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Impulsionar sua transformação,

rumo a prosperidade
Ética e Legislação
Profissional

Técnico em Enfermagem
Aula
AULA1 1

Introdução
O QUE É ÉTICA

• O termo ética deriva do grego ethos (caráter,


modo de ser de uma pessoa).

• Ética é um conjunto de valores morais e princípios


que norteiam a conduta humana na sociedade,
intimamente interligado a ações de humanismo e
cidadania.
FINALIDADE

• A ética serve para que haja um equilíbrio e bom


funcionamento social, possibilitando que ninguém
saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora
não possa ser confundida com as leis, está
relacionada com o sentimento de justiça social.
MORAL X ÉTICA

• As palavras Ética e Moral confundem muitas


pessoas, em definição a Moral é um conjunto de
normas em que o homem deve viver em
sociedade, já a Ética é como um homem deve se
comportar. Nem sempre as normas em que a
sociedade impõe é o certo. Sendo assim, a ética é
um comportamento universal, independente do
local que estiver.
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM-
COREN
• O Conselho Regional de Enfermagem (COREN) é
uma autarquia federal criada pela Lei Nº 5.905 de
12 de julho de 1973. Que regulamenta o exercício
profissional da enfermagem em todo o território
nacional. Ele representa os Auxiliares, Técnicos e
Enfermeiros e busca a valorização desses
profissionais.
• O órgão disciplina e fiscaliza o exercício das
profissões compreendidas nos serviços de
Enfermagem. Entre as competências do Conselho
estão a deliberação sobre inscrição e seu
cancelamento, a execução das instruções e
provimentos do Conselho Federal de Enfermagem
(COFEN) e o conhecimento e decisão dos assuntos
referentes à ética profissional.
MISSÃO

• Promover o exercício ético e legal de Enfermagem


na Bahia, ao habilitar, regular, orientar e fiscalizar
a atuação profissional e institucional, visando à
prestação de uma assistência segura e
qualificada à sociedade e a valorização desses
profissionais.
AULA 2

Código de Ética dos Profissionais de


Enfermagem
Aula

RELAÇÕES PROFISSIONAIS
NOVO CÓDIGO DE ÉTICA
564/2017
DIREITOS
• Art.
1o Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança
técnica, científica, ambiental, autonomia;

• Art. 2o Exercer atividades em locais de trabalho livre de


riscos e danos e violências física e psicológica à Saúde de
Trabalhador;

• Art. 6o Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos


e culturais para sustentar a prática profissional;

• Art. 8o Obter desagravo público por ofensa que atinja a


profissão, por meio do Conselho Regional de Enfermagem.
CAPÍTULO II- DOS DEVERES
Art. 24o Exercer a profissão com justiça,
compromisso, equidade, resolutividade, dignidade,
competência, responsabilidade, honestidade e
lealdade.

• Art. 25o Fundamentar suas relações no direito, na


prudência, no respeito, na solidariedade e na
diversidade de opinião e posição ideológica.

• Art. 29o Comunicar formalmente ao COREN e aos


órgãos competentes, fatos que infrinjam dispositivos
legais e que possam prejudicar o exercício
profissional.
CAPÍTULO III-PROIBIÇÕES
• Art.
71o Promover e ser conivente com a injúria
calúnia e difamação de membro da Equipe de
Enfermagem, Equipe de Saúde e de
trabalhadores de outras áreas, de organizações
da categoria ou instituições.

• Art. 72o Praticar e/ou ser conivente com crime,


contravenção penal ou qualquer outro ato, que
infrinja postulados éticos e legais.
Art. 76 Negar Assistência de Enfermagem em situação de
emergência.

• Art. 77 Executar ou participar da assistência à saúde sem o


consentimento da pessoa, exceto em iminente risco de morte.

• Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a


interromper a gestação
– Parágrafo único - nos casos previstos em lei, o profissional
deverá decidir, de acordo com a sua consciência, sobre a sua
participação ou não no ato
abortivo.

• Art. 74 Promover a eutanásia ou prática que antecipe a morte


cliente.

• Art. 78- Administrar medicamentos sem conhecer a ação da


droga e os riscos.
• Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente com
outros profissionais de saúde, no
descumprimento da legislação referente aos
transplantes de órgãos,tecidos, esterilização,
fecundação artificial e manipulação genética.

