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Geografia Do Urbanismo
Geografia Do Urbanismo
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
3.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomedancoes de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
2.1.1 Expansão urbana e suas implicações sobre o meio ambiente em Nampula ......... 3
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 8
No que tange ao tema atenente, para melhor compreensão deste tema iremos abordar os
aspectos fulcrais e imprescindíveis, tais como: conceito de expansão urbana, meio ambiente, e
expansão urbana e suas implicações sobre o meio ambiente em Nampula.
Quanto aos procedimentos metodológicos, neste trabalho deu-se primazia a pesquisa do tipo
qualitativa, bibliográfica, porque para abordar o tema em alusão, foi pertinente recorrer aos
artigos científicos, manuais relativos a expansão urbana e suas implicações.
Capa, introdução;
Desenvolvimento onde encontrar-se-á abordagens referentes ao tema;
Conclusão onde é abordado o resumo ou a síntese no que se refere do assunto tratado;
Referência bibliográfica onde está contido as obras usadas na elaboração do trabalho.
O presente trabalho tem como principal objectivo:
1
1 Noções introdutórias
A problemática urbana está no centro das discussões na actualidade, tanto nos debates
académicos como nas questões políticas e económicas, pois é no processo de produção do
espaço urbano que se intensifica a divisão social do trabalho, a segregação sócio espacial, a
violência, a poluição ambiental, a precariedade da saúde pública, entre outras questões.
2 Expansão urbana
De acordo com Santoro (2012), expansão urbana é um processo pelo qual as cidades passam
constantemente desde o momento de sua existência, podendo ser em maior ou menor
intensidade. De toda forma implica em crescimento. Esse crescimento pode ser analisado por
diversas perspectivas, como, por exemplo, pelo aspecto demográfico (p.36).
Nas palavras de Cassilha e Cassilha (2012), expansão urbana é um processo que se refere às
dinâmicas da cidade que resultam ou justificam seu crescimento. O conceito de expansão
urbana pode ser operacionalizado, para esta pesquisa, pelo termo “crescimento territorial
urbano”. O processo pode ser dividido em dois grandes tipos em função de seu resultado em
termos de ocupação do solo, crescimento territorial urbano intensivo e extensivo (p. 92).
Por isso que, a expansão urbana veio por meio do processo de urbanização, ou seja, o
crescimento das cidades, tanto em população quanto em extensão territorial. É o processo em
que o espaço rural transforma-se em espaço urbano.
Neste contexto, o meio ambiente é o conjunto de unidades ecológicas que funcionam como
um sistema natural. Assim, o meio ambiente é composto por toda a vegetação, animais,
microorganismos, solo, rochas, atmosfera. Também fazem parte do meio ambiente os recursos
naturais, como a água e o ar e os fenómenos físicos do clima, como energia, radiação,
descarga eléctrica e magnetismo.
Para Serra e Cunha (2004), os impactos negativos no meio ambiente estão directamente
relacionados com o aumento crescente das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos,
o uso irresponsável dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção
constante de lixo. Percebemos, portanto, que não apenas as grandes empresas afectam o meio,
nós, com pequenas atitudes, provocamos impactos ambientais diariamente.
Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, podemos citar
a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças
climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e
destruição de habitats. Isso acarreta, consequentemente, o aumento do número de doenças na
população e em outros seres vivos e afecta a qualidade de vida.
Assim, um número sempre crescente de pessoas continua a cultivar uma parte dos alimentos
de que precisa. A agricultura é praticada, em terrenos dentro dos limites da cidade ou fora
deles; desse modo, persistem na cidade grupos domiciliares ligados, quase exclusivamente, a
vida agrícola ou rural.
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Na linha de pensamento de Oliveira, (2009), a expansão da cidade de Nampula torna-se assim
um processo de produção de periferias na medida em que ocorre apenas o deslocamento de
actividades, principalmente ao longo das principais vias de acesso à cidade, e da população da
cidade (surgimento da área chamada Muhala-expansão): extensão das funções da cidade.
