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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Expansão urbana e suas implicações

Fátima João Daniel: 708192326

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Geografia de Urbanismo
Ano de frequência: 4º Ano, 1º Semestre
Turma: E
Docente: Abdul França

Nampula, Abril de 2023


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 Bibliografia 0.5
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problema)
Introdução
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 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
3.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1

1 Noções introdutórias ........................................................................................................... 2

2 Expansão urbana ................................................................................................................. 2

2.1 Meio ambiente ............................................................................................................. 2

2.1.1 Expansão urbana e suas implicações sobre o meio ambiente em Nampula ......... 3

CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 9


INTRODUÇÃO
O presente trabalho propomo-nos discutir sobre “Expansão urbana e suas implicações”,
circunscreve-se na cadeira de Geografia de Urbanismo que constitui um instrumento
fundamental para os estudos da disciplina supracitada, enquanto ciência que se dedica ao
estudo das cidades e da produção, reprodução e organização do espaço urbano, sendo
responsável pela análise de temas importantes como urbanização, hierarquia urbana,
mobilidade urbana, segregação socioespacial nas cidades e metropolização.

No que tange ao tema atenente, para melhor compreensão deste tema iremos abordar os
aspectos fulcrais e imprescindíveis, tais como: conceito de expansão urbana, meio ambiente, e
expansão urbana e suas implicações sobre o meio ambiente em Nampula.

Quanto aos procedimentos metodológicos, neste trabalho deu-se primazia a pesquisa do tipo
qualitativa, bibliográfica, porque para abordar o tema em alusão, foi pertinente recorrer aos
artigos científicos, manuais relativos a expansão urbana e suas implicações.

Do ponto de vista estrutural, o trabalho apresenta se seguinte estrutura:

 Capa, introdução;
 Desenvolvimento onde encontrar-se-á abordagens referentes ao tema;
 Conclusão onde é abordado o resumo ou a síntese no que se refere do assunto tratado;
 Referência bibliográfica onde está contido as obras usadas na elaboração do trabalho.
O presente trabalho tem como principal objectivo:

 Descrever expansão urbana e suas implicações na cidade de Nampula

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1 Noções introdutórias
A problemática urbana está no centro das discussões na actualidade, tanto nos debates
académicos como nas questões políticas e económicas, pois é no processo de produção do
espaço urbano que se intensifica a divisão social do trabalho, a segregação sócio espacial, a
violência, a poluição ambiental, a precariedade da saúde pública, entre outras questões.

2 Expansão urbana
De acordo com Santoro (2012), expansão urbana é um processo pelo qual as cidades passam
constantemente desde o momento de sua existência, podendo ser em maior ou menor
intensidade. De toda forma implica em crescimento. Esse crescimento pode ser analisado por
diversas perspectivas, como, por exemplo, pelo aspecto demográfico (p.36).

Nas palavras de Cassilha e Cassilha (2012), expansão urbana é um processo que se refere às
dinâmicas da cidade que resultam ou justificam seu crescimento. O conceito de expansão
urbana pode ser operacionalizado, para esta pesquisa, pelo termo “crescimento territorial
urbano”. O processo pode ser dividido em dois grandes tipos em função de seu resultado em
termos de ocupação do solo, crescimento territorial urbano intensivo e extensivo (p. 92).

As cidades são locais de forte concentração da população pelas economias de aglomeração e


sinergias criadas em torno da oferta de bens, equipamentos e serviços essenciais à qualidade
de vida dos habitantes. Factores como a acessibilidade, centralidade e qualidade das estruturas
edificadas concorrem para elevar a renda locativa e consequente organização do espaço
intraurbano. A morfologia da planta urbana testemunha os factores e fases de crescimento das
cidades, pelo que o seu conhecimento é essencial para a definição das políticas urbanas que
melhor satisfaçam as necessidades dos seus habitantes (Cassilha & Cassilha, 2012, Pp. 93-
95).

Por isso que, a expansão urbana veio por meio do processo de urbanização, ou seja, o
crescimento das cidades, tanto em população quanto em extensão territorial. É o processo em
que o espaço rural transforma-se em espaço urbano.

