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Meu nome é Cíntia Beu e

quero contar um pouquinho da


minha jornada arteira pra
vocês!
Nasci em berço arteiro, minha
avó era uma excelente
bordadeira, bordava sapatos
finos e extremamente
delicados,

com desenhos minuciosos que iam da ponta ao salto


alto. Minha mãe esculpia em isopor, fazia peças
lindíssimas usando apenas pirógrafo, estilete e lixa.
Criava decorações infantis gigantescas que iam da
parede ao chão do salão, sem falar nas lindas mesas!

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Já minha irmã mais velha, Erika Beu, além de ser formada em artes plásticas
pela USP, foi fundadora da escola de arte e artesanato onde dei minha
primeira aula! Mas... se está pensando que eu já nasci bordando, esculpindo
e pintando por conta disso, não se engane, não foi bem assim!

Pois é, num cenário como este, não tem como evitar aquele pensamento: "Ah!
Tá explicado porquê ela faz o que faz!", mas a verdade é que eu não
acreditava que era capaz de fazer nada do que elas faziam. Eu me
contentava em pintar caixinhas de MDF, gesso, aplicava técnicas de pintura e
decoupagem... e só! Tanto é, que minha primeira aula na escola da minha
irmã foi sobre decoupagem em caixinha porta-joias, aos 15 anos de idade.
Não quero dizer que eu não amava fazer isso, mas morria de medo de ir
ALÉM disso! Bem no comecinho dos anos 2.000, apareceu em nossa vida um
tal de biscuit. Uma aluna perguntou se havia um curso sobre ele e,
imediatamente, minha irmã foi atrás para descobrir do que se tratava e, claro,
implementar o danadinho na escola.

Eu não chegava nem perto dele! Morria de


medo. Via as coisas lindas que minha irmã
fazia e ensinava, observava tudo, aprendia de
longe, mas não me arriscava. Continuei no
meu mundo medroso até arranjar meu
primeiro emprego fora.

Saí da escola como professora de técnicas de


pintura e decoupagem e fui ser caixa de loja
no shopping Santa Cruz, em São Paulo.
Seis meses foram o suficiente!
Seis meses para perceber que eu tinha uma
alma arteira!
Seis meses para aceitar que meu lugar era
nas artes e cores da vida!
Seis meses que me deixaram com o espírito
doente, mas abriram meus olhos pro meu
verdadeiro potencial e apagaram
definitivamente o medo bobo que havia dentro
de mim!

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Voltei para a escola renovada e curada daquele "não sou capaz" infeliz que
soava anteriormente. Aproveitei a família incrível que eu tinha, que sempre
me apoiou em tudo, e fui me especializar.

Comecei como caketopper humanizado no biscuit em 2004 e, em 2014, meu


rumo começou a mudar sua direção.
Completamente encantada com o carinho e amor que recebi de uma Maria
Padilha, fui em busca de uma imagem para presenteá-la. Eu queria algo
lindo, que demonstrasse todo poder e também toda doçura que aquela
entidade, aquela força maravilhosa tinha e significava pra mim, mas não
encontrei nada! De loja em loja, fui me decepcionando a cada imagem que
via. As peças não eram feias, mas não eram nem de longe o que ela
merecia! Decidi então fazer a imagem dela.
Foi a experiência da minha vida! Descobri meu verdadeiro amor naquele
momento e também meu propósito: a santeria!

A partir daí me formei escultora moldmaker e desenvolvi minhas próprias


técnicas, conforme deparava-me com desafios no biscuit, nas clays, nas
resinas, acabamentos e afins, resultando na santeira mais feliz desse mundo!

E é este caminho de descobertas magníficas que quero compartilhar com


você ao longo dos nossos cursos. Pra você não ter que buscar uma coisa em
cada lugar como eu fui. O nosso projeto é SANTERIA APLICADA do começo
ao fim, em todas as suas faces, em todos seus desafios e para todas as
necessidades. Do biscuit ao gesso e à resina, da matriz ao molde e à peça
final, bem vindo(a) ao mundo das fés, bem vindo(a) ao mundo da SANTERIA!

