Você está na página 1de 10

PSICOPATA AMERICANO: UMA ANÁLISE SOB A LUZ DA TEORIA

PSICANALÍTICA

Syzaine Pâmela Santana da Silva


syzainepamela21@gmail.com

"Só quero ser amado, amaldiçoando o mundo e tudo o que me foi ensinado: princípios, honrarias,
escolhas, moral, concessões, conhecimento, unidade, oração - estava tudo errado, sem qualquer
propósito final. Tudo acabou se reduzindo ao seguinte: morra ou adapte-se" (desabafo de Patrick
Bateman, pág. 416).

Resumo

A teoria psicanalítica inova em sua práxis ao lançar sobre o dito perverso uma visão
completamente diferenciada daquela difundida na sociedade contemporânea por
meio da mídia sensacionalista e mesmo da comunidade cientifica, as quais, apesar
dos avanços vivenciados na pós-modernidade, sustentam o estigma animalesco
sobre esses indivíduos. Freud, após romper com a visão moralista predominante
também em sua época, tomará a perversão como uma das formas possíveis de
estruturação do sujeito, considerando neste projeto, as amarrações efetivadas por
tais indivíduos durante o complexo de castração. A proposta da clínica[JS1]
psicanalítica, ao contrário do que se pode pensar, é a responsabilização do sujeito
perverso frente ao seu sintoma, uma vez que o mesmo passa de um ser demoníaco
a um indivíduo[JS2] qualquer, autor de sua história e, portanto[JS3], repleto de
possibilidades, ainda que atormentado por um gozo feroz e autoritário. O presente
trabalho objetiva, por intermédio da leitura da obra Freudiana e de seus
contribuidores, a realização de uma análise do filme Psicopata Americano, releitura
da obra de mesmo nome do escritor Bret Easton Ellis. Deste modo, esperamos
seguir durante a execução deste trabalho, os passos do pai da psicanálise,
proporcionando ao leitor um suporte para a compreensão dos fenômenos típicos a
perversão explorado[JS4]s no filme.

Palavras-Chave: Perversão; Psicopata Americano; Análise.[JS5]


Introdução

Nem sempre o olhar que se lançou para a perversão na clínica[JS6] psicanalítica


correspondeu as concepções que hoje dela se abstrai, por muito tempo foi
predominante na teoria Freudiana a visão moralista pertinente a época de seu
nascimento; sendo a descoberta de traços perversos também no sujeito neurótico
o gatilho para toda uma mudança de perspectiva acerca da temática. Freud
percebeu durante a análise dos sonhos de seus pacientes que aquilo que o
perverso faz acontecer por intermédio do ato, corresponde ao desejo neurótico, o
qual diferencia-se do perverso por esbarrar na Lei, sendo acometido pelo
sentimento de culpa, herdeiro do complexo de Édipo.

Após a constatação de que “todos os neuróticos sonham e fantasiam ser


perversos.” (NASIO, 1993), o fenômeno ganha uma nova conotação na psicanálise,
que passará a investigar a sua origem, concluindo que é a perversão apenas uma
das vias através da qual a criança lidará com o complexo de castração; deste modo,
a mesma deixa de ser encarada como uma bestialidade, e uma possível clinica
passa a ser cogitada, esta se diferenciará completamente da clínica[JS7] psicanalítica
tradicional (que teve suas origens com o tratamento de indivíduos neuróticos, mais
especificamente histéricas), uma vez que se considerará as particularidades
inerentes a estrutura perversa.

A clínica[JS8] com o perverso rompe então com o estigma normativo socialmente


pré-estabelecido acerca deste modo de subjetivação; passa a existir,
principalmente com Lacan em sua releitura da obra Freudiana, uma aposta no
sujeito que ali existe, e todo um movimento a fim de romper com as certezas que o
mesmo carrega, fazendo assim com que seu saber vacile. Existe, deste modo, um
respeito ao sofrimento que se supõe acometer o sujeito perverso, afinal, ele é
sujeito tanto quanto um neurótico ou psicótico, a responsabilização por suas
práticas, contudo, deve ser clara, afinal, o sintoma é uma construção deste sujeito
acerca de suas verdades.