2.1 Meio ambiente


Serra e Cunha (2004), o meio ambiente envolve todas as coisas com vida e sem vida que
existem na Terra ou em alguma região dela e que afectam os outros ecossistemas existentes e
a vida dos seres humanos. Ao passo, que as Nações Unidas enquanto uma organização
internacional, define o meio ambiente como conjunto de elementos físicos, químicos,
2
biológicos e sociais que podem causar efeitos directos ou indirectos sobre os seres vivos e as
actividades humanas (p. 87).

Serra, et al. (2012), afirma que:

Meio ambiente é o conjunto de elementos, processos e dinâmicas biológicas, físicos e


químicos que criam condições e mantêm a vida no planeta Terra, compreendendo também os
seres humanos e as dinâmicas sociais, culturais e económicas. O meio ambiente é composto
pela biosfera, hidrosfera, atmosfera e litosfera. É dele que retiramos os elementos essenciais
para a nossa sobrevivência, como água, ar, alimentos e matérias-primas, um dos motivos pelos
quais a sua conservação se faz tão importante (p. 54).

Neste contexto, o meio ambiente é o conjunto de unidades ecológicas que funcionam como
um sistema natural. Assim, o meio ambiente é composto por toda a vegetação, animais,
microorganismos, solo, rochas, atmosfera. Também fazem parte do meio ambiente os recursos
naturais, como a água e o ar e os fenómenos físicos do clima, como energia, radiação,
descarga eléctrica e magnetismo.

2.1.1 Expansão urbana e suas implicações sobre o meio ambiente em Nampula


A realidade urbana em Moçambique é constituída pela simultaneidade de ritmos
diferenciados, que evocam a justaposição de espaços e tempos diferenciados e
interpenetrados, e por estruturas e relações sociais cuja historicidade explica as desigualdades,
as diferenças e os desencontros que caracterizam a especificidade do urbano.

Para Serra e Cunha (2004), os impactos negativos no meio ambiente estão directamente
relacionados com o aumento crescente das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos,
o uso irresponsável dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção
constante de lixo. Percebemos, portanto, que não apenas as grandes empresas afectam o meio,
nós, com pequenas atitudes, provocamos impactos ambientais diariamente.

Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, podemos citar
a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças
climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e
destruição de habitats. Isso acarreta, consequentemente, o aumento do número de doenças na
população e em outros seres vivos e afecta a qualidade de vida.

Segundo Araújo (2003), afirma que:

A expansão da cidade de Nampula é um processo que inclui elementos de implosão


constituídos por uma importante componente demográfica como produto da migração campo-
cidade e da inclusão de áreas rurais povoadas dentro dos limites administrativos da cidade. A
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antiga cidade, cidade colonial, estilhaçou seus limites reproduzindo a sua centralidade num
movimento contraditório de expansão do tecido urbano para o campo circundante; nesse
processo produz-se um espaço novo que para sua compreensão, exige uma superação do
conceito de cidade e da antiga oposição rural-urbano (Pp. 168-169).

Ainda o mesmo autor ressalta que, um entendimento sobre o fenómeno urbano


contemporâneo que contemple uma explicação sobre o espaço novo produzido no quadro das
novas relações entre a cidade e o campo. Uma vez que incorporadas nos limites da cidade, as
antigas áreas rurais são parceladas e posteriormente vendidas quer para ocupação residencial
de fracções da população economicamente privilegiada residente no centro da cidade e/ou
para construção de infra-estruturas de lazer; são preservadas para futuras afetações definidas
pelo Estado; outras áreas são mantidas para a produção agrícola orientada para os mercados
da cidade. As intervenções urbanas que tomam lugar nestas áreas ocorrem, em geral,
excluindo a população que nelas reside há mais tempo.

Assim, um número sempre crescente de pessoas continua a cultivar uma parte dos alimentos
de que precisa. A agricultura é praticada, em terrenos dentro dos limites da cidade ou fora
deles; desse modo, persistem na cidade grupos domiciliares ligados, quase exclusivamente, a
vida agrícola ou rural.