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Massa de Biscuit --------------------- 6
Cerâmica Fria ------------------------- 9
Papel Machê--------------------------- 11
Polymer Clay -------------------------- 12
Argila ------------------------------------ 14
Plastilina -------------------------------- 15
Oil Clays e Ceras --------------------- 17
Resina ----------------------------------- 19
Resina Poliéster ----------------------- 21
Resina Poliuretano (P.U.) ----------- 23
Resina Epóxi --------------------------- 25
Resina Cristal Poliéster -------------- 26
Resina Acrílica ------------------------- 27
Considerações Finais ---------------- 29
Cursos ----------------------------------- 30
Moldes de Silicone -------------------- 31

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Ah! O biscuit! Lembro-me de ouvir esse
nome pela primeira vez e pensar: Será
que é de comer?
De fato, existe o biscuit da culinária,
mas hoje nós vamos falar da massa Você até pode usufruir de
queridinha dos arteiros apaixonados. alguns truques para acelerar "a
Ela mesma, uma massinha macia e sua produção" como deixar a
levemente borrachuda que é feita à peça em frente ao ventilador
base de amido de milho e muita, muita, ou, até mesmo, deixar um
muita cola branca: BISCUIT. pouco ao calor do sol, mas isso
apenas cria uma casquinha
A massa de biscuit seca ao ar livre, "mentirosa" que, dependendo
dispensa fornos e qualquer tipo de do que esteja fazendo, lhe
acelerador. Ela seca sozinha e no seu permitirá seguir em frente com
próprio tempo. o trabalho, mas jamais acredite
que essas coisas fazem o
biscuit secar mais rápido, pois
não fazem!
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Por ter muita cola branca à base de água em sua composição, ao
secar de verdade a massa perde essa água, aos poucos, o que gera
um encolhimento bastante significativo e muito (eu disse muito) lento
da peça.

Esse encolhimento pode gerar rachaduras em lugares onde haja uma


quantidade grande de camadas de massa sobre massa, um acúmulo,
forçando a primeira camada seca que está em seu processo de
encolhimento a se abrir, uma vez que as camadas de dentro ainda
estão em seu tamanho natural já que ainda não perderam sua água. O
total oposto dessa situação também pode causar rachaduras, ou seja,
em lugares onde haja pouquíssima massa, ao encolher, uma massa
muito fininha pode abrir pequenos rasgos de um ponto a outro de sua
extensão. Mas acalme-se!! Diante dessas informações você deve
pensar "Deus me livre! Não quero nem saber desse biscuit que racha
todo e deve dar uma trabalheira!"... Não! Não desista dele agora!
Ainda não terminei!
A correção desses rachadinhos é extremamente simples! Apenas uma
massinha fresca e um pouco de água para alisar resolvem tudo. Use
seus dedos, use suas estecas, use até os garfos e colheres da sua
cozinha... tudo se torna ferramenta diante de uma massa tão macia e
versátil! E para fazer peças absolutamente incríveis com biscuit, basta
que você o respeite. É isso mesmo que você leu, basta que o respeite!
Aprenda a controlar a ansiedade, aquela vontade louca de finalizar a
peça logo, só pra ver como ficou, que sentimos principalmente no
começo da nossa carreira arteira, sabe?

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Então... se não fizer nada na correria
com o biscuit, não terá
absolutamente nenhum problema
com ele. Trabalhe em etapas, com
longas pausas de secagem entre
uma e outra, deixe que as camadas
sequem antes de aplicar a próxima,
sempre use cola branca entre elas e
assim por diante! O biscuit é uma
massa mágica, forte, resistente e
maleável ao mesmo tempo, não
quebra com facilidade e você é capaz
de criar absolutamente tudo que sua
criatividade sonhar!

Claro que, por ser a base de água, o


biscuit não resiste à ela! Mesmo
depois de seco, se em contato com
água, a massa sofre alterações de
cores e estufamentos. Mas para que
suas peças se tornem resistentes o
suficiente para serem capazes de
receber banhos de assentamento ou
de rituais de qualquer natureza, onde
a peça precise ser molhada, basta
que você finalize o acabamento com
boas demãos de goma laca
(impermeabilizante) e verniz geral.
Pronto! Sua peça estará preparada
para eventuais mergulhos rápidos,
sem sofrer alterações de cores e/ou
estufar durante a secagem do
"banho" recebido.

Agora é só se apaixonar pelo biscuit


e criar uma carreira profissional linda
ao lado dele!

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É enlouquecedor ver a bagunça que o pessoal faz na
Internet entre Cerâmica fria e Cerâmica plástica. Tem até
gente falando que é a mesma coisa! Socorro!! Tem,
inclusive, sites vendendo a massa DAS que é Cerâmica
fria, como Cerâmica plástica!! A impressão que tenho é
que essas pessoas querem montar blog de dicas de
artesanato sem nunca terem sequer utilizado esses
produtos. Mas fica tranquilo(a) que você não vai cair nessa
bagunça! Venha comigo que vou te explicar tudo direitinho!

