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Legislaçãoe

CódigodeÉtica
dosProfissionais
deEnfermagem
CONSELHOREGIONALDE
ENFERMAGEMDOCEARÁ
AUTARQUIAFEDERALCRIADAPELALEINo.5.905/73

LEGISLAÇÃOCONSOLIDADAECÓDIGODEÉTICA
DOSPROFISSIONAISDEENFERMAGEM

Fortaleza/CE
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

PREFÁCIO

Já dizia Florence Nighthingale “a Enfermagem é


umaarte;epararealizá-lacomoarte,requeruma
devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso,
quantoaobradequalquerpintorouescultor”.Mas,
a Enfermagem é mais. Enfermagem é vida e seu
pleno exercício perpassa os conhecimentos que
acumulamosacercadosnossosdireitosedeveres.

Foi pensando na grandiosidade da nossa missão


queoConselhoRegionaldeEnfermagemdoCeará
desenvolveuapresentepublicação:umcompilado
com as leis que regem a nossa atuação a nível
federal.

Ciente da importância da nossa profissão diante


das milhares de vidas que cruzamos diariamente
desejoqueesteguiasejaummaterialdeconsulta
permanente.

Umforteabraço,

Dra.AnaPaulaBrandão
PresidentedoCoren-CE

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

PLENÁRIODOCOREN-CE
GESTÃO2018/2020

PRESIDENTE:ANAPAULABRANDÃODASILVAFARIAS
CONSELHEIRASECRETÁRIA:ANAPAULAAURIZADE
LEMOSSILVEIRA
CONSELHEIRATESOUREIRA:VALDILEIDERODRIGUESDE
SOUSA

CONSELHOEFETIVO:
RUBÊNIALAURIZAPEREIRADEVASCONCELOS
KYLVIARÉGIASILVADIÓGENES
FÁBIODELIMAFERREIRA
LIAPEDROSADASILVA

CONSELHOSUPLENTE:
ARIADNEFREIREDEAGUIARMARTINS
JOSÉJEOVÁMOURÃONETTO
SILVESTREPÉRICLESCAVALCANTESAMPAIOFILHO
SUSANABEATRIZDESOUSAPENA
GARDANIAMARIAALVESDEOLIVEIRA
JOSÉWELLINGTONDASILVALIMA
VALDERIPEREIRATAVARESNETO

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SUMÁRIO

LEGISLAÇÃO.............................................................................9

LEINº5.905/73,DE12DEJUNHODE1973..........................9

LEINº7.498/86,DE25DEJUNHODE1986.......................22

LEINº8.967,DE28DEDEZEMBRODE1994......................35

DECRETONº94.406/87........................................................37

RESOLUÇÃOCOFEN186/1995...........................................53

RESOLUÇÃOCOFENNº546/2017......................................59

CÓDIGODEÉTICADOSPROFISSIONAIS
DEENFERMAGEM.................................................................59

PRINCÍPIOSFUNDAMENTAIS.............................................66

CAPÍTULOI-DOSDIREITOS
..................................................................................................67
CAPÍTULOII-DOSDEVERES
..................................................................................................73
CAPÍTULOIII-DASPROIBIÇÕES
..................................................................................................85
CAPÍTULOIV-DASINFRAÇÕESEPENALIDADES
..................................................................................................95
CAPÍTULOV-DAAPLICAÇÃODASPENALIDADES
...............................................................................................104
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

LEGISLAÇÃO
LEINº5.905/73,DE12DEJULHODE1973

(Dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e


R e g i o n a i s  d e  E n f e r m a g e m  e  d á  o u t r a s
providências).

OPresidentedaRepública

FaçosaberqueoCongressoNacionaldecretaeeu
sancionoaseguinteLei:

Art. 1º - São criados o Conselho Federal de


Enfermagem(COFEN)eosConselhosRegionaisde
Enfermagem (COREN), constituindo em seu
conjunto uma autarquia, vinculada ao Ministério
doTrabalhoePrevidênciaSocial.

Art. 2º - O Conselho Federal e os Conselhos


Regionaissãoórgãosdisciplinadoresdoexercício
daprofissãodeenfermeiroedasdemaisprofissões
compreendidasnosserviçosdeEnfermagem.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art. 3º - O Conselho Federal, ao qual ficam


subordinados os Conselhos Regionais, terá
jurisdiçãoemtodooterritórionacionalesedena
CapitaldaRepública.

Art. 4º - Haverá um Conselho Regional em cada


EstadoeTerritório,comsedenarespectivacapital,
enoDistritoFederal.
Parágrafo único. O Conselho Federal poderá,
quandoonúmerodeprofissionaishabilitadosna
unidade da federação for inferior a cinqüenta,
d e t e r m i n a r  a  f o r m a ç ã o  d e  r e g i õ e s ,
compreendendomaisdeumaunidade.

Art. 5º - O Conselho Federal terá nove membros


efetivos e igual número de suplentes, de
nacionalidadebrasileira,eportadoresdediploma
decursodeEnfermagemdenívelsuperior.

Art. 6º - Os membros do Conselho Federal e


respectivossuplentesserãoeleitospormaioriade

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votos, em escrutínio secreto, na Assembleia dos


DelegadosRegionais.

Art. 7º - O Conselho Federal elegerá dentre seus


membros,emsuaprimeirareunião,oPresidente,o
Vice-presidente, o Primeiro e o Segundo
SecretárioseoPrimeiroeoSegundoTesoureiros.

Art.8º-CompeteaoConselhoFederal:

I - aprovar seu regimento interno e os dos


ConselhosRegionais;

II-instalarosConselhosRegionais;

III - elaborar o Código de Deontologia de


Enfermagem e alterá-lo, quando necessário,
ouvidososConselhosRegionais;

IV-baixarprovimentoseexpedirinstruções,para
u n i f o r m i d a d e  d e  p r o c e d i m e n t o  e  b o m
funcionamentodosConselhosRegionais;

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V - dirimir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos


Regionais;

VI-apreciar,emgrauderecursos,asdecisõesdos
ConselhosRegionais;

VII-instituiromodelodascarteirasprofissionaisde
identidadeeasinsígniasdaprofissão;

VIII - homologar, suprir ou anular atos dos


ConselhosRegionais;

IX - aprovar anualmente as contas e a proposta


orçamentária da autarquia, remetendo-as aos
órgãoscompetentes;

X  -  p r o m o v e r  e s t u d o s  e  c a m p a n h a s  p a r a
aperfeiçoamentoprofissional;

XI-publicarrelatóriosanuaisdeseustrabalhos;

XII - convocar e realizar as eleições para sua


diretoria;

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

XIII-exercerasdemaisatribuiçõesquelheforem
conferidasporlei.

Art. 9º - O mandato dos membros do Conselho


Federal será honorífico e terá a duração de três
anos,admitidaumareeleição.

Art. 10 - A receita do Conselho Federal de


Enfermagemseráconstituídade:

I - um quarto da taxa de expedição das carteiras


profissionais;

II-umquartodasmultasaplicadaspelosConselhos
Regionais;

III - um quarto das anuidades recebidas pelos


ConselhosRegionais;

IV-doaçõeselegados;

V-subvençõesoficiais;

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VI-rendaseventuais.

Parágrafo único. Na organização dos quadros


distintosparainscriçãodeprofissionaisoConselho
FederaldeEnfermagemadotarácomocritério,no
que couber, o disposto na Lei nº 2.604, de 17 de
setembro1955.

Art.11-OsConselhosRegionaisserãoinstalados
emsuasrespectivassedes,comcincoavinteeum
membros e outros tantos suplentes, todos de
nacionalidade brasileira, na proporção de três
quintos de Enfermeiros e dois quintos de
profissionaisdasdemaiscategoriasdopessoalde
Enfermagemreguladasemlei.

Parágrafo único. O número de membros dos


Conselhos Regionais será sempre ímpar, e a sua
fixação será feita pelo Conselho Federal, em
proporçãoaonúmerodeprofissionaisinscritos.

Art. 12 - Os membros dos Conselhos Regionais e


respectivos suplentes serão eleitos por voto
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

pessoal, secreto e obrigatório, em época


d e t e r m i n a d a  p e l o  C o n s e l h o  F e d e r a l ,  e m
Assembleia Geral especialmente convocada para
essefim.

§ 1º Para a eleição referida neste artigo serão


organizadas chapas separadas, uma para
enfermeiroseoutraparaosdemaisprofissionaisde
Enfermagem, podendo votar, em cada chapa,
respectivamente, os profissionais referidos no
artigo11.

§ 2º Ao eleitor que, sem causa justa, deixar de


votar nas eleições referidas neste artigo, será
aplicada pelo Conselho Regional multa em
importânciacorrespondenteaovalordaanuidade.

Art. 13 - Cada Conselho Regional elegerá seu


Presidente, Secretário e Tesoureiro, admitida à
criação de cargos de Vice-presidente, Segundo-
secretárioeSegundotesoureiro,paraosConselhos
commaisdedozemembros.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art.14-OmandatodosmembrosdosConselhos
Regionais será honorífico e terá duração de três
anos,admitidaumareeleição.

Art.15-CompeteaosConselhosRegionais;

I- deliberar sobre inscrição no Conselho e seu


cancelamento;

II - disciplinar e fiscalizar o exercício profissional,


observadas as diretrizes gerais do Conselho
Federal;

III-fazerexecutarasinstruçõeseprovimentosdo
ConselhoFederal;

IV - manter o registro dos profissionais com


exercícionarespectivajurisdição;

V-conheceredecidirosassuntosatinentesàética
profissional,impondoaspenalidadescabíveis;

VI-elaborarasuapropostaorçamentáriaanualeo

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

projetodeseuregimentointernoesubmetê-losà
aprovaçãodoConselhoFederal;

VII-expediracarteiraprofissionalindispensávelao
exercício da profissão, a qual terá fé pública em
todooterritórionacionaleservirádedocumento
deidentidade;

VIII-zelarpelobomconceitodaprofissãoedosque
aexerçam;

IX-publicarrelatóriosanuaisdeseustrabalhose
relaçãodosprofissionaisregistrados;

X-proporaoConselhoFederalmedidasvisandoà
melhoriadoexercícioprofissional;

XI-fixarovalordaanuidade;

XII - apresentar sua prestação de contas ao


ConselhoFederal,atéodia28defevereirodecada
ano;

XIII-elegersuadiretoriaeseusdelegadoseleitores
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

aoConselhoFederal;

XIV-exercerasdemaisatribuiçõesquelhesforem
conferidasporestaLeioupeloConselhoFederal.

