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MONOGRAFIA E TRABALHOS CIENTIFICOS: FACILITANDO A

PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO: DICAS PARA CONFECÇÂO

HARLEY PACHECO DE SOUSA

SÃO PAULO

2013

O presente texto surgiu de uma necessidade pessoal bastante peculiar, mas que pode ser
a realidade de muitos estudantes; durante o fim de minha graduação sofri muito por
conta das orientações precárias que não me orientavam em nada para a produção do
trabalho de conclusão de curso que é o momento em que aluno inicia sua vida
cientifica.

A ausência de profissionais focados em estudos deste modelo aponta para a


precariedade das universidades nas disciplinas voltadas a iniciação cientifica, pois por
não promoverem e aguçarem a cientificidade dos discentes acabam desenvolvendo neles
certa depreciação e aversão a essa prática tão carente.

No decorrer da confecção do trabalho precisei recorrer alguns amigos intelectuais, mais


especificamente o professor de psicologia social Aroldo Rodrigues da Universidade da
Califórnia; professor de psicologia social Leonardo Pinto de Almeida da Universidade
Federal Fluminense e da Professora escritora Ilana Moutian da Universidade São
Marcos. Todos me ensinaram com muita atenção dispondo de tempo da qual certamente
não tinham para me auxiliarem, esse fato me impulsionou a transmitir o conhecimento a
fim de diminuir mesmo que brevemente a angustia daqueles que não tem orientações
decentes.

Trabalhos acadêmicos são científicos por isso requerem certa sistematização em sua
construção, porém, sistematização vai mais além que apenas seguir um roteiro de
tópicos como nos ensinam recorrentemente na internet; sistematização deve ser
abrangente a toda a extensão da produção acadêmica, seja ela em nível de graduação,
pós ou artigo cientifico publicável.
Quando escrevemos um texto cientifico isso quer dizer que o texto foi construído sob
demasiado rigor metodológico e sob elevado nível de encadeamento de ideias, ideias
essas oriundas de análises consistentes feitas previamente. Absolutamente todos os
trabalhos científicos são fruto de vasta e profunda reflexão que emergem durante
revisões bibliográficas amplas chamadas de estado da arte.

O estado da arte é um estudo apuradíssimo sobre um tema se afastando de trabalhos ou


pesquisas sem rigor cientifico. Quando fazemos um estudo o primeiro passo é
realizarmos a revisão bibliográfica que se trata de ler todos os possíveis textos que
abarquem o assunto escolhido para tratar. Depois devemos elaborar o estado da arte, ou
seja, ler apenas aqueles textos que são resultado de pesquisas extremamente rigorosas,
ou seja, ler a excelência cientifica sobre um assunto para que deste modo possamos
construir algum raciocínio sobre o tema.

Quando elaboramos um trabalho cientifico o primeiro passo é escolher o tema. Em geral


recomendam que escolhamos algo de nosso interesse, entretanto, isso é uma meia
verdade, pois não basta apenas ser do nosso interesse, o trabalho cientifico deve ser do
interesse da sociedade. Suponhamos que o tema que nos chama muita atenção é: ‘a
vontade de comer bolo de chocolate’ e por isso queiramos desenvolver um trabalho
sobre o tal bolo de chocolate, certamente, essa atividade não terá o mínimo apoio para
ser desenvolvida, sendo assim, existem algumas perguntas que devemos fazer a antes de
escolher tema:

O quanto esse trabalho auxiliará a sociedade? O quanto esse trabalhos auxiliará as áreas
do conhecimento? O quanto esse trabalho auxiliará o desenvolvimento cientifico?

Essas perguntas são a base para um trabalho acadêmico, mas dificilmente somos
ensinados a realiza-las antes de iniciar a produção, as respostas dessas perguntas
justificarão todo nosso empenho.

Agora que sabemos em que esse trabalho auxiliará devemos entender qual é a
problemática para que a partir disso possamos definir o objetivo.
Todos os trabalhos científicos devem ter um objetivo especifico, ou seja, devem
responder algumas perguntas que auxiliarão em projetos societários.