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A cerâmica plástica vai ao forno pra secar, precisa ser "assada",
lida bem com água após seca e não encolhe, no próximo capítulo
titia vai te explicar tudo sobre ela. Já a cerâmica fria, assim como a
porcelana fria (biscuit) seca ao ar, por conta própria.

Essa massa é tipo uma argila, sua textura lembra um pouco papel
machê, é facilmente modelada, alisa com água de um jeito
delicioso e fácil. Super macia e suave, te permite criar de potes a
esculturas. Você pode alisar com os dedos molhados ou pincel, ela
aceita todo tipo de ferramenta sem grudar. Apresenta um
encolhimento mínimo, bem pouquinho mesmo, dependendo do
tipo de peça que fizer, nem vai conseguir perceber.

Por ser acrílica, ou seja, à base de água, ela também não lida
muito bem com banhos e afins, mas se você seguir o mesmo
procedimento que titia ensinou no capítulo sobre biscuit, a peça
ficará devidamente impermeabilizada e capaz de suportar com
elegância um mergulho ou outro durante algum ritual de batismo
ou assentamento.

Prontinho, agora você sabe a diferença entre elas e não vai cair no
conto da Internet. É só comprar a sua e curtir essa massa deliciosa
que lhe proporcionará uma experiência única!

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Quem nunca fez marionetes de papel machê no primário e voltou pra
casa sujo até o último fio de cabelo, não sabe o que é ter uma
infância completa! rs Essa massinha incrível, amada não somente
pelas crianças como por adultos arteiros de todas as idades é, talvez,
o melhor começo no mundo criativo. Sua praticidade e o baixo custo
dos materiais necessários para fazer sua própria massa em casa é
um atrativo quase insuperável! Somando isso aos lindos resultados
conseguidos em peças de papel machê e às tantas possibilidades de
receitas conforme a necessidade do produto final, fazem dessa
massa o grande coringa do artesanato.

Basta papel, água, cola e gesso ou algum


outro material de sua preferência e "voilá",
temos infinitas possibilidades de criação!

Seca ao ar, é de fácil manuseio, aceita


ferramentas, alisa com água... enfim!

Se você está em dúvida sobre qual seria o


melhor primeiro contato com o mundo
arteiro, experimente passar uma tarde
toda na companhia dessa experiência,
desde o preparo da massa, a criação de
peças, potes, acessórios e enfeites. Sua
vida arteira não será mais a mesma depois
disso!

Viva o papel machê e suas infinitas


possibilidades!!!

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Cerâmica plástica, a danada da polymer clay! Muita gente morre de medo dessa
massinha inofensiva, eu era uma delas! E o motivo é bem simples, ela precisa
de forno para secagem e nosso primeiro pensamento é um daqueles fornos
gigantes, caríssimos, usados para queima de cerâmica tradicional. Mas a
verdade é que o forno necessário para queima da cerâmica plástica é esse aí
que você tem na sua cozinha, em temperatura tão baixa que as vezes é
necessário até deixar a porta do forno um tiquinho aberta, com uma frestinha
para que o ar quente escape.

Ela é ótima pra criar bijuterias, além das peças de santeria, topos de bolo, action
figures etc. Isso porque ela é uma massa que em descanso fica bem durinha, o
que facilita lindos cortes geométricos para criar pingentes incríveis, coloridos,
sem que a cor de uma massa se misture ou comece a invadir a cor da massa
vizinha durante o corte. Ela não achata ou amassa ao ser cortada, o redondo
permanece redondo ao se fatiar um pedaço cilíndrico de massa, e isso facilita a
criação de lindas bijuterias, eis o motivo dela ser a favorita entre os arteiros
desse ramo.

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Já na criação de imagens, a queima é necessária a cada etapa, dando
estruturação e força para a peça conforme ela vai nascendo.

O tempo de forno varia de acordo com o tamanho da pecinha a ser queimada.


É necessário um período de experimentos e adaptação conforme o forno de
cada pessoa aos tamanhos de massa versus tempo de forno. Se sair
quebradiça não ficou tempo suficiente, se escurecer as bordas ficou tempo
demais. Não existe informação mágica em relação a isso! O jeito é comprar
uma massa (FIMO, Sculpey ou a nacional PVClay, entre outras) e fazer seus
experimentos em casa. Você vai perder massa, deixar queimar, tirar antes do
tempo, vai experimentar e vai xingar quando não der certo e vai sorrir a cada
conquista e, após um único pacote de massa destinado a testes, seu ganho em
conhecimento de acordo com a sua realidade e a realidade do seu forno, será
mil vezes mais valioso do que o preço de qualquer pacote de massa! E por
falar em pacote... quando você comprar a massa pela Internet (sim, mais fácil
encontrar esse material na Internet, pois em muitas cidades do nosso Brasilzão
enorme, as lojas não só não vendem, como nunca ouviram falar dessa massa
maravilhosa), vai chegar um tijolinho desesperadoramente duro em suas
mãos!!

