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TAXA FLORESTAL
LEI Nº 4.747, DE 9 DE MAIO DE 1968
(MG de 10)
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TÍTULO IV
Da Taxa Florestal
CAPÍTULO I
Da Incidência
Art. 58 - A Taxa Florestal é contribuição parafiscal, destinada à manutenção dos serviços de fiscalização e
polícia florestal, a cargo do Instituto Estadual de Florestas (autarquia criada pela Lei n° 2.606, de 5 de janeiro
de 1962), nos termos do Decreto n° 7.923, de 15 de outubro de 1964, do Código Florestal (Lei Federal n°
4.771, de 15 de setembro de 1965) e de convênio firmado com o Governo Federal por intermédio do
Ministério da Agricultura.
CAPÍTULO II
Das Atividades Tributáveis
(5) § 1º - São produtos florestais, para fins de incidência, a lenha, a madeira, as raízes e os produtos florestais
não madeireiros indicados em regulamento.
(6) I - a atividade de extração de lenha ou de madeira de floresta plantada ou nativa destinada à produção
de carvão vegetal no Estado, ressalvada a cobrança da Taxa Florestal em relação ao carvão vegetal, nos
termos do regulamento;
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(6) II - a União, os Estados, o Distrito Federal, os municípios e as demais pessoas jurídicas de direito
público interno, desde que haja reciprocidade de tratamento tributário, nos termos do regulamento.
CAPÍTULO III
Da Base de Cálculo
(1) Art. 60 -
“Art. 60 - A Taxa Florestal será exigida à base de 3% (três por cento) sobre o valor dos produtos
ou subprodutos florestais e sobre o valor do desmatamento calculado segundo pauta publicada
semestralmente pelo Instituto Estadual de Florestas.
§ 2° - A Taxa incidirá, igualmente, sobre a autorização para queimadas previstas na lei, segundo
pautas variáveis por quantidade e por qualidade, e estabelecidas em valores fixados por unidades
qualificadas.
§ 3° - A Taxa poderá ser reduzida a 50% (cinqüenta por cento) do seu valor mediante ato do
Secretário de Estado da Fazenda, relativamente a companhias siderúrgicas que provarem,
cabalmente, perante o Instituto Estadual de Florestas, o reflorestamento à base de seu consumo
total.”
CAPÍTULO IV
Da Arrecadação
“Art. 61 - A Taxa Florestal será arrecadada pelas exatorias estaduais ou pelo Instituto Estadual de
Florestas ou seus órgãos delegados, mediante contabilização em livros especiais correspondentes
à contribuição parafiscal como renda do Instituto Estadual de Florestas.
§ 2° - O órgão arrecadador expedirá guias especiais extraídas em três vias, nas quais serão
consignados:
c - cálculo da contribuição;
(7) Art. 61-A - A Taxa Florestal tem por base de cálculo o custo estimado da atividade de polícia
administrativa exercida pelo Estado por meio do Instituto Estadual de Florestas - IEF - ou da Secretaria de
Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad -, e será cobrada de acordo com a tabela
constante no Anexo desta lei.
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(7) § 1º - Nas hipóteses de licença para supressão da cobertura vegetal, destoca e catação, serão aplicados os
critérios técnicos de rendimento volumétrico adotados pela autoridade ambiental, de acordo com as tipologias
florestais peculiares à propriedade vistoriada.
(7) § 2º - A Taxa Florestal é devida no momento da intervenção ambiental que dependa ou não de
autorização ou de licença.
(7) § 4º - Entende-se por intervenção ambiental, para fins de cobrança da Taxa Florestal, toda ação,
dependente ou não de autorização ou licença, habilitada ou não por deferimento em requerimento, que tenha
como fim qualquer ato, de pessoa física ou jurídica, que implique alteração do meio ambiente, tal como:
(7) I - supressão de cobertura vegetal nativa, com ou sem destoca, para uso alternativo do solo;
Art. 62 - Para efeito de controle, os contribuintes da Taxa Florestal deverão manter e escriturar, sempre
atualizados, os seguintes livros:
I - livro de registro de compras, a ser usado pelos que adquiram os produtos e subprodutos florestais;
II - livro de registro de produção, destinado às indústrias extrativas, a produção rural e outros que não sejam
industriais ou comerciantes.
(1) Art. 63 -
“Art. 63 - Se a arrecadação se fizer por exatoria estadual, o produto arrecadado será depositado,
no dia seguinte ao do recebimento, em qualquer banco vinculado ao Estado ou na Caixa
Econômica Estadual, à disposição ou à ordem do Instituto Estadual de Florestas.
§ 2° - Ficarão retidos na exatoria, como renda do Estado, 35% (trinta e cinco por cento) do total
arrecadado, a título de despesas de expediente e pessoal.”