Como elaborar uma pergunta? Essa é intrigante pergunta, seriamos ingênuos se


tentássemos responde-la, entretanto, podemos dar algumas dicas, embora o papel do
orientador seja de extrema importância nesse momento, pois apenas pesquisadores e
cientistas de talento tem facilidade para solução desse impasse.
Atualmente vemos pouquíssimas perguntas novas e originais e isso remonta certo
desamparo dos jovens pesquisadores como nós.

Fazer perguntas vai depender do quanto conhecemos sobre o assunto, geralmente nos
recomendam delimitar bem o tema, mas como delimitar o que não sabemos?, sendo
assim, recomendamos que o “recorte e delimitação temática” ocorra quando já
dominamos o tema, antes disso, devemos realizar um pré projeto respondendo perguntas
abrangentes, por exemplo: Se conhecemos o tema atitude, devemos confeccionar um
trabalho mais focado em uma de suas características, caso contrário, respondamos
primeiramente questões abrangentes e passemos por todas as dimensões do fenômeno,
pois assim antes de conhecer o particular nos aprofundaremos no geral.

Um trabalho acadêmico ou cientifico deve ter as coisas obvias que os sites e livros
apresentam que geralmente são: Introdução. metodologia, objetivos, justificativas e etc,
porém dificilmente achamos algum conteúdo que nos explique como desenvolver esses
itens e nessa problemática nosso artigo centra-se, nosso objetivo é discutir, explicar e
fomentar estudos acadêmicos bem produzidos. O presente estudo deseja auxiliar na
construção e no desenvolvimento de iniciantes na confecção de produções acadêmicas e
cientificas para cumprir os objetivos fizemos análise sistemática sobre proposições
defendidas por alguns autores.

Monografia
As monografias tem esse nome por conta do tema, ou seja, deve haver apenas um
objeto. Todos os trabalhos científicos de graduação ou pós são monografias porque
estudam apenas um objeto de estudo, no entanto, há casos diferenciados, mas não os
abordaremos. Na monografia se estuda um único problema, um único tema de modo
profundo. É certo que existem outros tipos de trabalhos científicos como os textos
didáticos, resumo de textos e resenhas bibliográficas, entretanto resenha só é resenha
depois de publicada, mas isso é tema para outro artigo

Titulo
O titulo do trabalho é um dos itens mais importantes, pois é por meio dele que
despertaremos no leitor a leitura. Autores geralmente sugerem que o façamos depois de
construir todo o trabalho. Sabadini e Sampaio (2009)1 escreveram que o título deve ser o
último item construído, porém, sugerimos que seja o primeiro, pois será por meio dele
que logo no inicio delimitaremos e nortearemos o estudo.

Ressaltamos, entretanto, que no fim da construção esse item seja revisto e atualizado se
necessário. O título deve ser fiel ao conteúdo do trabalho. Em aula ministrada aos
alunos do 10 semestre de psicologia em 2012 o professor Tiago Lopes 2 proferiu a frase;
“O titulo do trabalho deve ser exatamente o retrato do conteúdo”, portanto, seja
cuidadoso nesse ponto, pois ele dirá se nosso estudo ficará ao pé da porta ou será
requisitado na biblioteca. Volpato (2003 apud Sabadini e Cardoso 2009, p. 110) orienta
que o intuito do titulo é: “Atrair o leitor. Informar o leitor. Não enganar o leitor. Não
aborrecer o leitor”.

Resumo
Esse é o item mais lido dos trabalhos, pois ele deve ser capaz de remontar todo o
conteúdo em poucas palavras, portanto, argumente. Essa parte deve ser construída de
modo corrido, ou seja, não deve pular linhas, não deve haver nenhum recuo e deve ser
elaborado encadeado as palavras chaves.
Escrevas as palavras chaves do texto e confeccione o resumo baseado nelas. O resumo
deve respeitar a ordem do texto, por exemplo, comecemos brevemente escrevendo sobre
o título, objetivos, justificativa, metodologia, desenvolvimento e considerações, mas de
modo breve.

