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5.

2 Largura de Banda de Transmissão e Distorção


Em geral, o espectro de sinal com modulação exponencial tem largura infinita.
Portanto, a geração e transmissão de FM pura requer largura de banda infinita, quer a mensagem seja
ou não limitada em banda.
Porém, sistemas de FM práticos, possuindo largura de banda finita, existem e funcionam muito bem.
Seus sucessos baseiam
baseiam-se
se no fato que,
que para frequências suficientemente distantes da portadora,
portadora as
componentes espectrais são muito pequenas, e assim, podem ser descartadas.
Na verdade, a omissão de qualquer porção do espectro causa distorção no sinal demodulado, contudo,
tal distorção pode ser minimizada se forem mantidas apenas as componentes espectrais significativas.
significativas
O que pode ser considerado “significativo”?

Estimativa da largura de banda de transmissão


Ao contrário da modulação linear, na qual a largura de banda de transmissão pode ser determinada
analiticamente, no caso não-linear da modulação exponencial, ela só pode ser estimada.
A determinação da largura de banda de transmissão de FM depende de se estabelecer qual a porção do
espectro do
d sinal
i l é significante. O que pode ser considerado “significativo”?
Esta questão é subjetiva e depende de quanta distorção pode ser tolerada para uma aplicação específica.
Contudo, regras práticas baseadas no estudo da modulação de tom têm conduzido a resultados bem
sucedidos.

A relação Jn() versus (n/) informa que Jn() decai rapidamente para  n/  >1, principalmente
se  >> 1:
Valores significativos

 = índice de modulação = Amf/fm

Assumindo que  é elevado,


elevado pode se observar que  Jn()  é significativo apenas para  n/  1 
pode-se
n    = Amf /fm .

Portanto, todas as linhas significativas estão contidas na faixa de frequências:


f c  n f m  f c  f m  f c  Am f  (válido para modulação de tom)
 grande: todas as linhas significativas estão contidas na faixa de frequências: f c  f m
_______________________________________________________

Por outro lado, se  for pequeno, então, todas


as linhas laterais são pequenas comparadas
com a linha da portadora, pois J0() >> Jn 0() .

Porém, deve-se manter pelo menos o par de


linhas laterais de primeira ordem, caso contrário,
não haverá nenhuma modulação em frequência.

Portanto para  pequeno,


Portanto, pequeno as linhas de bandas
laterais significativas estão concentradas em
fc  fm .

Colocando-se as observações acima em termos


quantitativos, todas as linhas de bandas laterais
tendo amplitudes relativas  Jn()  >  são
significativas onde 
definidas como sendo significativas,
varia de 0.01 a 0.1, de acordo com a aplicação.

Então, se  JM()  >  e  JM+1()  <  , para  grande, existem M pares de linhas significativas, e assim,
(2M+1) linhas ao todo.

De forma geral (para  grande ou pequeno), a largura de banda é escrita como:

uma vez que as linhas estão espaçadas por fm , e, M depende do índice de modulação 
di ã Mfoi
A condição f i incluída
i l íd para se levar
l em conta
t o fato
f t que B não
ã pode
d ser menor que 2fm.
A Fig. 5.2-1 mostra M como uma função de , para  igual a 0.01 e 0.1.
Estudos experimentais
p que o valor  = 0.01 é muito conservador, enquanto
revelam q q qque o valor  = 0.1
resulta numa pequena (embora perceptível) distorção.
Valores de M entre os dois extremos são aceitos para a maioria das propostas, e serão usadas neste texto.
caso a linha tracejada pode ser aproximada (pelo menos para  2) por
Neste caso,

Contudo a largura de banda B ainda não é a largura de banda de transmissão


Contudo, transmissão, BT ; trata-se
trata se apenas da
mínima largura de banda necessária para modulação por um único tom de amplitude e frequência
específicas.
Para calcular BT , deve-se
deve se calcular a largura de banda máxima,
máxima gerada quando os parâmetros do tom
são limitados por Am  1 e fm  W.
A fim de se determinar BT, considera-se a linha tracejada na Fig. 5.2-1, isto é (já citada anteriormente):

que está no meio das duas linhas sólidas quando   2. (atenção!)


Substituindo se (5.2-2)
Substituindo-se (5 2 2) em (5
(5.2-1),
2 1) ou seja
seja, em

resulta:

Sabendo-se que f é uma propriedade do modulador, procura-se qual tom produz a máxima largura de
banda
banda. (f está fixado)

Fica claro que isto deve acontecer para o tom de máxima amplitude e máxima frequência: Am =1 e
fm = W:
Tom de máxima amplitude e máxima frequência: Am =1 e fm = W:

___________________________________________________________________
Am f  f
Note-se que o índice de modulação    não é o valor máximo de , mas sim aquele
fm W
que, combinado com a frequência de modulação máxima (W), gera a máxima largura de banda.
Qualquer outro tom tendo Am < 1 ou fm < W exigirá menos largura de banda, mesmo que  possa
se maior
ser o que f /W.
1 f  2 f 
(Por exemplo, se Am = 1 e fm < W /2     , o dobro!)
W /2 W

Finalmente, considere-se um sinal de modulação arbitrário, x(t), razoavelmente suave, tendo largura
de banda de mensagem W, e que satisfaça a convenção de normalização  x(t)   1.
O valor da sua largura de banda de transmissão será estimado diretamente a partir da análise do caso
mais crítico de modulação de tom, assumindo-se que qualquer componente de x(t) de menor
amplitude ou frequência exigirá uma largura de banda menor que BT.

Da discussão do espectro multi-tons, foi mostrado que os pares de bandas laterais de frequências de
batimento estão contidos primariamente dentro da largura de banda do tom dominante.

W3/2

W2/2

W1/2 FM com três tons, para f1 << f2 << f3 e 1 > 3 > 3.

X1(f-fc) X3(f-fc)

X2(f-fc)

fc fc+f2 fc+f3 f

Portanto, extrapolando a modulação de tom para um sinal de modulação arbitrário x(t), define-se a
razão de desvio (deviation ratio) como:

(medido em rad)

correspondente ao máximo desvio (f),


) dividido pela máxima frequência moduladora (W),
(W) análogo ao
índice de modulação ( ) do caso mais crítico de modulação de tom.
A largura
g de banda de transmissão necessária ppara transmitir x(t)
( ) será então:

onde D é tratado exatamente como para se encontrar M(D) usando a Fig. 5.2-1.

