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FATEC

DISCENTE: Ingryd, David, Marineide, Elivania, Anne Débora, Gabriel.

ENTREVISTA – MARI BOLOS

FASE 2 Unificação

A origem do meu negócio, antes de mais nada eu era uma empresária do ramo de
varejo alimentício, eu tinha açougue, farmácia, padaria e supermercado e eu fali. A
partir de uma separação houve uma falência nos negócios, no qual eu acabei
passando por perseguições e assaltos sucessivos, até o abandono do negócio,
ocasionando em uma mudança física para a cidade de Alagoinhas, cidade na qual
meus filhos já residiam.

A sobrevivência da família resultou na venda de bens materiais (máquinas,


prateleira e utensílios), que foi a sobrevivência por um curto período de tempo, daí
passei a ser amparada por familiares e amigos, mas buscando a fé, eu tive uma
conversa com Deus muito forte, pedi pra ele algo, eu tinha o sonho de ser famosa,
sempre quis fazer sucesso, eu não queria mais revender produtos de outras
pessoas, eu queria ser reconhecida pelo meu produto, desenvolver produtos
próprios, e foi nesse momento que Deus tocou no meu coração e me jogou em uma
cozinha.

Há um tempo atrás eu tinha uma mania por comprar livros de receitas, meu livro de
cabeceira era um livro de receitas, eu não conseguia compreender tal fixação, mas
eu gostava muito de ler receitas e foi através desses livros que comecei a criar
minhas receitas, tentei inúmeras vezes até chegar ao resultado desejado, errei
muito, mas com persistência consegui montar produtos diferenciados e únicos.

Lembram da época em que começou a febre de bolos em Alagoinhas? Nessa época


eu não tinha condições de abrir uma casa de bolos na cidade, eu fazia meus bolos
em uma pequena cozinha, abrir um pontinho na Moreira César, subindo o tupi
caldas, um pequeno apartamento com aspectos mal-apessoado, no qual eu morava
e embaixo tinha um espaço pequeno que eu aluguei para revender meus bolos,
peguei algumas prateleiras que sobraram do meu antigo empreendimento e uma
cadeira de escritório acolchoada e comecei a vender meus bolinhos, no começo foi
muito difícil, meu produto por ser feito com matérias de qualidade tinham eram um
pouco mais caros, foi nesse momento em que a família não apoiava, mandavam eu
ir procurar um emprego, e eu continuei insistindo, mesmo com os obstáculos, mas
eu precisava insistir porque eu tinha meus dois filhos para criar, não tive o apoio
paterno para cuidar dos meus filhos, e além disso eu já não me via fora do ramo
empresarial, não podia desistir do meu sonho. Toda essa trajetória me motivava,
cada obstáculo, cada diversidade me inspirava mais a vencer cada dia, então eu
dizia pra mim própria que eu ia vencer sim, dentro de uma cozinha, e eu ia surgir
das cinzas, e foi a partir daí que eu abrir mão de tudo, e eu só vivi para fazer bolos
todos esses anos.

Quando iniciei no ano de 2013, eu perdia muitos bolos, porque os bolos da


concorrência tinham valores mais acessíveis em relação aos meus, mas eu tinha
ciência que meus produtos eram de qualidades superiores e por isso o valor um
pouco mais caro, digamos que naquela época eu chegava a vender R$ 50,00 no
dia, no dia de sábado eu vendia R$ 100,00 e eu sonhava em vender R$ 300,00, aos
domingos eu estava lá ao invés de descansar, vendendo bolos, nessa época
contava com a ajuda de meus dois filhos, o menino tinha 10 anos e a menina 9
anos, o menino sempre ia comprar os insumos para produção no supermercado
todo dia, eu iniciei comprando 2 Kg de farinha, 6 embalagens de isopor no
tamarineiro, 2 pacotes de queijo, 2 Kg de açúcar, sempre comprava poucas coisas
para suprir as necessidades da produção, tinha dias que eu não tinha dinheiro para
comprar o gás, pedia ao vizinho para comprar e pagava de noite, no outro dia
precisava de dinheiro para comprar matéria prima, pedia a outro vizinho, e assim fui
seguindo.

Eu pensava assim, tomo X emprestado, terei X de lucro e vai sobrar X, meus


vizinhos eram uma espécie de investidor meio que indiretamente, eles não
percebiam, mas eles eram meus investidores sem remuneração nenhuma, eles
eram anjos na minha vida. Teve uma época ainda em 2013, que se eu pegasse o
dinheiro da matéria prima e fosse comprar comida, eu não trabalhava, teve
semanas que eu peguei 1Kg de frango e 1Kg de peito e fatiar para comer a semana
toda, outras semanas comer apenas cuscuz e ovos para não mexer no capital do
investimento, não mexer no dinheiro da energia ou até mesmo não mexer para
desfalcar o dinheiro do aluguel, aluguel que tantas vezes eu fui ofendida porque
atrasava R$ 200,00.