Nosso primeiro impulso é "que diabos vou fazer com esse treco duro feito
pedra? Isso não é uma massa!"... mas calma! É sim, e é capaz de ficar mais
macia do que imagina. Você vai pegar o seu tijolinho encantado e, com a ajuda
de uma faca ou estilete, vai fatiar com muito amor e carinho, como se fosse
chocolate, pequenos fios de massa, pequenos pedacinhos. Vai picotar tudo até
o fim, até virar uma farofinha e, aos poucos, vai pegar essa farofa e reuni-la
novamente, sovando, mexendo, apertando e enrolando na palma da mão. Isso
vai recondicionar a massa aos poucos, ela vai começar a dar liga novamente
de forma cada vez mais macia. Sove até ficar na maciez desejada, quanto mais
sovar, mais mole vai ficando, até ficar tão mole que será difícil dar forma a ela.
Daí é só deixar a danadinha descansar um pouco de todo o estica e puxa que
ficará no ponto novamente! Agora, é só fazer amizade com o forno da sua casa
e criar!

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A argila é um componente de origem mineral, coletada diretamente do solo,
composta por alumínio (óxido de alumínio), sílica (óxido de silício) e água. É um
barro encontrado em abundância no Brasil.
Muito usada na cosmética por suas propriedades terapêuticas, na construção
civil, nos utensílios domésticos e na arte.
Na arte, podemos usar as técnicas de modelar com as mãos e também blocar
para esculpir com ferramentas no processo de criação das esculturas. Amassar,
moldar e agregar. Novas partes podem ser agregadas com facilidade quando
temos a argila ainda molhada. A grande vantagem da argila está na sua
maleabilidade e incrível estruturação.
Após seca temos uma ótima peça que pode servir como matriz para reprodução,
mas não como produto final, pois a argila seca é muito frágil e volta a sua fase
inicial com grande facilidade, apenas com água.
Para que a sua peça se torne produto final é preciso queimar a escultura em
fornos especiais de alta temperatura. Assim você transforma em cerâmica.
Alguns cuidados devem ser tomados nessa queima: A peça deve estar oca e
com pequenos furos estratégicos para saída de ar. Sem esse cuidado a peça
racha e até mesmo pode explodir dentro do forno.

Para deixar a peça oca após


modelada, você não pode
deixar a argila secar
totalmente, deixe apenas ficar
mais firme.

Com um fio, vá desmembrando sua


peça para que consiga “cavar” e deixar
oca.
Depois basta unir as parte novamente
com barbotina (argila bem diluída com
água). Para garantir a colagem faça
risquinhos nas duas partes a serem
coladas com material pontiagudo.

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Sabe aquelas massinhas que vinham junto com brinquedos
nos anos 90? Ou ainda, aquelas massinhas coloridas que a
professora do primário fazia nossa mãe comprar para a aula
de recreação? Pois bem, senhoras e senhores, eis a
danadinha da Plastilina!

Hoje em dia, existem outros tipos de massinhas modeláveis


para a criançada se divertir, feitas à base de amido como a
Soft, mas a Plastilina... Ah! Essa é insuperável!

Feita à base de ceras e óleos, ela nunca seca. Sua


flexibilidade permanente e sua maciez proporcionam uma
gama enorme de recursos. Você pode criar lindas matrizes
para molde direto na plastilina, pode preparar a cama do
molde de outras matrizes, a pré-concha de produção da
jaqueta do molde, enfim... dá pra fazer tanta coisa com a
plastilina que as linhas do nosso texto não seriam suficientes!

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A melhor forma de trabalhar com ela é utilizando estecas de
esculpir, o alisamento pode ser feito com pincel embebido em
ecosolv (é um solvente menos agressivo, vai evitar que sua
plastilina resseque tanto quanto com o uso de solventes
comuns) ou fogo, utilizando um alcohol-torch ou pequeno
maçarico.

Importante dizer que ela não seca, sob nenhuma


circunstância! O solvente para alisar resseca um pouquinho a
plastilina, o que é normal, mas nada faz a danada secar de
verdade. Não vai ao forno, não seca ao ar... ela simplesmente
não serve para criar uma peça final, apenas matrizes para
molde e realizar trabalhos de apoio na produção de moldes.