Trocando se  por D em M()  +2,


Trocando-se +2 para a curva tracejada (válida quando  > 2),
2) tem-se:
tem se:
M ( D)  D  2, D  2, D  f  / W

e assim, BT  2M ( D)W  2( D  2)W D2


_________________________________________
Historicamente, seguinte relação foi deduzida para a largura de banda de transmissão:
f
BT  2( f   W )  2(   1)W
W (deduzida para casos extremos)
ou

conhecida como Regra de Carson


Carson.
Neste caso, tem-se os extremos:

___________________________________________
Infelizmente, a maioria dos sistemas FM práticos possuem 2 < D < 10, para os quais a regra de
Carson subestima a largura de banda de transmissão.
Uma aproximação mais adequada para fins de projeto corresponde à relação deduzida acima:

a qual é útil, por exemplo, para determinar a largura de banda de 3 dB de amplificadores de FM.
No outro extremo, porém, no qual D << 1, a regra de Carson superestima a largura de banda de
transmissão.
_____________________________________________
Exemplo:
N caso do
No d EExemplol 5.1-2
5 1 2 ((sinal
i l xc(t)
( ) =100cos[25000t
100 [2 5000 + 0.05
0 05 sin2200t] 100cos[[c(t)]),
i 2 200 ] = 100 ( )])
a largura de banda do sinal NBFM transmitido foi calculado analiticamente como sendo
2fm= 400 Hz = 2W.

f = 10
fm = 200
fc = 5000 Hz

Contudo, a regra de Carson (5.2-5) estabelece uma largura de banda maior:


BT  2( f   W )  2(10  200)  420 Hz

No entanto, ela ainda é melhor que


2(10  400)  820 Hz
evidenciando
id i d que tal
t l relação fi i t para D  2 . #
l ã sóó é eficiente

Modulação PM
Fisicamente, a razão de desvio D representa o desvio de fase máximo de um sinal FM diante de
condições críticas de largura de banda.
O resultados
Os l d para FM,
FM portanto, se aplicam
li para modulador
d l d ded fase
f se D for
f substituído
b i íd pelo
l
máximo desvio de fase  do sinal PM.

Com isto,
Co s o, a largura
a gu a de banda
ba da de transmissão
a s ssão PM com
co x(
x(t)) aarbitrário
b á o pode se
ser estimado
es ado por:
po :

ou
a qual é o equivalente da regra de Carson.

Estas expressões diferem do caso FM no sentido de que  é independente de W.


_____________________________________________________________
Exemplo 5.2-1: Largura de banda de FM comercial
Estações comerciais de rádio-difusão nos EUA estão limitadas a um desvio de frequência máximo
d f = 75 kHz,
de kH e, as ffrequências
ê i de d modulação
d l ã tipicamente
ti i t cobrem
b a faixa
f i entre
t 10 Hz
H a 15 kHz.
kH
Sendo W = 15 kHz, a razão de desvio é
f  75 kHz
D  5
W 15 kHz
(continua...)
e BT  2( D  2)W  2(5  2)  15 kHz  201 kHz

*Rádio FM de alta qualidade tem largura de banda de pelo menos 200 kHz.
Este exemplo elucida o equívoco discutido na ‘Nota
*Este Nota histórica’:
histórica : se o sinal fosse modulado em AM,
AM
sua largura de banda seria de apenas 2W = 30 kHz; no entanto, a do sinal FM é quase 7 vezes maior!
(e não fc  15 kHz)
*Alerta-se que a regra de Carson subestima a largura de banda, gerando:
BT  2( D  1)W  2(5  1)  15 kHz  180 kHz

Am f  1  75 kHz
*Se um único tom de modulação tem Am = 1 e fm = 15 kHz, então,    5
fm 15 kHz
e assim, M() = +2 = 5+2 = 7, e sua largura de banda será
B  2 M (  ) f m  2  7  15 kHz  210 kHz
Um tom de frequência mais baixa como, por exemplo, em fm = 3 kHz, resultaria num índice de
Am f  1  75 kHz
modulação maior     25
fm 3 kHz
e também, num maior número de pares de bandas laterais significativas: M() = +2 = 25+2 = 27.
Porém, conduz a uma menor largura de banda, pois

B  2 M (  ) f m  2  27  3 kHz  162 kHz #

Largura de banda de sinais modulados em ângulo  dedução analítica*

Diferentemente de AM, a modulação em ângulo é não-linear, de modo que nenhuma propriedade da


transformada de Fourier pode ser aplicada diretamente para efeitos de análise de largura de banda.
Para determinar a largura de banda de FM, seja o fasor girante

X c (t )  Ac e j[c t  2 f  g ( t )]  Ac e j 2 f  g ( t ) e jc t com g (t )   x (  ) d

de modo que o sinal de FM é xc (t )  Re{ X c (t )} .
j 2 f g ( t )
Expandindo a exponencial e em série de potências:

 (2 f  ) 2 2 j n ( 2 f  ) n n 
X c (t )  Ac 1  j 2 f  g (t )  g (t )  ...  g (t )  ... e jct
 2! n! 
Na qual, aplicando-se xc (t )  Re{ X c (t )} , resulta:
 ( 2 f  ) 2 2 (2 f  ) 3 3 
xc (t )  Ac cos c t  2 f  g (t ) sin c t  g (t ) cos c t  g (t ) sin c t  ...
 2! 3! 
Sendo g(t) a integral de x(t), e, como a integral é uma operação linear, equivale a passar o sinal x(t)
por uma resposta em frequência (1/j2f), e então, se X(f) for limitado à banda W, o espectro de G(f)
também deve ser limitado em W.
p
O espectro de g2((t)) é limitado à banda de G*G(f), j , 2W,, ....,, e o de gn((t),
(f), ou seja, ), à banda nW.
_________________________________________________
* Lathi, B.P., Sistemas de Comunicações Analógicos e Digitais Modernos, quarta edição, LTC, 2012.
 ( 2 f  ) 2 2 (2 f  ) 3 3 
xc (t )  Ac cos c t  2 f  g (t ) sin c t  g (t ) cos c t  g (t ) sin c t  ...
 2! 3! 
______________________________________________
Portanto, o espectro de xc(t) consiste em uma portadora não modulada, mais os espectros de g(t),
g2(t), ..., gn(t), centrado em c.
Fica claro que o sinal modulado não é limitado em banda: tem largura de banda infinita e não guarda
uma relação simples com o espectro do sinal modulado (como ocorria no caso AM).
N entanto
No t t para fins
fi práticos,
áti com g(t) li it d 2fg(t)
 (t) limitado, (t) permanece finito.
fi it
Como n! aumenta muito mais rápido que 2fg(t)n , tem-se que (2 f  ) g (t )  0 para n grande.
n n

n!
Conclui-se que a maior parte da potência do sinal modulado reside em uma largura de banda finita.
finita
Considere-se agora um sinal g(t) com largura de banda W, o qual é aproximado por um sinal em forma
de escada g~ (t ) :

O sinal de FM é dado por: xc (t )  Ac cos[c t  2 f  g (t )] com g (t )   x (  ) d



.

O sinal g(t) é aproximado por uma sucessão de pulsos de amplitudes constantes ou “células”.
Para assegurar que g~ (t ) contenha toda a informação de g(t), a largura da célula não deve ser maior que
o intervalo de Nyquist, 1/2W.
Considerando-se a célula com início em
t = tk, a qual tem amplitude constante g(tk)
e largura T = 1/2W, o sinal FM a ela
correspondente é uma senóide de frequência
c  2f  g (t ) e duração T = 1/2W.
1/2W

O sinal FM para uma sequências de pulsos


senoidais como esta, de frequência constante
e duração T = 1/2W, corresponde às várias
células de g~ (t ) .

O espectro FM para g~ (t
(t ) é a soma das TFs
dos pulsos senoidais associados às células.