Art. 16 - A renda dos Conselhos Regionais será


constituídade:

I-trêsquartosdataxadeexpediçãodascarteiras
profissionais;

II-trêsquartosdasmultasaplicadas;

III-trêsquartosdasanuidades;

IV‒doaçõeselegados;

V‒subvençõesoficiais,deempresasouentidades
particulares;

VI-rendaseventuais.

Art. 17 - O Conselho Federal e os Conselhos

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Regionaisdeverãoreunir-se,pelomenos,umavez
mensalmente.

Parágrafoúnico.OConselheiroquefaltar,durante
oano,semlicençapréviadorespectivoConselho,a
cincoreuniõesperderáomandato.

Art.18-AosinfratoresdoCódigodeDeontologia
deEnfermagempoderãoseraplicadasasseguintes
penas:

I-advertênciaverbal;

II-multa;

III-censura;

IV-suspensãodoexercícioprofissional;

V-cassaçãododireitoaoexercícioprofissional.

§1ºAspenasreferidasnosincisosI,II,IIIeIVdeste
artigosãodaalçadadosConselhosRegionaisea
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

referidanoincisoV,doConselhoFederal,ouvidoo
ConselhoRegionalinteressado.

§ 2º O valor das multas, bem como as infrações


que implicam nas diferentes penalidades, serão
disciplinadosnoregimentodoConselhoFederale
dosConselhosRegionais.

Art. 19 - O Conselho Federal e os Conselhos


Regionais terão tabela própria de pessoal, cujo
regime será o da Consolidação das Leis do
Trabalho.

Art. 20 - A responsabilidade pela gestão


administrativa e financeira dos Conselhos caberá
aosrespectivosdiretores.

Art. 21 - A composição do primeiro Conselho


FederaldeEnfermagem,commandatodeumano,
será feito por ato do Ministro do Trabalho e
Previdência Social, mediante indicação, em lista
tríplice,daAssociaçãoBrasileiradeEnfermagem.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Parágrafo único.  Ao Conselho Federal assim


constituídocaberá,alémdasatribuiçõesprevistas
nestaLei:

a)promoverasprimeiraseleiçõesparacomposição
dosConselhosRegionaiseinstalá-los;

b)promoverasprimeiraseleiçõesparacomposição
do Conselho Federal, até noventa dias antes do
términodoseumandato.

Art. 22 - Durante o período de organização do


ConselhoFederaldeEnfermagem,oMinistériodo
Trabalho e Previdência Social lhe facilitará a
utilizaçãodeseuprópriopessoal,materialelocal
detrabalho.

Art.23-EstaLeientraráemvigornadatadasua
publicação,revogadasasdisposiçõesemcontrário.

Brasília,12dejulhode1973.(Ass.)EmílioG.Médici,
PresidentedaRepública,eJúlioBarata,Ministrodo
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Trabalho e Previdência Social Lei nº 5.905, de


12.07.73.PublicadanoDOUde13.07.73SeçãoIfls.
6.825

LEINº7.498/86,DE25DEJUNHODE1986.

(Dispõe sobre a regulamentação do exercício da


Enfermagemedáoutrasprovidências)

OpresidentedaRepública.

FaçosaberqueoCongressoNacionaldecretaeeu
sancionoaseguinteLei:

Art.1º-ÉlivreoexercíciodaEnfermagememtodo
o território nacional, observadas as disposições
destaLei.

Art.2º-AEnfermagemesuasatividadesAuxiliares
somente podem ser exercidas por pessoas
legalmente habilitadas e inscritas no Conselho
Regional de Enfermagem com jurisdição na área
ondeocorreoexercício.
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Parágrafo único. A Enfermagem é exercida


privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de
Enfermagem,peloAuxiliardeEnfermagemepela
Parteira, respeitados os respectivos graus de
habilitação.

Art. 3º - O planejamento e a programação das


i n s t i t u i ç õ e s  e  s e r v i ç o s  d e  s a ú d e  i n c l u e m
planejamentoeprogramaçãodeEnfermagem.

Art. 4º - A programação de Enfermagem inclui a


prescriçãodaassistênciadeEnfermagem.

Art.5º-(vetado)

a)(vetado)

b)(vetado)

Art.6º-Sãoenfermeiros:

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

I-otitulardodiplomadeenfermeiroconferidopor
instituiçãodeensino,nostermosdalei;

II-otitulardodiplomaoucertificadodeobstetriz
oudeenfermeiraobstétrica,conferidosnostermos
dalei;

III - o titular do diploma ou certificado de


Enfermeiraeatitulardodiplomaoucertificadode
Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou
equivalente, conferido por escola estrangeira
segundoasleisdopaís,registradoemvirtudede
acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
BrasilcomodiplomadeEnfermeiro,deEnfermeira
ObstétricaoudeObstetriz;

IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos


anteriores, obtiverem título de Enfermeiro
conformeodispostonaalínea“”d””doArt.3ºdo
Decretonº50.387,de28demarçode1961.

Art.7º-SãotécnicosdeEnfermagem:

I-otitulardodiplomaoudocertificadodeTécnico
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

de Enfermagem, expedido de acordo com a


legislaçãoeregistradopeloórgãocompetente;

II - o titular do diploma ou do certificado


legalmente conferido por escola ou curso
estrangeiro, registrado em virtude de acordo de
intercâmbioculturalourevalidadonoBrasilcomo
diplomadeTécnicodeEnfermagem.

Art.8º-SãoAuxiliaresdeEnfermagem:

I - o titular do certificado de Auxiliar de


Enfermagem conferido por instituição de ensino,
nos termos da Lei e registrado no órgão
competente;

II-otitulardodiplomaaqueserefereàLeinº2.822,
de14dejunhode1956;

III - o titular do diploma ou certificado a que se


refereoincisoIIIdoArt.2ºdaLeinº2.604,de17de
setembro de 1955, expedido até a publicação da
Leinº4.024,de20dedezembrode1961;

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IV-otitulardecertificadodeEnfermeiroPráticoou
Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo
Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão
congêneredaSecretariadeSaúdenasUnidadesda
Federação,nostermosdoDecreto-leinº23.774,de
22dejaneirode1934,doDecreto-leinº8.778,de22
de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de
outubrode1959;

V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de


Enfermagem,nostermosdoDecretoleinº299,de
28defevereirode1967;

VI - o titular do diploma ou certificado conferido


porescolaoucursoestrangeiro,segundoasleisdo
país, registrado em virtude de acordo de
intercâmbioculturalourevalidadonoBrasilcomo
certificadodeAuxiliardeEnfermagem.

Art.9º-SãoParteiras:

I - a titular de certificado previsto no Art. 1º do


Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946,
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de


outubrode1959;

II-atitulardodiplomaoucertificadodeParteira,ou
equivalente, conferido por escola ou curso
estrangeiro,segundoasleisdopaís,registradoem
virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil,até2(dois)anosapósapublicaçãodestaLei,
comocertificadodeParteira.

Art.10-(vetado)

Art.11-OEnfermeiroexercetodasasatividadesde
Enfermagem,cabendo--lhe:

I-privativamente:

a)DireçãodoórgãodeEnfermagemintegranteda
estruturabásicadainstituiçãodesaúde,públicaou
privada, e chefia de serviço e de unidade de
Enfermagem;

b) Organização e direção dos serviços de

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Enfermagem e de suas atividades técnicas e


auxiliares nas empresas prestadoras desses
serviços;

c) Planejamento, organização, coordenação,


execuçãoeavaliaçãodosserviçosdeassistênciade
Enfermagem;

d)(vetado)

e)(vetado)

f)(vetado)

g)(vetado)

h) Consultoria, auditoria e emissão de parecer


sobrematériadeEnfermagem;

i)ConsultadeEnfermagem;

j)PrescriçãodaassistênciadeEnfermagem;

l) Cuidados diretos de Enfermagem a pacientes


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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

gravescomriscodevida;

m )  C u i d a d o s  d e  E n f e r m a g e m  d e  m a i o r
c o m p l e x i d a d e  t é c n i c a  e  q u e  e x i j a m
conhecimentosdebasecientíficaecapacidadede
tomardecisõesimediatas;

II-comointegrantedaequipedesaúde:

a) Participação no planejamento, execução e


avaliaçãodaprogramaçãodesaúde;

b) Participação na elaboração, execução e


avaliaçãodosplanosassistenciaisdesaúde;

c) Prescrição de medicamentos estabelecidos em


programasdesaúdepúblicaeemrotinaaprovada
pelainstituiçãodesaúde;

d) Participação em projetos de construção ou


reformadeunidadesdeinternação;

e) Prevenção e controle sistemático de infecção


hospitalarededoençastransmissíveisemgeral;
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

f)Prevençãoecontrolesistemáticodedanosque
possam ser causados à clientela durante a
assistênciadeEnfermagem;

g) Assistência de Enfermagem à gestante,


parturienteepuérpera;

h)Acompanhamentodaevoluçãoedotrabalhode
parto;

i)Execuçãodopartosemdistocia;

j) Educação visando à melhoria de saúde da


população;

Parágrafo único. Às profissionais referidas no


incisoIIdoArt.6ºdestaLeiincumbe,ainda:

a)Assistênciaàparturienteeaopartonormal;

b)Identificaçãodasdistociasobstétricasetomada
deprovidênciasatéachegadadomédico;

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

c) Realização de episiotomia e episiorrafia e


aplicaçãodeanestesialocal,quandonecessária.

Art. 12 - O Técnico de Enfermagem exerce


atividadedenívelmédio,envolvendoorientaçãoe
acompanhamentodotrabalhodeEnfermagemem
grau auxiliar, e participação no planejamento da
a s s i s t ê n c i a  d e  E n f e r m a g e m ,  c a b e n d o - l h e
especialmente:

a) Participar da programação da assistência de


Enfermagem;

b) Executar ações assistenciais de Enfermagem,


exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
dispostonoParágrafoúnicodoArt.11destaLei;

c)Participardaorientaçãoesupervisãodotrabalho
deEnfermagememgrauauxiliar;

d)Participardaequipedesaúde.

