irm! gêmea5 2(*tis5 cu1o nome ( Per*ei!o. E fsis
deve ser con&ecida de todos5 mas de u!o poucos ( 2(*tis
con&ecida W Porue e%a ( escura5 e portanto e%a ( temida.

Mas tu ue a adoraste sem medo5 ue *i-este de tua vida uma
inicia!o ao Mist(rio de%a5 tu ue n!o tens nem m!e nem pai5 nem
irm!5 nem irm!o5 nem esposa nem *i%&o5 ue te *i-este so%it3rio
como o carangue1o@ermit!o ue est3 nas 3guas do 8rande Mar5
vê W uando os sistros s!o sacudidos e as tromCetas proc%amam
a%to a g%4ria de fsis5 ao *im5 portanto5 &3 si%êncio5 e tu comungar3s
com 2(*tis.
176

E tendo con&ecido estas5 &3 as asas de Maut5 o ACutre. Tu podes


distender ao m3imo o arco de tua vontade m3gica" podes %iCerar a
*%ec&a e per*ur3@%a no cora!o. Eu sou Eros. Toma ent!o o arco e a
a%1ava dos meus omCros e mata@me5 pois a menos ue me mates
n!o desve%ar3s o Mist(rio do Aet&r.

E assim eu *i- como e%e ordenou" na a%1ava &avia duas setas5 uma
 Cranca5 uma negra. Eu n!o consigo a1ustar uma seta ao arco.

E soou uma vo-: E%a deve necessitar@me.

E eu disse: 2en&um &omem ( capa- de *a-er isto.

E a vo- respondeu5 como se *ora um eco: Gemo #oc Bacere potest.

Ent!o o entendimento me atingiu5 e eu tomei as 0etas. A seta


 Cranca n!o tin&a ponta5 mas a seta negra era pontiaguda como
uma *%oresta de an-4is" era toda or%ada de meta% e &avia sido
emCeCida em veneno morta%. E ent!o A1ustamento a seta Cranca ]
corda do arco e disparei contra o cora!o de Eros5 e emCora ten&a
disparado com toda min&a *ora5 e%a caiu in4cua do seu %ado. Mas
naue%e momento a seta negra era enterrada em meu pr4prio
cora!o. Estou rep%eto de terrve% agonia.

E a criana sorri e di-: EmCora tua *%ec&a n!o ten&a me


trespassado5 emCora a ponta envenenada ten&a te atravessado5
ainda assim estou morto e tu vives e triun*as5 pois eu sou tu e tu (s
eu.

;om isso e%e desaparece e o Aet&r se *ragmenta com um estrondo


como de de- mi% trov/es. E o%&a5 A 0eta W As penas de Maat s!o
sua coroa5 dispostas em torno do disco. $ a coroa  Atep# de T&ot&5
e &3 o *eie de %u- ardente5 e aCaio &3 uma cun&a de prata.

Eu me arrepio e estremeo diante da vis!o pois ] toda sua vo%ta &3


espirais e torrentes de *ogo tempestuoso. As estre%as do c(u s!o
177

apan&adas nas cin-as da c&ama. E e%as s!o todas escuras. Aui%o


ue era um so% *u%gurante ( como uma peuena manc&a de cin-a.
E no meio a 0eta arde W

7e1o ue a coroa da 0eta ( o Pai de toda a 'u-5 e a &aste da 0eta (


o Pai de toda a 7ida5 e a ponta da 0eta ( o Pai de todo o Amor.
Pois aue%a cun&a de prata ( como uma *%or de %4tus5 e o O%&o no
interior da ;oroa  Atep#   Crada: eu vigio. E a <aste Crada: eu
traCa%&o. E a Ponta Crada: eu espero. E a vo- do Aet&r ecoa: E%a
irradia. E%a arde. E%a *%oresce.

E agora surge um pensamento estran&o" esta 0eta ( a *onte de todo


o movimento" ( movimento in*inito5 ainda ue e%a se mova5 de
sorte ue n!o #á nen&um movimento. E5 por isso5 n!o &3 nen&uma
mat(ria. Esta 0eta ( o o%&ar r3pido do O%&o de 0&iva. Mas por n!o
se mover5 o universo n!o ( destrudo. O universo ( tornado
mani*esto e tragado no tremor das p%umas de Maat5 ue s!o as
 p%umas da 0eta" mas estas p%umas n!o tremem.

E soa uma vo-: Aui%o ue est3 acima não ( como o ue est3
aCaio.

E uma outra vo- %&e responde: Aui%o ue est3 aCaio n!o ( como
o ue est3 acima.

E uma terceira vo- responde a essas duas: O ue est3 acima e o


ue est3 aCaio  Pois &3 a divis!o ue n!o divide e a
mu%tip%ica!o ue n!o mu%tip%ica. E o 9m ( o Muitos. 7ê5 este
Mist(rio u%trapassa o entendimento5 pois o g%oCo a%ado ( a coroa e
a &aste ( a saCedoria5 e a ponta ( o entendimento. E a 0eta ( um5 e
tu est3s perdido no Mist(rio5 tu ue n!o (s sen!o como um CeCê
ue ( carregado no útero de sua m!e5 ue n!o est3s ainda pronto
 para a %u-.

E a vis!o me domina. Meus sentidos est!o atordoados: murc&a


est3 min&a vis!o5 emCotada est3 min&a audi!o.
179

E soa uma vo-: Tu Cuscaste rea%mente o rem(dio do pesar" por isso


todo o pesar ( tua por!o. Isto ( o ue est3 escrito: Deus soCre e%e
depositou a iniidade de todos n4s.B Pois como teu sangue est3
misturado na taa de HAHA'O25 assim ( teu cora!o o cora!o
universa%. E5 n!o oCstante5 est3 e%e envo%vido pe%a 0erpente 7erde5
a 0erpente do De%eite.

$@me mostrado ue esse cora!o ( o cora!o ue rego-i1a5 e a


serpente ( a serpente de  at#5 pois aui todos os smCo%os s!o
intercamCi3veis5 pois cada um cont(m em si seu pr4prio oposto. E
este ( o grande Mist(rio das 0uperiores ue est!o a%(m do ACismo.
Pois aCaio do ACismo5 contradi!o ( divis!o5 mas acima do
ACismo 5 contradi!o ( 9nidade. E n!o poderia &aver nada
verdadeiro eceto em virtude da contradi!o ue est3 contida em
si mesma.

Tu n!o podes acreditar u!o maravi%&osa ( esta vis!o da 0eta. E


n!o poderia 1amais ser ec%uda5 a n!o ser ue os 0en&ores da
7is!o turvassem as 3guas do %ago5 a mente do 7idente. Mas e%es
enviam um vento ue ( uma nuvem de An1os5 e e%es go%peiam a
3gua com seus p(s5 e peuenas ondas se movem para cima @ s!o
mem4rias. Pois o vidente n!o tem caCea" esta est3 epandida no
universo5 um vasto e si%ente mar5 coroado com as estre%as noturnas.
E no entanto no seu pr4prio meio est3 a seta. Peuenas imagens
de coisas ue *oram5 s!o a espuma soCre as ondas. E &3 uma
disputa entre a 7is!o e as mem4rias. Eu orava aos 0en&ores da
7is!o5 di-endo: k meus 0en&ores5 n!o a*astai esta maravi%&a de
min&a vista.

E e%es disseram: $ preciso ue as necessidades se1am. Re1uCi%a5


 pois5 se %&e *oi permitido contemp%ar5 mesmo ue por um
momento5 esta 0eta5 a austera5 a augusta. Mas a vis!o est3
consumada5 e enviamos um grande vento contra ti. Pois n!o podes
 penetrar pe%a *ora uem a recusou" nem pe%a autoridade5 pois tu a
17:

esmagaste soC o p(. Tu est3s despo1ado de tudo eceto do


entendimento5 4 tu ue n!o (s mais do ue um montcu%o de p4 W

E as imagens se erguem contra mim e me constrangem5 de maneira


ue o Aet&r ( *ec&ado para mim. 0omente as coisas da mente e
do corpo est!o aCertas para mim. A pedra da reve%a!o est3 Caa5
 pois o ue ve1o a n!o passa de uma mem4ria.

O 92I7ER0O

% ni?erso Virgem K
K De %#e ision and t#e oice 5 nono Aet#9r.
;&egamos a um pa%3cio do ua% cada pedra ( uma 14ia separada5
engastada com mi%&/es de %uas.

E este pa%3cio n!o ( sen!o o corpo de uma mu%&er5 orgu%&oso e


de%icado5 e ue u%trapassa a imagina!o em Ce%e-a. E%a ( como
uma criana de do-e anos. E%a possui p3%peCras muito pro*undas e
c%ios %ongos. 0eus o%&os est!o *ec&ados5 ou uase *ec&ados. $
impossve% di-er ua%uer coisa acerca de%a. Est3 nua" seu corpo
inteiro ( coCerto de *inos pe%os de ouro5 os uais s!o as *%amas
e%(tricas ue s!o as %anas de poderosos e terrveis An1os5 cu1os
 peitos de armas s!o as escamas da pe%e de%a. E os caCe%os de sua
caCea5 os uais *%utuam at( seus p(s5 s!o a pr4pria %u- do pr4prio
Deus. De todas as g%4rias contemp%adas pe%o 7idente nos Aet&rs
n!o &3 seuer uma digna de ser comparada ] un&a do menor dos
dedos de%a. Pois emCora e%e n!o possa participar do Aet&r sem as
 prepara/es cerimoniais5 mesmo a contemp%a!o desse Aet&r ( de
%onge como a participa!o de todos os Aet&rs anteriores.

O 7idente est3 perdido no espanto5 ue ( Pa-.


19;

E o ane% do &ori-onte acima de%a ( uma compan&ia de g%oriosos


Arcan1os de m!os dadas5 ue se %evanta e canta: Esta ( a *i%&a de
HAHA'O25 a He%a5 ue e%a gerou para o Pai de Tudo. E para
todos e%a a gerou.

Esta ( a =i%&a do Rei. Esta ( a 7irgem da Eternidade. Esta (


aue%a ue o 0anto arrancou do Tempo 8igante e o prêmio
daue%es ue superaram o Espao. Esta ( aue%a ue ( co%ocada
no Trono do Entendimento. 0anto5 0anto5 0anto ( o nome de%a5
n!o para ser *a%ado entre os &omens. Pois de For( e%es a
c&amaram5 e de Ma%a&5 e de Hetu%a&5 e de Pers(*one.

E os poetas simu%aram can/es a respeito de%a5 e os pro*etas


discursaram coisas v!s5 e os 1ovens son&aram son&os v!os: mas
esta ( e%a5 essa imacu%ada5 o nome de cu1o nome n!o se permite
enunciar. O pensamento n!o ( capa- de penetrar a g%4ria ue a
 preserva e nos mais antigos %ivros de magia n!o &3 nem pa%avras
 para con1ur3@%a nem adora/es para %ouv3@%a. A vontade se doCra
como um 1unco nas tempestades ue varrem as *ronteiras de seu
reino5 e a imagina!o n!o ( capa- de *igurar mais do ue uma
 p(ta%a dos %rios nos uais e%a se co%oca no %ago de crista%5 no mar 
de vidro.