Após o molde estar pronto, você reaproveita sua plastilina


para criar outra peça, outro molde e assim por diante! Ela é
uma companheira leal e extremamente versátil dentro do
ateliê, nenhum arteiro pode ficar sem ela!

Uma vez que faça amizade com a plastilina, ela será sua
melhor amiga para sempre!

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Quando comecei no mundo das esculturas,
a grande incógnita da minha vida eram as
tais clays! "Que raios será isso?", eu me
perguntava! Eu não conseguia enxergar
nenhuma vantagem nesse treco. Afinal de
contas, um tijolo duro que depois de tanto
trabalho pra cortar, amolecer, blocar,
moldar e bola-rebola mariquinha
esculpindo esse negócio, e nem podia ser
a peça final pois nunca seca. Isso me
revoltava!

E a quantidade de densidades? Uma é macia a outra é mais ou menos, a


outra é dura e uma outra, da outra, da outra é praticamente uma pedra! Pra
que tantas?

Pois é... foi só botando a mão na massa por algum tempo que entendi suas
magias.

A clay, em geral, é um tipo de argila sintética que amolece sob o calor.


Algumas, como a clay hard, são tão firmes que é necessário derreter a
massa numa panelinha elétrica ou convencional para blocar a peça, mas
por outro lado, a blocagem seca, de volta a sua firmeza natural, traz uma
resistência à estrutura da peça que é impagável.

As clays mais durinhas também são fantásticas para esculpir detalhes


difíceis como mãos e acessórios da escultura. As clays mais macias são
ótimas para esculpir caimento de tecidos e cabelos, por exemplo.

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Enfim, cada clay tem seus segredos e poderes especiais! E a
melhor vantagem, ao meu ver, é justamente o fato de poder investir
o tempo que precisar em um projeto, afinal ela não seca, você
sempre pode tirar e colocar massa para modificar o que quiser na
sua peça. Pode mudar de ideia no meio do caminho e reposicionar
seu projeto inicial sem perder seu trabalho. Ela também tem a
densidade ideal para a produção de moldes, as clays não se
misturam à Plastilina durante a produção, o que é ótimo!

Para trabalhar com elas você precisará de uma fonte de calor (uma
estufinha, uma caixa com uma lâmpada daquelas antigas serve
bem! Uma panelinha elétrica para as mais duras e também para as
ceras é o ideal), estecas para escultura, ecosolv e alcohol-torch para
alisamento e muita dedicação.

O mesmo se aplica às ceras. Ao ser aquecida ela entra em ponto de


massa (com algumas exceções bem especificadas pelos
fabricantes) e super aquecida derrete facilitando emendas.

DICA
Uma característica maravilhosa das ceras é que elas derretem
completamente podendo ser usadas para encher os moldes
produzidos com matrizes feitas em clay ou qualquer outro material.
Ao reproduzir uma peça em cera, ela pode ser refinada, corrigida em
seus mínimos detalhes, uma vez que a cera apresenta uma
resistência maravilhosa e uma facilidade de correção enorme!

Proporcionando a você uma nova peça, praticamente perfeita, para


novo casting, ou seja, para você produzir um novo molde cujas
peças reproduzidas em resina ou gesso a partir dele serão muito
mais refinadas, impecáveis!

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Se tem um assunto capaz de confundir até as mentes
mais brilhantes ao começar estudar o mundo arteiro,
esse assunto é sobre RESINAS, sem sombra de
dúvidas!

São tantos nomes, tantas aplicações que nossa


espinha até arrepia. Existem resinas flexíveis, super
rígidas, transparentes e lá vai história! Hoje em dia,
existem tantas, cada uma destinada a um resultado
diferente, um tipo específico de peça, que acaba
sendo impossível abordar absolutamente todas elas,
principalmente porque existem muitos fabricantes e,
de acordo com cada um deles, as resinas mais
"específicas" (tipo "aquele" lançamento, "aquela"
novidade, "aquela" resina que é capaz de fazer tal
coisa que nenhuma outra pode... sabe essas?) vão
apresentar resultados, texturas e acabamentos
diferentes.

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Vamos nos deter aqui às "não específicas", ou seja, as que são o que são,
independente do fabricante, aquelas que são as comuns, usadas desde os
primórdios por todo mundo. Daí, uma vez inserido no mundo das resinas,
você vai se sentir muito mais confiante e confortável para explorar e
expandir seu conhecimento sobre "aquelas" mais específicas!

