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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Direito

Impacto da Tabela Salarial Única nos Funcionários e Agentes Públicos

Márcia Massingue

Richarde da Paula Colete

Nampula, Setembro de 2022


Márcia Massingue

Richarde da Paula Colete

Impacto da Tabela Salarial Única nos Funcionários e Agentes Públicos

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Direito Administrativo Aplicado, do curso de
Administração Pública do 2º ano período
laboral, orientado pelo docente MA. Mussagy
Mussagy

Nampula, Setembro de 2022


Índice
Introdução...................................................................................................................................4

1. Impacto da Tabela Salarial Única nos Funcionários e Agentes Públicos............................5

1.1. Estrutura da tabela salarial única..................................................................................5

1.2. Promoção......................................................................................................................6

1.3. Progressão....................................................................................................................6

1.4. Carreira e mudanças.....................................................................................................7

1.5. Mudança de carreira profissional.................................................................................7

1.6. Composição da remuneração.......................................................................................8

1.7. Vencimentos e suplementos.........................................................................................8

2. Regime Jurídico da Tabela Salarial Única........................................................................11

2.1. Tempo de efectivo na carreira....................................................................................11

2.2. Idade...........................................................................................................................11

2.3. Habilitações literárias.................................................................................................12

4. Vantagens e desvantagens da Tabela Salarial Única.........................................................12

Conclusão..................................................................................................................................14

Referencias bibliográficas.........................................................................................................15
Introdução
O presente trabalho que tem como tema impacto da tabela salarial única nos funcionários e
agentes do Estado, circunscreve – se na cadeira de direito administrativo aplicado, tema este
de grande importância para o ensino e aprendizagem, pelo facto de que para a aprovação da
tabela salarial única passa por um processo de critérios para fixação da remuneração

Nesta vertente, para melhor entendimento do tema em alusão, trouxemos conceitos e aspectos
importantes como: promoção, progressão, carreiras, vencimentos, remuneração e
vencimentos.

Objectivos gerais

 Descrever a estrutura da tabela salarial única.

Objectivos específicos

 Identificar o processo de promoção, progressão como ocorre.


 Exemplificar o impacto da tabela salarial dos funcionários e agentes do Estado actual.

Metodologia

Para efeitos de elaboração do trabalho, foram utilizadas as referências bibliográficas


disponibilizadas pelo docente e as demais obras que apresentam conteúdo acerca do tema

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1. Impacto da Tabela Salarial Única nos Funcionários e Agentes Públicos
De acordo com a Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro no art. 1, a Lei define as regras e critérios
para a afixação da remuneração dos servidores públicos, dos titulares ou membros de órgão
publico e dos titulares e membros dos órgãos da Administração da Justiça e aprova a tabela
salarial única (TSU), a estes aplicável, bem como a tabela salarial das forças de Defesa e
Segurança de Moçambique (TSFDS).

Contudo só compete a Lei definir as regras e critérios no que tange aos salários dos
funcionários e agentes do Estado. E o regulamento aplica – se aos órgãos de soberania, a
administração directa do estado, a administração indirecta do Estado, cujo pessoal seja regido
pelo direito publico e as Entidades descentralizadas.

Segundo a Lei 7/2012 de 8 de Fevereiro no art. 32 “A administração Directa do Estado


compreende os serviços públicos directamente prestados pelos órgãos do Estado, os órgãos
centrais, independentes, locais e os de representação do Estado no estrangeiro” (p.62).

Acrescenta a mesma Lei acima mencionada no art. 72 que a administração indirecta do Estado
compreende o conjunto das instituições publicas, dotadas de personalidade jurídica própria,
criada por iniciativa dos órgãos centrais do Estado para desenvolver a actividade
administrativa destinada a realização dos fins estabelecido no acto da sua criação.

1.1. Estrutura da tabela salarial única


De acordo com a Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro do art. 6 do nr° 2 a Tabela salarial única
aplica – se a todas as carreiras de regime geral, especial e especificas, incluindo aos
funcionários e demais servidores públicos que exercem funções de direcção, chefia e de
confiança. Neste contexto a tabela salarial abrange diversas carreiras.

Segundo a Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro do art 6 do nr° 3 “A TSU compreende 21 níveis


salariais de promoção (sendo o nível 1 o mínimo e 21 o máximo) e 2 escalões de progressão
(A e B)” (p.242).

