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º 11
JORNAL
DIA DOS TRABALHADORES TRABALHAR, APENAS TRABALHAR ENTREVISTA COM RUI C. PIMENTA ESTADOS UNIDOS
Nas ruas com a clas- Proibição dos cultos: Ainda existe Minneapolis deu o
se operária, 1º maio uma demagogia da democracia na exemplo: a luta é
em São Paulo pág. 4 burguesia pág. 6 internet? pág. 9 nas ruas pág. 12
Índice
EM DEBATE
Nas ruas com a classe operária, 1º maio em São
Paulo .............................................................. pág. 4
Proibição dos cultos: uma demagogia da
burguesia....................................................... pág. 6
ATIVIDADES DO PARTIDO
Mobilizar a classe operária brasileira: chegar
a 300 mil pessoas........................................ pág. 9
IMPRENSA OPERÁRIA
Edição n.º 11 Ainda existe democracia
18 a 24 de abril de 2021 na internet?............................................... pág. 9
Editora: Larissa Machado
Chefe de Redação: Henrique Simonard
Diagramação: Secretaria Nacional de
COLETIVOS
Agitação e Propaganda
Gari e a bateria Zumbi dos Palmares ... pág. 11
Endereço: Rua Apotribu, n.º 111, Saúde,
São Paulo - CEP: 04302-000
Minneapolis deu o exemplo:
Email: jornalpartido@gmail.com a luta é nas ruas ....................................... pág. 12
Telefone: (11) 99741-0436
Feminismo de banqueiro......................... pág. 13
Carta aos companheiros
Os militantes do Par- necessidade de uma ma- um ato independente, pode ser revertida com a
tido da Causa Operária nifestação real, de sair às convidando todos os se- mobilização do povo.
organizaram vitoriosos ruas contra os golpistas, tores da esquerda, em
atos contra a ditadura levantando as principais particular suas bases Um ato unificado em
militar no último dia 31 palavras de ordem dos militantes que, como São Paulo
de março. Esses atos fo- trabalhadores. em 31 de março, querem
ram importantes para Até agora, as princi- romper com a paralisia
mostrar que o único ca- pais organizações da es- de suas organizações. Em todos os momen-
minho possível é a mo- querda e do movimen- A maior parte dos ati- tos de maior mobili-
bilização, que é preciso to sindical não falaram vistas e militantes não zação do movimento
sair da paralisia comple- nada sobre o 1º de Maio. aguenta mais ficar para- operário brasileiro, a
ta que entrou a esquer- Tudo indica, pela parali- do enquanto o Brasil so- tradição é a realização
da e as organizações po- sia habitual, que ou não fre com mais de 360 mil de um ato nacional em
pulares. farão nada ou estão pre- mortos pelo coronavírus São Paulo. Com raras
Agora, a nova tarefa parando um ato como o e pesquisas mostram exceções, os atos são or-
do PCO é a organização do ano passado, virtu- que os lares brasileiros ganizados na maior ci-
de um ato nacional de al e com a presença de sofrem com insegurança dade do País e onde por-
1º de Maio em São Pau- elementos inimigos dos alimentar, ou seja, não tanto onde se concentra
lo. Novamente, é preciso trabalhadores. tem certeza se terão o a maior parte da classe
mostrar o caminho da Por isso, o PCO tomou que comer. É uma situ- operária brasileira.
mobilização e mostrar a a iniciativa de convocar ação catastrófica que só Por isso, o PCO está
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Os atos organizados
pela burocracia sindical
são na melhor das hipó-
teses atos despolitiza-
dos e na pior, festas que
servem para sorteios
de casas e carros, como
costuma fazer a Força
Sindical. Agora, com a
pandemia, sem atos de
rua, as ditas centrais
sindicais simplesmente
abandonaram qualquer Se os trabalhadores seguem tendo que trabalhar, a esquerda não pode esperar em casa
atividade. Ainda não sa-
bemos se farão como no servir para levar adian-
ano passado, quando se te um programa de rei-
juntaram num “ato vir- vindicações e de luta,
tual” com elementos da como a necessidade de Caravanas de todo o país para o
direita. um auxílio para todo o
Essa concepção da povo, a proibição das
ato do 1º de maio em São Paulo
burocracia sindical e da demissões, a diminuição
esquerda pequeno bur- da jornada de trabalho, Para participar das caravanas, entre em
guesa procura esconder sem redução do salário, contato com os coordenadores do PCO em
o verdadeiro significado a proibição dos despejos cada região:
do 1º de Maio: um dia de e cortes de água e luz.
