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Primeira edição
09.01.2017
Número de referência
ABNT NBR ISO 20815:2017
73 páginas
© ISO 2008
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT, único representante da ISO no território brasileiro.
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Sumário Página
Prefácio Nacional...............................................................................................................................vii
Introdução............................................................................................................................................ix
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos, definições e abreviaturas....................................................................................2
3.1 Termos e definições............................................................................................................2
3.2 Abreviaturas........................................................................................................................8
4 Garantia da produção e apoio à decisão..........................................................................9
4.1 Condições de enquadramento...........................................................................................9
4.2 Processos de otimização.................................................................................................10
4.3 Programa de garantia da produção.................................................................................12
4.3.1 Objetivos............................................................................................................................12
4.3.2 Categorização dos riscos do projeto..............................................................................13
4.3.3 Atividades do programa...................................................................................................14
4.4 Normas alternativas..........................................................................................................17
5 Processos e atividades de garantia da produção..........................................................17
Anexo A (informativo) Conteúdo do programa de garantia da produção (PGP)............................19
A.1 Geral...................................................................................................................................19
A.2 Título...................................................................................................................................19
A.3 Termos de referência........................................................................................................19
A.4 Objetivos de desempenho e filosofia de garantia da produção...................................19
A.5 Categorização dos riscos do projeto..............................................................................20
A.6 Organização e responsabilidades...................................................................................20
Impresso por HELTON LUIZ SANTANA OLIVEIRA em 22/12/2017
F.1 Geral...................................................................................................................................41
F.2 Especificação da garantia da produção..........................................................................41
F.3 Verificação de atendimento aos requisitos....................................................................42
Anexo G (informativo) Indicadores de desempenho para disponibilidade da produção..............43
G.1 Geral...................................................................................................................................43
G.2 Disponibilidade da produção...........................................................................................44
G.3 Outros parâmetros............................................................................................................46
Anexo H (informativo) Eventos catastróficos...................................................................................53
H.1 Geral...................................................................................................................................53
H.2 Critério de inclusão na análise........................................................................................54
Anexo I (informativo) Descrição das técnicas...................................................................................55
I.1 Geral...................................................................................................................................55
I.2 Análise de modos e efeitos de falha...............................................................................55
I.3 Análise por árvore de falhas............................................................................................56
I.4 Diagrama de blocos de confiabilidade............................................................................57
I.5 Modelos para cálculos de disponibilidade de produção...............................................58
I.5.1 Geral...................................................................................................................................58
I.5.2 Princípios de simulação Monte Carlo.............................................................................58
I.5.3 Modelagem comportamental............................................................................................59
Figuras
Figura 1 – Indicadores de projeto e operacionais que afetam o desempenho da produção......10
Figura 2 – Processo de otimização..................................................................................................12
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Tabelas
Tabela 1 – Categorização dos riscos de projeto.............................................................................14
Tabela 2 – Visão geral de processos de garantia da produção em comparação com níveis
de riscos e fases do ciclo de vida...................................................................................16
Tabela 3 – Normas alternativas.........................................................................................................17
Tabela B.1 – Requisitos de garantia da produção – Processo 1...................................................22
Tabela B.2 – Planejamento de garantia da produção – Processo 2..............................................23
Tabela B.3 – Projeto e fabricação para a garantia da produção – Processo 3.............................24
Tabela B.4 – Garantia da produção – Processo 4...........................................................................25
Tabela B.5 – Análise de risco e confiabilidade – Processo 5.........................................................26
Tabela B.6 – Verificação e validação – Processo 6.........................................................................27
Tabela B.7 – Monitoramento de dados de desempenho e análise – Processo 9.........................28
Tabela C.1 – Gerenciamento de risco do projeto – Processo 7.....................................................29
Tabela C.2 – Qualificação e testes – Processo 8.............................................................................30
Prefácio Nacional
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR ISO 20815 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e
Estruturas Oceânicas para a Indústria de Petróleo e Gás Natural (ABNT/CB-050), pela Comissão
de Estudo de Equipamentos de Perfuração e Produção (CE-050:000.004). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 16.11.2016 a 15.12.2016.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 20815:2008,
que foi elaborada pelo Technical Committee of Materials, equipment and offshore structures
for petroleum, petrochemical and natural gas industries (ISO/TC 67), Working Group Reliability
Engineering and technology (WG 4), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Scope
This Standard introduces the concept of production assurance within the systems and operations
associated with exploration drilling, exploitation, processing and transport of petroleum, petrochemical
and natural gas resources. This Standard covers upstream (including subsea), midstream and
downstream facilities and activities. It focuses on production assurance of oil and gas production,
processing and associated activities and covers the analysis of reliability and maintenance of the
components.
It provides processes and activities, requirements and guidelines for systematic management, effective
planning, execution and use of production assurance and reliability technology. This is to achieve
cost-effective solutions over the life cycle of an asset-development project structured around the
following main elements:
—— production-assurance management for optimum economy of the facility through all of its life-cycle
phases, while also considering constraints arising from health, safety, environment, quality and
human factors;
For standards on equipment reliability and maintenance performance in general, see the IEC 60300-3.
This Standard designates 12 processes, of which seven are defined as core production-assurance
processes and addressed in this Standard. The remaining five processes are denoted as interacting
processes and are outside the scope of this Standard. The interaction of the core production-assurance
processes with these interacting processes, however, is within the scope of this Standard as the
information flow to and from these latter processes is required to ensure that production-assurance
requirements can be fulfilled.
This Standard recommends that the listed processes and activities be initiated only if they can be
considered to add value.
The only requirements mandated by this Standard are the establishment and execution of the
production-assurance programme (PGP).
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Introdução
As indústrias de petróleo e gás natural envolvem grandes investimentos de capital e despesas opera-
cionais. A rentabilidade dessas indústrias depende da confiabilidade, disponibilidade e mantena-
bilidade dos sistemas e componentes que são utilizados. Portanto, para uma disponibilidade ideal de
produção no negócio de petróleo e gás, é necessária uma abordagem padronizada e integrada de
confiabilidade.
1 Escopo
Esta Norma introduz o conceito de garantia da produção dentro dos sistemas e operações associados
à exploração, explotação, processamento e transporte de petróleo, petroquímicos e de gás natural.
Esta Norma abrange instalações e atividades upstream (incluindo subsea), midstream e downstream.
Focaliza a garantia da produção de petróleo e gás, processamento e atividades associadas e abrange
a análise de confiabilidade e manutenção dos componentes.
Esta Norma fornece processos e atividades, requisitos e orientações para a gestão sistemática,
efetivo planejamento, execução e utilização de garantia da produção e tecnologia de confiabilidade.
Esta Norma visa soluções custo-efetivas ao longo do ciclo de vida de um projeto de desenvolvimento
de ativos, estruturado em torno dos seguintes elementos principais:
—— gestão de garantia da produção para uma economia otimizada da instalação por meio de todas as
suas fases do ciclo de vida, considerando também as restrições decorrentes de fatores de saúde,
segurança, meio ambiente, qualidade e humanos;
Esta Norma indica 12 processos, dos quais sete são definidos como processos principais de garantia
da produção e abordados nesta Norma. Os cinco processos restantes são indicados como processos
interativos e estão fora do escopo desta Norma. A interação dos processos principais de garantia da
produção com esses processos de interação, no entanto, está dentro do escopo desta Norma, pois o
fluxo de informação de e para estes últimos processos é necessário para assegurar que os requisitos
de garantia da produção possam ser atendidos.
Esta Norma recomenda que os processos e as atividades listadas sejam iniciados somente se for
considerado que agreguem valor.
Os únicos requisitos mandatórios desta Norma são a criação e execução do programa de garantia
a produção (PGP).
2 Referência normativa
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR ISO 14224:2011, Indústrias de petróleo e gás natural – Coleta e intercâmbio de dados
de confiabilidade e manutenção para equipamentos
3.1.1
disponibilidade
capacidade de um item estar em um estado para executar uma função desejada sob determi-
nadas condições em um dado instante de tempo, ou em média ao longo de um determinado intervalo
de tempo, supondo que os recursos externos necessários sejam fornecidos
3.1.2
falha de causa comum
falhas de diferentes itens resultantes da mesma causa direta, ocorrendo dentro de um tempo relativa-
mente curto, em que essas falhas não são consequências umas das outras
3.1.3
manutenção corretiva
manutenção que é realizada após o reconhecimento de estados de falhas e destinada a colocar um
item em um estado no qual ele possa desempenhar uma função requerida
Ver IEC 60050-191:1990, Figura 191-10 [2], para informações mais específicas.
3.1.4
eficiência de entrega
razão entre entregas e entregas previstas durante um período de tempo especificado, quando o efeito
dos elementos de compensação como a substituição de outros produtores e armazenamento de buffer
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3.1.5
vida útil
tempo de utilização previsto para o sistema inteiro
NOTA Convém que a vida útil não seja confundida com MTTF (3.1.25), que é composto por vários itens
que possam falhar dentro da vida útil do sistema, desde que o reparo ou substituição seja viável.
3.1.6
estado não operacional (down state)
estado de incapacidade inerente de um item caracterizado por um estado de falha ou por uma eventual
incapacidade de desempenhar uma função requerida durante a manutenção preventiva [2]
3.1.7
tempo não operacional (downtime)
intervalo de tempo durante o qual um item se encontra em um estado não operacional (down state) [2]
NOTA O tempo não operacional inclui todos os atrasos entre a falha do item e o restabelecimento de seu
serviço. O tempo não operacional pode ser planejado ou não.
3.1.8
downstream
processo da cadeia de produção mais comumente utilizado na indústria do petróleo para descrever
processos após a produção
3.1.9
falha
término da capacidade de um item para desempenhar uma função requerida
3.1.10
causa da falha
causa-raiz
circunstâncias durante o projeto, fabricação ou utilização que conduzem a uma falha [2]
NOTA Códigos de causa de falha genéricos aplicáveis a falhas de equipamentos são definidos em B.2.3,
na ABNT NBR ISO 14224:2011.
3.1.11
dados de falha
dados que caracterizam a ocorrência de um evento de falha
3.1.12
modo de falha
forma pela qual uma falha é observada no item que falhou
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NOTA Códigos de modo de falha são definidos para algumas classes de equipamentos em B.2.6,
na ABNT NBR ISO 14224:2011.
3.1.13
taxa de falha
limite, se existir, da proporção da probabilidade condicional de que o instante de tempo, T, de uma
falha de um item seja dentro de um determinado intervalo de tempo, [t, (t + ∆t)] e o comprimento deste
intervalo, ∆t, quando ∆t tende para zero, dado que o item está em um estado operacional no início do
intervalo de tempo
Ver C.3, da ABNT NBR ISO 14224:2011, para mais explicações sobre a taxa de falha.
NOTA 1 Nesta definição, t também pode denotar o tempo até a falha ou o tempo até a primeira falha.
NOTA 2 A interpretação prática de taxa de falha é o número de falhas em relação ao tempo operacional
correspondente. Em alguns casos, o tempo pode ser substituído por unidades de utilização. Na maioria dos
casos, a recíproca do MTTF (3.1.25) pode ser utilizada para calcular a taxa de falha, isto é, o número médio
de falhas por unidade de tempo, a longo prazo, se as unidades forem substituídas por uma unidade idêntica
na falha.
