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As Dificuldades não Invalidam seus Sonhos

Um pouco da minha história: como


fazer sabonetes me ajudou a me refazer
Luciane A. R. Pereira

Capa: Calêndulas em Aquarela by Jociane Cavalli para Via Natureza - @Jo_crie


Produção e Diagramação: Luciane A. R. Pereira
Divulgação: www.vianatureza.com
Edição: 01 - 2018

Copyright © Luciane A. R. Pereira

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são reservados ao seu autor, e estão registrados e protegidos pelas leis do direito
autoral, ficando vetada a reprodução total ou parcial deste material, para quaisquer
fins que envolvam interesse monetário. O autor disponibiliza este material
gratuitamente através do site vianatureza.com.
Sumário

Apresentação..........................................................................................................................5
Meu encontro com o sabonete..............................................................................................7
Quando um sonho começa a ruir.........................................................................................10
Vencendo a barreira do medo.............................................................................................12
As dificuldades não invalidam seu sonho............................................................................15
Clientes Alavancas................................................................................................................17
Confiar não é uma tarefa fácil..............................................................................................20
Sem sonho não há vida........................................................................................................22
O primeiro passo para fora..................................................................................................25
Eu, o autor............................................................................................................................27
Um novo começo.................................................................................................................30
Depoimentos........................................................................................................................37
Galeria..................................................................................................................................42
Apresentação

Meu nome é Luciane Aparecida Rodrigues Pereira e eu nasci no dia doze


de outubro de 1975, em Curitiba, no estado do Paraná, região sul do Brasil.

Tenho formação em técnica em Saneamento, Teologia e Pedagogia. Amo


ensinar e percebo que é o que eu nasci para fazer. Ensino sobre Teologia sempre
que tenho oportunidade, dou aula de matemática para crianças e agora ensino
sabonetes através de videoaulas disponíveis no YouTube.

Decidi escrever esse livro, porque eu quero contar a você um pouco da


minha história, de como uma atividade artesanal que eu iniciei meio por acaso,
veio a se tornar minha atividade principal, proporcionando-me a satisfação de
fazer aquilo que eu amo e ainda ganhar por isso. Mas principalmente, porque eu
quero falar para você sobre o maior ganho que eu tive através desse trabalho,
muito maior do que qualquer dinheiro poderia me dar: a valorização de mim
mesma, o reconhecimento daquilo que eu sou e daquilo que eu posso ser, a
descoberta da criatividade que envolve fazer o que gosta e a alegria que está na
oportunidade de servir.

Não tenho pretensão nenhuma de passar a você uma fórmula mágica, ou


dizer que fazer sabonetes resolve qualquer problema, até porque coisas assim
não existem. O que eu realmente quero é contar um pouco sobre o aprendizado
que eu tive através desse trabalho, e como uma ferramenta simples como essa foi
tão importante no meu processo de autoconhecimento e superação de muitos
medos e inseguranças que eu tinha.

Você vai me ver falando bastante sobre Deus, e isso é porque Ele é o
principal autor de tudo isso, e sem Ele nenhum entendimento ou aprendizado
seria possível. Situações e problemas seriam simplesmente circunstâncias
causadoras de dores, sem crescimento e sem fruto algum. É assim que eu creio,
mas não quero que você se ofenda se você crê de forma diferente. A vida é
assim, e a riqueza dela está em compartilharmos pontos de vista e em
aprendermos uns com os outros.
1
Meu encontro com o sabonete

Eu formei-me em um curso técnico na área de química no ensino médio, e


trabalhei por onze anos nesse ramo, em um emprego concursado na companhia
de saneamento e tratamento de água do meu Estado. Atuar nessa área de
química era uma paixão, porém com o passar dos anos, meu trabalho começou a
ficar monótono demais para mim e com isso foi crescendo uma vontade de
empreender, de mudar de vida, de fazer algo diferente que realmente me
trouxesse alegria.

O nascimento do meu filho no ano 2000 foi uma das coisas que me
motivaram a fazer essa mudança, pois eu queria ter mais tempo com ele. Para
mim, não fazia sentido algum trocar aquele momento tão bom de estar perto dele
para ser infeliz lá fora. Ainda assim levei quase um ano para conseguir pedir
demissão e deixar tudo aquilo pra trás.

Enquanto meu filho precisava integralmente de mim, passei muito bem sem
uma atividade, porém, depois de dois anos e meio, quando ele começou ir para
uma creche por meio período, cresceu muito em mim um vazio e uma
necessidade de produzir algo que permanecesse, diferente da rotina da casa que
acabava no final do dia, para começar tudo novamente no dia seguinte.

Nessa época eu realizava alguns trabalhos esporádicos de lembrancinhas


personalizadas para escolas em parceria com uma amiga fotógrafa. Ela tirava as
fotos das crianças e eu fazia a arte de calendários, ímãs de geladeira, quadrinhos,
porta-retratos e coisas assim. A cada época festiva, era necessário criar um tipo
diferente de lembrancinha, se quisesse continuar tendo aquela escola como
cliente. E um dia tive uma ideia de fazer um sabonete líquido com a foto da
criança, com um rótulo onde ela seria a “garota-propaganda” da marca. Deu muito
certo, até que uma dessas escolas pediu um Kit de sabonetes, não só com um
frasco de sabonete líquido, mas uma caixinha com o sabonete líquido e alguns
mini sabonetes.

Começou o impasse de como resolver aquele problema, o cliente era bom,


não dava pra deixar de atender, mas pagar para alguém fazer os sabonetes era
inviável. E eu? Como eu poderia fazer alguma coisa manual? Não, isso não ia
funcionar, eu nunca tive o menor jeito para artesanatos! Eu, ainda que fazendo
parte de uma família de artistas, onde minha mãe e cada um dos meus três
irmãos têm um dom extraordinário para desenho, pintura e habilidades manuais,
eu nunca consegui fazer qualquer coisa com um lápis ou um pincel ou qualquer
outro artefato que precisasse ser transformado.

Lembro que uma época minha mãe começou a fazer biscuí e decorar
vidros de conservas, garrafas, e tudo que ela via pela frente. Ficavam lindos
realmente, então um dia eu vi em uma vitrine um vidro de conserva decorado com
figos, lindos, os quais minha mãe ainda não tinha feito. E eu cheguei em casa
toda empolgada pra mostrar a ela como eles eram, eu devia ter uns quinze anos
nessa época, peguei um pedaço de massa, tingi de cinza e fui tentando fazer
aquilo se parecer com o figo que estava perfeitamente gravado na minha cabeça
e nada! Era uma forma mais bizarra que a outra. Não me lembro de ver minha
mãe e meus irmãos rirem tanto quanto naquele dia. Ali eu me convenci de que se
eu dependesse de fazer alguma arte para viver, minha vida estaria acabada ali
mesmo.

A necessidade me fez abandonar meu histórico ruim, e arranjar um jeito de


atender aquele cliente. Pesquisando sobre os sabonetes artesanais, vi que o
processo de fabricação era fascinante, e tinha muito a ver com química que eu
gostava, então decidi arriscar.

Comprei uma revista de artesanatos (isso mesmo, naquela época não tinha
YouTube!), comprei os materiais, derreti a base glicerinada, coloquei a essência e
o corante e despejei na forma e depois de algumas horas, desenformei, e como
num passe de mágica estava lá! Uma obra perfeita! Senti como se eu estivesse
trapaceando, porque na verdade aquilo não podia ser artesanato, eu nem
coloquei as minhas mãos lá, e saiu tudo perfeito, tudo lindo!

Entreguei aquele pedido e continuei pesquisando sobre os sabonetes, e


descobri um universo de coisas que eu poderia fazer a partir de uma base
glicerinada. Poderia adicionar ingredientes naturais e dar a ao sabonete uma
propriedade de tratamento para a pele. Descobri que através de técnicas ele
poderia ter uma aparência totalmente única, especial, artesanal. Mal podia
acreditar que aquilo era possível: eu, artesã!