No caso da k-ésima célula, tem-se


um pulso l de d RF na frequência
f i
f c  f  g (t k ) :
 t 
Ac   cos[c t  2f  g (t k )t ]
 1 / 2W 
_____________________________________________________
 Ver o “Adendo” adiante.
Do Exemplo 2.3-2, dado um pulso de RF de largura , z (t )  A  (t /  ) cos 0t , tem-se:
A A
Z( f )  sinc( f  f 0 )  sinc( f  f 0 ) , um espectro centrado em f0 e se estendendo por 1/.
2 2

p  = 1/2W e f 0  f c  f  g (t k ) ,
Então,, para
o espectro da k-ésima célula é:
Ac  f  f c  f  g (t k )  Ac  f  f c  f  g (t k ) 
sinc    sinc  
4W  2W  4W  2W 

O espectro deste pulso se espalha nos dois


lados da frequência
q central f c  f  g (t k ) ,
por 4W, como ocorre no lóbulo principal da
função ‘sinc’.

Se as amplitudes,
amplitudes mínima e máxima,
máxima
das células são gp e +gp (pico),
respectivamente, as frequências
centrais, mínima e máxima, dos
pulsos senoidais para todas as células são f c  f  g p e f c  f  g p , respectivamente.

Considerando-se o lóbulo principal da função ‘sinc’ desses espectros como contribuição significativa à
largura de banda de FM, os valores máximo e mínimo das frequências significativas neste espectro são
f c  f  g p e f c  f  g p , respectivamente.

A largura de banda do espectro de FM é,


é
aproximadamente:
BT  2 f  g p  4W  2( f  g p  2W )

Ou então,
BT  2( f   2W )
para gp=1 (devido à normalização).
BT  2( f   2W )
____________________________________________
Entende-se agora, o erro de raciocínio que levou a se acreditar que a modulação FM pudesse gerar uma
largura de banda menor que a de AM.
As frequências portadoras mínima, são f c  f  g p e f c  f  g p , respectivamente.
portadoras, máxima e mínima respectivamente
Por isso, foi concluído que as componentes espectrais também deveriam estar contidas nesse intervalo,
resultando em BT = 2fgp.
Considerou-se que uma senóide na frequência f0 tem todo seu espectro concentrado em f0, contudo, isto
é verdadeiro somente no caso da senóide eterna.
Para uma senóide de duração finita , o espectro se espalha como uma função ‘sinc’,
sinc , nos dois lados de
f0, por pelo menos 1/.
Aí estava o erro de interpretação!

Adendo: Teorema da Amostragem*


Considere-se um sinal real x(t) cuja TF, X(f), é identicamente nula fora da faixa de frequências
W  f  +W, ou seja
X ( f )  PW ( f ) X p ( f )

1, f W f
onde PW ( f )    ( )
0, f W 2W
Espera-se que tal limitação no comportamento da TF restringirá a natureza de x(t) no domínio do
tempo, de tal sorte a permitir uma descrição mais simples da função.
X(f)
1 1
F0  2W  
2W F0

W
W 0 +W f
Xp(f)
1
Taxa de amostragem 
  2W

2W W 0 +W +2W f
F0
_____________________________________________
* Sakrison, D. J., Communication Theory: Transmission of Waveforms and Digital Information, John Wiley & Sons, NY, 1968.
Teorema da amostragem
Seja a TF de x(t), X(f), igual a zero para f  > W. Então, x(t) pode ser reconstruída, para todos os
valores de tempo, a partir de amostras tomadas a cada intervalo de 1/2W segundos entre si.
Especificamente,
Especificamente
  k 
sin 2W  t  

 k    2W  
 k    k 
x(t )   x    x  sinc 2W  t  
k    2W   k  k    2W    2W 
2W  t  
 2W 
_____________________________________________________
Prova: Observa-se que X(f) pode ser descrita no intervalo f   W por uma série de Fourier exponencial
em f,
f de período espectral F0= 2W (ou frequência espectral/ taxa de amostragem 1/2W):
  1   
j 2k f j f  k
X p( f )   X k e j 2k f0 f 
k  
 X ke
k  
2W
  X ke
k  
W  (i)

W  2k 
1  j f
cujos coeficientes Xk são Xk 
2W 
W
X p ( f )e  2W 
df (ii)



 v(t )e
 j 2ft
Lembrando a definição de TF: V( f )  dt



sendo v(t )   V ( f )e j 2ft df (iii)



(continua...)

W  2k  
1  j f
v(t )   V ( f )e j 2ft df
Xk  
2W W
X p ( f )e  2W  df (ii) (iii)
_____________________________________________________ 

Comparando-se (ii) com (iii), conclui-se que:


1  k 
Xk  x  
2W  2W 
Lembra-se que a expressão em série de Fourier de Xp(f) em (i) é válida para representar X(f) apenas
para  f   W.
W
Pode-se obter uma expressão válida para todo f multiplicando-se esta série por PW(f):
  2k 
j f
X ( f )  PW ( f ) X p ( f )   X ke
k  
 2W 
PW ( f )

Substituindo Xk e trocando o sinal do índice de somatório:


 2k   2k 
1 
k  j f 1 
 k   j f
X(f ) 
2W
 x  PW ( f )e   
k    2W 
2W

2W
 x  PW ( f )e  
k    2W 
2W

k
 k   j 2f
Lembrando se que
Lembrando-se  t e 2W

 2W 
sin 2Wt  f 
2W  PW ( f )    
2Wt  2W 
calcula-se a TFI de X(f).
(continua...)
 2k 
1   k   j f
 k   j 2f
k
sin 2Wt  f 
X(f )   x  
2W k    2W 
PW ( f ) e  2W 
,   t    e 2W , 2W
2Wt
 PW ( f )    
 2W 
 2W 
______________________________________________________
O sinal recuperado xr(t), a partir das amostras x(k/2W), será:

 1 
 k   j f 
 2k 

xr (t )  1{ X ( f )}  1 
 2W
 x
k    2W 
2W
 PW ( f )e   


  1  j  2W  f 
  2k 
1  k
  x
k   2W  2W
  {e
 
} * 1{PW ( f )}


1  k   k  i 2Wt 
sin
  2W x 2W    t  2W  * 2W }
2Wt 
k   
 k 

sin 2W  t  
 k   2 W 
  x 
k    2W   k 
2W  t  
 2W 

 k   k 
  x  sinc 2W  t  
k    2W   2W 

Este teorema estabelece que uma função limitada em banda é determinada por amostras periódicas
tomadas no mínimo a cada 1/2W segundos. #

Interpretação: reconstrução do sinal a partir de suas amostras através de interpolação


Nas figuras (a) e (b) ao lado são mostrados o sinal
de tempo contínuo x(t) e o correspondente trem de
pulsos modulado ~x (t ) (amostras tomadas a cada
1/2W segundos).
d )
Em (c), são mostrados os diversos termos de

 k   k 
xr (t )   x  sinc 2W  t  
k    2W   2W 
~ bem como, o sinal resultante reconstruído (ie, o
somatório das várias pparcelas ‘sinc’).
)
Como se percebe, a expressão de xr(t) promove uma
1/2W interpolação entre os pulsos discretos em ~x (t ) para
ecupe a uum ssinal
recuperar a de te
tempo
po contínuo
co t uo correspondente
co espo de te
a x(t).
Para um dado k = m, ocorre
 m   m   k k   m 
xr    x  sinc 2W     x 
 2W   2W   2W 2W   2W 
a recuperação exata de x(t) nos instantes de
1/2W amostragem (nos demais
demais, tem-se
tem se a interpolação).
interpolação)
_____________________________________________
 Oppenheim, A. V., Schafer, R. W., Buck, J. R., Discrete-Time Signal Processing,2nd edition Prentice Hall, 897 p., New Jersey, 1999.
Distorção linear
A seguir, apresenta-se uma análise sobre a distorção produzida num sinal FM ou PM por uma rede
linear (SLIT).
Seja um sinal passa-banda modulado angularmente
angularmente, xc(t),
(t) aplicado a um SLIT com resposta em
frequência H(f), produzindo uma saída yc(t).