Esta ( aue%a ue ornou seu caCe%o com sete estre%as5 os sete
a%entos de Deus ue movem e viCram sua ece%ência. E e%a cansou
seu caCe%o com sete pentes5 onde est!o escritos os sete nomes
secretos de Deus ue n!o s!o con&ecidos mesmo dos An1os5 ou
dos Arcan1os5 ou do ;ondutor dos e(rcitos do 0en&or.

0anto5 0anto5 0anto (s tu5 e aCenoado se1a teu nome para


sempre5 para uem os Aeons s!o t!o@s4 pu%sa/es de teu sangue.B
191

.E!CE,!A PA!.E 8  $S C$RT$S D$ CORTE

i%ustr.  Ss de spadas >>

,,,

OH0ER7AKSE0 8ERAI0

Estas cartas constituem uma an3%ise pict4rica dos poderes das


uatro %etras do nome ^ e dos uatro e"ementos. Re*erem@se
tamC(m ao -odaco5 mas em %ugar de atriCuir os três decanatos de
cada signo a uma carta5 a in*%uência principia com o ú%timo
decanato de um signo e continua com o segundo decanato do
seguinte. Eiste uma outra di*icu%dade. Poder@se@ia muito Cem
esperar ue a atriCui!o do e%emento se &armoni-asse com a
atriCui!o -odiaca%5 mas n!o ( assim. Por eemp%o5 seria de se
esperar ue a parte gnea do  Bogo se re*erisse ao mais ativo dos
signos do *ogo5 a saCer5 6ries. Pe%o contr3rio5 e%a representa o
ú%timo decanato de Escorpi!o e os dois primeiros de 0agit3rio5 ue
( a parte auosa do Bogo no -odaco5 e a de in*%uência mais suave.
192

^ O %etragrammaton 5 ou se1a5 Q// graBar em #e$raico na


editoração 2T>.
A ra-!o disso ( ue no domnio dos e%ementos todas as coisas
est!o mesc%adas e con*undidas" ou5 como o apo%ogista poderia
di-er5 contra@c&ecadas e contraCa%anadas. A conveniência desses
arran1os ( ue essas cartas s!o adeuadas ao serem descritivas5 de
uma maneira aproimada e emprica5 de tipos diversos de &omens
e mu%&eres. Pode@se di-er resumidamente ue ua%uer dessas
cartas constitui um retrato da pessoa cu1o  so" 5 ou cu1o signo
ascendente em sua natividade5 caia dentro da atriCui!o -odiaca%
da carta. Assim5 uma pessoa nascida a #) de outuCro poderia
 possuir muitas das ua%idades da rain#a de spadas 5 enuanto
ue se tivesse nascido %ogo antes da meia@noite5 e%a teria
acrescentadas muitas das caractersticas do  pr@ncipe de >ast?es.

;ARA;TERf0TI;A0 8ERAI0 DO0 J9ATRO DI82IT6RIO0

Os cava"eiros representam os poderes da %etra Qod no nome.


;onstituem a parte mais suC%ime5 origina% e ativa da energia do
e%emento5 motivo pe%o ua% s!o representados montados ] cava%o e
envergando armadura comp%eta. A a!o de%es ( c(%ere e vio%enta5
mas passageira. 2o e%emento *ogo5 por eemp%o5 o cava"eiro
corresponde ao re%Vmpago5 no e%emento 3gua ] c&uva e ]s *ontes5
no e%emento ar ao vento5 e no e%emento terra ]s montan&as. $
muito importante a ttu%o de eerccio menta% desenvo%ver para si
essas correspondências entre o smCo%o e as *oras naturais ue
representa5 sendo essencia% para o traCa%&o m3gico pr3tico ter 
assimi%ado esse con&ecimento.
As rain#as representam a %etra  /0 do nome. 0!o os comp%ementos
dos cava"eiros. ReceCem5 *ermentam e transmitem a energia
origina% de seu cava"eiro. 'igeiras na recep!o dessa energia5 as
rain#as est!o tamC(m ua%i*icadas para durar pe%o perodo de sua
*un!o. Mas e%as n!o s!o o produto *ina%. Representam o segundo
19

est3gio no processo de cria!o do ua% o uarto e ú%timo estado ( a


rea%i-a!o materia%. 0!o representadas sentadas soCre tronos. Isto
en*ati-a o *ato de serem indicadas para eercer *un/es de*inidas.

Os  pr@ncipes representam as  Borças da %etra au no nome. O


 pr@ncipe ( o  Bi"#o da rain#a a *i%&a do antigo rei> pe%o cava%eiro
ue a conuistou5 sendo5 por isso5 representado numa Ciga5
avanando para %evar a caCo a energia comCinada de seus pais.
E%e ( o produto ativo da uni!o de%es e sua mani*esta!o. $ a
imagem inte%ectua% de sua uni!o. 0ua a!o ( conseentemente
mais duradoura do ue a de seus ascendentes. 2um aspecto5 de
*ato5 o prncipe aduire uma re%ativa permanência porue ( o
registro púC%ico do ue *oi *eito em segredo. A%(m disso5 e%e ( o
deus que morre redimindo sua noiva na &ora e em virtude de seu
assassinato.

As  princesas representam a  /0 *ina% do nome. Representam o


 produto *ina% da energia origina% em seu comp%emento5 sua
crista%i-a!o5 sua materia%i-a!o. Representam5 ademais5 o
contraCa%anceamento5 a reaCsor!o da energia. Representam o
si%êncio para o ua% todas as coisas retornam. 0!o5 assim5 ao
mesmo tempo permanentes e n!o@eistentes. 9m eame da
eua!o ? ` ).

As  princesas n!o possuem atriCui!o -odiaca%. ;ontudo5


evidentemente representam uatro tipos de ser &umano. 0!o
aue%as numerosas pessoas e%ementaresB ue recon&ecemos por 
sua *a%ta de todo senso de responsaCi%idade5 cu1as ua%idades
morais parecem n!o causar *orte impress!o.B 0!o suCdivididas
de acordo com a predominVncia p%anet3ria. Tais tipos têm sido
reiteradamente descritos na *ic!o. ;omo $%ip&as '(vi escreveu:
O amor do Mago por essas criaturas ( insensato e pode destru@
%oB.

As re%a/es entre esses quatro e"ementos do nome s!o


etraordinariamente comp%eas5 e sua discuss!o est3 inteiramente
194

a%(m dos %imites de ua%uer tratado ordin3rio" mudam a cada


ap%ica!o do pensamento ao seu signi*icado.

Por eemp%o5 ma% *e- a  princesa sua apari!o e o  pr@ncipe a


conuista em casamento e e%a ( co%ocada no trono de sua M!e. E%a
assim desperta a "ongevidade do ve%&o rei origina%5 o ua% %ogo
ap4s se converte num 1ovem cava%eiro5 e deste modo renova o
cic%o. A princesa n!o se %imita a ser a per*eita don&e"a 5 mas5
devido ] morte do pr@ncipe 5 tamC(m a ( viRva desconso%ada ue
%amenta. Tudo isto ocorre nas %endas caractersticas do Aeon de
Osris. $ decididamente uase impossve% desenredar essas
comp%ica/es5 mas para o estudante ser3 su*iciente ue se satis*aa
em traCa%&ar com uma %enda por ve-.

$ natura% ue o Aeon de Osris5 o regmen do ar 5 do con*%ito5 do


inte%ecto deva assim ser con*uso5 ue seus smCo%os e *4rmu%as
devam se soCrepor5 devam se contradi-er entre si. $ impossve%
&armoni-ar as numerosas *3Cu%as ou par3Co%as5 porue cada uma
*oi inventada para *risar a%guma *4rmu%a considerada imperativa
 para atender ] a%guma *ina%idade %oca% ou tempora%.

DE0;RIKLO 09M6RIA DA0 DEGE00EI0 ;ARTA0 DA


;ORTE

Ca?aleiro de BastNes
O cava"eiro de >ast?es representa a parte gnea do *ogo. Rege do
vig(simo primeiro grau de Escorpi!o ao vig(simo grau de
0agit3rio. E%e ( um guerreiro em armadura comp%eta. ;omo
cimeira do seu e%mo e%e usa um cava%o negro. Em sua m!o porta
uma toc&a *%ame1ante e uma c&ama tamC(m em seu manto. E%e
cava%ga as c&amas. 0eu cava%o ( um corce% negro ue empina.
2;1

 pr3ticos5 especia%mente onde s!o de nature-a controvertida. E%a (


muito &3Ci% no estaCe%ecimento de controv(rsias.

0e ma% digni*icada5 todas estas ua%idades se dispersam" e%a se


torna incoerente e todos os seus dons tendem a se comCinar para
*ormar uma esp(cie de ve%&acaria cu1o *im n!o ( digno do meio.

 2o Qi Ting a parte terrestre do ar ( representada pe%o d(cimo


oitava &eagrama5  Tu. Este signi*ica proC%emasB" (5 no ue
concerne a todos os assuntos pr3ticos e materiais5 o smCo%o mais
desa*ortunado do %ivro. Todas as Coas ua%idades do ar se prostram
 pe%o peso5 s!o suprimidas5 su*ocadas.

As pessoas assim caracteri-adas s!o menta%mente %entas5 presas de


constante ansiedade5 esmagadas por ua%uer tipo de
responsaCi%idade5 mas especia%mente nos assuntos *ami%iares. 9m
dos pais ou amCos ser!o gera%mente encontrados na etio%ogia.

$ di*ci% compreender a %in&a 5 ue  nos mostra a%gu(m ue n!o


serve nem a rei nem a sen&or *euda%5 mas num esprito a%taneiro
 pre*ere seguir sua pr4pria inc%ina!oB. A ep%ica!o ( ue uma
 princesa assim5 sendo o trono do esp@rito B5 pode sempre ter a
op!o de 1ogar tudo pe%a 1ane%a5 soprando tudo c(u acimaB. Ta%
a!o seria ep%ic3ve% pe%as caractersticas indicadas anteriormente
no ue di- respeito ] carta uando Cem digni*icada. Tais pessoas
s!o etremamente raras5 e ( su*icientemente natura% ue sur1am
gera%mente como =i%&os do in*ortúnioB. Entretanto5 *a-em a
esco%&a certa e no devido tempo oCtêm sua recompensa.

Ca?aleiro de Discos
O cava"eiro de iscos representa a parte gnea da terra e se re*ere
 particu%armente aos *enômenos das montan&as5 terremotos e
gravita!o5 representando5 contudo5 tamC(m a atividade da terra
considerada como produtora de vida. Rege do vig(simo primeiro
2;2

grau de 'e!o ao vig(simo grau de 7irgem5 di-endo respeito5 deste


modo5 muito ] agricu%tura. Este guerreiro ( Caio e roCusto. 7este
uma armadura de p%acas de grande so%ide-5 mas seu e%mo5
encimado pe%a caCea de um veado5 est3 inc%inado para tr3s5 pois
no momento sua *un!o se %imita inteiramente ] produ!o de
a%imento5 ra-!o pe%a ua% e%e est3 armado com um mangua%. O
disco ue e%e porta5 ademais5 ( Cem macio e representa a
nutri!o. Estas caractersticas s!o corroCoradas pe%o seu cava%o5
um cava%o de tiro so%idamente apoiado soCre todas as uatro patas5
di*erentemente do ue ocorre com os demais cava"eiros. E%e
cava%ga pe%a terra *(rti%" mesmo as co%inas distantes s!o campos
cu%tivados.