O sonho de empreender nasceu comigo, quando eu estudava, subia para o colégio


e próximo tinha um mercadinho e ele passou anos com placa de vende-se ou aluga-
se, eu queria tanto que meu pai alugasse pra mim, na época eu tinha 15 anos de
idade, pra que eu pudesse tomar conta e ele dizia que eu estava doida, sempre quis
empreender, Já quis vender perfumes e ele não deixava, eu queria fazer inúmeras
coisas e ele dizia que eu iria endivida-lo, quando eu formei e iniciei a faculdade de
pedagogia questão de dois meses eu desistir, peguei R$ 500,00 vim embora para
Simões Filhos, chegando lá não conseguir emprego, sempre fui uma mulher bonita
e as pessoas só queriam me empregar com segundas intenções, então fiquei lá
sem meu emprego, na casa da tia de Filadélfo, ela falou “minha filha fique aqui me
fazendo companhia” e eu fiquei, um belo dia fui convidada para passear na cidade
de Esplanada, cidade onde conheci o pai dos meus filhos, em seguida ele me levou
pra conhecer a família dele no interior da cidade do Conde, chegando lá ele me
mostrou um armazém que era do pai, e eu vi naquele armazém a realização do meu
sonho de montar um mercado, falei com ele sobre a possibilidade e ele me
respondeu que teria que falar com os irmãos, porque era um espaço da família, eu
me disponibilizei a conversar com os irmãos dele, no qual tive um retorno positivo,
um deles até se ofereceu para ser meu avalista no banco caso fosse preciso.

Decidida, abrir a empresa, de cara o banco me cedeu R$50.000,00 de crédito,


capital de giro que atualmente não se consegue com facilidade. Eu nunca sonhei
em trabalhar para outras pessoas, meu sonho era ser empreendedora, porque meu
lema é empregar pessoas, moral da história, com um ano, ocorreu a época que
despontou eucaliptos para todos os lados, e com eles algumas empresas, quando
me dei conta estava vendendo para quase mil peões, em seguida engravidei do
meu primeiro filho, com um ano já tinha comprado meu carro zero e meu filho já
havia nascido, com dois meses depois de dar à luz, engravidei do meu segundo
filho, minha menina. Montei minha padaria, vale ressaltar que nessa mesma época
já tinha uma farmácia, tudo aconteceu muito rápido, eu trabalhei muito para tal
crescimento.

Mas no ano de 2002 passei por algumas crises no casamento, no ano de 2005
acabei me separando, em seguida passei por alguns acontecimento negativos, mas
nada conseguiu me desmotivar, foi nesse momento que decidir vim para
Alagoinhas, chegando na cidade tive o apoio de um senhor, conhecido com Bonfim,
meu amigo da época, com a ajuda dele conseguir surtir meu mercado na cidade e
recomeçar, mas os obstáculos continuaram a surgir, passei por vários assaltos
consecutivos, o que acabou me destruindo financeiramente, mas não conseguiram
apagar minha luz, nem destruir minha determinação, minha garra, minha vontade de
vencer e minha vontade de brilhar.

Antes de chegar ao meu patamar atual, eu passei por muitas situações boas e ruins,
mas meus sonhos me fizeram continuar. Depois que sair do bairro Moreira César,
na Santa Terezinha, eu dizia assim “eu serei famosa, meus bolos serão famoso”, e
escutava muitas coisas negativas de pessoas próximas, mas eu não me importava,
pois eu sabia quais eram meus ideais, passei por muitas situações difíceis, não
tenho vergonha nenhuma, pois tudo que passei, me tornou a mulher que sou hoje,
forte e determinada. Fazia tudo em prol dos meus dois filhos (um menino e uma
menina), meus familiares e amigos me ajudava, tinha dias que alguns amigos iam
na feira e traziam minha feira e diziam “estou te ajudando porque vejo você
trabalhando de domingo a domingo, não vejo você em carro de ninguém, muito
menos em festas”, antigamente nos mercados ocorriam os incentivos por troca de
moedas, levava o dinheiro em moedas para trocar e ganhava em leites, meus
amigos (a) faziam esse processo e me davam os leites para produção. Diante de
tantas dificuldades mantive minha fé e crença pessoal, pois sei que tenho um Deus
grandioso, porque sem ele eu sei que não conseguiria chegar onde estou
atualmente.
Foi aí que fui para o bairro da Praça Kennedy e encontrei o ponto no qual estou
localizada atualmente, na época ele estava alugado, mas eu sentir que aquele ponto
era o lugar que eu iria recomeçar, aluguei uma casa próximo e três meses depois o
ponto desocupou, e eu o aluguei logo quando soube.