Bom, não é difícil imaginar que depois daquele dia eu não consegui parar
mais. Quando mais eu estudava sobre sabonetes, mais eu queria aprender e
desenvolver coisas novas. Uni minha habilidade em tratamento de imagens e
tirava fotos de tudo que eu fazia. Acabei montando um catálogo e passei para
vendedoras. Cheguei a ter uma equipe de trinta e quatro vendedoras, mas, sem
conhecimentos de mercado, cometi muitos erros, não setorizei as entregas, não
reduzi o mix de produtos, e meus custos eram bem maiores do que o meu lucro.
Achei que deveria montar uma “central de distribuição” onde as vendedoras
pudessem ir buscar os produtos e assim eu eliminaria o meu maior custo que era
a entrega.

Em 2006 montei a loja, só que eu não tinha recursos para contratar


pessoas, eu tinha que produzir, vender e atender as vendedoras externas, então
acabei deixando as vendedoras e fiquei apenas com a loja. Um ano depois abri
uma segunda loja onde havia um espaço que eu podia dar cursos de sabonete,
fiquei ainda mais maravilhada com esse trabalho, sempre gostei de ensinar e
ensinar algo que eu amava fazer, realmente era uma grande realização.
2
Quando um sonho começa a ruir

Trabalhei por oito anos exclusivamente com os sabonetes, fabricava e


vendia uma média de 100kgs de sabonete por mês e nesse tempo aconteceram
muitas coisas boas, comecei a ver o reconhecimento do meu trabalho, recebi um
convite para ensinar sabonetes em uma oficina da feira anual do SEBRAE-PR,
com direito a uma matéria no jornal e tudo! Fui convidada pela prefeitura da minha
cidade para fazer cursos de empreendedorismo; tive minha loja eleita como a loja
mais bonita do bairro, e o interessante era que ela se autopromovia pelo cheiro
que exalava até uma quadra de distância; fazia feiras e exposições em vários
lugares; meus sabonetes iam pra lugares que eu nunca imaginei: Alemanha,
Japão, Inglaterra, Estados Unidos e até pra Antártida! Uma cliente bióloga levou-
os de presente à equipe de pesquisadores brasileiros que ficavam lá!

Tudo ia bem, até que uma situação de divórcio me desestabilizou


completamente, e eu pude perceber na prática que quando se tem uma
microempresa, a gente é a empresa. Se você vai bem, a empresa vai bem, e se
você vai mal, a empresa padece mais ainda. As vendas começaram a cair e tive
que escolher uma das lojas para fechar. Escolhi fechar a primeira, porque na
outra, embora não fosse tão glamourosa como a primeira, eu podia oferecer os
cursos que alavancavam consideravelmente as vendas. E assim eu fiz.

Passado exatamente um mês do fechamento da primeira loja e entrega das


chaves, o proprietário do imóvel onde estava localizada a segunda loja vendeu o
conjunto comercial para uma empresa que demoliria o local para construção de
um banco. Eu e outros três lojistas fomos obrigados a fechar as portas sem ter
outro local para onde ir nas proximidades.

Entrei em um período muito difícil da minha vida, e deixei me abater


bastante pelo desânimo. Vendi um pouco do estoque para me manter e depois de
alguns meses consegui abrir uma terceira loja, num local não muito atrativo,
porém barato, e com outros tipos de produtos além de aromas e artesanatos, de
forma que o sabonete não fosse mais o produto principal, já que eu não estava
em condições de continuar fabricando eles com toda aquela regularidade.

É incrível como uma situação difícil pode fazer a gente esquecer das coisas
boas e nos fazer perder a motivação até em fazer aquilo que a gente gosta.
Quase desisti de tudo naquela época, até de continuar vivendo. Mas graças a
Deus, literalmente, as coisas foram sendo consertadas dentro de mim, e aos
poucos, exatamente à mesma medida, as coisas iam sendo consertadas também
à minha volta.

Comecei a estudar Teologia para buscar um pouco de sentido em tudo que


eu estava vivendo, acabei encontrando muito mais do que isso. Aprendi a buscar
em Deus a força que eu precisava e substitui meus pensamentos de desânimo
por verdades de amor e esperança.

Fiquei mais dois anos com a loja e vi que era hora de seguir por outros
caminhos. Fiz vários trabalhos voluntários que me deixaram muito rica, com a
riqueza maravilhosa que vem do servir. Ensinava mulheres sem esperança a
fazer sabonetes e visualizar em cada sabonete desenformado a expressão da
alegria que estava ali dentro delas, em algum lugar escondida atrás da dor de
uma vida. E assim percebi que a melhor maneira de curar as nossas feridas é
ajudando a cicatrizar a ferida dos outros, nesse caso, lavando-as e perfumando-
as com sabonetes.
3
Vencendo a barreira do medo

Por incrível que pareça para quem me conhece atualmente, sempre fui
uma pessoa tímida e de poucas palavras, tinha vergonha da minha imagem e não
saía em fotografias de jeito nenhum. Coisas que me arrependo até hoje, pois
tenho poucas fotos para ilustrar minha história, mas eu era assim.

No início quando comecei fabricar os sabonetes, foi apaixonante,


pesquisava vários tipos e modelos, fabricava todos, testava formulações,
presenteava todos a minha volta e pedia um retorno para atestar a qualidade do
produto. Fabricar sabonetes era algo maravilhoso, só que chegou um momento
em que eu percebi que seria necessário mais de uma vida inteira para conseguir
consumir tantos sabonetes, e que eu não poderia continuar fabricando e
comprando material sem que eu vendesse o que estava sendo produzido.

Comprei uma cesta de vime, coloquei alguns sabonetes e sai de casa no


primeiro dia, decidida a fazer meus primeiros clientes. Rodei por várias lojas do
bairro e não tive coragem de entrar em nenhuma. Voltei pra casa frustrada e
decidi que no dia seguinte eu teria que conseguir aquela façanha: abordar um
estranho e oferecer um produto artesanal feito por mim, logo por mim.

Com muito esforço, entrei no primeiro salão de cabeleireiros, o coração


batia na garganta, e meio baixo demais diante de todo aquele barulho de
secadores de cabelo, falei do que eu fazia e perguntei se a pessoa gostaria de
dar uma olhada nos meus produtos. Quando descobri a cesta e exalou o aroma,
foi um alvoroço naquele salão, todos queriam ver, todos queriam cheirar, e fui
vendendo um a um, e depois deixei o restante consignado para vendas. Saí de lá
muito feliz e confiante para sair no dia seguinte e depois no outro e no outro, até
terminar com todo aquele estoque que eu tinha em casa.

Olhando assim dá a impressão de que todos os dias foram flores,


infelizmente e felizmente isso não é verdade, nem todos os dias foram assim.
Infelizmente porque algumas vezes ouvi duras críticas que me faziam voltar para
casa chorando e prometendo a mim mesma que nunca mais sairia para vender
novamente. Mas quando chegava em casa e via todo o meu material e o quanto
de sabonetes que eu ainda tinha para desenvolver, eu levantava a cabeça e
prometia que não ia desanimar, mas usar cada crítica para melhorar ainda mais o
meu produto. E digo felizmente, poque foi assim que eu fiz, pude melhorar muito
meus produtos a partir daquelas críticas que ouvi. Fui procurar o SEBRAE da
minha cidade, fiz todos os cursos que eu pude, melhorei minhas embalagens,
avaliei os produtos que eu mais vendia, os lugares que realmente valia a pena
deixar consignado e aqueles que eu deveria descartar como cliente.