As pessoas simCo%i-adas pe%o cava"eiro de iscos tendem a ser 


morosas5 pesadas e preocupadas com coisas materiais. 0!o
%aCoriosas e pacientes5 mas disp/em de pouca compreens!o
inte%ectua% mesmo dos assuntos ue %&es di-em respeito muito
intimamente. O sucesso ue a%canam neste domnio se deve ao
instinto5 ] imita!o da nature-a. =a%ta@%&es iniciativa" seu *ogo ( o
*ogo de comCust!o %enta sem c&ama do processo de cu%tivo.

0e ma% digni*icadas5 essas pessoas s!o irremediave%mente


estúpidas5 servis5 aCso%utamente incapa-es de presciência mesmo
em seus pr4prios neg4cios5 ou de assumir um interesse inte%igente
em ua%uer coisa eterior a e%as. 0!o rudes5 raCugentas e
ciumentas de uma maneira oCtusa> daui%o ue compreendem
instintivamente ser o estado superior dos outros5 mas n!o disp/em
da coragem ou inte%igência para se aprimorarem. ;ontudo5 se
mantêm intrometendo@se de modo irritante em assuntos
insigni*icantes" inter*erem e inevitave%mente estragam se1a %3 o
ue *or ue passe pe%o camin&o de%as.

 2o Qi Ting 5 a parte gnea da terra ( representada pe%o seag(simo


segundo &eagrama5 /siao To. Este ( t!o importante uanto seu
comp%emento5 Tung =u ver  pr@ncipe de =opas > " ( um grande
 T#an  5 o trigrama da 'ua com cada %in&a doCrada. Mas tamC(m (
2;

sugestivo da *igura geomVntica =onNunctio 5 Mercúrio em 7irgem5


correspondendo muito de perto rea%mente ] atriCui!o de  Bogo da
terra no sistema qa$a"@stico.

Para os s3Cios c&ineses5 a%(m disso5 a *orma da *igura d3 a id(ia de


uma ave. O signi*icado (5 conseentemente5 modi*icado pe%a
in*%uência &umana do tipo mais *rvo%o e irrespons3ve%5 a
insigni*icante prostitui!o atrevidaB de 0&aespeare5 o 0ouvent
*emme varieB ^ do cnico *rancês e o popu%ac&o vo%úve% de
;orio%ano" rea%mente5 da pr4pria &ist4ria. Mas Mercúrio em
7irgem simCo%i-a a inte"igDncia e mesmo a id(ia criativa>
ap%icada ] agricu%tura e isto mais uma ve- W> &armoni-a
 per*eitamente com o de& de iscos 5 ue ( regido por esse p%aneta e
esse signo. Isso se soma ] massa superaCundante de evidência de
ue esse sistema inteiro de simCo%ismo ( Caseado nas rea"idades
da nature&a5 como entendido pe%a esco"a materia"ista de ciDncia @
se esta esco%a soCreviver em a%guma universidade oCscura e
oCso%escente W Ta% coerência5 ta% es*o%ia!o introvertida n!o pode
ser o para%e%ismo acidenta% dos son&os de *i%oso*ias neCu%osas.

^ =om BreqKDncia a mu"#er se a"tera 2T>.

O car3ter descrito por esta carta ( portanto sumamente comp%eo5


e no entanto admirave%mente Cem entretecido" mas os perigos da
carta s!o indicados pe%os smCo%os da 'ua e a ave. 2os casos mais
*e%i-es5 as ua%idades assim indicadas ser!o o romance e a
imagina!o" mas a amCi!o 1actanciosa5 a Cusca do ignis Batuus 5
^^ a supersti!o e o pendor para perder tempo no devaneio ocioso
s!o riscos encontrados com demasiada *reência 1unto a esses
*i%&os do so%o. T&omas <ard pintou muitos retratos admir3veis
desse tipo. De m3 estre%a rea%mente e enegrecidos com *e% s!o
aue%es ue pro*anaram o  Bogo sagrado 5 n!o acendendo a terra
 para a vida nova5 mais copiosa5 mais variada5 mas perscrutando no
%uar *a%acioso5 virando seus rostos para sua m!e@terra.

^^ EogoIBátuo 2T>.
2;4

!ain+a de Discos
A rain#a de iscos representa a parte auosa da terra5 a *un!o
deste e%emento como mãe. E%a rege do vig(simo primeiro grau de
0agit3rio ao vig(simo grau de ;apric4rnio. Representa
 passividade5 usua%mente no seu aspecto mais e%evado.

A rain&a de Discos est3 entroni-ada soCre a vida da vegeta!o.


;ontemp%a o *undo5 onde um rio trani%o *%ui sinuosamente por 
um deserto arenoso para tra-er a este *erti%idade. O3sis comeam a
se mostrar em meio ] aride-. Diante de%a se posta um Code soCre
uma es*era. <3 aui uma re*erência ao dogma de ue a 8rande
OCra ( *erti%idade. A armadura de%a ( composta de peuenas
escamas ou moedas e seu e%mo ( adornado com os grandes c&i*res
espira%ados do marL#or. ^^^ Em sua m!o direita e%a segura um
cetro encimado por um cuCo5 no interior do ua% &3 um &eagrama
tridimensiona%5 e no Crao esuerdo se encaia seu pr4prio disco5
uma es*era de "upes e crcu%os entre%aados. E%a representa5 assim5
a amCi!o da mat(ria de participar da grande oCra da criação.

^^^ =apra megaceros 5 grande Code da regi!o norte da fndia" o


marL#or ( c&amado tamC(m de devorador de serpentes 2T>.

As pessoas enuadradas na signi*ica!o desta carta possuem o


me%&or das ua%idades mais serenas. 0!o amCiciosas5 mas somente
nas dire/es proveitosas. Possuem imensas reservas de a*eto5
amaCi%idade e grande-a de cora!o. 2!o s!o inte%ectuais e n!o
especia%mente inte%igentes5 por(m instinto e intui!o s!o mais do
ue adeuados para suas necessidades. Estas pessoas s!o ca%mas5
moure1adoras5 pr3ticas5 sensatas5 mansas5 amiúde de um modo
reticente e despretensioso> %ascivas e mesmo deCoc&adas. 0!o
inc%inadas ao aCuso do 3%coo% e das drogas. $ como se s4
2;5

 pudessem concreti-ar sua *e%icidade essencia% saindo de si


mesmas.

0e ma% digni*icadas5 s!o oCtusas5 servis5 to%as" s!o mais Curros de


carga do ue traCa%&adores. A vida para e%as ( puramente mecVnica
e n!o conseguem se erguer5 ou seuer procurar se erguer5 acima do
uin&!o ue %&es *oi apontado.

 2o Qi Ting 5 a parte auosa da terra ( representada pe%o trig(simo


 primeiro &eagrama5  /sien5 cu1o signi*icado ( inB"uDncia. O
coment3rio descreve o e*eito de mover v3rias partes do corpo5 dos
dedos do p( aos mai%ares e a %ngua. Isto ( mais um incremento
do ue *oi dito anteriormente do ue uma eata correspondência5
emCora ainda assim n!o &a1a discordVncia. O conse%&o gera% ( ir ]
*rente sossegadamente sem ataue aCerto ]s situa/es eistentes.

Príncipe de Discos
O  pr@ncipe de iscos representa a parte a(rea da terra5 indicando
a *%orescência e a *ruti*ica!o deste e%emento. Rege do vig(simo
 primeiro grau de 6ries ao vig(simo grau de Touro.

A *igura desse prncipe ( meditativa. E%e ( o e%emento terra


tornado inte%igve%. Tra1ado de armadura %eve5 seu e%mo ( coroado
 pe%a caCea de um touro e sua Ciga ( tirada por um Coi5 este
anima% sendo pecu%iarmente sagrado ao e%emento terra. Em sua
m!o esuerda e%e segura seu disco5 ue ( uma es*era seme%&ante a
um g%oCo5 marcada com smCo%os matem3ticos como uerendo
sugerir o p%ane1amento envo%vido na agricu%tura. 2a m!o direita
e%e segura um cetro de topo es*(rico encimado por uma cru-5 um
smCo%o da 8rande OCra rea%i-ada5 pois ( sua *un!o produ-ir a
 partir do materia% do e%emento aue%a vegeta!o ue ( o a%imento
do pr4prio esp@rito.
2;6

O car3ter indicado por essa carta ( o da grande energia tra-ida para


sustentar o mais denso dos assuntos pr3ticos. O prncipe de Discos
( energ(tico e resistente5 um administrador capa-5 um traCa%&ador 
constante e perseverante. $ competente5 engen&oso5 ponderado5
caute%oso5 con*i3ve%5 imperturC3ve%" est3 constantemente
 procurando novos usos para coisas comuns e adapta suas
circunstVncias aos seus prop4sitos num p%ano %ento5 est3ve% e Cem
conceCido.

Juanto ] emo!o5 esta %&e *a%ta uase ue inteiramente. E%e ( um


tanto insensve% e pode parecer oCtuso5 mas n!o (" aparenta isto
 porue n!o *a- nen&um es*oro para compreender id(ias ue
este1am a%(m de seu a%cance. =reentemente parece estúpido e
tende a ser rancoroso com os tipos mais espirituais. ;usta para
-angar@se5 mas se impu%sionado ] raiva5 torna@se imp%ac3ve%. 2!o (
muito pratic3ve% distinguir entre dignidade Coas e m3s nesta carta"
 pode@se apenas di-er ue em caso do prncipe de Discos ser ma%
digni*icado5 tanto a ua%idade uanto a uantidade de suas
caractersticas s!o um pouco degradadas. A rea!o dos outros em
re%a!o a e%e depender!o uase ue inteiramente de seus pr4prios
temperamentos.

 2o Qi Ting 5 a parte a(rea da terra ( representada pe%o


inag(simo terceiro &eagrama5  Tien. O coment3rio concerne
ao vôo de gansos se%vagens gradativamente se aproimando da
 praiaB5 em seguida as grandes roc&asB5 em seguida avanadas
 para as p%ancies 3ridas @ as 3rvores @ o monte e%evadoB"
*ina%mente ]s grandes a%turasB. Assim simCo%i-a a emancipa!o
vagarosa e persistente de condi/es repressivas.

A descri!o ( ainda mais *e%i- do ue aue%a dada pe%a 4a$a"a# 5


emCora comp%etamente congruente com esta. ;onsidera/es
 pr3ticas nunca est!o ausentes no pensamento c&inês mesmo no
ue este tem de mais aCstruso e meta*sico. A &eresia *undamenta%
da  !oNa Gegra ( o despre-o pe%o mundo5 a carne e o diaCoB5
todos estes essenciais ao p%ano do universo" ( primordia% para a
2;:

mais
mais p%en
p%enaa ne
ness
ssaa medit
medita
a!o
!o"" pois para o ad
pois para adep
epto
to todo giro do
apare%&o ( igua%mente prov3ve% e igua%mente um prêmio5 visto ue
todo evento ( um 1ogo de 2uitB.