Salienta a mesma Lei no art. 4 que o nível de referência salarial visa a fixação de remuneração
dos servidores públicos quando em exercício, isto é, cumprimento de funções de direcção,
chefia e confiança, para efeitos de enquadramento da TSU, o nível de referência salarial para

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as funções de direção, chefia e confiança resulta do vencimento base, acrescido do bónus
especial.

As funções de direção, chefia e confiança são exercidas em comissão de serviço e só podem


ser preenchidas com obediência as exigências e requisitos referidos nos respetivos
qualificadores profissionais e demais legislação aplicável. As funções de direção, chefia e
confiança constam de legislação especifica.

Na mesma Lei acrescenta que o funcionário que exerce funções de direção, chefia e confiança
fora do quadro de pessoal beneficia de actos administrativos no quadro de pessoal de origem.

1.2. Promoção
De acordo com o Estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado no art. 54 do nr° 1 “A
promoção é a mudança para a classe ou categoria seguinte da respectiva carreira e opera – se
para escalão a que corresponda o vencimento imediatamente superior”

Salienta o mesmo regulamento que a promoção depende da verificação cumulativa dos


seguintes requisitos:

a) Tempo mínimo de 2 anos completos de serviço efectivo no último escalão de classe ou


categoria em que esta enquadrado;
b) Avaliação de desempenho não inferior a bom em cada um dos últimos 2 anos;
c) Aprovação em concurso de acordo com o qualificador da respectiva carreira; e
d) Existência de cabimento orçamental.

A promoção não necessita de posse e produz efeitos a partir da data da anotação pelo Tribunal
Administrativo competente artigo 74 do nr° 4 do decreto n°28/2022 de 9 de Junho.

1.3. Progressão
De acordo com o decreto n° 28/2022 de 9 de Junho no art. 75 do nr° 1 “A progressão é a
mudança de escalão para outro imediatamente superior dentro da respectiva faixa salarial”

Acrescenta a Lei n° 4/2022 de 11 de Fevereiro no art. 55 que “a progressão faz – se pela


mudança de escalão dentro da respectiva faixa salarial, dependendo da experiencia do
funcionário no escalão, do mérito do funcionário e demais exigências legais” (p.29).

Contudo a progressão depende dos mesmos requisitos da promoção, mas porem a progressão
não exige a posse e produz efeitos a partir da data da anotação pelo Tribunal Administrativo

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competente, salienta que a progressão não depende de requerimento do interessado, devendo
os serviços providenciar oficiosamente o seu processamento em tempo oportuno.

1.4. Carreira e mudanças


Segundo Dutra (2002), a carreira pode ser definida como sendo:

Carreiras são as sequencias de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante a vida de


uma pessoa. A carreira envolve uma serie de estágios e a ocorrência de transições que refletem
necessidades, motivos e aspirações individuais e espectativas e imposições da organização e
da sociedade. Da perspectiva do individuo, engloba o entendimento e avaliação de sua
experiência profissional, enquanto, da perspectiva da organização, engloba políticas,
procedimentos e decisões ligadas a espaços ocupacionais, níveis organizacionais,
compensação e movimento de pessoas. Estas perspectivas são conciliadas pela carreira, dentro
de um contexto de constante ajuste, desenvolvimento e mudança. (Dutra, 2002, p.17).

Contudo pode – se conceituar a carreira como sendo uma sequência de funções e cargos que
um individuo assume ao longo de sua vida profissional.

De acordo com a Lei 4/2022 de 11 de Fevereiro no art 51 do nr° 1, o ingresso na aparelho do


Estado efectiva – se no nível mais baixo de carreira, por concurso. Excepcionalmente em
situações de emergência ou calamidade publica, pode ser dispensado o concurso de ingresso
em determinadas carreiras, isto é, são colocados no aparelho do Estado sem precisar
concorrer.

1.5. Mudança de carreira profissional


De acordo com a Lei 4/2022 de 11 de Fevereiro no art 56 do nr° 1 “A mudança de carreira
profissional corresponde a transcrição de uma carreira para outra, obedecendo os requisitos
habilitacionais e profissionais exigidos pelos qualificadores profissionais” (p.29).

Acrescenta o Decreto 28/2022 de 17 de Junho no art 78 do nr° 2, que a mudança de carreira


profissional faz – se por concurso e esta condicionada a verificação cumulativa dos seguintes
requisitos:

a) Obtenção de nível académico ou técnico profissionais em área de formação


enquadrada nas necessidades actuais da instituição em que o funcionário presta
serviço,
b) Aprovação em concurso de mudança,
c) Existência de cabimento orçamental,
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d) Avaliação de desempenho não inferior a bom em cada um dos últimos dois anos de
prestação de serviços efectivo.