Nas palavras de Oliven (1985), a expansão urbana na cidade de Nampula é um processo


produzido por forças e práticas sócio-espaciais homogeneizantes, porque organizado e
controlado pelo Estado, que fornece elementos para o entendimento de transformações e
permanências no espaço urbano. Pois, a expansão da cidade engloba dentro de si
transformações de modos de vida, lá onde a homogeneização impera e os camponeses não
conseguem resistir à ocidentalização e monetarização da vida ou ela envolve permanências ou
persistências, lá onde a capacidade homogeneizante fracassa e o modo de vida da comunidade
rural se mantém circunscrito ao costumeiro embora redefinido (p. 16).

Contudo, a natureza das transformações ou persistências socioculturais pode ser clarificada a


partir das contribuições que a análise etnográfica da cidade produz; pois,para o caso da cidade
de Nampula, a inclusão de áreas rurais dentro dos limites da cidade implica, por hipótese, uma
manutenção das relações e dos costumes dos camponeses na cidade que pode não ser
explicada apenas como resultado de conservantismo e continuidade cultural mas,
provavelmente, com funções dramaticamente transformadas.

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Na linha de pensamento de Oliveira, (2009), a expansão da cidade de Nampula torna-se assim
um processo de produção de periferias na medida em que ocorre apenas o deslocamento de
actividades, principalmente ao longo das principais vias de acesso à cidade, e da população da
cidade (surgimento da área chamada Muhala-expansão): extensão das funções da cidade.
Trata-se de uma disposição que corresponde a uma necessidade mais ou menos consciente de
centralizar o desenvolvimento urbano num núcleo administrativo e cultural único cuja
tendência levará a destruição do antigo modo de vida autóctone (p. 38).

Quanto, as áreas periféricas da cidade de Nampula caracterizam-se por uma urbanização


incompleta, pois, faltam-lhes vários elementos relativos a uma cidade: um ou vários serviços
urbanos; mas mantém uma complementaridade com o núcleo central ao efectuarem a troca de
produtos e de serviços, o que se realiza pelos deslocamentos diários da população dos bairros
recentes para o núcleo central ou entre os diversos bairros centrais.

A cidade de Nampula não difere das cidades ocidentais apenas pela funcionalidade ligada aos
processos de acumulação de capital dos países europeus mas também da herança do modo de
vida da sociedade autóctone (pré-colonial) com necessidades distintas das que têm os
habitantes das cidades ocidentais, do resultado do contacto com a colonização portuguesa e
com o comércio árabe e indiano e, por fim, da relação imediata com o campo circundante.

Daí o surgimento de características morfológicas e de expansão específicas e originais que


dificultam e questionam a aplicação do vocabulário definido para as cidades ocidentais. Pois,
trata-se de uma cidade criada pela administração e economia portuguesa (povoada não só por
habitantes originários de Moçambique, mas, também por europeus e seus descendentes, por
asiáticos e actualmente por africanos refugiados das regiões centrais do continente) e
ampliada com as contribuições rurais recentes.

A especificidade do urbano na cidade de Nampula surge, então, no bojo do contacto entre


economias e civilizações cujas bases sociais nada têm em comum: esse contacto deixou e
deixa marcas na paisagem.

Sob ponto de vista de Oliveira (2009):

Depois da independência de Moçambique, os limites administrativos da cidade de Nampula


foram alterados incluindo cada vez mais áreas rurais no seu interior. O resultado é o
surgimento de bairros recentes ao redor de um núcleo central – a antiga cidade colonial. O
conjunto dos novos bairros tornou-se cada vez mais extenso e albergando cada vez mais
população. Nele encontram-se diversas formas de urbanização, desde as habitações de material

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não industrializado dos camponeses com suas terras de cultivo, bairros de construção não
planificada habitados por famílias com pequenos empregos na cidade ou funcionários das
diversas instituições públicas e privadas e até os operários das poucas empresas que rodeiam o
centro comercial. Todos os bairros conformam habitats mistos onde seus moradores
conservam algumas actividades rurais, como a criação de gado caprino e a prática agrícola
dentro da cidade e seus arredores, embora exerçam diversas funções na cidade uma
característica que perpassa até alguns bairros do núcleo central, apesar do predomínio de
moradias de mão-de-obra com emprego permanente nas actividades derivadas da
industrialização e que não conserva alguma ligação com a terra (Pp. 38-40).

