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Pré- História

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 Arte Pré- Histórica Paleolítico
Neolítico

Paleolítico Pedra Lascada


Neolítico Pedra Polida

 Arte Pré – Histórica e Historiografia

Século XVIII Neoclassicismo

Padrão de Arte Ideal Arte Clássica

Final do século XVIII (1798)

Napoleão Campanha do Egito

Arte Egípcia
Século XIX Academismo
(Padrão Arte Clássica)
 1833 – Descoberta das grutas de Salève-Chaffaud – França
 1879 – Altamira - Espanha

 Métodos de Estudo da Pré-História

Culturas Ágrafas Ausência de registros escritos

Buscar informações nas próprias obras

Disciplinas complementares:

 Arqueologia
 Paleontologia
 Antropologia
 Geologia

Testes laboratoriais Teorias


Hipóteses/especulações

Novas Descobertas Revisões

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Lacunas/ Enigmas

 Aprimoramento do desbaste (pedras/ossos)


 Sepultamento intencional
 Desenvolvimento cultural e espiritual
 Povoamento dos continentes
- Entre 100.000 e 10.000 seres humanos modernos em todos os
continentes, à exceção da Antártida.

Primeiras pinturas e gravuras (incisões) preservadas 40.000

 O contexto deste homem caçador – pintor


O meio ambiente: Natureza Inóspita
Glaciações

Mudanças climáticas

Luta constante pela Sobrevivência

 A “sociedade”: moldes sociais instáveis

 Grupos inarticulados/isolados
 Existência aleatória
 Nomandismo

 Abrigos Árvores
Cavernas
Cabanas

 Recursos de subsistência
Economia predatória / improdutiva
Coleta
Caça
Pesca

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 Práticas Religiosas

 Ausência de divindades
 Incapacidade de abstração
 Crença na realidade empírica e concreta (mundo tangível)
 Desconhecimento da alma

Fetichismo: Concepção mágica dos objetos feitos pelo homem

Objetos
Palpáveis Virtudes Sobrenaturais

 Materialização
Desta concepção Pinturas Rupestres
Fetichista

Periodização/ Datações

Paleolítico
Mesolítico
Neolítico
Calcolítico
Idade do Cobre Proto- História
Idade do Bronze
Idade do Ferro História
Escrita (Civilizações)

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1 – PALEOLÍTICO

Inferior ou Antigo
600.000/500.000 a 400.000 a. C

Homo Habilis Homo Erectus


Coletor: Frutos / Animais Mortos

Primeiras manifestações Culturais:

 Linguagem falada
 Abrigos
 Vestuário Percutores
 Artefatos de Pedra Lascada Machados de punho
 Domínio do fogo

PALEOLÍTICO MÉDIO
400.000 A 100.000 a.C

Primeiro Homo Sapiens (200.000)


Coletor/ Caçador

Primeiras Armas de arremesso: Lanças/ Arpões de Madeira (após 200.000)


Uso de pigmentos
(Gruta de Becov, República Tcheca – Cerca de 200.000).

PALEOLÍTICO SUPERIOR
100.000 A 10.000 a.C

Homo Sapiens Sapiens (50.000)


Coletor / Caçador

A partir de 100.000 – grande desenvolvimento técnico e cultural:

 Desuso gradativo dos artefatos de pedra


 Primeiros instrumentos em ossos

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 Técnicas / Materiais / Suporte

 Obtenção de pigmentos Minerais vegetais


 Colorido:
Preto Ossos / galhos calcinados
Vermelho / terras Carbonato de ferro e magnésio
Ocres Carbonato de Manganês
Branco Materiais Calcários

 Confecção/ aplicação da tinta


 Temática

Animalista Bisões (bisontes)


Mamutes
Cavalos
Renas
Veados
Corças
Ursos
Javalis...

 Função

 Ausência de intenção estética


 Finalidade ritualística
 Técnica mágica / propiciatória
Adquirir poder sobre o animal por intermédio de sua representação.

 Projeto mental O pensamento transmitia segurança e


garantia o sucesso de algo ardorosamente
desejado.