NOTA 3 A taxa de falha pode ser baseada no tempo operacional ou tempo do calendário.
3.1.14
estado de falha (fault)
estado de um item caracterizado pela inabilidade de desempenhar a função requerida, excluindo
a inabilidade associada à manutenção preventiva ou outras ações planejadas, ou devido à falta de
recursos externos [2]
NOTA Um estado de falha muitas vezes é resultado de uma falha do item em si, mas o estado pode existir
sem uma falha.
3.1.15
tolerância a estados de falhas
atributo de um item que faz com que ele seja capaz de desempenhar a função requerida, na presença
de certos estados de falhas de subitens [2]
3.1.16
item
qualquer parte, componente, dispositivo, subsistema, unidade funcional, equipamento ou sistema que
pode ser considerado individualmente [2]
3.1.17
atraso logístico
tempo acumulado durante o qual a manutenção não é possível que seja realizada devido à neces-
sidade de se obterem recursos de manutenção, excluindo-se qualquer atraso administrativo [29]
NOTA Atrasos logísticos podem ser devidos, por exemplo, a viagens até instalações desabitadas; à espera
pela chegada de peças sobressalentes, especialistas, informações e equipamentos de teste; ou a atrasos
devidos a condições ambientais inadequadas (por exemplo, espera por melhores condições ambientais).
3.1.18
perda de receita
LOSTREV (lost revenue)
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custo total de produção perdida ou adiada devido ao tempo não operacional (downtime)
3.1.19
item manutenível
item que constitui uma peça, ou um conjunto de peças, que normalmente é o nível mais baixo na
hierarquia do equipamento durante a manutenção
Ver Anexo A da ABNT NBR ISO 14224:2011 para exemplos de itens manuteníveis para uma variedade
de equipamentos.
3.1.20
manutenção
combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as ações de supervisão, destinadas
a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida [2]
3.1.21
dados de manutenção
dados que caracterizam a ação de manutenção planejada ou executada
3.1.22
mantenabilidade
〈geral〉 capacidade de um item, sob determinadas condições de utilização, de ser mantido ou res-
taurado para um estado no qual possa desempenhar uma função requerida, quando a manutenção
é realizada sob condições especificadas e utilizando os procedimentos e recursos estabelecidos [2]
3.1.23
desempenho de suporte de manutenção
capacidade de um órgão de manutenção, sob determinadas condições, de fornecer mediante demanda
os recursos necessários para manter um item sob uma determinada política de manutenção [2]
NOTA As condições dadas estão relacionadas ao item em si e às condições nas quais o item é utilizado
e mantido.
3.1.24
tempo médio entre falhas
MTBF (mean time between failures)
expectativa de tempo entre duas falhas consecutivas [2]
NOTA O MTBF de um item pode ser mais longo ou mais curto do que a vida útil do sistema.
3.1.25
tempo médio até a falha
MTTF (mean time to failure)
expectativa do tempo até a falha [2]
NOTA O MTTF de um item pode ser mais longo ou mais curto do que a vida útil do sistema.
3.1.26
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3.1.27
midstream
área de negócios envolvendo os setores de processamento, armazenamento e transporte da indústria
do petróleo
EXEMPLOS Dutos de transporte, terminais, processamento e tratamento de gás, GNL, GLP e GTL.
3.1.28
modificação
combinação de todas as ações técnicas e administrativas destinadas a alterar um item [2]
3.1.29
período de observação
período de tempo durante o qual são registrados os dados de desempenho de produção e de
confiabilidade
3.1.30
estado operacional
estado de um item ao desempenhar uma função requerida [2]
3.1.31
tempo de operação
intervalo de tempo durante o qual um item está em um estado operacional [2]
3.1.32
objetivos de desempenho
níveis indicativos para o desempenho desejado
NOTA Objetivos são expressos em termos qualitativos ou quantitativos. Objetivos não são requisitos
absolutos e podem ser modificados com base em restrições técnicas ou de custo.
3.1.33
requisitos de desempenho
níveis mínimos necessários para o desempenho de um sistema
NOTA Os requisitos são normalmente quantitativos, mas também podem ser qualitativos.
3.1.34
petroquímica
área de negócios que produz produtos químicos derivados de petróleo e utilizados como matéria-prima
para a fabricação de uma variedade de materiais plásticos e outros produtos relacionados
3.1.35
manutenção preventiva
manutenção realizada a intervalos predeterminados ou de acordo com critérios prescritos e destinada
a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item [2]
3.1.36
análise de desempenho de produção
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NOTA Convém que o termo seja utilizado principalmente para a análise de sistemas totais, mas pode
também ser utilizado para a análise de indisponibilidade da produção de um sistema parcial.
3.1.37
garantia da produção
atividades implementadas para atingir e manter um ótimo desempenho em termos de economia
global e, ao mesmo tempo, consistente com as condições de enquadramento aplicáveis
3.1.38
disponibilidade de produção
razão entre produção realizada e planejada, ou qualquer outro nível de referência, ao longo de um
determinado período de tempo
NOTA Este indicador é utilizado em conexão com a análise de sistemas delimitados sem elementos de
compensação, como substituição de outros produtores e armazenamento no downstream. Limites de bateria
precisam ser definidos em cada caso.
3.1.39
desempenho da produção
capacidade de um sistema atender à demanda para entregas ou de desempenho
NOTA 1 Disponibilidade de produção, eficiência de entrega ou outros indicadores apropriados podem ser
utilizados para expressar o desempenho da produção.
NOTA 2 Convém que na utilização de termos de desempenho de produção seja especificado que esta
representa um desempenho previsto ou histórico da produção.
3.1.40
redundância
existência de mais de um meio para a realização de uma função requerida [2]
3.1.41
confiabilidade
capacidade de um item executar uma função requerida sob dadas condições por um determinado
intervalo de tempo [2]
3.1.42
dados de confiabilidade
dados para confiabilidade, mantenabilidade e desempenho do suporte de manutenção
NOTA Dados de confiabilidade e manutenção (RM) é o termo aplicado pela ABNT NBR ISO 14224:2011.
3.1.43
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função requerida
função, ou combinação de funções, de um item que é considerada necessária para fornecer um
determinado serviço [2]
3.1.44
risco
combinação da probabilidade e das consequências de um evento [20]
3.1.45
registro de riscos
ferramenta para registrar, acompanhar e encerrar o processo de registro de riscos relevantes
NOTA Convém que em cada entrada no registro de riscos tipicamente seja incluído:
—— descrição do risco,
—— descrição da(s) ação(ões),
—— responsável,
—— data de vencimento,
—— status de ação.
3.1.46
probabilidade de sobrevivência
R(t)
probabilidade da continuação do funcionamento de um item, como dado pela Equação (1):
onde Pr é a probabilidade de que T, o tempo até a falha de um item, seja maior do que t, um tempo
igual ou maior que 0.
3.1.47
estado operacional (up state)
estado de um item caracterizado pelo fato de que ele pode desempenhar uma função requerida,
assumindo que os recursos externos, se necessários, são fornecidos [2]
3.1.48
upstream (Exploration & Production – E&P)
categoria de negócios da indústria do petróleo que envolve exploração e produção
3.1.49
tempo operacional (uptime)
intervalo de tempo durante o qual um item está em estado operacional [2]
3.1.50
variabilidade
variações nos indicadores de desempenho para diferentes períodos de tempo sob condições de
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enquadramento definidas
NOTA As variações podem ser resultado do padrão de tempo não operacional de equipamentos e sistemas
ou de fatores operacionais, como o vento, ondas e acesso a determinados recursos de reparo.
3.2 Abreviaturas
FMEA análise de modos e efeitos de falha (failure modes and effects analysis)
FMECA análise de modos, efeitos e criticidade de falha (failure modes, effects and criticality analysis)
Para cumprir este objetivo, indicadores técnicos e operacionais, como indicado na Figura 1, podem ser
utilizados durante o projeto ou operação para alterar o desempenho da produção. A Figura 1 mostra
21 fatores que em maior ou menor grau podem ter um efeito sobre o desempenho da produção. Alguns
desses fatores são exclusivamente técnicos e é necessário que eles sejam aderentes ao projeto;
outros estão relacionadas exclusivamente à operação. A maioria dos fatores tem tanto aspectos
técnicos quanto operacionais, por exemplo, não é possível utilizar um bypass na fase de operação,
a menos que tenham sido tomadas medidas para isso na fase de projeto. Além disso, há dependências
entre muitos dos fatores listados.
Isto impõe duas recomendações importantes para que a garantia da produção seja eficiente:
—— Convém que a garantia da produção seja realizada em todas as fases desde a concepção do
projeto até a operação;
—— Convém que a garantia da produção tenha uma ampla cobertura das atividades de projeto.
Escolha da tecnologia
Indicadores técnicos
O princípio fundamental para a otimização do projeto ou seleção entre soluções alternativas de projeto
é a otimização econômica dentro de determinados limites e condições de enquadramento. A obtenção
de alto desempenho é de importância limitada, a menos que os custos associados sejam considerados.
Esta Norma pode, portanto, ser considerada em conjunto com a ISO 15663 (todas as partes).
—— restrições técnicas.
O processo de otimização pode ser visto como uma série de etapas, conforme a seguir (ver Figura 2
para uma ilustração).
b) identificar todos os requisitos de enquadramento legais, regulamentares e outros que se apliquem
ao projeto;
d) identificar a solução preferencial de projeto com base em uma avaliação/análise econômica,
como análise de valor presente líquido ou outro critério de otimização;
e) aplicar processo de otimização, como ilustrado na Figura 2. Estar ciente de que a execução do
processo de otimização requer que a garantia da produção e função de confiabilidade sejam
executadas por membros qualificados da equipe;
f) se necessário, o processo pode ser interativo, onde a alternativa selecionada é mais refinada
e são identificadas soluções alternativas. O processo interativo é típico para portais de decisão
ou fases limítrofes de projeto;
g) análise de sensibilidade pode ser realizada levando-se em conta a incerteza em parâmetros
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de entrada importantes.
Inicio:
Solução alternativa Modificar solução
identificada
Sim
Solução
aceitável dentro das A solução pode
restrições de ser modificada?
Não
projeto? a
Sim Não
A solução atende os
critérios de negócios?
Não
Sim
Todas as soluções
alternativas foram
Não
analisadas?
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Fim:
Decisão da gerência -
Selecionar alternativa ou
terminar o projeto
a Restrições de projeto típicas incluem exigências de SMS; viabilidade técnica; em conformidade com leis,
normas e regulamentos; restrições econômicas; restrições do cronograma.
4.3.1 Objetivos
Um programa de garantia da produção (PGP) deve servir como uma ferramenta de gestão no processo
de cumprimento desta Norma. Pode ser um documento estabelecido para as várias fases do ciclo de
vida de um novo projeto de desenvolvimento de ativos ou um documento estabelecido para os ativos
já em operação. Como a garantia da produção é uma atividade contínua em todas as fases do ciclo de
vida, ela deve ser atualizada como e quando necessário. Um PGP pode conter o seguinte:
—— descrição das atividades de garantia da produção necessárias para cumprir os objetivos, como
são realizadas, por quem e quando;
O Anexo A desta Norma sugere um modelo para o conteúdo do programa de garantia da produção (PGP).