1
Publicar em psicologia: um enfoque para a revista cientifica / Organização de Aparecida Angélica Zoqui
Paulovic Sabadini, Maria Imaculada Cardoso Sampaio e Silvia Helena Koller. – São Paulo: Associação
Brasileira de Editores Científicos de Psicologia / Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo,
2009.
2
Tiago Lopes de Oliveira orientador da disciplina metodologia de pesquisas na Universidade São Marcos
e doutorando pelo programa de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, falou
em aula em dezembro de 2012.
Introdução
Deve expor a proposta do trabalho, a metodologia, método, problemática, pressuposto e
marco teórico, objetivos e justificativas, esses itens podem ser ou não destacados,
entretanto, é interessante avaliar as recomendações daqueles que darão parecer sobre.
Nesse ponto você deve argumentar sobre o porquê do titulo, do tema e qual o objeto de
estudo. Lembre-se que a introdução não deve ser mera cópia do resumo, mas algo mais
consistente e que desperte a curiosidade do leitor.

A proposta do trabalho é estudar tal fenômeno, a metodologia utilizada ‘tipo de


pesquisa’ empírica, exploratória, de observação e etc.

Objetivo: de acordo vimos anteriormente, devemos responder algumas perguntas, e


esse é o objetivo. Um trabalho cientifico deve responder algumas questões mais gerais e
outras mais especificas. As mais gerais são as perguntas que desejamos responder e as
especificas são as que nos possibilitaram responder as mais gerais. Por exemplo:
objetivo geral é entender quanto tempo demoramos para fazer uma ligação telefonica.
Objetivos específicos: serão as respostas de perguntas necessárias para o entendimento
de atitude. Por exemplo: A- quanto tempo demoro discando; B – quanto tempo o
telefone demora para atender em média; e etc, se for trabalhos acadêmicos coloque o
objetivo geral em texto corrido e especifico em tópicos, se for artigo escreva os dois
objetivos de modo corrido.

Justificativa: Nesse ponto devemos refletir e argumentar sobre qual é a importância


social, técnica e cientifica de um estudo.
Por exemplo: esse trabalho auxiliará no desenvolvimento de trabalhos societários,
tecnicamente esse estudo propiciará desenvolvimento de praticas para as diversas áreas
como a área clinica e organizacional e auxiliara no desenvolvimento de trabalhos mais
profundos sendo isso relevante para a sistematização da ciência. Dê exemplos.

A metodologia consiste em ressaltar todos os procedimentos utilizados para a confecção


da pesquisa. A metodologia é composta de abordagem metodologica que é o tipo de
estudo: empírico, dedutivo, indutivo, enfim, é aqui onde devemos abordar qual foi a
lógica de pensamento usada para chegar a conclusão.
Dentro da metodologia há o método que nada mais é que a justificativa da utilização do
instrumento de pesquisa (entrevista, pesquisa) e a detalhada descrição dos instrumentos.
Por exemplo: se fizemos uma revisão bibliográfica, façamos uma tabela com o nome,
profissão e endereço físico de cada pesquisador consultado.
Se foi entrevista, expliquemos quais foram as perguntas, porque delas, como foi feito o
recrutamento, quais foram os critérios de inclusão e exclusão, se amostra foi calculada,
enfim, permita que sua pesquisa seja replicada, alias, perguntemos a nós mesmo: “outra
pessoa consegue fazer exatamente as mesmas atividade que realizei para chegar as
conclusões.?”. O método pode ser, por exemplo: descritivo, qualitativo, quantitativo ou
a combinação desses. Quando explicarmos qual foi o instrumento utilizado devemos
também explicar o porquê ele foi escolhido.

