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Case Prático

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CONTEXTO OPERACIONAL

CONJUNTO DE REDUÇÃO E MEDIÇÃO

DE PRESSÃO DE GÁS NATURAL

CRM

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1. INTRODUÇÃO

O sistema objeto desse estudo de Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC) é um


Conjunto de Redução e Medição de Gás Natural, situado em uma planta no interior do
estado de São Paulo.
O sistema foi escolhido devido à importância do ativo em relação à continuidade
operacional do cliente, bem como ao cumprimento dos contratos de fornecimento de gás,
além da necessidade de otimizar o Plano de Manutenção.
Ao final do presente estudo, estará disponível um novo plano de ações de manutenção
periódica, sugestões de melhorias, indicações de sobressalentes críticos, a fim de atingir
máxima confiabilidade operacional possível com custo efetivo, agregando valor ao negócio
da empresa, em conformidade com as diretrizes da empresa.
2. O CONTEXTO OPERACIONAL

Os CRM’s são configurados para reduzir a pressão e medir, registrar, acumular e transmitir
à sala de controle (SDCD) os parâmetros de consumo do cliente industrial.
O objeto do presente estudo é um Conjunto de Regulação e Medição, de duas correntes.
Esse CRM foi projetado e fabricado em março de 2001 e recebe o gás à uma pressão de
35 barg, reduzindo e entregando para o cliente na pressão normal de 60 psig (cerca de
2,46 barg) e vazão nominal de 17.500 Nm3 por hora.
A tubulação de entrada é de 6 polegadas e a de saída 12 polegadas. O ambiente local é
muito agressivo, mostrando o CRM fortes sinais de oxidação em parafusos, partes das
válvulas, tubulações e caixas de passagem.
O CRM está abrigado por uma estrutura metálica construída com acesso permitido
somente a pessoal autorizado.
A medição de gás se dá após a redução, e antes da entrega para o cliente. Esse
subsistema fica no mesmo local onde está o CRM com comunicação ao SDCD, assim
pode-se saber o quanto o cliente consumiu instantaneamente.
A falha do CRM compromete diretamente e imediatamente o fornecimento de Gás para o
cliente. As variáveis são monitoradas remotamente, através de um SDCD.
Há, no sistema, componentes elétricos e eletrônicos que dependem da alimentação da
rede principal. Em caso de falha total do fornecimento de energia (falha na alimentação
elétrica externa e na UPS) o sistema continua operando, porém perde-se a comunicação
com o SDCD.
O fornecimento de gás é constante, sendo que manutenções programadas são efetuadas
sem a interrupção do mesmo. Para que essa condição seja atendida o sistema
originalmente é projetado com dois ramais (tramos de redução) que são capazes por si só
de atender a demanda total quando necessária.
Vazamento de gás natural, devido à própria característica do produto não caracteriza
impactos ambientais significativos.
O sistema opera com altas pressões, porém pela característica operacional o risco à
segurança e à saúde das pessoas é baixo.
O sistema é dotado de dispositivos de proteção que mitigam ou minimizam os impactos
ambientais e à segurança.
Alguns equipamentos desse sistema devem atender os requisitos das NR-10 e NR-13.
Ainda há a portaria 160 da CSPE que disciplina a cobrança de gás baseada na média dos
três últimos meses, onde se houver falha de medição pode acarretar multa para o
fornecedor.
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Por se tratar de um ponto remoto, há no local, sinalização para que as pessoas liguem
para a central de atendimento do consumidor em caso de odor de gás.

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FLUXOGRAMA GERAL DO SISTEMA

Gás Natural

Gás Natural

3. CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS

A. REDUÇÃO DE PRESSÃO
O sistema de regulagem de pressão serve para manter a pressão do gás natural
dentro dos limites estabelecidos. Ele reduz a pressão do gás proveniente do fornecimento de gás principal, que é de
aproximadamente 35 barg e entrega ao sistema de medição a uma pressão de 60 psig em condições normais.

