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UFCD CP4 Processos Identitários

Formadora: Gabriela Carvalho


Formanda: Tânia Jacinto 22011 Técnico/a de Ação Educativa

Desigualdade de género

KEYLA BRASIL E MARIA JOÃO VAZ, A DESIGUALDADE DE GÊNERO NO


MUNDO LABORAL

É um fato, que Portugal a nível da Igualdade de género ainda esteja longe do


que realmente é esperado para uma sociedade com equidade e oportunidades
para todos independentemente do género ou de qualquer outro fator.

Olhando para os factos, podemos ter várias perspetivas e vários prismas


analisando a atitude da atriz Keyla Brasil e vivendo atualmente um momento
político e social em que os movimentos anti trans crescem a passos largos
podemos estar cientes do risco, coragem e determinação de Keyla Brasil.
Quando Keyla sobe ao palco exigindo mais representatividade de pessoas da
comunidade, sou completamente a favor que as pessoas se fação ouvir, por
outro lado acho, neste caso em especifico que a Keyla Brasil se precipitou
devido ao contexto. Ao ator cabe representar papéis sejam eles quais forem,
esse é o seu trabalho, não ouve de todo desrespeito ou ofensa ao aceitar o
papel e representa-lo, aliás no meu ponto de vista seria desrespeito,
descriminação e preconceito se o ator se negasse a fazer a personagem.

A meu ver a Keyla agiu precipitadamente e sem pensar, pois ela própria
cometeu um ato de desigualdade e preconceito perante o ator, esquecendo-se
do significado da palavra ator ou atriz.

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UFCD CP4 Processos Identitários
Formadora: Gabriela Carvalho
Formanda: Tânia Jacinto 22011 Técnico/a de Ação Educativa

“A liberdade nunca será oferecida voluntariamente pelo


opressor, tem de ser exigida pelo oprimido”

Martin Luther King (13 de abril de 1963, prisão de Birmingham)

Agora há uma coisa, e aí sim estou completamente a favor da Keyla, porque é


que se existe atores trans não os chamam para trabalhar seja no papel de
trans ou noutro qualquer. Porque é que existem atores a trabalhar em outros
setores se fazem falta no mundo das artes, assim como o exemplo da atriz
trans Maria João Vaz. Foi preciso uma Keyla para darem trabalho a esta atriz?
Vergonha, é o meu sentimento perante tal realidade. Pior, a sociedade fez
ataques virtuais a estas duas atrizes ameaçando de morte? Mas o que se
passa na cabeça das pessoas?
São seres humanos, são pessoas de carne e osso merecem ser tratadas de
igual forma, um género não pode ser um rótulo.

Em suma o meu ponto de vista sobre toda esta situação é que é evidente que a
liberdade artística, num mundo ideal, não deveria ser atacada daquela forma
sendo evidente que estas lutas identitárias estão a enfraquecer a luta social de
todos os que a favor lutam ao lado dos mais desfavorecidos, criando divisões e
inimizades entre a sociedade, e é certo que não há uma contenção à censura
brutal, agressora, violenta, que faz vítimas inocentes e à qua não me identifico.
O assunto exige mais de nós (sociedade) do que ir apenas atrás de opiniões de
senso comum que nada acrescentam, pensar mais profundamente nestes
assuntos antes de sentenciarmos arrogantemente sobre qual é o lado certo
desta questão, até porque se calhar nem há.

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