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b íb l ia s a g r a d a

\ovo Testamento
VE RSÃ O S E G U N D O
0 TEXTO ORIGINAL

PELO

P.^ M A T O S SOARES

http://
alexandriacatolica.blogspot.c
N ih il o b s t at

Portucalc, dfc 15 Novembrls 1956.


Co m. J. ValtKte.

IM P R IM A TÜ R
Foriucale, die 17 Novembtls I«56.
Aatonlas, Ep. Ptrtacaléxíís.
S E C R E T A R IA DE ESTAD O
DE SU A SA N TID AD E

V uticano, S de M aio de 1956

B ev.'” ° Senhor.

A nova edição da B ib lia Sagrada, em lin gu a p o r-


tuguesa, é m ais um a p rova do eelo operoso, com que
V. Bev.O' p ro cu ra levar lue ás alm as e estim ular o
apostolado do bem, sobretudo no cam po da Verdade.
S ua Santidade não pode d eixa r de lou va r tão opor-
tuna in ic ia tiv a , que m u ito há-de co n trib u ir p a ra firm a r
« ilu s tra r a fé e a piedade dos católicos portugueses, a
flm de que aumente o conhecimento e o reinado ãe Jesus
Cristo, como é seu propósito.
Reconhecido, p orta n to, p ela filia l homenagem, e
invocando em la rg a cópia as graças divinas sobre as
suas actividaães, o Augusto Pontífice concede a V. R e v .»
e ao seu colaborador a pa tern a l Bênção Apostólica.
P erm ita -m e que acrescente o meu pessoal agradeci-
mento pelo exem plar que teve a bondade de me oferecer,
e queira a ceita r a expressão de p rofu n d a estima, com
que sou
D e V. Rev.<i
At.to e obg.áo servidor in C .J.

A -
Subst.

Rev.">o Senhor
% a .m el de ')/l\atas Joam s
P o rto
que está escrito : 0 Senhor teu Deus adorarás, e a ele
só servirás (Dt. 6,13).» II Eutão o demóuio deixou -o;
e eis que os anjos se aproxim aram , e o serviram .