A mudança de carreira profissional aplica – se quando o nível académico ou técnico –


profissional tenha sido obtido em área de formação enquadrada nas necessidades actuais da
instituição em que o funcionário presta serviço.

Salienta o mesmo Decreto que a integração na nova carreira faz – se no escalão e classe ou
categoria que corresponder o vencimento imediatamente superior e a mudança de carreira tem
efeitos a partir da data de visto do Tribunal Administrativo competente.

1.6. Composição da remuneração


De acordo com a Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro no art. 9 no nr° 1 “A remuneração do
funcionário e agente do Estado, do titular ou membro de órgão publico e demais servidores
públicos é constituída por vencimentos e suplementos” (p.242).

Acrescenta que ao vencimento do titular ou membro de órgão publico e de soberania é


acrescido o subsídio de representação.

Segundo a Lei n° 4/2022 de 11 de Fevereiro, a remuneração do funcionário e agente do


Estado é constituída, isto é, composta por vencimentos e suplementos.

1.7. Vencimentos e suplementos


De acordo com a Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro do art. 10 do nr° 1 “O vencimento constitui a
retribuição pelo trabalho efectivo prestado ao Estado e correspondente ao nível salarial no
qual o funcionário, agente do Estado e demais servidores públicos se encontra na categoria de
que é titular” (p.242).

Os suplementos são as retribuições concedidas ao funcionário, agente do Estado e demais


servidores públicos em função de particularidades especificas da prestação de trabalho.

De acordo com regulamento do Estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado no art 65
todos os funcionários e agentes do Estado em regime idêntico de prestação de serviços tem o
mesmo direito de receber vencimento igual por trabalho igual.

O exercício de funções de direção, chefia e confiança confere ao funcionário o vencimento e


subsídio correspondente ao nível de referência salarial de qualificador da respectiva carreira
nos termos da lei.

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No âmbito da Tabela Salarial Única, a composição da remuneração vencimentos e
suplementos constam da legislação especifica que dela faz parte integrante e são regulados
pelo artigo 10 da Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro.

Salienta a mesma Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro, que os suplementos são retribuições


concedidas, isto é, dadas ao funcionário, agente do Estado e demais servidores públicos em
função de particularidades especificas da prestação de trabalho e só podem ser considerados
os seguintes:

a) Trabalho extraordinário: é aquele que é realizado acima da carga horaria de trabalho


regulamentar, incluindo o prestado nos dias de descanso semanal e nos feriados,
devidamente autorizado pela entidade competente quando haja motivos ponderosos
para a sua realização, condicionado a existência de cabimento de verba.

Salienta o regulamento do estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado, que é


autorizada a remuneração por trabalho extraordinário, quando se verifiquem motivos
ponderosos para a sua realização.

b) Trabalho nocturno: aquele que for prestado no período compreendido entre as vintes
horas de um dia e as seis horas do dia seguinte.

Conforme o regulamento do estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado, as condições


para a sua realização são reguladas nos termos da legislação especial.

c) Trabalho de regime de turnos: todo aquele que for prestado em regime de


escalonamento em virtude da exigência de funcionamento do serviço durante as vinte
e quatro horas do dia.

Acrescenta o regulamento do estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado, que cada
turno não pode exceder o período máximo estabelecido para o trabalho normal diário e os
turnos sempre funcionaram em regime de rotação para que sucessivamente substituam se em
períodos regulares de trabalho.

d) Trabalho prestado em condições de penosidade e de insalubridade: são actividades


realizadas em condições excepcionais em lugares afectados pela seca, em situação de
isolamento ou de difíceis condições de vida e de trabalho e de incidência de situações
endémicas ou epidémicas.

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e) Ajudas de custos: são uma compensação, considerada como um complemento ao
ordenado, que visa compensar os funcionários;

De acordo com a Lei 31/2022 de 13 de Julho no art. 8 do n° 1 “É o abono atribuído ao


funcionário ou agente do Estado quando se desloque em missão de serviços e consiste no
pagamento do alojamento, alimentação e outras despesas relativas a deslocação” (p.3).