(1) Art. 65 -
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“Art. 65 - Quando as coletorias não tiverem meios para arrecadar e a arrecadação se fizer pelo
Instituto Estadual de Florestas, o recebimento deverá ser contabilizado em livro próprio, com
extração das guias de recolhimento, como se fosse a exatoria, e recolhidos ao Estado 25% (vinte
e cinco por cento) do total arrecadado, a título de fiscalização e participação nos planejamentos
da Autarquia.”
Art. 66 - 0 Instituto Estadual de Florestas terá o seu orçamento anual de receita e despesa organizado nos
moldes do orçamento estadual e previamente aprovado pelo Governador do Estado, ouvida a Secretaria de
Estado da Fazenda.
Parágrafo único - As contas do exercício que a autarquia deverá prestar ao Tribunal de Contas do Estado
deverão merecer, antes, exame por parte da Secretaria de Estado da Fazenda, a qual serão submetidas até 15 de
janeiro de cada ano.
CAPÍTULO V
Dos Contribuintes
(12) Art. 67 - São contribuintes da Taxa Florestal os proprietários rurais, os possuidores a qualquer título de
terras ou florestas e as empresas cuja finalidade principal ou subsidiária seja a produção ou a extração de
produto ou subproduto de origem florestal, sujeitos a controle e fiscalização das referidas atividades, e
respondem solidariamente com o contribuinte pelo pagamento da taxa, multa e demais acréscimos legais:
III - quaisquer indústrias de aproveitamento de produtos vegetais, inclusive serrarias, carpintarias e fábricas de
móveis, que usem madeira em bruto ou beneficiada;
(12) V - as empresas cuja finalidade principal ou subsidiária seja o comércio de produto ou subproduto de
origem florestal;
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(13) VI - o transportador, em relação ao produto ou subproduto florestal transportado sem a respectiva guia
de controle ambiental ou de outro documento de controle instituído para tal fim.
(13) Parágrafo único - A responsabilidade pelo pagamento da Taxa Florestal devida pelo contribuinte poderá
ser atribuída ao adquirente do produto ou subproduto florestal, a título de substituição tributária, observados a
forma, o prazo e as condições previstos em regulamento.
CAPÍTULO VI
Das Penalidades
(8) Art. 68 - A falta de pagamento ou o pagamento a menor ou intempestivo da Taxa Florestal acarretará a
aplicação de multa, calculada sobre o valor da taxa devida, nos seguintes termos:
(8) I - havendo espontaneidade no recolhimento do principal e dos acessórios, observado o disposto no § 1º,
a multa será de:
(8) a) 0,15% (zero vírgula quinze por cento) do valor da taxa, por dia de atraso, até o trigésimo dia;
(8) b) 9% (nove por cento) do valor da taxa, do trigésimo primeiro ao sexagésimo dia de atraso;
(8) c) 12% (doze por cento) do valor da taxa, após o sexagésimo dia de atraso;
(8) II - havendo ação fiscal ou constatação de atividades irregulares relacionadas à falta de comprovação de
origem, à extração, ao transporte, ao armazenamento ou ao consumo de produtos ou subprodutos de origem
florestal, a multa será de 100% (cem por cento) do valor da taxa, observadas as seguintes reduções:
(8) a) a 30% (trinta por cento) do valor da multa, quando o pagamento ocorrer no momento da ação fiscal ou
da constatação da atividade irregular;
(8) b) a 40% (quarenta por cento) do valor da multa, quando o pagamento ocorrer no prazo de dez dias do
recebimento do auto de infração;
(8) c) a 50% (cinquenta por cento) do valor da multa, quando o pagamento ocorrer após o prazo previsto na
alínea “b” e até trinta dias contados do recebimento do auto de infração;
(8) d) a 60% (sessenta por cento) do valor da multa, quando o pagamento ocorrer após o prazo previsto na
alínea “c” e antes de sua inscrição em dívida ativa.
(11) III -
(11) IV -
(8) § 1º - Ocorrendo o pagamento espontâneo somente da taxa, a multa prevista no inciso I do caput será
exigida em dobro, quando houver ação fiscal, não se aplicando a multa prevista no inciso II do caput.
(8) I - majorada em 50% (cinquenta por cento), quando se tratar do pagamento espontâneo a que se refere o
inciso I do caput;
(8) II - de 100% (cem por cento) do valor da taxa, em caso de ação fiscal, nos termos do inciso II do caput,
sendo reduzida de acordo com as alíneas “b” a “d” do mesmo inciso, com base na data de pagamento da
entrada prévia.
(8) § 3º - Ocorrendo a perda do parcelamento, as multas terão os valores restabelecidos aos seus percentuais
máximos.