Art. 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

atividadesdenívelmédio,denaturezarepetitiva,
envolvendoserviçosauxiliaresdeEnfermagemsob
supervisão,bemcomoaparticipaçãoemnívelde
execução simples, em processos de tratamento,
cabendo-lheespecialmente:

a) Observar, reconhecer e descrever sinais e


sintomas;

b)Executaraçõesdetratamentosimples;

c) Prestar cuidados de higiene e conforto ao


paciente;

d)Participardaequipedesaúde.

Art.14-(vetado)

Art. 15 - As atividades referidas nos arts. 12 e 13


desta Lei, quando exercidas em instituições de
saúde, públicas e privadas, e em programas de
saúde, somente podem ser desempenhadas sob
orientaçãoesupervisãodeEnfermeiro.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art.16-(vetado)

Art.17-(vetado)

Art.18-(vetado)

Parágrafoúnico.(vetado)

Art.19-(vetado)

Art. 20 - Os órgãos de pessoal da administração


pública direta e indireta, federal, estadual,
municipal, do Distrito Federal e dos Territórios
observarão,noprovimentodecargosefunçõese
na contratação de pessoal de Enfermagem, de
todososgraus,ospreceitosdestaLei.

Parágrafo único - Os órgãos a que se refere este


artigo promoverão as medidas necessárias à
harmonização das situações já existentes com as

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

disposições desta Lei, respeitados os direitos


adquiridosquantoavencimentosesalários.

Art.21-(vetado)

Art.22-(vetado)

Art. 23 - O pessoal que se encontra executando


tarefasdeEnfermagem,emvirtudedecarênciade
recursoshumanosdenívelmédionestaárea,sem
possuirformaçãoespecíficareguladaemlei,será
a u t o r i z a d o ,  p e l o  C o n s e l h o  F e d e r a l  d e
Enfermagem,aexerceratividadeselementaresde
Enfermagem, observado o disposto no Art. 15
destaLei.

Parágrafo único - A autorização referida neste


artigo,queobedeceráaoscritériosbaixadospelo
Conselho Federal de Enfermagem, somente
poderáserconcedidaduranteoprazode10(dez)
anos,acontardapromulgaçãodestaLei.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art.24-(vetado)

Parágrafoúnico-(vetado)

Art.25-OPoderExecutivoregulamentaráestaLei
noprazode120(centoevinte)diasacontardadata
desuapublicação.

Art. 26 - Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.

Art. 27 - Revogam-se (vetado) as demais


disposiçõesemcontrário.

Brasília, em 25 de junho de 1986, 165º da


Independência e 98º da República José Sarney
Almir Pazzianotto Pinto Lei nº 7.498, de 25.06.86
publicadanoDOUde26.06.86SeçãoI-fls.9.273a
9.275

LEINº8.967,DE28DEDEZEMBRO1994.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

(Alteraaredaçãodoparágrafoúnicodoart.23da
Leinº7.498,de25dejunhode1986,quedispõe
s o b r e  a  r e g u l a m e n t a ç ã o  d o  e x e r c í c i o  d a
enfermagemedáoutrasprovidências)

OPresidentedaRepública

FaçosaberqueoCongressoNacionaldecretaeeu
sancionoaseguinteLei:

Art.1º-OParágrafoúnicodoArt.23daLeinº7.498
de 25 de junho de 1986, passa a vigorar com a
seguinteredação:

Parágrafoúnico-ÉasseguradoaosAtendentesde
Enfermagem, admitidos antes da vigência desta
Lei, o exercício das atividades elementares da
Enfermagem,observadoodispostoemseuartigo
15.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art.3º-Revogam-seasdisposiçõesemcontrário.
Brasília, 28 de dezembro de 1994; 175o da
Independênciae106odaRepúblicaItamarFranco
MarceloPimentel

DECRETONº94.406/87

(Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de


1986,quedispõesobreoexercíciodaEnfermagem,
edáoutrasprovidências)

OPresidentedaRepública,usandodasatribuições
quelheconfereoArt.81,itemIII,daConstituição,e
tendoemvistaodispostonoArt.25daLeinº7.498,
de25dejunhode1986,Decreta:

Art.1º-OexercíciodaatividadedeEnfermagem,
observadasasdisposiçõesdaLeinº7.498,de25de
junho de 1986, e respeitados os graus de
habilitação,éprivativodeEnfermeiro,Técnicode
Enfermagem,AuxiliardeEnfermagemeParteiroe
só será permitido ao profissional inscrito no
Conselho Regional de Enfermagem da respectiva
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

região.

Art.2º-Asinstituiçõeseserviçosdesaúdeincluirão
aatividadedeEnfermagemnoseuplanejamentoe
programação.

Art.3º-AprescriçãodaassistênciadeEnfermagem
éparteintegrantedoprogramadeEnfermagem.

Art.4º-SãoEnfermeiros:

I-otitulardodiplomadeEnfermeiroconferidopor
instituiçãodeensino,nostermosdalei;

II-otitulardodiplomaoucertificadodeObstetriz
ou de Enfermeira Obstétrica, conferidos nos
termosdalei;

III - o titular do diploma ou certificado de


Enfermeiraeatitulardodiplomaoucertificadode
Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou
equivalente, conferido por escola estrangeira
segundoasrespectivasleis,registradoemvirtude
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

deacordodeintercâmbioculturalourevalidadono
BrasilcomodiplomadeEnfermeiro,deEnfermeira
ObstétricaoudeObstetriz;

IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos


anteriores, obtiveram título de Enfermeira
conforme o disposto na letra “”d”” do Art. 3º do
Decreto-leiDecretonº50.387,de28demarçode
1961.

Art.5º.SãotécnicosdeEnfermagem:

I-otitulardodiplomaoudocertificadodetécnico
de Enfermagem, expedido de acordo com a
legislaçãoeregistradonoórgãocompetente;

II - o titular do diploma ou do certificado


legalmente conferido por escola ou curso
estrangeiro, registrado em virtude de acordo de
intercâmbioculturalourevalidadonoBrasilcomo
diplomadetécnicodeEnfermagem.

Art.6ºSãoAuxiliaresdeEnfermagem:

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

I - o titular do certificado de Auxiliar de


Enfermagem conferido por instituição de ensino,
nos termos da Lei e registrado no órgão
competente;

II-otitulardodiplomaaqueserefereàLeinº2.822,
de14dejunhode1956;

III - o titular do diploma ou certificado a que se


refereoitemIIIdoArt.2º.daLeinº2.604,de17de
setembro de 1955, expedido até a publicação da
Leinº4.024,de20dedezembrode1961;

IV-otitulardecertificadodeEnfermeiroPráticoou
Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo
Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão
congêneredaSecretariadeSaúdenasUnidadesda
Federação,nostermosdoDecreto-leinº23.774,de
22dejaneirode1934,doDecreto-leinº8.778,de22
de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de
outubrode1959;

Página40
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de


Enfermagem,nostermosdoDecreto-leinº299,de
28defevereirode1967;

VI - o titular do diploma ou certificado conferido


porescolaoucursoestrangeiro,segundoasleisdo
país, registrado em virtude de acordo de
intercâmbioculturalourevalidadonoBrasilcomo
certificadodeAuxiliardeEnfermagem.

Art.7º-SãoParteiros:

I-otitulardecertificadoprevistonoArt.1ºdonº
8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o
dispostonaLeinº3.640,de10deoutubrode1959;

II-otitulardodiplomaoucertificadodeParteiro,
ou equivalente, conferido por escola ou curso
estrangeiro,segundoasrespectivasleis,registrado
emvirtudedeintercâmbioculturalourevalidado
noBrasil,até26dejunhode1988,comocertificado
deParteiro.

Página41
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art.8º-Aoenfermeiroincumbe:

I-privativamente:

a)direçãodoórgãodeEnfermagemintegranteda
estruturabásicadainstituiçãodesaúde,públicaou
privada, e chefia de serviço e de unidade de
Enfermagem;

b) organização e direção dos serviços de


Enfermagem e de suas atividades técnicas e
auxiliares nas empresas prestadoras desses
serviços;

c) planejamento, organização, coordenação,


execuçãoeavaliaçãodosserviçosdaassistênciade
Enfermagem;

d) consultoria, auditoria e emissão de parecer


sobrematériadeEnfermagem;

e)consultadeEnfermagem;

f)prescriçãodaassistênciadeEnfermagem;
Página42
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes


gravescomriscodevida;

h )  c u i d a d o s  d e  E n f e r m a g e m  d e  m a i o r
c o m p l e x i d a d e  t é c n i c a  e  q u e  e x i j a m
c o n h e c i m e n t o s  c i e n t í fi c o s  a d e q u a d o s  e
capacidadedetomardecisõesimediatas;

II-comointegrantedaequipedesaúde:

a) participação no planejamento, execução e


avaliaçãodaprogramaçãodesaúde;

b) participação na elaboração, execução e


avaliaçãodosplanosassistenciaisdesaúde;

c) prescrição de medicamentos previamente


estabelecidos em programas de saúde pública e
emrotinaaprovadapelainstituiçãodesaúde;

d) participação em projetos de construção ou


reformadeunidadesdeinternação;

Página43
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

e) prevenção e controle sistemático da infecção


hospitalar,inclusivecomomembrodasrespectivas
comissões;

f ) participação na elaboração de medidas de


prevenção e controle sistemático de danos que
possam ser causados aos pacientes durante a
assistênciadeEnfermagem;

g) participação na prevenção e controle das


doençastransmissíveisemgeralenosprogramas
devigilânciaepidemiológica;

h) prestação de assistência de enfermagem à


gestante, parturiente, puérpera e ao recém-
nascido;

i)participaçãonosprogramasenasatividadesde
assistênciaintegralàsaúdeindividualedegrupos
específicos, particularmente daqueles prioritários
edealtorisco;

j)acompanhamentodaevoluçãoedotrabalhode
parto;
Página44
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

l)execuçãoeassistênciaobstétricaemsituaçãode
emergênciaeexecuçãodopartosemdistocia;

m) participação em programas e atividades de


educaçãosanitária,visandoamelhoriadesaúdedo
indivíduo,dafamíliaedapopulaçãoemgeral;

n) participação nos programas de treinamento e


a p r i m o r a m e n t o  d e  p e s s o a l  d e  s a ú d e ,
particularmente nos programas de educação
continuada;

o) participação nos programas de higiene e


segurança do trabalho e de prevenção de
acidentesededoençasprofissionaisedotrabalho;

p )  p a r t i c i p a ç ã o  n a  e l a b o r a ç ã o  e  n a
operacionalização do sistema de referência e
contra-referênciadopacientenosdiferentesníveis
deatençãoàsaúde;

q)participaçãonodesenvolvimentodetecnologia
apropriadaàassistênciadesaúde;
Página45
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

r) participação em bancas examinadoras, em


matérias específicas de Enfermagem, nos
c o n c u r s o s  p a r a  p r o v i m e n t o  d e  c a r g o  o u
contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e
AuxiliardeEnfermagem.