luta internacional dos É preciso levantar Sul:
trabalhadores. Mais também um programa Matheus Vetter (47) 99155-2525
ainda, o 1º de Maio deve para o combate à pan-
ser visto como um dia demia como a vacina- São Paulo:
de greve geral da classe ção massiva da popu- Francisco (11) 99588-4677
trabalhadora interna- lação, a construção de
cional. mais hospitais e leitos Sudeste (RJ, MG e ES)
Portanto, além da re- e testes para toda a po- Henrique Simonard (21) 99157-3169
alização dos atos, o dia pulação.
deve servir para que os Todas essas reivindi- Centro Oeste:
trabalhadores levantem cações são essenciais Renan Arruda (61) 99985-9681
suas principais palavras para combater a catás-
de ordem. trofe social do País e são Norte e Nordeste:
No Brasil, com a ca- necessidades imediatas Renato Farac (73) 99171-9075
tástrofe social que se para todos os trabalha-
passa, o 1º de Maio deve dores e todo o povo.
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EM DEBATE �� a �� de abril de ����
A política de proibição
dos cultos se assemelha
assim a política geral de
proibição do lazer, das
festas, das praias e dos
bares, é uma política re-
pressiva contra a classe
operária. É também uma
política de tipo escravo-
crata, o trabalhador só
pode sair de casa para
trabalhar, na realida-
de ele é obrigado a sair
de casa pois se não sair
será demitido, sem em-
prego receberá a esmola
de 150 por 4 meses, isso
se der a sorte de ser um
dos beneficiados. É um
escárnio contra a popu-
lação, enquanto a esma-
gadora maioria trabalha
arriscando sua vida to-
dos os dias para manter
os lucros dos patrões o
governo proíbe qual-
quer manifestação de Para o trabalhador que é enlatado no transporte público todos os dias, cultos e atividades de
lazer demagogicamen- lazer são proibidos
te para ganhar mais
poderes repressivos e ckdown em vez de uma Alguns setores da es- sofrer sozinhos em casa.
para ganhar um apoio se defender uma polí- querda que se dizem O que é preciso com-
da pequena burguesia tica real de combate a marxistas aderiram uma preender é que tanto a
fingindo que combate a pandemia com amplas postura agressiva aos religião, quanto as dro-
pandemia. medidas sociais. religiosos, citam a fa- gas, quanto outras for-
Enquanto isso, a Mas não é só isso, o mosa frase de que a “re- mas de escapismo indi-
grande maioria dos re- ataque feito pela esquer- ligião é o ópio do povo” vidualista da realidade
ligiosos, trabalhadores da pequena burguesa sem compreender o que são políticas conserva-
que desejam ter seu aos evangélicos ocorre disse o próprio Marx. A doras pois não se mani-
momento de alívio num de forma histérica, e só citação completa diz que festam em uma mudan-
culto ou missa, são jo- está sendo feito devido “A religião é o suspiro da ça da realidade material
gados para apoiar a ex- ao aval dado pela bur- criatura oprimida, é o da sociedade. E a única
trema direita visto que guesia, durante os anos coração de um mundo alternativa real para a
Bolsonaro se apresenta anteriores, nos governos impiedoso, é a alma de superação dessas tra-
como o defensor da li- do PT por exemplo, rara- um mundo desumano. dições e de todo este
berdade religiosa. En- mente se via um ataque É o ópio do povo.” Marx sofrimento é alcançar
quanto isso, a direita a este setor. A maneira entendia que assim a superação da própria
tradicional e a esquerda correta de se combater como as drogas são uma sociedade de classes
a seu reboque se apre- a religião não tem nada forma de escapar ao so- por meio da luta organi-
sentam como os car- a ver com o que está frimento do mundo ter- zada dos trabalhadores
rascos materializados acontecendo nos dias rível que a esmagadora em direção ao socialis-