 2o Qi Tin Ting a papart


rtee terr
terres
estr
tree da terr
terraa ( repr
repres
esen
enta
tada
da pe
pe%o
%o
in
 in
agag(s
(sim
imoo seg
egun
undo
do &e &ea
agr
gram
ama5
a5  Tan. O signi*ica *icaddo (
mon
monta tan&
n&aB
aB.. Ju
Ju!o
!o suC%
suC%im
imee ( a sign signi*
i*ic
ica
a!o
!o de
dest
staa do
dout
utri
rina
na
nessa do equi"@$rio   e u!o intimamente con*orme ]ue%a da
c&iine
c&
0anta 4a$a"a# e%a ( W

A montan&a ( o mais sagrado dos smCo%os terrestres5 in*%eve% 5


*orte e irremovve% em sua aspira!o ao Mais A%to5 impe%ida como
o ( pe%a energia titPnic
nica do  Bogo ocu"to.  2!o ( menos um
&ier4g%i*o da divindade mais @ntima do ue o pr4prio Ba"o 5 mesmo
&ier4g%i*o
] medi
medidada ue ;apric4
;apric4rn
rnio
io55 o sign
signoo do ano novo5 ( ea%tado no
-odaco5 sua divindade aut4ctone n!o menos ue o pr4prio  Antigo
 8ais (anto.

$ essencia% para o estudante traar essa doutrina para si mesmo em


todos os smCo%os: o ar5 o e%emento e%3stico e *%eve%5 e5 n!o
oCstante5 ue tudo penetra e o e%emento da comCust!o" a 3gua5
*%uda mas incomprimve%5 o mais neutro e composto de todos os
componentes da mat(ria viva5 e5 contudo5 destrutiva at( mesmo
das roc&as mais duras pe%o ataue *sico5 e irresistve% no seu poder 
ardente de so%u!o" e o *ogo5 t!o aparentado ao esp@rito ue n!o (
em aCso%uto uma suCstVncia5 mas sim um *enômeno5
*enômeno5 t!o integrado
integrado
] mat(ria5 todavia5 ue constitui o pr4prio núc%eo e essência de
todas as coisas.

A caracterstica de  Tan no Qi Ting ( repouso. ;ada %in&a do


coment3rio descreve o repouso nas partes do corpo
a%ternadamente5 e seus e*eitos: os dedos do p(5 as Carrigas da
 perna5 os uadris5
u adris5 a espin&a e os mai%ares.
21;

Este captu%o guarda5 no ue di- respeito a isso5 um estreito


 para%e%ismo5 %in&a por %in&a5
%in&a 5 com o trig(simo primeiro &eagrama5
 /sien5 o ua% inicia a segunda se!o do Qi.

A doutrina rosicruciana do %etragrammaton


tragrammaton di*ici%mente poderia
ser
ser mai
maiss adeu
adeuada
adame
ment
ntee epr
epres
essa
sa @ a todo
todo oouv
uvid
idoo ue
ue est3
est3
sintoni-ado com a &armonia ce%estia%.

2!o &3 um p%aneta no *irmamento


Jue em seu movimento n!o cante como um an1o5
Inda cantando em coro ao ueruCim de o%&os 1uvenis"
Mas enuanto esta %amacenta veste de dec%nio
 2os envo%ve5 nossa nature-a ( incapa-
inca pa- de ouvi@%o.B
ouvi@ %o.B

Jue todo estudante deste ensaio5 e deste %ivro de Ta&uti5 este 'ivro
vivo ue guia o &omem atrav(s de todo o tempo5 e o condu- ]
eter
eternid
nidade
ade a cada
cada p3
p3gi
gina5
na5 reten&
reten&aa *irm
*irmem
ement esta doutrina de
entee esta
suma
suma simp
simp%i
%ici
cida
dade
de e sumo
sumo a%ca
a%canc
ncee em seu
seu cocora
ra!
!oo e ment
mente5
e5
in*%
in*%am
amand
andoo o mais
mais ntim
ntimoo de  seu ser 5 ue e%e5 tamC(m5 tendo
ep%orado cada recesso do universo5 possa a encontrar a "u& da
verdade5 assim c&egado ao =o =on#e
n#ecicime
mento
nto e =o=onv
nver
ersaç
sação
ão do
(anto AnNo 1uardião 5 e rea%i-ar a 8rande OCra5 atingir o (ummum
 >onum 5 sa$edoria verdadeira e Be"icidade  per*eita W
211

LA!.A
LA!.A PA!.E 8  $S C$RT$S
C$RT$S !E"ORES

i%ustr.: ás de iscos >>

,V
O0 J9ATRO A0E0

Os ases repr repres


esent
entam
am as ra-e
ra-ess do
doss u
uatr
atroo e%em
e%ement
entos
os.. Est!o
Est!o
inteir
inteiram
amententee acima
acima e dist
distint
intos
os da
dass outras
outras cartas
cartas menore
menoress do
mesmo
mesmo modo modo ueue se di- de Tet#er ue ( simCo%i-ada apenas pe%o
 ponto mais a%to do Qod do %etragrammaton.  2estas cartas n!o &3
mani
mani*e *est
sta
a!o
!o rea%
rea% do e%em
e%emenento
to soC
soC suasua *orm
*ormaa mate
materi
ria%
a%.. E%as
E%as
*orm
*ormam am um vncuvncu%o
%o entre
entre as carta
cartass meno
menore ress e as  princesas 5 as
uai
u aiss rege
regemm os c0us em torn tornoo do p4%o
p4%o nonort e. O meri
rte. meridi
diano
ano ( a
1rande JirPmide 5 e os e%ementos regem5 indo rumo ao %este5 na
ordem do %etragrammaton 5 *ogo5 3gua5 ar e terra. Assim5 a grosso
modo5 ases@princesas5 Hast/es coCrem a 6sia5 ;opas o oceano
Pac*
Pac*ico
ico55 Espad
Espadas as as Am(ricas
(ricas55 Disco
Discoss Europ
Europaa e 6*ri 6*rica.
ca. Para
Para
tornar esta re%a!o c%ara5 pode@se oCservar
oCservar um pouco o smCo%o smCo%o do
 pentagrama5 ou escudo de avi . E%e representa o esp@rito regendo
os u
uatatro
ro e%em
e%emenento
tos5
s5 send
sendoo assi
assimm um smC smCo% o%oo do triun
triunBo Bo do
#omem.

$ muito di*ci% captar a id(ia do e%emento esp@rito. A %etra (#in 5


ue ( a %etra do *ogo5 tem ue traCa%&ar dup%amente representando
tamC(m o esp@ri to. Em termos gerais5 as atriCui/es do esp@rito
esp@rito.
n!oo s!o
n! s!o c%ar
c%aras
as e sim
simp%es
p%es co
com
mo as do doss ou
outtros
ros e%em
e%emen
enttos
os.. $
 particu%armente not3ve% ue o ta$"e $"ete do esp@rp@rito no sist
sistem
emaa
enouiano se1a a c&ave para todo o dano5 como no sistema &indu o
aLas#a se1a o ovo das trevas.

Por outro %ado5 o esp@rito repres


represent
entaa  Tet#er.
 Tet#er. Ta%ve- 1amais
esti
estive
vess
ssee na men
ente
te do  Adepto sento ou  Adeptos sentos ue
212

inventaram o Tarô irem t!o %onge nesta mat(ria. O ponto a ser 


retido ( ue tanto em sua aparência uanto em seu signi*icado os
ases n!o s!o os pr4prios e%ementos5 mas sim as sementes destes
e%ementos.

O0 J9ATRO DOI0

Estas cartas se re*erem a =#oLma#. Do ponto de vista da pessoa


com
co mum5
um5 =#=#oLma## ( rea%mente o número # e n!o o número )
oLma
 porue ( a primeira mani*esta!o.  Tet#er est3 comp%etament
comp%etamentee
ocu%
oc u%ta
tada
da55 de mane
maneir
iraa u
uee ning
ningu(
u(m
m co
con&
n&ec
ecee co
cois
isaa a%gu
a%gum
ma a
respeito de%a. ;onseentemente5 apenas ao atingir os duques um
e%emento aparece rea%mente como o pr4prio e%emento. =#oLma# (
descontaminado de ua%uer in*%uência e por isso os e%ementos
aui aparecem em sua condi!o &armoniosa origina%.

O dois de >ast?es ( c&amado de (en#or do om@nio e representa


a energia do *ogo5 o *ogo soC sua *orma me%&or e mais e%evada.

O do
dois
is de =op as ( o (en#or do Amor 5 desempen&ando *un!o
opas
simi%ar para a 3gua.

O dois de spadas *oi anteriormente c&amado de (en#or da Ja&


 <estaurada 5 mas esta pa%avra restaurada est3 incorreta porue n!o
&ouv
&o uvee ne
nen&
n&um
um dist
distúr
úrCi
Cio.
o. Assim
ssim55 (en#or da Ja& ( um ttu%o
me%&or5
me%&or5 mas ( preciso
preciso um pensar pro*undo
pro*undo e 3rduo para reso%ver 
reso%ver 
isso 13 ue a espad
spadaa ( t!o intensamente ativa. Pode ser úti% o
est
estudo do ensaio aio soCre o  si"Dncio pg.
pg. ...>
...> pa
para
ra oC
oCte
terr@se um
 para%e%o: a  Borma negativa da id0ia positiva
positiva . ;onsu%tar tamC(m o
ensaio soCre castidade  !itt"e %rut# 5 ^ pgs. ...> ue
 !itt"e ssa9s toard %rut#
conc%ui:
conc%ui: 0en&ores
0en&ores ;ava%eiros5
;ava%eiros5 sede
sede vigi%antes
vigi%antes : vigiai por vossas
vossas
armas e renovai vosso 1uramento5 pois esse dia ( de augúrio
sinistro e %eta%mente carregado de perigo ue v4s n!o acumu%areis
at( o trasCordamento com pra-enteiras *aan&as e auda-es de
dominadora5 de viri% castidade. B
21

7er tamC
tamC(m
(m o test
testem
emun
un&o
&o de ;atu
;atu%o
%o:: domi man
maneas
eas pares
paresque
que
no$is Govem continuas Butationes.

Tampou
mpoucoco deie
deie e%e
e%e de compr
compree
eend
nder
er o ge
gest
stoo de <arp4
<arp4cr
crat
ates"
es"
si%êncio e castidade s!o isômeros.

$ tudo
tudo um caso
caso da propos
proposi
i!o
!o gera% soma da energia
gera% de ue a soma
in*inita do universo ( -ero.

