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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA

________________________________________________________________
Criado pelo Decreto nº 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 Maio de 2017
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE CONTABILIDADE

CLASSES DOS ADJECTIVOS

O DOCENTE
__________________
PEDRO D. MENEZES

CAXITO -MARÇO
2022/2023
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA
________________________________________________________________
Criado pelo Decreto nº 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 Maio de 2017
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE CONTABILIDADE

CLASSES DOS ADJECTIVOS

Trabalho apresentado ao Professor: Pedro


Domingos Menezes no curso de Contabilidade,
como requisito parcial para avaliação na cadeira
de: Língua Portuguesa.

GRUPO Nº
1º ANO
SALA: ÚNICA
PERÍODO: PÓS-LABORAL

CAXITO - MARÇO
2022/2023
INTEGRANTES DO GRUPO

01- Daniel Domingos Cassule Paulo


02- Deolinda Paulino Sebastião Adão
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................1

1.1. Objectivos...........................................................................................................2

1.1.2. Geral................................................................................................................2

1.1.3. Específicos.......................................................................................................2

2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO...............................................................................3

2.1. Definição.............................................................................................................3

2.2. Flexão adjetival...................................................................................................3

2.3. Género................................................................................................................5

2.4. Biforme................................................................................................................5

2.5. Uniforme..............................................................................................................6

2.6. Grau....................................................................................................................6

3. ALGUMAS PALAVRAS SOBRE O SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO.......8

3.1. Classificações dos adjetivos...............................................................................8

4. CONCLUSÃO..........................................................................................................10

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................11
1. INTRODUÇÃO

Como veremos, há várias definições para a classe dos adjetivos. Neste


trabalho, três definições serão expostas. No entanto, é importante salientar que há
muitas outras, uma vez que a classe do adjetivo é muito rica e são muitos os que a
estudam.

No trabalho em questão, a nossa preocupação será apenas a de expor


diferentes definições desta classe de palavra: mostrar a visão de autores diversos,
sem a preocupação de eleger uma teoria ou questionar as que serão apresentadas.

Nosso intuito é o de situar o leitor sobre o que vem a ser o adjetivo, uma vez
que o objetivo primário deste trabalho é uma das flexões que esta classe de palavra
apresenta.

Portanto, ao falarmos sobre a flexão de grau do adjetivo, determo-nos ao grau


superlativo absoluto sintético, mostrando que o poeta Augusto dos Anjos o utiliza
com frequência e discutindo o papel que o superlativo absoluto sintético
desempenha na obra do autor.

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1.1. Objectivos

1.1.2. Geral

 O objectivo geral para o presente trabalho é descrever as classes dos


adjectivos.

1.1.3. Específicos

 Analisar o uso das classes dos adjectivos;


 Conceituar os adjectivos segundos alguns autores;
 Identificar os grupos dos adjectivos.

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2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

2.1. Definição

De acordo com ANJOS, (1998,p.56), adjetivo é uma palavra variável em


número, género e grau e é, geralmente, um modificador do nome. Os adjetivos têm
diferentes valores conforme a posição que ocupa em relação ao nome que
modificam.

• Valor restritivo - o adjectivo colocado à direita do nome ou expressão


nominal adquire um sentido especificador (ou restritivo) no contexto frásico.

Um computador portátil...

Uma mulher linda...

• Valor não restritivo - o adjectivo aparece colocado à esquerda do nome ou


expressão nominal. O Sentido do grupo nominal que modifica permanece. Expressa,
frequentemente, uma qualidade mais subjetiva.

Exemplo Uma linda mulher...

O adjectivo precedido de um determinante funciona como um nome ou


caracteriza um nome que não está expresso: os novos, os velhos, os solteiros, os
casados, os verdes...

 O Jovem foi muito educado.


 Chegou um amigo.
 Este verde é delicioso!
 De todos estes carros prefiro o azul.

2.2. Flexão adjetival

A classe do adjetivo flexiona-se em gênero, número e grau.

Quanto ao gênero, entende-se a flexão do adjetivo no gênero masculino ou


feminino. Por exemplo: jovem belo (masculino), jovem bela (feminino).

A flexão de número corresponde ao singular ou plural: jovem belo (singular),


jovens belos (plural).

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De acordo com Mattoso Câmara, os adjetivos se submetem aos graus
comparativo e superlativo, sempre mediante processos derivacionais ou expedientes
de natureza sintática. Segundo ele, o comparativo pode ser de igualdade,
superioridade, ou inferioridade, sem haver flexão. Por exemplo: Pedro é tão alto
quanto João. Neste caso, há apenas a colocação de um advérbio de intensidade
antes do adjetivo. Não existe a flexão, e sim, o uso de um recurso sintático.

Para Mattoso, na frase “Pedro é altíssimo”, há o uso do superlativo, que faz-


se pelo emprego do sufixo -íssimo, com o objetivo de intensificar a altura de Pedro.

Roberto Melo Mesquita também defende que o comparativo pode ser de


igualdade, superioridade ou inferioridade, assim exemplificando: comparativo de
superioridade: seu livro é mais interessante do que meu. Comparativo de igualdade:
seu livro é tão interessante quanto o meu. Comparativo de inferioridade: seu livro é
menos interessante do que o meu.