É interessante explicarmos de qual perspectiva estamos olhando, ou seja, expliquemos


nossa visão de mundo e sujeito e a da pesquisa, por exemplo: estamos analisando o
fenômeno a partir da perspectiva psicológica da psicologia social a partir de uma
provocação monista – materialista e etc. e justifiquemos o porquê deste olhar.
Certamente seremos sempre questionados sobre nossa visão de mundo e sujeito, além
de indagados qual é o nosso marco ou quadro teórico, portanto, se possível crie um
tópico chamado marco teórico que fica na introdução; e conte sobre a visão de mundo,
sobre os conceitos que serão usados, começando por seus argumentos, citando o autor
que norteará seus estudos e explicando esses conceitos.
(sugiro que só os mais experientes coloquem isso, pois é difícil de explicar e certamente
você vai tomar porrada da banca se não tiver propriedade filosófica, entretanto, se
colocar e conseguir sustentar você certamente vai quebrar a banca no meio. No meu
TCC os pareceristas eram 2 doutores, PUC e USP, Levei muita pancada nesse quesito,
mas deu pra revidar, entao, se for trabalho de graduação pense duas vezes, se for atigo
não coloque, se for de pós isso é obrigação).

Devemos realizar um resumo de cada capitulo e apresenta-los para que o leitor saiba o
que vai ler e para que seja prático caso ele queira ler um ou outro capítulos
especificamente. Siga orientações do orientador quanto a isso,mas lembre-se que o
trabalho é seu, ele pode apenas sugerir coisas.
Antes de continuarmos, é importantíssimo que referenciais teóricos não sejam
misturados, pois isso torna seu trabalho inconsistente a não ser, obviamente, que a
proposta seja essa, apresentar visões divergentes. Particularmente eu acho
desnecessário, inconsistente e um descompromisso com o modelo base. Ale de ser
impossível sustentar ecletismo teórico.

Lembremos que na introdução podemos e devemos fazer citações, mas não uma colcha
de retalhos, mas um pano bem costurado de ideias. Lembre-se que muitos termas que
usaremos no trabalho não são óbvios, portanto, já na introdução devemos esclarecer por
meio das notas de roda pé.

Misturar perspectivas teóricas não é bom porque geralmente às visões de mundo e


sujeito epistemologicamente são diferentes, e por isso não combinam, como escreveu o
professor Aluísio de Lima 3. Por exemplo: suponhamos que nossa obra não acredite em
mente, consciente e subconsciente, não use autores e ideias que se fundamenta nessa
crença. É comum fazermos isso, portanto leia um pouco sobre a biografia dos autores
que usará para fundamentar seu trabalho, se possível, crie um item chamado
pressuposto teórico e escreva sobre cada um deles, essa parte fica na introdução.

Delimitação
Na delimitação as palavras chaves são o que, onde, quando e quem. Use essas palavras
para nortear o texto, pois isso é importante; como escrevemos o tema deve ser único,
mas mesmo assim ainda é abrangente e em ciência o quanto menor o objeto de estudo
melhor, por exemplo, queremos estudar o limão, as particularidade da casca, quando
colhido em plantações de solo seco no interior do nordeste. Nossa suposição pode ainda
ser reduzida.

Instrumento de pesquisa (isso aqui deve estar no método)


Lembre-se que é interessante sempre usarmos o instrumento certo, por exemplo:
Se vamos estudar o Capitalismo não devemos ir para Cuba, mas para o Estados Unidos
da America, pois é nesse local onde o mesmo é mais desenvolvido.

3
Aluísio de Lima doutor em psicologia e professor adjunto da Universidade Federal do Ceará, em contato
por meio de correio eletrônico expos a ideia.
Queremos dizer que se você for estudar história, vá em locais que possuem documentos
históricos e faça analise bibliográfica lá e não por meio de textos poéticos e etc. Se
deseja realizar uma revisão bibliográfica, faça analise sistemática do estado da arte e
recuse todos os arquivos que não são científicos, a não ser que a proposta seja essa.