O presente trabalho trata-se de uma análise do filme Psicopata Americano,


adaptação do livro de mesmo nome do escritor Bret Easton Ellis; nele, o ator
Christian Bale encarna um homem de sucesso que esconde por detrás de uma vida
social pomposa, um terrível fetiche: O de matar

Apesar dos estigmas difundidos no imaginário social, é importante salientar


que nem todo perverso é assassino, afinal, a perversão é plural, e a escolha do
sintoma encontra lugar na história de vida de cada indivíduo[JS9]; na forma como aquele
sujeito particular vivenciou o romance familiar. Deste modo, para efetivação dessa
análise[JS10], buscou-se aporte na teoria psicanalítica, o resultado desta proposta
constataremos a seguir.

Perversão e Psicanálise

“Ato ou efeito de perverter(-se); corrupção, depravação e desmoralização”,


são os significados atribuídos ao termo perversão pelo dicionário Aurélio; estes,
fazem jus a conotação pejorativa associada ao termo no âmbito social, e que atingiu
também a psicanálise em sua origem, onde é apresentada como manifestação da
bestialidade originaria dos seres humanos; assim, de acordo com Motta (1994),
Freud lança sobre a perversão, ou perversões, mais um julgamento moral do que
o olhar de um homem de ciência.

A conotação moralista, entretanto, logo dará lugar à outra forma de se


conceber a perversão, quando, com os avanços de seus estudos, o pai da
psicanálise percebe que aquilo que o perverso realiza em ato, escapa ao neurótico
em seus sonhos. Onde a censura falha, portanto, encontrar-se-iam motivos
fantasmáticos que se assemelham a perversão.

Deste modo, a perversão passa a ser vista não mais como uma anomalia, e
sim como uma entre tantas formas de subjetivação possíveis aos sujeitos,
dependendo de como este lidará com o complexo de castração.

O Paraiso Inicial

Ao contrário dos demais animais, o recém-nascido[JS11] da espécie humana é


completamente dependente daqueles que o geraram, necessitando de um Outro
que abasteça suas necessidades mais básicas e que, para além disto, sirva de
suporte para inscrição das pulsões iniciais e de sua inserção na cultura e na
linguagem. Neste sentido, o investimento libidinal na criança será garantido à[JS12] partir
da falsa ideia de completude vivenciada por aquele que exerce a função de
maternagem, o qual sustentará a ideia de que a criança é aquilo que lhe falta,
adotando-a, deste modo, em seu desejo.

O movimento acima descrito não é unilateral, ele é marcado pelo encontro


do infante com uma linguagem que o precede; trata-se, de acordo com Nascimento
(2010), de uma linguagem cujas regras e códigos estão já definidos, não tendo tido
o sujeito nenhum papel em sua construção, fazendo-se necessária, entretanto, a
sua conformação caso se queira obter o reconhecimento do Outro falante do qual
necessita para manter-se vivo. Deste modo, o recém-nascido[JS13] experimentará a
sensação de unicidade com aquela que lhe gerou, ou com um outro significativo
que desempenhe este papel: Mãe e bebê se fundem em um estado em que não
mais existem necessidades, este corresponde àquilo que sempre faltou a esta
mulher, eles se completam (ELIA, 2004).

O estado paradisíaco experimentado pela mãe e pela criança no processo


de alienação logo será abalado pela Lei fálica, a qual apontará para as limitações
desta relação de base fantasiosa; a criança é assim separada do desejo deste
Outro, registrando, por intermédio do processo de castração, a sua própria falta,
afirmando-se, deste modo, enquanto sujeito desejante.