O sinal exponencial é dado pelo sinal passa-banda:


x c (t )  Ac cos[ c t   (t )]  Ac cos  (t ) cos  c t  Ac sin  (t ) sin  c t  v i (t ) cos  c t  v q (t ) sin  c t
Aplicando-se (4.1-11a), o equivalente passa-baixa é:
1 A
x p (t )  [vi (t )  jv q (t )]  c [cos  (t )  j sin  (t )]
2 2
ou
1
o qual está em conformidade com (4.1-11b), v p (t )  A(t )e j ( t ) , para uma envoltória A(t) = Ac cte.
2
Neste caso, toda a informação da mensagem está contida em (t).

Se xp (t )  X p ( f ) , o espectro do equivalente passa-baixa


passa baixa de saída é obtida aplicando
aplicando-se
se (4.1
(4.1-14a)
14a)
e (4.1-14b):

ou seja,

A sa
saída
da é obtida
ob da aplicando-se
ap ca do se a transformação
a s o ação de passa
passa-baixa
ba a pa
paraa passa
passa-banda
ba da dada em
e (4.1-12)
( . ) qua
qual
seja: v (t ) bp (4.1-12)

E assim, se y p (t )  Yp ( f ) : [saída correspondente a xc(t)]

A princípio este método parece simples, porém, os cálculos de X p ( f )  {xp (t )} e de


y p ( f )   1{Yp ( f )} , em geral,
g , são complicados.
p
Frequentemente, torna-se necessário o uso de técnicas numéricas com auxílio computacional.
______________________________________________________
Distorção linear de amplitude
Um dos poucos casos nos quais as equações (5.2-8) e (5.2-10) conduzem à soluções fechadas é para a
resposta em frequência abaixo:

O ganho H(f) = K0 em f = fc e aumenta (diminui) linearmente com a declividade K1/fc .

A curva de fase corresponde ao carrier delay t0 e group delay t1 discutidos no Exemplo 4.1-2.

O equivalente passa-baixa de H(f) é:

H p ( f )

A Eq. (5.2-9), isto é,

torna se
torna-se

Invocando-se os teoremas do retardo no tempo e da diferenciação:

Recordando-se (5.2-8), , calcula-se:


1
x p (t )  Ac e j ( t )
2
_____________________________________________________
Substituindo as duas últimas na primeira, primeira
A K jA
y p (t )  K 0 e  jct0 c e j ( t t1 )  1 e  jct0 c (t  t1 )e j ( t t1 )
2 j c 2
C
Com isto,
i t (5.2-10),
(5 2 10) , gera o sinal
i l de
d saída:
íd
Ac K A
y c (t )  2 K 0 cos[ c (t  t 0 )   (t  t1 )]  2 1 c (t  t1 ) cos[ c (t  t 0 )   (t  t1 )]
2 c 2
ou

No caso de entrada FM: 1 


f (t )  f c  f  x(t )  f c   (t )  (t )  2f  x(t )
2
tal que

A Eq. (5.2-12) tem a mesma forma da envoltória de um sinal AM com   K 1 f  / K 0 f c .


Conclui-se
Conclui se que H(f) na Fig
Fig. 5.2-3
5 2 3 produz conversão de FM para AM
AM, acompanhado de um carrier
delay t0 e group delay t1 devido a arg H(f) .

Na prática, variações AM são minimizadas com o uso de um circuito limitador e filtro no receptor de
FM como seráá visto
FM, i t adiante.
di t
A propósito, uma observação mais detalhada no Exemplo 4.4-2 revela que a distorção de amplitude de
um sinal AM pode produzir o efeito inverso, ou seja, de conversão de AM para PM.
A conversão de FM para AM não representa um problema insuperável para a transmissão FM ou PM,
uma vez que (t) não sofre nenhum efeito hostil, a menos de um time delay t1:

Portanto, pode-se ignorar a distorção de amplitude presente em qualquer curva de ganho razoavelmente
suave.
P é o delay
Porém, d l distortion
di t ti a partirti de
d uma curva
c r a não-linear
não linear ded ddeslocamento
l t de
d fase
f pode
d ser muito
it
severo, e precisa ser equalizado a fim de se preservar a informação da mensagem.
Distorção linear de fase*
Uma abordagem simplificada para os efeitos de distorção linear de fase é proporcionada pela
aproximação quase-estática:
A l i
Analogia:
a) Regime permanente senoidal
x c (t )  Ac cos[2f ct  0 ] H(f) y c (t )  Ac H ( f ) cos[2f c t  0  arg H ( f )]

b) Aproximação quase-estática
x c (t )  Ac cos[2f c t   (t )] H(f) y c (t )  Ac H ( f ) cos[2f c t   (t )  arg H ( f )]

Isto acontece se (t) for quase constante, ou seja, quando d/dt for muito pequeno, mesmo se
f >> W .
Se x(t) = Am cos2fmt, então:
A A f
 (t )  2f   x( )d  2f  m sin 2f mt  m  sin 2f mt
2f m fm
d (t ) Am f 
 2f m cos 2f m t  Am 2f  cos 2f m t  2f  x(t )
dt fm
___________________________________________________________________________________________________
*E
E. J.
J Baghdady,
Baghdady Theory of low
low-distortion
distortion reproduction of FM signals in linear systems
systems, IRE Transactions in
Circuit Theory, pp. 202-214, 1958.

d (t ) Am f 
x(t) = Am cos2fmt,t f >> W ,  2f m cos 2f m t  Am 2f  cos 2f m t
dt fm
___________________________________________________________________
d (t ) 1
Para  1  Am 2f   1 , que ocorre se Am <<1   1 .
dt Am 2f 

Nesta situação, f (t )  f c  f  x (t )  f c  f  cos 2f m t


dff (t )
com uma taxa
t de
d variação
i ã no tempo
t é:
é   f  Am 2f m sin
i 2f m
dt
Tm Tm
df (t )
e cujo valor máximo é:  f  Am 2W  f   df (t )  2f  AmW  dt  2f  AmWTm
dt max 0 0

sendo Tm=1/W, o período de x(t) na frequência W.