Desenvolvimento
Aqui nossa parceria será mais distante na medida em que seu tema é seu e não podemos
orienta-los nesse sentido, entretanto, daremos algumas dicas para que possamos
desenvolver um bom trabalho.

No desenvolvimento também não misturamos linhas divergentes,

Antes de começarmos a escrever nosso capitulo, primeiros devemos refletir sobre o que
escreveremos. Pegue o titulo do capitulo, escreva em um papel e reflita sobre o que
precisamos escrever sobre ele. Façamos um circulo envolta do titulo e façamos
apontamentos e agora escrevamos sobre esses apontamentos.
Tipo: o que eu preciso escrever sobre isso para entender o que quero expor?

Citações
Existem apenas dois tipos de citação direta curta e a direta longa, alguns autores,
afirmam haver citação indireta, entretanto, na verdade se chama paráfrase que ocorre
quando aproveitamos a ideia do autor, nesse caso, não existe nada de curto e longo.

A citação direta não deve ser utilizada, empregamos apenas quando ela é muito clara e
não há como torná-la mais simples. Portanto se possível não use e se o orientador
sugerir ainda não use. Trabalhos bons não tem citação direta.

Existe também a analise pessoal, embora alguns orientadores digam que não devemos
usá-las, isso é um equivoco e certa ingenuidade, pois o trabalho é pessoal, ou seja,
realizaremos análise pessoal de outros autores, portanto, como não realizar análises?

Citação direta é quando retiramos do texto as mesmas palavras de um autor e a indireta


‘paráfrase’ quando fazemos uma leitura e usamos a ideia desse autor em nossa
provocação.
Devemos sempre fazer análise do texto, metabolizá-lo e argumentar sobre ele. Devemos
fazer uma parceira entre nós e o autor e jamais utilizá-lo para confirmar nossas ideias.
As análises são indícios de maturidade intelectual e domínio de um tema. Um detalhe
muito importante que devemos fazer sempre é explicar quando citamos um autor que
não trata do assunto de nossa pesquisa, por exemplo, suponhamos que estamos
escrevendo sobre preconceito e citamos um autor que não trata especificamente do
tema, é importante ressaltarmos o porque da citação;

Citação indireta:
Segundo Skinner (1948) amor é reforço positivo.
Amor é reforço positivo. (SKINNER, 1948).

São dois exemplos de citação indireta; a primeira dentro do contexto do texto e a


segunda fora do contexto. Como escolher? Isso vai depender de como você está
organizando um argumento e a escolha é pessoal, mas tem uma lógica.
Escolha dentro do contexto se você for terminar argumentação com suas palavras e com
sua ideia (a ideia que vc construiu, o que você entendeu) do que o autor escreveu e fora
do contexto quando argumentação terminar com a ideia do autor. Inserir o numero da
página é opcional.

Perceba que quando escrevemos: segundo autor, damos a entender que nós estamos
dizendo que o autor argumentou alguma coisa, é como se fosse um entendimento nosso
sobre o que ele disse; na vida real é como se falássemos que fulano nos disse e nós
interpretamos, mas outra pessoa poderia interpretar de modo diferente;

e quando usamos fora do contexto é como se fosse notório a ideia do autor, por
exemplo, imaginemos que estamos em uma sala de aula e um professor fala algo e todos
os alunos entenderam do mesmo modo, entao mesmo que seja com nossas palavras a
ideia é do professor, nesse caso usamos citação com a pagina fora do contexto; (duvido
que seus orientadores saibam disso, provavelmente eles são mão de obra barata).

Citação Direta
“Amor não é nada se não outro nome para reforçamento positivo” (SKINNER,
1949, p. xx).
Skinner (1948) argumenta que: “Amor não é nada se não outro nome para
reforçamento positivo”. (p.xx).
Skinner (1948, p. xx) argumenta que: “Amor não é nada se não outro nome para
reforçamento positivo”.

