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Tecnica de Expressao TC - Aly
Tecnica de Expressao TC - Aly
1º Ano
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo,
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliografia bibliográficas
Índice págs.
1. Introdução.................................................................................................................. 1
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
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(i) Pesquisa bibliográfica – esta técnica tem a ver com busca de material em várias
plataformas, por forma a preencher o corpo do trabalho, isto é, está baseada na leitura de
artigos científicos, livros em vários formatos, publicações em sites de internet, etc.
sobre o tema do trabalho. Por esse motivo, esta técnica permitiu ler e tomar notas sobre
aspectos mais importantes que têm a ver com o tema deste trabalho.
(ii) Método analítico-sintético – este método tem a ver com a análise do material
disponível e, posterior sintetização dos aspectos importantes no sentido de se obter
conteúdo do trabalho propriamente dito.
O presente trabalho é composto por seguintes partes: (i) introdução, onde se apresentam
as notas introdutórias, tais como, contextualização, objectivos definidos, metodologia
usada e a organização do mesmo. (ii) Desenvolvimento, onde se descreve a colocação
dos pronomes clíticos no PM e sua distinção em relação à norma padrão do PE. (iii)
considerações finais, onde se apresentam as principais constatações e conclusões do
trabalho, bem como a lista das referências bibliográficas.
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2. Colocação dos Pronomes Clíticos no Português Europeu
Para SEMEDO (1997:8) os clíticos são vocábulos sem autonomia, que sempre juntam-
se a uma forma livre, ou relocalizam-se em posição fixa quando sempre ocorre antes do
nome, como os artigos definidos e as preposições átonas, ou em posição variável,
podendo aparecer antes ou depois dos verbos a que associam-se. Daí que, tomando em
consideração da Língua Portuguesa em relação às regras gramaticais, nota-se que há
divergências em alguns falantes do Português Moçambique em relação ao uso e
colocação dos pronomes clíticos devido o não conhecimento total das regras
gramaticais.
Desta forma, de acordo com MATEUS (2003:826), os pronomes clíticos são designados
como pronomes átonos ou clíticos especiais, ou seja, os clíticos são pronomes pessoais
átonos, isto é, pronomes pessoais de uma só sílaba tais como: o, a, me, nos, se, que não
têm acentuação própria e por isso dependem do acento da palavra que está antes ou
depois (normalmente um verbo).
Ou seja, dentro do grupo dos pronomes pessoais existem pronomes clíticos, que
genericamente correspondem às formas átonas do pronome pessoal ligado aos
complementos do verbo.
A colocação ou o uso dos pronomes oblíquos átonos ou clíticos me, te, se, nos, lhe(s),
o(s) e a(s) em relação verbo, obedece a determinadas orientações e/ou regras.
Segundo CUNHA e CINTRA (2001), em uma oração, o pronome oblíquo átono pode
ocupar três posições em relação ao verbo, onde cada uma dessas posições pronominais
recebe as seguintes classificações: próclise, ênclise e mesóclise.
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2.1. Próclise
Consiste em colocar o pronome oblíquo átono ou pronome clítico antes do verbo. Para
tal, há determinadas regras e situações a serem obedecidas, condicionando, assim, a
posição do pronome. Pelo que se pode adoptar a próclise nas seguintes situações:
(i) Palavras com sentido negativo sempre irão atrair o pronome para junto de si,
colocando-se na posição anterior ao verbo. Exemplos:
a. Não te quero aqui.
b. Ninguém me faltou com o respeito.
c. Nada me deixa tranquila quando penso nele.
(ii) Os advérbios (talvez, ontem, aqui, ali e agora) atraem o pronome. Exemplos:
a. Se falar com ela talvez se conheça a realidade.
b. Ontem me disseram que não poderia frequentar as aulas.
(iii) Os pronomes relativos (quem, qual, que, cujo, onde, quando) pedem o uso de
próclise. Exemplos:
a. A sua mãe que me disse isso.
b. O caso ao qual me referi está sendo noticiado na TV.