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O sistema é composto por 2 tramos, sendo um principal e outro hot stand-by, conforme fluxograma detalhado abaixo:
DIAGRAMA DE BLOCOS REDUÇÃO

Cada tramo é composto por 1 filtro, 2 válvulas reguladoras de pressão (PCVs), 1 válvula de bloqueio
automático (SDV), 1 válvula de alívio (PSV), 1 válvula de retenção, 2 válvulas manuais de alinhamento (montante e
jusante).
O tramo principal recebe o gás natural trabalhando com a sua válvula ativa reduzindo a pressão. Em caso de falha
segura dessa válvula, esta abre totalmente e a válvula monitora do mesmo tramo assume sua função.
Na falha segura da válvula monitora (reserva) do tramo principal, esta fecha totalmente bloqueando o tramo e
a queda de pressão aciona o tramo reserva, repetindo o funcionamento entre as duas válvulas desse, ativa e reserva
nesta sequência.
Em caso de falha do controle de pressão pelas válvulas reguladoras a válvula de bloqueio automático (SDV)
fecha totalmente o tramo.
A válvula de alívio atua antes do bloqueio automático aliviando uma sobrepressão momentânea a fim de evitar
a atuação prematura do bloqueio.
Após a ocorrência de uma situação de bloqueio a mesma só é regularizada com intervenção local para
abertura manual da válvula.

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A válvula de bloqueio automático (SDV) possui sensor de posição (fechado/aberta). Quando este sensor atua é
enviado um alarme ao SDCD para posterior correção.
Abaixo temos a descrição de cada um dos componentes do Sistema de Redução de Pressão:

 Válvula de entrada da corrente principal (esfera - manual)- É a válvula de entrada do tramo principal da
estação e tem a função de interromper a entrada de gás. Usada sempre para isolar a estação em atividades de
emergências e manutenção;
 Válvula de entrada da corrente reserva (esfera - manual) - É a válvula de entrada tramo reserva estação e tem
a função de interromper a entrada de gás. Usada sempre para isolar a estação em atividades de emergências e
manutenção;
 Regulador monitor da corrente principal (PCV)- Monitora a função do regulador ativo da corrente principal.
Reduz e regula a pressão a jusante da corrente principal – setpoint 61 psig;
 Regulador monitor da corrente reserva (PCV) - Monitora a função do regulador ativo da corrente reserva.
Reduz e regula a pressão a jusante da corrente reserva – setpoint 61 psig;
 Filtro da corrente principal - Filtrar o gás da corrente principal, retendo as partículas sólidas iguais ou maiores
do que 20 micra. O elemento filtrante é do tipo cartucho metálico;
 Filtro da linha reserva - Filtrar o gás da corrente principal, retendo as partículas sólidas iguais ou maiores do
que 20 micra. O elemento filtrante é do tipo cartucho metálico;
 Manômetro diferencial de pressão do filtro da corrente principal - Indica a pressão diferencial do filtro da
corrente principal. Pág 2 de 4
 Manômetro diferencial de pressão do filtro reserva - Indica a pressão diferencial do filtro da corrente reserva;
 Shut off da corrente principal (SDV) - Bloquear o fluxo de gás na condição de sobre-pressão da corrente
principal – Setpoint 78 psig;
 Shut off da corrente reserva (SDV) - Bloquear o fluxo de gás na condição de sobre-pressão da corrente reserva
– setpoint 80 psig;
 Manômetro entre os dois reguladores da corrente principal - Indica a pressão a montante da corrente principal;
 Manômetro entre os dois reguladores da linha reserva - Indica a pressão a montante da corrente reserva;
 Regulador ativo da corrente principal (PCV) - Reduz e regula a pressão na corrente principal – setpoint 60 psig;
 Regulador ativo da corrente reserva (PCV) - Reduz e regula a pressão na corrente principal– Setpoint 59 psig;
 Manômetro de pressão de saída da corrente principal - Indica a pressão de gás fornecida ao cliente quando a
linha principal está ativa;
 Manômetro de pressão de saída da corrente reserva - Indica a pressão de gás fornecida ao cliente quando a
linha principal está ativa;
 Válvula de alivio da corrente principal (PRV) - Libera gás da corrente principal em caso de sobre pressão em
volume equivalente a 10% da vazão – Setpoint 72 psig;
 Válvula de alivio da corrente reserva (PRV) - Libera gás da corrente reserva em caso de sobre pressão em
volume equivalente a 10% da vazão - Setpoint 72 psig;
 Válvula de retenção da corrente principal - Retém o contra fluxo de gás na corrente principal;
 Válvula de retenção da corrente reserva - Retém o contra fluxo de gás na corrente reserva;