Abrir mão desta ideia inicial de completude não é mesmo tarefa fácil para
criança – e/ou para sua mãe -, lidar com o desejo é atentar para condição inerente
ao humano de ser castrado, o que necessita de um imenso esforço, esforço este
que, conforme veremos a seguir, nem todo individuo [JS14]está disposto a empregar.

O Complexo de Édipo e a Castração

Complexo de Édipo é o termo empregado por Freud para designar o


momento do desenvolvimento humano em que os indivíduos se dariam conta da
diferença entre os sexos. Com o Édipo, a criança, que até então sustentava em sua
fantasia a ideia da universalização do pênis, se daria conta de sua condição de
castrada (no caso da menina), ou da possibilidade de ser castrado (no caso do
menino), assim, a menina castrada faria da renúncia[JS15] à sexualidade, da maternidade
ou mesmo do direcionamento de libido para o objeto paterno, a saída para lidar
com sua situação de incompletude; o menino por sua vez, abdicaria do objeto
materno como alvo de seu amor incestuoso, em nome do amor de seu
representante fálico, investindo posteriormente na busca por substitutas desse
primeiro amor perdido, sendo o Recalque, o mecanismo de defesa atuante neste
período de intensa energia pulsional.

As fantasias, as relações e o desejo, entretanto, se dão de modo singular em


cada família, desta forma, é impossível prever um padrão no desenvolvimento
psicossexual nos indivíduos, o Recalque e as saídas acima elencadas, não são os
únicos modos de lidar com a castração, assim como a neurose não é a única
estrutura resultante do denso drama de diferenciação sexual.

A Perversão e o Desmentido

Admitir a mentira experienciada na completude com a mulher que nos gerou,


aceitar a existência de uma Lei fundamental (a da castração) que rege a dinâmica
da vida civilizada, perceber que a falta é fundamental à existência e que dela não
se pode escapar não parece um trabalho fácil, e não é de fato. Assim, em parceria
com aqueles que o gerou[JS16], a criança buscará formas de lidar com essa realidade,
sendo o recalque, como mencionado anteriormente, uma das saídas possíveis à
castração. Para além do recalque, entretanto, encontramos outros mecanismos de
defesa que atuarão com a finalidade de proteger o sujeito de sua realidade – de
castrado-, sendo o desmentido, aquele que entra em cena nos casos de perversão.

Assim, apesar perceber a existência de uma Lei e, portanto, da sua condição


de ser faltante, o perverso a ignora, desmente-a, ele a denega; atuando como
transgressor desta Lei, desafiando as normas do social e as autoridades morais, se
empenhando veemente em fugir do seu desejo. Deste modo, ao abdicar de sua
condição de sujeito, o perverso se entrega ao puro gozo, elegendo um objeto
fetiche que funcionará como um tampão para aquilo que ele finge não saber.
Psicopata Americano

Adaptado para os cinemas por Mary Haron e Guinevere Turner, o filme


Psicopata Americano lançado em 2000, conta a história de Patrick Bateman, um
milionário de Wall Street, que por detrás de sua beleza, vaidade e fortuna, esconde
uma sede feroz por sangue.

Bateman leva uma vida luxuosa, trata-se de um sedutor, que lançando mão
de sua máscara, engana a todos, exceto a si mesmo, afinal, ele sabe quem é,
conhece sua essência, melhor do que qualquer um, em suas palavras, compreende
a natureza humana; Patrick Bateman sabe o que deseja, e ele deseja matar. Nosso
protagonista não sente empatia ou simpatia por seus semelhantes, afinal, eles não
se parecem: O outro é patético, ignorante, mero objeto, meio para obtenção de um
prazer obscuro e proibido. Batman é o estereótipo do perverso encarnado, ou
popularmente falando, é um psicopata.