Grandes modificações podem ser consideradas como um projeto com fases semelhantes às de um
projeto para o desenvolvimento de ativos. Aplicam-se os requisitos para as atividades de garantia da
produção como apresentados para as fases do ciclo de vida relevantes.
É necessário definir o nível de esforço para investir em um programa de garantia da produção para
atender aos objetivos do negócio para cada fase do ciclo de vida. Na prática, o esforço de garantia da
produção requerido está muito relacionado com o nível de risco técnico em um projeto. É, portanto,
recomendado que uma das primeiras tarefas a serem executadas seja uma categorização inicial dos
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riscos técnicos do projeto. Isso permite aos gerentes de projeto fazer uma avaliação geral do nível de
investimento em recursos de confiabilidade que pode ser necessário em um projeto.
A categorização de risco do projeto normalmente varia dependendo de uma série de fatores, como a
situação financeira, a política de risco etc. Assim, podem ser estabelecidos esquemas de categorização
de riscos específicos. No entanto, para fornecer alguma orientação sobre o processo, um simples
esquema de categorização de riscos é descrito a seguir.
—— alto;
—— médio;
—— baixo.
As características que descrevem as três classes de risco são descritas na Tabela 1. Normalmente,
há uma transição gradual de uma classe de risco para a outra. Assim, é necessário certo grau de
avaliação subjetiva. No entanto, Convém que a justificativa para a classe de risco selecionada para
um projeto seja incluída no programa de garantia da produção emitido durante a fase de viabilidade
ou conceitual.
A categorização de riscos do projeto (alta, média e baixa) é ainda aplicada na Tabela 2 (ver 4.3.3) para
indicar que processos devem ser realizados para as diferentes categorias de projetos.
Escala e
Escala e
Envelope complexidade Classe
Tecnologia complexidade Descrição
operacional do sistema de risco a
organizacional
técnico
Projeto de baixo
orçamento e baixo
Baixa risco utilizando
escala, baixa equipamento
Organização
Condições complexidade, testado em campo
Tecnologia pequena e
típicas de alterações Baixo com a mesma
madura consistente, baixa
operação. mínimas de configuração e com
complexidade.
configuração a mesma equipe sob
do sistema. condição operacional
semelhante a de
projetos anteriores.
Projeto de risco
pequeno a
moderado utilizando
equipamentos
testados em campo
Organização
Condições Escala e em um envelope
Tecnologia pequena a média, Baixo ou
típicas de complexidade operacional
madura complexidade médio
operação. moderadas. semelhante ao de
moderada.
projetos anteriores,
mas com alguma
complexidade
do sistema e
organizacional.
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Projeto de risco
moderado a alto
utilizando um
Tecnologia equipamento novo
nova ou não Ambiente ou não maduro
madura para operacional, Larga Organização ou com condições
Médio ou
um ambiente novo, escala, alta grande, alta operacionais novas
alto b
operacional estendido ou complexidade. complexidade. ou estendidas.
novo ou agressivo. Projeto envolve
estendido sistemas grandes
e complexos e
organizações de
gestão.
a O termo “baixo ou médio” indica que os projetos que compõem as características indicadas podem ser classificados
como projetos de baixo risco ou de médio risco, da mesma forma para o termo “médio ou alto.”
b Convém que a tecnologia nova ou não madura tenha um impacto significativo potencial sobre o resultado do projeto
a ser classificado como de alto risco.
Convém que as atividades de garantia da produção sejam realizadas em todas as fases do ciclo de
vida das instalações para fornecer subsídios para decisões sobre viabilidade, conceito, projeto, fabri-
cação, construção, instalação, operação, manutenção e modificação. Processos e atividades devem
ser iniciados somente se for considerado que eles contribuem para o valor agregado do projeto.
Convém que garantia da produção considere fatores organizacionais e humanos, bem como aspectos
técnicos.
Tarefas importantes de garantia da produção são: monitorar o nível global de desempenho, gerenciar
a confiabilidade e identificar continuamente a necessidade de atividades de garantia da produção.
Outro objetivo da garantia da produção é contribuir com recomendações técnicas, operacionais
ou organizacionais.
Os processos e as atividades especificados no PGP devem focar nos principais itens de risco técnico
inicialmente identificados por meio de um processo de seleção de cima para baixo (top-down, ver 4.3.2).
Uma atividade de classificação de risco pode auxiliar na identificação de sistemas de desempenho
crítico porisso convém que seja objeto de análises e acompanhamentos mais detalhados.
A ênfase das atividades de garantia da produção muda para as várias fases do ciclo de vida. Convém
que atividades iniciais sejam focadas na otimização da configuração geral, enquanto a atenção a
detalhes críticos aumenta nas fases posteriores.
Nas fases de viabilidade e conceitual, convém que a configuração do leiaute de campo seja identi-
ficada. Isso também inclui a definição do grau de redundância (tolerância a estados de falhas) sobre
capacidade e flexibilidade em um nível de sistema. Isto exige a definição de CAPEX, OPEX, LOSTREV,
custo esperado ou benefício de riscos e receitas para cada alternativa.
Estes valores financeiros são, por sua vez, retroalimentados em ferramentas de lucratividade dos ope-
radores, para a avaliação da lucratividade e seleção da alternativa que melhor se adequa à política de
risco. A disponibilidade ótima de produção para leiautes de campo requer que seja evitada uma ênfase
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excessiva em CAPEX, e é recomendado que isso seja alcançado por meio de parcerias de longo
prazo entre fornecedores e operadores, bem como entre fornecedores e seus subfornecedores. Estas
relações de longo prazo garantem a confiança mútua e amadurecimento da tecnologia. É aconse-
lhável o envolvimento direto desde o início das partes interessadas citadas anteriormente, com foco
na receita global em uma perspectiva de ciclo de vida. Isso significa, por exemplo, a implementação
das recomendações resultantes como especificações em editais de licitação.
Uma visão geral dos processos de garantia da produção é dada na Tabela 2 e na Seção 5, enquanto
descrições das atividades recomendadas para os processos são apresentadas nos Anexos B e C.
Os processos de garantia da produção definidos nesta Norma são divididos em duas classes princi-
pais: processos-chave e processos de interação. A principal razão para essa divisão é indicar por quais
processos uma disciplina de garantia da produção potencial é normalmente responsável e por quais
processos outras disciplinas (por exemplo, gerenciamento de projetos, QA etc.) são normal-
mente responsáveis. No entanto, todos os processos podem ser igualmente importantes para garantir
o sucesso.
A Tabela 2 fornece recomendações (indicadas por um “X”) que recomendam que os processos sejam
realizados em função da categorização dos riscos do projeto (ver 4.3.2). A Tabela 2 também fornece
recomendações (indicadas por um “X”) a respeito de quando convém que os processos sejam apli-
cados (em que fase do ciclo de vida).
Requisitos de garantia da produção (processo 1) podem ser utilizados para ilustrar a interpretação
da Tabela 2. Convém que este processo, que é melhor descrito no Anexo B seja implementado para
projetos de médio e alto risco, e realizado nas fases do ciclo de vida de viabilidade, projeto conceitual,
engenharia e aquisição.
Fabricação/Montagem/Teste
Projetos de médio risco
Projetos de baixo risco
Projeto conceitual a
comissionamento
Engenharia b
Instalação e
Viabilidade
Aquisição
Operação
Nome e número do processo c
X X X 4. Garantia da produção X X X X X X X
– X X 5. Análise de confiabilidade e de risco X X X – – – –
X X X 6. Verificação e validação X X X – – – –
X X X 7. Gestão de risco de projeto X X X X X X X
– – X 8. Qualificação e testes X X X X
9. Rastreamento e análise de dados de
X X X – – – – – X X
desempenho
– – X 10. Gestão da cadeia de suprimentos – – – X – – –
X X X 11. Gestão da mudança – X X X X X X
X X X 12. Aprendizagem organizacional X X X X X X X
a Incluindo projeto conceitual estendido (FEED - Front-End Engineering and Design).
b Incluindo projeto básico e engenharia de detalhamento.
c Os seguintes processos de garantia da produção estão dentro do escopo principal do trabalho para esta Norma: 1,
2, 3, 4, 5, 6 e 9.
NOTA Convém observar que um processo pode ser aplicado para uma determinada classe de risco ou fase do ciclo
de vida, embora nenhum “X” seja indicado nesta Tabela. Da mesma forma, caso possa ser argumentado que um deter-
minado processo não agrega valor a um projeto, ele pode ser omitido.
Há uma série de normas nacionais e internacionais e diretrizes que apoiam e orientam a implemen-
tação de atividades de garantia da produção e de confiabilidade em projetos.
As normas alternativas listadas na Tabela 3 não são normativas para esta Norma.
A lista de normas na Tabela 3 não é completa. Outras normas também podem abranger as neces-
sidades específicas desta Norma. Caso normas alternativas sejam mencionadas para cumprimento
a requisitos específicos, é responsabilidade do usuário demonstrar este cumprimento.
de dados de desempenho
9. Análise e rastreamento
6. Verificação e validação
1. Requisitos de garantia
confiabilidade e de risco
4. Garantia da produção
8. Qualificação e teste
garantia da produção
7. Gestão de projeto
2. Planejamento de
12. Aprendizagem
organizacional
5. Análise de
da produção
suprimento
Norma
Outros projetos que não sejam de desenvolvimentos de ativos, por exemplo, unidades de perfuração,
redes de transporte, grandes modificações etc, têm fases que mais ou menos coincidem com aquelas
descritas a seguir. As atividades desenvolvidas podem, no entanto, ser diferentes daquelas descritas.
Assim, o programa de garantia da produção pode ser adaptado para cada parte envolvida, de forma
a assegurar que cumpra as necessidades do negócio.
Além dos processos-chave de garantia da produção principal descritos no Anexo B, uma série de
processos de interação é descrita no Anexo C. Estes processos estão normalmente fora da respon-
sabilidade da disciplina de garantia da produção, mas o fluxo de informação para e a partir destes
processos é necessário para garantir que o desempenho de produção e exigências de confiabilidade
possam ser cumpridos.
A Figura 3 ilustra quais processos são definidos como processos-chave de garantia da produção e quais
são considerados os processos de interação. Os detalhes sobre os objetivos, entrada, saída e ativi-
dades para cada um dos processos são descritos nos Anexos B e C.
7.
Gestão de
a dos riscos de
Entrad chave
sso
Proce Projeto
o9
En
ss
tra
ce
da
1.
Pro
do
do
Pr
Requisitos de
oc
da
9.
es
garantia da
tra
so
En
Monitoramento produção
5
de dados de
12. desempenho e 2. 8.
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confiabilidade Garantia
tra
1
so
da
da produção
es
do
oc
Pro
Pr
do
ce
da
ss
tra
o1
En
10.
