Você está na página 1de 1

MITO: A NAVALHA DOS AMANTES

Na cidade de Afrodísia onde ficava o famoso templo da mais bela deusa Afrodite, vivia Poémis
fiel seguidora de sua deusa, sempre fazia os seus afazeres no templo sem se importar com
cortesias de qualquer pessoa, pois para ela sua beleza não era digna de qualquer ser, mas
continha a sensualidade e sedução quase que na mesma intensidade de sua adorada deusa.

Certo dia enquanto levava sua oferenda para o templo, uma pessoa lhe chamou atenção, uma
mulher, os olhares de ambas se cruzaram, seu nome era Versus a mulher com olhar de navalha
pecaminosa, todos os sentimentos de amor, sexualidade, desejo cresceram no corpo de
Poémis, fazendo com que elas tivessem encontros apaixonantes. Poémis continuava com suas
idas até o templo de sua deusa e avistou uma nova seguidora, Poetiza, que ao invés do olhar
de pecado de Versus, tinha um desejo mais profundo, algo além do corpo, isso fez com que
Poémis se encontrasse mais vezes com ela.

Versus não gostou de ser deixada como segunda opção e preparou uma vingança para a
amante de sua amada. Seguiu até o templo da deusa Afrodite e conseguiu distorcer toda a
relação de Poémis e Poetiza. Disse para a deusa que Poetiza estava espalhando boatos que
Poémis era mais bela mulher existente no mundo, inclusive mais que a própria deusa, Afrodite
magoada com tal situação resolveu punir sua fiel sacerdotisa.

A deusa quando viu Poémis em seu templo, despedaçou ela. Cada parte da bela mulher foi
transformada em algo obscuro e triste, insegurança, depressão, ansiedade. Tudo foi separado
e colocado em cada pessoa na terra, todos continham um pouco de cada sentimento. Versus
que não queria isso para a sua amada e sim para a amante se derreteu em lágrimas, trazendo
as rimas nelas, como uma forma de se redimir por matar sua amada. Além disso, prometeu ser
devota de Poetiza, que ao longo de suas vidas depositaram letras, rimas, palavras, músicas
para que a memória de Poémis nunca seja esquecida.

Um texto foi criado, dividido em versus, com rimas e sem, sempre escrito por um poeta ou
poetiza, o poema.

Você também pode gostar