O do
dois iscoss era
is de isco era c&ama
c&amado
do ou
outr
tror
oraa de (en#or da 8udança
 /armoniosa . Ago gora
ra55 simp
simp%e
%esm
smen
ente
te  8udança 5 e aui a doutrina
tem ue ser epressa com um pouco mais de c%are-a. 0endo este
naipe da terra5 &3 uma %iga!o com as princesas  e portanto com a
 /0 *ina% do %etragrammaton . A terra ( o trono do esp@rito " tendo
atingido a Case5 surge@se imediatamente de novo no topo. Da5 a
carta mani*esta o simCo%ismo da serpente dos an(is in*initos.

O0 J9ATRO TR0

Estas cartas se re*erem a  >ina#" em cada uma de%as ( epresso o


simCo%ismo da co comp
mpre
reens ão. A id(ia se tornou *erti%i-ada" o
ensão.
triVngu%o *oi *ormu%ado. Em cada caso a id(ia ( de uma certa
estaCi%idade ue 1amais pode ser transtornada5 mas da ua% uma
criana pode resu%tar.

O trDs de >ast?es (5 conseentemente5 o (en#or da irtude . A


id(ia de vontade e domnio *oi interpretada no car3ter.

O trDs de =opas ( c&amado de (en#or da A$undPncia. A id(ia de


amor atingiu a *rui!o5 mas isto ( agora su*icientemen
su*icientemente
te aCaio da
 Srvore  para introdu-ir uma di*erencia!o Castante de*inida entre
os naipes5 ue n!o *oi previamente possve%.
214

A id(ia
id(ia de divis!o5
divis!o5 de mutaCi%idade5
mutaCi%idade5 a id(ia da ua%idade a(rea das
coisas se mani*esta no trDs de spadas 5 o (en#or da or. Aui
%emCra@se da escurid!o de  >ina# 5 do %uto de fsis5 mas n!o se trata
de ua%uer triste-a vu%gar dependente de ua%uer 
desapontamento ou descontentamento individuais. $
[e"tsc#mer& 5 a dor universa%" ( a ua%idade da me%anco%ia.

O trDs de iscos 5 de modo seme%&ante5 eiCe o resu%tado da id(ia


da terr
terra5
a5 da crista
crista%i
%i-a
-a!o
!o das *or
*oras5
as5 sendo
sendo assim
assim c&
c&ama
amadodo de
(en#or do %ra$a"#o. A%guma coisa *oi de*initivamente *eita.

O0 J9ATRO J9ATRO0

Estas cartas s!o atriCudas a =#esed. A cone!o entre o número


uatro e o número três ( etremame
etremamentente comp%ea.
comp%ea. A caracterst
caracterstica
ica
importante ( ue o 4uatro est3 aCaio do do ACism
ACismoB"
oB" por isso5
isso5 na
 pr3tica5 signi*ica so%idi*ica!o5 materia%i-a!o. As coisas se
torn
tornar
aram
am manani*
i*es
esta
tas.
s. O po
pont
ntoo esse
essenc
ncia
ia%% ( u
uee e%e
e%e e
epr
pres
essa
sa o
 governo da "ei.

 2o naipe de Hast/es a carta ( c&amada de =onc"usão . A


mani*esta!o prometida por >ina# ocorreu agora. Este número tem
ue ser Castante ntegro porue ( a in*%uência dominante rea% soCre
todas as cartas seguintes. =#esed 5 úpiter@Amon5 o Pai5 o primeiro
aCaio do ACismo5 ( a id(ia mais e%evada ue pode ser 
compreendida de uma maneira inte%ectua%5 e ( por isso ue a
(ep#ira ( atriCuda a úpiter5 ue ( o demiurgo.
O quatro de =opas ( c&amado de !u'Rria.

A nature-a mascu%ina do *ogo permite ue o quatro de >ast?es


aparea como uma concep!o muito positiva e c%ara. A deCi%idade
 presente no e%emento 3gua ameaa sua pure-a" n!o (
su*icientemente
su*icientemente *orte para contro%ar@
contro%ar@se
se devidamente5
devidamente5 de modo ue
215

o (en#or do Jra&er ( um pouco inst3ve%. A pure-a *oi de a%guma


maneira perdida no processo de satis*a!o.

O quatro de spadas ( c&amado de %r0gua. Parece mais na %in&a


do &omem *orte armado ue mant(m sua casa em pa-B. A
nature-a mascu%ina do ar o torna dominante. A carta ( uase um
retrato da *orma!o do sistema mi%itar de c%!s da sociedade.

Juanto aos iscos5 o peso do smCo%o ecede em peso uaisuer 


considera/es de sua *raue-a. A carta se c&ama  Joder . $ o poder 
ue domina e estaCi%i-a tudo5 mas administra seus neg4cios mais
 por negocia!o5 por m(todos pac*icos do ue por ua%uer 
a*irma!o de si mesmo. $ a "ei5 a constituição  sem o e%emento
agressivo.

O0 J9ATRO ;I2;O0

 2o  ArranNo de Gápo"es 5 a introdu!o do número cinco mostra a


id(ia de movimento vindo em a1uda daue%a da mat(ria. Eis uma
concep!o comp%etamente revo%ucion3ria cu1o resu%tado ( um tota%
transtorno do sistema estaticamente estaCi%i-ado. 0urgem agora
tormenta e tens!o.

Isto n!o deve ser encarado como a%go ma%ignoB. O sentimento


natura% em re%a!o a isso ( e*etivamente pouco mais do ue
re%utVncia das pessoas em se %evantarem da mesa do a%moo para
vo%tarem ao traCa%&o. 2a doutrina Cudista da dor essa id(ia est3
imp%cita5 a saCer5 ue in(rcia e insensiCi%idade têm ue
caracteri-ar a pa-. O c%ima da fndia ( ta%ve- em parte respons3ve%
 por essa no!o. Os adeptos da  sco"a >ranca5 da ua% o Tarô ( o
%ivro sagrado5 n!o conseguem concordar com ta% simp%i*ica!o da
eistência. Todo *enômeno ( um sacramento. Por tudo isso5 um
distúrCio ( um distúrCio. O cinco de >ast?es ( c&amado de
 isputa..
216

Por outro %ado5 o cinco de =opas ( c&amado de esapontamento 5


o ue ( apenas natura%5 porue o *ogo se de%icia em energia
superaCundante5 enuanto ue a 3gua do  Jra&er ( natura%mente
 p%3cida5 e ua%uer distúrCio da trani%idade s4 pode ser 
considerado como in*ortúnio.

O cinco de spadas ( ana%ogamente proC%em3tico. A carta (


c&amada de  errota . <ouve poder insu*iciente para sustentar a
 pa- armada dos quatro. A disputa rea%mente irrompeu. Isto tem
ue signi*icar derrota pois a id(ia origina% da espada *oi uma
mani*esta!o do resu%tado do amor entre o $astão e a copa. $
 porue o nascimento tin&a ue se epressar na dua%idade da
espada e do ouro ue a nature-a de cada um parece ser t!o
imper*eita.

O cinco de iscos encontra@se num caso igua%mente ruim. A suave


uietude dos quatro *oi comp%etamente arruinada. Esta carta se
c&ama Jreocupação ver 0eat5 Dicion3rio Etimo%4gico. A id(ia (
de estrangu%amento5 como os c!es preocupam as ove%&as. 2ote@se
a identidade com a esBinge >. O sistema econômico ruiu" n!o &3
mais eui%Crio entre as ordens sociais. Discos sendo como (5
est4%ido e oCstinado5 se comparado com as demais armas5 pois a
revo%u!o de%as serve para estaCi%i-3@%as5 n!o &3 ua%uer a!o5 ao
menos n!o em seu pr4prio VmCito5 ue possa a*etar o resu%tado.

O0 J9ATRO 0EI0

Estas cartas s!o atriCudas a %ip#aret#. Esta (ep#ira (5 em certos


aspectos5 a mais importante de todas. $ o centro de todo o sistema"
( a única (ep#ira aCaio do A$ismo ue se comunica diretamente
com  Tet#er . $ a%imentada diretamente de =#oLma# e  >ina# 5 e
tamC(m de =#esed e 1e$ura# . Est3 assim admirave%mente apta a
dominar as (ep#irot# in*eriores" ( eui%iCrada tanto vertica%
uanto &ori-onta%mente. 2o sistema p%anet3rio representa o 0o%"
no sistema do %etragrammaton representa o  Ei"#o. O comp%eo
217

geom(trico inteiro do  <uac#  pode ser considerado como uma


epans!o de %ip#aret#. Representa consciência em sua *orma mais
&armoni-ada e eui%iCrada5 de*initivamente em *orma5 n!o apenas
id(ia5 como no caso do número dois. Em outras pa%avras5 o Ei"#o (
uma interpreta!o do Pai nos termos da mente.

Os uatro seis s!o assim representativos de seus respectivos


e%ementos no ue e%es têm de me%&or pr3tico.

O  seis de >ast?es ( c&amado de itMria. A ep%os!o de energia no


cinco de >ast?es 5 ue *oi t!o súCita e vio%enta ue at( produ-iu a
id(ia de con*%ito5 conuistou agora o sucesso por comp%eto. O
governo5 ou domnio5 no naipe de  >ast?es n!o ( de modo a%gum
t!o est3ve% como poderia ter sido se tivesse &avido menor 
eposi!o de energia. Assim5 deste ponto5 %ogo ue a corrente
deia o pi%ar do meio5 a *raue-a inerente ao e%emento *ogo ue (
n!o ser comp%etamente eui%iCrado para toda sua pure-a> %eva a
desenvo%vimentos Castante indese13veis.

O  seis de =opas ( c&amado de Jra&er. Este pra-er ( de um tipo


comp%etamente &armoni-ado. O signo do -odaco ue governa a
carta sendo Escorpi!o5 o pra-er ( aui enrai-ado no seu so%o mais
conveniente. Esta ( preeminentemente uma carta *(rti%5 uma das
me%&ores no Cara%&o.

O seis de spadas ( c&amado de =iDncia. 0eu regente ( Mercúrio5


de maneira ue o e%emento de sucesso re1eita a id(ia de divis!o e
disputa" ( a inte%igência ue conuistou a meta.

O  seis de iscos ( c&amado de (ucesso. O regente ( a 'ua. Esta (


uma carta de acomodamento" ( muito densa5 tota%mente *a%ta de
imagina!o5 e contudo5 um tanto son&adora. A mudana %ogo cair3
soCre e%a. O peso da terra em ú%tima instVncia arrastar3 a corrente
descendentemente para um mero acontecer de coisas materiais.
Todavia5 a 'ua estando em Touro5 o signo de sua ea%ta!o5 o
me%&or das ua%idades %unares est3 inerente. Ademais5 sendo um
219

 seis5 a energia so%ar a *erti%i-ou5 criando um sistema eui%iCrado


 por enuanto. A carta ( digna do nome (ucesso . 'emCre@se apenas
ue todo sucesso ( tempor3rio" u!o Creve parada soCre o
camin#o do "a$or  W

O0 J9ATRO 0ETE0

Estas cartas s!o atriCudas a  Get&ac# . A posi!o ( dup%amente


deseui%iCrada" *ora do pi%ar do meio e muito Caio na 6rvore.
;orre@se um enorme risco de descer at( a i%us!o e5 antes de mais
nada5 *a-ê@%o por um es*oro desvairado.  Get&ac# pertence a
7ênus"  Get&ac#   pertence ] Terra e a maior cat3stro*e ue pode
soCrevir a 7ênus ( perder sua origem ce"este. Os uatro setes n!o
s!o capa-es de tra-er ua%uer con*orto" cada um representa a
degenera!o do e%emento. 0ua *raue-a maior *ica eposta em
todos os casos.