Com três meses ele entregou o ponto, eu liguei para o dono e disse assim: olhe eu
vou querer o ponto, aí começou os rumores ali na praça Kenedy, você é corajosa,
você não tem juízo, esse ponto não vinga nada, é muito assalto, ninguém nunca
conseguiu alavancar um negócio nesse ponto. Eu disse o meu vai ser alavancado
sim, minha segurança é Deus e ninguém nunca vai me roubar, moral da história, fui
lá no antigo supermercado, vendi minhas prateleiras as únicas que restavam, e
disse ao cara que comprou que ia receber por mês porque estava com medo de
pegar o dinheiro e gastar. Passaram 6 meses com ponto fechado e pagando
aluguel, mas eu não tinha condições de abrir o negócio pois não tinha mesas,
quando fui agredida lá no tupi caldas ele não deixou eu pegar as minhas prateleiras.

David: No caso o tupi caldas era seu supermercado?

Marines: não, tupis caldas aqui no Moreira César onde eu iniciei com bolo. Então,
na praça Kenedy eu fiquei 6 meses com o ponto e se passaram mais 3 meses e eu
devendo o ponto, já não tinha mais dinheiro para pagar, eu colocava os bolos nos
pontos de venda, meu filho ia entregar os bolos e na época ele ia de táxi, de manhã
ele ia comprar a matéria prima, de tarde ele estudava na escola pública porque eu
não conseguia pagar uma particular, e no final da tarde ele ia para o cursinho de
professor Miguel, como ele já estava terminando o ensino médio ele entrou no
cursinho para fazer o vestibular de direito. 3 meses antes de abrir o ponto com as
mesas, eu não tinha o dinheiro e o dono do PAPARICO (Marcos) me ajudou.

Marcos: minha amiga, eu vou mandar um pintor para limpar e pintar as paredes.

Marines: e outro amigo disse assim “eu vou mandar emprestar as mesas”, a vizinha
do fundo me emprestou cartão de crédito, minha irmã me emprestou o freezer,
minha irmã me ajudou muito no início, embora ela acreditasse em mim mas queria
que eu desistisse, queria que eu arrumasse um trabalho, arrumasse um marido. E
quando eu consegui colocar para funcionar, de manhã era fechado, eu fazia bolo de
manhã e de tarde eu ia vender os bolos, e eu chamava todo mundo que passava
nas ruas para fazer uma degustação, essa degustação está em um dos quesitos
que vocês me perguntaram que foi ponto forte. Agora eu vou responder sobre meus
pontos fortes, eu estou em uma boa localização pois a praça Kennedy foi um lugar
que me trouxe sorte, eu tenho produtos de boa qualidade, tenho fornecedores
parceiros que me ajudaram muito, porque você precisa ter fornecedores parceiros, e
tive muitos colaboradores que começaram a trabalhar comigo já depois de um ano
porque durante um ano eu trabalhava sozinha na praça Kenedy somente eu e meus
filhos, mas 2017 eu já coloquei pessoas para me ajudar, quando as pessoas vinham
para procurar trabalho eu mostrava minha situação e era divertido trabalhar, tivemos
muitas histórias boas no início. Um diferencial meu aqui na cidade é que eu trabalho
ainda na produção, eu estou na produção o tempo todo, embora digam que eu não
tenha que está eu só me vejo lá dentro, para cuidar do dinheiro eu coloco outra
pessoa.

Gabriel: isso está voltado para 5º pergunta, qual seria o plano estratégico, qual
plano de ação vocês pensaram para Mari bolos?

Marines: Na época não tinha nenhuma estratégia, só era a necessidade de


sobreviver, eu preciso pagar aluguel, eu preciso pagar água, eu preciso pagar luz,
eu preciso sobreviver! Quando você tem essa necessidade e essa vontade de
crescer as coisas acontecem, eu trabalhava assim: eu batia bolo e no telefone
ligando para o fornecedor. Quando eu comecei a sair um pouco do bolo e colocar
novos produtos foi quando meu filho passou no vestibular em 2016. Meu filho
chegou para mim e disse: minha mãe eu passei no vestibular e agora, o que vamos
fazer para eu estudar lá? Eu falei assim, matricular eu vou e estudar você também
vai, só não sei como eu vou pagar, mas que você vai você vai. A necessidade de
ampliar veio quando Everton foi estudar em Salvador, e eu pensei assim: e agora?
O que é que eu faço para pagar a faculdade desse menino? Foi aí que comecei a
fazer canjica, mingau, pamonha, arrumei uma pessoa para fazer brigadeiro,
empadinha, pães caseiros na mão mesmo e fui colocando novos produtos.
Moravam mais duas pessoas ali no prédio do ponto porque era um pequeno
condomínio, saíram os moradores e eu falei com o proprietário que eu ia querer o
ponto, fui quebrando e construindo no ponto, quando vi já estava pronto.