Art. 9º - Às profissionais titulares de diploma ou


certificados de Obstetriz ou de Enfermeira
Obstétrica, além das atividades de que trata o
artigoprecedente,incumbe:

I-prestaçãodeassistênciaàparturienteeaoparto
normal;

II-identificaçãodasdistóciasobstétricasetomada
deprovidênciasatéachegadadomédico;

III - realização de episiotomia e episiorrafia com


aplicaçãodeanestesialocal,quandonecessária.

Art. 10 - O Técnico de Enfermagem exerce as


atividades auxiliares, de nível médio técnico,

Página46
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

atribuídasàequipedeEnfermagem,cabendo-lhe:

I-assistiraoEnfermeiro:

a) no planejamento, programação, orientação e


supervisão das atividades de assistência de
Enfermagem;

b )  n a  p r e s t a ç ã o  d e  c u i d a d o s  d i r e t o s  d e
Enfermagemapacientesemestadograve;

c )  n a  p r e v e n ç ã o  e  c o n t r o l e  d a s  d o e n ç a s
transmissíveis em geral em programas de
vigilânciaepidemiológica;

d)naprevençãoecontrolesistemáticodainfecção
hospitalar;

e) na prevenção e controle sistemático de danos


físicos que possam ser causados a pacientes
duranteaassistênciadesaúde;

f)naexecuçãodosprogramasreferidosnasletras
“”i””e“”o””doitemIIdo
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

II - executar atividades de assistência de


Enfermagem, excetuadas as privativas do
EnfermeiroeasreferidasnoArt.9ºdesteDecreto:

III-integraraequipedesaúde.

Art. 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as


atividades auxiliares, de nível médio atribuídas à
equipedeEnfermagem,cabendo-lhe:

I - preparar o paciente para consultas, exames e


tratamentos;

II - observar, reconhecer e descrever sinais e


sintomas,aoníveldesuaqualificação;

III - executar tratamentos especificamente


prescritos,ouderotina,alémdeoutrasatividades
deEnfermagem,taiscomo:

a) ministrar medicamentos por via oral e


parenteral;

b)realizarcontrolehídrico;
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao


pacienteezelarporsuasegurança,inclusive:

a)alimentá-loouauxiliá-loaalimentar-se;

b) zelar pela limpeza e ordem do material, de


equipamentos e de dependência de unidades de
saúde;

V-integraraequipedesaúde;

VI-participardeatividadesdeeducaçãoemsaúde,
inclusive:

a)orientarospacientesnapós-consulta,quantoao
cumprimento das prescrições de Enfermagem e
médicas;

b)auxiliaroEnfermeiroeoTécnicodeEnfermagem
na execução dos programas de educação para a
saúde;

VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à


Página49
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

c)fazercurativos;

d )  a p l i c a r  o x i g e n o t e r a p i a ,  n e b u l i z a ç ã o ,
enteroclisma,enemaecaloroufrio;

e) executar tarefas referentes à conservação e


aplicaçãodevacinas;

f )  e f e t u a r  o  c o n t r o l e  d e  p a c i e n t e s  e  d e
comunicantesemdoençastransmissíveis;

g) realizar testes e proceder à sua leitura, para


subsídiodediagnóstico;

h)colhermaterialparaexameslaboratoriais;

i) prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-


operatórios;

j) circular em sala de cirurgia e, se necessário,


instrumentar;

l )  e x e c u t a r  a t i v i d a d e s  d e  d e s i n f e c ç ã o  e
esterilização;
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

altadepacientes:

VIII-participardosprocedimentospós-morte.

Art.12-AoParteiroincumbe:

I-prestarcuidadosàgestanteeàparturiente;

II-assistiraopartonormal,inclusiveemdomicílio;
e

III-cuidardapuérperaedorecém-nascido.

Parágrafoúnico-Asatividadesdequetrataeste
artigosãoexercidassobsupervisãodeEnfermeiro
Obstetra, quando realizadas em instituições de
saúde, e, sempre que possível, sob controle e
supervisão de unidade de saúde, quando
realizadas em domicílio ou onde se fizerem
necessárias.

Art.13-Asatividadesrelacionadasnosarts.10e11
somente poderão ser exercidas sob supervisão,
Página51
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

orientaçãoedireçãodeEnfermeiro.

Art.14-IncumbeatodoopessoaldeEnfermagem:

I-cumprirefazercumpriroCódigodeDeontologia
daEnfermagem;

II - quando for o caso, anotar no prontuário do


p a c i e n t e  a s  a t i v i d a d e s  d a  a s s i s t ê n c i a  d e
Enfermagem,parafinsestatísticos;

Art.15-Naadministraçãopúblicadiretaeindireta,
federal,estadual,municipal,doDistritoFederale
dos Territórios será exigida como condição
essencial para provimento de cargos e funções e
contrataçãodepessoaldeEnfermagem,detodos
osgraus,aprovadeinscriçãonoConselhoRegional
deEnfermagemdarespectivaregião.

Parágrafo único - Os órgãos e entidades


compreendidos neste artigo promoverão, em
a r t i c u l a ç ã o  c o m  o  C o n s e l h o  F e d e r a l  d e
Enfermagem,asmedidasnecessáriasàadaptação
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

das situações já existentes com as disposições


deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos
quantoavencimentosesalários.

Art.16-EsteDecretoentraemvigornadatadesua
publicação.

Art.17-Revogam-seasdisposiçõesemcontrário.

Brasília,08dejunhode1987;

JoséSarneyErosAntoniodeAlmeida

Dec.nº94.406,de08.06.87publicadonoDOUde
09.06.87seçãoI-fls.8.853a8.855

RESOLUÇÃOCOFEN-186/1995

Dispõe sobre a definição e especificação das


a t i v i d a d e s  e l e m e n t a r e s  d e  E n f e r m a g e m
executadaspelopessoalsemformaçãoespecíficas.

OConselhoFederaldeEnfermagem,nousodesua
Página53
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

competêncialegaleregimental;

Considerandoodispostono“caput”doArt.23da
Leinº7.498/86;

Considerandooartigo1ºdaLeinº8.967/94;

C o n s i d e r a n d o  o s  s u b s í d i o s  e m a n a d o s  d o
Seminário Nacional organizado pelo COFEN,
envolvendo todos os segmentos da Enfermagem
Brasileira,nosdias25e26deabrilde1995;

Considerando deliberação do Plenário do COFEN


nasua238ªReuniãoOrdinária;

Considerando o que demais consta no Processo


AdministrativoCOFENnº33/95.RESOLVE:

Art.1º‒Sãoconsideradasatividadeselementares
d e  E n f e r m a g e m  a q u e l a s  a t i v i d a d e s  q u e
c o m p r e e n d e m  a ç õ e s  d e  f á c i l  e x e c u ç ã o  e
entendimento,baseadasemsaberessimples,sem
requererem conhecimento científico, adquiridas
por meio de treinamento e/ou da prática;
Página54
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

requerem destreza manual, se restringem a


situaçõesderotinaederepetição,nãoenvolvem
cuidadosdiretosaopaciente,nãocolocamemrisco
a comunidade, o ambiente e/ou a saúde do
executante,mascontribuemparaqueaassistência
deEnfermagemsejamaiseficiente.

A r t .  2 º  ‒  A s  a t i v i d a d e s  e l e m e n t a r e s  d e
Enfermagem, executadas pelo Atendente de
enfermagemeassemelhadossãoasseguintes:

I ‒ Relacionadas com a higiene e conforto do


cliente:

a) Anotar, identificar e encaminhar roupas e/ou


pertencesdosclientes;

b)prepararleitosdesocupados.

II‒Relacionadascomotransportedocliente:

a)auxiliaraequipedeenfermagemnotransporte
declientesdebaixorisco;

Página55
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

b)prepararmacasecadeirasderodas.

III‒Relacionadascomaorganizaçãodoambiente:

a)arrumar,manterlimpoeemordemoambiente
dotrabalho;

b) colaborar, com a equipe de enfermagem, na


limpezaeordemdaunidadedopaciente;

c)buscar,receber,conferir,distribuire/ouguardar
omaterialprovenientedocentrodematerial;

d) receber, conferir, guardar e distribuir a roupa


vindadalavanderia;

e) zelar pela conservação e manutenção da


u n i d a d e ,  c o m u n i c a n d o  a o  E n f e r m e i r o  o s
problemasexistentes;

f)auxiliaremrotinasadministrativasdoserviçode
enfermagem.

IV ‒ Relacionadas com consultas, exames ou


Página56
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

tratamentos:

a)levaraosserviçosdediagnósticoetratamento,o
materialeospedidosdeexamescomplementares
etratamentos;
b) receber e conferir os prontuários do setor
competenteedistribuí-losnosconsultórios;

c) agendar consultas, tratamentos e exames,


chamareencaminharclientes;

d)prepararmesasdeexames.

V‒Relacionadoscomoóbito:

a)ajudarnapreparaçãodocorpoapósoóbito.

Art. 3º ‒ Os casos omissos serão resolvidos pelo


ConselhoFederaldeEnfermagem.