1
Com isso,
Co sso, a variação
va ação da frequência
equê c a instantânea
s a â ea durante
du a e Tm segu dos é: f  2f  AmW
segundos  2f  Am
W
1 1
O intervalo de tempo correspondente à f é:   1 , bem maior que 1/W.
f 2f  Am

Resumo: Na aproximação quase-estática se assume que a frequência instantânea f(t) de um sinal de


FM, com f >> W, varia tão lentamente quando comparada 1/W, que xc(t) se parece mais ou menos
como uma senoide ordinária na frequência
q f(t)=f
f( ) fc+ff x(t)
().
Algumas relações que serão utilizadas nos próximos itens,
itens sob a condição de aproximação quase-
quase
estática são:

a) Vale a aproximação de primeira ordem: f (t )  f c  f  x (t )  f c quando x(t)<<1.


f
b) No caso f >> W, ocorre D   1 , e, devido a (5.2-5, ou seja, BT  2( D  1)W , deduz-se a
W
aproximação: BT  2 f 

c) Também, na condição 2f >> 2W  BT  2W .

Propositura: Se a resposta do sistema a uma senoide na frequência da portadora é


yc (t )  Ac H [ f c ] cos[ct   (t )  arg H [ f c ]
então, se xc(t) tem uma frequência instantânea f(t) variando lentamente, pode-se mostrar que:

desde que

no qual (t )  4 2 f W
para FM modulado por tom com fm  W. W
______________________________________________
Prova: Na discussão a seguir, será usada a abordagem de Carlson & Fry , para análise da resposta
dinâmica de um sistema linear, à uma excitação variável em frequência.
Neste tipo de análise, o filtro é considerado como um sistema dinâmico, o qual, por virtude de seus
elementos armazenadores de energia, exerce uma inércia que estabelece um limite da velocidade na
qual sua resposta pode crescer ou decair.
Nesta abordagem, a resposta dinâmica pode ser separada em duas partes: uma componente quase-
estática e uma componente de distorção.
___________________________________________________________________________________________
E.
E J.
J Baghdady,
B hd d Theory
Th off low-distortion
l di i reproduction
d i off FM signals
i l iin li
linear systems, IRE Transactions
T i in
i
Circuit Theory, pp. 202-214, 1958.
A componente quase-estática representa a parte da resposta que pode ser obtida formalmente a partir
d tteoria
da i de
d circuitos
i it em regimei permanente t senoidal,
id l substituindo-se
b tit i d a frequência
f ê i instantânea
i t tâ
variável no tempo, pela frequência constante sob consideração.
Em geral, contudo, a resposta do sistema não pode crescer ou decrescer tão rápido, e, a solução
completa
l t requer um termo
t de
d correção ã de
d segunda
d ordem.
d
A componente quase-estática representa a resposta total somente quando a faixa máxima de variação
na frequência de excitação é baixa comprada com a velocidade de resposta do sistema.
Na sequência, considera-se que o SLIT seja caracterizado por sua resposta impulsiva h(t).
Por questão de conveniência, será utilizada a notação de fasor girante para os sinais de entrada e saída
do sistema.
O SLIT é excitado pelo fasor girante
X c (t )  Ac e j[ct  ( t )]  Ac e j c ( t )
tal que
R { X c (t )}  Ac cos[[c t   (t )]
xc (t )  Re{
Deve ser lembrado que a frequência instantânea, (t), corresponde à inclinação de c(t) em t,

d (t )
 (t )  c   c (t )    ( )d
dt 
 t 
e, portanto, X c (t )  Ac exp j   ( )d 
  
d c (t ) d  (t )
sendo  (t )   c   c  (t )
dt dt

j [  c t  ( t )] j c ( t )
X c (t )  Ac e  Ac e
___________________________________________
A resposta do SLIT obedece à integral de superposição:

Yc (t )   h( )X c (t   )d

Na qual,
qual substituindo
substituindo-se
se Xc(t),
(t) gera 
Yc (t )  Ac  h( )e j[c (t  )  (t  )]d

Por outro lado, se a resposta do SLIT for postulada como (após cessar o transitório):
Yc (t )  A(t )e j [c t  ( t )]
então, sua envoltória será
A(t )  Yc (t )e  j[c t  ( t )]
Substituindo-se Yc(t) da integral de superposição na expressão acima, resulta:

A(t )  Ac  h( )e  j[c   (t )  (t  )]d

Carson e Fry denotam A(t) como 
A(t )  Ac  h( ){e  j (t ) e j (t  ) }e  jc  d


enquanto Van der Pol prefere escrever



A(t )  Ac  h( ){e j[ (t  ) (t )]e  j (t )  e j (t )  e  jc  }d
 


e aplicar a relação  (t )  c  (t ) para obter

A(t )  Ac  h( ){e j[ (t  )  ( t )   (t )] }e  j (t )  d


 
A(t )  Ac  h( ){e A(t )  Ac  h( ){e j[ (t  )  ( t )   (t )] }e  j (t )  d
 j c 
 j ( t ) j ( t   ) 
e }e d
________________________________________
 

As quantidades entre chaves (de ambas abordagens) será denotada por g(t,), gerando-se

A(t )  Ac  h( )e  j  g (t ,  )d

onde   c no artigo de Carson e Fry, e,    (t ) , no de Van der Pol
Neste texto será usada a abordagem de Van der Pol.
O problema consiste então em estabelecer condições para que a resposta em frequência do SLIT,
H(f), deva satisfazer, a fim de assegurar uma reprodução aceitável da excitação FM, Xc(t), na saída.
Na formulação quase-estática,
quase estática exige-se
exige se apenas que a resposta seja aproximada por aquela prevista na
teoria de circuitos em regime permanente AC, isto é, que a saída seja (em notação fasorial):
 t 
Yc (t )  H [ (t )] X c(t ) sendo X c (t )  Ac exp j   ( )d   Ac e j[ct  (t )]
  
t
j   (  ) d
Ou seja Yc (t )  H [ (t )] Ac e  Ac H [ (t )] e j arg H [ ( t )]e j [c t  ( t )]

a qual deve conduzir a (5.2-13) na notação instantânea, desde que (5.2-14) seja obedecida.


A(t )  Ac  h( )e  j (t )  g (t ,  )d
j [ ( t   )  ( t )    ( t )]
g (t ,  )  e
________________________________________________________
 

No Adendo* será mostrado que a série de Taylor de (t) é:



1 d n (t )
 (t   )   n
(  ) n   (t )  (t )  R2
n  0 n! dt

para n = 0, 1, 2, ..., onde o resíduo R2 vale


1 1
R2   ( n 1) (t   )(  ) n 1  (t   )(  ) 2
( n  1)! 2

para 0 <  <1, sendo (t   )  (t ) max.


____________________________________________
Prosseguindo, assume-se que (t) e (t ) sejam contínuos para todo t, e, que (t ) exista para todo
t finito.
g(t,,) é dada por:

Recordando q
que a função
ç g( p g (t ,  )  e j [ ( t   )  ( t )   ( t )]

e aplicando a série de Taylor:  (t   )   (t )  (t )  R2


 j [ ( t )   ( t )  R2  ( t )   ( t )]
vem g (t ,  )  e j[ (t  )  (t )  (t )]  e
jR2 
g (t ,  )  e

________________________________________________________
* Ver Adendo no final deste item.
1
R2  (t   )( ) 2
jR2 
g (t ,  )  e
2
__________________________________________________________
Como o resíduo é pequeno, aplicando-se novamente a série de Taylor (convencional), agora para
uma função ex :
f ( n 1) (a )( x  a ) n 1 f ( n ) ( )( x  a) n
f ( x)  f ( a )  f ´(a )( x  a )  ...   Rn , Rn  , para a <  < x.
( n  1)! n!
f ´( )( x  a) 1

No caso onde n = 0 e 1: f ( x)  f (a)  R1 onde R1  , para a <  < x.