Respondendo sobre a pergunta do plano estratégico, quando eu comecei a colocar


as mesas e abri a loja eu precisava vender, eu precisava mostrar meu produto, foi
quando eu iniciei a degustação, eu para as pessoas na rua, no semáforo e oferecia
um pedaço de bolo, e aí surgiu a boca a boca, meu maior marketing foi a
degustação e o boca a boca, as pessoas que já conheciam o produto começaram a
indicar para a família o meu produto, mas porque a boca a boca? Porque eu
desenvolvi um produto de qualidade, no meu bolo sempre teve amor, afeto, carinho,
as pessoas que comem o bolo comem por prazer, não é só um produto para encher
barriga, é um produto que quando as pessoas querem merendar, se reúnem em
família lembra e compra Mari bolos. E de repente estava eu levando bolo para
Wesley Safadão, Léo Santana, Zé Neto e Cristiano, Márcia Fellipe, Harmonia do
Samba, e de repente eu me vi no meio artístico por causa do meu bolo. O meu
produto já foi diversas vezes para os EUA, meu pão de batata, eu tenho um biscoito
que já foi várias vezes para o papa, um padre de salvador que é daqui e leva as
coisas, moral da história? O papa pediu 30 pacotes de biscoito e realizou um sonho
de internacionalizar os produtos. Um pão que eu fazia na mão cansou de ir para
Paris, um pão de calabresa, e vai várias vezes para diversos estados do Brasil.

Então eu dizia que eu ia ficar famosa, mas para isso a gente precisa de uma coisa
muito importante, e vocês precisam carregar como base, é a humildade e a fé em
Deus, acreditar em Deus, mas vocês não precisam querer hoje isso e amanhã
aquilo, vocês precisam ter um foco, vocês não podem desistir no primeiro obstáculo,
se eu fosse desistir no primeiro obstáculo eu não estaria aqui, foram vários. Imagine
você chegar um dia de sábado e ter acabado todos os bolos? Eu me sentia cansada
mas precisava fazer os bolos sozinha para o outro dia, de manhã eu arrumava tudo,
Everton ia vender e eu ia dormir

Mariana: Uma das suas falas no início foi que você tomava prejuízo, porque?

Marinês: eu tinha prejuízo porque eu não conseguia chegar no ponto que queria,
imagine, eu nunca tomei curso, eu não fazia bolo então eu tive que desenvolver as
receitas.

Mariana: Esses bolos você começou a fazer em que ano?

Marines: Em 2013.

Mariana: Muita gente pensa que você começou a cozinhar antes dos bolos, né?

Marines: não, eu nunca cozinhei e não gosto de cozinhar, mas bolo, eu nasci para
fazer bolo, meu professor era Deus e ele me direcionou a cada coisa e além dele eu
sempre tive o objetivo de ter um produto de qualidade, um produto bom. Eu não
vendo aquilo que eu não como! O que não serve para mim, não serve para você, eu
prefiro tomar prejuízo na produção do que perder o meu cliente.

Quando falamos de uma estratégia de negócio é quando você ainda irá planejar o
seu negócio.

Eu nunca planejei um negócio, eu sabia que o que eu queria era fazer bolos, e essa
era a minha certeza. Eu sei tudo sobre o meu produto, quanto custa cada grama do
meu produto, modéstia parte, sou muito boa nisso. Meu bolo de aipim e de tapioca
são batidos à mão, não uso batedeira.

Então sempre foi assim, na correria, batendo bolo e ao, mesmo tempo atendendo
ao telefonema dos meus credores. Nunca tive um RH ou alguém que me ajudasse a
cuidar da parte burocrática, pois para formalizar uma empresa gera custos e no
momento eu não tinha condições financeira de arcar com essas despesas, cheguei
a contar com até 30 colaboradores, e era eu quem cuidava de toda a parte
burocrática de contratação.

Minha loja era simples, não quis investir em fachada, pois ainda não tinha resolvido
ainda a questão burocrática da minha empresa, mas tudo era limpo e organizado.

Na maioria das vezes não havia tanta necessidade de ter um quadro tão grande,
mas quando me pediam eu acabava contratando sem ao menos ver a necessidade,
como eu estava sempre ocupada na cozinha, acabava não me atentando a outros
setores.

Com o crescimento da empresa surgiu a necessidade de organiza-la , começando


pela parte burocrática, porque até o momento eu ainda trabalhava na informalidade,
mas sempre paguei aos meus funcionários o salário, e todos os seus direitos, como
eu havia dito anteriormente, no início foi muito difícil, então eu não podia ter mais
custos.

A partir do momento que você formaliza sua empresa, você passa a supervisionar
mais a sua equipe, controlando os horários de entrada e de saída, verificando a
produção, ou seja, com um olhar mais atento ao funcionamento da empresa.