Salienta a mesma Lei que as regras e procedimentos para atribuição de ajudas de custos
constam de regulamentação especifica.

f) Subsídio de representação: é o suplemento ao vencimento que visa compensar o


titular ou membro de órgão de soberania e de órgão publico pelas despesas que efectua
em razão de cargo desempenhado e de representação.
g) Subsídio de risco: aquele que devido a sua natureza das próprias funções e em
resultado de acções ou factores externos, aumente a probabilidade de ocorrência de
lesão física, psíquica, patrimonial ou perdas e danos financeiros.
h) Subsídio de gestão: é o abono atribuído ao funcionário pelo exercício de uma função
de direcção, chefia e confiança.
i) Subsídio de disponibilidade: é o suplemento atribuído ao funcionário do Estado que
por relevância das suas actividades ou função deve atender incondicionalmente ao
chamamento ou permanência no local de trabalho por exigência de serviço.
j) Subsídio de exclusividade: é o suplemento atribuído quando o funcionário tem um
único vínculo laboral com o Estado.
k) Abono de diuturnidade: é o subsídio acrescido ao vencimento quando o funcionário ou
agente do Estado atinge o nível salarial máximo da TSU, antes de reunir requisitos
para a aposentação obrigatória.
l) Subsídio de ajustamento da TSU: compreende a diferença entre o vencimento e
suplementos permanentes que o funcionário e agente do Estado aufere e o
correspondente ao seu enquadramento da TSU.
m) Subsídio de renda de casa: aos Dirigentes Superiores do Estado, Titulares de Cargos
Governativos e aos demais beneficiários que por Lei tenham direito a habitação por
conta do Estado é assegurado o pagamento de um subsídio de renda de casa.
n) Subsídio de instalação: é o suplemento atribuído aos titulares de órgãos de soberania,
dirigentes superiores do Estado e deputados, no início do seu mandato com vista a

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criação de condições básicas de acomodação e correspondente a um vencimento
mensal e
o) Subsídio de participação emolumentar: é o subsídio atribuído aos funcionários e
agentes do Estado afectos aos sectores cuja natureza da actividade envolve a cobrança
de emolumentos relativos a processos judiciais ou de registo notarial.

De acordo com a Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro no art. 10 do nr° 3 os suplementos indicados


no número 2 do artigo não são pensionáveis, com excepção dos previstos nas alíneas k) e l) e
consagrados nos estatutos próprios. E ao funcionário, agente do Estado e demais servidores
públicos não são devidos qualquer outros abonos alem dos previstos na Lei.

Os suplementos relativos as previdências são abonadas nos termos da legislação vigente sobre
a segurança social obrigatória dos funcionários e agentes do Estado e dos estatutos específicos
dos membros de órgãos públicos nas mesmas condições em que são processadas.

2. Regime Jurídico da Tabela Salarial Única


Com base na Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro no art. 6 para efeitos de enquadramento da tabela
salarial única são consideradas as carreiras de regime geral, especial e especificas vigentes ou
a situação profissional do funcionário a data da entrada em vigor do presente regulamento,

O enquadramento dos funcionários e agentes do Estado nos níveis salarias da TSU é feito com
base na informação relativa ao tempo de serviço na Administração Publica, tempo efectivo na
carreira profissional, idade e habilitações literárias.

2.1. Tempo de efectivo na carreira


Considera – se tempo efectivo na carreira o somatória do tempo de serviço em que o
funcionário esteve enquadrado nas carreiras de nível superior ou mérito ou carreiras de apoio
ate a data de entrada em vigor da Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro. As carreiras de nível superior
integram bacharelato, licenciatura, mestrado e doutoramento. As carreiras de nível medio
integram os níveis medio geral e medio profissional. As carreiras de apoio integram os níveis
elementar e básico.

2.2. Idade
Para efeitos de enquadramento na Tabela Salarial Única é considerada a idade que o
funcionário ou agente do Estado possuía no momento de provimento no quadro de pessoal do
aparelho do Estado.

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2.3. Habilitações literárias
Para efeitos de enquadramento da tabela salarial única considera – se habilitações literárias o
grau de ensino mais elevado que o funcionário ou agente do Estado possui. São considerados
os graus elementar, básico, medio, medio profissional, bacharelato, licenciatura, mestrado e
doutorado.

3. Coordenação da Tabela Salarial Única

Conforme a Lei 5/2022 de 14 de Fevereiro no art. 18 ao abrigo da presente Lei compete ao


conselho de Ministros coordenar a gestão da TSU, cabendo – lhe:

 Definir políticas gerais dos recursos humanos do Estado, bem assim a remuneração
aplicável aos servidores públicos e aos titulares e membros de órgão publico e
 Estabelecer os critérios técnicos e financeiros, no âmbito das negociações colectivas.