Jesus na Galileia

Jesus é o Messias enviado p or Deus

Jesus 12 Tendo (Jesus) ouvido que João fora preso, reli-


volla para
rou-se para a G alileia. 13 Depois, deixando Nazaré,
G alileia. fo i habitar em Cafarnaum, situada junto do mar, uos
confins de Zabulon e N eftali, 14 cumprindo-se o gue
tinha sido anunciado pelo profeta isaías, qiiando disse
(8,23-9,1); 15 T erra de Zabulon e terra de N e fta li, terra
que confina com o m ar, pais além do Jordão, G a lileia
dos gentios! 16 Este povo, que ja e ia nas tre v a s ,v iu uma
grande lu e ; e um a lue levantou-se p a ra os que ja e ia m
na sombra da m orte. 17 Desde eotão, começou Jesus a
p regar: «F a z e i penitência, porque está próxim o o reino
dos céus.»
Vocaçao 18 Caminhando ao lon go do mar da G alileia, viu
de
quatro dois irmãos, Sim ão, chamado Pedro, e, A ndré, seu
pescado- irm ão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pesca-
res. dores. 19 «S egu i-m e, lhes disse, e eu vos farei iiesca-
dores de hom en s.» 20 E eles, im ediatam ente, deixadas
as redes, o seguiram . 21 Passando adiante, viu outros
dois irm ãos, T ia g o , filho de Zebedeu, e João, seu irmão,
que estavam numa barca juntam ente com seu pai Zebe-
deu, consertando ae suas redes, e chamou-os. 22 Eles,
im ediatam ente, deixando a barca e o pai, o seguiram .
Jesus 23 Jesus percorria toda a G alileia, ensinando nas
percorre sinagogas, e pregando o Evangelho do reino (de Deus),
a Galileia.
e curando todas as enfermidades entre o povo. 24 A sna
fama espalhou-se por toda a Síria, e trouxeram -lhe todos
os que tinham algum mal, possuidos de vários achaques
e dores: possessos, lunáticos, paralíticos; e eurava-os.
25 Seguiram -no grandes m ultidões (de p ovo) da G ali-
leia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e de além
do Jordão.
Bermao 5 — 1 Vendo (Jesus) aquelas m ultidões, subiu a
da monta- um monte, e, tendo-se sentado, aproxim aram -se dele
nha: Bem-
-aven- os discípulos. 2 A b rin d o então a sua boca, os ensi-
turanças. nava, d iz e n d o :
11. Jesua fo i consolado pelos anjos, depois de vencer a tenla-
ç l o ; nõa seremos consolados pelo Salrador, se igualmente rencermos
ae nossas teataçOes.
3 « Bem -aventurados os pobres de espírito, porque
deles é o reino dos céus.
4 Bem -aventurados os mansos, porque possuirão a
T erra.
5 Bem-aventurados os que choram , porque serão
consolados.
6 Bem -aventurados os que lêm fom e e sede da
ju stiça , porque serão saciados.
7 Bem -aventurados os m i s e r i c o r d i o s o s , porque
aleauçarão m isericórdia.
8 Bem -aventurados os puros de coração, porque
verão a Deus.
9 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão cha-
mados filhos de Deus.
10 Bem-aventurados os que s o fr e m perseguição
por am or da justiça, porque deles é o reino dos
céus.
11 Bem -aventurados sereis, quando vos insulta- Perse-
guição
rem , vos perseguirem , e disserem falsam ente toda a saintar.
sorte de mal contra vós por causa de mim. 12 Â legrai-
-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa
nos céus, pois (tam bém ) assim perseguiram os profe-
tas, qu e existiram antes de vós.
13 Vós sois o sal da terra. Porém , se o sal perder 0
qne os