Não foi fácil construir minha empresa, eu contratava o pedreiro e ao mesmo que ele
iria construindo, eu iria fazendo os bolos, em uma verdadeira maratona.

Nesse meio tempo surge a necessidade de ajudar meu irmão, que estava passando
por uma crise financeira, então, resolvi ajuda-lo montando um negócio para ele na
cidade de Inhambupe, mas, não foi como o esperado pois tentamos o ramo de
açougue, um conselho que deixo para vocês é que nunca invistam em açougue, a
não ser que vocês mesmos abatam seu próprio boi.

Foram dias difíceis, e eu sempre ali dando apoio ao meu irmão, ele admirava minha
coragem, dizia que eu tinha herdado tudo nosso pai. E ele devendo aos
fornecedores, ficava muito preocupado, e eu também, eu dizia para ele entrar em
contato com os fornecedores e renegociar suas dívidas, mas nunca fugir de seus
compromissos... e assim ele fez.

Treinei um funcionário meu e lavei a Mari bolos para o açougue do meu irmão,
nesse meio tempo ele tomou um fôlego e conseguiu respirar um pouco mais
aliviado, pois agora seu negócio contava com outra renda. E pela honra e glória do
Senhor, meu irmão está bem conseguiu sanar todas as suas dívidas com os seus
credores e está conseguindo fluir seu negócio.

A Mari Bolos hoje conta com 3 lojas, sendo que aqui na cidade de Alagoinhas é a
matriz.

Eu sonho em crescer ainda mais, quero poder empregar até um milhão de


funcionários, gerando renda e emprego. Sou uma pessoa muito simples, moro em
uma casa simples, no momento não me importo com luxos, viagens, carrão. É claro
que sonho em ter tudo isso, mas acredito que esse não seja o momento, quero
investir em minha empresa no momento. Já vivi todo o luxo, sei bem como é. Eu só
andava de salto alto, cabelos soltos, roupas de grifes, hoje, se eu for chamada para
ir
à Paris de Havaianas eu vou. Acho que antes eu fazia questão de provar para mim
mesmo que eu podia, pois eu vim de uma família simples, morava na roça, vim para
morar na cidade com os meus pais, então sofria muito bullying na escola, tudo era
novidade para mim, tive acesso fácil aos fast food, então comia muito e acabei
ficando acima do peso, os meus colegas me apelidaram de “colchão amarrado”.
Sofri muito com tudo isso. É por isso que quando passei a ter uma condição
financeira melhor investir bastante na minha aparência.

Uma coisa eu digo." Tenham sempre a humildade, isso é o que mais importa na
vida do ser humano.

Um dos pontos fortes da minha empresa é a qualidade dos meus produtos e disso
eu não abro mão. Às vezes surge uma certa dificuldade em alguns setores, mas
nada que um bom diálogo não resolva.

Edição técnica entrevista Mari Bolos.

A gestão de conflitos ainda é um mistério. "Tenho em meu quadro funcional


colaboradores extraordinários e outros que me tiram o sono"(Marinês). Ou seja, as
relações no ambiente laboral são reais entre desafios e harmonia.

Algumas práticas laborais necessitam de aprimoramento e controle de qualidade, a


exemplo a produção do pão:o cuidado com o tempo na masseira, para que não haja
interferência no resultado final,no assar para não perder o tempo,são detalhes que
fazem toda diferença. “Eles possuem capacidade técnica, no entanto não aplicam
na sua totalidade, o que acarreta na qualidade final do produto. Falta exercer a
técnica com eficácia visando a padronização e qualidade dos produtos."

Pontos fortes: não visualizei

Pontos frágeis: falta de padronização do produto, o que acarreta na perca de


contratos.

investimentos em controle de qualidade, ética profissional,higienização e etc. têm


sido constantes. “Prezo pela qualidade dos produtos e da organização como um
todo,e isso inclui meu quadro de colaboradores."

Pontos fortes: investimentos no ambiente físico e qualificação profissional com


treinamentos in company visando a excelência da organização.

Pontos frágeis: não visualizei


P: Em sua organização há líderes setoriais?

"Não. Ainda não foi possível devido ao investimento financeiro necessário e a


compreensão dos colaboradores sobre a importância de ser e/ou ter um líder. Falta
essa visão." (Reescrever com outras palavras)

Pontos fortes: não visualizei

Pontos frágeis: divisão de tarefas clara com supervisão por setor e delegação de
poderes.

P: Como você enxerga as oportunidades no mercado local e circunvizinhança?

"Enigmático. Creio que no futuro possa melhorar. Em meu segmento, devido a


demanda, abrirei outra unidade, mesmo com risco.

Alagoinhas não tem muitos atrativos,turismo,atividades comerciais noturnas que


movimentam a economia. Eu acredito que alavancaria o comércio e reduziria a
falência de alguns negócios.

Pontos fortes: determinação e visão empreendedora.