Art.4º‒estaResoluçãoentraemvigornadatade
suapublicação.

Página57
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

RiodeJaneiro,20dejulhode1995.

GilbertoLinharesTeixeira

COREN-RJnº2.380

PresidenteRuthMirandadeC.Leifert

COREN-SPnº1.104

Primeira-Secretária

PublicadanoNormaseNotícias

anoXVIII‒Ediçãomaio/julho/95no02

RESOLUÇÃOCOFENNº564/2017
Página58
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

CódigodeÉticadosProfissionaisdeEnfermagem

O Conselho Federal de Enfermagem ‒ Cofen, no


usodasatribuiçõesquelhesãoconferidaspelaLei
nº5.905,de12dejulhode1973,epeloRegimento
da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº
421,de15defevereirode2012,e

CONSIDERANDO que nos termos do inciso III do


artigo 8º da Lei 5.905, de 12 de julho de 1973,
c o m p e t e  a o  C o f e n  e l a b o r a r  o  C ó d i g o  d e
Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando
necessário,ouvidososConselhosRegionais;

CONSIDERANDOqueoCódigodeDeontologiade
Enfermagem deve submeter-se aos dispositivos
constitucionaisvigentes;

CONSIDERANDO a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, promulgada pela Assembleia
Geral das Nações Unidas (1948) e adotada pela
Convenção de Genebra (1949), cujos postulados
Página59
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

estão contidos no Código de Ética do Conselho


Internacional de Enfermeiras (1953, revisado em
2012);

CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre


BioéticaeDireitosHumanos(2005);

CONSIDERANDO o Código de Deontologia de


EnfermagemdoConselhoFederaldeEnfermagem
(1976), o Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem(1993,reformuladoem2000e2007),
as normas nacionais de pesquisa (Resolução do
ConselhoNacionaldeSaúde‒CNSnº196/1996),
revisadaspelaResoluçãonº466/2012,easnormas
internacionais sobre pesquisa envolvendo seres
humanos;

CONSIDERANDO a proposta de Reformulação do


CódigodeÉticadosProfissionaisdeEnfermagem,
consolidadana1ªConferênciaNacionaldeÉticana
Enfermagem‒1ªCONEENF,ocorridanoperíodode
07a09dejunhode2017,emBrasília‒DF,realizada
p e l o  C o n s e l h o  F e d e r a l  d e  E n f e r m a g e m  e
Página60
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

C o o r d e n a d a  p e l a  C o m i s s ã o  N a c i o n a l  d e
ReformulaçãodoCódigodeÉticadosProfissionais
deEnfermagem,instituídapelaPortariaCofennº
1.351/2016;

CONSIDERANDOaLeinº11.340,de07deagostode
2006 (Lei Maria da Penha) que cria mecanismos
paracoibiraviolênciadomésticaefamiliarcontraa
mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da
Constituição Federal e a Lei nº 10.778, de 24 de
novembro de 2003, que estabelece a notificação
compulsória, no território nacional, nos casos de
violência contra a mulher que for atendida em
serviçosdesaúdepúblicoseprivados;

CONSIDERANDOaLeinº8.069,de13dejulhode
1990,quedispõesobreoEstatutodaCriançaedo
Adolescente;

CONSIDERANDOaLeinº.10.741,de01deoutubro
de2003,quedispõesobreoEstatutodoIdoso;

CONSIDERANDOaLeinº.10.216,de06deabrilde
Página61
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

2001,quedispõesobreaproteçãoeosdireitosdas
pessoas portadoras de transtornos mentais e
redireciona o modelo assistencial em saúde
mental;

CONSIDERANDOaLei8.080,de19desetembrode
1990, que dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes;

CONSIDERANDO as sugestões apresentadas na


Assembleia Extraordinária de Presidentes dos
ConselhosRegionaisdeEnfermagem,ocorridana
sededoCofen,emBrasília,DistritoFederal,nodia
18dejulhode2017,e

CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do


Conselho Federal de Enfermagem em sua 491ª
ReuniãoOrdinária,RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos


Profissionais de Enfermagem, conforme o anexo
Página62
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

destaResolução,paraobservânciaerespeitodos
profissionais de Enfermagem, que poderá ser
consultado através do sítio de internet do Cofen
(www.cofen.gov.br).

Art. 2º Este Código aplica-se aos Enfermeiros,


T é c n i c o s  d e  E n f e r m a g e m ,  A u x i l i a r e s  d e
Enfermagem, Obstetrizes e Parteiras, bem como
aosatendentesdeEnfermagem.

Art. 3º Os casos omissos serão resolvidos pelo


ConselhoFederaldeEnfermagem.

Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo


ConselhoFederaldeEnfermagem,porpropostade
2/3dosConselheirosEfetivosdoConselhoFederal
ou mediante proposta de 2/3 dos Conselhos
Regionais.

Parágrafo Único. A alteração referida deve ser


precedida de ampla discussão com a categoria,
coordenada pelos Conselhos Regionais, sob a
coordenação geral do Conselho Federal de
Página63
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Enfermagem, em formato de Conferência


Nacional,precedidadeConferênciasRegionais.

Art.5ºApresenteResoluçãoentraráemvigor120
(cento e vinte) dias a partir da data de sua
publicaçãonoDiárioOficialdaUnião,revogando-
se as disposições em contrário, em especial a
ResoluçãoCofennº311/2007,de08defevereirode
2007.

Brasília,6denovembrode2017.

MANOELCARLOSN.DASILVA
COREN-RONº63592
Presidente

MARIAR.F.B.SAMPAIO
COREN-PINº19084
Primeira-Secretária

ANEXODARESOLUÇÃOCOFENNº0564/2017

PREÂMBULO

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o


CódigodeÉticadosProfissionaisdeEnfermagem‒
CEPE,norteou-seporprincípiosfundamentais,que
representam imperativos para a conduta
profissional e consideram que a Enfermagem é
u m a  c i ê n c i a ,  a r t e  e  u m a  p r á t i c a  s o c i a l ,
indispensável à organização e ao funcionamento
d o s  s e r v i ç o s  d e  s a ú d e ;  t e m  c o m o
responsabilidadesapromoçãoearestauraçãoda
saúde,aprevençãodeagravosedoençaseoalívio
do sofrimento; proporciona cuidados à pessoa, à
família e à coletividade; organiza suas ações e
intervenções de modo autônomo, ou em
colaboraçãocomoutrosprofissionaisdaárea;tem
direito a remuneração justa e a condições
adequadas de trabalho, que possibilitem um
cuidado profissional seguro e livre de danos.
Sobretudo, esses princípios fundamentais
reafirmamqueorespeitoaosdireitoshumanosé
inerenteaoexercíciodaprofissão,oqueincluios
direitos da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à
igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha, à
dignidadeeasertratadasemdistinçãodeclasse
Página65
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

social,geração,etnia,cor,crençareligiosa,cultura,
incapacidade, deficiência, doença, identidade de
gênero, orientação sexual, nacionalidade,
convicçãopolítica,raçaoucondiçãosocial.

Inspirado nesse conjunto de princípios é que o


Conselho Federal de Enfermagem, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 8º,
incisoIII,daLeinº5.905,de12dejulhode1973,
aprova e edita esta nova revisão do CEPE,
exortando os profissionais de Enfermagem à sua
fielobservânciaecumprimento.

PRINCÍPIOSFUNDAMENTAIS

AEnfermagemécomprometidacomaproduçãoe
gestão do cuidado prestado nos diferentes
contextossocioambientaiseculturaisemresposta
àsnecessidadesdapessoa,famíliaecoletividade.

O  p r o fi s s i o n a l  d e  E n f e r m a g e m  a t u a  c o m
autonomia e em consonância com os preceitos
éticoselegais,técnico-científicoeteórico-filosófi
co;exercesuasatividadescomcompetênciapara
Página66
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

promoçãodoserhumanonasuaintegralidade,de
acordocomosPrincípiosdaÉticaedaBioética,e
p a r t i c i p a  c o m o  i n t e g r a n t e  d a  e q u i p e  d e
Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas
Públicas, com ênfase nas políticas de saúde que
g a r a n t a m  a  u n i v e r s a l i d a d e  d e  a c e s s o ,
integralidade da assistência, resolutividade,
p r e s e r v a ç ã o  d a  a u t o n o m i a  d a s  p e s s o a s ,
participação da comunidade, hierarquização e
descentralização político-administrativa dos
serviçosdesaúde.

O cuidado da Enfermagem se fundamenta no


conhecimentoprópriodaprofissãoenasciências
humanas,sociaiseaplicadaseéexecutadopelos
profissionais na prática social e cotidiana de
assistir,gerenciar,ensinar,educarepesquisar.

CAPÍTULOI‒DOSDIREITOS

Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade,


segurança técnica, científica e ambiental,
autonomia, e ser tratado sem discriminação de

Página67
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

qualquer natureza, segundo os princípios e


pressupostoslegais,éticosedosdireitoshumanos.

Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho


livre de riscos e danos e violências física e
psicológicaàsaúdedotrabalhador,emrespeitoà
dignidade humana e à proteção dos direitos dos
profissionaisdeenfermagem.

Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de


defesa da dignidade profissional, do exercício da
cidadania e das reivindicações por melhores
condiçõesdeassistência,trabalhoeremuneração,
observados os parâmetros e limites da legislação
vigente.

Art. 4º Participar da prática multiprofissional,


i n t e r d i s c i p l i n a r  e  t r a n s d i s c i p l i n a r  c o m
responsabilidade, autonomia e liberdade,
observando os preceitos éticos e legais da
profissão.

Página68
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art.5ºAssociar-se,exercercargoseparticiparde
O r g a n i z a ç õ e s  d a  C a t e g o r i a  e  Ó r g ã o s  d e
FiscalizaçãodoExercícioProfissional,atendidosos
requisitoslegais.

Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico-


científicos, ético-políticos, socioeducativos,
históricoseculturaisquedãosustentaçãoàprática
profissional.

Art. 7º Ter acesso às informações relacionadas à


pessoa, família e coletividade, necessárias ao
exercícioprofissional.