a sua força, com que será ele salgad o? Para nada Apóstolos
m ais serve senão para ser lançado fo ra e calcado pelos devem
homens. 14 Vós sois a luz do mundo. N ão pode escon- ser.
der-se uma cidade situada sobre um m onte; 15 nem se
acende uma lucerna, e se põe debaixo do alqueire, mas
sobre o candeeiro, a fim de que dê luz a todos os que
estão em casa. 16 Assim brilhe a vossa luz diante dos

5 , 3. Pobres de espirito são não só os que, seguindo o conse-


lh o do Baivador, abaudonom tudo para o seguir, mas lambém os
pohres eíeclivos, qoe levam com paciência a sua pobreza, e todos
« e que, embora possuam bens do mundo, têm o coração desprendido
d eles e não fazem consistir a sua felicidade em amonloar lesonros.
1. P o sa «irõ o a T e rra messiânica, islo é, o reino de Deus.
ã. Oa que ehoram , por cansa dos seus pecados, por causa das
tentacOes e parigoe a qne se encontram expostos, por cansa das
ofensas feitas a Dens.
6. Fom e e sede da jiu tiç a , isto ê, um desejo vivíssim o de
a tin g ir aquela perfeição moral qne nos leva a conformar em Indo a
uossa vontade com a vontade de Dens.
13. O s o l da to rra , para, com o exem plo e a sna palavra, con-
verter os homens corrompidos para Dens, e preservar os boas da
corinpção.
14. Y òt sois a luã ão m undo, qne se encontra envolto nas
trevas do pecado e d a ignorância; iluminai-o com os v o b b o b bons
exem plas e ensinamentos.
homens, para que vejam as vossas hoas ohras, e glo ri-
fiquem o vosso Pai, que está nos céus.
A 1 7 N ão ju lgu eis que vim abolir a lei ou os profe-
é o ^ tas; não vim (p a ra os) abolir, mas sim (p a ra os) eum-
campri- prir. 18 Porque fem verdade vos d ig o : antes passarão
mento da o céu e a terra, que passe da le i um só jo ta ou um só
antiga, g g jj, q u g im jo seja cum prido. 19 A qu ele, pois,
que vio la r um destes maudamentos, mesmo dos mais
pequenos, e ensinar assim aos homens, será conside-
rado o mais pequeno no reino dos céus; mas o que os
guardar e ensinar, esse será considerado grande no
reino dos céus. 20 Porque eu vos digo que, se a vossa
justiça uão exceder a dos escribas e a dos fariseus, não
entrareis no reino dos céus.
21 Ouvistes que fo i dito aos a n tigos: N ão m a ta rã s
(E x. 20,13.. .), e quem matar será submetido ao ju ízo
do tribunal. 22 Pois eu digo-vos que todo aquele que
se irar contra o seu irm ão, será submetido ao ju ízo d o
tribunal. E o que chamar « r a c a » a seu irm ão será
condenado pelo Sinédrio. E o que lhe chamar louco,
será condenado ao fo go da geena. 23 Portanto, se
estás para fazer a tua oferta diante do altar, e te Jem-
brares aí que teu irm ão tem algum a coisa contra ti.
24 d eixa lá a tua oferta diante do altar, e vai reconci-
liar-te prim eiro com teu irm ão, e depois vem fazer a
tua oferta. 25 Acom oda-te sem dem ora com o teu
adversário, enquanto estás em caminho com ele, para
que não suceda que esse adversário te entregue ao ju iz ,
e o ju iz te entregue ao seu m inistro, e sejas posto em
prisão. 26 Em verdade te d ig o : Não sairás de lá antes
de ter pago o últim o quadrante.
27 Ouvistes que fo i d it o : N ão cometerás a d u lté rio
(E x. 20,14). 28 Eu, porém, digo-vos que todo o que