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 Válvula de controle de fluxo da corrente principal - Bloqueia o fluxo de gás da corrente principal para
manutenção dos componentes da corrente principal;
 Válvula de controle de fluxo da corrente reserva - Bloqueia o fluxo de gás da corrente reserva para manutenção
dos componentes da corrente reserva;

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B. SISTEMA DE MEDIÇÃO

O sistema tem a função de medir, acumular e registrar a vazão de gás consumida pelo cliente. Também corrige
o volume medido em função de parâmetros percebidos ou pré-fixados. O sistema de medição de vazão possui 1 tramo
principal e um de by-pass.
Em caso de necessidade de intervenção ou falha, o sistema de medição pode ser isolado através de válvulas,
passando o gás diretamente para o cliente, sem a quantidade de volume fornecida (by-pass).

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Os elementos que compõem o sistema de medição são:


 Válvula de controle de fluxo da corrente do medidor - Bloqueia o fluxo de gás da corrente a montante do
medidor de vazão;
 Válvula de controle de fluxo da corrente by pass da linha de medição. - Bloqueia o fluxo de gás a montante da
corrente do by pass;
 Medidor - Mede, acumula e registra a vazão de gás consumida pelo cliente;
 Conversor de Volume - Corrige o volume medido em função de parâmetros percebidos ou pré-fixados;
 Válvula de saída da corrente do medidor - Bloqueia o fluxo de gás da corrente a jusante do medidor de vazão;
 Válvula de saída da corrente do by-pass - Bloqueia o fluxo de gás a jusante da corrente do by-pass;

C. A INSTALAÇÃO E OS SISTEMAS GERAIS

No local da instalação há um sistema de aterramento a fim de proteger os sistemas elétricos contra surtos de
tensão e sistema de para-raio para proteção contra descargas atmosféricas.
O ativo é abrigado contra intempéries em local próprio, protegido com telhas e com grades e portas de acesso,
onde apenas pessoas autorizadas podem entrar.
Nessa instalação, como funciona 24h é necessário luz artificial suficiente para poder se trabalhar durante a
noite, quando necessário.
Além disso, ao redor do local de instalação, dispostas nas grades, há placas de identificação e advertência
mostrando os perigos da instalação e formas de contato com os responsáveis pela mesma.

4. O EXERCÍCIO

a. Definir se os Sistemas de Redução e Medição serão estudados em conjunto


ou separadamente.
b. Etapa 1 – Listar todas as Funções do Sistema e seus respectivos padrões de
desempenho (Primária e ESCAPES).
c. Etapa 2 – Listar as Falhas e Modos de Falha razoavelmente prováveis no
Contexto para as Funções anteriormente listadas. (utilizar a Planilha de
Informação).
d. Etapa 3 – Aplicar o diagrama de decisão e analisar os Modos de Falha das
Funções Evidentes
e. Etapa 4 – Aplicar o diagrama de decisão e analisar os Modos de Falha das
Funções Ocultas

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Anexo - Nota Suplementar do RCM

REVISÃO METODOLÓGICA

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O NÍVEL DE ANÁLISE

Uma análise efetuada em um nível muito alto pode tornar-se superficial, enquanto que em um nível muito
baixo torna-se maioria das vezes de difícil entendimento e gerenciamento.

o Análise com nível muito baixo:


o Num nível muito baixo torna-se difícil definir as funções e seus padrões de desempenho,
bem como a descrição dos efeitos e consequente determinação das consequências.
o Num nível muito baixo torna-se difícil torna-se difícil decidir quais componentes pertencem a
qual sistema
o Modos de falha podem se repetir para subsistemas analisados em separado o
Malhas de proteção podem ter seus componentes em mais de um subsistema.
o São necessárias a emissão de relatórios gerenciais para vários subsistemas perdendo-se a
visão do todo.

o Análise com nível muito alto


o A função primária deverá contemplar centenas de modos de falha, sendo que alguns
poderão ser ignorados.

Como a inclinação inicial é quase sempre começar bem abaixo na hierarquia do sistema a ser estudado,
uma boa regra é fazer a análise um nível , ou até dois, acima do que se pensou inicialmente.

É mais fácil dividir subsistemas complexos encontrados em uma análise de nível alto do que subir, onde
se começou com um nível muito baixo.