11. Gestão
Gestão de da cadeia de
mudanças suprimento
Processos
interativos
Anexo A
(informativo)
A.1 Geral
Esta Norma introduz o conceito de garantia da produção (ver Escopo) e fornece processos e ativi-
dades que culminam em um documento do programa de garantia da produção (PGP) (ver 4.3.1).
Este Anexo sugere um modelo para esse documento. Convém que o PGP (ver 4.3) abranja os temas
abordados de A.2 até A.8.
A.2 Título
Programa de garantia da produção (PGP) para ... [Inserir a descrição do projeto].
d) lista de distribuição que, dependendo do conteúdo, mostra que partes recebem todo ou parte
do PGP.
b) definição de objetivos e requisitos de desempenho (ver Anexo F), com referências aos objetivos,
requisitos e metas de desempenho, em documentos contratuais e quaisquer documentos sepa-
rados que possam especificar mais detalhadamente as metas, objetivos e requisitos, como por
exemplo, categorias de perdas e limites de bateria para definir o que está incluído e o que está
excluído nas metas;
b) descrição do sistema de gestão de ação, definindo a forma como as recomendações e ações
das atividades de garantia da produção são comunicadas, avaliadas e implementadas;
c) descrição das funções de verificação e validação, especificando as atividades planejadas de veri-
ficação de terceiros relacionadas à garantia da produção/confiabilidade (se houver).
—— visão geral das atividades de garantia da produção durante as fases do ciclo de vida, que possam
conter uma tabela semelhante à Tabela 2 para indicar atividades de garantia da produção ante-
riores e futuras;
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—— lista dos planos ou referências a outros documentos contendo os planos para as atividades de
garantia da produção/confiabilidade, mostrando as principais etapas do projeto e interface das
atividades;
A.8 Referências
São feitas referências à documentação do projeto principal e normas corporativas relevantes.
Anexo B
(informativo)
Disponibilidade de produção ótima, no negócio de petróleo e gás, requer uma abordagem de confiabi-
lidade padronizada e integrada, já que esta seção prevê o desenvolvimento dos ativos.
Convém que as restrições de outras disciplinas, conforme descrito na Figura 2, sejam consideradas
juntamente com os indicadores de desempenho relevantes (ver Anexo G) no processo de otimização.
Nas fases de viabilidade e de conceito, convém que a configuração de ativos seja identificada.
Isto inclui também o grau de redundância (tolerância a estados de falhas), sobrecapacidade e flexi-
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bilidade, em um nível de sistema. Isto exige o estabelecimento de CAPEX, OPEX, LOSTREV, custo
esperado ou benefício de riscos e receitas para cada alternativa. Estes valores financeiros são, por
sua vez, retroalimentados em ferramentas que proporcionam ganhos aos operadores, para a ava-
liação da viabilidade econômica e seleção da alternativa que melhor se encaixe na atitude em relação
ao risco. A disponibilidade de produção ideal para leiautes de campo requer que seja evitada uma
ênfase excessiva no CAPEX, e é recomendado que isso seja alcançado por meio de parcerias
de longo prazo entre os fornecedores e operadores, bem como entre fornecedores e seus subfornece-
dores. Estas relações de longo prazo garantem a confiança mútua e o amadurecimento da tecnologia
de forma conjunta. É aconselhável, o mais cedo possível, o envolvimento mútuo das partes citadas,
com foco na receita global e com um olhar no ciclo de vida. Isto significa, por exemplo, implementar
as recomendações resultantes como especificações nos documentos de licitação.
Um PGP global para um ativo pode ser considerado para coordenar ou substituir projetos de PGP sepa-
radamente em níveis mais detalhados.
Outros requisitos para o PGP estão descritos em 4.3 e no Anexo A. O processo de garantia da
produção 2 é descrito na Tabela B.2
(ver Figura 3) e requisitos de garantia da produção (ver Seção B.1). Isto é, esta atividade
requer a programação das atividades de garantia de produção tabuladas, considerando
cada nível de risco relevante e as fases de projeto. Convém que a programação das
atividades de garantia da produção seja realizada em tempo hábil, a fim de apoiar as
decisões antes de serem feitas.
Convém que a extensão do programa de garantia da produção (isto é, o número de
atividades planejadas) seja baseada na categorização dos riscos de projeto, conforme
descrito em 4.3.2. Isto significa que um projeto de desenvolvimento de ativos, definido
como de alto ou médio risco, normalmente é composto por um maior número de atividades
de garantia da produção do que um projeto de baixo risco.
Saída Programa de garantia da produção inicial (PGP).
PGP atualizado para as fases posteriores do ciclo de vida, incluindo o seguinte:
—— status e referência da documentação para as atividades programadas de PGP;
—— documentação de comprovação do cumprimento dos requisitos de garantia da produção
(alternativamente, apresentação de evidências);
—— referência ao registro de riscos (ver Seção C.2); Convém que todas as ações de
mitigação decorrentes do programa de garantia da produção sejam transferidas para o
registro de riscos para fins de acompanhamento e fechamento.
NOTA A elaboração de um relatório de fechamento das atividades de garantia da produção após a
conclusão do projeto pode ser útil.
ao destinatário certo.
Saída Propostas de melhoria de confiabilidade ou redução de risco.
O objetivo é definir um processo que pode ser utilizado para integrar considerações de confiabilidade
na fase de projeto, representando, assim, uma abordagem próativa.
Convém que as atividades de confiabilidade nas fases de análise de viabilidade e de projeto conceitual
se concentrem na otimização da configuração geral e identificação dos subsistemas críticos, enquanto
a atenção aos detalhes de subsistemas críticos aumenta na fase de engenharia.
Coleta e análise de dados de desempenho está melhor descrita no Anexo E. Além disso, o Anexo G
fornece exemplos de indicadores de desempenho que podem ser rastreados e analisados.
Anexo C
(informativo)
C.1 Introdução
Os processos interativos descritos neste Anexo não são incluídos na responsabilidade da disciplina
de garantia da produção. No entanto, estes processos interativos são necessários para atingir o desem-
penho requerido da produção.
O registro de riscos e o PGP são os portadores de informação e as ferramentas de decisão no que diz
respeito ao risco.
Elementos
Fases do ciclo de vida: todas
de processo
Objetivo O objetivo do gerenciamento de risco do projeto é garantir que todos os elementos
de risco, capazes de comprometer a boa execução e conclusão de um projeto são
identificados e controlados/mitigados em tempo hábil.
Entrada Itens de ação transferidos de todos os processos de garantia da produção.
Atividades de garantia Acompanhamento e fechamento de todas as ações transferidas de todos os
da produção processos de garantia da produção.
Saída Registro de riscos.
Elementos
Fase do ciclo de vida: aquisição
de processo
Objetivo Assegurar que os fabricantes, em cada nível da cadeia de suprimento, compreendam os
requisitos de garantia da produção e tomem as medidas apropriadas para aumentar a
probabilidade de que os requisitos especificados possam ser alcançados.
Entrada Saída do processo 1: Requisitos de garantia da produção.
Saída do processo 5: Análises de risco e confiabilidade.
Atividades de Assegurar que os requisitos de garantia da produção (por exemplo, requisitos de
garantia da confiabilidade) permeiem a cadeia de suprimentos.
produção
Saída Requisitos de garantia da produção disseminados pela cadeia de suprimento.
Convém que o impacto das mudanças seja avaliado qualitativamente como parte do gerenciamento
de risco do projeto para determinar o nível de esforço necessário para analisar o impacto. A saída
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—— nenhuma ação para mudanças com impacto de risco menor em relação à garantia da produção;
—— revisão do projeto, para mudanças com impacto de risco médio em relação à garantia da produção;
Convém que a avaliação do impacto sobre a garantia da produção das mudanças normalmente seja
parte integrante da revisão do projeto. Assim, convém que o modelo de revisão do projeto possa incluir
um ponto de verificação de garantia da produção (por exemplo, o impacto sobre a disponibilidade da
produção a partir da mudança).
No entanto, se o risco de comprometer a garantia da produção for considerado alto, convém que a
análise de confiabilidade de equipamentos e/ou disponibilidade de produção seja atualizada/iniciada.
Elementos
Fases do ciclo de vida: todas, exceto viabilidade
do processo
Objetivo Assegurar que nenhuma alteração comprometa os requisitos de garantia da produção.
Entrada Saída do processo 1: Requisitos de garantia da produção.
Saída do processo 3: Projeto e fabricação para garantia da produção.
Descrição da mudança.
Atividades de Avaliar os impactos de garantia da produção de mudanças, por exemplo, durante revisões
garantia da de projeto.
produção
Saída Entrada ou atualização do registro de riscos (ver Seção C.2).
Avaliações de impacto no desempenho resultante de alterações.
Início da análise da confiabilidade de equipamentos e/ou disponibilidade da produção.
Elementos
Fases do ciclo de vida: todas
de processo
Objetivo Assegurar que falhas de produtos e de processos do passado não se repitam.
Entrada Lições aprendidas durante projetos anteriores e dados de desempenho.
Atividades de A responsabilidade das funções de garantia da produção e de gestão de confiabilidade
garantia da em projetos é participar de revisões de lições aprendidas e demais transferências de
produção experiências relevantes.
Além disso, Convém que as principais lições aprendidas em um projeto sejam transferidas
para projetos futuros.
Saída Lições aprendidas (positivas e negativas) e registro de riscos.
Anexo D
(informativo)
D.1 Geral
Convém que as análises de desempenho da produção sejam planejadas, executadas, utilizadas
e atualizadas de forma controlada e organizada.
Convém que as análises de desempenho da produção possam fornecer uma base para as decisões
relativas à escolha de soluções e indicadores para atingir uma economia ideal, dentro das limitações
dadas. Isto implica que a convém que a análise seja realizada em um momento em que detalhes
suficientes estejam disponíveis para fornecer resultados sustentáveis. No entanto, Convém que os
resultados sejam apresentados em tempo hábil para alimentar o processo de decisão.
Convém que as análises de desempenho da produção sejam consistentes e convém que as premissas
e dados de confiabilidade sejam rastreáveis.
Convém que sejam escolhidas ferramentas adequadas de análise, modelos de cálculo, dados
e códigos computacionais aceitáveis para as partes envolvidas. É recomendado estar ciente de que
as ferramentas de análise e modelos de cálculo estão em constante desenvolvimento.
D.2 Planejamento
D.2.1 Objetivos
Convém que os objetivos das análises sejam claramente estabelecidos antes de qualquer análise.
De preferência, objetivos podem ser estabelecidos em um plano de atividade de garantia da produção
como parte da estrutura do PGP. Os objetivos podem ser:
—— fornecer subsídios para outras atividades, como análises de risco ou planejamento de manu-
tenção e de sobressalentes.
Convém que sejam definidos os modos de operação para inclusão na análise. Exemplos de modos
de funcionamento relevantes são: partida, operação normal, operação com carga parcial e parada.
Dependendo do objetivo da análise, também pode ser relevante considerar as situações de teste,
manutenção e emergência. Também convém que seja definida a fase de operação ou período de
tempo para análise.