nos porretes e fuzis da de hoje, é preciso dialo- maioria da população mo. Da mesma forma, o
polícia militar, respon- gar com os evangélicos, vive no regime capitalis- único caminho real para
sável por implementar a católicos, umbandistas ta, a religião cumpre um o combate a pandemia
repressão das aglome- e religiosos em geral de papel parecido. Nesse não passa por proibi-
rações, isto é, daquelas forma respeitosa, colo- sentido, a proibição dos ções vindas de juízes
que não são relaciona- car as questões políticas bares se assemelha ain- ultra reacionários, mas
das ao trabalho. Apoiar a e sociais em primeiro da mais à proibição dos sim pela luta da classe
proibição dos cultos faz plano, atacar a política cultos, para a burguesia operária brasileira con-
parte da mesma política de Bolsonaro, que é ini- durante a pandemia os tra a burguesia genoci-
incorreta de apoiar o lo- migo dos trabalhadores. trabalhadores devem da e golpista.
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Feminismo de banqueiro
Bia, a inteligência artificial do Bradesco, ganhou novas
respostas contra o assédio. A campanha, no final, não
passa de pura demagogia
O banco Bradesco,
seguindo o exemplo
de grandes empresas
como a Amazon e Ma-
gazine Luiza, atuali-
zou sua assistente de
voz para que responda
de maneira mais firme
mensagens machistas
ou de assédio proferi-
das por clientes ao usar
a plataforma para con-
sultar seu saldo ou pa-
gar contas.
A ideia veio da cam-
panha da Organização
das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e
a Cultura (Unesco) “Hey,
atualize minha voz”, um
movimento contra o
preconceito de gênero e
o assédio sexual dirigi-
do às Inteligências Arti-
ficiais.
A campanha da “Bia
do Bradesco” já está
circulando nas redes
sociais e na televisão, Inteligência artificial de banco privado é demagogia com a luta das mulheres
segundo o banco:
de gênero e o assédio desco, Amazon, Google sindicato dos bancários
“Mudamos as res- sexual as robos. A cam- e Apple são grandes e financiários de Curi-
postas da BIA para panha na realidade não empresas capitalistas, tiba e funcionária do
que ela reaja de for- muda nada a situação conhecidas internacio- Bradesco, Cristiane Za-
ma justa e firme con- da mulher, e não passa nalmente por explorar carias, em entrevista ao
tra o assédio. Sem de pura demagogia das a classe trabalhadora, jornal Gazeta do Povo,
meias palavras. Sem grandes empresas ca- e consequentemente afirmou:
submissão. Porque, se pitalistas do Brasil e do as mulheres. Em pri-
queremos construir mundo. Já é moda agora meiro lugar, em nenhu- “Dentro do ban-
um futuro com mais grandes empresas ca- ma delas uma mulher co a gente vê muitos
respeito, precisamos pitalistas e a imprensa trabalhadora tem seu problemas que são
dar o exemplo AGORA” burguesa fazerem uma salário equiparado ao divergentes com a
demagogia barata em dos homens. O caso do postura que o banco
Aqui no Brasil a agên- defesa das mulheres, Bradesco é ainda pior, quer demonstrar nes-
cia responsável pela negros e homossexuais enquanto investe em sa propaganda. São
campanha é a Publicis e vários setores da es- uma propaganda dema- denúncias de assédio
Brasil, que atende gran- querda aplaudirem de gógica sobre respeito rotineiras”.
des empresas como pé essas iniciativas far- às mulheres, com suas
Nestlé e Carrefour, e no sescas. funcionárias o banco No mundo da pro-
papel, o objetivo é lutar A campanha não pas- não se importa. paganda, de fato, vale
contra o preconceito sa de um circo. Bra- A secretária geral do tudo. Mas na realidade,
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