O CONTEXTO OPERACIONAL

A fase inicial de preparação de uma análise crítica RCM consiste na elaboração de um descritivo contendo
as informações, qualitativas e quantitativas, necessárias para o entendimento completo:

- do processo em que o item é usado

- do papel desempenhado pelo item no processo


- da sua relevância para o negócio como um todo

O Contexto operacional deverá estar formatado em no mínimo 3 seções e em cada uma destas, as
seguintes questões deverão ser respondidas:

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1. Introdução
a. Qual o Sistema a ser estudado?
b. Quais as razões levaram a escolha deste Sistema Operacional para o estudo?
(Necessidade de maior disponibilidade e confiabilidade operacional, melhoria na qualidade
do produto, maior segurança e integridade ambiental, redução de custos, entre outros – vide
pág. 307 Reliability Centred Maintenance John Moubray ).
c. Quais metas estão estipuladas para cada um ( ou todos ) os aspectos acima ?

2. O Contexto Operacional ( vide pág. 28 Reliability Centred Maintenance John Moubray )


a. Qual a importância deste sistema no negócio da empresa?
b. Como é o processo produtivo e quais os padrões de desempenho?
c. Existe redundância em caso de falha?
d. Quais as leis ambientais e riscos de segurança envolvidos?
e. Quais as fronteiras serão consideradas para o estudo?

Nesta seção, deverá ficar definida claramente a(s) função (ões) primaria(s) e os padrões de
desempenho relativos. Uma foto abrangente do sistema, bem como fluxogramas sintéticos do processo
onde o mesmo está inserido devem fazer parte desta seção também.

3. Características Operacionais
Nesta seção deverão ser descritas todas as funcionalidades que o sistema possui. A partir desta
descrição deverá ser possível identificar todas as funções secundárias e padrões de desempenho
conforme o ESCAPES (vide págs. 37 a 48 Reliability Centred Maintenance John Moubray ). Fotos de
detalhes importantes também devem ser inseridas.

Outras seções ou anexos relevantes podem ser considerados, como por exemplo: Lista de dispositivos
de proteção, dificuldades presentes para a atividade de manutenção, dificuldade com sobressalentes,
etc.

A PLANILHA DE INFORMAÇÃO

Funções

a. A definição das funções deverá consistir sempre de um verbo no infinitivo, um objeto e um padrão
de desempenho desejado.
o Ex: Bombear água a uma velocidade mínima de 300 l/m

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b. Os padrões de desempenho devem sempre ser quantificados quando possível e devem descrever
o desempenho desejado do Sistema e não a sua capacidade instalada.
c. Os padrões de desempenho podem também ser múltiplos, quantitativos, qualitativos, absolutos ou
variáveis (vide pág. 25 Reliability Centred Maintenance John Moubray)
d. As funções são divididas em 2 categorias principais – primárias e secundárias
e. As funções primárias são divididas em 2 categorias – primárias múltiplas e independentes e
primárias dependentes ou em série (vide pág. 36 Reliability Centred Maintenance John Moubray)
f. As funções secundárias devem ser definidas levando-se em conta as sete categorias definidas no
ESCAPES ( vide pág. 38 Reliability Centred Maintenance John Moubray )

Falhas Funcionais

A falha funcional define-se como a perda da função que pode ser total ou parcial:

a. Falha Total: Refere-se à perda total da capacidade e está relacionada ao padrão de desempenho
desejado.
b. Falha Total: Refere-se à perda parcial da capacidade e também está relacionada ao padrão de
desempenho desejado.
c. A descrição da falha total deve ser definida com o “Não” antes da função.
d. A falha total deve referir-se a um desempenho menor , maior ou diferente do padrão de
desempenho em seu contexto operacional.

Modos de Falha

São os EVENTOS que causam as falhas funcionais. O modo de falha é definido portanto como o que
realmente faz com que ocorra a falha funcional, ou seja, a(s) causa(s) raiz(es) da falha funcional.