Convém que os indicadores de desempenho previstos sejam definidos. Nas estimativas de disponibi-
lidade de produção e de eficiência de entrega, convém que seja selecionado um nível de referência
que forneça a base desejada para a tomada de decisão. Convém também decidir sobre a inclusão
do efeito de paradas programadas sobre o desempenho da produção, bem como dos eventos catas-
tróficos normalmente identificados e avaliados em relação à segurança em análises de risco.
Convém que a metodologia da análise para a utilização seja decidida com base em objetivos do
estudo e os indicadores de desempenho previstos.
D.3 Procedimento
D.3.1 Preparo
Convém que uma revisão da documentação técnica disponível seja realizada como atividade inicial,
assim como estabelecida uma conexão com disciplinas relevantes. Visitas a campo podem ser reali-
zadas e são recomendadas em alguns casos.
Revisar toda a documentação de entrada, estabelecer uma conexão com disciplinas relevantes e
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Convém que a descrição do sistema possa descrever, ou referenciar a documentação de, todos os
aspectos técnicos e operacionais que possam influenciar os resultados da análise de desempenho
da produção e que são necessários para identificar o sistema sujeito à análise, por exemplo, base de
projeto, fluxogramas de engenharia e de processo, estratégias de operação e manutenção, dados de
confiabilidade, dados de mantenabilidade, informação sobre criticidade de equipamentos, matrizes de
causa e efeito, perfis de produção, capacidades de equipamentos etc.
Convém que os dados de confiabilidade sejam documentados. Convém que seja incluída uma refe-
rência à fonte de dados. Pode ser feita referência à engenharia ou opinião de especialistas, mas con-
vém que uma estimativa baseada em dados históricos seja utilizada quando puder ser determinada.
Convém que a base para a quantificação de dados de entrada de confiabilidade seja constituída por:
dados de confiabilidade de sistemas/componentes e estatísticas prontamente disponíveis; resultados
oriundos de estudos já realizados de sistemas similares; opinião de especialistas ou da engenharia.
Sessões de revisão da produção e operabilidade podem ser utilizadas para estimar tempos não
operacionais específicos da instalação. Na análise, convém que seja especificado o método utilizado
para a seleção e qualificação de dados de confiabilidade e acordado entre as partes envolvidas.
Avaliar o desempenho do objeto analisado. Podem ser utilizados vários indicadores de desempenho.
Os indicadores mais utilizados são a disponibilidade de produção e a eficiência de entrega (quando
relevante). Dependendo dos objetivos da análise de desempenho da produção, da fase de projeto
e do contexto de projeto, podem ser utilizados os seguintes indicadores adicionais de desempenho:
—— proporção de tempo ou número de vezes em que a produção (entrega) for igual ou superior à
demanda (disponibilidade de demanda);
—— proporção de tempo ou número de vezes em que a produção (entrega) for acima de zero
(disponibilidade on-stream);
—— proporção de tempo ou número de vezes em que a produção (entrega) for inferior à demanda;
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—— proporção de tempo ou número de vezes em que a produção (entrega) for abaixo de um nível
especificado para um determinado período de tempo;
—— disponibilidade de sistemas/subsistemas.
Como uma previsão de indicador de desempenho, convém que o valor esperado (média) seja utilizado.
Convém que a incerteza relativa a esta previsão seja discutida e, se possível, quantificada (ver D.3.7).
O Anexo G fornece um guia sobre os elementos para inclusão no indicador de desempenho para pre-
visões e para relatórios de desempenho histórico.
Convém que as análises de sensibilidade sejam consideradas para ter em conta a incerteza em parâ-
metros de entrada importantes, como premissas alternativas, variações de dados de falha e reparo
ou configurações alternativas de sistema.
Além do indicador de desempenho, convém que uma lista de elementos críticos (por exemplo, equi-
pamentos, sistemas, condições operacionais e meios de compensação) seja estabelecida. Convém
que esta lista possa auxiliar na identificação de sistemas/equipamentos considerados para melhoria
da garantia da produção e confiabilidade.
Convém que os vários passos na análise de desempenho da produção, como descrito anteriormente,
e todas as premissas sejam relatados.
Convém que os indicadores de desempenho adequados sejam relatados para todas as alternativas
e sensibilidades.
Convém que as recomendações identificadas na análise sejam relatadas. Convém que um sistema
de gestão da garantia da produção seja utilizado para acompanhar e decidir acerca das recomen-
dações. As recomendações podem estar relacionadas a tópicos de projeto ou a análises/avaliações
de desempenho da produção adicionais. Neste último caso, a interação com o PGP é evidente. Além
disso, as recomendações podem ser categorizadas como relativas a questões técnicas, procedi-
mentais, organizacionais ou de pessoal. As recomendações também podem ser categorizadas por
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Alguns eventos não frequentes e sérios podem vir a causar paradas de produção de longa duração.
Estes eventos são classificados como catastróficos e convém que eles sejam diferenciados dos
eventos mais frequentes que são considerados nas análises de disponibilidade e eficiência de entrega
da produção. A contribuição do valor esperado (probabilidade) de um evento catastrófico normalmente
é pequena, não sendo uma contribuição representativa para a perda da produção. Se ocorrer o evento
catastrófico, a perda real seria grande, podendo significar uma redução drástica na disponibilidade
da produção ou eficiência de entrega.
Convém que a incerteza em relação ao valor do indicador de desempenho previsto seja discutida e,
se possível, quantificado. A quantificação pode ter a forma de uma distribuição de incerteza para
o valor esperado do indicador de desempenho ou um indicador da dispersão desta distribuição
(por exemplo, desvio-padrão, intervalo de predição).
Convém que os principais fatores que causam variabilidade (e, portanto, incerteza nas predições)
no indicador de desempenho sejam identificados e discutidos. Além disso, convém que sejam cobertos
os fatores que contribuem para a incerteza e que são resultados da forma como o desempenho
do sistema é modelado.
Anexo E
(informativo)
—— projeto de produto;
Uma descrição clara da fronteira é imperativa e convém que um sistema de hierarquia rígido seja
aplicado.
—— dados de falha: informações do evento de falha, como modo de falha, severidade, causa
da falha etc.;
Para prever o tempo até a falha (ou reparo) de um item, convém que um modelo de probabilidade seja
determinado. O tipo de modelo depende da finalidade da análise. Uma distribuição exponencial para
a vida útil pode ser apropriada. Se for esperado que o modelo delineie uma tendência, convém a ele
possibilitar a utilização de uma taxa de falha dependente do tempo.
NOTA BRASILEIRA Outras distribuições estatísticas podem ser utilizadas para identificação do
comportamento de vida de equipamentos e componentes.
Convém que o estabelecimento de um modelo de tempo de falha (ou reparo) seja baseado nos dados
de confiabilidade coletados, utilizando métodos estatísticos padrão.
Convém que a seleção dos dados seja baseada nos seguintes princípios:
—— convém que os dados sejam originários do mesmo tipo de equipamento e, se possível, originados
de modelos idênticos de equipamentos;
—— convém que os dados sejam originados de equipamentos que utilizem tecnologia similar;
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—— convém que os dados sejam originados de períodos de operação estável e embora convenha
que problemas de partida ou no início da vida sejam levados em consideração;
—— convém que os dados sejam, se possível, originados a partir de equipamentos que tenham sido
expostos a condições comparáveis de operação e manutenção;
—— convém que a quantidade de inventários e eventos de falha utilizados para estimar ou prever
parâmetros de confiabilidade sejam suficientemente grandes para evitar os erros resultantes
de “valores atípicos”;
—— convém que os dados de reparo e de tempo não operacional possam refletir as condições
específicas da planta;
—— convém que os dados de população (por exemplo, tempo de operação, período de observação)
sejam indicados para refletir a significância estatística (incerteza relacionada com estimativas
e previsões) e a “janela tecnológica”;
Os dados de bancos de dados de eventos (alinhados à ABNT NBR ISO 14224) fornecem uma base
relevante para o atendimento das recomendações nesta Seção. Em caso de escassez de dados,
faz-se necessário a utilização de análise de engenharia e convém que seja feita uma análise de sensi-
bilidade dos dados de entrada.
Anexo F
(informativo)
F.1 Geral
A especificação dos objetivos e requisitos de garantia da produção podem ser considerados para
o projeto de sistemas, engenharia e aquisição de equipamentos, bem como para operações em
períodos de ciclo de vida definidos.
a) Convém que as metas e requisitos dentro de uma especificação de garantia da produção incluam,
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—— limitações e fronteiras;
—— aplicação do sistema;
—— condições ambientais,
b) Requisitos quantitativos podem ser expressos em função de indicadores de desempenho, como
as seguintes:
—— disponibilidade de produção;
—— disponibilidade do sistema;
c) Requisitos qualitativos podem ser expressos em termos de quaisquer das seguintes formas:
—— configuração do sistema;
—— análises;
Convém que os dados para os cálculos sejam baseados em fontes de dados reconhecidas, como os
resultados obtidos a partir da experiência operacional em equipamentos similares no campo ou a partir
de testes laboratoriais. Convém que os dados de confiabilidade sejam acordados entre o fornecedor
e o cliente.
Anexo G
(informativo)
G.1 Geral
Indicadores de desempenho para disponibilidade da produção são utilizados nas análises de previsão
ou planejamento, bem como para a emissão de relatórios de desempenho histórico na fase operacional.
Os indicadores de desempenho incluem o efeito do tempo não operacional causado por uma série de
diferentes eventos. É imperativo especificar detalhadamente os diferentes tipos de eventos e convém
que sejam incluídos ou excluídos do cálculo do indicador de desempenho. Este Anexo fornece um
guia para este tema, a fim de alcançar um formato comum para comunicação entre os operadores de
campo e as previsões de desempenho.
Há vários sistemas detalhados de monitoramento de produção, mas convém que o escolhido possa
permitir registros de campo tipo comparável/intercambiável, como indicado a seguir.
Para uma instalação de produção de hidrocarbonetos típica, os seguintes indicadores podem ser
de interesse para as previsões, bem como para relatórios históricos:
—— volume médio de gás queimado (flare gas) de acordo com várias políticas de queima (flaring);
Uma ilustração da relação entre alguns termos de garantia da produção é mostrada na Figura G.1.
etc. Modularização
etc.
cidade de projeto. Este é especialmente o caso durante o período de declínio de produção; mas
também pode ser o caso no período de aceleração de produção. Convém alertar que simulações
de reservatório estão associadas a incertezas e convém que sejam manipuladas adequadamente
na análise. A capacidade de produção de poço pode ser ajustada durante a fase operacional.
d) Volume planejado de produção assumindo nenhum tempo não operacional (planejado ou não)
Assumir que não há nenhum tempo não operacional resulta em volume máximo de produção
sob as restrições de capacidade de projeto e capacidades de produção de poço. Este é o nível
de referência preferencial nas previsões de produção-disponibilidade, bem como em relatórios de
histórico. Convém alertar sobre a incerteza das simulações de reservatório. A duração do período
de pico e as taxas de produção no período de declínio são incertas.