Pra ser franca, tão pouco eu conheço todas. Ou porque não senti
necessidade de experimentar, ou porque o resultado que ela oferece não
se aplica à minha necessidade. Você vai perceber as suas próprias
necessidades conforme trilhar seu caminho produzindo suas peças, fique
tranquilo(a)!

Portanto, hoje vamos conhecer a resina poliéster, a resina poliuretano


(P.U.), a resina (poliéster) cristal, a resina epóxi e a resina acrílica. As mais
usadas e necessárias em nosso dia a dia!

Bora passear pelo mundo mágico das resinas e suas incríveis


possibilidades. Ah, já ia me esquecendo! Antes de mais nada, é sempre
bom lembrar que ao lidar com produtos químicos precisamos nos proteger,
utilizar luvas e máscara. Dito isso, vamos em frente!

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"Adesivo de laminação", "cola para laminação" ou simplesmente "resina de
laminação", são os possíveis nomes que irá encontrar no rótulo dessa resina.
Isso porque a resina poliéster é muito usada com fibra de vidro e na indústria
automotiva, assim como a sua prima preferida, a massa plástica, que é
composta por resina poliéster e cargas minerais!

A resina poliéster tem uma cor curiosa, ela costuma ser esverdeada, um
verde sujo, super esquisito, ou um marrom avermelhado tão sujo e esquisito
quanto o verde, mas não se assuste, seu material não está estragado, ela é
assim mesmo. Nossa amiga poliéster também tem a vantagem de ser a mais
barata, a mais em conta da família das resinas.

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Quanto à sua catalisação, ela apresenta uma cura lenta e aceita algumas
variações. Como assim?
Para catalisar, endurecer, ela esquenta e muito! Portanto, em dias mais
quentes, você pode colocar um pouco menos de catalisador, em dias
mais frios um pouco mais (sem nunca exceder o máximo especificado
pelo fabricante). E aceita também a mistura de cargas para um melhor
rendimento.
As cargas são minerais como calcita, pó de mármore ou até mesmo talco
industrial, entre outras. Cada uma resultará em um acabamento diferente
da peça, ou mais leve, ou mais macia para lixar ou com um efeito mais
plastificado.
Nossa amiga poliéster também tem a fama de ser fedida! Para quem
trabalha em lugares fechados ou pequenos, o trabalho pode se tornar um
pouco sofrível com o cheiro liberado por ela, principalmente durante a
catalisação. Mantenha sempre as janelas e portas abertas para a
circulação do ar e nunca, jamais, se esqueça de usar máscara!
Quanto à dureza, ela é extremamente rígida, não apresenta nenhuma
flexibilidade, o que a torna forte mas também fácil de quebrar em queda,
como louça.
Um último fator importante de ser dito sobre ela é que a danada encolhe!
Na verdade, todas as resinas encolhem um pouquinho após a
catalisação, mas em algumas é quase imperceptível, já com nossa amiga,
não tem como não perceber!
Não é nada que vá prejudicar seu trabalho, não se preocupe, mas fique
atento aos detalhes da sua peça, pois pode haver necessidade de se
realizar pequenas correções por conta desse encolhimento.
Por último, mas não menos importante, ela é fácil de encontrar! Com
certeza tem uma loja de construção civil aí no seu bairro, pertinho da sua
casa e, adivinha só... Eles com certeza vendem resina poliéster nos
vários nomes citados logo no começo deste texto!
Sabe o que mais eles vendem? A prima preferida dela, a massa plástica,
que também é uma tremenda aliada na produção de lindas peças. Se
você juntar as duas, a peça fica incrível, macia pra lixar, fácil de pintar e
super bem acabada.
O melhor a se fazer agora que você tem as informações, é correr numa
dessas lojas, comprar suas primeiras latinhas e realizar seus próprios
testes. Nada ensina mais do nossas próprias experiências! Bora lá?

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Bora falar da prima rica da família das resinas, a querida P.U.! Como você já
pôde perceber, meu intuito não é tratar da parte química da coisa e suas
nomenclaturas rebuscadas, poli isso poli aquilo... Não estou dizendo que não
seja importante conhecer a química e seus porquês nas resinas, mas acredito
que, pra quem está começando, essa parte confunde mais do que ajuda!

Nossa intenção é fornecer um guia prático e simples pra quem talvez nunca
tenha sequer ouvido falar em tantas resinas.
Deixemos, então, a parte química para o Google!