O processo de antecipar, prevenir, detectar ou corrigir a(s) falha(s) funcional (ais) é aplicado a cada
MODO DE FALHA, individualmente, ou seja, “A manutenção é realmente gerenciada ao nível individual de
cada modo de falha.”

a. A descrição do modo de falha deve consistir de pelo menos um substantivo e um verbo.


b. A quantidade de modos de falha definidos podem abreviar ou atrasar uma análise, portanto as
3 regras devem ser consideradas para registrá-los
a. Devem-se considerar os modos de falha fazem parte do histórico do sistema
b. Devem-se registrar os modos de falha referenciados no plano de manutenção atual
c. Devem-se registrar os modos de falha que não ocorreram ainda, mas que tem
grande probabilidade de ocorrer
d. Devem-se considerar os modos de falha com pouca probabilidade de acontecer se
as consequências forem muito sérias

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c. Uso de verbos específicos e a quantidade de detalhe utilizada na descrição tornam possível


a seleção mais fácil da política de gerenciamento da falha a ser utilizada
d. Os modos de falha relativos a atuação espúria de dispositivos de proteção que paralisam a
operação do Sistema devem ser listados na falha funcional da função primária do mesmo, pois
normalmente paralisam o funcionamento.
e. Os erros humanos possíveis na operação / manutenção devem ser considerados

Como os modos de falhas deverão ser listados

A descrição dos efeitos da falha e a análise das suas consequências são grandemente simplificadas se os
modos de falha são descritos o mais claramente possível.

O nível de detalhamento dos modos de falha na planilha de informação não é o mesmo para todos. Alguns
modos de falha devem ser registrados no nível 2 , outros no nível 7 e os demais entre os dois níveis. ( vide
pág. 66 a 69 - Reliability Centred Maintenance John Moubray )

O melhor é evitar o uso da palavra “falha”, encontrando algum outro verbo para descrever o modo de
falha.

Exemplo:

“A mola do acoplamento cisalhou” ao invés de “Acoplamento falhou”

Efeitos da Falha

O efeito da falha deve descrever o que aconteceria se nada fosse feito pro ativamente ou corretivamente
para impedi-lo, deve limitar-se ao comportamento do sistema após a falha e descrever seus eventos
consecutivos. Deve descrever o que efetivamente acontece quando cada modo de falha ocorre.

Para esta descrição, 5 questões devem ser respondidas:

a. Qual a evidencia em operação normal ( se existir ) de que a falha ocorreu


? o Evidência da falha
A descrição do efeito da falha deverá permitir que os analistas de RCM II decidir se a falha
tornar-se-á evidente por si só para os operadores sob circunstâncias normais.

Quando se tratar de dispositivos de proteção, a descrição deverá tratar, de modo resumido,


sobre o que poderia acontecer se o dispositivo protegido falhasse enquanto o dispositivo de
proteção estivesse fora de serviço. Neste caso indicar se a falha do dispositivo de proteção
seria evidente para os operadores e, se fosse, como seria tal evidência.

b. A falha afeta a segurança das pessoas ou aspectos ambientais quando ocorre?


o A descrição do efeito da falha deverá incluir:

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a. Aumento do risco de fogo ou explosões


b. Escape de produtos químicos agressivos
c. Eletrocussão
d. Queda de objetos
e. Explosões (vasos de pressão e sistemas hidráulicos)
f. Exposição a materiais muito quentes ou fundidos
g. Desintegração de componentes rotativos
h. Acidente com veículos ou descarrilamentos
i. Exposição à perfis cortantes ou máquinas móveis
j. Aumento dos níveis de ruído
k. Colapso de estruturas
l. Crescimento de bactérias
m. Contaminação de alimentos ou produtos farmacêuticos
n. Enchentes

c. A falha quando ocorre afeta a produção ( resultado ) do sistema em questão?


o A descrição do efeito da falha deverá indicar como a produção é afetada (se for) e por quanto
tempo. O tempo de paralisação (“downtime”) no contexto do RCM II significa o total de tempo
que o equipamento estaria fora de serviço, em função de uma determinada falha.
d. A falha quando ocorre, além de si mesma, causa outro dano físico ao equipamento?
e. Qual o tempo de paralisação (downtime) e o que tem que ser feito para o reparo?

A partir das respostas de todas as questões acima, existe informação necessária e suficiente para a
correta identificação das consequências das falhas e elaboração do diagrama de decisão.

Quando a resposta para alguma das questões for negativa não se faz necessário o registro no efeito. As
descrições dos efeitos da falha devem permitir que os grupos de análise crítica RCM avaliem as
consequências das falhas.