O  sete de >ast?es ( c&amado de a"or. A energia se sente e%a


mesma na iminência de morrer" %uta desesperadamente e pode ser 
vencida. Esta carta tra- ] tona o de*eito inerente ] id(ia de Marte.
Patriotismo5 por assim di-er5 n!o ( o su*iciente.

O  sete de =opas ( c&amado de e$oc#e. Esta ( uma das piores


id(ias ue se poder ter" seu m(todo ( veneno5 sua meta5
insanidade. Representa a i%us!o do de"irium tremens e do vcio das
drogas" representa o a*undamento no %odo do pra-er *a%so. <3 a%go
uase suicida nesta carta. E%a ( particu%armente m3 porue n!o &3
nada5 se1a %3 o ue *or5 para eui%iCr3@%a @ nen&um p%aneta *orte
 para sustent3@%a. 7ênus vai atr3s de 7ênus e a terra ( agitada
dentro do pau% de escorpi/es.

O sete de spadas ( c&amado de Euti"idade. Trata@se de uma carta


ainda mais *raca do ue o  sete de >ast?es. Possui uma signo
 passivo em %ugar de um ativo5 um p%aneta passivo em %ugar de um
ativo. $ como um Coeador reum3tico tentando vo%tar  depois de
21:

ter estado *ora do ringue durante anos. 0eu regente ( a 'ua. A


 pouca energia ue e%a possui n!o passa de devaneio" (
aCso%utamente incapa- do %aCor sustentado ue por si s45 eceto
mi%agres5 pode condu-ir ua%uer es*oro ] *rui!o. A compara!o
com o sete de >ast?es ( sumamente instrutiva.

O  sete de iscos ( c&amado de  Eracasso. Este naipe proporciona


a passividade etrema" n!o &3 virtude positiva ne%e aCaio do
 A$ismo. Esta carta ( regida por 0aturno. ;ompare@a com os
outros três setes. Ineiste es*oro aui5 e n!o &3 seuer son&o" o
din&eiro apostado *oi 1ogado *ora e est3 perdido. Isto ( tudo. O
 pr4prio traCa%&o ( aCandonado" tudo a*unda na preguia.

O0 J9ATRO OITO0

Os quatro oitos s!o atriCudos a  /od. Estando no mesmo p%ano


dos  setes na 6rvore da 7ida5 emCora no outro %ado5 os mesmos
de*eitos inerentes ue *oram encontrados nos  setes tamC(m se
ap%icam aui.

;ontudo5 ta%ve- se possa rea%ar um a%vio5 a saCer5 ue os oitos


c&egam num certo sentido> como um rem(dio para o erro dos
 setes. O dano *oi produ-ido e agora &3 uma rea!o contra e%e.
Pode@se5 portanto5 esperar constatar ue5 se n!o &3 possiCi%idade
de per*ei!o nas cartas deste número5 e%as est!o %ivres daue%es
erros essenciais e originais do caso de maior reCaiamento.

O oito de >ast?es ( c&amado de Jreste&a5 como se poderia esperar 


de sua atriCui!o a Mercúrio e 0agit3rio. Trata@se de uma
eteri-a!o da id(ia do *ogo. Todos os e%ementos grosseiros
desapareceram.

Jue se permita uma curta digress!o soCre os signos do -odaco.


 2o caso de cada e%emento5 o signo cardea" representa a investida
c(%ere5 impu%siva da id(ia. 2o signo querR$ico o e%emento atingiu
22:

*IS+<8-

;I2;O DE HA0TSE0

Esta carta se re*ere a 1e$ura# no naipe do *ogo. 0endo a pr4pria


1e$ura#  gnea5 trata@se de uma *ora puramente ativa. $ regida
tamC(m por 0aturno e 'e!o. 'e!o mostra o e%emento *ogo no
m3imo de *ora e eui%Crio. 0aturno tende a prostr3@%o e a*%igi@
%o. 2!o &3 %imite para o a%cance desta energia vu%cVnica.

O smCo%o representa o Cast!o do AdeptoI=#eBe mostrando ue a


autoridade procede dos superiores" n!o *osse assim esta carta seria
inteiramente desastrosa. A%(m disso5 &3 tamC(m dois Cast/es do
(egundo5 ou Adepto 8aior. Possuem a caCea da *êni5 ue indica
a id(ia de destrui!o ou me%&or5 purga!o> atrav(s do *ogo e a
ressurrei!o da energia a partir de suas cin-as.

<3 ainda um par de Cast/es do %erceiro 5 ou  Adepto 8enor 5 ue


s!o *i%&as5 por assim di-er5 dos Cast/es no trDs de >ast?es.  2esta
carta est3 presente a in*%uência atenuadora da M!e. 9ma das mais
di*ceis doutrinas com re%a!o a 1e$ura# ( ue emCora e%a
represente toda essa energia e distúrCio irracionais e indom3veis5
ainda assim prov(m da in*%uência Cenigna e genti% do *eminino.

Os egpcios entendiam essa doutrina per*eitamente. 0ua deusaI


"eoa Pas&t5 era saudada como “saeva” e “ Bero'” 5 sendo mesmo
c&amada de verme%&a no dente e na garraB por aue%es devotos
*an3ticos ue a ueriam identi*icar com a nature-a. A id(ia de
crue%dade seua% est3 *reentemente inerente na suprema
nature-a divina. ;ompare@se com H&avani e Fa%i no sistema
indiano e oCserve@se o coito 0&iva @ 0&ati retratado em muitos
estandartes tiCetanos. 7er tamC(m  !i$er ,#Q5 uarto5 terceiro e
segundo Aet&rs5 e a descri!o anteriormente apresentada do Atu
I.
2;

0I8C4I-

0EI0 DE HA0TSE0

Esta carta representa %ip#aret# no naipe do *ogo. Indica a energia


em mani*esta!o comp%etamente eui%iCrada. O cinco rompeu as
*oras cerradas do quatro com ardor revo%ucion3rio5 mas um
casamento ocorreu entre e%es e o resu%tado ( o  Ei"#o e o (o".

A re*erência ( tamC(m a úpiter e 'e!o5 o ue parece encerrar uma


 Cên!o ] &armonia e Ce%e-a deste arran1o. PerceCer@se@3 ue os
trDs $ast?es dos trDs Adeptos est!o agora dispostos em ordem5 e as
 pr4prias c&amas5 em %ugar de se pro1etarem em todas as dire/es5
ardem de maneira est3ve% como se *osse em %Vmpadas. 0!o nove5
em re*erência a Qesod e a 'ua. Isto mostra a estaCi%i-a!o da
energia e sua recep!o e re*%e!o pe%o Beminino.

 2!o &3 crcu%o para encerrar o sistema. E%e5 como o 0o%5 sustenta a
si mesmo.

0-A?4

0ETE DE HA0TSE0

Esta carta deriva de Get&ac# vit4ria> no naipe do *ogo. Mas o sete


( um número d(Ci%5 terrestre5 *eminino no ue se re*ere ] 6rvore
da 7ida e representa um a*astamento do eui%Crio t!o Caio na
6rvore ue isso imp%ica numa perda de con*iana.

=e%i-mente5 a carta ( tamC(m atriCuda a Marte em 'e!o. 'e!o


continua sendo o 0o% em sua p%ena *ora5 mas as marcas de
decadência 13 podem ser vistas. $ como se o *ogo osci%ante
21

convocasse a energia Cruta% de Marte em seu apoio. Mas isto n!o (


su*iciente para neutra%i-ar comp%etamente a degenera!o da
energia inicia% e o a*astamento do eui%Crio.

O e(rcito *oi %anado na desordem" se a vit4ria *or para ser 


conuistada5 ser3 graas ao va%or individua% @ uma Cata%&a de
“so"dados”.

A representa!o pict4rica mostra os Cast/es *ios e eui%iCrados da


ú%tima carta re%egados ao *undo5 diminudos e convertidos em
%ugar comum. Em primeiro p%ano5 &3 um grande pau tosco5 a
 primeira arma ] m!o5 mas evidentemente insatis*at4ria num
comCate ordenado.

As c&amas est!o dispersas e parecem atacar em todas as dire/es


sem um prop4sito sistem3tico.

4-+I*E>

OITO DE HA0TSE0

As três cartas restantes do naipe pertencem a 0agit3rio5 ue


representa a suti%i-a!o da energia do *ogo. Mercúrio rege a carta5
tra-endo assim para Caio de =#oLma# a mensagem da vontade
origina%.

A carta tamC(m se re*ere a  /od, esp%endor5 no naipe do *ogo5


conseentemente di-endo respeito aos *enômenos do discurso5 da
%u- e da e%etricidade.

A representa!o pict4rica da carta mostra os Cast/es de "u&


convertidos em raios e%(tricos ue sustêm5 ou mesmo constituem
mat0ria graas ] sua energia viCrat4ria. Acima deste universo
restaurado Cri%&a o arco@ris5 a divis!o de %u- pura5 ue %ida com
22

m3imos5 dentro das sete cores do espectro5 ue eiCem intera!o


e corre%a!o.

Esta carta5 portanto5 representa energia de a%ta ve%ocidade5 de


modo ue *ornece a c&ave@mestra para a moderna *sica
matem3tica.

 2otar@se@3 ue n!o &3 c&amas" *oram todas aCsorvidas nos Cast/es
 para trans*orm3@%os em raios. Por outro %ado5 a energia e%(trica
criou *orma geom(trica inte%igve%.

:?4D-

 2O7E DE HA0TSE0

Esta carta se re*ere a Qesod 5 *undamento. Recondu- a energia ao


eui%Crio. O nove representa sempre o mais p%eno
desenvo%vimento da  Borça  em sua re%a!o com as Borças acima
de%a. Pode@se considerar o nove como o me%&or ue se ( capa- de
oCter a partir do tipo envo%vido5 encarado soC um ponto de vista
 pr3tico e materia%.

Esta carta ( tamC(m governada pe%a 'ua em 0agit3rio e assim &3


aui uma in*%uência dup%a da 'ua na 6rvore da 7ida. E da o
a*orismo: Mudana ( estaCi%idadeB.

Os Cast/es se trans*ormaram agora em setas. Ao *undo &3 oito


de%as e no primeiro p%ano5 diante das oito5 uma seta@mestra. Esta
tem como ponta a 'ua e o 0o% como *ora propu%sora acima de%a5
 pois o camin&o de 0agit3rio na 6rvore da 7ida une o 0o% e a 'ua.
2

As c&amas da carta s!o d(cup%as5 sugerindo ue a energia (


dirigida para Caio.

?+4ESSB?