Pontos frágeis: ver limitação em relação ao horário de funcionamento e atrativos do


comércio local.

P: Como lida com os pequenos e grandes concorrentes da cidade?

"Não me preocupo com eles. Confio no meu potencial e mantenho o foco em ofertar
um produto de qualidade.Opto por ser um diferencial e cativar os clientes da melhor
forma possível, à exemplo oferecendo degustação gratuita de alguns produtos."

Pontos fortes: autoconfiança e auto estima.

Pontos frágeis: não avaliar os concorrentes de modo a ter um parâmetro para o seu
negócio.

Um local estratégico,a exemplo o centro,e estacionamento para os clientes dariam


maior competitividade e lucro ao empreendimento.

Pontos fortes: conhece as dificuldades e a necessidade.

Pontos frágeis: local de uma das unidades não tem muita visibilidade e deixa a
deseja em conforto e comodidade aos clientes.
"Uso a visão dos meus clientes como parâmetro comparativo com meus
concorrentes. Observou,comparar e analisar."(Marinês)

Pontos fortes: não visualizei

Pontos frágeis: análise superficial dos fatos.

"Desejo implantar uma nova loja na cidade,faltam recursos no momento."(Marinês)

Pontos fortes:crescimento do negócio,geração de empregos e renda.

Pontos frágeis: falta planejamento estratégico e financeiro.

"Tenho segurado o preço dos produtos há algum tempo,na expectativa de uma


equalização, porém continuou crescente,o que me obriga a reajustar os preços."

"Tenho perdido renda,cerca de R$35 mil mensal,o que me deixa sem alternativas a
não ser ajustar."

Em relação aos dois últimos parágrafos

Portos fortes: não visualizei

Pontos frágeis: emocional acima do racional; falta planejamento


administrativo,estratégico e financeiro.

Um dos pontos que a senhora é muito intensa é na questão da empregabilidade.


Como foi isso no momento da pandemia? Na pandemia eu tinha 27 funcionários e
não demiti nenhum, fui muito ousada, a fiscalização pedia que baixasse as portas e
eu não baixava. Não tive incentivo, era clandestina, estava na informalidade, mas
consegui manter o meu funcionário, tomei empréstimo com o marido, me endividei.
Marido e filhos pediam que eu me demitisse, mas eu não tinha coragem.

E hoje a senhora tem quantos colaboradores? Hoje eu estou com 26 direto, e


alguns indiretos, agora final de ano vai para uns 30. Fora os fornecedores que tem
muitos que acabam sendo nossos parceiros, são meus bancos, vou fazer uma
reforma falo que vou precisar pagar o ovo de 5 vezes. Era dessa forma com o dono
do imóvel, vou ficar 3 meses sem pagar o aluguel, daqui a 3 meses pago o atual e
um pouquinho do atrasado, a manteiga, o gás do mesmo jeito. Fui roubada muitas
vezes, por funcionários.

A senhora tem sistema de segurança? Sim, tenho 32 câmeras.

Daqui há uns dias já estão fazendo cálculos dos prejuízos? Sim, minha meta é
reduzir custos, fiscalizar a produção para produzir em tempo hábil. Meus
funcionários não tem salário ruim, a nível de delicatessen quem paga melhor na
cidade sou eu e Domingos. Tem transporte, feriado pago 100%, não é fácil, o custo
é alto, empresário quase nenhum em Alagoinhas paga transporte, hora extra. Falo
sempre isso a meus funcionários, eles falam que estou jogando na cara, e não é
isso, estou relatando que lá fora é assim. E se estou dando o melhor, eles tem que
dar o melhor deles. Penso em pegar o transporte e colocar na carteirinha, porque a
maioria pega o transporte e usa para outra coisa e vem a pé, tem pessoas que o
dinheiro do transporte paga água, luz, vira uma feira, um reforço.

Não queria ser assim, ter o coração bom, por isso que eles não me respeitam.
Digamos que eles gostem de mim, do meu jeito, chega natal dou o peru, chega
semana santa dou o bacalhau, aniversário dou o bolo da festa. Tem uma relação
mais profissional e como não ter se convivendo diariamente com eles. Eles falam:
minha patroa, meu filho está doente, meu gás acabou, meu tanquinho queimou, e
eu sempre ajudando.

Esse viés humano é muito importante claro que nas limitações, para não acabar
assumindo riscos dos outros, esse lado humano conta muito se por no lugar do
outro. Eu penso assim: quando eu morrer não levo nada, quero deixar meu legado,
quando morrer tenho certeza que não vou ficar esquecida, e ainda pretendo
escrever um livro. Até mesmo pela sua história, quantas pessoas que lhe deram a
mão, ajudou

Eu vou dizer a vocês, estou muito nervosa, se me tirar a paciência.