Quanto ao superlativo Roberto Melo Mesquita, assim o define: “o grau mais


intenso da caracterização dada ao substantivo” (1990, p. 191).

Assim sendo, classifica-se em absoluto e relativo. O grau absoluto considera


a característica sem compará-la. Subdivide-se em analítico e sintético. No grau
absoluto analítico, o adjetivo é modificado por um advérbio, como por exemplo: sou
muito feliz. No grau absoluto sintético, o adjetivo é acrescido de um sufixo, como por
exemplo: Este carro é belíssimo.

O grau relativo considera a qualidade em relação à de outro ser,


apresentando-se sempre na forma analítica. Analogamente ao que acontece com o
comparativo, o grau relativo pode ser de superioridade ou inferioridade. O grau
relativo de superioridade exprime o grau superior mais intenso, assim como o de
inferioridade exprime o grau inferior mais intenso. Seguem-se os respectivos
exemplos:

 Ela era a mais estudiosa da turma;


 Ela era a menos estudiosa da turma.
Os adjetivos podem flexionar-se em número, género e grau.

Exemplos:

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 Os gatos pretos não me dão azar. (o adjetivo está no número plural)
 Aquelas casas são lindas. (O adjetivo está no género feminino).
 O mosteiro é altíssimo. (o adjetivo está no grau superlativo absoluto
sintético).

Número

O adjetivo assume o número singular ou plural de acordo com nome que


determina.

Exemplo.
Singular Plural
Dia quente Dias quentes
Tarde chuvosa Tardes chuvosas

Para a formação do plural, os adjetivo seguem as mesmas regras do nome.

Exemplos Explicação:
Singular Plural
Luso-francês Luso-Franceses Nos adjetivos compostos, flexiona-se no
Afro-asiático Afro-asiáticos último elemento.
Azul-marinho Azuis-marinhos Nos adjetivos compostos que designam
Verde-alface Verde-alface cores, podem flexionar-se ambas as
Surdo-mudo Surdos-mudos formas, exceto quando o segundo
elemento é um nome, em que ambos não
se flexionam, no adjetivo surdo-mudo
flexionam-se ambas as formas.

2.3. Género

O adjetivo é uma palavra sem género real determinado, assumindo o género


do nome a que se refere. Na maior a parte dos casos, o adjetivo possui duas formas
de género. (MATOS, 2010, p. 191)

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2.4. Biforme

O adjetivo biforme possui duas formas de género, designando o feminino ou o


masculino. O processo de formação do feminino dos adjetivos é semelhante ao dos
nomes. (MATOS, 2010, p. 191).

Exemplos:
Masculino Feminino Masculino Feminino
Bom Boa Mau Má
Vaidoso Vaidosa Bonito Bonita
Estudioso Estudiosa São Sã
Português Portuguesa Charlatão Charlatona
Maltês Maltesa Delator Delatora

2.5. Uniforme

Os adjetivos uniformes têm uma forma única para os dois géneros.

Exemplos: Um homem forte… / Uma mulher forte...

2.6. Grau

O adjectivo, além da variação de género e da flexão de número, admite a


variação de grau. São três os graus dos adjetivos — normal, comparativo e
superlativo.

O grau normal atribui uma qualidade.

Exemplos:

 Tiago e Sara são altos.

O grau comparativo mostra que um ser é superior, igual ou inferior a outro.

 Pedro é mais alto do que o Jorge.


 0 Tiago é tão alto como a Sara.
 0 Tiago é menos alto que o Pedro.

O grau superlativo exprime a qualidade de um ser no grau mais elevado.


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Andreia é a menos alta de todos. Pedro é o mais alto.
Pedro é altíssimo.
Pedro é muito alto.
Os graus dos adjetivos formam-se da maneira apresentada no esquema que
se segue.
0 Diogo é magro.
Casos particulares de comparativo e superlativo
Alguns adjetivos apresentam formas particulares no comparativo e
superlativo.

“Palavra que caracteriza os seres ou objectos nomeados pelo substantivo,


indicando-lhes uma qualidade, caráter, modo de ser ou estado”.

Eis a definição que o dicionário Aurélio, atribui ao adjetivo. Conceituá-lo é, no


entanto, uma tarefa que preocupa não apenas o lexicógrafo em questão, mas
também outros estudiosos. Mesquita (1990, p.181).

Analogamente temos a definição de Roberto Melo Mesquita: “Palavra variável


que modifica a compreensão do substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, estado,
modo de ser ou aparência exterior”. (1990, p.181).

O linguista Joaquim Mattoso Câmara Jr, assim define a classe do adjetivo:


“Pertence à classe dos adjetivos toda palavra que admita o sufixo adverbial -mente,
do que resultam oposições formais entre adjetivo e advérbio”. Ele coloca como
exceção a essa regra os numerais ordinais pertencentes à classe recentemente
criada: primeiro/primeiramente. Há ainda o caso do advérbio propriamente, que
deriva do adjetivo “próprio” e não do pronome.