Art 87 Registrar informações incompletas,


imprecisas ou inverídicas sobre a assistência de
enfermagem prestada à pessoa, família ou
coletividade.
PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES PARA O
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM

• Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de


1973

• Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de


1986

• Decreto nº 94.406, de 08 de
Junho de 1987
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973
• Dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e
Regionais de Enfermagem e dá outras
providências.
• Art. 1º São criados o Conselho Federal de
enfermagem (COFEN) e os Conselhos Regionais
de Enfermagem (COREN), constituindo em seu
conjunto uma autarquia, vinculada ao Ministério
do Trabalho e Previdência Social.
• Art. 2º O Conselho Federal e os Conselhos
Regionais são órgãos disciplinadores do exercício
da profissão de enfermeiro e das demais
profissões compreendidas nos serviços de
enfermagem.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Art. 3º O Conselho Federal, ao qual ficam


subordinados os Conselhos Regionais, terá
jurisdição em todo o território nacional e sede na
Capital da República.
• Art. 4º Haverá um Conselho Regional em cada
Estado e Território, com sede na respectiva
capital, e no Distrito Federal.
• Parágrafo único. O Conselho Federal poderá,
quando o número de profissionais habilitados na
unidade da federação for inferior a cinquenta,
determinar a formação de regiões,
compreendendo mais de uma unidade.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Art. 5º O Conselho Federal terá nove membros


efetivos e igual número de suplentes, de
nacionalidade brasileira, e portadores de diploma
de curso de enfermagem de nível superior.
• Art. 6º Os membros do Conselho Federal e
respectivos suplentes serão eleitos por maioria de
votos, em escrutínio secreto, na Assembleia dos
Delegados Regionais.
• Art. 7º O Conselho Federal elegerá dentre seus
membros, em sua primeira reunião, o Presidente, o
Vice-Presidente, o Primeiro e o Segundo
Secretários e o Primeiro e Segundo Tesoureiros.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Art. 8º Compete ao Conselho Federal:


• I - Aprovar seu regimento interno e o dos
Conselhos Regionais;
• II - instalar os Conselhos Regionais;
• III - Elaborar o Código de Deontologia de
Enfermagem e alterá-lo, quando necessário,
ouvidos os Conselhos Regionais;
• IV - Baixar provimentos e expedir instruções, para
uniformidade de procedimento e bom
funcionamento dos Conselhos Regionais;
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• V - Dirimir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos


Regionais;
• VI - Apreciar, em grau de recursos, as decisões dos
Conselhos Regionais;
• VII- Instituir o modelo das carteiras profissionais de
instituir o modelo das carteiras profissionais de
identidade e as insígnias da profissão;
• VIII - Homologar, suprir ou anular atos dos
Conselhos Regionais;
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• IX - Aprovar anualmente as contas e a proposta


orçamentária da autarquia, remetendo-as aos
órgãos competentes;
• X - Promover estudos e campanhas para
aperfeiçoamento profissional;
• XI - Publicar relatórios anuais de seus trabalhos;
• XII - Convocar e realizar as eleições para sua
diretoria;
• XIII - Exercer as demais atribuições que lhe forem
conferidas por lei.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Art. 9º O mandato dos membros do Conselho


Federal será honorífico e terá a duração de três
anos, admitida uma reeleição.
• Art. 10º A receita do Conselho Federal de
Enfermagem será constituída de:
• I - Um quarto da taxa de expedição das carteiras
profissionais;
• II - Um quarto das multas aplicadas pelos
Conselhos Regionais;
• III - Um quarto das anuidades recebidas pelos
Conselhos Regionais;
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• IV - Doações e legados;
• V - Subvenções oficiais;
• VI - Rendas eventuais.