Ao contrário da nossa amiga de poliéster, a resina poliuretano é de cura rápida,


bem rápida na verdade! Ao passo que uma peça em resina poliéster pode levar
de 10 a 15 minutos pra começar o processo de cura, a resina poliuretano não
chega a 3 minutos pra dar o ar de sua graça e começar a endurecer. Isso pode
ser uma ótima notícia, ou não, para os mais desastrados como eu! Só de saber
da sua velocidade, dá um treco na minha cabeça e me atrapalho toda. Mas
calma! Se até eu consegui pegar o jeito, você também consegue. Tudo, como
sempre, é uma questão de experimentar e achar seu ritmo.

Ela também aceita cargas (talco industrial, calcita etc), mas não pode misturar
massa plástica!!! Massa plástica é a base de resina poliéster e só pode ser
misturada com resina poliéster!

Quando estudamos a nossa amiga de poliéster, vimos que sua cura é com o
acréscimo de gotinhas de um líquido chamado catalisador, certo? Já a nossa
amiga P.U. é dividida em duas partes (componente A e componente B) e a sua
cura se dá ao juntar essas partes em pesos iguais. Se utilizar 100 gramas de A,
utilize 100 gramas de B, mexa bem e despeje no molde desejado.

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A prima rica das resinas não cheira mal, o que por si só já é uma baita
vantagem. Ela não vai avisar o quarteirão inteiro que tem alguém
trabalhando com resina!

Seu acabamento é tipo um plástico, o que a deixa levemente flexível


mesmo sendo rígida. E isso também traz uma resistência à quedas que
é de cair o queixo.

Seu acabamento é mais requintado e com sua cura super rápida, você
pode começar e finalizar uma peça em um único dia!

Uma salva de palmas para nossa querida P.U.!!!

Mas... como nem tudo são flores, o preço dela é bem elevado, eis o
motivo dela ser a prima rica. E não é tão simples assim encontrar a
danada, aconselho ir direto pra internet, nem perca seu tempo
buscando em lojas, a menos que ela seja especializada.

Enfim...tem quem prefira a prima rica, tem quem prefira a prima fedida...
e você, qual será que vai preferir?

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Com certeza você tem ou já se deparou com lindas bijuterias, coloridas ou
transparentes, que te encantaram! E aquelas mesas com efeitos de água e
madeira? Quem nunca sonhou em ter um móvel daqueles? Pois é, você está (ou
estava) diante de peças feitas em resina epóxi!

Mais uma prima rica da família das resinas, é queridinha dos arteiros de
bijuterias e de todos que gostam de pensar fora da caixinha! Criar luminárias
incríveis, objetos de decoração inusitados e cheios de personalidade. A resina
epóxi tem uma gama de aplicações tão extensa que vai de pisos à pias. Sua
família de epóxis é enorme, com proteção UV, sem proteção UV, alta, baixa e
média viscosidade, de cura rápida, cura lenta, que não amarela... e por falar em
amarelar... Eis a maior reclamação dos amantes da epóxi. Hoje em dia, existem
opções que dizem não amarelar, mas, a princípio, fique ligado! Principalmente se
você for partir pra produção de bijuterias ou peças transparentes (sem acréscimo
de pigmento colorido) que ficam muito expostas ao sol, provavelmente vai
amarelar!
Se quiser fugir disso, o jeito é partir pra resina cristal
poliéster, mas... como tudo tem seu preço, ela não amarela
mas exige um trabalho triplicado na hora de dar acabamento
e polir, mas vamos falar dela depois!
Voltando pra nossa querida prima rica da
família epóxi, via de regra, ela tem cura super
lenta, precisa de endurecedor que exige
precisão quase cirúrgica na hora de pesar!
Trabalhar com quantidades muito pequenas de
resina epóxi pode ser um desafio, você vai ter
que usar uma balança de precisão, do contrário
pode dar caquinha!! Ela pode ficar borrachuda,
com sua transparência comprometida ou
mesmo não curar em certos pontos.
Porém, ela é deliciosa de usar, não tem cheiro
forte, a peça sai praticamente pronta do molde,
pedindo pouco acabamento seu brilho é lindo!
Vale a pena experimentar, não deixe de
conhecer essa grande aliada dos arteiros!