Considerando a integração entre o desempenho de produção e a análise de risco de reservatório,
é importante garantir a realização de análises de risco de perfis de produção apenas uma vez
quando são utilizados como nível de referência para uma estimativa de produção-disponibilidade.
e) Volume planejado de produção
O volume planejado de produção, quando se considera o tempo não operacional esperado,
pode ser utilizado como um nível de referência para relatar a disponibilidade histórica de produção
na fase operacional. A ocorrência de um tempo não operacional menor do que a média resulta em
um indicador de desempenho superior a 100 %. A desvantagem de utilizar este nível de referência
é que os custos de tempo não operacional são ocultados.
Além de indicadores de desempenho com base volumétrica, podem-se utilizar indicadores com
base temporal para calcular AO, a disponibilidade operacional média expressa como uma razão,
conforme a Equação (G.2).
Tu (G.2)
AO =
Tu + Td
onde
Td é o tempo não operacional médio (MDT – Mean Down Time), estimado utilizando-se
o tempo não operacional real observado no campo.
Esses outros parâmetros podem incluir ou excluir fontes específicas de perda de produção ou
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fornecerem informações sobre como é esperado que as perdas ocorram. Em alguns casos, isso pode
ser de importância igual ou maior do que a métrica produção-disponibilidade global, como por exemplo,
frequência de interrupção pode ser um elemento-chave de um sistema de abastecimento de gás.
Quaisquer que sejam os indicadores utilizados em uma análise, é preciso indicar explicitamente a
base em que são calculadas.
As Tabelas G.1 a G.5 fornecem orientações sobre os eventos que convém serem incluídos nas previ-
sões de produção-disponibilidade e o relatório histórico de produção-disponibilidade para um sistema
de produção (isto é, indicadores de desempenho com base volumétrica). Previsões de disponibilidade
com base temporal ou estatística podem aplicar a mesma categorização de evento. Categorizações
de eventos para outras operações específicas (por exemplo, arranjo de tubulação) e sistemas/
equipamentos associados têm normalmente outros formatos, sendo especificados se necessário.
Convêm que limites de bateria para as instalações, bem como quaisquer processos externos, cone-
xões, instalações submarinas etc. sejam claramente definidos.
A4 Teste de produção de poço Perdas de produção durante testes para verificar o potencial de produção
do poço. Esse tipo de teste de reservatório tem vários impactos de perda
de produção, dependendo da configuração, equipamentos de teste
disponíveis (medidor de vazão, separador de teste, linhas de teste) e
procedimento de teste operacional utilizado.
A5 Falha de equipamento
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A9 Impacto de implementação Redução ou parada de produção causada por uma alteração de projeto
de mudança (após imple-mentada), por exemplo, rotas alternativas, recompletações etc.
B2 Intervenção submarina não Perdas de produção devido a reparo em equipamentos submarino com
planejada falha e podem incluir intervenções profundas ou outras necessárias
para realizar o reparo submarino. Antecipa-se a prontidão contingencial
baseada em confiabilidade.
B5 Impacto de implementação Redução ou parada de produção causada por uma alteração de projeto
de mudança (após implementada), por exemplo, novas conexões template/manifold.
C1 Falhas em equipamentos de
Ocorrência de perdas de produção até a manutenção iniciar.
instalação de produção
C2 Manutenção não planejada Perdas de produção devido a reparo de falha, que pode incluir atividade
de instalações de produção de manutenção diversa para realizar o reparo; antecipa-se a prontidão
contingencial baseada em confiabilidade.
C5 Impacto de implementação Redução ou parada de produção causada por uma alteração de projeto
de mudança (após implementada), por exemplo, conexões de dutos.
D4 Impacto de implementação Redução ou parada de produção causada por uma alteração de projeto
de mudança (após implementada), por exemplo, compressão de poço, conexões
oriundas de outras instalações etc.
E2 Restrições a jusante Estas são paradas, planejadas ou não, causadas por instalações de dutos,
recebimento ou processo a jusante, fora dos limites de bateria da instalação
(operação de terceiros). Também pode abranger processamento de terceiros
no contexto de uma infraestrutura de campo. Mudanças de turno em
instalações a jusante são também cobertas por esta categoria de perda.
E3 Garantia de vazão Problemas de garantia de vazão em duto para produtos processados, planejados
(por exemplo, pigging) ou não (por exemplo, remoção de hidrato).
Perdas de produção devido a problemas de garantia de vazão,
exclusivamente por essas causas e não pelas demais causas citadas.
F Mudança e modificações —
G Outros —
G1 Condições ambientais
Impacto na produção devido às condições ambientais.
adversas
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G3 Conflitos de trabalho —
G6 Restrições de
Restrições de órgãos reguladores do país, quotas nacionais, OPEP etc.
autoridades
G7 Desvios de qualidade
Produto fora de especificação (abaixo ou acima da especificação).
do produto
H Pré-produção —
H1 Atrasos em Perdas devido ao atraso na data planejada do primeiro óleo por causa de
cronogramas de atrasos de projeto.
projetos Convém que atrasos em cronogramas de poços e instalações sejam registrados
em H2 e H3.
A1 Movendo-se de um Atividades realizadas para deslocar a plataforma de um local para outro, como
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A4 Tempo de espera em Tempo de espera para prosseguir com as operações de intervenção, por exemplo,
operações condições ambientais favoráveis, peças de reposição, materiais ou outros.
A3 Tempo de espera em Tempo de espera para prosseguir com as operações de intervenção, por
operações exemplo, à espera de condições ambientais favoráveis, peças de reposição,
materiais ou outros.
C2 Paradas e restrições
Estas são paradas devido a instalações de recebimento/processo a jusante
em processos a
e fora das fronteiras do terminal (ações de terceiros).
jusante
C3 Desvio de qualidade
Produto fora de especificação (abaixo ou acima de especificação).
de produto
D1 Desvio de qualidade
Produto fora de especificação (abaixo ou acima de especificação).
de produto
D2 Paradas e restrições
Estas são paradas devido a instalações de recebimento/processo a jusante
em processos a
e fora das fronteiras do terminal (ações de terceiros).
jusante
E Outros —
E1 Paradas programadas Podem ser consideradas como excluídas de previsões e relatórios históricos
(por exemplo, quando paradas programadas são definidas em contratos de
venda).
A4 Atrasos em paradas
Perdas de produção devido a atrasos em atividade de paradas gerais
gerais
Anexo H
(informativo)
Eventos catastróficos
H.1 Geral
Alguns eventos graves, pouco frequentes, podem causar parada de longo prazo da produção.
Esses eventos são classificados como catastróficos e convém que sejam distinguidos dos eventos
mais frequentes que são considerados nas análises de disponibilidade da produção e eficiência
de entrega. Convém que os eventos catastróficos sejam tratados separadamente em análises de
desempenho da produção.
—— terremotos;
—— incêndios e explosões;
—— blowouts;
—— sabotagem;
—— colapso estrutural;
Em tese e tanto quanto se considere a distribuição de incerteza H(a), não há nenhum problema em
incluir eventos catastróficos nessa análise. Se um evento catastrófico resulta em uma perda de pro-
dução, z, e sua probabilidade associada é igual a p, isto pode ser refletido na distribuição, H. Mas
com a “distribuição completa”, torna-se difícil prever A utilizando-se o valor esperado. Neste caso,
a variação em torno da média seria muito elevada e a densidade de probabilidade poderia ter uma
forma bimodal muito diferente da distribuição Gaussiana típica. O problema é que o valor esperado
da distribuição a partir do evento catastrófico é normalmente uma quantidade muito pequena,
de valor p ⋅ z, que é uma contribuição não representativa da perda de produção. Se ocorresse o evento
catastrófico, a real perda seria z e isso poderia significar uma dramática redução na disponibi-
lidade da produção A.
Se o período de tempo considerado for longo, então a probabilidade de ocorrer um evento catas-
trófico pode ser bem elevada e consequentemente uma contribuição p ⋅ z significativa. Portanto,
nesses casos, a inclusão de eventos catastróficos é mais apropriada.
—— o tempo não operacional como resultado da ocorrência do evento durante a vida útil acarretar
uma redução de disponibilidade ou eficiência de entrega de produção maior que 1 %.
Em análises restritas a subsistemas, recomenda-se considerar caso a caso se convém que os eventos
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Anexo I
(informativo)
I.1 Geral
Análises de desempenho da produção, como análises de disponibilidade e confiabilidade, são cálculos
e avaliações sistemáticas que são executados para avaliar o desempenho de um sistema. O sistema
pode ser, por exemplo, um sistema de produção ou transporte, um trem de compressão, uma bomba,
um sistema de interrupção de processo ou uma válvula. Estas análises são partes de um Programa
de Garantia da Produção (PGP).
A confiabilidade focaliza principalmente a segurança. No contexto de um PGP, este pode ser utilizado
para avaliar a probabilidade da primeira falha ocorrer após um dado intervalo de tempo.
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Disponibilidade focaliza principalmente no tempo durante o qual um item está funcionando corretamente.
No contexto de um PGP, este pode ser apropriado para componentes isolados ou trens de produção
compostos de componentes em série. Pode ser também utilizado para executar “alocações de
disponibilidade” de forma a estabelecer os requisitos para os fornecedores destes componentes.
Alguns métodos e técnicas relevantes são descritos brevemente em I.1 a I.22. Para descrições mais
detalhadas, pode-se fazer referências aos documentos citados nestes subtópicos ou livros-texto sobre
análise de confiabilidade.
Elementos
Resumo
de análise
Descrição da Duas técnicas bottom-up para sistematicamente analisar e estabelecer os efeitos de potenciais
análise modos de falha.
Objetivo da FMEA é uma técnica sistemática para estabelecer os efeitos de potenciais modos de falha em um
análise sistema. A análise pode ser executada em qualquer nível de montagem. Isto pode ser feito com
análise de criticidade, em que neste caso denomina-se FMECA.
FMECA é uma análise semiquantitativa, onde a probabilidade de falha e respectivos dados são
utilizados para acessar a criticidade de cada modo de falha. É uma metodologia sistemática para
aumentar a confiabilidade inerente de um sistema ou produto. É um processo interativo de identificar
modos de falha, acessando suas probabilidades de ocorrência e seus efeitos no sistema, isolando as
causas e determinando ações corretivas ou indicadores preventivos. Quando a análise é feita de um
ponto de vista funcional, é usualmente executada ao nível de instalação ou unidade, mas se o foco é
o equipamento, usualmente desce ao nível de manutenção de item. A quantidade de dados requerida
é diferente dependendo do foco (ver Tabelas I.2 a I.4 para detalhes).
Enquanto é mais frequentemente utilizada em estágios iniciais do processo de projeto para
melhorar a confiabilidade inerente, a técnica FMECA é igualmente útil para direcionar a segurança,
disponibilidade, mantenabilidade ou suporte logístico de sistemas.
Necessidade A análise é um processo indutivo e sistemático no qual falhas individuais ao nível de componente são
geral de generalizadas em modos de falha potenciais ao nível de sistema. O método estruturado consiste nos
informação seguintes passos:
a) definição de sistema (tanto aos níveis funcional e de equipamento);
b) identificação de modos de falha (é necessário incluir as condições operacionais e ambientais
presentes ao ocorrer a falha);
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Elementos
Resumo
de análise
Descrição da Este é um método gráfico top-down utilizado para analisar os elos lógicos entre a falha de um sistema
análise global e as falhas de seus componentes e executar cálculos de probabilidade.