Aprendi a calcular o peço de vendas e vi que com o valor que eu praticava


seria impossível ter um futuro! Foi mais uma barreira vencer: a insegurança. Tive
que aprender a valorizar o meu trabalho, colocar um preço justo e não me
preocupar com a opinião de alguns. Estudei muito sobre os produtos e o
processo de fabricação e isso me ajudou a ter essa confiança, pois havia
aprendido no SEBRAE que precisamos ser especialista naquilo que fazemos, pois
só através do conhecimento você gera autoconfiança e assim pode passar
confiança ao seu cliente, e então ele não vai reclamar de custo, mas avaliar o
benefício, que é algo muito mais valioso do que o produto em si.

A minha prática mostrou que o sistema que eu estava adotando de


consignação não era eficiente, pois o lucro que eu tinha com as vendas, era
menor do que os custos com produtos avariados e vencidos. Então eu vi que era
preciso adotar outro sistema de vendas.

Mais uma vez, foi preciso coragem para abrir mão daqueles pontos de
vendas que foram alcançados com muito esforço, para mudar de direção, mas eu
estava percebendo que entre vender mal e não vender, ainda era melhor ficar
com a segunda opção, pois de posse do produto eu ainda tinha uma chance de
ganhar com ele (1).

(1)
Poucos daqueles pontos de venda realmente decidiram comprar os sabonetes para revender, porque
quando você se sujeita a deixar seus produtos em consignação, dificilmente você consegue convencer seu
cliente em passar a comprar os produtos, pois o produto consignado não tem prioridade dentro da loja, e com
isso, o resultado não é bom o suficiente para convencê-lo a investir no seu produto. Consignação até
funciona quando você pode definir o seu espaço dentro da loja, e tem condições de cuidar da comunicação
visual do seu produto, de forma que o cliente possa escolhê-lo de forma igual à oferta dos demais produtos
da loja.
4
As dificuldades não invalidam seu sonho

Decidi e tive condições para abrir uma loja apenas cinco anos depois que
eu iniciei nesse trabalho com os sabonetes. O investimento veio da venda de um
carro que eu tinha, e nesse tempo, foram muitos erros e acertos e muitas, mas
muitas dificuldades que me levaram a pensar em desistir por mais de uma vez.

Eu acreditava muito no meu trabalho, mas chegou um momento que


parecia que apenas eu fazia isso. A partir daquela situação de divórcio, que
aconteceu um ano depois que eu abri a primeira loja, fazer sabonetes não era
mais apenas um momento agradável do meu dia, mas agora ele tinha a obrigação
de me dar o sustento necessário para aquela nova vida que eu tinha, e isso era
pressão suficiente para eu beirar o desespero por mais de uma vez.

Aos poucos fui aprendendo a recorrer a Deus como auxílio nos momentos
difíceis, pois acreditava realmente que se aquele desejo de continuar com os
sabonetes ainda permanecia dentro de mim, deveria haver algum propósito para
isso.

Por muitos momentos eu fui cegada pela dificuldade, já não trabalhava por
alegria ou satisfação mas por uma pressão terrível gerada pela necessidade,
parecia que quanto mais eu trabalhava, mais contas surgiam para pagar e aquilo
era realmente desesperador.

Trabalhar com algo que eu gostava tanto era um sonho, mas eu me


questionava a todo tempo se realmente valeria a pena continuar perseguindo-o
quando os resultados não eram suficientes. Eu não conseguia enxergar nada
além da minha dificuldade. Não percebia o quanto aquelas tentativas e erros
estavam me dando experiência e o quanto aquela necessidade me fazia avançar
ainda mais, vencendo cada um dos meus medos.

Eu me perguntava se realmente aquilo seria o sonho de Deus pra mim, e a


cada questionamento que eu fazia, eu me deparava com uma resposta, ou em
forma de palavras ou em forma de sinais, e eu aprendi que para identificar se um
sonho era apenas algo da sua vontade ou era parte de um propósito de Deus
para sua vida, ele precisa ter uma característica simples: Os sonhos de Deus para
a sua vida não beneficia apenas você, mas a todos aqueles que entrarem em
contato com o seu sonho.
5
Clientes Alavancas

Cada vez que eu ficava desanimada e insegura com a direção que as


coisas estavam levando, apareciam pessoas que me impulsionavam a continuar
de um jeito muito incisivo.

Certa vez uma mulher foi à minha casa me agradecer pelo seu braço,
passou um turbilhão de pensamentos na minha cabeça enquanto aquela mulher
tirava as blusas para me mostrar o seu braço. Não conseguia imaginar o que um
sabonete tinha a ver com aquilo. Até que ela me explicou que há dezessete anos
ela nunca mais havia conseguido usar uma camiseta sem mangas por causa de
umas manchas esbranquiçadas que haviam no seu braço esquerdo, e quase
desapareceram após quinze dias usando um sabonete de argila verde que ela
havia ganhado de alguém que comprou de mim, e ela estava ali porque queria
comprar mais, e afirmava que nunca mais usaria um sabonete diferente daquele.

Outro dia, saindo de casa fui surpreendida com uma caminhonete enorme,
toda coberta de poeira vermelha, típico de alguém que tinha viajado muito, e
desceram dali um senhor de chapéu, uma mulher e uma menininha de uns sete
ou oito anos de idade, queriam saber como eles poderiam adquirir mais de um
sabonete amarelo que havia aliviado muito a psoríase que a menininha tinha e
desde então ela estava conseguindo dormir melhor. Eles haviam viajado muitos
quilômetros do interior do Estado até a Capital onde eu morava, para comprar o
sabonete de calêndula.

Um dia um casal português que morava em Londres na Inglaterra me


procurou, muito entusiasmado e admirado com uma caixa de sabonetes
decorados que eles haviam ganhado de presente. Eles simplesmente não
conseguiam entender como era possível colocar “um morango” dentro de um
sabonete. Eles nunca haviam visto sabonetes artesanais com elementos dentro e
achavam que poderia ser uma boa fonte de renda para eles no país onde eles
moravam. Eles eram pastores naquele país e viviam com uma pequena ajuda do
governo. Preparei uma caixa de sabonetes para eles levarem, já que viajariam
para o Rio de Janeiro no dia seguinte, para visitar a família da esposa e depois
seguiriam para a Inglaterra.

Passado uns três dias, eles me ligaram pedindo para que eu enviasse uma
nova remessa de sabonetes para o endereço deles em Londres, já que todos
aqueles sabonetes que eles haviam levado, foram vendidos ali mesmo no Rio de
Janeiro. E assim, durante um ano eu enviei uma remessa mensal de sabonetes
para eles, que eram vendidos com muita facilidade, por um valor quatro vezes
maior do que o valor que eles compravam de mim. Com isso, durante doze
meses, eles conseguiram pagar apenas com essa renda o exorbitante aluguel da
casa onde moravam, e eu aqui pude viver um pouco mais aliviada por um ano,
com aquele rendimento.

Tem momentos que as vendas diminuem e a primeira coisa que a gente


pensa é que precisamos baixar os preços. E nem sempre é assim que a regra
funciona. Certa vez entrou na loja uma cliente muito elegante, não era a primeira
vez que ela entrava ali e apenas pegava o mesmo sabonete, pagava e saía.

Naquele dia eu havia feito uma remessa de uns sabonetes novos na loja e
ofereci uma amostra grátis para ela, foi a primeira vez que ela conversou e com
isso contou que fazia alguns meses que ela estava usando aquele sabonete da
loja, porque o sabonete que ela costumava usar, de fabricação francesa, não
estava sendo fácil de encontrar. Então ela acabou deixando de procurar por
aquele, porque descobriu que o Sabonete Anti Rugas que agora ela estava
usando, era ainda mais eficiente do que outro, e custava um décimo do valor. Isso
mesmo, um décimo! Ali ficou claro para mim que o meu sabonete era barato
demais! E que o problema não estava no preço, mas no valor que eu dava pra
ele.