De acordo com Miller (1989), o perverso é aquele que tem as respostas de


seu gozo, aquele sabe como e quando gozar, sendo esta a raiz da prepotência
perversa, bem como observado no enredo do filme, do desdém pela ignorância
neurótica:
“O perverso sabe o que quer e isto é a base de
sua arrogância, já que está convencido de saber
a verdade sobre o gozo [...] o perverso não se
penaliza e ainda vê o sofrimento do neurótico
com desprezo. Para ele o neurótico é um
individuo que não sabe o que quer, que não sabe
gozar.” (COUTINHO et al.; 2004, p.20).

Não se pode fugir ao real da castração, de modo que, apesar de todos os arranjos
efetivados pelo perverso para sustentar sua fantasia de completude e onipotência,
ele está informado acerca de sua condição, o sujeito perverso vive, portanto, uma
grande mentira, trata-se de um farsante e o sabe; não é senhor, mas escravo -
ainda que voluntário - do gozo pelo qual se engrandece (SERGE, 1995).
A escolha do objeto de satisfação perverso não é aleatória, podendo,
portanto, ser localizado na história de subjetivação de cada sujeito. De acordo com
Freud (1927), esse objeto, o qual chamou de fetiche, trata-se na verdade de um
substituto para o pênis feminino outrora fantasiado pela criança, o mesmo funciona
como triunfo e como proteção à castração, fazendo-se necessário um enorme
investimento energético para manter a sua funcionalidade, já que o perverso não
está alienado de sua condição. Assim sendo, fantasia e realidade andam lado a
lado, a mercê de fatos que abalem o tênue devaneio perverso de completude.

“Sim, em sua mente a mulher teve um pênis, a


despeito de tudo, mas esse pênis não é mais o
mesmo de antes. Outra coisa tomou seu lugar,
foi indicada como seu substituto, por assim dizer,
e herda agora o interesse anteriormente dirigido
a seu predecessor.” (FREUD; 1927, s.p.).

[JS17]

Apesar de cometer alguns assassinatos aparentemente aleatórios,


Bateman, mantinha um padrão no que diz respeito à escolha de suas vítimas:
mulheres, mulheres loiras e bonitas, que costumavam ser brutalmente
assassinadas e decepadas, não antes, entretanto, de manterem relações sexuais
com o assassino.

Freud (1927) atentará para o paradoxo presente na escolha do fetiche, em


que muitas vezes a rejeição e a afirmação da castração encontram caminho na
construção do mesmo, o qual se ligará a história do sujeito e ao modo como ele
vivenciou o processo de diferenciação sexual.

Psicopata Americano constitui-se enquanto um recorte da história de vida de


Bateman, logo, não temos acesso à sua infância ou aos caminhos que foram
traçados até os seus 27 anos (momento em que se desenrola a trama), contudo,
com base nas característica[JS18]s de seu fetiche, podemos supor uma provável
identificação com seu pai, à quem teria atribuído a responsabilidade pela castração
materna; deste modo a castração é afirmada à medida em que corta, perfura e
esquarteja suas vítimas. Além do que, o empuxo sexual de sua fantasia não pode
ser ignorado - a relação sexual fazia parte do rito -, assim como a preservação de
partes do corpo da vítima que funcionariam como troféus, assemelhando-se a certo
ritual oriental em que após decepar pés femininos, o homem chinês o reverenciava
como se “quisesse agradecer à mulher por se ter submetido a ser castrada.”
(FREUD, 1927), assim, o “prêmio” de Bateman serviria para afirmar o seu poder, a
Lei a qual naquele momento representava e infringia, estamos falando da prova de
seus crimes, o qual aponta também para a ameaça de sua própria castração.

No decorrer da narrativa, podemos observar um movimento estranho à


postura centrada e cuidadosa até então sustentada por nosso protagonista, o
controle não mais lhe pertence, ele é tomado por um feroz impulso assassino que
ameaça o frágil laço social forjado sob mentiras. Assim, os rastros passam a ser
visíveis, a escolha das vítimas e a montagem da cena tornam-se absurdas: o
sedutor Bateman mata um de seus colegas de trabalho mais promissores, e quase
o faz novamente em um local público, além do que, por pouco não permite o escape
de uma testemunha de seu crime; por fim, nosso assassino inicia pelas ruas de
New York um[JS19]a matança frenética e aleatória, observamos assim, o
desaparecimento do sujeito frente a um gozo sanguinário e coercivo.