Trata-se de uma disposição que corresponde a uma necessidade mais ou menos consciente de
centralizar o desenvolvimento urbano num núcleo administrativo e cultural único cuja
tendência levará a destruição do antigo modo de vida autóctone (p. 38).
A cidade de Nampula não difere das cidades ocidentais apenas pela funcionalidade ligada aos
processos de acumulação de capital dos países europeus mas também da herança do modo de
vida da sociedade autóctone (pré-colonial) com necessidades distintas das que têm os
habitantes das cidades ocidentais, do resultado do contacto com a colonização portuguesa e
com o comércio árabe e indiano e, por fim, da relação imediata com o campo circundante.
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não industrializado dos camponeses com suas terras de cultivo, bairros de construção não
planificada habitados por famílias com pequenos empregos na cidade ou funcionários das
diversas instituições públicas e privadas e até os operários das poucas empresas que rodeiam o
centro comercial. Todos os bairros conformam habitats mistos onde seus moradores
conservam algumas actividades rurais, como a criação de gado caprino e a prática agrícola
dentro da cidade e seus arredores, embora exerçam diversas funções na cidade uma
característica que perpassa até alguns bairros do núcleo central, apesar do predomínio de
moradias de mão-de-obra com emprego permanente nas actividades derivadas da
industrialização e que não conserva alguma ligação com a terra (Pp. 38-40).
É de extrema importância salientar que, os bairros recentes não possuem vias de acesso
planejadas, são pouco servidos pelos serviços de água canalizada, não possuem dispositivos
de evacuação ou colecta de lixo e detritos geridos pelos serviços municipais. A
espontaneidade aqui deriva do fato de não existir, e se existe ele é incipiente, alguma serviço
público e porque o surgimento e seu desenvolvimento se devem mais a iniciativas individuais
e não como resultado do planeamento das instituições municipais.
De acordo com Forjaz (2009), mais de metade da população urbana vive em bairros
irregulares carecendo dos serviços urbanos indispensáveis e ocupando de forma deficiente e
inadequada o terreno urbano. Em vários casos, maior parte da infra-estrutura viária,
abastecimento de água, energia, de drenagem, saneamento e os próprios edifícios públicos
existentes, foram construídos na época colonial, para populações muito menores (p.3).
Essa realidade vem se alastrando por todo o país e se faz presente igualmente na cidade de
Nampula. Sendo assim, qualquer actividade humana é responsável por desencadear impactos
no meio ambiente, entretanto algumas provocam impactos mais profundos e difíceis de serem
contornados do que outras. Por isso, algumas actividades potencialmente nocivas para o meio
ambiente devem ter seus projectos analisados de maneira cautelosa com o objectivo de se
conhecer os problemas que elas podem causar e para determinar se a actividade poderá ou não
ser realizada.
Outro facto decorrente da expansão urbana é a redução de áreas verdes a partir da supressão
da vegetação para implantação de novas áreas para habitação, indústria, comércio e serviços.
Retira-se a vegetação para construir, mas, não se leva em consideração o ambiente sistémico
como um todo, assim, primeiramente, há uma destruição do ambiente natural para, em
seguida, artificializar o ambiente.
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CONCLUSÃO
Após a realização deste presente trabalho com o tema “expansão urbana e suas
implicações”, constatou-se as seguintes conclusões:
A expansão da cidade de Nampula produz uma realidade a partir da qual se pode construir um
entendimento sobre as tendências da urbanização em Moçambique. A reflexão apresentada
expõe a urbanização em Moçambique, particularmente na cidade de Nampula como momento
da ocidentalização e como processo que produz uma realidade urbana específica que
contempla a ruralidade; especificidade explicada a partir das contradições produzidas pela:
ocidentalização que procura produzir um espaço que reproduz o modo de vida determinado
pela industrialização e; pela persistência do modo de vida.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Araújo, M, G, M. (2003). Os Espaços Urbanos em Moçambique. São Paulo, Brasil.
IESDE Brasil.
Santoro, P.F. (2012). Planejar a expansão urbana: dilemas e perspectivas. São Paulo, Brasil:
Serra, C. & Cunha, F. (2004). Manual de Direito do Ambiente. (3ª Ed). Maputo,