Através de histórias como estas, eu comecei a ver que eu estava


construindo algo, e cada testemunho que eu ouvia era como um sinal verde para
eu continuar. Ainda que eu não conseguisse visualizar o resultado, eu estava
construindo algo. Lembrei que nem sempre é possível visualizar o final de um
projeto quando ele está sendo construído, senão recorrendo à sua planta. Eu não
tinha uma planta, mas eu sabia que se aquele era um projeto de Deus, Ele devia
ter essa planta, e tudo que eu precisava fazer era confiar e continuar trabalhando.
6
Confiar não é uma tarefa fácil

Matemática sempre foi minha disciplina favorita, eu tenho facilidade em


gostar daquilo que eu posso ver, medir, pesar ou calcular. Química também
atende esses quesitos, logo, eu gosto também. Empreender não se enquadra
muito bem em nada disso, então, era algo que me assustava demais! Eu fazia
tudo que eu aprendia sobre o assunto, mas definitivamente isso não me dava o
controle de nada, não havia uma garantia de que as coisas aconteceriam
conforme o planejado, não dependia só de mim, mas de muitos outros fatores que
eu nem podia mensurar.

Eu não sabia confiar e depender daquilo que eu não podia controlar ou


calcular, era horrível para mim ser empresária assim como era muito difícil confiar
e acreditar que havia um Ser Superior que estava cuidando de tudo e que eu não
precisava me preocupar tanto com tudo aquilo, e eu poderia dormir à noite,
porque no fim tudo ia dar certo.

Eu acreditava em Deus, desde a minha infância, mas também acreditava


que ele estava lá no céu, um pouco distante para resolver aquele tipo de
problema, e que Ele tinha outros assuntos mais importantes para cuidar.
Realmente minha autoestima e fé não colaboravam para formar em mim a
convicção de que eu era um assunto importante e de que Deus cuidava de mim.

Por vezes eu chorava conversando com Deus e combinava de entregar


todo aquele fardo a Ele, mas logo que eu saia dali eu olhava para as
circunstâncias e tomava meu fardo novamente. Definitivamente isso não era
confiar, confiança traz paz, e paz era algo que eu não tinha. E como eu precisava
dela, pois é somente na paz que você consegue realmente descansar, e é assim
descansado, onde as boas ideias surgem.

Mais uma vez, aquelas lições que eu recebia lá no SEBRAE faziam sentido
em tudo que estava à minha volta: “era necessário conhecer para confiar”. Assim
como o conhecimento das matérias-primas, das especificações de cada
ingrediente, e do modo de preparo e funcionamento dos sabonetes me davam
cada vez mais confiança no produto que eu fabricava, com Deus não era
diferente, eu precisava conhecê-lo para aprender a confiar Nele.

E assim eu via que, à medida que eu O conhecia um pouco mais, aprendia


a confiar mais. E essa confiança ia diminuindo o peso que é ter que contar
apenas consigo mesma, e se sentir tão sozinha diante das dificuldades.
7
Sem sonho não há vida

Um dia de dificuldade parece ter mais de vinte e quatro horas, uma


semana, parece ser um mês e meses passam a ser uma eternidade. É quase
impossível bloquear o desânimo depois de muito tempo de sofrimento. A
realidade se torna um fardo e os sonhos são algo que você prefere evitar, porque
o medo da frustração parece maior do que a chance de alcançá-lo com êxito.

Aprendi na escola que sem água não há vida e aprendi com a vida que o
sonho é como a água, precisamos dele para continuar vivendo.

A dificuldade foi limitando cada vez mais minha visão e cheguei num ponto
que era praticamente incapaz de olhar além dos meus problemas. Tudo que eu
conseguia ver era o quanto eu estava sendo vítima de tudo aquilo. Meu maior
conforto era quando eu encontrava alguém com quem eu pudesse compartilhar
de todo aquele sofrimento que eu estava passando e mostrar para a pessoa e
para mim mesma o quanto eu era impotente diante de tudo aquilo e o quanto eu
era merecedora de compaixão e dó.

Minha mente ficava o tempo todo medindo e avaliando o quanto eu era


infeliz e apontava todos os “culpados” por aquilo tudo estar acontecendo. E essa
“avaliação” não se limitava ao tempo recente, mas varria todo o meu passado,
desde quando eu podia me lembrar. É horrível você preencher seus pensamentos
com algo que você não pode mudar, e aquilo que deveria estar no passado,
passa a ter ação na sua vida presente, paralisando seus atos e fazendo crescer o
medo de avançar.
Este sentimento de autocomiseração perdurou por muito tempo, até que
um dia eu ouvi uma frase de uma preletora que mudou minha visão, ela dizia:

“não importa o que fizeram com você, importa o que você vai fazer com o que
fizeram com você.” (2)

Naquela mensagem eu percebi que tudo que eu estava vivendo estava


servindo de combustível para alimentar aquilo que eu pensava de mim mesma, e
que eu não era vítima das pessoas ou das circunstâncias, mas vítima de mim
mesma, dos meus próprios pensamentos.

Quanto mais eu acreditava ser vítima de tudo que eu estava passando,


mais eu deixava de ser autora da minha própria história para me tornar uma mera
personagem, sem ação alguma além daquela que minhas próprias crenças já
haviam determinado.

Certa vez eu ouvi um ditado que dizia “ninguém consegue te desmoralizar


a menos que você já esteja desmoralizado.” e é uma verdade, assim como só
aceitamos como verdade aquilo que já é verdade para nós. No final, somos nós
quem escolhemos em quê e em quem acreditar, e nossa vida acaba sendo
resultado daquilo que acreditamos.

(2)
Dra. Tania Carvalho – mensagem “Ouvindo uma história que pode mudar a sua”, site Orvalho.com, 2012,
disponível em http://www.orvalho.com/ministerio/audios/ouvindo-um-historia-que-pode-mudar-a-sua-dra-
tania-carvalho/
9
O primeiro passo para fora

É muito cômodo permanecer na condição de vítima, não requer ação


nenhuma, basta sentar e ficar ali olhando e sofrendo com as pedradas que a vida
te joga.

Agir significa tentar mais uma vez algo que pode não dar certo e com isso
trazer ainda mais dor e frustração. Então o melhor é permanecer ali, inerte,
repassando o histórico de coisas que deram errado, presa no passado, sem
conseguir visualizar o futuro e deixando o presente esvair pelos vãos dos dedos.
Era assim que eu pensava e era assim que eu me sentia à medida que as
dificuldades perduravam: confortável na minha dor, e sem vontade de sair de lá.

Assumir que eu estava confortável na minha posição de vítima, e querer


sair daquela posição, foi o primeiro passo para pegar essas pedradas e começar
a construir algo melhor.

É só quando você reconhece que é você quem precisa mudar, é que você
consegue olhar para o lado de fora das suas dificuldades e ver que lá o sol brilha
e que é pra lá que você precisa ir.

Quando você consegue ver que há um lugar diferente da sua dor e é você
quem precisa dar o primeiro passo para ir até lá, é que você descobre que a
história da sua vida é sua, e que as pessoas que fazem parte dela são
personagens, mas você é o autor.

Na sua história vai haver pessoas que você vai colocar lá, e outras a vida
te dá de presente, mas cada uma delas tem o papel de nos tornar pessoas
melhores, umas pelo amor, outras pela dor. O tipo de lição vem de acordo com a
necessidade, e a duração, de acordo com a sua capacidade de aprender.

Percebi que cada vez que eu dou demasiado valor ao que uma dessas
pessoas faz a mim, quando me importo demais com o que elas pensam ou falam
a meu respeito, eu estou tirando-as da posição de personagem e entregando a
elas a posição de autor da minha história, uma vez que suas ações ou opiniões
tem o poder de me mudar, de me parar, de me fazer deixar de acreditar naquilo
que eu realmente sou.

Quando saímos da posição de autor e assumimos a posição de


personagem-vítima, necessariamente precisamos encontrar um culpado, um
feitor, um cruel pra representar melhor essa condição, e com isso, acabamos
passando boa parte da vida culpando pessoas ou a nós mesmos, por coisas que
já se foram e que não temos mais ação nenhuma sobre elas. E essa alienação do
passado, nos distrai do presente e as oportunidades que surgem, acabam se
perdendo, tornando o futuro incerto.