21. Juiso do trib u n a l era um tribunal composto de vinte e Irêa


juizes existentes em todas as cidades, que ju lga va as causas pequenas.
22. R aca, isto é, imbecil. — S in é d rio era o supremo tritiuuat
dos judeus, qae residia em Jerusalém, e era composto de setenta
membros e um presidente. Julgava as causas mais importantes----
Geena era um vale situada perto de Jerusalém onde se queimaram
as imundicies. P o r este facto a palavra geena tornou-se sihõaimo de
inferno.
25-26. Jesus mostra a necessidade que temos de nos reconciliar
com o próximo ofendido, antes de aparecermos no tribunal de Deus.
— N ã o aairás de lá antes de ter pago o ú ltim o quadrante. Nestas
palavras vêem alguns um argumento em favor da existência do pur-
gatório. Mostram, segundo vários comentadores, que há um lugar,
depois da vida, onde se sofre um castigo temporário por faltas leres,
não perdoadas neste mundo. Por faltas leves, porque as graves não
perdoadas levam ao inferno por toda a eternidade.
olhar para uma mulher, cobiçando-a, já cometeu adul-
tério com ela no seu coração. 29 Por isso, o teu olho
d ireito é para ti causa de queda, arranca-o e lança-o
para lo o g e de ti, porque é melhor para ti que se perca
um dos teus membros, do que todo o teu corpo seja
lançado na geena. 30 E, se a tua mão direita é para ti
causa de queda, corta-a e lança-a para longe de ti, por-
que é m elhor para ti que se perca um dos teus mem-
bros, do que todo o teu corpo seja lançado na geena.
31 Tam bém foi d ito : Aquele que re p u d ia r sua m u lh e r,
dê-lhe libelo de repúdio (Dt. 24,1). 32 Eu, porém, d igo-
-vo s: todo aquele que repudiar sua mulher, a não ser
por causa de fornicação, expõe-na ao adu ltério; e o que
desposar a (m u lh er) repudiada, comete adultério.
33 Igu alm ente ouvistes que fo i dito aos a n tigo s:
N ão p e rju ra rá s , mas gu ard arás p a ra com o Senhor os
teus juram entos (E x. 2U,7 . . . ) . 34 Eu. porém, digo-vos
que não jureis de m odo algum (sem m otivo ju s to ), nem
pelo céu, porque é o trono de D eus; 35 nem pela
terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jeru-
salém, porque é a cidade do grande rei. 36 Nem ju ra-
rás pela lua cabeça, pois não podes fazer branco ou
negro um só dos teus cabelos. 37 Seja o vosso falar:
Sim. sim ; não não. Tu do o que disto passa, procede
do M aligno.
38 Ouvistes que fo i dito : Olho p o r olho, e dente p o r
dente (L e v . 24,19-áO). 39 Eu, porém, digo-vos que não
resistais ao (que é) m a u ; mas, se alguém te ferir na tua
faee direita, apresenta-lhe também a o u tra ; 40 e ao
que qu er chamar-te a ju ízo para te tirar a túnica, cede-
-Ihe também a capa. 41 Se alguém te forçar a dar m il
29-30. A s palavras de Jesns são empregadas em sentido ligu-
rado. 0 olho d ireito e a tnão d ire ita eigniãoam as coisas mais caras
(fue possamos ter, às quaís é necessário renunciar, ee forem para nos
ocasião próxima do pecado.
32. A nào ser p o r causa de forn ica çã o, isto é, ne.sle caso é que
o homem não comete falta, repudiando eua mulher e expondo>a assim
ao perigo de ser adúltera. Todavia o vínculo do matrimônio não
desaparece; eLa continua a ser sempre a sua única mulher legítima,
como se conclaí das palavras de Jesus: O que desposar a (mnlher)
rep u d ia d a (seja qual for o motivo por que tenha sido repudiada),
comete a d u liério.
39. N à o resistais ao (que é ) m au, isto é, não façais mal a
quem vos faz mal. — Se alguém te f e r i r . . . Nestas palavras Jesua
dá um conselho e não um preceito, e recomenda a paciência nos
maus tratos, proibindo toda a vingança particular.
40. Para praticar a caridade é preciso sermos prontos em sacri-
ãcar os bens materiais.
41. A caridade leva-nos a fazer mesmo aqnilo a que não esta-
mos obrigados. 0 sentido deste vers. é o seguinte : Se algném le
passos, va i com ele mais dois m il. 42 Dá a quem te
pede, e não voltes as costas ao que deseja que lhe
emprestes.
43 Ouvistes que foi dito : Ã m ards o (eu p ró x im o
(L e v . 19,18) e aborrecerás o teu inim igo. 44 Eu, porém,
d ig o-vos: A m a i os vossos inim igos, fazei bem aos que