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Quem acompanha meu
trabalho com certeza já viu
lindas taças nas mãos das
esculturas, garrafinhas
imitando vidro e efeitos
d'água adornando as bases.
Pois é, todas essas peças
foram feitas em resina
cristal!
Ah! A família poliéster! Como não amar?
Mais uma prima fedida, o quarteirão
sempre sabe quando estamos na
companhia de uma amiga poliéster, mas
francamente, ela é barata, o brilho é
magnífico e a transparência é absoluta!
Como não amar essa super aliada? Não
tem como! Ela dá trabalho pra polir? Dá!
Mas não amarela e o brilho é
insuperável. E, é claro, para fazer
pequenas peças como as tacinhas e
mini garrafinhas das esculturas, não
precisa se matar pra polir, é só lixar as
rebarbinhas e passar uma demão de
verniz vitral ou geral. Pronto! Lisa e
linda (Obviamente esse truque não
funciona em peças grandes!).

Basicamente, ela cura com as gotinhas de catalisador, "rapidamente" (perto de


uma epóxi ela é super ligeira!) mas... não sai do molde com cara de quem acordou
pronta pra vida, não! Você vai ter que rebolar no acabamento. Esse é o motivo de
muita gente fugir dela! Porém, eu garanto, vale a pena! Muitos arteiros de bijuterias
migraram da epóxi para a cristal, mesmo tendo que se empenhar no acabamento,
justamente pelo brilho incrível, transparência absoluta e, o mais importante, não
amarela!

Mas não se contente com o que eu te ensinei neste e-book! Crie coragem e invista
em seu primeiro kit de resina. Nada ensina mais do que ter nossas próprias
experiências! E, acredite, quando o assunto é resina, nunca paramos de aprender!
Esse mundo não tem fim, está sempre cheio de novidades e novos desafios a
superar!

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Antes de surgir um nó enorme na sua cabeça, vamos
falar um pouco da palavra "acrílica" que aparece muito
no artesanato em geral. Você com certeza já viu em
rótulos de tintas, por exemplo! Agora está ouvindo falar
de uma tal resina acrílica... E aí? Do que se trata essa
palavrinha misteriosa? Como combinado anteriormente,
não vou ficar divagando sobre a química da coisa,
mesmo porque não tenho preparo pra tal, mas dessa
vez, vou colocar aqui o significado dessa palavra e logo
você vai matar a charada.

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Acrílico:
1.(Química) Ácido hidrossolúvel que forma polímeros, utilizado na
fabricação de plásticos.
2. Plástico ou fibra feita à partir desse ácido.

Sacou o pulo do gato? Hidrossolúvel! Ou seja, solúvel em água!

Uma tinta acrílica não precisa de solventes para realizar a limpeza do


pincel e você pode diluí-la em água. Uma resina acrílica segue esse
caminho.

Não tenho ideia do porquê, mas a resina acrílica que utilizamos no


artesanato costuma ter em seu rótulo: resina acrílica a base de água!
Pra mim parece um pouco redundante, mas... como não sou formada
em química, vou me contentar em apenas passar essa informação pra
você!

E pra qual finalidade usamos essa resina? Posso encher um molde


com ela? Pelo amor de Deus, não!!! Ela não tem catalisador, seca ao
ar, como um verniz, portanto não serve pra criar peças como as outras,
mas sim, para dar lindos acabamentos, impermeabilizar, engomar
(endurecer) tecido, aplicar véu de fibra de vidro etc.

Ao ser misturada com talco industrial, ela vira um creme ótimo para dar
acabamento em peças de isopor, por exemplo, permitindo um
lixamento impecável, deixando a superfície da peça lisinha e pronta
para pintura.

Como pôde perceber, no nosso mundo arteiro, ela é uma grande aliada
do acabamento, mas não substitui as outras na hora de produzir uma
peça em resina!

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Estou super feliz em ter você comigo nessa jornada
linda de ser arteiro!
Sim, arteiro! Entre a arte e o artesanato há tanto
para amar. Entre o artista e o artesão eu escolho
ser arteira!
Navegar entre os dois mundos, absorvendo o
melhor deles, indo atrás do meu propósito.
E se você chegou até aqui comigo, sei que você é
assim também!
Espero que minhas experiências aqui descritas
sobre os materiais, que hoje são comuns pra mim,
te ajudem de verdade, uma vez que antes, eles
representavam um baita mistério no meu dia a dia.
Sendo assim, sei exatamente o tipo de mistério que
eles podem significar pra você no começo da sua
jornada.
Espero realmente ter ajudado e pretendo ajudar
ainda mais, pois juntos somos mais fortes e a arte
em sua totalidade pode mudar vidas e transformar o
mundo

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E pra dar mais uma ajudinha na jornada
de santeiro temos uma linha de moldes
de silicone. Corpinhos humanizados,
cenários, apliques para taças, caixas e
porta velas.
Um mundo de possibilidades!
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