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MATURIDADE E COMPROMISSO SOCIAL: UMA REFLEXÃO

Todos nós devemos ao longo das nossas vidas cultivar o hábito da reflexão.
A cada dia e a cada momento, após uma ação ou reação, nossos impulsos devem
ser avaliados. Se vivemos em sociedade, devemos compreender que afetamos
direta ou indiretamente as pessoas que nos cercam com as quais convivemos. Os
gestos mais simples e as atitudes mais delicadas traduzem sempre um equilíbrio
espiritual capaz de fluir do nosso íntimo, impregnar o ambiente e contagiar
positivamente o cotidiano de todos. Quando agimos com serenidade passamos a
limpo nosso retrato espiritual. Quando agimos de forma errada, demonstramos que
algo precisa ser repensado e modificado. Reconhecer essa falha e procurar meios
de corrigi-la recebe o nome de MATURIDADE.

Gosto muito de uma frase que ouvi faz muito tempo em um programa de
televisão: “somos todos do jardim da infância”. Para mim essa frase revela o
quanto da cosmovisão infantil permanece em nós, apesar dos anos. Ainda que
adultos, mudamos muito pouco, essa é a grande verdade. Ao olharmos um adulto
podemos, por seus atos, postura, comportamento e atitudes, imaginar a criança
feliz ou feliz, amada ou não que ele foi na infância. Se precisamos refletir, isso
significa que também precisamos mudar e avançar sempre, crescendo e
amadurecendo em direção ao ideal humano que é a completude física, emocional e
espiritual.

A busca da maturidade envolve um comprometimento holístico. Precisamos ir


além de nós mesmos. O homem é um ser gregário e a vida somente tem sentido
se vivida em função do próximo. Os grandes distúrbios, desajustes, egoísmos e
anomalias de nossa sociedade que geram um sentimento de angústias, incertezas
e desesperança, traduzem uma civilização que não evoluiu nem amadureceu
enquanto expressão de uma coletividade. Não há como separar o bem estar
individual do bem estar do grupo. Precisamos priorizar o SER em detrimento do
TER. Ser é construir, construir é amar, amar é fazer parte do mesmo ideal de vida.
Devemos refletir sobre isso e lutar por um ajuste diário, a começar de nós, que nos
leve a valorizar a vida, dom de Deus e a sociedade como destinatária de todo bem
que pudermos compartilhar.

Dr Dionildo Dantas

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