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Brasil

Reino unido com Portugal


No final de 1807, forças espanholas e napoleônicas ameaçaram a segurança de Portugal
Continental, fazendo com que o Príncipe Regente D. João VI, em nome da rainha Maria
I, transferisse a corte real de Lisboa ao Brasil.[66] O estabelecimento da corte portuguesa
trouxe o surgimento de algumas das primeiras instituições brasileiras, como bolsas de
valores locais[67] e um banco nacional, e acabou com o monopólio comercial que Portugal
mantinha sobre o Brasil, liberando as trocas comerciais com outras nações. Em 1809, em
retaliação por ter sido forçado a um "autoexílio" no Brasil, o príncipe regente ordenou
a conquista portuguesa da Guiana Francesa.[68]
Com o fim da Guerra Peninsular em 1814, os tribunais europeus exigiram que a rainha
Maria I e o príncipe regente D. João regressassem a Portugal, já que consideravam
impróprio que representantes de uma antiga monarquia europeia residissem em
uma colônia. Em 1815, para justificar a sua permanência no Brasil, onde a corte real tinha
prosperado nos últimos seis anos, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado,
estabelecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.[69] No
entanto, isso não foi suficiente para acalmar a demanda portuguesa pelo retorno da corte
para Lisboa, como a revolução liberal do Porto exigiria em 1820, e nem o desejo de
independência e pelo estabelecimento de uma república por grupos de brasileiros, como
a Revolução Pernambucana de 1817 mostrou.[69] Em 1821, como uma exigência de
revolucionários que haviam tomado a cidade do Porto,[70] D. João VI foi incapaz de resistir
por mais tempo e partiu para Lisboa, onde foi obrigado a fazer um juramento à nova
constituição, deixando seu filho, o príncipe Pedro de Alcântara, como Regente do Reino do
Brasil.[71]

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