Art. 8º Requerer ao Conselho Regional de


Enfermagem, de forma fundamentada, medidas
cabíveisparaobtençãodedesagravopúblicoem
decorrência de ofensa sofrida no exercício
profissionalouqueatinjaaprofissão.

Art. 9º Recorrer ao Conselho Regional de


Enfermagem, de forma fundamentada, quando

Página69
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

impedido de cumprir o presente Código, a


L e g i s l a ç ã o  d o  E x e r c í c i o  P r o fi s s i o n a l  e  a s
Resoluções, Decisões e Pareceres Normativos
emanados pelo Sistema Cofen/Conselhos
RegionaisdeEnfermagem.

Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação


disponíveis, às diretrizes políticas, normativas e
protocolosinstitucionais,bemcomoparticiparde
suaelaboração.

Art.11FormareparticipardaComissãodeÉticade
E n f e r m a g e m ,  b e m  c o m o  d e  c o m i s s õ e s
interdisciplinaresdainstituiçãoemquetrabalha.

Art. 12 Abster-se de revelar informações confi


denciaisdequetenhaconhecimentoemrazãode
seuexercícioprofissional.

Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou


coletivas,quandoolocaldetrabalhonãooferecer
condiçõessegurasparaoexercícioprofissionale/
oudesrespeitaralegislaçãovigente,ressalvadasas
Página70
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

situações de urgência e emergência, devendo


formalizarimediatamentesuadecisãoporescrito
e/oupormeiodecorreioeletrônicoàinstituiçãoe
aoConselhoRegionaldeEnfermagem.

Art.14 AplicaroprocessodeEnfermagemcomo
instrumento metodológico para plane jar,
implementar, avaliar e documentar o cuidado à
pessoa,famíliaecoletividade.

Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e


coordenação,noâmbitodasaúdeoudequalquer
área direta ou indiretamente relacionada ao
exercícioprofissionaldaEnfermagem.

Art.16Conhecerasatividadesdeensino,pesquisa
e extensão que envolvam pessoas e/ou local de
trabalhosobsuaresponsabilidadeprofissional.

Art. 17 Realizar e participar de atividades de


ensino, pesquisa e extensão, respeitando a
legislaçãovigente.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

A r t .  1 8   Te r  r e c o n h e c i d a  s u a  a u t o r i a  o u
participação em pesquisa, extensão e produção
técnico-científica.

Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação,


mídias sociais e meios eletrônicos para conceder
e n t r e v i s t a s ,  m i n i s t r a r  c u r s o s ,  p a l e s t r a s ,
conferências,sobreassuntosdesuacompetência
e/oudivulgareventoscomfinalidadeeducativae
deinteressesocial.

Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os


quais detenha habilidades e competências
técnico-científicaselegais.

Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e


expostoemmídiassociaisduranteodesempenho
desuasatividadesprofissionais.

Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não


sejamdesuacompetênciatécnica,científica,ética
e legal ou que não ofereçam segurança ao

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

profissional,àpessoa,àfamíliaeàcoletividade.

Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de


vínculo da relação profissional/usuários quando
houver risco à sua integridade física e moral,
c o m u n i c a n d o  a o  C o r e n  e  a s s e g u r a n d o  a
continuidadedaassistênciadeEnfermagem.

CAPÍTULOII‒DOSDEVERES

A r t .  2 4  E x e r c e r  a  p r o fi s s ã o  c o m  j u s t i ç a ,
c o m p r o m i s s o ,  e q u i d a d e ,  r e s o l u t i v i d a d e ,
dignidade, competência, responsabilidade,
honestidadeelealdade.

Art. 25Fundamentarsuasrelaçõesnodireito,na
prudência, no respeito, na solidariedade e na
diversidadedeopiniãoeposiçãoideológica.

Art.26Conhecer,cumprirefazercumpriroCódigo
deÉticadosProfissionaisdeEnfermagemedemais
normativosdoSistemaCofen/ConselhosRegionais
Página73
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

deEnfermagem.

Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos


profissionais de Enfermagem no desempenho de
atividadesemorganizaçõesdacategoria.

Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho


R e g i o n a l  d e  E n f e r m a g e m  e  a o s  ó r g ã o s
competentes fatos que infrinjam dispositivos
éticos-legais e que possam prejudicar o exercício
profissional e a segurança à saúde da pessoa,
famíliaecoletividade.

Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho


Regional de Enfermagem, fatos que envolvam
recusa e/ou demissão de cargo, função ou
e m p r e g o ,  m o t i v a d o  p e l a  n e c e s s i d a d e  d o
profissional em cumprir o presente Código e a
legislaçãodoexercícioprofissional.

A r t .  3 0  C u m p r i r ,  n o  p r a z o  e s t a b e l e c i d o ,
d e t e r m i n a ç õ e s ,  n o t i fi c a ç õ e s ,  c i t a ç õ e s ,

Página74
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

c o n v o c a ç õ e s  e  i n t i m a ç õ e s  d o  S i s t e m a
Cofen/ConselhosRegionaisdeEnfermagem.

Art.31Colaborarcomoprocessodefiscalizaçãodo
exercício profissional e prestar informações
fidedignas,permitindooacessoadocumentosea
áreafísicainstitucional.

Art.32ManterinscriçãonoConselhoRegionalde
Enfermagem,comjurisdiçãonaáreaondeocorrer
oexercícioprofissional.

Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados


juntoaoConselhoRegionaldeEnfermagemdesua
jurisdição.

Art. 34 Manter regularizadas as obrigações


financeiras junto ao Conselho Regional de
Enfermagemdesuajurisdição.

Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social,


amboslegíveis,númeroecategoriadeinscriçãono

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

ConselhoRegionaldeEnfermagem,assinaturaou
rubrica nos documentos, quando no exercício
profissional.

§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome


completo, número e categoria de inscrição no
Coren,devendoconstaraassinaturaourubricado
profissional.

§2ºQuandosetratardeprontuárioeletrônico,a
assinatura deverá ser certificada, conforme
legislaçãovigente.

Art. 36 Registrar no prontuário e em outros


d o c u m e n t o s  a s  i n f o r m a ç õ e s  i n e r e n t e s  e
indispensáveis ao processo de cuidar de forma
clara, objetiva, cronológica, legível, completa e
semrasuras.

Art. 37 Documentar formalmente as etapas do


processo de Enfermagem, em consonância com
suacompetêncialegal.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art.38Prestarinformaçõesescritase/ouverbais,
c o m p l e t a s  e  fi d e d i g n a s ,  n e c e s s á r i a s  à
continuidade da assistência e segurança do
paciente.

Art.39Esclareceràpessoa,famíliaecoletividade,a
respeito dos direitos, riscos, benefícios e
i n t e r c o r r ê n c i a s  a c e r c a  d a  a s s i s t ê n c i a  d e
Enfermagem.

Art.40Orientaràpessoaefamíliasobrepreparo,
benefícios,riscoseconsequênciasdecorrentesde
examesedeoutrosprocedimentos,respeitandoo
d i r e i t o  d e  r e c u s a  d a  p e s s o a  o u  d e  s e u
representantelegal.

Art. 41 Prestar assistência de Enfermagem sem


discriminaçãodequalquernatureza.

Art. 42 Respeitar o direito do exercício da


autonomia da pessoa ou de seu representante
legal na tomada de decisão, livre e esclarecida,

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

sobresuasaúde,segurança,tratamento,conforto,
bem-estar,realizandoaçõesnecessárias,deacordo
comosprincípioséticoselegais.

P a r á g r a f o  ú n i c o .  R e s p e i t a r  a s  d i r e t i v a s
antecipadas da pessoa no que concerne às
decisõessobrecuidadosetratamentosquedeseja
ou não receber no momento em que estiver
i n c a p a c i t a d o  d e  e x p r e s s a r ,  l i v r e  e
autonomamente,suasvontades.

Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a


intimidadedapessoa,emtodoseuciclovitalenas
situaçõesdemorteepós-morte.

Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em


condições que ofereçam segurança, mesmo em
caso de suspensão das atividades profissionais
decorrentes de movimentos reivindicatórios da
categoria.

Parágrafoúnico.Serárespeitadoodireitodegreve
e, nos casos de movimentos reivindicatórios da
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

categoria, deverão ser prestados os cuidados


mínimos que garantam uma assistência segura,
conformeacomplexidadedopaciente.

Art.45PrestarassistênciadeEnfermagemlivrede
danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência.

Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de


Enfermagem e Médica na qual não constem
assinatura e número de registro do profissional
prescritor, exceto em situação de urgência e
emergência.

§ 1º O profissional de Enfermagem deverá


recusar-seaexecutarprescriçãodeEnfermageme
Médica em caso de identificação de erro e/ou
ilegibilidadedamesma,devendoesclarecercomo
prescritor ou outro profissional, registrando no
prontuário.

§ 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o


cumprimentodeprescriçãoàdistância,excetoem
Página79
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

casos de urgência e emergência e regulação,


conformeResoluçãovigente.

Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos


órgãos competentes, ações e procedimentos de
membrosdaequipedesaúde,quandohouverrisco
dedanosdecorrentesdeimperícia,negligênciae
imprudência ao paciente, visando a proteção da
pessoa,famíliaecoletividade.

Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem


promovendoaqualidadedevidaàpessoaefamília
noprocessodonascer,viver,morrereluto.

Parágrafo único. Nos casos de doenças graves


incuráveis e terminais com risco iminente de
m o r t e ,  e m  c o n s o n â n c i a  c o m  a  e q u i p e
multiprofissional, oferecer todos os cuidados
paliativos disponíveis para assegurar o conforto
físico, psíquico, social e espiritual, respeitada a
vontadedapessoaoudeseurepresentantelegal.

Art.49DisponibilizarassistênciadeEnfermagemà
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

coletividade em casos de emergência, epidemia,


catástrofe e desastre, sem pleitear vantagens
pessoais,quandoconvocado.

Art. 50Assegurarapráticaprofissionalmediante
consentimentopréviodopaciente,representante
ouresponsávellegal,oudecisãojudicial.

Parágrafoúnico.Ficamresguardadososcasosem
quenãohajacapacidadededecisãoporparteda
pessoa, ou na ausência do representante ou
responsávellegal.

Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em


suasatividadesprofissionais,independentemente
detersidopraticadaindividualouemequipe,por
imperícia,imprudênciaounegligência,desdeque
tenha participação e/ou conhecimento prévio do
fato.

Parágrafoúnico.Quandoafaltaforpraticadaem
equipe, a responsabilidade será atribuída na
medidado(s)ato(s)praticado(s)individualmente.
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha


conhecimentoemrazãodaatividadeprofissional,
exceto nos casos previstos na legislação ou por
determinação judicial, ou com o consentimento
e s c r i t o  d a  p e s s o a  e n v o l v i d a  o u  d e  s e u
representanteouresponsávellegal.

§1ºPermaneceodevermesmoquandoofatoseja
deconhecimentopúblicoeemcasodefalecimento
dapessoaenvolvida.

§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em


situaçõesdeameaçaàvidaeàdignidade,nadefesa
própriaouematividademultiprofissional,quando
necessárioàprestaçãodaassistência.

§3ºOprofissionaldeEnfermagemintimadocomo
testemunha deverá comparecer perante a
autoridade e, se for o caso, declarar suas razões
éticasparamanutençãodosigiloprofissional.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

§4ºÉobrigatóriaacomunicaçãoexterna,paraos
ó r g ã o s  d e  r e s p o n s a b i l i z a ç ã o  c r i m i n a l ,
independentemente de autorização, de casos de
violênciacontra:criançaseadolescentes;idosos;e
pessoasincapacitadasousemcondiçõesdefirmar
consentimento.

§ 5º A comunicação externa para os órgãos de


responsabilização criminal em casos de violência
domésticaefamiliarcontramulheradultaecapaz
será devida, independentemente de autorização,
emcasoderiscoàcomunidadeouàvítima,ajuízo
do profissional e com conhecimento prévio da
vítimaoudoseuresponsável.

Art.53Resguardarospreceitoséticoselegaisda
p r o fi s s ã o  q u a n t o  a o  c o n t e ú d o  e  i m a g e m
veiculadosnosdiferentesmeiosdecomunicaçãoe
publicidade.

Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o


aperfeiçoamentotécnico-científico,ético-político,
socioeducativo e cultural dos profissionais de
Página83
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Enfermagemsobsuasupervisãoecoordenação.

Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-


científicos, ético-políticos, socioeducativos e
culturais, em benefício da pessoa, família e
coletividadeedodesenvolvimentodaprofissão.

Art.56Estimular,apoiar,colaborarepromovero
desenvolvimento de atividades de ensino,
pesquisaeextensão,devidamenteaprovadosnas
instânciasdeliberativas.

Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a


pesquisaenvolvendosereshumanos.

Art.58Respeitarosprincípioséticoseosdireitos
autorais no processo de pesquisa, em todas as
etapas.

Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições


quando se julgar técnica, científica e legalmente
apto para o desempenho seguro para si e para

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

outrem.

Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a


legislaçãovigenterelativaàpreservaçãodomeio
ambiente no gerenciamento de resíduos de
serviçosdesaúde.

CAPÍTULOIII‒DASPROIBIÇÕES

Art.61Executare/oudeterminaratoscontráriosao
Código de Ética e à legislação que disciplina o
exercíciodaEnfermagem.

Art.62Executaratividadesquenãosejamdesua
competênciatécnica,científica,éticaelegalouque
nãoofereçamsegurançaaoprofissional,àpessoa,
àfamíliaeàcoletividade.

Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas


físicasoujurídicasquedesrespeitemalegislaçãoe
princípiosquedisciplinamoexercícioprofissional

Página85
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

deEnfermagem.

Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou


omisso diante de qualquer forma ou tipo de
violência contra a pessoa, família e coletividade,
quandonoexercíciodaprofissão.

Art.65Aceitarcargo,funçãoouempregovagoem
decorrência de fatos que envolvam recusa ou
d e m i s s ã o  m o t i v a d a  p e l a  n e c e s s i d a d e  d o
profissional em cumprir o presente código e a
legislação do exercício profissional; bem como
pleitear cargo, função ou emprego ocupado por
colega,utilizando-sedeconcorrênciadesleal.

Art.66Permitirqueseunomeconstenoquadrode
p e s s o a l  d e  q u a l q u e r  i n s t i t u i ç ã o  o u
estabelecimento congênere, quando, nestas, não
exercerfunçõesdeenfermagemestabelecidasna
legislação.

Art.67Recebervantagensdeinstituição,empresa,
pessoa, família e coletividade, além do que lhe é
Página86
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

devido, como forma de garantir assistência de


Enfermagem diferenciada ou benefícios de
qualquernaturezaparasiouparaoutrem.

Art.68Valer-se,quandonoexercíciodaprofissão,
de mecanismos de coação, omissão ou suborno,
com pessoas físicas ou jurídicas, para conseguir
qualquertipodevantagem.

Art.69Utilizaropoderquelheconfereaposiçãoou
cargo, para impor ou induzir ordens, opiniões,
ideologias políticas ou qualquer tipo de conceito
oupreconceitoqueatentemcontraadignidadeda
pessoa humana, bem como dificultar o exercício
profissional.

Art.70Utilizardosconhecimentosdeenfermagem
para praticar atos tipificados como crime ou
contravenção penal, tanto em ambientes onde
exerçaaprofissão,quantonaquelesemquenãoa
exerça,ouqualqueratoqueinfrinjaospostulados
éticoselegais.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria,


calúniaedifamaçãodepessoaefamília,membros
d a s  e q u i p e s  d e  E n f e r m a g e m  e  d e  s a ú d e ,
organizações da Enfermagem, trabalhadores de
outras áreas e instituições em que exerce sua
atividadeprofissional.

Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime,


contravenção penal ou qualquer outro ato que
infrinja postulados éticos e legais, no exercício
profissional.

Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática


destinada a interromper a gestação, exceto nos
casospermitidospelalegislaçãovigente.

Parágrafo único. Nos casos permitidos pela


legislação,oprofissionaldeverádecidirdeacordo
com a sua consciência sobre sua participação,
desde que seja garantida a continuidade da
assistência.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art. 74 Promover ou participar de prática


destinadaaanteciparamortedapessoa.

Art.75Praticaratocirúrgico,excetonassituações
de emergência ou naquelas expressamente
autorizadas na legislação, desde que possua
competênciatécnica-científicanecessária.

Art. 76 Negar assistência de enfermagem em


situações de urgência, emergência, epidemia,
desastreecatástrofe,desdequenãoofereçariscoa
integridadefísicadoprofissional.

Art. 77 Executar procedimentos ou participar da


assistênciaàsaúdesemoconsentimentoformalda
pessoa ou de seu representante ou responsável
legal,excetoemiminenteriscodemorte.

Art.78Administrarmedicamentossemconhecer
indicação, ação da droga, via de administração e
potenciaisriscos,respeitadososgrausdeformação
doprofissional.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art.79Prescrevermedicamentosquenãoestejam
estabelecidos em programas de saúde pública
e/ouemrotinaaprovadaeminstituiçãodesaúde,
excetoemsituaçõesdeemergência.

Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de


qualquernaturezaquecomprometamasegurança
dapessoa.

Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza,


competemaoutroprofissional,excetoemcasode
emergência, ou que estiverem expressamente
autorizadosnalegislaçãovigente.

Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com


outrosprofissionaisdesaúdeouáreasvinculadas,
no descumprimento da legislação referente aos
transplantes de órgãos, tecidos, esterilização
humana, reprodução assistida ou manipulação
genética.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente,


quando no exercício profissional, assédio moral,
sexual ou de qualquer natureza, contra pessoa,
família, coletividade ou qualquer membro da
equipe de saúde, seja por meio de atos ou
expressõesquetenhamporconsequênciaatingira
dignidade ou criar condições humilhantes e
constrangedoras.

A r t .  8 4  A n u n c i a r  f o r m a ç ã o  p r o fi s s i o n a l ,
qualificaçãoetítuloquenãopossacomprovar.

Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem


prejuízo ao patrimônio das organizações da
categoria.

Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação


inverídicaoudeconteúdoduvidososobreassunto
desuaáreaprofissional.

Parágrafo único. Fazer referência a casos,


situaçõesoufatos,einseririmagensquepossam

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

identificar pessoas ou instituições sem prévia


autorização,emqualquermeiodecomunicação.

Art. 87 Registrar informações incompletas,


imprecisas ou inverídicas sobre a assistência de
Enfermagem prestada à pessoa, família ou
coletividade.

Art.88RegistrareassinarasaçõesdeEnfermagem
que não executou, bem como permitir que suas
açõessejamassinadasporoutroprofissional.

Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e


documentosaterceirosquenãoestãodiretamente
envolvidosnaprestaçãodaassistênciadesaúdeao
paciente,excetoquandoautorizadopelopaciente,
representante legal ou responsável legal, por
determinaçãojudicial.

Art.90Negar,omitirinformaçõesouemitirfalsas
declaraçõessobreoexercícioprofissionalquando
solicitadopeloConselhoRegionaldeEnfermagem
e/ouComissãodeÉticadeEnfermagem.
Página92
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art. 91 Delegar atividades privativas do (a)


Enfermeiro (a) a outro membro da equipe de
Enfermagem,excetonoscasosdeemergência.

Parágrafoúnico.Ficaproibidodelegaratividades
privativasaoutrosmembrosdaequipedesaúde.

Art.92Delegaratribuiçõesdos(as)profissionaisde
enfermagem, previstas na legislação, para
acompanhantese/ouresponsáveispelopaciente.

Parágrafo único. O dispositivo no caput não se


aplica nos casos da atenção domiciliar para o
autocuidadoapoiado.

Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da


assistência prestada aos pacientes sob seus
cuidados realizados por alunos e/ou estagiários
sobsuasupervisãoe/ouorientação.

Art.94Apropriar-sededinheiro,valor,bemmóvel
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

ouimóvel,públicoouparticular,queestejasobsua
responsabilidade em razão do cargo ou do
exercício profissional, bem como desviá-lo em
proveitoprópriooudeoutrem.

Art. 95 Realizar ou participar de atividades de


ensino, pesquisa e extensão, em que os direitos
inalienáveisdapessoa,famíliaecoletividadesejam
desrespeitados ou ofereçam quaisquer tipos de
riscosoudanosprevisíveisaosenvolvidos.