Para Mattoso Câmara, os adjetivos recebem os seguintes sufixos: -issimo, -


érrimo e -limo, com o sentido do advérbio muito.

Sob o aspecto mórfico, José Rebouças Macambira apresenta a mesma teoria


de Mattoso Câmara, acrescentando a ela duas outras exceções: os pronomes
indefinidos pouco e muito, que também recebem o sufixo -íssimo.

Ainda no âmbito das exceções, Mattoso Câmara, apresenta o caso do


pronome demonstrativo “mesmíssimo”, que, na forma coloquial, não significa “muito
mesmo”.
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De acordo com o mesmo estudioso supracitado, os adjetivos podem ser
precedidos dos advérbios tão ou quão, de acordo com o contexto. Mattoso, ainda
coloca que alguns substantivos se deixam também proceder, comportando-se,
então, como adjetivos. Exemplifica através das expressões “tão bom” e “quão bom”.

No que tange ao aspecto sintático, Mattoso destaca, dentre outros exemplos,


a expressão “tão homem”, que corresponde a macheza, valentia. Nesse caso,
homem é um adjetivo, que adquire outra carga semântica, diversa da que
apresentaria se fosse um substantivo.

Por fim, José Rebouças Macambira, defende que a definição do adjetivo deve
abranger os critérios morfológicos, sintático e semântico: “adjetivo é a palavra
variável que serve para modificar o substantivo”.

3. ALGUMAS PALAVRAS SOBRE O SUPERLATIVO ABSOLUTO


SINTÉTICO
Como pudemos perceber, o superlativo absoluto sintético é formado por meio
de processo derivacional, pelo emprego do sufixo -íssimo. Este é um recurso que é
utilizado para exprimir o grau máximo do adjetivo.

Se você, hipoteticamente, está tomando um sorvete e diz: “Este sorvete está


gostoso!”, Passa ao ouvinte uma determinada impressão. Se diz: “Este sorvete está
muito gostoso!”, a impressão transmitida é outra. Se, no entanto, disser: “Este
sorvete está gostosíssimo!”. Seu interlocutor compreenderá facilmente a sua
intenção: elevar ao grau máximo possível a característica presente no sorvete: o fato
de ele estar extremamente gostoso.

Todos nós, falantes e conhecedores da língua usamos esses recursos no


cotidiano. É óbvio que no dia-a-dia, durante as tantas interações verbais que
realizamos, não paramos para pensar em toda essa estrutura gramatical que até
agora estamos discutindo. Qualquer falante conhece e usa esses recursos, traz
intrínseca essa noção de superlativo absoluto sintético, embora nem sempre (ou
melhor na maioria das vezes), saiba nomeá-los.

É atentando-nos a essa força do superlativo absoluto sintético, que


analisaremos poesia e sonetos de Augusto dos Anjos, logo após breve explanação
acerca das características da obra do autor.
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3.1. Classificações dos adjetivos

 Adjetivos primitivos: são constituídos por um radical que não possui


acréscimo de afixos (sufixo e/ou prefixo) derivacionais.

Exemplos: azul, forte, certo

 Adjetivos derivados: são construídos a partir de outros radicais por meio do


acréscimo de afixos derivacionais.

Exemplos: arroxeado, fortificado, amarelado, apavorado, desconfortável.

Como vimo mais acima, o adjetivo é uma palavra variável em número, género
e grau e é, geralmente, um modificador do nome.

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4. CONCLUSÃO

Estudar gramática, nos submete a uma visão mais ampla sobre as inúmeras
regras com que nos deparamos no dia-a-dia aos nos comunicarmos com as outras
pessoas. Para a aplicação dessas regras é necessário cultivamos o ábito de leitura
pela gramática, pós ela nos auxilia como falantes da Língua Portuguesa, estuda
estudante universitário.

Estuda gramática deveria ser, como uma disciplina para melhor se estudar;
Porquê nos ajuda como empregar melhor as palavras, assim como também os
artigos, os verbos, os adjetivos, os pronomes e outros.

Falar bem o Português, não significa finar, envolver conhecer melhor as


regras gramaticais, e coloca-las em práticas.

De acordo com a nossa percepção, podemos concluir que, fazem parte das
classes dos adjectivos as palavras com o sufixo adverbias.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. São Paulo: Infe, 1998.


 MACAMBIRA, José Rebouças. A estrutura morfo-sintática do português. 6ª
ed. São Paulo: Pioneira, 1990.
 MATTOSO, Joaquim Câmara Jr. Estrutura da língua portuguesa. 8ª ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1977.
 MESQUITA, Roberto Melo. Gramática da língua portuguesa. 6ª ed. São
Paulo: Saraiva, 1997.
 MÜLLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e padrões para
Teses, Dissertações e Monografias. 2ª ed. rev. amp. Londrina: UEL, 1999.
 NUNES, José Joaquim. Compêndio de gramática histórica portuguesa. 8ª ed.
Lisboa: Clássica, 1975.
 MATOS, J. C. (2010). Gramatica Moderna de Língua Portuguesa. Lisboa:
Escolar Editora.

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