Parte considerável do tempo demandado para análise é consumido nesta etapa, portanto deve-se
considerar a seguinte regra: Em média, as descrições de efeitos de falhas demandam de 20 a 40 palavras.

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A AVALIAÇAO DE CONSEQUENCIAS ( DIAGRAMA DE DECISÃO )

Categorias de consequências de falha

1. Falhas ocultas

Aplica-se à maioria dos dispositivos de proteção que não são à prova de falha.

Se a perda de função provocada por um determinado modo de falha não é evidente para os
operadores sob condições normais, então, a falha é oculta.

Alguns pontos necessitam ser compreendidos corretamente para a correta avaliação da falha oculta:

1.1. A pergunta relativa a ser evidente ou não, refere-se à perda da função e não ao modo de falha
relativo a esta.
1.2. Não importa o tempo que a falha ( ou perda da função ) , demore para ficar evidente, se ficar ,
será evidente.
1.3. Os dispositivos de proteção apresenta 2 tipos de falhas. Não atuar quando necessário ( falha da
função primária do dispositivo ) e atuar indevidamente ( falha da função secundária do dispositivo
)
1.4. A equipe de operação se refere a aqueles que estão em um local onde seja possível detectar, e
que possam reconhecer e reportar a falha.
1.5. Circunstancias normais significa que a falha pode ser detectada sem uma tarefa específica para
detectá-la.
1.6. A perda da função tornar-se evidente “por si mesma” significa que nada mais falhou

Os dispositivos de proteção dividem-se em 5 categorias distintas:

o Dispositivos de proteção
• Alertar os operadores para situações anormais
• Desligar o equipamento no caso de uma falha
• Eliminar ou aliviar condições anormais as quais poderia suceder uma falha que
poderia causar danos mais sérios
• Assumir a função que falhou (reserva)
• Prevenir a ocorrência de situações perigosas

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2. Consequências na Segurança e no Meio-Ambiente

Uma falha tem consequência na segurança se causar uma perda de função ou outro dano que poderia
ferir ou matar alguém.

Consequências na segurança

Uma falha tem consequência na segurança se causar uma perda de função ou outro dano
que poderia ferir ou matar alguém.

Consequências no meio ambiente

Uma falha tem consequências no meio ambiente se causar uma perda de função ou outro
dano que poderia levar a violação de qualquer regulamentação ou padrão ambiental
conhecido.

3. Consequências Operacionais
Uma falha tem consequências operacionais se tem um efeito adverso direto sobre
a capacidade operacional.

As falhas podem afetar os operações de 4 formas :

• Produção reduzida
• Problemas na qualidade do produto
• Serviço deficiente ao cliente
• Aumento dos custos operacionais
Observação: Todas essas consequências são econômicas

4. Consequências não Operacionais


Uma falha com consequências não operacionais envolve apenas o custo direto de reparo.
Portanto, essas consequências também são econômicas.

POLÍTICAS DE MANUTENÇAO

Tarefas proativas

Tarefas rotineiras (cíclicas) projetadas para prever ou prevenir a falha:

• Tarefas sob condição - verificação de falhas em curso


• A frequência é determinada por um período inferior ao intervalo P-F ( normalmente sua
metade ). O intervalo P – F é melhor determinado pela experiência. (vide pág. 163 Reliability
Centred Maintenance John Moubray )

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P O intervalo
P-F


F

• Restauração programada - recuperação em intervalos fixos, Independentemente da sua condição.


• A frequência é determinada pela vida útil do item, normalmente informada pelo fabricante.

Zona de
"Vida" desgaste

Idade

• Descarte programado - Substituição em intervalos fixos, independentemente da sua


condição.
• A frequência é determinada pela vida útil do item, normalmente informada pelo fabricante.
Ações default

Ações executadas caso uma tarefa proativa não seja encontrada:

• Localização de falhas - constatação de falhas já ocorridas


• A frequência é determinada pelo calculo do FFI, utilizando-se a fórmula adequada para tal.

Disponibilidade 99.99% 99.9% 99.8% 99.5% ..etc


Desejada

V Intervalo de
descoberta de falha 0.02% 0.2% 0.4% 1.0% ..etc
(% de MTBF)

• Reprojetar - Altera o equipamento ou processo independentemente da sua condição


• Nenhuma manutenção programada

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