A cada novo dia da nossa história é como uma folha em branco, onde
temos a oportunidade de, como autores, escrever aquilo que quisermos. Mas
quando fixamos nossos olhos no passado, acabamos preenchendo nossas folhas
sempre com as mesmas coisas, coisas que já foram vividas, e com isso,
acabamos perdendo uma oportunidade preciosa de viver algo novo a cada
manhã.

Sair da posição de vítima, é se negar a ficar revivendo situações que


fortaleçam essa posição, é olhar para as circunstâncias como oportunidades que
a vida nos dá de nos tornarmos pessoas melhores, é olhar para cada personagem
da sua história e compreender que tanto os bons como os maus ajudaram a
formar aquilo que você é. É compreender que os erros e acertos fazem parte do
aprendizado, e portanto, tudo pode ser perdoado, tanto os personagens, quanto a
você mesmo.
10
Eu, o autor

Sair da posição de personagem-vítima e assumir a posição de autor da


própria história requer coragem. Coragem de tomar a caneta e começar a
escrever, coragem de assumir a responsabilidade dos próprios erros e acertos,
coragem de abandonar a culpa, seja sua ou não, coragem de virar a página e
viver algo novo.

Decidir ser autor da própria história é decidir viver o presente, sonhar com
o futuro e deixar o passado no passado. Reconhecer que independente daquilo
que a gente tenha vivido Deus tem uma nova história a cada dia e a coloca diante
de nós. Nós é que escolhemos se vamos vivê-la no nosso hoje ou trazer algo do
passado para preencher o nosso dia.

Eu tive bastante dificuldade em deixar de viver o passado e acreditar que


independente de como tenha sido o meu histórico, não significa que as coisas vão
acontecer do mesmo jeito, com os mesmos resultados.

Teve um tempo que eu vendi todo o meu estoque de produtos e formas


para sabonetes e decidi que não ia fabricar mais nada para vender, mas apenas
para o meu uso.

Então, era como se uma força maior sempre me impelisse novamente para
aquele caminho, em meio a uma dificuldade financeira ou outra, eu sempre
recebia o contato de alguém fazendo uma encomenda de sabonetes de forma
que eu não tinha como recusar. Então comprava alguns produtos que faltava e
fabricava o pedido. Quando me dava conta, estava com um estoque enorme de
produtos, então eu o vendia novamente, pois não queria mais fazer sabonetes, e
o ciclo se repetia. Isso aconteceu por mais duas vezes!

Parei de desistir dos sabonetes, não adiantava, eles acabavam voltando


para mim! Mas deixei eles ali num canto da casa, e comecei a olhar para eles
como um material didático. Comecei a trabalhar em uma escola em tempo integral
e utilizava meu estoque de sabonetes em lembrancinhas e oficinas com os
alunos. Não queria mais correr o risco de empreender novamente.

Ser professora era um sonho antigo meu, eu amo ensinar, e quando


comecei a trabalhar na área em 2016 vi que aquele sonho era algo que não me
fazia feliz. Fui desanimando a cada dia com aquela minha nova rotina e quando
me dei conta, não tinha ânimo de levantar da cama para ir trabalhar. Estava
trabalhando como pedagoga em uma escola onde meu filho estudou e quando ele
tinha apenas seis anos de idade eu dizia a ele: “um dia a mãe vai estudar e vai vir
trabalhar aqui e dar aula para você!” Isso se realizou dez anos depois, meu filho já
não estudava mais lá, mas eu estava vivendo um sonho. Só não entendia como
podia estar tão infeliz dentro dele.

Mais uma vez foi necessário coragem para mudar de direção, pedi
demissão na metade do ano, sem ter a menor ideia de como eu sobreviveria a
partir dali, pois os sabonetes eu não queria mais e o meu sonho não era para
mim, enfim, tive que conviver mais uma vez com a frustração e o medo, só que
desta vez, ele já não tinha mais domínio sobre mim. Eu já havia passado por
muitas coisas e em muitas delas eu pude ver o quanto eu já não estava mais
sozinha.

Eu ouvia muitas mensagens falando sobre novidade de vida, fé que


transforma, oportunidades para vencer, mas as coisas realmente começaram a
acontecer na minha vida quando eu passei a acreditar nessas mensagens,
substituindo minhas verdades por verdades maiores do que eu. Verdades que
traziam paz e conforto à minha alma.

Eu comecei a experimentar mudança quando passei a conhecer as


verdades de Deus e escolhi acreditar nelas em detrimento das minhas próprias
convicções e experiências. Quando escolhi deixar o histórico negativo do passado
no passado e viver o dia de hoje, sonhando e acreditando que o futuro está nas
mãos do Autor dos autores, e que eu como um desses autores, também
importava.

Eu comecei a experimentar mudança quando finalmente me dei conta de


que os meus próprios sonhos, que eu gastava tanta energia tentando realizar, não
eram capazes de me trazer alegria, e que eu precisava me deixar levar pelo
sonho de Deus para mim, porque mesmo sem conhecê-lo completamente, o
meio, o caminho que levaria até ele já seria suficiente para me dar a alegria que
eu tanto almejava.
11
Um novo começo

Quando pedi demissão “do meu sonho”, comecei a pensar: “O que


realmente eu gosto de fazer? Eu havia entendido que a felicidade não está no
cargo que você ocupa ou no dinheiro que você recebe, ou ainda na realização de
um sonho antigo, mas na satisfação de fazer aquilo que realmente você gosta de
fazer.

Vieram algumas respostas, mas muitas delas vinham de encontro com as


experiências do passado e não, eu não queria reviver ou mesmo viver de forma
diferente nada daquilo que eu já havia passado, eu queria algo novo. Então eu
lembrei que uma coisa que eu gosto muito de fazer é escrever.

Inscrevi-me em alguns sites que contratam escritores freelancer para


escrever artigos de blog, mas vi que pra eu ter uma renda suficiente daquele
trabalho eu não poderia fazer mais nada da vida além de pesquisar e escrever
sobre temas que eu nem tinha interesse e isso também não era bom.

Mais uma lição: além de você fazer o que gosta tem que ser feito dentro
daquilo que você gosta! Como é difícil ser feliz trabalhando! (risos). Só Deus
mesmo para ajustar as coisas!

Então resolvi transcrever em livros eletrônicos (e-books) alguns estudos


bíblicos que eu tinha e alguns temas que eu ainda queria transformar em livros.

Comecei a pesquisar tudo sobre trabalhos digitais e montagem de e-books,


enfim, foi um longo percurso até encontrar todas as ferramentas e os passos que
eu deveria dar. Quando reuni todas as informações, resolvi testar a ferramenta, e
pra eu não precisar começar um livro do zero, peguei uma das apostilas que eu
tinha elaborado quando eu dava curso de sabonetes e resolvi transcrevê-las
dentro do novo formato.

Com o tempo livre que eu tinha, fui incrementando o material e


acrescentando informações importantes para quem está iniciando no trabalho
com sabonetes. Afinal, agora eu já havia acumulado uma experiência bem maior
do que quando eu o escrevi pela primeira vez, o que transformou aquela pequena
apostila em um material com o dobro do volume e um conteúdo muito bom, e vi
que ele poderia servir para orientar muitas pessoas.

Como disponibilizar aquele livreto para venda? Eu não tinha a menor ideia!
Entrei em uma nova pesquisa sobre marketing digital, ferramentas de vendas, e vi
que eu tinha que criar um blog para hospedar meu livro, e eu nem sabia como
fazia para criar um blog. Fui pesquisar mais.. Como a internet é rica! Tudo que
você precisa saber está lá! Como dizia um colega: “O mais difícil nessa vida é
aprender a ler, o resto, está escrito nos livros”. Parafraseando o ditado, o mais
difícil nessa vida é aprender a navegar nos sites, o resto, está tudo na internet!