1!
1 de
ou seja, e x  ea  ( x  a ) para a <  < x,
1! d
Para o caso a=0, g gera-se: e x  1  xe  p para 0 <  < x,

ou, equivalentemente e x  1  xe x para 0 <  < 1.


jR2 
g (t ,  )  e
jR2 
No presente caso
caso,  1  jR2 e para 0 <  < 1.
1

Chamando-se g (t ,  )  1  R1g
jR2 
tem-se R1g  jR
R2 e para 0 <  < 1

 R1g  R2
______________________________________________________________
 Spiegel, M. R., Manual de Fórmulas e Tabelas Matemáticas, McGraw-Hill, 1973.


1
A(t )  Ac  h( )e  j  g (t ,  )d g (t ,  )  1  R1g jR
R1g  jR2 e 2 R2  (t   )( ) 2

2
____________________________________________________________
Substituindo estas informações e, A(t),
  
A(t )  Ac  h( )e  j (t )  (1  R1g )d  Ac  h( )e  j (t )  d  Ac  R1g h( )e  j (t )  d
  

A primeira integral corresponde à TF de h(t), tal que:


A(t )  Ac H [ (t )]  Ac R1E
 
jR2 
 R1g h( )e d  j  R2 e
 j ( t ) 
sendo R1E (t )  h( )e  j (t )  d
 

Substituindo a expressão de R2 em R1E(t),


(t)
 j
j  ( t  )(   ) 2
R1E (t )  
2 
 (t   ) e 2
( ) 2 h( )e  j (t )  d

Usando a suposição de que a velocidade de resposta do sistema é maior que a variação de frequência,
a integral acima pode ser aproximada por:
j  
j  ( t  )(   ) 2
R1E (t )  (t   )e 2 ( ) h( )e d
2  j ( t ) 

2
e, usando o teorema da diferenciação, resulta
 ( t  )(   ) 2 d H [ (t )]
j  2
j
R1E (t )  (t   )e 2
2 d [ (t )]2
j  ( t  )(   ) 2 d H [ (t )]
j  2
(t   )  (t ) A(t )  Ac H [ (t )]  Ac R1E
R1E (t )  (t  
 )e 2 max
2 d [ (t )]2
_______________________________________________________________
Com isso, 1 d 2 H [ (t )]
R1E (t )  (t   )
2 d [ (t )]2

no qual, aplicando-se (t   )  (t )


max

resulta 1 d 2 d 2 H [ (t )]
R1E (t ) 
2 dt 2 max
d [ (t )]2
Conclui-se, portanto, que limite superior sobre a magnitude do erro relativo que se incorre na
aproximação A(t )  Ac H [ (t )]

é:
R1E (t ) 1 d 2 H "[ (t )]
 
H [ (t )] 2 dt 2 max
H [ (t )]
C
Como  varia
i no tempo,
t a condição
di ã gerall para que se possa usar a resposta
t quase estática
táti é:é
1 d 
2
H "[ (t )]
1m   1
2 dt max H [ (t )]
2

É importante observar que a validade desta análise requer que (t) e (t ) sejam contínuas para todo t,
e, que (t ) exista para todo t finito.
Nenhuma condição ç de continuidade para p ((t ) , ou,, a existência de derivadas superiores,
p , são necessárias.
Contudo, H(s) somente pode ter pólos no semi-plano esquerdo (a fim de manter a estabilidade).

1 d 2 H "[ (t )]
1m   1
2 dt max H [ (t )]
2

__________________________________________________
Baghdady (1958) ressalta que a expressão para 1m é válida para uma classe geral de modulação,
não necessariamente p
periódica.
No caso de uma modulação periódica, 1m pode ser substituída por uma condição menos restritiva:
1 H "[ (t )] 
2 m   (t )   1
2 H [ (t )]  max
Num caso genérico, com uma excitação de FM e um dado filtro, os valores de 1m e 2m variam com
a posição da frequência portadora não modulada (c) em relação ao centro da banda passante do filtro.
Para certos valores de c, a máxima inclinação (t) ocorrerá precisamente naqueles instantes de tempo
em que (t) se iguala à frequência na qual H " ( ) / H ( ) é máximo (note-se que foi usado , e
não t)).
Nessas aplicações, as condições 1m e 2m assumem a forma
1  H "[ (t )]
max   (t )  1
2 max H [ (t )] max
Situações nas quais esta forma é usada (a qual é a mais restritiva de todas, embora mais tratável)
tornam-se mais perceptíveis quando o comportamento da razão H " ( ) / H ( ) tenha sido determinado
e a faixa de frequência esperada (e que será coberta por t)) tenham sido especificada.
1 H "[ (t )]
max  (t )  1
2 max H [ (t )]
_________________________________________________________
max

Além disso, tem-se que


d 2 H ( ) d 2 H (2f ) 1 d 2H ( f )
H " ( )   
d 2
d ( 2f ) 2
( 2f ) 2 df 2
e então 1 1 d 2 H ( f )]
max  (t ) 2
 8 2
2 max H ( f ) df max

o que comprova (5.2-14).


Como um exemplo simples de aplicação, seja um tom de frequência m e amplitude Am=1, ou seja:
 (t )   ssin(( mt  m )
 Am   PM

   A m f  2f 
onde  FM
 fm m

Com isso, (t )   m2  sin( m t  m )
e, como f    f m para FM, então
(t )   m 2 f m  sin( m t  m )   m 2 f  sin( m t  m )
No caso crítico, em que fm = W, resulta: (t )  4 2 f W
max

o que completa a prova da Propositura. #

Adendo: Série de Taylor de (t)


____________________________________________
Como é bem conhecida, a série de Taylor de uma função f(x), expandida em torno do ponto x=a,
é dada por:
f " ( a )( x  a ) 2 f ( n 1) (a )( x  a ) n 1
f ( x)  f (a )  f ´((a )( x  a )   ...   Rn
2! (n  1)!
onde o resíduo obedece à forma de Lagrange:
f ( n ) ( )( x  a) n
Rn  , a <  < x.
n!
Em forma compacta, f(x) pode ser escrita como
n
f ( m ) (a )( x  a ) m
f ( x)    Rn 1
m0 m!
Trocando a por t, vem n
( x  t ) m f ( m ) (t )
f ( x)    Rn 1
m 0 m!
e depois, trocando x por , n
(  t ) m f ( m ) (t )
f (  )    Rn 1
m 0 m!
n
[(t   )  t ]m f ( m ) (t )
( ) por (t
e, ( ( ) f (t   )    Rn 1
m 0 m!
obtém-se, finalmente n
 ( m ) (t )( ) m
 (t   )    Rn 1
m 0 m!
onde f foi aplicado a .
f ( n ) ( )( x  a) n , a <  < x.
x
Rn 
n!
______________________________________________________
f ( n 1) ( )( x  a ) n 1
Similarmente, no resíduo Rn+1, ocorre Rn 1  para a <  < x.
(n  1)!
Trocando-se n por t, e depois, x por (), obtêm-se
f ( n 1) ( )( x  t ) n 1 f ( n 1) ( )(  t ) n 1
Rn 1  , t<<x  Rn 1  , t <  < 
( n  1)! (n  1)!

e, () por (t):


f ( n 1) ( )(t    t ) n 1 f ( n 1) ( )( ) n 1
Rn 1  , t <  < t  Rn 1  , t <  < t
(n  1)! (n  1)!
1
ou, equivalentemente, para  , Rn 1   ( n 1) (t   )( ) n 1 para 0 <  < 1
(n  1)!