• Parágrafo único. Na organização dos quadros


distintos para inscrição de profissionais o Conselho
Federal de Enfermagem adotará como critério, no
que couber, o disposto na Lei nº 2.604, de 17 de
setembro de 1955.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Art. 11º Os Conselhos Regionais serão instalados


em suas respectivas sedes, com cinco a vinte e
um membros e outros tantos suplentes, todos de
nacionalidade brasileira, na proporção de três
quintos de enfermeiros e dois quintos de
profissionais das demais categorias de pessoal de
enfermagem reguladas em lei.
• Parágrafo único. O número de membros dos
Conselhos Regionais será sempre ímpar, e a sua
fixação será feita pelo Conselho Federal em
proporção ao número de profissionais inscritos.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Art. 12 Os membros dos Conselhos Regionais e


respectivos suplentes serão eleitos por voto
pessoal secreto e obrigatório em época
determinada pelo Conselho Federal em
Assembléia Geral especialmente convocada para
esse fim.
• §1º Para a eleição referida neste artigo serão
organizadas chapas separadas, uma para
enfermeiros e outra para os demais profissionais
de enfermagem, podendo votar em cada chapa,
respectivamente, os profissionais referidos no
artigo 11.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• §2º Ao eleitor que, sem causa justa, deixar de


votar nas eleições referidas neste artigo, será
aplicada pelo Conselho Regional multa em
importância correspondente ao valor da
anuidade.
• Art. 13 Cada Conselho Regional elegerá seu
Presidente, Secretário e Tesoureiro, admitida a
criação de cargos de Vice
• Presidente, Segundo Secretário e Segundo
Tesoureiro para os Conselhos com mais de doze
membros.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Art. 14 O mandato dos membros dos Conselhos


Regionais será honorífico e terá a duração de três
anos admitida uma reeleição.
• Art. 15 Compete aos Conselhos Regionais:
• I - Deliberar sobre inscrição no Conselho e seu
cancelamento;
• II - Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional,
observadas as diretrizes gerais do Conselho
Federal;
• III - Fazer executar as instruções e provimentos do
Conselho Federal;
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• IV - Manter o registro dos profissionais com


exercício na respectiva jurisdição;
• V - Conhecer e decidir os assuntos atinentes à
ética profissional impondo as penalidades
cabíveis;
• VI - Elaborar a sua proposta orçamentária anual e
o projeto de seu regimento interno e submetê-los
à aprovação do Conselho Federal;
• VII - Expedir a carteira profissional indispensável ao
exercício da profissão, a qual terá fé pública em
todo o território nacional e servirá de documento
de identidade;
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• VIII - Zelar pelo bom conceito da profissão e dos


que a exerçam;
• IX - Publicar relatórios anuais de seus trabalhos e
a relação dos profissionais registrados;
• X - Propor ao Conselho Federal medidas visando à
melhoria do exercício profissional;
• XI - Fixar o valor da anuidade;
• XII - Apresentar sua prestação de contas ao
Conselho Federal, até o dia 28 de fevereiro de
cada ano;
• XIII - Eleger sua diretoria e seus delegados
eleitores ao Conselho Federal;
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• XIV - Exercer as demais atribuições que lhes forem


conferidas por esta Lei ou pelo Conselho Federal.
• Art. 16 A renda dos Conselhos Regionais será
constituída de:
• I - Três quartos da taxa de expedição das
carteiras profissionais;
• II - Três quartos das multas aplicadas;
• III - Três quartos das anuidades;
• IV - Doações e legados;
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• V - Subvenções oficiais, de empresas ou


entidades particulares;
• VI - Rendas eventuais.
• Art. 17 O Conselho Federal e os Conselhos
Regionais deverão reunir-se, pelo menos, uma vez
mensalmente.
• Parágrafo único. O Conselheiro que faltar, durante
o ano, sem licença prévia do respectivo Conselho,
a cinco reuniões perderá o mandato.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Art. 18 Aos infratores do Código de Deontologia de


Enfermagem poderão ser aplicadas as seguintes
penas:
• I- Advertência verbal;
• II - Multa;
• III - Censura;
• IV - Suspensão do exercício profissional;
• V- Cassação do direito ao exercício profissional.
• §1º As penas referidas nos incisos I, II, III e IV deste
artigo são da alçada dos Conselhos Regionais e a
referida no inciso V, do Conselho Federal, ouvido o
Conselho Regional interessado.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• §2º O valor das multas, bem como as infrações


que implicam nas diferentes penalidades, serão
disciplinadas no Regimento do Conselho Federal e
dos Conselhos Regionais.
• Art. 19 O Conselho Federal e os Conselhos
Regionais terão tabela própria de pessoal, cujo
regime será o da Consolidação das Leis do
Trabalho.
• Art. 20 A responsabilidade pela gestão
Administrativa e financeira dos Conselhos caberá
aos respectivos diretores.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Art. 21 A composição do primeiro Conselho