Em um texto cientifico não usamos muitas citações diretas, primeiro porque incentiva-
se a leitura e segundo porque mostra insegurança de quem pesquisa. Citações não
servem para confirmar uma ideia e sim para fundamentá-la, na verdade, nós devemos
argumentar sobre o que escrevemos.

Trabalhos bons têm muitas citações indiretas e análises pessoais e algumas ou nenhuma
citação direta. Portanto, não use e se o orientador ou a banca falar que tem poucas
citações diretas, já dê uma resposta neles, porque um professor que fala isso merece
tomar um ‘esculacho’.

Não devemos colocar cadeias de citações NUNCA, por exemplo:

“kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk” (XXX, 1000, p. 9).


“kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk” (XXX, 1000, p. 9).
O correto é:
“kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk” (XXX, 1000, p. 9). Análise sua e depois
outra citação indireta ou direta. (lembramos que se for possível não use citações diretas,
mostre que metabolizou o texto e está convicto, além de dominar o conteúdo).

Existem vários modos de citar, mas o que mostra que a citação é direta são as aspas “ “
ou espaçamento. Se fosse uma citação com mais de 4 linhas deveria estar destacada do
texto com recuo numero 4 e espaçamento simples sem aspas, entretanto, essa questão
dependerá das sugestões do manual ou parecerista.

DICA quente: Peça ajuda do parecerista, mas antes peça autorização do orientador para
não gerar ciúminho bobo e não passar por cima da instituição.

Citações devem ser usadas para formarmos uma parceria entre nós e os autores;
Não se usa as palavras: de acordo, conforme ou segundo em citações diretas, essas
palavras são utilizadas em citações indiretas porque apontam que é você e não o autor
que está escrevendo. Vejo em quase todos os trabalhos acadêmicos esse erro, eu mesmo
as vezes cometo.

Em citações diretas usamos os termos: argumenta, defende, escreve e etc; Geralmente


escrevemos no presente, pois é no momento em que lemos que o autor argumenta, mas
é interessante escrevermos essas palavras no passado para ficar mais evidente que quem
argumentou foi o autor, por exemplo, Fulano (xxxx, p.xx) defendeu; fulano escreveu
“xxxxxxxxxxx”fulano argumentou “kkkkkkk”.

Não usamos palavras como: fala, diz e etc, porque o autor dificilmente nos disse
mesmo, provavelmente defendeu ou escreveu, portanto, usamos o verbo falar ou dizer
quando realmente o autor disse em uma palestra, seminário e etc.

Se você precisar usar aspas, use as simples ‘xxxx’, as aspas duplas só quando for fazer
citação literal. Aspas simples usa-se geralmente quando você for identificar algo que
não é de nenhum autor.

Devemos escrever sempre no plural, não escrevamos, eu fiz, eu pesquisei, mas fizemos,
pesquisamos e etc, mesmo que tenhamos feito sozinho, pois como escreveu o professor
Leonardo Pinto de Almeida4 “quando lemos e escrevemos nunca estamos sós”, além de
que se usa eu fiz, pesquisei e conclui apenas após o doutorado.

Use poucas vezes ou nenhuma a palavra concluímos, pois para concluir algo é
necessário estabelecer uma relação de causa e efeito e na atualidade isso é quase
improvável de se mostrar. Existem pouquíssimas pesquisas que estabelecem relação de
causa e efeito. Estabelecer relação de causa e efeito não é mostrar que em 99,9999999
dos casos algo acontece, mas sim que acontece em 100 por cento dos caso. Por isso é
complicado concluir, pois para isso precisamos provar de modo irrefutável e reproduzir
o fenômeno controlando a relação que concluímos. Portanto, não conclua nada.

4
Leonardo Pinto de Almeida é pós-doutor e professor da Universidade Federal Fluminense, escreveu a
frase por meio de correio eletrônico.
Em um trabalho existem vários conceitos que não são óbvios, então, explique, não tenha
medo ou preguiça de usar a nota de rodapé, as vezes o que é simples para mim ou para
você é complexo para o outro. Siglas, explique todas, SBT – Sistema Brasileiro de
Televisão e etc.