Efeitos de 30/12/2005 a 28/12/2017 - Redação dada pelo art. 7º, e vigência estabelecida pelo
art. 20, ambos da Lei nº 15.956, de 29/12/2005:
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“Art. 68. A falta de pagamento, o pagamento a menor ou fora do prazo da Taxa Florestal sujeitará
o contribuinte a multa de 100% (cem por cento) da taxa, observadas as seguintes reduções:”
Efeitos de 30/12/2005 a 28/12/2017 - Acrescido pelo art. 7º, e vigência estabelecida pelo art.
20, ambos da Lei nº 15.956, de 29/12/2005:
“I - a 30% (trinta por cento) do valor da multa, quando o pagamento ocorrer no momento da ação
fiscal;
II - a 40% (quarenta por cento) do valor da multa, quando o pagamento ocorrer no prazo de dez
dias contados do recebimento do Auto de Infração;
III - a 50% (cinqüenta por cento) do valor da multa, quando o pagamento ocorrer após o prazo
previsto no inciso II do caput deste artigo e até trinta dias contados do recebimento do Auto de
Infração;
IV - a 60% (sessenta por cento) do valor da multa, quando o pagamento ocorrer após o prazo
previsto no inciso III do caput deste artigo e antes de sua inscrição em dívida ativa.”
Art. 69 - Nos casos de desmatamento ou queimada, quando feitos sem observância do licenciamento prévio, a
taxa será devida com 100 (cem por cento) de acréscimo, sem prejuízo das multas e ações penais previstas no
Código Florestal Federal (Lei n° 4.771, de 15 de novembro de 1965).
(9) Parágrafo único - O volume lenhoso obtido com desmatamento ou queimada irregulares, quando não for
possível apurá-lo, será presumido em face da área desmatada e da tipologia de sua vegetação, nos termos do
regulamento.
..........................................................................................................................................................................
Art. 74 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, salvo quanto aos dispositivos que importem em
aumento de tributação, os quais entrarão em vigor a partir de 1º de janeiro de 1969.
Parágrafo único - No exercício de 1968, a cobrança das taxas cujas incidências foram majoradas será feita nos
termos da Lei n° 4.492, de 14 de junho de 1967.
Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a
cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém.
(10) ANEXO
(10) Tabela para Lançamento e Cobrança da Taxa Florestal
(10) (a que se refere o art. 61-A da Lei nº 4.747, de 9 de maio de 1968)
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N O TAS
(1) Efeitos a partir de 02/08/1972 - Revogado pelo art. 207, § 8º, da Lei nº 5.960/72.
(2) Efeitos a partir de 1º/01/1984 - Redação dada pelo art. 13 da Lei nº 8.511/83.
(3) Efeitos a partir de 30/12/2005 - Redação dada pelo art. 7º, e vigência estabelecida pelo art. 20, ambos da
Lei nº 15.956, de 29/12/2005.
(4) Efeitos a partir de 30/12/2005 - Acrescido pelo art. 7º, e vigência estabelecida pelo art. 20, ambos da Lei
nº 15.956, de 29/12/2005.
(5) Efeitos a partir de 29/12/2017 - Redação dada pelo art. 1º, e vigência estabelecida pelo art. 93, ambos da
Lei nº 22.796, de 28/12/2017.
(6) Efeitos a partir de 29/12/2017 - Acrescido pelo art. 2º, e vigência estabelecida pelo art. 93, ambos da Lei
nº 22.796, de 28/12/2017.
(7) Efeitos a partir de 29/12/2017 - Acrescido pelo art. 3º, e vigência estabelecida pelo art. 93, ambos da Lei
nº 22.796, de 28/12/2017.
(8) Efeitos a partir de 29/12/2017 - Redação dada pelo art. 4º, e vigência estabelecida pelo art. 93, ambos da
Lei nº 22.796, de 28/12/2017.
(9) Efeitos a partir de 29/12/2017 - Acrescido pelo art. 5º, e vigência estabelecida pelo art. 93, ambos da Lei
nº 22.796, de 28/12/2017.
(10) Efeitos a partir de 29/03/2018 - Acrescido pelo art. 6º, e vigência estabelecida pelo art. 93, ambos da
Lei nº 22.796, de 28/12/2017.
(11) Efeitos a partir de 29/12/2017 - Revogado pelo art. 92º, I, e vigência estabelecida pelo art. 93, ambos
da Lei nº 22.796, de 28/12/2017.
(12) Efeitos a partir de 22/12/2017 - Redação dada pelo art. 1º, e vigência estabelecida pelo art. 22, ambos
da Lei nº 23.174, de 21/12/2018.
(13) Efeitos a partir de 22/12/2018 - Acrescido pelo art. 1º, e vigência estabelecida pelo art. 22, ambos da
Lei nº 23.174, de 21/12/2018.
LEGISLAÇÃO BÁSICA
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