Art.96Sobreporointeressedaciênciaaointeresse
esegurançadapessoa,famíliaecoletividade.

Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de


pesquisa, bem como usá-los para fins diferentes
dosobjetivospreviamenteestabelecidos.

Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que


identifiquem o participante do estudo e/ou
instituiçãoenvolvida,semaautorizaçãoprévia.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art. 99 Divulgar ou publicar, em seu nome,


produção técnico-científica ou instrumento de
organizaçãoformaldoqualnãotenhaparticipado
ouomitirnomesdecoautoresecolaboradores.

Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões


aindanãopublicadas,semreferênciadoautorou
semasuaautorização.

Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções


técnico-científicas, das quais tenha ou não
participado como autor, sem concordância ou
concessãodosdemaispartícipes.

Art.102Aproveitar-sedeposiçãohierárquicapara
fazerconstarseunomecomoautoroucoautorem
obratécnico-científica.

CAPÍTULOIV‒DASINFRAÇÕESEPENALIDADES

Art. 103 A caracterização das infrações éticas e


d i s c i p l i n a r e s ,  b e m  c o m o  a  a p l i c a ç ã o  d a s
Página95
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

respectivaspenalidadesregem-seporesteCódigo,
sem prejuízo das sanções previstas em outros
dispositivoslegais.

Art.104Considera-seinfraçãoéticaedisciplinara
ação, omissão ou conivência que implique em
desobediência e/ou inobservância às disposições
d o  C ó d i g o  d e  É t i c a  d o s  P r o fi s s i o n a i s  d e
Enfermagem, bem como a inobservância das
normasdoSistemaCofen/ConselhosRegionaisde
Enfermagem.

Art. 105 O (a) Profissional de Enfermagem


respondepelainfraçãoéticae/oudisciplinar,que
cometeroucontribuirparasuaprática,e,quando
cometida(s)poroutrem,dela(s)obtiverbenefício.

Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada


por meio da análise do(s) fato(s), do(s) ato(s)
praticado(s) ou ato(s) omissivo(s), e do(s)
resultado(s).

Art. 107 A infração é apurada em processo


Página96
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

instauradoeconduzidonostermosdoCódigode
ProcessoÉtico-Disciplinarvigente,aprovadopelo
ConselhoFederaldeEnfermagem.

Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo


S i s t e m a  C o f e n / C o n s e l h o s  R e g i o n a i s  d e
Enfermagem,conformeoquedeterminaoart.18,
da Lei n°  5.905, de 12 de julho de 1973, são as
seguintes:

I‒Advertênciaverbal;

II‒Multa;

III‒Censura;

IV‒SuspensãodoExercícioProfissional;

V‒CassaçãododireitoaoExercícioProfissional.

§  1 º  A  a d v e r t ê n c i a  v e r b a l  c o n s i s t e  n a
admoestaçãoaoinfrator,deformareservada,que
será registrada no prontuário do mesmo, na

Página97
LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

presençadeduastestemunhas.

§ 2º A multa consiste na obrigatoriedade de


pagamentode01(um)a10(dez)vezesovalorda
anuidadedacategoriaprofissionalàqualpertence
oinfrator,emvigornoatodopagamento.

§ 3º Acensuraconsisteemrepreensãoqueserá
divulgada nas publicações oficiais do Sistema
Cofen/ConselhosRegionaisdeEnfermagemeem
jornaisdegrandecirculação.

§ 4º A suspensão consiste na proibição do


exercício profissional da Enfermagem por um
períododeaté90(noventa)diaseserádivulgada
n a s  p u b l i c a ç õ e s  o fi c i a i s  d o  S i s t e m a
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
jornais de grande circulação e comunicada aos
órgãosempregadores.

§ 5º A cassação consiste na perda do direito ao


exercíciodaEnfermagemporumperíododeaté30
anoseserádivulgadanaspublicaçõesdoSistema
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Cofen/ConselhosRegionaisdeEnfermagemeem
jornaisdegrandecirculação.

§ 6º As penalidades aplicadas deverão ser


registradasnoprontuáriodoinfrator.

§7ºNaspenalidadesdesuspensãoecassação,o
profissional terá sua carteira retida no ato da
notificação, em todas as categorias em que for
inscrito,sendodevolvidaapósocumprimentoda
pena e, no caso da cassação, após o processo de
reabilitação.

Art.109Aspenalidades,referentesàadvertência
verbal, multa, censura e suspensão do exercício
profissional,sãodaresponsabilidadedoConselho
Regional de Enfermagem, serão registradas no
prontuáriodoprofissionaldeEnfermagem;apena
decassaçãododireitoaoexercícioprofissionaléde
competênciadoConselhoFederaldeEnfermagem,
conformeodispostonoart.18,parágrafoprimeiro,
daLein°5.905/73.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Parágrafo único. Na situação em que o processo


tiverorigemnoConselhoFederaldeEnfermageme
nos casos de cassação do exercício profissional,
terá como instância superior a Assembleia de
PresidentesdosConselhosdeEnfermagem.

Art. 110 Para a graduação da penalidade e


respectivaimposiçãoconsideram-se:

I‒Agravidadedainfração;

II‒Ascircunstânciasagravanteseatenuantesda
infração;

III‒Odanocausadoeoresultado;

IV‒Osantecedentesdoinfrator.

Art. 111 As infrações serão consideradas leves,


moderadas, graves ou gravíssimas, segundo a
naturezadoatoeacircunstânciadecadacaso.

§ 1º São consideradas infrações leves as que


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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

ofendamaintegridadefísica,mentaloumoralde
qualquerpessoa,semcausardebilidadeouaquelas
quevenhamadifamarorganizaçõesdacategoria
ou instituições ou ainda que causem danos
patrimoniaisoufinanceiros.

§2ºSãoconsideradasinfraçõesmoderadasasque
provoquem debilidade temporária de membro,
sentido ou função na pessoa ou ainda as que
causem danos mentais, morais, patrimoniais ou
financeiros.

§ 3º São consideradas infrações graves as que


p r o v o q u e m  p e r i g o  d e  m o r t e ,  d e b i l i d a d e
permanentedemembro,sentidooufunção,dano
moral irremediável na pessoa ou ainda as que
causem danos mentais, morais, patrimoniais ou
financeiros.

§ 4º São consideradas infrações gravíssimas as


queprovoquemamorte,debilidadepermanente
de membro, sentido ou função, dano moral
irremediávelnapessoa.
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art. 112 São consideradas circunstâncias


atenuantes:

I‒Teroinfratorprocurado,logoapósainfração,
por sua espontânea vontade e com eficiência,
evitarouminorarasconsequênciasdoseuato;

II‒Terbonsantecedentesprofissionais;

III‒Realizaratossobcoaçãoe/ouintimidaçãoou
graveameaça;

IV‒Realizaratossobempregorealdeforçafísica;

V‒Terconfessadoespontaneamenteaautoriada
infração;

VI ‒ Ter colaborado espontaneamente com a


elucidaçãodosfatos.

Art. 113 São consideradas circunstâncias


agravantes:

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

I‒Serreincidente;

II‒Causardanosirreparáveis;

III‒Cometerinfraçãodolosamente;

IV‒Cometerainfraçãopormotivofútiloutorpe;

V‒Facilitarouasseguraraexecução,aocultação,a
impunidadeouavantagemdeoutrainfração;

VI‒Aproveitar-sedafragilidadedavítima;

VII‒Cometerainfraçãocomabusodeautoridade
ouviolaçãododeverinerenteaocargooufunção
ouexercícioprofissional;

VIII‒Termausantecedentesprofissionais;

IX‒Alteraroufalsificarprova,ouconcorrerparaa
desconstrução de fato que se relacione com o
apurado na denúncia durante a condução do
processoético.
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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

CAPÍTULOV‒DAAPLICAÇÃODASPENALIDADES

Art. 114 As penalidades previstas neste Código


somentepoderãoseraplicadas,cumulativamente,
quandohouverinfraçãoamaisdeumartigo.

Art.115ApenadeAdvertênciaverbaléaplicável
noscasosdeinfraçõesaoqueestáestabelecidonos
artigos:,26,28,29,30,31,32,33,35,36,37,38,39,
40,41,42,43,46,48,47,49,50,51,52,53,54,55,56,
57,58,59,60,61,62,65,66,67,69,76,77,78,79,81,
82,83,84,85,86,87,88,89,90,91,92,93,94,95,98,
99,100,101e102.

Art.116ApenadeMultaéaplicávelnoscasosde
infraçõesaoqueestáestabelecidonosartigos:28,
29,30,31,32,35,36,38,39,41,42,43,44,45,50,51,
52,57,58,59,61,62,63,64,65,66,67,68,69,70,71,
72,73,74,75,76,77,78,79,80,81,82,83,84,85,86,
87,88,89,90,91,92,93,94,95,96,97,98,99,100,
101e102.

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LegislaçãoConsolidadadosProfissionaisdeEnfermagem

Art.117ApenadeCensuraéaplicávelnoscasosde
infraçõesaoqueestáestabelecidonosartigos:31,
41,42,43,44,45,50,51,52,57,58,59,61,62,63,64,
65,66,67,68,69,70,71,73,74,75,76,77,78,79,80,
81,82,83,84,85,86,88,90,91,92,93,94,95,97,99,
100,101e102.

Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício


Profissional é aplicável nos casos de infrações ao
queestáestabelecidonosartigos:32,41,42,43,44,
45,50,51,52,59,61,62,63,64,68,69,70,71,72,73,
74,75,76,77,78,79,80,81,82,83,85,87,89,90,91,
92,93,94e95.

Art.119ApenadeCassaçãodoDireitoaoExercício
Profissional é aplicável nos casos de infrações ao
queestáestabelecidonosartigos:45,64,70,72,73,
74,80,82,83,94,96e97.

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ConselhoRegionaldeEnfermagemdoCeará
CNPJ:06.572.788/0001-97
RuaMárioMamede,609-BairrodeFátima-60415-000-Fortaleza-Ceará
Fone:+55853105.7850
www.coren-ce.org.br-coren.cesecretaria@gmail.com


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