vos odeiam , e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem. 45 Deste modó sereis fllhos do vosso Pai
que está nos céus, o qual faz nascer o sol sobre maus
e bons, e manda a chuva sobre os justos e injustos.
46 Porque, se amais (sòmente) os que vos amara, que
recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos
também o mesmo? 47 E se saudardes sòmente os vos-
sos irm ãos, que fazeis (nisso) de especial? N ão fazem
também assim os próprios gen tios? 48 Sede pois per-
feitos, como vosso Pai celestial é perfeito.
Deve 6 — l Guardai-vos de fazer as boas obras dianle dos
haver
inienção
homens, com o fim de serdes vistos por eles. doutra
recla sorte oão tereis direito à recompensa do vosso Pai. que
quando está nos céus. 2 Quando pois dás esm ola, não faças
se üá
esmola.
tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas
nas sinagogas e nas rüas, para serem louvados pelos
homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua
recompensa. 3 Mas, quando dás esm ola, não saiba a
tua mão esquerda o que faz a tua d ireita, 4 para que a
tua esm ola fique em segredo, e teu Pai, que vê (o que
faees) em segredo, te pagará.
Quando 5 Quando orais, não sejais com o çs hipócritas, que
se foz
oração. gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das
praças, a flm de serem vistos pelos homens. Em ver-
dade vos d igo que já receberam a sua recompensa.
6 T u , porém , quando orares, entra no teu quarto, e,
fechada a porta, ora a teu Pai em segred o; e teu Pai,
que vê fo que se passa) em segredo, te dará a recom -
pensa. 7 Nas vossas orações não useis muitas paiavras
como 08 gentios, os quais julgam qu e serão ouvidos á
força de palavras. 8 Não oa im iteis, porque vosso P ai
obrigar a levar uma carga ou a servir de guia auma viagem de m il
passos, caminha mais dois mil, além daqueles a que és obrigado.
48. Sede jK ie perfeitos na caridade, como Dens, o qnal ama os
amigos e os inimigos.
6 , 1. (ru ardai-nos... Jesus não condena o bom exemplo, con-
dena que pratiquemos o bem levados pelo desejo do receber louvores
dos homens.
6. Jesus não proíbe a prece pública, mas sim a ostentação e a
vaidade de querermos parecer homens de oração.
7. Jesus condena aqueles que fazem consistir a priece em repe-
tir mecànicamfenie certas fãnnnlas, como faziam os pagãos.
sabe o que vos é n e c e s s á r i o , antes que vós lho
peçais.
9 Vós pois orai assim : Pai nosso, que estás nos
céus, santificado seja o teu nome.
10 Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade,
assim na terra com o no céu. 11 0 pão nosso de cada
d ia nos dà hoje. 12 Perdoa-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos aos que nos lêm ofendido.
13 E não nos deixes cair em tentação, mas Jivra-nos
d o mal.
14 P o r q u e , se v ó s p e r d o a r d e s a o s h o m en s as
suas ofensas, também vosso P a i celeste vos perdoará.
15 Mas, se não perdoardes aos homens, tão pouco
vosso P a i vos perdoará as vossas ofensas.
16 Quando jejuais, não vos mostreis tristes como Quando
se jejaa.
os hipócritas, que desfiguram os seus rostos para mos-
trar aos hom ens que jeju am . Na verdade vos digo que
já receberam a sua recompensa. 17 Mas tu, quando
jejuas, unge a tua cabeça e lava o teu rosto, 18 a flm
de que não pareças aos homens que jejuas, mas a
teu Pai, que está presente ao (que há de m ais) se-
creto. e teu Pai, que vê no secreto, te dará a recom-
pensa.
19 N ão acumuleis para vós tesouros na terra, onde Devemos
renunciar
a ferrugem e a traça (os) consomem, e onde os ladrões aoH bens
perfuram as paredes e roubam. 20 Entesourai para vós (ia lerra.
tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem a traça (os)
consomem, e onde os ladrões nào perfuram as paredes
nem roubara. 21 Porque onde,está o teu tesouro, aí
está também o teu coração.
22 O olho é a lâm pada do corpo. Se o teu olho for
são, todo o teu corpo terá luz. 23 Mas, se teu olho for
defeituoso, todo o teu corpo estará em trevas. Se pois
a luz, que há em ti, é trevas, quão espessas serão as
próprias tr e v a s !
24 Niuguém pode servir a dois senhores; porque
ou há-de odiar um e amar o outro, ou há-de afeiçoar-se
a um e desprezar o outro. N ão podeis servir a Deus e
a riqueza.