A forma de Lagrange requer ainda que:


 ( n 1) (t   )   ( n 1) (t ) max
ao longo do intervalor 0 <  < 1#
(fim do Adendo)

Prosseguindo com o assunto, afirma-se


afirma se que:
Se H(f) representa um filtro passa-banda de sintonia simples (single-tuned), com largura de banda
igual a B3dB, então, o termo H " ( f ) / H ( f ) se iguala a 8 / B32dB .
_______________________________________________
Prova: Na seção 4.1, mostrou-se que o filtro single-tuned é tal que

onde B3dB=f0/Q.
  f f 
Então, H ( f ) 1  jQ  0   1
  f 0 f 
na qual, derivando em relação a f resulta:
 1 f  1
H ( f )  jQ  02   H ' ( f ) 0
  0 f f  H (f)
1 f 
Daí, deduz-se que: H ' ( f )   jQ  02  H 2 ( f )
 f0 f 
e, derivando novamente em relação a f :
 f 2f  1 f 
H " ( f )   jQ  0 4  H 2 ( f )  jQ  02 2 H ( f ) H ' ( f )
 f   f0 f 
2 2
j 2Qf 0 2 1 f  j 2Qf 0 2 1 f 
 3
H ( f )  j 2Q  02  [ jQH ( f )]
) H( f )  3
H ( f )  2Q 2   02  H 3 ( f )
f  f0 f  f  f0 f 
2
j 2Qf 0 2 1 f 
H "( f )  3
H ( f )  2Q 2   02  H 3 ( f )
f  f0 f 
____________________________________________________________
2
H "( f )  Q Qf  2 Q3 f0
 2  20  H 2 ( f )  j H( f )
H( f )  f0 f  Q f3 Q
Como f  f0 ao longo de toda a banda passante do filtro com Q elevado,
2 3
H "( f ) Q Q 2 Q  f0 
 2   H 2 ( f )  j 2     H ( f 0 )
H( f )f0
f
 0 f 0  Q f  Q
com H(f0) = 1 (o qual também torna H´´(f)/H(f) máximo).
Com isto,, e usando B3dB=ff0/Q
Q , vem
2
H "( f )  2  2 1 8 2 8 2
 2   1  j 2 3 B3dB  1  2  j 2 2  2  j 2
H( f ) f0  B3dB  Q B3dB B3dB B3dB Q B3dB f0

Como f0 >>1  2 / f 02  0 , e resulta


H "( f ) 8

H( f ) max
B32dB
o que completa a prova.

 H "( f )  8
Usando os resultados: (t )  4 2 f W e  H ( f )   B2
max
  3 dB

em
8
obtém-se 4 2 f W  8 2
B32dB
4 f W
ou  1
B32dB
Esta condição estabelece que o produto da máxima frequência de modulação e o máximo desvio de
frequência, medidos em unidades de largura de banda de meia potência do filtro, ou seja,
(W/B3dB)  (f/B3dB), deve ser desprezível quando comparado com a unidade, a fim de se computar a
resposta do circuito sintonizado, com base na resposta em regime permanente e na frequência
instantânea, como sendo aproximadamente a resposta verdadeira.
4 f W
 1 BT = 2f 2W << BT (*)
B32dB
_____________________________________________________________
Uma tal condição é mais facilmente satisfeita se for exigido que a banda de transmissão do filtro
seja B3dB  BT (condição suficiente).
_______________________________________________
Prova: Já foi visto que

e então, se D >> 1, ocorre BT = 2f.

Como D = f /W >> 1  W << f  2W << BT .


2 f  2W B 2W
A condição:  T  1 certamente é satisfeita se BT << B3dB e 2W << B3dB
B3dB B3dB B3dB B3dB
simultaneamente.
Embora esta não seja a única possibilidade, ela é garantida.
Neste cenário, a hipótese também ocorre quando B3dB = BT  2W << B3dB = BT , a qual satisfaz a
desigualdade ((*)) acima.
acima

Supõe-se
Supõe se agora que (5
(5.2
2-14)
14) seja satisfeita
satisfeita, ou seja

e que o sistema tenha um deslocamento de fase não linear tal que


arg H(f) =  f 2 ,
para  constante.
constante
A saída do sistema ainda obedece a (5.2-13), qual seja

(t )
tal que arg H(f) é obtido substituindo f (t )  f c  em arg H(f) =  f 2 , gerando
2
2
 (t ) 
arg H [ f (t )]    f c  
 2 

Isto informa que a fase total em (5.2-13) será distorcida pelo acréscimo de (t ) e  2 (t ) .
Distorção não linear e limitadores
Foi visto que a distorção de amplitude da onda de frequência modulada produz conversão de FM
para AM.
Mostra-se a seguir que o AM resultante pode ser eliminado através do uso de distorção não linear
controlada e filtragem.
Considere-se um elemento não linear sem memória (nenhuma energia armazenada) tal que entrada e
saída são relacionadas por uma característica de transferência não linear vout = T [vin]:

Assume-se, por conveniência, que T [0] = 0.


Seja o sinal de entrada

onde  c (t )  c t   (t ) e A(t) é a amplitude.


Embora vin(t) não seja necessariamente periódica o tempo, pode ser vista como uma função periódica
de c(t), com período 2

(2.1-18a)

(2.1-14)
___________________________________________________________________________________________________________________________________

Da mesma forma, a saída é uma função periódica de c(t), com período 2
Considerando-se que o sinal FM não tenha valor médio (c0=0), aplicando-se (2.1-18a) ao sinal de
saída vout = T [[vin] e chamando-se cn de an, resulta
1 1
an   v out (t )e  jn0t d (0t ) 
0T0 0T0 2 2
v out (t )e  jn d

para vout (t )   2an cos(n  arg an )
n 1

onde se definiu  = 0t (e assim, quando t = T0 no limite de integração, ocorre  = 0t = 2).
Com isso
isso,

A variável t não aparece explicitamente, mas vout depende de t via variação de c.
Adicionalmente, os coeficientes an podem ser funções de t quando a amplitude de vin tem variação
no tempo
tempo.
_______________________________________________
Considere-se, primeiramente, o caso de uma entrada de FM não distorcida, tal que A(t) é igual à
constante Ac, e, todos os an são constantes.
Com isso,

a qual revela que distorção não linear produz ondas FM adicionais,


adicionais em harmônicas da frequência
portadora.
A n-ésima harmônica tem amplitude constante 2an e modulação de fase n(t), mais um desvio de fase
constante arg an.
Se estas ondas não se superpõem no domínio da frequência, a entrada não distorcida pode ser
recuperada aplicando-se a saída à um filtro passa banda.
Assim, diz-se que FM goza de imunidade considerável contra efeitos de distorção não linear sem
memória.