Criei o Blog, contei com a ajuda da minha irmã mais nova para escolher o
melhor aplicativo e layout, e personalizar algumas imagens dentro do blog, senão,
teria gasto mais um mês de trabalho! Depois do blog criado foi que eu descobri
que não era só isso, tinha que buscar uma ferramenta que divulgasse o blog,
porque não tinha como as pessoas saberem que ele estava lá.

Assistindo vídeos e lendo artigos sobre marketing digital, eu vi que a


melhor ferramenta para divulgar o trabalho era o YouTube. E agora? Tudo bem
que eu já havia sido curada de muitas coisas relacionadas à minha autoestima e
autoconfiança, mas daí a publicar um vídeo era demais pra mim.

Eu já havia dispendido dois meses ininterruptos naquele trabalho, não dava


pra voltar atrás, eu precisava gravar o vídeo e pensei: “é só um! Tudo bem!”.
Pedi pra uma amiga me ajudar e gravamos o vídeo do Sabonete de Argila
Verde, foi como uma brincadeira, e foi tudo bem. Passei mais uma semana
aprendendo como fazer a edição, fiz, e foi me dar novamente um frio na barriga
quando apertei o botão “publicar”.

Eu trabalhei duro naquelas pesquisas e com muito ânimo. Ia dormir tarde


da noite e acordava cedo, como se eu estivesse em um trabalho mesmo.
Trabalhava muito mais horas que um trabalho normal, e com muita alegria,
motivada pela oportunidade de servir pessoas e ao mesmo tempo “eternizar” algo
que eu amava tanto que era a fabricação de sabonetes.

Sinceramente eu não tinha pretensão alguma com tudo aquilo, eu não


pretendia vender materiais, nem abrir lojas, nem fabricar sabonetes. Eu só
pensava que algo que eu sabia fazer e não utilizava mais, poderia ser útil na vida
de alguém. E que assim como os sabonetes me ajudaram tanto naqueles
momentos difíceis, poderia ajudar outras pessoas também. E afinal, tudo aquilo
que eu estava aprendendo com o desenvolvimento daquelas ferramentas,
também me ajudariam nos meus trabalhos futuros como escritora de temas
bíblicos e pedagógicos.

E foi com essa mentalidade que comecei a gravar os vídeos e postar no


YouTube e pra minha surpresa, comecei a interagir com as pessoas e receber o
retorno do que aquele trabalho estava significando para elas. Seguido a isso,
muitos pediam pra que eu gravasse outro vídeo. Confesso que não tinha essa
ideia, pois no material que eu li sobre o marketing digital falava em fazer um vídeo
e não vários vídeos. Mas eu não podia deixar de atender o que todas aquelas
pessoas estavam me pedindo, afinal, não custava nada eu ensinar. E gravei mais
um vídeo ensinando como fazer o Sabonete de Erva-doce.

Quase dois meses se passaram e crescia o número de pessoas que se


inscreviam no canal, e também os pedidos pra que eu continuasse gravando. Eu
ficava impressionada porque o maior número de alunos que eu já havia ensinado
em uma sala eram 110 e ali naquela plataforma, já eram mais de 300 pessoas
que estavam esperando por mais uma aula. Não tinha como deixar de atender!
Ainda no final daquele ano, consegui um outro trabalho temporário para me
manter, e em janeiro do ano seguinte, por falta de opção, iniciei um trabalho em
outra escola. Meu tempo era curto, mas, mesmo assim, continuei gravando os
vídeos, ainda que conseguindo lançar apenas um a cada mês.

Comecei a vender alguns e-books e a dar suporte às pessoas que


adquiriam o curso. Vi que era necessário complementar aquela apostila com uma
outra que detalhasse mais a fabricação de sabonetes naturais, que era a dúvida
de muitas pessoas.

Com as duas apostilas, o curso de Sabonetes Artesanais estava completo.


Resolvi transcrever a terceira apostila falando da produção dos Cosméticos
artesanais. Coloquei nas apostilas imagens que eu havia tirado na época que eu
tinha as lojas, e isso me deu um carinho todo especial por este trabalho, porque
agora estava completo, e era como um histórico, um registro de tudo aquilo que
eu havia aprendido, algo que não deixaria que tudo aquilo fosse perdido, em vão.
Eu poderia agora deixar algo como um legado, uma herança.

Se todo o processo terminasse ali eu já seria a pessoa mais feliz do


mundo! Poder orientar todas aquelas pessoas que faziam perguntas através do
blog e do YouTube já era mais do que suficiente para me fazer sentir-se útil e
realizada, independente de eu estar ou não trabalhando em um emprego que eu
gostasse, havia algo a mais que eu fazia e que me deixava feliz em realizar.

Com isso, aprendi mais uma coisa, não existe alegria maior do que o servir
despretensiosamente, apenas motivado pela alegria na vida do outro. Se todas as
pessoas soubessem dessa alegria que há no servir, com certeza não haveria
necessidades no mundo.

E outra verdade que eu pude experimentar, é que é dando que se recebe.


E não tem como dar sem receber. O trabalho na internet crescia sem eu ter
planejado isso. Fui preparando materiais para cursos sem saber exatamente o
que aquilo ia se tornar, ou seja, fui seguindo na construção de um projeto que eu
não conhecia a planta, não tinha a menor ideia do que estava sendo edificado, e
assim mesmo segui, porque aprendi a confiar no Executor do projeto, e realmente
a felicidade não estava no fim, mas em percorrer cada caminho.

Sei que a planta do projeto está completa mas a obra ainda não. Tenho
certeza que ainda tem coisas maiores por vir, porque Deus é um Deus de coisas
grandes e Ele sempre nos surpreende.

O maior presente não está na conclusão da obra que Deus constrói através
de nós mas, principalmente, na obra que Ele constrói em nós, e esse é o maior
milagre. Poder sorrir independente das circunstâncias é algo que Deus construiu
em mim e eu não trocaria riqueza nenhuma por essa paz que vive dentro de mim
agora.

Transformar a nossa mente substituindo sofismas por verdades é algo que


altera a nossa forma de enxergar as dificuldades, não como problemas e dores
mas como oportunidades de aprender algo que nos transformará em pessoas
melhores a cada dia.

Eu penso que a dor maior frente a dificuldade está na insistência em


fazermos as coisas do nosso jeito. Se render às evidências de que existe um
construtor infinitamente mais habilidoso do que você e quer te levar a um caminho
ainda mais excelente, é tudo que precisamos para derrubar nossos próprios
muros, aplainar o terreno e deixar que as coisas sigam do jeito certo.

Viver os sonhos de Deus é como dirigir na neblina, só conseguimos


enxergar no máximo vinte metros à nossa frente, mas quando avançamos os
vinte metros, enxergamos os próximos vinte metros, e assim, de vinte em vinte,
chegamos no destino, guiados por entre aquilo que não podemos ver, mas
atentos, com uma única preocupação que é seguir na direção certa dentro dos
vinte metros que está à nossa frente.

Em 2016 quando eu criei o blog, uma das primeiras páginas que eu fiz foi a
página “SOBRE” onde eu precisava me apresentar às pessoas que entrariam ali.
As coisas que eu escrevi lá naquela ocasião, eu nunca alterei, e não quero fazê-
lo, porque para mim é mais uma prova de tudo que relato aqui, exatamente dois
anos depois. Uma prova do quanto Deus edifica nossas vidas sem que
percebamos, e do quanto tudo que precisamos fazer é confiar e seguir em frente.

Meu nome é Luciane A. Rodrigues Pereira

Um pouquinho sobre mim..

Só Deus mesmo seria capaz de reunir num só lugar tudo aquilo que eu amo fazer! Esse Blog é
resultado deste milagre!
Amo ensinar, aprender, conhecer e ajudar pessoas, e escrever.. ahh isso nunca mais parei desde
que aprendi!rsrs.