É de extrema importância salientar que, os bairros recentes não possuem vias de acesso
planejadas, são pouco servidos pelos serviços de água canalizada, não possuem dispositivos
de evacuação ou colecta de lixo e detritos geridos pelos serviços municipais. A
espontaneidade aqui deriva do fato de não existir, e se existe ele é incipiente, alguma serviço
público e porque o surgimento e seu desenvolvimento se devem mais a iniciativas individuais
e não como resultado do planeamento das instituições municipais.

De acordo com Forjaz (2009), mais de metade da população urbana vive em bairros
irregulares carecendo dos serviços urbanos indispensáveis e ocupando de forma deficiente e
inadequada o terreno urbano. Em vários casos, maior parte da infra-estrutura viária,
abastecimento de água, energia, de drenagem, saneamento e os próprios edifícios públicos
existentes, foram construídos na época colonial, para populações muito menores (p.3).

A ineficácia de instrumentos de planeamento e gestão urbana, a expansão aceleradas das


cidades, a pressão dos assentamentos informais de ocupação irregular e a busca de melhores
condições de vida nas cidades constitui um grande entreve para se pensar na implantação de
infra-estruturas urbanas. Desse modo, a constante expansão urbana e a ocupação irregular do
solo urbano é motivo de preocupação para os celebres urbanistas e ambientalistas e outros
estudiosos em áreas afins, que procuram encontrar meios que possam assegurar em e garantir
a preservação de um ambiente saudável para o presente e o futuro das cidades (Grostein,
2001)

Por essa razão que, a inutilidade do planeamento e de políticas públicas destinadas a


proporcionar um ambiente equilibrado, moradia condigna todas as pessoas, assim como uma
estrutura administrativa eficiente de fiscalização que não permitem a ocupação por
loteamentos clandestinos ou irregulares em áreas urbanas é fundamental quando pensamos
nas cidades.

Os assentamentos urbanos informais instalados sobre áreas que se podem considerar de


preservação permanente em Moçambique se defrontam com a ameaça e representam um
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conflito sócio ambiental que envolve a exploração económica de propriedade privada e o
direito à moradia (Lage, 2001)

Essa realidade vem se alastrando por todo o país e se faz presente igualmente na cidade de
Nampula. Sendo assim, qualquer actividade humana é responsável por desencadear impactos
no meio ambiente, entretanto algumas provocam impactos mais profundos e difíceis de serem
contornados do que outras. Por isso, algumas actividades potencialmente nocivas para o meio
ambiente devem ter seus projectos analisados de maneira cautelosa com o objectivo de se
conhecer os problemas que elas podem causar e para determinar se a actividade poderá ou não
ser realizada.

Na cidade de Nampula nota-se que, os impactos socioambientais associados ao processo de


expansão urbana devem ser considerados o aumento populacional e o padrão de expansão
física de ocupação. O factor populacional exerce influência sobre a expansão urbana quando
ocorrem grandes fluxos migratórios da população para uma dada área urbana.

Os impactos ambientais podem surgir quando as actividades humanas são executadas de


forma inadequada, resultando em vários impactos, tais como: alterações climáticas, danos à
flora e fauna, erosão do solo, empobrecimento do solo, assoreamento de recursos hídricos,
aumento de escoamento da água, redução da infiltração da água, inundações, alterações na
drenagem das águas, deslizamentos de terra, desfiguração da paisagem, poluição ambiental,
danos sociais e económicos e alterações de carácter global (Ojima, 2008).