Eles falam assim, se não fosse tão bruta, provocam a minha ira, porém se não tiver
dureza para conduzir a liderança acabamos nos perdendo. Tem hora que tem que
chamar atenção, conversar de uma outra forma

Meus filhos, acham que deveria punir por tudo, mandar embora e não é assim para
nós administradores. Se o tempo todo for mandar o funcionário embora vai ficar sem
funcionários. Essa rotatividade sai cara, só para treinar a equipe, eles cobram de 10
mil a 12 mil reais e não treinam.

Meus filhos dizem: a senhora é muito bruta, sou bruta porque eles provocam, se eu
fosse uma pessoa ruim ao longo desses anos, trabalhando na informalidade com 27
funcionários vocês acham que eu não estaria com problema na justiça. Construiu
uma relação com seus colaboradores ao longo da sua história.

Dentro desses pontos negativos que a senhora citou, qual ameaça a senhora sofreu
no empreendimento, qual ameaça que a senhora enxerga como ponto negativo que
precisa ser melhorado, fora o negativo do pão, que tem que estar supervisionando?
Não existe nada ameaçador, existe a questão de melhorias, poder continuar à
frente, oferecer um bom trabalho, pois meu cliente, o delivery precisa ser bem
atendido, se tornar uma empresa de verdade, porque ainda, estou organizando. Vou
investir em gestão de pessoas, marketing.
Você usou as cores do marketing correta na escolha da fachada, sabia? Embora
não quiseram. Sou uma mulher elegante, gosto de cores elegantes. Ficaram muito
bonitas e são cores que são para produtos alimentícios.

Queremos saber como é organizada a exposição dos produtos, como é ofertado o


serviço na rede sociais, se tem uma pessoa específica que cuida das suas redes?
Vamos cuidar da organização dos produtos, procuro organizar sempre padrão, bolo,
biscoito, doce, de forma que venha atrair, com boa visibilidade, de forma atraente
para os clientes ver e ficar desejando, falam assim: vim comprar pão, estou saindo
com essa cesta, tenho produtos atrativos, bonitos, cheirosos. A exposição é
estratégica, pão nos fundos, doces na frente.

Coloquei um freezer de cerveja, vou colocar um balcão refrigerado, um freezer de


torta vertical, para quem passar na rua já ver as tortas. No final de novembro vou
funcionar o café. Com 3 tipos de suco, 2 tipos de café, não tenho muito espaço, só
são 6 mesas um total de 24 cadeiras. O café será o que está ali, não será um
cardápio diferente, vai estar tudo bonitinho só para se servir.

Em questão da rede social, como é para vocês estar relacionado com os outros
aplicativos? Só tenho quero delivery, entrei no ifood mas não deu certo, colocar
promoção no produto do outro e dizer que devolve a porcentagem isso não existe.
Diziam que era 12%, quando ia ver cobravam taxa de 20%, por isso que estão ricos,
e quanto as redes sociais, só Instagram que a partir de agora vai ter uma pessoa,
mas até então, eu mesmo que postava.

Em relação ao marketing tem alguma coisa relacionada a empresa que toda vez
que ver aquilo lembre da Mari bolos? Não, o menino que está lá até comentou isso
comigo que a gente precisa criar a identidade da Mari bolos, vamos fazer isso.

Como a senhora projeta a empresa daqui há uns 5 ou 10 anos? Com várias filiais e
produtos novos, produtos até que já tenho, que pretendo colocar no mercado
externo

Tem algum produto que sai muito que possa dizer: esse aqui é o carro chefe?
Tenho vários produtos, posso citar: biscoito de coco, polvilho de queijo, bolo de
laranja, o pão de batata ele é o queridinho da loja.

Hoje não existe o produto carro chefe, porque existem vários produtos, por exemplo
o biscoito picon ele não pode faltar, o polvilho de queijo, o pão de batata é o
queridinho da loja, tenho vários queridinhos na loja, tem o doce de leite. Em relação
a promoções eu não tenho isso ainda, isso faz parte da gestão, então agora eu vou
implantar um sistema que chama benipardi para os clientes fazerem pedidos de
encomenda, até uns três a quatro meses já vai está tudo organizado, para ser
melhor organizado a questão do atendimento, já perdi muitas vendas por questão
de desorganização em relação aos valores e por questão do tempo de atendimento.
Em relação às encomendas ainda não tenho um cardápio, mas agora vou implantar
o cardápio com valores, tudo bem organizado. Não estava investindo nessa questão
de encomendas mas agora já estou fazendo o projeto. A empresa cresceu, e no
momento que tornei ela formal o nível da despesa foi muito alto, então hoje assim
eu usava bandeja que custava dez centavos e passava um filme, olha a diferença
para vocês entenderem como pedir lucro, meu bolo ficava de 0,30 a embalagem,
hoje é um reais, setenta centavos a mais, usava sacos normais sem o slogan da
empresa e hoje já é tudo organizado, com o slogan da empresa, usava caixa de
pizza também como embalagem, agora uso outra embalagem também com o
slogan da empresa, embalagens descartáveis e padronizadas, com tudo isso a
despesa cresceu muito, com a empresa formal agora pago impostos diretamente,
pago em torno de 15 mil de imposto, também tem os encargos de funcionários, com
toda essa despesas infelizmente não houve um aumento de vendas, então por isso
estou em busca de melhorar a qualidade da área de gestão de pessoas, gestão de
atendimento, estou investindo na melhoria do atendimento para que os clientes
sejam atendidos da melhor forma possível, vamos investir em marketing, vender por
encomendas.