Federal de Enfermagem, com mandato de um
ano, será feita por ato do Ministro do Trabalho e
Previdência Social, mediante indicação, em lista
tríplice, da Associação Brasileira de Enfermagem.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973

• Parágrafo único. Ao Conselho Federal assim


constituído caberá, além das atribuições previstas
nesta Lei:
• Promover as primeiras eleições para composição
dos Conselhos Regionais e instalá-los;
• Promover as primeiras eleições para composição
do Conselho Federal, até noventa dias antes do
término do seu mandato.
Lei Nº 5.905, de 12 de Julho de 1973
• Art. 22 Durante o período de organização do
Conselho Federal de Enfermagem, o Ministério do
Trabalho e Previdência Social lhe facilitará a
utilização de seu próprio pessoal, material e local
de trabalho.
• Art. 23 Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em
contrário.
• Brasília, 12 de julho de 1973;
• 152º da Independência e 85º da República.
• EMÍLIO G. MÉDICI Júlio Barata
• Lei nº 5.905, de 12.07.73
• Publicada no DOU de 13.07.73
• Seção I fls. 6.825.
● Quais as diferenças entre COREN e
COFEN?
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Dispõe sobre a regulamentação do exercício da


enfermagem e dá outras providências.
• Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o
território nacional, observadas as disposições
desta lei.
• Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares
somente podem ser exercidas por pessoas
legalmente habilitadas e inscritas no Conselho
Regional de Enfermagem com jurisdição na área
onde ocorre o exercício.
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Parágrafo único. A enfermagem é exercida


privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de
Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela
Parteira, respeitados os respectivos graus de
habilitação.
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Art. 3º O planejamento e a programação das


instituições e serviços de saúde incluem
planejamento e programação de enfermagem.
• Art. 4º A programação de enfermagem inclui a
prescrição da assistência de enfermagem.
• Art. 5º (VETADO).
• §1º (VETADO).
• §2º (VETADO).
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Art. 6º São enfermeiros:


• I - O titular do diploma de Enfermeiro conferido
por instituição de ensino, nos termos da lei;
• II - O titular do diploma ou certificado de Obstetriz
ou de Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos
da lei;
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• III - O titular do diploma ou certificado de


Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de
Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou
equivalente, conferido por escola estrangeira
segundo as leis do país, registrado em virtude de
acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira
Obstétrica ou de Obstetriz;
• IV - Aqueles que, não abrangidos pelos incisos
anteriores, obtiverem título de Enfermeiro
conforme o disposto na alínea d do art. 3º do
Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:


• I - O titular do diploma ou do certificado de
Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com
a legislação e registrado pelo órgão competente;
• II- O titular do diploma ou do certificado
legalmente conferido por escola ou curso
estrangeiro, registrado em virtude de acordo de
intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como
diploma de Técnico de Enfermagem.
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:


• I – O titular de certificado de Auxiliar de
Enfermagem conferido por instituição de ensino,
nos termos da lei e registrado no órgão
competente;
• II – O titular de diploma a que se refere a Lei nº
2.822, de 14 de junho de 1956;
• III – O titular do diploma ou certificado a que se
refere o inciso III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de
setembro de 1955, expedido até a publicação da
Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986
• IV - O titular de certificado de Enfermeiro Prático
ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo
Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão
congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades
da Federação, nos termos do Decreto-lei nº
23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº
8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº3.640, de
10 de outubro de 1959;
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• V - O pessoal enquadrado como Auxiliar de


Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de
28 de fevereiro de 1967; VI o titular do diploma ou
certificado conferido por escola ou curso
estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em
virtude de acordo de intercâmbio cultural ou
revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de
Enfermagem.
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986
• Art. 9º São Parteiras:
• I - A titular do certificado previsto no art. 1º do
Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946,
observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de
outubro de 1959;
• II - A titular do diploma ou certificado de Parteira,
ou equivalente, conferido por escola ou curso
estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em
virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil, até 2 (dois) anos após a publicação desta
lei, como certificado de Parteira.
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Art. 10 (VETADO).
• Art. 11 O Enfermeiro exerce todas as atividades de
enfermagem, cabendo-lhe:
• I - Privativamente:
• a) Direção do órgão de enfermagem integrante
da estrutura básica da instituição de saúde,
pública e privada, e chefia de serviço e de
unidade de enfermagem;
• b) Organização e direção dos serviços de
enfermagem e de suas atividades técnicas e
auxiliares nas empresas prestadoras desses
serviços;
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• c) Planejamento, organização, coordenação,