Meu gosto inusitado por química surgiu no colegial, quando optei por um curso técnico nessa
área. Aprendi a fazer sabonetes em 2002 e desde então nunca mais consegui parar! Abri loja, dei
cursos, montei equipes de vendedoras, participei de exposições, enfim, em meio à correria, fui
estudar Teologia para colocar a vida em ordem!rs, e depois Pedagogia, porque vi que a melhor
maneira de aprender é ensinando... e agora estou aqui, e espero que explanando sobre o meu
sonho, o ajude a realizar o seu!

Um pouquinho sobre a empresa..

Como eu já falei acima, a ideia de criar um negócio nasceu em 2002, quando conheci a infinidade
de coisas que eu poderia realizar através dos sabonetes. Inicialmente trabalhei com o nome
Natureza Viva e como não era possível registrá-lo, mudei para Via Natureza, porque amo 'essa
coisa de natureza', rsrs, e queria isso na marca do meu trabalho. Nesse período todo, foram
muitas experiências, muitos erros e acertos, idas e vindas e sobretudo, muito, mas muito
aprendizado.
Vocês vão me ouvir muito falar de Deus, porque Ele é meu sócio, sempre esteve ali comigo,
trabalhando, lutando, acreditando.. por muitas vezes eu desisti e Ele ficou lá!rsrs, continuou
acreditando.. por isso o mérito de tudo o que acontecer daqui pra frente é totalmente Dele! E eu,
fico muito feliz, por Ele ainda confiar a mim a direção disso tudo! Eu digo 'disso tudo', não que eu
esteja experimentando ou vendo algo, mas porque eu decidi que desta vez, eu vou deixar Ele
fazer, e eu sei que esse meu sócio, só sabe fazer coisas grandes! :)
Página do Blog vianatureza.com
Depoimentos

“Por muito tempo vinha vivendo a vida em momentos difíceis. Eu precisava fazer
algo por mim Algo q me desse de volta o prazer e um certo interesse pela vida.
Em 2011 por coincidência perdi minhas 2 irmãs A primeira subitamente levada
por um Câncer agressivo e a segunda acamada a 4 anos pela Esclerose Lateral
Amiotrófica. Doenças agressivas, doenças tristes, doenças difíceis. Minha mãe,
claro q não suportou a perda de minhas irmãs e passou então entrar num quadro
depressivo cada dia mais complicado até vir falecer em janeiro de 2017. A vida
tinha tirado de mim meu alicerce e eu não tinha me dado conta. A correria e os
cuidados por minha mãe me ocupavam as horas após minha jornada de trabalho
e de repente eu me vi ali desocupada. Horas vazias. Dias sem graça. Não tinha
minhas irmãs, não tinha minha mãe Eu precisava fazer algo por mim. Depressiva,
além de ajuda médica e terapia semanal fui buscando ocupação pois não me
bastava esse tratamento. Eu tinha que me encontrar. Foi nesse momento q
Luciana e sabonetes entraram na minha vida. Que delicia. Que maneira gostosa
de ocupar o tempo. Fazer sabonetes me trouxe de volta prazeres que tinha
esquecido. Com eles voltei a ter ideias, ocupar o tempo, ver resultados lindos e
perfumados q por minhas mãos agradavam a muitas pessoas. Fazer sabonetes
não trazem somente um lucro, uma ajudinha no orçamento. Fazer sabonetes
trazem sentimentos bom. Trazem reconhecimento das pessoas q usam e te
elogiam. E isso, não tenham dúvidas Vale mais q qualquer coisa. Hoje ainda
trabalho fora, mas ainda continuo tendo meu cantinho e minha dedicação aos
sabonetes. Meu tempo ocupado com muito carinho, criatividade e prazer em
sempre estar fazendo e descobrindo algo novo a cada sabonete q desenformo.
Não esqueci de minhas irmãs e nem tão pouco de minha mãe. As mulheres da
minha vida. Nem tão pouco deixei de sentir falta delas. Mas hoje, hoje tenho isso
como saudades e foi sim através dessa atividade q muito me recuperei. Obrigada
Luciana que não por um acaso veio à minha vida pelos meios da internet. Você
faz parte da minha recuperação junto aos sabonetes q com você, com seus
vídeos, aprendi a fazer. A vida que segue precisa continuar além do que
perdemos pelo caminho. Obrigada Luciana! Obrigada Sabonetes!”

Marisa S. P. - São Paulo - São Paulo

"Eu descobri minha paixão por fazer sabonetes após o falecimento do meu pai,
eu desenvolvi a crise do pânico, o qual achava que era frescura dos outros...rs e
comecei a buscar entre tantas coisas, vídeos que me acalmassem e foi aí que me
deparei com os seus, entre outros. Comecei derreter barras de sabão,
sabonete...e me apaixonei…"

Márcia R. - Curitiba – PR

“A ideia de fazer sabonetes começou com a minha filha mais velha que trabalhou
com a Lu, e conheceu os sabonetes dela, comprou-o e me trouxe de presente. Eu
gostei bastante e então ela veio conversar e mostrar a apostila que tinha
comprado também, querendo saber o que eu achava de começar a fazer
sabonetes com ela. No final das contas o trabalho dela era muito corrido e eu
fiquei em casa fazendo os sabonetes. Comecei a pegar gosto pelo trabalho. É
uma terapia muito boa fazer esses sabonetes. Os extratos naturais começaram a
resolver problemas em casa, meu marido tinha dermatite e o sabonete de
calêndula resolveu. Nossa oleosidade excessiva de cabelo e pele do rosto os
sabonetes e máscaras de argila resolveram. Uma cliente tinha psoríase e nada
resolvia, e mais uma vez o sabonete resolveu. E assim fui pesquisando e
testando novas fórmulas nos sabonetes, até que as clientes começaram a
agradecer porque os cremes caros não resolviam o problema delas e o sabonete
natural resolvia. Além dos sabonetes ainda aprendi a fazer cremes hidratantes,
difusores de ambiente e hoje é mais uma coisa que nos abençoa e que não
precisamos comprar pois a qualidade é excelente.
Nisso a gente para pra pensar que tudo a natureza te oferece e sempre vai ter
uma opção mais natural para resolver o teu problema do que um medicamento
caro e artificial. Os sabonetes, hidratantes e difusores são muito usados aqui em
casa com a minha família e ótimos presentes com 100% de aprovação tanto de
amigos quanto de clientes.”

Claudia B. – Água Viva Saboaria e Aromas – Itapema – SC

“Minha mãe começou meio ressabiada a fazer os sabonetes e conforme foi dando
certo ela se transformou! Curtia cada minuto que estava trabalhando com eles,
colocava meu pai eu e minha irmã para ajudarmos.
Testava as receitas na gente e se animava muito quando dava certo e ela obtinha
resultado. Meu pai começou a conhecer os nomes dos extratos e das essências e
não só ajudava como pedia sabonetes pra ele sempre ter também rsrs
Aprender a trabalhar com os sabonetes foi uma terapia para toda a família no
final das contas! ”

Vanessa B. - Quatro Barras - PR

“Eu era manicure e Pedicure por anos, mais fiquei muito doente há 2 anos
passados. Então o médico me aconselhou a buscar outra profissão por conta que
não poderia ficar muito tempo sentada. Então conheci uma brasileira aqui e me
apaixonei pelos sabonetes dela. Então fui em busca de mais informações e
contatos nas redes sociais de pessoas que trabalhavam na área. Cada vídeo que
assistia me interessava mais. Então decidi aprender e a fazer sabonetes e hoje
simplesmente amo. É uma terapia pra mim e me tirou da depressão e ganhei
saúde ao longo do tempo, pois trabalho no meu tempo e ainda consigo fazer uma
renda. Aproveitem meninas para não só pensarem no dinheiro mais também em
uma terapia ocupacional benéfica para o corpo e mente. Mas aconselho que
antes de tudo precisamos buscar fontes certas de cursos e aperfeiçoamento
sobre as técnicas de fabricação. Obrigada por essa oportunidade de compartilhar
com vocês a minha satisfação de trabalhar com sabonete artesanal”.