 Existência / sobrevivência humana depende do sucesso desta


“mágica”
 Hauser: “Primeira tentativa do homem em controlar e subjugar a
natureza.”
 Concepção fetichista – A imagem tem conotação poderosa
 As grutas “Capelas”
 Localização inacessível
 Não habitadas

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O “artista” – mago
 Posição privilegiada
 Primeira experiência de especialização
 Primeiro profissional
 Precursor da classe sacerdotal

 Atividades educativas “Oficinas”


 Esboços com correções intencionais

 As soluções compositivas
 Primeira Consideração Acurada capacidade de observação
 Perspectiva Compósita:
Corpo Perfil
Olho Frontalizado

 Naturalismo Eficácia da magia

 Recursos formais

1º) Silhueta em claro Linhas contínua - curva do dorso

Técnicas Carvão
Incisões

Figuras Isoladas
 Estatismo
 Ausência de volume, perspectiva e composição
 Sobreposições

As mãos-em-negativo Borrifo

2º) Massas de cor Monocromia


Policromia

Noção de Volume
 Cor
 Saliências da rocha

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Preocupação com detalhes Chifres
Crinas
Cascos

Noção de movimento

Imagens instantâneas Perseguição


Emboscada
Abate (flechas)

A tensão nervo do galope – feixe de pernas

Rudimentos de composição Bandos


e perspectiva Encontros de manadas

 Originalidade – ausência de modelos precedentes


 As primeiras manifestações escultóricas

1º ) Riscos / Incisões
2º) Vulto / Relevos

 A principal representação: a mulher


 As “Vênus Esteatopígias”
(Do grego: stear/atos = gordura e pugê = nádegas)
 Período: 25.000 / 20.000

 Função Amuletos – magia da fertilidade


Pinturas animalistas Alimentação
Sobrevivência

“Vênus” Procriação e perpetuação da espécie

 Representação:

Cabeça / membros

 Negligenciados
 Atrofiados
 Esboçados

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Seios / ventre / quadris / área genital

 Realçados
 Exagerados
 Associados à procriação

Símbolos da perenidade da espécie

 Recursos Formais

Estilização Formas Esféricas,


Geometrização ovais e cônicas

Dimensões

2 - MESOLÍTICO

10.000 e 9.000 a.C

 Grandes transformações ambientais Fim das glaciações (10.000)

Definição geográfica e climática

 Clima estável e previsível


 Estações regulares
 Formação de florestas, campos e rios
 Extinção da fauna de grande porte

Adaptação do homem a um mundo novo a ser explorado

 A grande revolução: passagem da vida migratória / nomandismo


para o sedentarismo.
 A sedentarização vai acionar várias outras revoluções

A conquista da natureza

Homem: paciente agente

Acaso / instinto Contínua busca de progresso

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Produção sistemática dos meios de subsistência:

 Economia produtiva
 Economia de previsão

Agricultura
Criação

 Organização social
Agricultura / criação Estabilidade
Sociedade mais complexa e organizada, noção de coletividade e cooperação

Planejamento Homens Derrubar matas e preparar o solo


e divisão das tarefas Mulheres Semear e colher

Coleta e caça

 Limitação de alimentos
 Comunidades menores

Agricultura e criação

 Mais alimentos
 “Explosão demográfica”

 As lideranças Chefes
Rudimentos de Estado / Governo

Comunidades Mais Numerosas

Maior Produção

Excedentes

Armazenamento Escambo
(Silos) (Rudimentos do Comércio)
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 Os primórdios das cidades
 Aldeias Paleolíticas e as primeiras experiências de planejamento
urbano
 Aldeia de Lepenski Vir (Jugoslávia, às margens do Danúbio)
Cerca de 8.000 / 7.000

População: 200 / 300 habitantes

Planejamento Praça Central na intercessão de duas


ruas perpendiculares

Planta trapezoidal
Cabanas Esteios de Madeira
Cobertura de peles
Lareira / Ídolo / Altar

Primeiro caso de aerodinâmica:

