Você está na página 1de 2

Estudante: Karina Vernizzi Santos

N. USP: 5926850

Dramaturgia II

Uma criança de 4 anos em sofrimento por alguma razão: fome, sono, frustração extrema.
Sua mãe e pessoas num supermercado. É noite. A mãe tenta finalizar as compras que
precisa fazer para levar a criança para casa. 6 atores em cena.

A criança grita e bate na mãe, chora.


Mãe: Calma, filha, nós já vamos pra casa.
Criança: NAAAAO! EU QUERO AGORAAAA! EU QUERO AGORAAAAAAAA!
Bate na mãe. Pessoas no mercado fazem cara de desaprovação, julgam sem cerimônia. A
mãe exprime uma cara de exaustão.
Mãe (ainda mantendo a calma no estilo cristão, oferecendo a outra face): Filha, calma, eu
sei que você está com sono…
Criança: EU NAO ESTOU COM SONO, SUA VACAAAAAA
Ela se espanta com o palavreado, as pessoas ao redor exprimem uma exclamação de
surpresa.
Mãe: Filha, isso não foi legal, você não pode xingar ou gritar com a mamãe, eu não estou
gritando com você.
Criança (começa a soluçar pelo choro e nervoso): EU VOU QUEBRAR SEU CELULAR.
(arranca o celular da mão da mãe).
Ela de repente desperta com o objeto de 3 mil reais na mão de sua filha tomada pelo surto.
Arranca o celular da mão da criança e sem pensar dá-lhe um belo tapa na cara. Ela para
por um segundo e em seguida chora ainda mais alto se isso ainda é possível. O público que
já se forma no supermercado está em choque com a atitude da mãe. Uma funcionária do
supermercado que parou para assistir: - Senhora, eu serei obrigada a ligar para o conselho
tutelar. As imagens estão gravadas.
Mãe: Conselho tutelar? CONSELHO TUTELAR? Ótimo! Você me faz um favor, esta criança
está fora de controle! (dá um tapa na cara da funcionária). Chama o controle de zoonoses
agora, sua vaca!
Pega a criança à força, ela se debate, grita, bate na mãe. Ela grita:
Acabou a palhaçada, Celina! Acabou!!! Você vai pra casa agora ficar de castigo. E vai ficar
SEM JANTAR.
A mãe larga o carrinho de compras para trás.
O público temporário que a princípio julgava a criança passa a julgar a mãe através de
comentários desaprovando. A criança de repente se demonstra arrependida e passa a pedir
desculpas para a mãe.
- Me desculpa, mamãe, eu não vou fazer mais isso.
- Desculpa é o caralho, Celina, você vai ver só.

Você também pode gostar