32-23. Por semelhança dá Jesos o nome de olho ao uosso cora-


ç&o qae é rerdadeiram eale a vista do interior. Se o coração é puro,
desprendido das coisas da lerra» e desejando as do céu, Ioda a nossa
vida moral será boa. Se o coração não é puro, a nossa vida moral
D ã o pode ser boa.
M. N à o podereís servir a Deus e à riqu eea . Por estas pala-
vras Jesns não condena o ter riqueza, mas sim o s e rv ir à riqueza,
isto é, ser escravo dela-
25 Portanto vos d ig o : N ão vos preocupeis (dema-
siadam ente), nem com a vossa vida, acerca do que
haveis de comer, nem com o vosso corpo, acerca do
que haveis de vestir. Porventura não va ie mais a vida
qué o alim ento, e o corpo mais que o vestido? 26 Olhai
para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam ,
nem fazem provisões nos celeiros, e contudo vosso Pai ce-
leste as sustenta. Porventura não vaieis vós m uito mais
do que elas? 27 Qual de vós. por mais que se afadigue,
pode acrescentar um só côvado à duração da sua vid a?
28 E porque vos inquietais com o vestido? Consi-
derai com o crescem os lirios do cam po: não trabalham
nem fiam. 29 D igo-vos todavia que nem Salom ão, em
toda a sna glória, se vestiu como um deles. 30 Se pois
Deus veste assim uma erva do campo, que hoje e.xiste,
e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós,
homens de pouca fé ! 31 N ão voe aflijais poie, dizendo:
Que com erem os? Que beberemoe? Com que nos vesti-
remos? 32 Os gentios é que procuram com excessivo
cuidado todas estas coisas. Vosso Pai sabe que tendes
necessidade delas. 33 Buscai, pois, em prim eiro lugar,
o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão dadas por acréscimo. 34 Não vos preocupeis, pois,
demasiadamente, pelo dia de am anhã; o dia de amanhã
terà as suas preocupações próprias. A cada dia basta
o seu cuidado.
Não 7 — 1 Nâo ju lgu eis, para que não sejais julgados.
julguemos
o 2 Pois, segundo o ju ízo com que julgardes, sereis ju l-
próximo. gados; e com a m edida com que medirdes vos m edirão
também a vós. 3 Porque olhas tu para a aresta qne
está DO olho de teu irm ão, e não notas a trave no
teu olh o? 4 Como ousas dizer a teu irm ão: Deixa-me
tirar-te do olho uma aresta, tendo tu no teu uma trave?
5 H ipócrita, tira prim eiro a trave do teu olho, e então
verás para tirar a aresta do olho de teu irm ão.
6 Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos
porcos as vossas pérolas, para que não suceda que eles
as calquem com os seus pés, e que, voltando-se contra
vós, vos dilacerem .

7, 1. N ã o ju lgu e is mal do próximo sem íundam enlo; que o ód io


e a inveja nunca vos levem a condená-lo.
3-4-5. P o rq u e olkas tu p a ra a a re s ta ... porque és tão cuida-
doso cm ver e censurar as pequenas Tallas do próximo, e não vês
nem corriges as luas, que são muito m aioresf Corrige-te primeiro, e
depois terás autoridade para corrigir os outros.
6. Cães, porcos são os maus que desprezam e escamecem das
coisas santas.
s . MATEüa, 7, 7 — 23 13