Sempre contextualize o que está escrevendo antes e no fim de um capitulo, não termine
um capitulo com citações. NUNCA. JAMAIS. Esse é um erro comum também.

Se citar um autor que não fala sobre o que você está defendendo, explique o porquê
está citando e brevemente fale de qual o trabalho dele e porque o usa. Lembre-se que
paginação é opção o que mostra se é citação são as aspas ou o destaque do texto.

Segundo Fulano (data, pagina) veja que dentro da aspas nesse caso está minúsculo.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. (FULANO, data, pagina) veja que só o nome está em


maiúsculo nesse caso.

Isso vale para citação direta ou indireta.

A pesquisa não precisa ter 1000 paginas, talvez com 20 possamos explicar bem o que
desejamos, portanto, a lógica é que vai nos mostrar o tamanho do trabalho. Não
utilizemos parágrafos grandes. Sintetizemos em parágrafos no máximo de 5 linhas a não
ser que seja inevitável explicar em parágrafos grandes por conta da complexidade do
fenômeno. Parágrafos pequenos facilitam a leitura, deixam o texto mais “limpo”.

É importante que verifiquemos umas 20 vezes as referencias bibliográficas, não podem


faltar ou sobrar, podemos criar uma lista de referencias lidas depois das referencias
bibliográficas, nessa pode conter todas que foram consultadas. Para facilitar e aguçar a
curiosidade do leitor, após o fim de um capítulo apresente todas as referencias
bibliográficas deste capítulo.

Referencias bibliográfica,
Coloque em ordem alfabética e siga um padrão. Não existe um modo correto de fazer. A
Smelhor maneira é referenciar com o maximo de informações que são necessária para
identificação do autor, entretanto, são sugeridos as regras da ABNT, pois a mesma é a
representante do capitalismo. Tipo a ABNT regula agente, mas quem regula a ABNT?

O mais importante.
O TRABALHO É SEU POUQUISSIMAS PESSOAS SABEM MAIS QUE SEU
TEMA DO QUE VOCÊ E SOBRE O SEU TRABALHO NINGUEM SABE MAIS DO
QUE VOCÊ, ENTÃO, NÃO ENGULA SAPO SE A BANCA TE ENQUADRAR:

PARE, RESPIRE, PENSE E ARGUMENTE E SE POSSIVEL USE AFIRMAÇÕES


COMO:

DE ACORDO CITAMOS E O SENHOR (A) LEU NA PÁGINA X - - - BLA BLA


BLA BLA BLA BLA... ASSIM VOCÊ JÁ QUEBRA O PARECERISTA; PRIMEIRO
PORQUE APRESENTAÇÃO NÃO É MOMENTO PRA CRITICAS, MAS PRA
MELHORAR UM TRABALHO QUE ESPERA-SE JÁ ESTAR BOM, POIS SE NÃO
ESTIVESSE NEM PRA BANCA VOCE IRIA.

SEGUNDO, APRESENTAÇÃO É O MOMENTO DE MOTIVAR O ALUNO E NÃO


DE FICAR PAGANDO DE INTELECTUAL.

As apresentação (como o nome já diz) é apresentação: você terá uns 20 minutos. Tempo
suficiente, pois é apresentação do que você fez; não é para explicar o trabalho todo, mas
apenas algumas coisas mais relevantes. Por exemplo METODO de pesquisa.

Na apresentação faça uns 4 ou 5 slides, alias, se possível use GIZ e LOUSA;


Comece explicando rapidamente o titulo, pois ele deve por si só falar por vc o tema,
depois fale sobre os objetivos (o que você quer mostrar), JUSTIFICATIVA, fale sobre o
MÉTODO (IMPORTANTISSIMO) e considerações finais.
Quem quiser saber mais LEIA NABIBLIOTECA.

Forte abraço

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