NOTA 1 A FTA trata apenas de sistemas e componentes de dois estados.
NOTA 2 Pode ser utilizada para calcular analiticamente a indisponibilidade de um sistema de produção, porém não
é apropriada para avaliar sua disponibilidade de produção quando se podem considerar vários níveis de produção.
NOTA 3 Não é possível avaliar a não confiabilidade utilizando-se FTA, exceto quando algumas hipóteses forem
feitas (por exemplo, sem reparo).
Referência
a normas IEC 61025 [11]
existentes
Necessidade Uma árvore de falhas representa um processo Booleano, que é utilizado para calcular a probabilidade
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geral de do evento total correspondente a partir das probabilidades individuais dos eventos primários que
informação aparecem na fórmula. Portanto, as entradas utilizadas são as probabilidades puras de falha, que são
necessárias para avaliar a partir dos parâmetros de confiabilidade dos componentes relacionados:
—— probabilidade de falha;
—— taxas de falha, taxas de reparo;
—— intervalo de teste, eficiência de teste, falha humana etc.
A FTA também é um suporte muito bom para executar análises de falha de causa comum,
sensibilidade e incerteza.
A árvore de falhas também pode ser utilizada em combinação com um diagrama de causa-consequência
para analisar as causas subjacentes do evento de falha.
Elementos
Resumo
de análise
Descrição da Formalmente, isto é um diagrama lógico representando como funciona um sistema e permitindo
análise cálculos probabilísticos. Um RBD é feito de blocos de estado duplo (representando componentes
individuais) interconectados de acordo com a lógica funcional de todo o sistema.
NOTA 1 Isto é mais uma representação do que um método de análise (em contraste a FTA, que é ambos).
Menos abstrato que a FTA, este é o método preferido por engenheiros para representar sistemas.
NOTA 2 Um RBD trata de sistemas e componentes de estado duplo apenas; a FTA e o RBD têm exatamente
as mesmas limitações de cálculo (ver Tabela I.2).
NOTA 3 Um RBD não é apropriado à análise de garantia da produção, que requer fluxogramas de vazão que
acomodam sistemas multiestado.
Objetivo da O propósito do RBD é construir um modelo lógico permanecendo o mais próximo possível da
análise arquitetura do sistema e representando aqueles componentes que devem estar operantes ou
falhados de forma que todo o sistema seja operante ou falhado. Um RBD é em geral uma saída
da análise funcional do sistema sob estudo.
Do ponto de vista da lógica, um RBD representa uma equação Booleana. É equivalente à árvore
de falhas e pode ser utilizada exatamente para o mesmo propósito com as mesmas técnicas
computacionais (ver Tabela I.2).
Pode-se considerar um RBD como um tipo de circuito “elétrico”. Procurando combinações de
falhas de componentes levando à falha do sistema, é equivalente a identificar onde este circuito
pode ser “cortado”. Portanto, a origem do termo “corte”.
Referência a
IEC 61078 [12]
normas existentes
Necessidade geral
O mesmo que para árvore de falhas (ver Tabela I.2).
de informação
I.5.1 Geral
Exceto pela análise de processo Markov (MPA – Markov process analysis), modelos clássicos não são
bem adaptados para cálculos de disponibilidade de produção. E mesmo a MPA é eficiente apenas
para sistemas muito pequenos. Portanto, é necessário utilizar modelos capazes de:
Uma solução largamente adotada é executar “simulações de Monte Carlo” sobre “modelos
comportamentais”.
—— Os instantes de ocorrência dos eventos (por exemplo, falhas, reparos, condições ambientais
adversas, mobilização de equipamento) ocorridos durante um histórico dado são calculados
utilizando-se números aleatórios à luz de distribuições de probabilidade.
—— Quando um número suficiente de históricos tiver sido acumulado, cálculos estatísticos são utili-
zados para estimar os parâmetros desejados (por exemplo, disponibilidade de produção, perdas
médias de produção, carga média de trabalho, tempo médio para primeira falha) a partir das
amostras estatísticas.
A simulação de Monte Carlo é muito bem apropriada para prever a disponibilidade de produção de
uma instalação de produção. Como não é analítica, pode ser utilizada para modelar uma variedade
de situações, incluindo complexas distribuições de falha e reparo, os efeitos de diferentes políticas
de reparo, redundância, aspectos operacionais etc. Em adição, o processo acomoda facilmente
a consideração combinada de eventos determinísticos e estocásticos.
Antes de executar a simulação de Monte Carlo, é necessário construir o modelo a ser simulado.
É necessário que este modelo tenha as seguintes características:
—— aproximadamente tão parecido quanto possível do comportamento real do sistema (por exemplo,
reagir à ocorrência de eventos);
—— abranger todos os elementos tendo um impacto na produção (por exemplo, vazão de produção por
meio de vários equipamentos, resposta do sistema a reparo ou falha de equipamento, operação,
manutenção, sobressalente e filosofias de queima, SIMOPS, perfis de produção etc.);
A plataforma matemática relevante para viabilizar os requisitos relacionados consiste no assim chamado
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“autômatos de estados finitos”, que generalizam todos os modelos clássicos (RBD, FTA, MPA).
Esses “autômatos de estados finitos” são largamente utilizados em aplicações incluindo gráficos de
Markov, diagramas de vazão, redes de Petri, linguagens de programação formais (proprietárias ou
públicas) etc. Suas capacidades de modelagem e desempenho variam em grande escala e convém
verificar cuidadosamente que um pacote selecionado em particular seja apropriado a um dado estudo
de disponibilidade de produção.
Elementos
Resumo
de análise
Descrição da Este é um diagrama similar ao RBD, mas representando um sistema de produção. Compõe-se
análise de blocos (representando as capacidades produtivas de componentes individuais do processo)
interconectados de acordo com a circulação da vazão de produção por todo o sistema de
produção.
NOTA 1 Esta é mais uma representação do que um método de análise. É amplamente utilizada por
engenheiros que frequentemente a confundem com o RBD.
NOTA 2 Geralmente é necessário misturar com o RBD e fluxogramas de vazão (FN) para representar tanto a
circulação da vazão como o impacto de falhas de utilidade.
NOTA 3 A maioria dos pacotes de ferramenta computacional proprietários aplicados a cálculos de
disponibilidade de produção baseia-se em simulação de Monte Carlo em modelos tipo RBD/FN. Suas
capacidades de modelagem e desempenhos computacionais variam em grande escala e é prudente analisá-los
cuidadosamente antes de utilizá-los.
Referência a
Nenhuma.
normas existentes
Necessidade geral O diagrama de vazão em si pode ser desenhado a partir de diagramas de vazão (PFD) e
de informação diagramas de instrumentação de processo (PID) do sistema sob estudo e as entradas incluem
aquelas apresentadas na Tabela I.2 (ver também Tabela I.6).
As entradas identificadas em I.5.3 também são necessárias, mas não é possível que sejam
representadas graficamente.
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Um resumo da análise de rede de Petri (PNA – Petri net analysis) é dado na Tabela I.5.
Elementos
Resumo
de análise
Descrição da Este é um método gráfico que utiliza redes de Petri (representadas como autômatos de estados
análise finitos) para construir um modelo comportamental dinâmico do sistema.
Eventos potenciais são representados por transições e estados potenciais por lugares. Arcos e
predicativos (equações) são utilizados para modelar as condições para validar transições (isto é,
eventos possíveis de ocorrer). Arcos e asserções (equações) são utilizados para modelar quando
uma transição é disparada (isto é, um evento ocorre).
NOTA Redes de Petri parecem mais abstratas que RBD, FNA ou MPA, porém, com leve investimento
intelectual, elas apresentam várias vantagens:
—— A maioria das informações pode ser mostrada no próprio gráfico;
—— Marcadores podem ser implantados para verificar o comportamento do modelo;
—— Cálculos muito rápidos de Monte Carlo podem ser implantados.
Referência a Existem normas que lidam com prova e validação, mas não são diretamente aplicáveis para
normas existentes propósitos de disponibilidade de produção.
Necessidade geral Uma rede de Petri é um programa de computador (autômato) que se comporta dinamicamente
de informação como o sistema real sob estudo. Cada evento que pode ocorrer no sistema real (ver I.5.3) pode
ser modelado na rede de Petri. Portanto, os tipos de informação que podem ser acomodados são
limitados apenas pela habilidade do analista e detalhes necessários ao estudo.
Logística, recursos, peças sobressalentes, política de manutenção preventiva, reconfigurações,
política de queima são os tipos mais comuns de informação geralmente requeridos.
Convém que revisões de projeto sejam executadas por um grupo de pessoas de disciplinas rele-
vantes. Convém que a revisão de projeto seja executada com aplicação sistemática de palavras guias
ou listas de verificação.
—— especificação de produto;
—— condições operacionais;
—— filosofia de manutenção;
—— procedimentos de manutenção;
—— mantenabilidade/acesso/modularização;
—— ferramentas necessárias;
—— segurança;
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—— experiência de produto.
Os HAZOP podem ser utilizados tanto em sistemas como em operações. Caso sejam utilizados em
operações, como manutenção ou atividades de intervenção, as conclusões do HAZOP podem prover
subsídios a análises de regularidade.
Podem-se referenciar normas existentes, IEC 61882 [14] e ISO 17776 [20].
—— uma avaliação de como as falhas no sistema são identificadas e as implicações das conse-
quências dos vários modos de falha;
—— uma estimativa do tempo não operacional relacionado à preparação para reparo e início da
produção (focada em condições relacionadas ao processo que podem impactar estas questões),
isto convém ser visto em conjunto com a qualificação de dados de confiabilidade e estimativas
sugeridas que possam ser avaliadas em um exercício POR;
O tempo não operacional total relacionado à restauração de um item falhado consiste de várias fases.
Estas incluem:
—— uma fase de pré-reparo (por exemplo, pesquisa de falha, isolamento, despressurização, liberação
de gás, trabalho mecânico prévio);
operacional total são estabelecidas conseguindo-se as estimativas de tempo para todas as fases de
tempo não operacional.
A Figura I.1 ilustra um exemplo de tempo não operacional associado a um evento de falha.
Desempenho
Falha
Tempo Tempo
operacional Tempo não operacional operacional
Convém observar que testes de confiabilidade não são aplicáveis à maioria dos componentes,
subsistemas e sistemas nas indústrias de petróleo, petroquímica e de gás natural. Testes de vida útil
acelerada envolvem sobrecarga em termos de condições ambientais e operacionais, o que provoca
modos de falha alternativos ou diferentes e mecanismos de degradação comparado às condições
normais de operação. Provou-se ser extremamente desafiador reproduzir a degradação normal
de vida útil a partir de testes de vida útil acelerada.
Modelos que relacionam a produção com a disponibilidade podem ser utilizados para a realização
de estudos de sensibilidade a fim de detectar quais componentes necessitam de um melhor enten-
dimento dos seus respectivos parâmetros de confiabilidade, ou para demonstrar, qual confiabilidade
é necessária obter para os componentes a fim de alcançar as metas programadas.