7 Pedi, e vos será d a d o ; buscai, e ach areis; batei, Eficácia


da
e abrir-se-voB-á. 8 Porque todo o que pede, recebe o oração.
que busca, encontra, e a quem báte, abrir-se-á. 9 Qual
de vós dará uma pedra a seu filho, quando este lhe pede
pão? 10 Se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma ser-
pente? 1t Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar coisas
boas a vossos filhos, quauto mais vosso Pai celeste dará
coisas boas aos que lhas pedirem !
12 Tudo o cfue vós quereis que os homens vos R egra
de
façam, fazei-o também vós a eles; esta é a le i e os caridade.
profetas.
13 Entrai pela porta estreita, porque larga é a Reniincia
de nós
poria, e espaçoso o cam inho que conduz à perdição, e mesmoa.
muitos são os que entram por ela. 14 Que estreita é a
porta, e que apertado o cam inho que conduz à vida,
e quão poucos são os que dão com e l e !
15 Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós Evitemos
09 falsos
com vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos orienta-
rapaces. 16 Pelos seus frutos os conhecereis. Porven - dores.
tura colhem-se uvas dos espinhos, ou figos dos abro-
lh os? 17 Assim Ioda a árvore boa dá bons frutos, e
toda a árvore má dã maus frutos. 18 Não pode uma
árvore boa dar maus frutos, nem uma árvore má dar*
bons frutos. 19 T od a a árvore, que não dá bons frutos,
será cortada e lançada ao fogo. 20 Vós os conhecereis,
pois, pelos seus frutos.
21 Nem todo o que me d iz : Senhor, Senhor, entrará Façamos
a vontade
no reino dos céus, mas só o que faz a vontade de meu de Deus.
Pai, que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele
d ia : Senhor, Senhor, não profetizam os nós em teu
nom e, e em teu nome expelim os os demônios, e em teu
nome fizemos muitos m ilagres? 23 E então eu Ibés
direi bem a lto : Nunca vos conheci! Apnrtai-vos de
mim, vós que obrais a in iq ü id a d e !
11-12. Enqn&nto que os g e a t i o s serão chamados à fè, os
filhos do re in o j isto é, os judeus serão condenados, por causa da
sua falta de correspondência ao chamamento de Deus.
20. 0 escriba queria seguir Jesus, levado pela esperança de
adquirir riquezas tem porais. Jesus, porém, na resposta, tira-lhe essa
esperança dizendo que nem ao menos tetn onde re c lin a r a cabeça,
— 0 Profela Daniel (7,13), anunciando o Messias, chama-lhe F ilh o
do h o m e m ; e Jesus, dando muitas vezes a si mesmo esle nome, quer
mostrar aos que conhecem os escritos do profeta, qoe é ele o Messias
anunciado.
!22. D e ix a qite os m o rto s ,., Com eslas palavras Jesus de modo
nenhum teve em vista dispensar os filhos das últimas homenagens
que devem prestar a seus paia; sòmente quis que, quando estiverem
em colisão os deveres para com os pais e os deveres para com Deus,
são estes que devemos preferir.
0 ver- 24 T od o aquele, pois, que ou ve estas minhas pala-
dadeiro
sábio. vras, e as observa, será semelhante ao homem pru-
dente que ediflcou a sua casa sobre rocha. 25 Caiu a
chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos, e
investiram contra aquela casa, mas ela não caiu, por-
que estava fundada sobre rocha. 26 T od o o que ouve
estas minbas palavras e não as pratica, será seme-
lhante ao homem insensato, que ediflcou a sua casa
sobre areia. 27 Caiu a chuva, transbordaram os rios,
sopraram os ventos, e investiram contra aquela casa,
e ela caiu, e foi grande a sua ru in a.»
Admira- 28 Quando Jesus acabou este discurso, estavam as
ção
(Io poro. multidões admiradas da sua doutrina, 29 porque os
ensinava, como quem linha autoridade, e não como
os seus escribas.
Cura 8 — 1 Tendo Jesus descido do monte, uma grande
do
leproso. multidão 0 seguiu. 2 E eis que, aproximando-se um
leproso, se prostrou dizendo: «S en h or, se tu queres,
podes cu rar-m e». 3 Jesus, estendendo a mão, toeou-o,
d izendo-lhe: «Q u e ro , sê cu rad o.* E logo flcou curado
da sua lepra. 4 E Jesus disse-lhe: « V ê , não o digas
a ninguém , mas vai, mostra-te ao sacerdote, e faz a
oferta que Moisés ordenou, em testemunho da tua
cu ra .»
Ciira do -5 Ten do entrado em Cafarnaum, ap roxim ou -se
servo do
centurião. dele um centurião, e fez-lhe uma súplica, 6 dizen do:
«S en h o r, o meu servo ja z em casa paralítico, e sofre
m u ito.» 7 Jesus disse-lhe: «E u irei e o curarei.» 8 Mas
o centurião, respon deu : «Senhor, eu nào sou digno
que entres na minha casa; diz, porém, uma só palavra,
e .0 meu servo será curado. 9 Pois também eu sou um
bomem sujeito a outro, tendo soldados às minhas
ordens, e d igo a u m : Vai, e ele v a i; e a ou tro : Vem,
e ele v e m ; e ao meu servo: Faz isto, e ele o fa z ,»
10 Jesus, ouvindo estas palavras, admirou-se, e disse
para os que o seguiam : « Em verdade vos digo : Não
achei fé tão grande em Israel. 11 Digo-vos, pois, que
virão m uitos do O riente e do Ocidente, e se sentarão
com A braão, Isaac e Jacob no reino dos céus, 12 en-
quanto que 08 filhos do reino serão lançados nas trevas
exteriores, onde h averá pranto e ranger de d en tes.»
13 Então disse Jesus ao centurião: « V a i, seja-te feito
conform e creste.» E naquela mesma hora ficou curado
0 servo.
Cura 14 Ten do chegado Jesus a casa de Pedro, viu que
da sogra
de Pedro, a sogra dele estava de cama com febre; 15 e tomou-a

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