Retorne se agora ao problema de FM com variações de amplitude indesejável,


Retorne-se indesejável A(t).
A(t)
Estas variações podem ser niveladas por um limitador ideal ou clipper:

+Vcc

 Vcc

A saída “clipada” se assemelha essencialmente a uma onda quadrada, pois T [vin] = V0 sgn vin, e
vout
+V0

0 c
V0
vout=T [vin]
V0
+V

0 c
V0
_______________________________________________________
Os coeficientes da eq. (5.2-15b) são obtidos a partir de (2.1-20), qual seja:

an=cn
c = t
2T0

(2 1-20)
(2.1-20)

No presente caso,  = T0/2 = 1/2f0, A = 2V0 e c0 = 0:


2V0 T0 1 sin n / 2 2V0 n
an  i nff 0
sinc  V0  sin
i
T0 2 2 f0 n / 2 n 2

vout=T [vin]
V0
+V
c = ct

0 c
V0
__________________________________________________________
Os coeficientes an não dependem do tempo porque a amplitude A(t)  0 não afeta o sinal de vin.

Portanto,

vin
vout

A seguir
seguir, um filtro passa banda pode gerar uma onda FM de amplitude constante,
constante desde que as
componentes de vout(t) não tenham sobreposição espectral.
_______________________________________________
Na Fig. 5.2-6a, ilustra-se o sistema que remove as variações indesejáveis de amplitude de uma onda
FM ou PM, sendo comumente usado em receptores.

Por outro lado, na Fig. 5.2-6b, o elemento não linear distorce a onda de amplitude constante, porém,
o BPF deixa passar apenas a tensão não distorcida na n-ésima harmônica*.
Esta combinação age como um multiplicador de frequência se n > 1, e é empregado em certos tipos
de transmissores*.

_________________________________________________________
* Esta questão será estudada nos itens a seguir.

Imunidade da modulação em ângulo à distorção não linear


Uma propriedade importante da modulação em ângulo é sua amplitude constante, que a torna menos
susceptível à não linearidades.
Não linearidades estão presentes em redes elétricas, e podem ser classificadas em duas categorias:
i) Não linearidade forte: quando é introduzida intencionalmente, de forma controlada e objetiva
alguma aplicação específica, como multiplicação de frequência, limitadores, etc.
ii) Não linearidade fraca: quando se deseja um desempenho linear, porém, não linearidades espúrias
aparecem devido à imperfeições.

Considere-se
id um canall de
d comunicação
i cuja
j característica
í i de d entrada
d e saída
íd seja:
j
vout (t )  a1v in (t )  a 2 vin2 (t )  a3 vin3 (t )
e onde nenhuma energia armazenada é envolvida (sem memória).
t

Se a entrada do sistema for vin (t )  xc (t )  Ac cos[2f c t   (t )] onde  (t )  2f   x( )d




tem-se a saída:
íd vout  a1 Ac cos[[2f c t   (t )]  a 2 A cos [2f c t   (t )]  a3 A cos [2f c t   (t )]
2
c
2 3
c
3

A seguir, expandem-se os termos em cosseno ao quadrado e ao cubo.


________________________________________________________
 Haykin, S., Communication Systems, 3rd. Edition, John Wiley & Sons, NY, 1994.
v out  a1 Ac cos[2f c t   (t )]  a 2 Ac2 cos 2 [2f c t   (t )]  a3 Ac3 cos 3 [ 2f c t   (t )]
_____________________________________________________
1  3  1 1
vout  a 2 Ac2   a1 Ac  a3 Ac3  cos[2f c t   (t )]  a 2 Ac2 cos[4f c t  2 (t )]  a3 Ac3 cos[6f c t  3 (t )]
2  4  2 4
A fim de extrair o sinal de FM desejado da saída do canal, ie, a componente na frequência fc, é
necessário separar este sinal de FM daquele com frequência portadora mais próxima, 2fc.
Um valor suficientemente grande de fc torna as componentes de vout(t) separáveis no domínio da
frequência.
Aplicando a regra de Carlson (por exemplo), encontra-se que a condição necessária para separar o
FM desejado é: 2 f c  [2 f   W ]  f c  [ f   W ].

fc 2fc f
Assim, um filtro passa banda fc centrado em e largura de banda igual a 2fc+2W pode extrair a
componente desejada de FM:
 3 
y c (t )   a1 Ac  a3 Ac3  cos[2f c t   (t )]
 4 
onde ocorre apenas mudança de amplitude.
Portanto FM não é afetado por distorção produzida na transmissão através de um canal com não
Portanto,
linearidade de amplitude.

Observação:
Em AM, uma não linearidade similar causa não apenas modulação indesejada, com frequência
portadora nc , mas também distorção do sinal desejado.
Por exemplo,
P l se um sinal
i l DSB,
DSB x(t) ( ) cos ct, passar por uma não id d vout (t )  av in (t )  bv
ã linearidade
li b in3 (t )
gera-se a saída:
 3b  b
vout  ax(t ) cos  c t  bx 3 (t ) cos 3  c t  ax(t )  x 3 (t ) cos  c t  x 3 (t ) cos 3 c t
 4  4
Se este sinal for aplicado a um filtro passa banda, a saída será:
 3b 
y c (t )  ax(t )  x 3 (t ) cos  c t
 4 
Note-se a componente de distorção (3b / 4) x 3 (t ) que aparece junto com o sinal desejado, ax(t).

Imunidade a não linearidade é a principal razão do uso da modulação em ângulo em sistemas de


rádio de microondas, nos quais os níveis de potência são elevados.
Isto requer amplificadores de microondas classe-C altamente eficientes.
Além disso, o efeito de variações de amplitude causadas por desvanecimento rápido pode ser
compensado com o uso de controle automático de ganho e limitação em banda passante.
Isto justificou o uso de FM na primeira geração de sistemas de telefonia celular.
Exemplo 5.2
5.2-1:
1: Limitador FM
Na Fig. 5.2-7a mostra-se uma forma de onda FM, enquanto na Fig. 5.2-7b tem-se o sinal corrompido
por ruído.
P
Passando
d o sinal
i l ruidoso
id por um limitador,
li i d gera-se o sinal
i l da
d Fig.
Fi 5.2-7c,
5 2 7 o quall apresenta glitches,
li h
porém, as variações de amplitude são sensivelmente removidas.
Ao passar este sinal por um BPF, gera-se o sinal de FM limpo mostrado na Fig. 5.2-7d; o filtro
remove as componentes t de
d alta
lt frequência
f ê i da d ondad quadrada
d d e elimina
li i os glitches.
li h
Embora o sinal resultante apresente alguma distorção, a informação presente em seus zeros é
preservada.

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