—— análise do produto para certificar que a interface humana e suas tarefas relacionadas são
identificadas;
pode reduzir a contribuição de falta de confiabilidade de hardware para falha do sistema. Portanto,
falhas sistemáticas devido a software em estado de falha podem frequentemente tornar-se a causa
de falha predominante em sistemas programáveis.
Observar que estados de falha em sistemas de software possuem características únicas no modo
pelo qual eles ocorrem, como descrito a seguir:
—— os estados de falha são latentes no software desde o início de sua utilização e estão ocultos;
—— uma vez que um estado de falha é identificado e reparado com sucesso, ele não ocorre novamente;
—— convém que o software seja projetado, desenvolvido, testado e utilizado com o mesmo tipo de
hardware (isto é, mudança em hardware pode ativar estados de falhas latentes no software).
Para descrições adicionais sobre confiabilidade de software, pode ser feita referência às IEC61508-3 [15]
e IEC 60300-3-6 [27].
NOTA 1 A escolha da distribuição mais apropriada requer usualmente conhecimento prévio do regime de
falha operacional.
NOTA 2 Informações adicionais sobre a análise de dados de vida podem ser encontradas na
ABNT NBR ISO14224:2011, Anexo C.
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NOTA 3 Apenas a simulação de Monte Carlo é capaz de abranger todas as distribuições probabilísticas.
—— análise de criticidade, que define os modos de falha dos equipamentos e sua frequência
(para a qual pode ser utilizada FMECA);
—— identificação das causas de falha e os mecanismos para modos críticos de estado de falha;
Convém que o processo RCM seja atualizado durante o ciclo de vida em conjunto com revisões
do programa de manutenção, e também utilizando dados de experiência de campo relevantes,
assim como verificando a avaliação de criticidade.
Convém que informações válidas de análises de desempenho da produção utilizadas em fases iniciais
de projeto possam subsidiar o processo RCM, quando apropriado, de forma a permitir consistência
e interação entre os dois estudos. Convém garantir a coordenação entre os dados de confiabilidade
utilizados nos dois estudos. Similarmente, convém consultar informações “ao vivo” do estudo RCM
quando as análises de confiabilidade e a garantia da produção forem atualizadas durante fases
operacionais.
As interações entre as análises de RBI, RCM, garantia da produção, disponibilidade e risco são impor-
tantes para garantir consistência em taxas de falha relevantes e respectivos padrões de tempo não
operacional para os equipamentos atendidos por estas análises. Pode-se também aplicar a experiência
na utilização de RBI realizado nas fases operacionais, em conjunto com a análise de desempenho
da produção das alternativas de projeto nos estágios de planejamento, assim como no planejamento
inicial de manutenção.
Para informação adicional de RBI, pode-se fazer referência à API RP 581 [25].
o intervalo de teste para os componentes e para o sistema em geral pode ser otimizado em relação a
requisitos/critérios específicos de aceitação e custo de teste. Convém que a condição do componente
após o teste (isto é, bom como novo ou ruim como velho) esteja claramente estabelecida. Testes
frequentes normalmente levam à uma alta disponibilidade da segurança, quando a cobertura do
teste é adequada (por abrangência de teste entende-se a relevância dos testes, isto é, a chance de
revelar uma falha funcional oculta durante um teste). O teste pode entretanto ser custoso e também
pode em casos específicos deteriorar o sistema (por exemplo, teste de pressão de válvulas) e até
introduzir falhas adicionais no sistema. Convém que o intervalo de teste esteja otimizado baseado em
um processo interativo, no qual os critérios globais de aceitação do sistema e custos estão entre os
critérios de otimização.
por meio da assim chamada “função de estado limite” e de um conjunto de variáveis aleatórias
chamadas variáveis básica. As variáveis básicas representam mecanismos causais relacionados à
carga e resistência que podem levar a um evento de “falha de sistema”. A função-limite é baseada
em modelos físicos. Métodos de análise de confiabilidade estrutural são utilizados para calcular a
probabilidade e para estudar a sensibilidade da probabilidade de falha às variações dos parâmetros
no cálculo. Simulações frequentemente são utilizadas, mas é uma técnica que consome muito tempo
em casos de pequenas probabilidades.
Métodos de SRS são ferramentas para calcular probabilidades. Portanto, os modelos utilizados
neste tipo de análise estão relacionados a outros modelos de confiabilidade, como modelos de vida
útil para equipamentos mecânicos e eletrônicos, modelos de confiabilidade para software, modelos
de confiabilidade para sistemas de suprimento e modelos para calcular a confiabilidade de ações
humanas. Todos os modelos deste tipo podem ser utilizados para calcular probabilidades individuais,
que são entradas em diferentes métodos utilizados em análises de desempenho da produção e
de risco, como os eventos básicos em análises por árvore de falhas ou de diagrama de blocos de
confiabilidade (RBD). Uma característica especial de métodos SRA é, entretanto, que a influência de
diversas variáveis aleatórias e modos de falha pode ser considerada em uma única análise. Portanto,
utilizando-se métodos SRA, a segmentação de eventos em subeventos detalhados geralmente é
desnecessária no mesmo grau que, por exemplo, em FTA.
Convém que cada alternativa seja apresentada com as indicações apropriadas de desempenho da
produção como um percentual da produção planejada. Se o desempenho da produção varia com o
tempo, convém que as indicações de desempenho sejam apresentadas como uma função do tempo
(uma curva por cada ano de vida em campo). Convém que o perfil de nível de referência relacionado
também seja apresentado de modo que a perda da produção, e portanto LOSTREV, possa ser
facilmente calculado. É importante esclarecer as premissas em cada caso, se a perda da produção
pode ser recuperada e, em caso afirmativo, quando.
A não ser que as avaliações LCC visem prever o LCC global, as entradas de desempenho da produção
podem se limitar às diferenças entre as alternativas. Convém que as entradas de desempenho da
produção incluam curvas para produção de óleo, exportação de gás e outros como requeridos.
—— a produção pode-se tornar indisponível devido a eventos catastróficos (ver D.3.6 e Anexo H);
—— recomenda-se uma coordenação entre as premissas de estudo e os dados utilizados para análises
de risco e preparação para emergência, e para as análises de desempenho da produção.
Área de Tecnologia
aplicação Demonstrada Histórico limitado de campo Nova ou não demonstrada
Conhecida 1 2 3
Nova 2 3 4
Esta classificação aplica-se ao nível de sistema assim como para cada peça e função em separado.
Utiliza-se a classificação para destacar quais peças e funções têm que ser cuidadosamente escruti-
nadas no processo de desenvolvimento. A tecnologia na categoria 1 é tecnologia demonstrada, onde
métodos provados de qualificação, teste, cálculos e análise podem ser utilizados para documentar
conformidade a requisitos. A tecnologia definida como categorias 2 a 4 é considerada nova tecnologia.
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Descrição da análise A MPA é um modelo gráfico que representa o comportamento de um sistema que transita de
estado a estado ao longo de toda sua vida e permite cálculos probabilísticos (confiabilidade,
disponibilidade, disponibilidade da produção).
NOTA 1 Além de probabilidades, a MPA permite o cálculo de tempos acumulados médios gastos em cada
estado. Isto permite fechamento da lacuna entre cálculos de confiabilidade/disponibilidade e cálculos de
disponibilidade da produção.
NOTA 2 O problema principal da MPA é o crescimento exponencial no número de possíveis estados,
o que restringe este método a sistemas pequenos.
NOTA 3 A MPA clássica é um processo sem “memória”, isto é, o futuro não depende do passado. Quando
não é este o caso, é necessário utilizar processos “semi-Markov” e os cálculos analíticos tornam-se muito
difíceis.
Referência a normas
IEC 61165 [28]
existentes
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Necessidade geral de Um diagrama de Markov representa um conjunto linear de equações diferenciais lineares que
informação permite o cálculo da probabilidade do sistema estar em um dado estado em um dado tempo.
As entradas são dados que definem as taxas de transição e as relações entre os vários
estados, como:
—— taxas de falha e reparo de componentes individuais;
—— taxas de falhas de causa comum;
—— atrasos logísticos (transformados em taxas de transição equivalentes);
—— probabilidades de falha sob demanda (por exemplo, falha ao partir).
Filosofias de operação e manutenção também são incluídas como entradas que possuem
um impacto na estrutura do gráfico em si ou nas taxas de transição (por exemplo, reparo
simultâneo de vários componentes para uma única transição).
Bibliografia
[1] BS 5760-2, Reliability of systems, equipment and components – Guide to the assessment of
reliability
[3] ABNT NBR IEC 60300-1, Gestão da dependabilidade – Parte 1: Sistemas de gestão da
dependabilidade
[4] IEC 60300-2, Dependability management – Part 2: Guidelines for dependability management
[5] IEC 60300-3-2, Dependability management – Part 3-2: Application guide – Collection of
dependability data from the field
[6] IEC 60300-3-3, Dependability management – Part 3-3: Application guide – Life cycle costing
[7] IEC 60300-3-4, Dependability management – Part 3-4: Application guide – Guide to the specification
of dependability requirements
[8] IEC 60300-3-12, Dependability management – Part 3-12: Application guide – Integrated logistic
support
[9] IEC 60300-3-14, Dependability management – Part 3-14: Application guide – Maintenance and
maintenance support
Impresso por HELTON LUIZ SANTANA OLIVEIRA em 22/12/2017
[10] IEC 60812, Analysis techniques for system reliability – Procedure for failure mode and effects
analysis (FMEA)
[12] IEC 61078, Analysis techniques for dependability – Reliability block diagram and boolean methods
[14] IEC 61882, Hazard and operability studies (HAZOP Studies) – Application guide
[16] IEC 61511 (todas as partes), Functional safety – Safety instrumented systems for the process
industry sector
[17] ISO 15663-1, Petroleum and natural gas industries – Life cycle costing – Part 1: Methodology
[18] ISO 15663-2, Petroleum and natural gas industries – Life-cycle costing – Part 2: Guidance on
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[19] ISO 15663-3, Petroleum and natural gas industries – Life-cycle costing – Part 3: Implementation
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[20] ISO 17776, Petroleum and natural gas industries – Offshore production installations – Guidelines
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[21] MIL-STD-1629, Procedures for performing a failure mode and effect analysis for shipboard
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[23] EEMUA Publ. 191 1, Alarm systems – A guide to design, management and procurement
[24] EEMUA Publ. 201, Process plant control desks utilising human-computer interfaces – A guide to
design, operational and human interface issues
[26] API 770, A manager’s guide to reducing human errors improving human performance in the
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[27] IEC 60300-3, Dependability management – Part 3 (all sections): Application guide
[30] IEC 60300-3-9: Dependability management – Part 3-9: Application guide – Risk analysis of
technological systems
Impresso por HELTON LUIZ SANTANA OLIVEIRA em 22/12/2017
[31] ABNT NBR ISO 9000, Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário
[32] API RP 17N, Recommended practice – Subsea production system – Reliability and technical risk
management
1 Disponível em Engineering Equipment & Materials Users’ Association, 10-12 Lovat Lane, LONDON,
EC3R 8DN