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Na sociedade trovadoresca, as pessoas eram bastante religiosas,

ou seja, o ser humano era submisso, a Deus e á igreja. Havia


também a nobrez que era a base do poder na época, junto ao
clero. A mulher não tinha cargos muito importantes na época, já
que elas tinham a sua mentalidade focada na criação dos seus
filhos e do seu marido.
Na poesia trovadoresca observamos a admiração pelo sexo
feminino, onde o homem atuava como poeta e escrevia versos
lisonjeando e idolatrando a mulher em questão. Aqui temos uma
relação suserano-vassalo sendo a senhor o suserano e o homem
o vassalo, que serve e deve eterna obediência á mulher amada.
Esta era vista como um ser intocável e repleto de pureza,
enquanto o poeta assumia-se inferior a ela, já que para ele ela é
uma criação divina.
Conseguimos perceber o papel da mulher nas cantigas de amigo
e de amor, pois era a mulher a inspiração do homem.
No poema “digades, filha, mia filha velida” temos uma conversa
entre mãe e filha, aqui a menina tinha ido á fonte buscar água, o
que podemos interpretar também como uma tarefa da mulher
naquele tempo, outro exemplo disso é o poema “descalça vai
pera a fonte”, onde a donzela está outra vez a dirigir-se para a
fonte.
Aqui também temos uma cantiga de amor escrita pelo nosso rei
D. Dinis, já aqui conseguimos ver um universo completamente
diferente, nas cantigas de amor conseguimos ver mais o
sofrimento que nas cantigas de amigo, e nestas conseguimos
presenciar os sentimentos que a dama fez com que o sujeito
poético sentisse, nomeadamente o sofrimento e o amor que
nunca será correspondido, o que leva o poeta a escrever estes
versos.
Na lírica camoniana também conseguimos ver a maioria destes
aspetos, até porque em alguns dos seus poemas conseguimos
perceber a influência da poesia trovadoresca. Camões em
especifico para além de ser conhecido como o “pai” da língua
portuguesa, este também era conhecido pelas suas inúmeras
paixões, o poeta era apaixonado pela mulher e as suas
caraterísticas únicas, independentemente da raça, religião ou
origem, o que também reflete nos poemas que escreveu.
As mulheres têm um grande papel na lírica camoniana pois
muitos dos poemas escritos por camões são a falar destas.
Na lírica camoniana achamos dois tipos de mulher: uma
caracterizada espiritualmente e a outra corporizada e associada
à persuasão do sujeito poético. Dois exemplos são,
respetivamente, “um mover d’lhos brando e piadoso” e
“ondados fios de ouro reluzente”.
No primeiro soneto apresenta um retrato da mulher amada,
onde se dá maior relevância aos seus traços morais. O sujeito
poético apresenta inúmeras qualidades espirituais, o que mostra
que o poeta está fascinado principalmente pelo carácter da
dama.
No segundo poema conseguimos ver um lado mais físico de
representar a mulher, já que ele faz uma descrição do aspeto da
amada, evidenciando a sua beleza claramente abundante.

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