O fragmento ilustrado acima, faz alusão ao movimento tipicamente perverso,


à saber, o dever de gozar. O indivíduo[JS20] perverso é, portanto, prisioneiro de sua
fantasia, vítima de um gozo Outro imperativo, ainda que o seja por escolha; sendo
assim, a missão perversa proíbe estritamente a existência de qualquer obstáculo
que interfira em sua efetivação, ainda que para tanto o sujeito se entregue a morte.
[JS21](SERGE, 1995).

O desfecho de Psicopata Americano se apresenta de modo peculiar, isto


porque, após embarcar em um perseguição policial, Patrick Bateman acorda em
seu apartamento, tendo refeito sua rotina, ele percebe que nada se fala do
“ocorrido” na noite anterior, somos assim, levados a questionar, juntamente com o
personagem, se o que presenciamos ao longo da trama realmente aconteceu, ou
se trata-se de um delírio; o que não necessariamente apontaria para uma psicose,
já que em sua segunda clínica[JS22], Lacan não restringe os fenômenos elementares a
uma única estrutura. Seja qual for a explicação para o ocorrido, entretanto, fica claro
ao telespectador o apelo do sujeito que se revela para além de seu gozo: Me diga
não! – implora Bateman para aquela que não fugia ao perfil de suas vítimas[JS23] e que
poderia acenar para uma substituta da figura materna – já que na perversão
observa-se uma parceria do perverso com a mesma-, sua secretária-. O sujeito que
aparece em desespero apesar do gozo pede socorro, seu saber parece vacilar, ele
anseia a Lei que tanto ignora.

Conclusão[JS24]

Por[JS25] trata-se do relato de um momento especifico da vida do protagonista, o


qual excluirá o percurso traçado por Patrick Bateman até o ápice de sua loucura,
encontramos no objeto de estudo em questão, o filme Psicopata Americano,
algumas limitações, o que não retira o mérito da análise efetivada, uma vez que a
mesma permite exemplificar os fenômenos típicos da perversão revelados no
legado Freudiano, deste modo, o presente texto constitui-se como um material de
estudo riquíssimo àqueles que desejam debruçar-se sobre a temática Além domais,
a discursão em questão, possibilita a observação das contribuições da teoria
psicanalítica para compreensão da estrutura perversa, assim como os avanços em
torno do tema, o qual resultou numa verdadeira revolução no que diz respeito ao
tratamento destes indivíduos, que passaram de animais passionais à sujeitos.

Referências

COUTINHO, A. et al. Perversão: uma clínica possível. Reverso, Belo Horizonte, n.


51, p. 19-28, Ago. 2004.

ELIA, L. O Conceito de Sujeito. Zahar, 2004. 80 p.

FREUD, S. O Futuro de uma Ilusão, o Mal estar na Civilização e Outros


Trabalhos. Imago, 1927. Disponível em: < http://conexoesclinicas.com.br/wp-
content/uploads/2015/01/freud-sigmund-obras-completas-imago-vol-21-1927-
1931.pdf> . Acesso em: 06 de ago. 2017.

MOTTA, M. B. Freud e a Perversão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.


119 p.
NASCIMENTO, M. B. Alienação, Separação e Travessia da Fantasia. Opção
Lacaniana online nova série, n. 1, p. 1-15, Mar. 2010.

NASIO, J. D. 5 Lições sobre a Teoria de Jacques Lacan. Rio de Janeiro: Jorge


Zahar Editor, 1993. 172 p.

SERGE, A. A Impostura Perversa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995.

Você também pode gostar