Ameaças de forças espanholas e napoleônicas fizeram com que a corte real portuguesa se mudasse para o Brasil em 1807. Isso levou ao surgimento de instituições brasileiras e liberou o comércio com outras nações. Em 1815, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado para justificar a permanência da corte no Brasil. No entanto, pressões de Portugal e do Brasil levaram à partida de D. João VI para Lisboa em 1821, deixando seu filho como regente do Bras
Ameaças de forças espanholas e napoleônicas fizeram com que a corte real portuguesa se mudasse para o Brasil em 1807. Isso levou ao surgimento de instituições brasileiras e liberou o comércio com outras nações. Em 1815, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado para justificar a permanência da corte no Brasil. No entanto, pressões de Portugal e do Brasil levaram à partida de D. João VI para Lisboa em 1821, deixando seu filho como regente do Bras
Ameaças de forças espanholas e napoleônicas fizeram com que a corte real portuguesa se mudasse para o Brasil em 1807. Isso levou ao surgimento de instituições brasileiras e liberou o comércio com outras nações. Em 1815, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado para justificar a permanência da corte no Brasil. No entanto, pressões de Portugal e do Brasil levaram à partida de D. João VI para Lisboa em 1821, deixando seu filho como regente do Bras
No final de 1807, forças espanholas e napoleônicas ameaçaram a segurança de Portugal Continental, fazendo com que o Príncipe Regente D. João VI, em nome da rainha Maria I, transferisse a corte real de Lisboa ao Brasil.[66] O estabelecimento da corte portuguesa trouxe o surgimento de algumas das primeiras instituições brasileiras, como bolsas de valores locais[67] e um banco nacional, e acabou com o monopólio comercial que Portugal mantinha sobre o Brasil, liberando as trocas comerciais com outras nações. Em 1809, em retaliação por ter sido forçado a um "autoexílio" no Brasil, o príncipe regente ordenou a conquista portuguesa da Guiana Francesa.[68] Com o fim da Guerra Peninsular em 1814, os tribunais europeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe regente D. João regressassem a Portugal, já que consideravam impróprio que representantes de uma antiga monarquia europeia residissem em uma colônia. Em 1815, para justificar a sua permanência no Brasil, onde a corte real tinha prosperado nos últimos seis anos, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado, estabelecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.[69] No entanto, isso não foi suficiente para acalmar a demanda portuguesa pelo retorno da corte para Lisboa, como a revolução liberal do Porto exigiria em 1820, e nem o desejo de independência e pelo estabelecimento de uma república por grupos de brasileiros, como a Revolução Pernambucana de 1817 mostrou.[69] Em 1821, como uma exigência de revolucionários que haviam tomado a cidade do Porto,[70] D. João VI foi incapaz de resistir por mais tempo e partiu para Lisboa, onde foi obrigado a fazer um juramento à nova constituição, deixando seu filho, o príncipe Pedro de Alcântara, como Regente do Reino do Brasil.[71]