DEG DE HA0TSE0

O número de- se re*ere a  8a"Lut# 5 ue depende das nove outras


(ep#irot# mas n!o est3 em direta comunica!o com e%as. Mostra a
 Borça destacada de suas *ontes espirituais. Tornou@se uma *ora
cega e5 assim5 a *orma mais vio%enta daue%a energia particu%ar5
sem uaisuer in*%uências modi*icadoras. As c&amas ao *undo da
carta entraram em *úria. $ o *ogo no seu aspecto mais destrutivo.

A carta tamC(m se re*ere ] in*%uência de 0aturno em 0agit3rio. Eis


a maior das antipatias. 0agit3rio ( espiritua%5 c(%ere5 %eve5 i%us4rio e
%uminoso" 0aturno ( materia%5 %ento5 pesado5 oCstinado e oCscuro.

Os oito Cast/es est!o ainda cru-ados5 mostrando o enorme poder 


das energias comp%etadas do *ogo" mas e%es perderam suas
 patentes de noCre-a. 0uas etremidades parecem mais com garras"
*a%ta@%&es a autoridade e inte%igência eiCidas nas cartas anteriores5
e em primeiro p%ano est!o os dois *ormid3veis dorNes do dois de
 >ast?es 5
mas a%ongados com a etens!o de Carras.

O todo da *igura sugere opress!o e repress!o. $ uma crue%dade


estúpida e oCstinada da ua% n!o &3 *uga. $ uma vontade ue nada
compreendeu a%(m de seu prop4sito %Vnguido5 sua Vnsia de
resu%tadoB5 e devorar3 a si mesma nas con*%agra/es ue evocou.

- 4-I> *?S +?*E4ES *- 9<-


272

 4rimeira opera()o

Esta mostra a situa!o do consu%ente na ocasi!o na ua% e%e o est3


consu%tando.

#. As cartas estando ] tua *rente5 *aa um corte co%ocando a metade


do a%to ] esuerda.

). =aa dois novos cortes5 um para cada pi%&a de cartas5 da direita


 para esuerda.

+. Estas uatro pi%&as de cartas representam   /  / 5 da direita


 para a esuerda.

,. Encontre a carta signi*icadora. 0e e%a estiver no mao da Qod 5 a


indaga!o se re*ere a traCa%&o5 neg4cios5 etc." se estiver no mao
da  /05 re*ere@se a amor5 casamento ou pra-er" se estiver no mao
da au5 a indaga!o se re*ere a proC%emas5 perda5 escVnda%o5
 Crigas5 etc" se estiver no mao da  /0 *ina%5 a indaga!o se re*ere a
din&eiro5 Cens e assuntos puramente materiais.

N. Pergunte ao consu%ente o oC1eto de sua indaga!o: se errado5


aCandone a adivin&a!o.

. 0e certo5 espa%&e o mao ue cont(m a signi*icadora5 com a *ace


 para cima.
;ompute as cartas a partir do consu%ente na dire!o em ue e%e
as oCserva.
O cômputo deve inc%uir a carta a partir da ua% você o iniciou.
 2o caso de ;ava%eiros5 Rain&as e Prncipes5 conte ,.
 2o caso de Princesas5 conte .
 2o caso de Ases5 conte ##.
2o caso de cartas menores5 compute de acordo com o número.
 2o caso de trun*os5 conte + uando se tratar de trun*os dos
e%ementos"  uando se tratar de trun*os p%anet3rios"
27

#) uando se tratar de trun*os -odiacais.


;ompon&a uma &ist4riaB destas cartas. Esta &ist4ria ( aue%a
do incio da uest!o.

. Empare%&e as cartas de cada %ado da signi*icadora5 em seguida


as eternas e assim por diante. ;ompon&a uma outra &ist4riaB5
ue deve suprir os deta%&es omitidos na primeira.

Q. 0e ta% &ist4ria n!o *or aCso%utamente precisa5 n!o desanime.


Ta%ve- o pr4prio consu%ente n!o saiCa de tudo. Mas as %in&as
 principais devem ser *ormu%adas com *irme-a5 com retid!o5 ou a
adivin&a!o deve ser aCandonada.

 Segunda opera()o

DE0E27O'7IME2TO DA J9E0TLO

#. EmCara%&e as cartas5 *aa a invoca!o adeuadamente5 e deie


ue o consu%ente *aa o corte como antes.

). DistriCua as cartas em do-e pi%&as5 para as do-e casas


astro%4gicas do c(u.

+. Decida@se uanto ] pi%&a em ue dever3 ser encontrada a


signi*icadora5 por eemp%o5 na s(tima casa se a uest!o disser
respeito a casamento5 e assim por diante.

,. Eamine a pi%&a esco%&ida. 0e a signi*icadora n!o estiver a5


tente uma casa cognata. Em caso de n!o encontrar novamente a
signi*icadora5 aCandone a adin&a!o.

N. =aa a %eitura da pi%&a5 computando e empare%&ando as cartas


como antes.
274

Terceira opera()o

MAI0 9M DE0E27O'7IME2TO DA J9E0TLO

#. EmCara%&e5 etc.5 como antes.

). DistriCua as cartas em do-e pi%&as para os do-e signos do


-odaco.

+. =aa a adivin&a!o das pi%&as apropriadas e proceda como


antes.

Auarta opera()o

PE2['TIMO0 A0PE;TO0 DA J9E0TLO

#. EmCara%&e5 etc.5 como antes.

). Encontre a signi*icadora. ;o%oue@a soCre a mesa. =aa com


ue as trinta e seis cartas seguintes *ormem um crcu%o em torno
de%a.

+. ;ompute e empare%&e as cartas como antes.

2ote ue a nature-a de cada decanato ( mostrada pe%a carta


menor atriCuda a e%e e pe%os smCo%os dados em  !i$er
D;;'7II5 co%s. #,@#N#>.

Auinta opera()o

RE09'TADO =I2A'

#. EmCara%&e5 etc.5 como antes.


275

). DistriCua as cartas em de- pi%&as na *orma da 6rvore da 7ida.

+. Decida@se uanto ] pi%&a em ue deva estar a signi*icadora5 ta%


como antes5 mas o insucesso neste caso n!o imp%ica
necessariamente na perda da adivin&a!o.

,. ;ompute e empare%&e as cartas como antes.

2ote ue n!o se ( capa- de di-er em ue parte da adivin&a!o


ocorre o tempo presente. 8era%mente Op. I parece indicar a &ist4ria
 passada da uest!o5 mas nem sempre. A eperiência ensinar3. \s
ve-es uma nova corrente de grande a1uda pode mostrar o momento
da consu%ta.

Devo acrescentar ue em assuntos materiais este m(todo se reve%a


etremamente va%ioso. Ten&o sido capa- de reso%ver os proC%emas
mais comp%eos nos mnimos deta%&es. O. M.>

$ aCso%utamente impossve% oCter resu%tados satis*at4rios deste ou


de ua%uer outro sistema de adivin&a!o sem a necess3ria e
 per*eita presena da Arte. Trata@se do mais sensve%5 di*ci% e
 perigoso ramo da magia. As condi/es necess3rias5 acompan&adas
de um amp%o eame comparativo de todos os importantes m(todos
em uso5 s!o descritas e discutidas em deta%&e em  8agicL 5 captu%o
7II.

O aCuso da adivin&a!o tem sido respons3ve%5 mais do ue


ua%uer outra causa5 pe%o descr(dito de ue toda a mat(ria da
magia se tornou a%vo5 uando Mestre T&erion empreendeu a tare*a
de sua reaCi%ita!o. Aue%es ue n!o d!o importVncia a suas
advertências e pro*anam o (antuário da A"ta 8agia   n!o ter!o
sen!o a si mesmos para se cu%par pe%os desastres *ormid3veis e
irremedi3veis ue os destruir!o in*a%ive%mente. Pr4spero ( a
resposta de 0&aespeare ao Dr. =austo.
276

;ARA;TERf0TI;A0 8ERAI0 DO0 TR92=O0 J9A2DO 0LO


90ADO0

)?;7E)E ? ;-*- !
 8?*?S ?S )-I;7?S SB? A@)I8?S N I;?);)I-.
- A?<)<4- +<4- J - )7-0E *- I;I)I-DB?.
? SIA;)I? 4?+E ? -44E%-8-E;8?.
;B? S 7?E ?< <A7E4, -S -%?S E <.
S SIAE;8E, %E% ;? ?0? -><A, =<E 8<
+?SS-S )4ES)E4 +-4- +?48-4 - A-;D- E ? 94--A
!
+E4-%<A- SC, E )-;8- ! ;? +-A)I? *? 4EI
S<- :IA7- ES+E4- +?4 8I.

Em assuntos espirituais5 O 'ouco signi*ica id(ia5 pensamento5


espiritua%idade5 aui%o ue se empen&a para transcender a terra.
 2os assuntos materiais e%e pode5 se ma% digni*icado5 signi*icar 
%oucura5 ecentricidade ou mesmo mania.

Mas esta carta essencia%mente representa um impu%so ou impacto


origina%5 suti%5 súCito ue prov(m de uma regi!o comp%etamente
estran&a.

Todos esses impu%sos s!o corretos5 se corretamente receCidos e a


 Coa ou m3 interpreta!o da carta depende inteiramente da atitude
correta do consu%ente.

) erdadeiro u 0 o signiBicado da ontade erdadeira:


con#ece a %i mesmo mediante %eu =amin#o.
=a"cu"a $em a EMrmu"a de %eu =amin#o.
=ria "ivremente; a$sorve Nu$i"osamente; divide intenciona"mente;
2:4

uerúCico em ua%uer e%emento eiCe a *orma mais poderosa e


eui%iCrada desse e%emento. unto aos  Teru$s est!o os nomes das
uatro virtudes do Adepto 5 aue%as ue o capacitam a soCrepu1ar a
resistência dos e%ementos5 e ue s!o: querer, ousar, sa$er e
 si"enciar. Atrav(s do eerccio &armonioso destas virtudes5 o
uinto e%emento5 esp@rito 5 ( *ormu%ado no ser do Adepto. $ o deus
interior5 o so%5 ue ( o centro do universo do ponto de vista
&umano5 com sua pr4pria virtude particu%ar5 ue ( ir. A
caracterstica essencia% da divindade ( esta *acu%dade de ir  " os
movimentos %ivres do espao e tempo e todas as outras condi/es
 possveis. 2o sistema &ierog%*ico egpcio5 essa *acu%dade de ir era
representada por uma correia de sand3%ia5 a ua% indica5 por sua
*orma &ierog%*ica5 a cru' ansata 5 a rosa e a cru& 5 ue5 por sua ve-5
 produ- a *4rmu%a do Amor so$ ontade 5 o segredo da rea%i-a!o.

DIA8RAMA . A0 DI82IDADE0 E00E2;IAI0 DO0


P'A2ETA0

Este diagrama mostra a verdadeira rea%i-a!o sim(trica do sistema


so%ar@sidera%. As descoCertas astronômicas de  /ersc#e" 9rano>5
 2etuno e P%ut!o comp%etaram o esuema d(cup%o das (ep#irot# e
 permitiram a Mestre T&erion estaCe%ecer a astro%ogia na sua
re%a!o com a magia cerimonia" numa Case per*eitamente
eui%iCrada.