Então, como estava dizendo...

Nós precisamos de pessoas conscientes, padronização é conscientização, estou


aqui para trabalhar dessa forma, e eu vou trabalhar dessa forma.

E se eu disser pra você que a gente não acha um profissional nem pra uma coisa e
nem pra outra, alagoinhas é assim, não possui colaboradores qualificados para o
serviço proposto.

Quando estou ali para mostrar os defeitos eles não aceitam, eles dizem que sou
exigente demais, que o cliente não irá reclamar se mudar uma coisa ou outra.

Querem fazer do jeito que acham que está bom, na base do achismo, mal sabem
eles a dificuldade de empreender, e a importância da padronização.

Minhas placas de forma de bolo são todas bem lavadas, após o uso das mesmas,
para que não venha a acontecer de grudar massa nas formas, tenho muito cuidado,
pois são todas de inox, caso venha a acontecer de grudar massa de bolo, é porque
a mesma não estava bem untada, ou a massa ficou mais tempo do que o
necessário no forno, a higienização no local de trabalho deve ser feita
frequentemente, prezo muito por esse princípio.

Eu tenho um técnico pra pão, que vem uma vez por mês passar 5 dias, mas eu
estou esperando a ampliação de outro setor, pra trazer esse técnico para poder
investir em pães por básico.
De pouco a pouco vamos evoluindo, recebo muitos elogios em relação a qualidade
dos meus produtos, mas temos muito a melhorar, pois o cliente não vai até a minha
conveniência só por causa do produto, mas também pelo bom atendimento,
agilidade e eficiência dos meus colaboradores, outro ponto que temos que melhorar
é a comunicação via rede social, demora no atendimento pelo whatsapp e também
na entrega, para solucionar esse problema, implementamos um cardápio via link,
onde o cliente pode estar escolhendo o produto desejado através do seu celular,
gerando o pedido da sua escolha de um jeito mais rápido e com ausência de
dúvidas, tornando a experiência de comprar na Mari bolos, muito mais satisfatória.

Só tenho a agradecer quem acreditou em mim, meu marido principalmente, que


acreditou muito em mim, agradecer a Deus acima de tudo, que colocou pessoas na
minha vida para me dá apoio, para que eu crescesse como empresária e como
pessoa, para Hoje poder ajudar muita gente, as pessoas que trabalham comigo,
ajudei as mesmas quando ficaram doentes, porque me ajudaram também nos
momentos de dificuldade.

Então é dando que se recebe, sabe? Então hoje, poder ajudar quem está
precisando e sendo fácil é muito bom. Não tenho palavras, e eu queria poder ajudar
mais, fazer mais, as vezes eu nem estou podendo, eu não tenho sobrando, mas eu
sei que eu posso tirar dali que eu vou arrumar uma forma de repor, entendeu? E é
isso, é gratidão.

Eu espero que eu tenha superado as expectativas de vocês, como eu falei pra


vocês, eu não costumo estar em bate-papos, então eu prefiro ser mais participativa
para entender meus pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças.

Vejo que o sucesso requer sacrifícios e temos que estar dispostos a abrir mão de
determinadas coisas.

As pessoas mais próximas dizem que trabalho demais que preciso curtir a
aproveitar mais a vida, mas entendo que com o planejamento, todos podem chegar
aos seus objetivos, tem pessoas que acabam pensando no agora e não enxergam
que os resultados do futuro são consequências que fazemos no agora, eu mesma
fiz a projeção de daqui a 10 anos curtir a vida sem muita preocupação.

E também precisamos ser gratos por aquilo que temos, que sejamos felizes e
tenhamos pensamentos positivos, pois quando murmuramos atraímos carmas
negativas para nossas vidas. Faço 47 anos em dezembro, estou muito bem graças
a Deus, muito por causa do estilo de vida que eu tenho, comendo alimentos
saudáveis como feijão, arroz, cuscuz, ovo, abacate, aipim, inhame, frutas e
verduras.

Passamos por várias dificuldades, mas sinto que foi essas dificuldades que nos
tornam fortes, é importante aprendermos com momentos difíceis das nossas vidas,
e é isso que passo para os meus filhos, e espero que ao ouvirem essa história,
passem adiante.

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