(iv)Pronomes indefinidos (alguém, quem, algum, qualquer, cada qual, pouco,
vários) atraem o pronome para junto de si. Exemplos:
a. Quem te disse isso?
b. Alguém me contou.
(v) Pronomes demonstrativos (isso, aquilo, aquele, aquela, esta, este, esse, essa)
pedem o uso de próclise. Exemplos:
a. Isso me alegrou muito!
b. Aquilo me mostrou que não devo confiar em você.
c. Esse me agrada.
(vi)Quando a preposição em aparece seguida de gerúndio o uso da próclise é
obrigatório. Exemplos:
a. Em se tratando de gastronomia, a comida baiana é ótima!
b. Em se plantando tudo dá.
c. Em se tratando de beleza, ele é campeão.
(vii) As conjunções subordinativas (quando, se, como, porque, logo que, conforme,
quando, embora, logo, etc.) pedem o pronome junto de si. Exemplos:
a. Devemos rever nossos actos conforme lhe disseram.
b. Ela sorriu logo que o viu.
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c. Ela partiu quando lhe contaram sobre o acidente dos pais.
(viii) Em frases interrogativas. Exemplo:
a. Quanto me cobrará pela tradução?
(ix) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo). Exemplos:
a. Deus o abençoe!
b. Macacos me mordam!
c. Deus te abençoe, meu filho!
(x) Com formas verbais proparoxítonas Exemplo:
a. Nós o censurávamos.
2.2. Ênclise
Consiste em colocar os pronomes ablíquos átonos ou clíticos depois do verbo. Pelo que
o pronome deve se apresentar depois do verbo nas situações que abaixo se depreendem:
Outros casos:
Exemplos:
a. Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
b. Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
c. Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
d. Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.
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A ênclise ocorre quando:
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(iii) Se houver palavra atractiva, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou
depois do verbo principal.
Infinitivo – Exemplos:
a. Não lhe quero dizer o que aconteceu.
b. Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio – Exemplos:
a. Não lhe ia dizendo a verdade.
b. Não ia dizendo-lhe a verdade.
2.3. Mesóclise
Na mesóclise o pronome fica no meio do verbo e essa colocação pronominal ocorre nos
seguintes tempos verbais: quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer –
amarei, amarás, ...) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria,
amarias, ...). Exemplos:
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Nos exemplos das frases acima, mostram, que o clítico ocorre em posição pós-verbal (e
não pré-verbal, como exigiria a norma europeia), num contexto em que o
complementador se encontra realizado lexicalmente.
No PM, ainda que não sejam de alta produtividade, chamam a atenção ocorrências de
clíticos nos seguintes contextos:
De acordo com GONÇALVES (2010, p. 52) quanto aos fenómenos mais estritamente
sintácticos que distinguem o PM do PE, e no que diz respeito aos padrões de ordem dos
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pronomes pessoais átonos, salienta-se em primeiro lugar a tendência para adoptar a
ênclise em contextos em que estão presentes <<atractores> de próclise, sobressaindo,
pela sua frequência, os casos em que está presente um complementador. Exemplos:
MACHAVA (1994) refere que a tendência que se apresenta como mais regular ao
padrão de ordem dos clíticos é para a sua colocação em posição pós-verbal em orações
subordinadas: quer se trate de formas simples ou complexas, o clítico aloja-se
frequentemente à direita da forma flexionada.
SEMEDO (1997) aponta a ênclise como sendo a posição que tende a generalizar-se na
colocação dos pronomes pessoais clíticos em Moçambique. Em relação à próclise,
afirma que é usada de forma esporádica e provavelmente de forma arbitrária, ou seja,
“por mera intuição”.
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Factores históricos – a língua está “sujeita às forças e conflitos da história
social que a produz”;
Factores socioculturais – reflecte as experiências culturais distintas e as
convenções da comunidade. Um falante pode assinalar a sua filiação num grupo étnico
ou cultural através da forma como ele pronuncia a língua, como se usam novos itens do
vocabulário para designar referentes socioculturais específicos ou através como ele
emprega as palavras no sentido desconhecido.
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4. Considerações Finais
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Referências Bibliográficas
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