Casas orientadas no sentido dos ventos


Voltadas para o rio e de costas para o leste

Tentativa Racional de Adaptação ao Meio-Ambiente

 Práticas religiosas

Estabilização da Natureza Descoberta de que mundo tem um dono

Nova concepção do mundo Poderes desconhecidos


Forças supraterrenas

A natureza e os destinos do homem submetidos a uma força superior

Descoberta das noções de bem e mal

 Bênçãos x maldições
 Fertilidade x Aridez
 Chuva x Seca
 Calor x Frio

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Concepção dualista Distinção de um mundo visível/material e de um
mundo invisível/imaterial/espiritual
Animismo Descoberta da alma

Realidade Mundo visível Corpo (Matéria)


Supra Realidade Mundo Invisível Alma

Animismo

Espiritualidade

Capacidade de abstração

Processo de intelectualização / racionalização

Abstração Organização divina do mundo


Forças da natureza transformadas em divindades

Crenças em divindades e na sobrevivência da alma

Arte no Campo da Religião

3 - NEOLÍTICO

8.000 A 4.000 a.C

Revolução do Mesolítico

Processo de Neolitização

Ponto de partida Oriente Médio

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Desenvolvimento pleno de todos os “mecanismos” acionados no Mesolítico:

 Agricultura / criação
 Sedentarização
 Aumento populacional
 Estratificação social
 Lideranças / chefias
 Religião / classe sacerdotal
 Comércio
 Arquitetura fixa e monumental
 Escultura de grande porte
 Cerâmica
 Cidades

 Revolução Urbana

 As cidades
Jericó Rio Jordão (Atual Cisjordânia)

Período: cerca de 8.000 a. C


População: 2 a 3.000 habitantes

Sistema defensivo Fossos


Muralhas

 Edifícios públicos
 Casas Enterramentos (até 4.000 a.C)
 Cabanas circulares

Técnicas / materiais Pedras


Tijolos de barro
Catal Hüyük

Período: 6.250 a 5.400 a.C


População: 6 a 10.000 habitantes

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Sistema defensivo: Cidade – Colméia

 Ausência de ruas / deslocamentos sobre os telhados


 Armazéns / celeiros
 Lareiras / fornos
 Plataforma para dormir e sob elas enterramentos
 Pintura mural

Arquitetura civil

Técnicas / Materiais

Pedra-seca
Tijolos de barro
Madeira
Fibras vegetais
Tipos:

 Palafita
 Tolos (grego THÓLOI = Cúpula)
 Naveta (Baleares Minorca)
 Broch (Ilhas Shetland Escócia)
 Nurague (Nuraghe) Sardenha

 Arquitetura Religiosa e Funerária

 Os monumentos Megalíticos

 Conceituação / localização
 Origens / funções
 Contexto favorável

 Período: entre 3.500 e 1.500 a.C

 Quantidade: existem cerca de 50.000 monumentos

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 Tipologia

 Menir (Menhir, do Celta: men = pedra, e hir = comprida).


 Forma / dimensões
 Isolado
Ex: “Le Grand Menhir brisé”, em Locmariaquer, Morbihan –
Bretanha.

 Conjunto

 Alinhados Avenidas
 Em Círculo ou Elípse Cromeleque (Cromlech, do galês
crom = arco, e Lech = pedra)
Ex: Monumentos de Carnac, Bretanha (cerca de 4.700 a. C)

 Estátua – Menir
Ex: Estátuas-Menires da Ilha de Córsega (cerca de 1.500 a. C)

 Dólmene (Dolmen, do celta mesa de pedra) ou Meseta (em Portugal)


Anta (pilastra angular, em latim)

 Forma básica:
 Trilito - Simples
- De corredor aberto
- De galeria coberta
Mamôa
 Helmidólme

 Tau ou Taula (Ilhas Baleares)

 O “Henge”

Forma / função
 O mais conhecido:
Stonehenge (do saxão = pedras eretas) Salisburgy, sul da
Inglaterra
Período: início em 2.750 a. C
Projeto Original
Orientação Astronômica

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Técnica / Materiais

Especulações

 O mais grandioso:
O “Henge” de Avebury

Complexo Megalítico 2 “Henges”


4 Avenidas de Menires

Período: em atividade entre 2.600 e 1.600 a.C

Técnica

Destruição

 O Tolos
Forma / Função
Ex: Tolos da Ilha de Gavrinis
Golfo de Morbihan – Bretanha