Josedna A. H. – Coqueiro Saboaria Artesanal – Erlangen – Alemanha

“Não foi eu quem criou os sabonetes artesanais mas creio que o Senhor criou
essa semente no meu coração desde o primeiro vídeo que vi da Luciane e esta
semente tem crescido a cada dia não só na minha vida mas também na vida dos
meus clientes que nunca tinham usado um sabonete artesanal. Muito mais que
uma fonte de renda os sabonetes artesanais tiraram a ansiedade do meu coração
e me trouxeram autoestima, alegria, entusiasmo e criatividade. Fiz 5 anos de
aulas de artesanato na minha adolescência e infelizmente nunca fui apresentada
ao sabonete artesanal porém para tudo há um tempo determinado e agradeço a
Deus por esse tempo que chegou na minha vida".

Josiane C. - Campo dos Goytacazes – RJ

“O sabonete artesanal veio pra mim como um presente de Deus, veio acalmar a
minha vida. Antes eu estava passando por um momento de muita tristeza, me
sentindo incapaz...mas Deus em sua infinita bondade me presenteou e restaurou
minha estima me dando de presente esse trabalho”.
Carla F. - Nova Iguaçu – RJ

“A saboaria entrou na minha vida timidamente, devagarzinho foi tomando conta. E


hoje, eu e ela nos misturamos… difícil me definir sem fazer sabão! A Via Natureza
faz parte dessa história de amor e amizade em torno das bolhas perfumadas! O
Universo é o limite e temos muito mais para dar neste caminho, então, vamos em
frente!”

MATMollica – Guaratinguetá - SP

“Resolvi fazer um curso de produtos de limpeza pois eu estava cansada de ficar


em casa. Foi quando me interessei pelos sabonetes, e nossa! Foi paixão à
primeira aula: fiz sabonetes, cremes, pasta esfoliante, entre outro mimos que
cuidam e protegem nossa pele. Fiquei superfeliz em levar para casa o que eu
tinha feito. Em meio a tudo isso, tive crise de depressão e a saboaria, como uma
forma de terapia, me ajudou muito, pois ocupava o tempo fazendo sabonetes e
pesquisando tipos de sabonetes para me aperfeiçoar. Além do prazer em vê los
tão lindos, cada qual tomando sua forma e beleza, sem falar dos cheirinhos
maravilhosos. Minha vida mudou muito depois de me apaixonar pela saboaria.
Hoje possuo uma página dedicada aos meus trabalhos, e busco sempre fazer
novos sabonetes e produtos para agradar aos meus clientes e a mim mesma”.

Luciane C. B. P. - Curitiba – Paraná

“Ter conhecido os sabonetes foi uma benção na minha vida, tenho 55 anos e sou
aposentada e queria encontrar algo para me envolver. Ao iniciar com os
sabonetes, estava iniciando um sonho, e a 01 ano atrás ao adquirir o material, foi
simplesmente maravilhoso. A Luciana sempre muito atenciosa me aturou com
minhas dúvidas. Em dez 2017 vendi muito bem e com isso tenho desenvolvido a
cada dia mais e aos poucos estou rompendo as barreiras e conquistando clientes.
Hoje amo o que faço...ao terminar uma receita me apaixono pelos kits que eu
monto me alegra demais...faço as fotos e ficam lindas. Agradeço primeiramente a
Deus pela oportunidade e por ele ter colocado a Luciana através da Via Natureza
no meu caminho. Glória a Deus!”

Neli R. P. - Aromas Lee Pimentel - Curitiba - Paraná


Galeria
Quer conhecer mais sobre a fabricação Inscreva-se e receba dicas que vai
aprimorar ainda mais o seu trabalho ou ajudar você no início desta atividade
maravilhosa que é a saboaria:

YouTube https://www.youtube.com/c/LucianeARPereira
Facebook https://www.facebook.com/vianaturezaLucianeARPereira/
Blog www.vianatureza.com
Conheça também:

Sabonetes Artesanais – Guia de Fabricação I


Com esse e-book você vai aprender:
Como iden3ficar os melhores produtos para
compra, garan3ndo a qualidade dos seus
produtos;
Passo a passo do processo correto para
fabricação;
Tabela de dosagem de Extratos Glicólicos, óleos e
manteigas (a par3r dos dados da tabela, você
terá condições de fazer uma variedade de
sabonetes, com as dosagens corretas);
Informações sobre a Legislação para a produção
artesanal;
Instruções e modelos de e3quetas;
Formulações de sabonetes para tratamento e
decorados;

De forma simples e obje3va, você vai aprender dicas e informações que vão fazer total
diferença na fabricação de seus produtos. E muitas outras informações que vão ajudar
você a economizar tempo e dinheiro, comprando produtos certos dentro da quan3dade
necessária. hAps://vianatureza.com/loja-via-natureza/

Sabonetes Artesanais - Guia de Fabricação II

De uma maneira muito explica3va, aprenda a fazer


Sabonetes para Tratamento com Produtos Naturais e
Óleos Essenciais, dentro de uma prá3ca correta de
fabricação e designs que vão encantar o seu cliente.

Uma coisa é você aprender formulações novas, e aqui


você vai ver muitas delas, mas melhor ainda, é
aprender como desenvolver essas fórmulas e ser
independente do trabalho de outros, criando
produtos exclusivos e muito originais, e é isso que
esse e-book propõe. Você vai aprender sobre:

Sabonetes Naturais para tratamento e suas par3cularidades;


Sabonetes com Óleos Essenciais - processo de fabricação; tabela de dosagens;
relação de óleos essenciais mais u3lizados e suas especificações; cuidados com o
processo de fabricação, embalagem e armazenamento destes sabonetes;
formulações exclusivas que vão servir de base para você criar as suas.
Sabonetes com Extratos, Ervas e Elementos Naturais - tabela completa dos
principais óleos, extratos e manteigas u3lizadas na fabricação de sabonetes;
informações sobre a fabricação de sabonetes de argilas para você elaborar
formulações com todos os 3pos de argila disponíveis; sabonetes com bucha
vegetal e suas variantes; sabonete esfoliante com sementes;
Interpretação e aplicação das tabelas de dosagens para elaboração de fórmulas
próprias de sabonetes para tratamento da pele;
Formulações exclusivas e ilustradas que vão ajudar você a despertar sua
cria3vidade e inovar no seu processo de fabricação, surpreendendo você, seus
amigos e clientes!
Links com vídeos e arquivos do Blog para ilustrar e facilitar a compreensão dos
temas que estão sendo tratados.
hAps://vianatureza.com/loja-via-natureza/

Cosmé#cos Artesanais

Nesse e-book, você vai aprender a desenvolver


cosmé3cos artesanais, a par3r de uma base pronta,
incrementando sua linha de produção com produtos
exclusivos, com o seu toque pessoal.

Para você que quer profissionalizar ainda mais o seu


trabalho, esse Guia de Fabricação traz um modelo de
Laudo Técnico, para você regularizar sua fabricação
junto aos órgãos municipais, e par3cipar de Feiras de
Artesanato.

Você vai encontrar aqui formulações exclusivas e o


modo de preparo para os seguintes produtos:

Sabonetes Líquidos;
Shampoos e Condicionadores;
Hidratantes;
Perfumes;
Aroma3zador de Ambientes;
Sachês Perfumados;
Sais de Banho;
Sais de Banho Espumante;
Sais de Banho Efervescente;
Óleos para Banho e Massagem;
Óleo Bifásico e Trifásico.

Além de uma tabela de dosagem com os principais extratos glicólicos, óleos e manteigas
u3lizados para tratamento da pele e cabelos. hAps://vianatureza.com/loja-via-natureza/

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