A mesma Lei acima mencionada acrescenta que o governo deve estabelecer uma equipa
técnica multissectorial coordenada pelos Ministros que superintende a gestão estratégica dos
recursos humanos e a área das finanças, que integre os sectores com maior efectivo de
funcionários e agentes do Estado como educação, saúde, justiça, agricultura, bem como dos
órgãos de soberania como a função de garantir a uniformização do processo de
enquadramento na TSU e a execução correcta das disposições da presente Lei.

4. Vantagens e desvantagens da Tabela Salarial Única


Quando se esperava que a Tabela Salarial Única seria uma realidade deparou – se com
algumas inconformidades que abalaram profundamente os funcionários, agentes do Estado,
porque no intender destes verifica – se profundas e graves diferenças entre funcionários do
mesmo com as mesmas habilitações literárias, o que criou um fosso de incompreensões e um
mal estar no seio de quase todos funcionários. A TSU foi interrompida por um prazo
indeterminado para permitir que os técnicos do Ministério da Economia e Finanças e outros
actores de variados sectores sanar as inconformidades verificadas a bem de todos
funcionários, agentes do Estado, mas nunca sua abolição.

O objectivo da criação da tabela salarial única, visava criar motivação, dignidade, atracção
aos funcionários agentes do Estado e eliminar as mobilidades entre instituições do Estado ou
para o privado, mas porem.

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Ate agora o impacto é negativo, isto é, ate ao momento só há desvantagens porque foram
prometidos e os seus ordenados ainda não receberam, por outro lado, os funcionários estão
descontentes pelas grandes discrepâncias, principalmente os funcionários mais antigos no
Estado que se sentem lesados e desprezados, ainda há problemas de percepção entre básicos,
técnicos profissionais, técnicos médios. Ate ao momento os funcionários vivem num regime
de descontentamento e desespero.

O Governo apela a todos funcionários e agentes do Estado a manterem se calmos, pacientes e


serenos, pois a TSU é uma realidade irreversível e constitui uma política da reforma salarial
da República de Moçambique.

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Conclusão
Chegados ao termino da elaboração do trabalho, constatamos aspectos importantes para
ensino e aprendizagem da cadeira de direito administrativo aplicado tais como: a tabela
salarial única é composta por vencimento e suplementos, o vencimento constitui a retribuição
pelo trabalho prestado ao Estado correspondente ao nível pelo qual o funcionário, agente do
Estado e demais servidores públicos se encontre na categoria de que é titular e os suplementos
são retribuições concedidas ao funcionário, em função de particularidades de prestação de
trabalho que podem ser as seguintes: trabalho nocturno, trabalho em regime de turnos,
subsidio de risco, subsidio de renda de casa.

O enquadramento dos funcionários e agentes do Estado na tabela salarial única (TSU) é feito
conforme a observância de quatro critérios: idade, tempo de serviço na administração publica,
tempo de efectivo na carreira e habilitações literárias. O enquadramento da tabela salarial
única obedece a 21 níveis de promoção e dois escalões de progressão.

Portanto quando se esperava pela TSU seria uma realidade deparou – se com algumas
inconformidades que abalaram profundamente os funcionários e agentes do Estado, porque
verificou – se profundas e graves diferenças entre funcionário com as mesmas habilitações
literárias, que criou uma serie de incompreensões e um mal estar no seio de quase todos
funcionários e agentes do Estado, o objectivo da criação da nova tabela salarial única (TSU)
visava criar motivação, dignidade, atraccão aos funcionários e agente do Estado e
consequentemente eliminar as mobilidades entre instituições do Estado ou para o privado.

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Referencias bibliográficas
Dutra, J.S. (2002). A gestão de carreiras. São Paulo: Gente

Funcionários e Agentes do Estado Estatuto Geral e Regulamento de Moçambique. Maputo:


Escolar Editora.

Legislação

Decreto n° 28/2022 de 9 de Junho.

Lei n° 5/2022 de 14 de Fevereiro.

Decreto n° 31/2022 de 13 de Julho.

Lei n° 4/2022 de 11 de Fevereiro.

Decreto n° 28/2022 de 17 de Junho.

Lei 7/2012 de 8 de Fevereiro.

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