Período: cerca de 4.000 a.C

Tolos de New Grange


Vale do Rio Boyne, Irlanda.
Período: cerca de *******

 O Hipogeu

Forma/ Função / Técnica

Ex: Hipogeu de Hal Saflieni


Ilha de Malta
Período: 3.500 – 3.000 a. C

 Os Templos
Forma / Técnicas / Funções
Ex: Templo de Tarxien e Templo de Hagar Qim, na Ilha de Malta
(cerca de 3.500 a 3.000 a.C)

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 O Enigma do Fim dos Monumentos Megalíticos
 Abandono gradativo após 1.500 a. C
 Hipóteses

 Escultura Neolítica
As “Vênus Esteatopígias”

Deusa-Mãe / Deusa-Terra
Feitiços

 Pintura Neolítica

 Homem Neolítico Concepção autônoma da natureza


Mundo Real x Mundo Suprarreal

Substituição do Naturalismo pelo Antinaturalismo

Estilização
(Distorção)
Mudança de função da pintura:
Não mais magia / sortilégio, mas uma nova função Comemoração
Comunicação
Registro Visual

Perda do caráter mágico:


A pintura não tem mais que ser real para ser eficaz

A eficácia agora se refere à capacidade de comunicação

Pintura: Instrumento de exaltação e registro dos feitos do homem

Figuras Não mais relacionadas ao real / visível, mas ao sentimento/ à


imaginação

As representações vão expressar:

Símbolos / Idéias / Conceitos

Técnicas / Materiais / Suportes

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Pintura Rupestre Exteriores
Protagonistas O Homem

Temática Caça
Colheita
Ordenha
Pesca
Guerra
Rituais
Danças

Recursos formais

 Estilização – geométrica/ linear


 Figuras Composição- caráter descritivo
Todos os elementos vão ter relação entre si

O Galope – Volante
Pintura Rupestre Brasileira
Esquematização – Escrita gradativa
 Escrita Pictográfica Caça
Colheita
 Escrita Ideográfica Sol = calor, dia
(Caracteres, sinais) Casa = lar, clã, família

 Escrita Fonético-Silábica (sinais vão ter relações com os sons


emitidos)
A escrita e o contexto da Proto-História

Sedentarização Estado Contabilizar posses/


Religião Registrar feitos
Comércio

Escrita Civilização - Impérios Agrários


Cerca de 3.000 a. C

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BIBLIOGRAFIA: ARTE PRÉ-HISTÓRICA (PALEOLÍTICO E NEOLÍTICO)

ARGAN, G.C. As Origens. In: História da Arte Italiana: da Antiguidade a Duccio. V.1,
São Paulo: Cosac & Naif. 2003. p.21-26

BAUMGART, Fritz. Pré- História. In: Breve História da Arte. São Paulo: Martins
fontes. 1999.

GOMBRICH, E.H. Estranhos Começos. In: A História da Arte, Rio de Janeiro: LTC.
1999. p.39-53.

GUIDON, Niéde e outros. Antes – Histórias da Pré-História. Catálogo. Rio de


Janeiro: CCBB. 2004.

HADINGBAM, Evan. Os segredos de Stonehenge. In: Os últimos mistérios do


mundo. Lisboa: Seleções Reader’s Digest. 1979. p.83-91.

HAUSER, A. Período do Paleolítico: Magia e Naturalismo: In: História Social da


Literatura e da Arte. Tomo I. São Paulo: Mestre Jou. 1969. p.11-22.

_________. Período d Pedra Polida: Animismo e Geometrismo. Idem. p. 23-34.

_________. O artista como mágico e sacerdote. A arte como profissão e ofício


doméstico. Idem. p. 35-40.

PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Ed. Contexto. 2003. p.31-67.

VEBER, May. As primeiras cidades do mundo. In: Os últimos mistérios do mundo.


Op.cit. p. 140-153

WERNICK, Robert. As pedras misteriosas da Europa Ocidental. In: Os últimos


mistérios do mundo. Op. cit. p. 64-77.

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