;onstitui uma not4ria testemun&a do triun*o da magia o *ato de


todas as na/es comCativas terem adotado5 dignamente ou n!o5
smCo%os e gestos m3gicos.

8r!@Hretan&a e Estados 9nidos: Po%egares para cima W  @ o sina%


de F&em: Ba"o" o sina% 7 @ o signo de Ap4*is e de T*on.

9.R.0.0.: O marte%o e a *oice @ úpiter e 0aturno" o pentagrama.

O Terceiro <eic# : a (uástica .
2:5

It3%ia: o  Bascis @  Bascinum. ^

ap!o: o so% nascente.

=rana : aCandonando a *%or@de@%is  Ba"o> e pro*anando o


 pentagrama da !0gion d+/onneur 5   ^^

^ 'atim  Bascis ou Basces 5 emCru%&o5 *eie5 *ardo e tamC(m


mac&adin&a atada com um *eie de varetas de C(tu%a ou o%mo ue
se carregava ] *rente dos primeiros magistrados romanos5
simCo%i-ando sua grande autoridade5 especia%mente seu poder de
condenar ] morte.  Eascinum  %atim>5 sorti%(gio5 ma%e*cio e
tamC(m  Ba"o  2T>.
^^ =rancês5 !egião de /onra 2T>.

  
  
Títuo e n?mero Letra "ome +ebraico Vaor 
 $tri- 4ortugu0s Escaa-
impressos nas +ebraica dos n?meros num6rico
bui()o c+a.e
cartas do Tarô e etras
  
  

?. O 'ouco gra*ar>> A%ep& #


gra*ar>> Hoi arado> ##

I. O Mago gra*ar>> Het& )


gra*ar>> ;asa #)

II. A A%ta 0acerdotisa gra*ar>> 8ime% +


gra*ar>> ;ame%o #+
2:6

III. A Imperatri- gra*ar>> Da%et& ,


gra*ar>> Porta #,

I7. O Imperador gra*ar>> T-addi ?5 ??


gra*ar>> An-o% )Q

7. O <iero*ante gra*ar>> 7au 


gra*ar>> Prego #

7I. Os Amantes gra*ar>> Gain 


gra*ar>> Espada #

7II. A ;arruagem gra*ar>> ;&et& Q


gra*ar>> ;erca #Q

7III. A1ustamento gra*ar>> 'amed +?


gra*ar>> Agui%&!o ))

I. O Eremita gra*ar>> hod #?


gra*ar>> M!o )?

. =ortuna gra*ar>> Fap& )?5 N??


gra*ar>> Pa%ma da m!o )#

I. 7o%úpia gra*ar>> Tet& 


gra*ar>> 0erpente #

II. O Pendurado gra*ar>> Mem ,?5 ??


gra*ar>> 6gua )+

III. Morte gra*ar>> 2un N?5 ??


gra*ar>> Peie ),

I7. Arte gra*ar>> 0ame& ?


gra*ar>> 0uporte )N
2:7

7. O DiaCo gra*ar>> Ain ?


gra*ar>> O%&o )

7I. A Torre 8uerra> gra*ar>> P( Q?5 ???


gra*ar>> Hoca )

7II.A Estre%a gra*ar>> <( N


gra*ar>> ane%a #N

7III.A 'ua gra*ar>> Jop& #??


gra*ar>> 2uca )

I. O 0o% gra*ar>> Res& )??


gra*ar>> ;aCea +?

. O Aeon gra*ar>> 0&in +??


gra*ar>> Dente +#

I. O 9niverso gra*ar>> Tau ,??


gra*ar>> %au egpcia> +)

Tau ,??
gra*ar>> +) Cis

0&in +??
gra*ar>> +# Cis
  
  

AS LA.!% ESCAAS DE C%! 


  
  
2:9

O Ca.aeiro $ Rain+a O
 4ríncipe $ 4rincesa
  
  

##. Amare%o c%aro A-u% ce%este 7erde@


esmera%da Esmera%da5 dourado
  Cri%&ante
a-u%ado mosueado

#). Amare%o Púrpura ;in-a


fndigo5 vio%eta

estriado

#+. A-u% Prateado A-u%


c%aro Prateado5 a-u% ce@
  acin-
entado %este estriado

#,. 7erde@esmera%da A-u% ce%este 7erde


do comeo Rosa c%aro ou
da
 primavera cere1a5 verde

 p3%ido estriado

)Q. Escar%ate 7erme%&o


;&ama Cri%&ante 7erme%&o incandescente

#. 'aran1a averme%&ado fndigo escuro


O%iva escuro ;astan&o vivo

uente
;7

úpiter em 'iCra Tr(gua


0o% em ;apric4rnio Poder ,

7ênus em Au3rio Derrota


7ênus em Touro Preocupa!o N

Mercúrio em Au3rio ;iência


'ua em Touro 0ucesso 

'ua em Au3rio =uti%idade


0aturno em Touro =racasso 

úpiter em 8êmeos Inter*erência


0o% em 7irgem Prudência Q

Marte em 8êmeos ;rue%dade


7ênus em 7irgem 8an&o 

0o% em 8êmeos Runa


Mercúrio em 7irgem Riue-a #?
  
  

I%ustr. das Dignidade essenciais dos P%anetas>>

  
  
 $S DI"ID$DES ESSE"CI$IS DOS 4L$"ET$S 
  
  

 $ e,ata()o dos panetas 4anetas regentes


 Signos do Jodíaco
;9

  
  

0o% # graus . . . Marte .


. 6ries . )Q

'ua + graus . . . 7ênus .


. Touro . #

smC.>> + graus . . . Mercúrio .


. 8êmeos . #

úpiter #N graus . . . 'ua .


. ;Vncer . #Q

0aturno )# graus . . . 7ênus .


. 'iCra . ))

Mercúrio #N graus . . . Mercúrio .


. 7irgem . )?

smC.>> # graus . . . 0o% .


. 'e!o . #

smC.>> #, graus . . . Marte .


. Escorpi!o . ),

smC.>> + graus . . . úpiter .


. 0agit3rio . )N

Marte )Q graus . . . 0aturno .


. ;apric4rnio . )

smC.>> # graus . . . 0aturno .


. Au3rio . #N
;:

7ênus ) graus . . . úpiter .


. Peies . )
  
  
 /ersc#e" rege os uatro signos querR$icos 5 2etuno os uatro
signos comuns e o  Jrimum 8o$i"e  os uatro signos cardeais. 9m
 p%aneta est3 em sua queda uando oposto ] sua e'a"tação " em seu
detrimento  uando oposto ao seu dom@nio.

  
  
 $ TRI4L$ TRI"D$DE DOS 4L$"ET$S 
  
  

gra*ar smCo%o>> O espiritua% %ra@

gra*ar smCo%o>> O &umano inte%ectua%> ^ çar  eu ego>


smCo%o>>

gra*ar smCo%o>> O sensoria% corp4reo> c#ave >>

gra*ar smCo%o>> O espiritua% %raI

gra*ar smCo%o>> O &umano inte%ectua%> ^ çar vontade


do eu
smCo%o>>
gra*ar smCo%o>> O sensoria% corp4reo> c#ave

gra*ar smCo%o>> O espiritua% %raI

gra*ar smCo%o>> O &umano inte%ectua%> ^ çar   re%a!o


com o
smCo%o>>
1;

gra*ar smCo%o>> O sensoria% corp4reo> c#ave n!o@ego

^ Por inte"ectua" poder@se@ia entender consciente.


  
  

 4iar do meio

gra*ar smCo%o>> O espiritua%

gra*ar smCo%o>> O &umano traar c&ave>>


;onsciência

gra*ar smCo%o>> O autom3tico

 4iar da misericKrdia

gra*ar smCo%o>> O criativo

gra*ar smCo%o>> O paterna% traar c&ave>> Modo


de a!o soCre o n!o@ego

gra*ar smCo%o>> O apaionado

 4iar da se.eridade

gra*ar smCo%o>> O intuitivo

gra*ar smCo%o>> O vo%itivo traar c&ave>> Modo


de epress!o do eu

gra*ar smCo%o>> O inte%ectua%


11

  
  
 $S TRI4LICID$DES DO ODM$CO
  
  
=ogo do *ogo Re%Vmpago @ c(%ere
vio%ência de ataue.

=ogo Ar do *ogo 0o% @ *ora est3ve% da


energia.

6gua do *ogo Arco@ris @ re*%eo


espiritua%i-ado passageiro da imagem.

=ogo da 3gua ;&uva5 *ontes5 etc. @


c(%ere ataue apaionado.

6gua Ar da 3gua Mar @ *ora est3ve% de


 putre*a!o.

6gua da 3gua 'agoa @ re*%eo


espiritua%i-ado estagnante de imagens.

=ogo do ar 7ento @ r3pido ataue


note@se a id(ia de eui%Crio como nos
ventos a%isados>.
Ar Ar do ar 2uvens @ condutores
est3veis de 3gua.

6gua do ar 7iCra/es @ massa


imoCi%i-ada5 espiritua%i-ada para re*%etir
 <uac# mente>.
12

=ogo da terra Montan&as @ press!o


vio%enta devida ] gravita!o>.

Terra Ar da terra P%ancies @


sustenta!o est3ve% da vida.

6gua da terra ;ampos5 trani%os5


espiritua%i-ados para gerar vida vegeta% e anima%.
  
  

Em cada caso o signo cardea% representa o nascimento do


e"emento 5 o signo uerúCico sua vida5 e o signo mut3ve% seu
 passamento rumo ] *orma idea% ue %&e ( apropriada5 ou se1a5 ao
esp@rito. Assim5 tamC(m as princesas no Tarô s!o os tronos do
esprito.

  
  
 $S TRM$DES VIT$IS 
  
  
?. O Esprito
0anto
Os três deuses I A O I. O
Mensageiro
I. A 0emente
secreta

II. A 7irgem
As três deusas III. A Esposa
7II. A M!e
1

. O Todo@
Pai + em #
Os três demiurgos I7. O Regente
7. O =i%&o
0acerdote>

7I. Os
8êmeos emergentes
As ;rianas <4rus e <oor@Pa@Fraat I. O 0o%
Crincando>
7I. A
;riana ;oroada e ;onuistadora emergindo
do
útero como em A ' P

7II. O 1raa" "
;arruagem da 7ida
O  9oni  gaudens ^ I7.O [tero pren&e
 preservando
A Mu%&er 1usti*icada> a vida
7III.O seua%mente
unido

^ 'atim  gaudeo, gaudes, gaudere 5 rego-i1ar@se5 *o%gar5 gostar de5


compra-er@se 2T>.

I. #N l 


Os deuses mortos II. O Redentor nas
3guas
III. O 7entre redentor 
ue mata 7

7. Ereto e contente


O "ingam O  9oni A este"a 7III. A =eiticeira:  9oni
estagnante e no aguardo
14

. Deus e <omem


como gêmeos procedentes
de 2uit e <adit

O Pant3cu%o do ;on1unto I. O 0istema

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