Conforme Mota (2011), um conjunto de problemas económicos, sociais e ambientais


associados à expansão dispersa das cidades coloca em questão seus efeitos na sustentabilidade
urbana. O surgimento de novas áreas relativamente afastadas dos centros urbanos promove
um maior deslocamento e utilização de transportes individuais para a realização de
actividades diárias, como ir ao trabalho, estudos, fazer compras e outros afazeres de rotina.
Esse aumento no uso de transportes provoca uma maior emissão e concentração de gases
poluentes que afectam directamente à atmosfera (p. 321).

Outro facto decorrente da expansão urbana é a redução de áreas verdes a partir da supressão
da vegetação para implantação de novas áreas para habitação, indústria, comércio e serviços.
Retira-se a vegetação para construir, mas, não se leva em consideração o ambiente sistémico
como um todo, assim, primeiramente, há uma destruição do ambiente natural para, em
seguida, artificializar o ambiente.
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CONCLUSÃO
Após a realização deste presente trabalho com o tema “expansão urbana e suas
implicações”, constatou-se as seguintes conclusões:

A expansão da cidade de Nampula produz uma realidade a partir da qual se pode construir um
entendimento sobre as tendências da urbanização em Moçambique. A reflexão apresentada
expõe a urbanização em Moçambique, particularmente na cidade de Nampula como momento
da ocidentalização e como processo que produz uma realidade urbana específica que
contempla a ruralidade; especificidade explicada a partir das contradições produzidas pela:
ocidentalização que procura produzir um espaço que reproduz o modo de vida determinado
pela industrialização e; pela persistência do modo de vida.

Salientar que, a expansão urbana e suas implicações ambientais modificou a cidade de


Nampula no seu interior e as relações com o campo circundante; colocou dentro do urbano
novos elementos de desigualdade. A cidade parece dissolver-se com sua expansão diluindo-
se ou fragmentando-se em lugares mais ou menos contínuos e desiguais que se reflectem
na paisagem e; parece estar paralisada nas suas funções.

Finalmente, a expansão da cidade de Nampula mostra como é decisivo o papel de


determinantes gerais como as estruturas da sociedade no seu conjunto; daí a utilidade da
análise das formações históricas na sua continuidade e descontinuidade. Ao circular na
cidade, assim como nos bairros nota-se as implicações do meio ambiente trazidas pela
expansão urbana.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Araújo, M, G, M. (2003). Os Espaços Urbanos em Moçambique. São Paulo, Brasil.

Cassilha, G, A; & Cassilha, S. A. (2012). Planeamento urbano e meio ambiente. Curitiba:

IESDE Brasil.

Forjaz, J. (2009). Uma estratégia para o melhoramento e a reabilitação dos slums Em

Moçambique. Cadernos da Faculdade de Arquitectura da UTL.

Grostein, M, D. (2001). Metrópole e Expansão Urbana: a Persistência de Processos

“Insustentáveis”. São Paulo: Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades.

Lage, L. (2001). Produção de habitações informais: o caso de Maputo: Um olhar para o

habitat informal moçambicano: de Lichinga a Maputo. Maputo, Moçambique: UEM.

Mota, S. (2011). Urbanização e meio ambiente. Fortaleza, Brasil: Abes.

Ojima, R. (2008). Novos contornos do crescimento urbano Brasileiro? O conceito de urban

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Oliveira, O. (2009). A Expansão urbana da cidade de Nampula. Bahia, Brasil: Universidade

Federal da Bahia-Salvador. (Tese de Doutoramento).

Oliven, R, G. (1985). A Antropologia de grupos urbanos. Petrópolis, Brasil: Vozes.

Santoro, P.F. (2012). Planejar a expansão urbana: dilemas e perspectivas. São Paulo, Brasil:

Faculdade de Arquitectura e Urbanismo de São Paulo.

Serra, C, M; et al. (2012). O meio ambiente em Moçambique: desafios da situação actual e

futuro, cooperação ambiente. Maputo, Moçambique.

Serra, C. & Cunha, F. (2004). Manual de Direito do Ambiente. (3ª Ed). Maputo,

Moçambique: Centro de Formação Jurídica e Judiciaria.

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