execução e avaliação dos serviços da assistência
de enfermagem;
• d) (VETADO);
• e) (VETADO);
• f) (VETADO);
• g) (VETADO);
• h) Consultoria, auditoria e emissão de parecer
sobre matéria de enfermagem;
• i) Consulta de enfermagem;
• j) Prescrição da assistência de enfermagem;
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986
• l) Cuidados diretos de enfermagem a acidentes
graves com risco de vida;
• m) Cuidados de enfermagem de maior
complexidade técnica e que exijam
conhecimentos de base científica e capacidade
de tomar decisões imediatas;
• II - Como integrante da equipe de saúde:
• a) Participação no planejamento, execução e
avaliação da programação de saúde;
• b) Participação na elaboração, execução e
avaliação dos planos assistenciais de saúde;
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986
• c) Prescrição de medicamentos estabelecidos em
programas de saúde pública e em rotina
aprovada pela instituição de saúde;
• d) Participação em projetos de construção ou
reforma de unidades de internação;
• e) Prevenção e controle sistemático da infecção
hospitalar e de doenças transmissíveis em geral;
• f) Prevenção e controle sistemático de danos que
possam ser causados à clientela durante a
assistência de enfermagem;
• g) Assistência de enfermagem à gestante,
parturiente e puérpera;
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986
• h) Acompanhamento da evolução e do trabalho
de parto;
• i) Execução do parto sem distocia;
• j) Educação visando à melhoria de saúde da
população.
• Parágrafo único. Às profissionais referidas no inciso
II do art. 6º desta lei incumbe, ainda:
• Assistência à parturiente e ao parto normal;
• Identificação das distocias obstétricas e tomada
de providências até a chegada do médico;
• Realização de episiotomia e episiorrafia e
aplicação de anestesia local, quando necessária.
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Art. 12 O Técnico de Enfermagem exerce atividade


de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de enfermagem
em grau auxiliar, e participação no planejamento
da assistência de enfermagem, cabendo-lhe
especialmente:
• Participar da programação da assistência de
enfermagem;
• Executar ações assistenciais de enfermagem,
exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no parágrafo único do art. 11 desta lei;
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986
• c) participar da orientação e supervisão do
trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
• d) participar da equipe de saúde.
• Art. 13 O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades
de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo
serviços auxiliares de enfermagem sob
supervisão, bem como a participação em nível de
execução simples, em processos de tratamento,
cabendo-lhe especialmente:
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• a) observar, reconhecer e descrever sinais e


sintomas;
• b) executar ações de tratamento simples;
• c) prestar cuidados de higiene e conforto ao
paciente;
• d) participar da equipe de saúde.
• Art. 14 (VETADO).
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986
• Art. 15 As atividades referidas nos arts. 12 e 13
desta lei, quando exercidas em instituições de
saúde, públicas e privadas, e em programas de
saúde, somente podem ser desempenhadas sob
orientação e supervisão de Enfermeiro.
• Art. 16 (VETADO).
• Art. 17 (VETADO).
• Art. 18 (VETADO).
• Parágrafo único. (VETADO).
• Art. 19 (VETADO).
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986
• Art. 20 Os órgãos de pessoal da administração
pública direta e indireta, federal, estadual,
municipal, do Distrito Federal e dos Territórios
observarão, no provimento e cargos e funções e
na contratação de pessoal de enfermagem, de
todos os graus, os preceitos desta lei.
• Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este
artigo promoverão as medidas necessárias à
harmonização das situações já existentes com as
disposições desta lei, respeitados os direitos
adquiridos quanto a vencimentos e salários.
• Art. 21 (VETADO)
• Art. 22 (VETADO)
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986
• Art. 23 O pessoal que se encontra executando
tarefas de enfermagem, em virtude de carência
de recursos humanos de nível médio nessa área,
sem possuir formação específica regulada em lei,
será autorizado, pelo Conselho Federal de
Enfermagem, a exercer atividades elementares de
enfermagem, observado o disposto no art. 15
desta lei. Parágrafo único. A autorização referida
neste artigo, que obedecerá aos critérios baixados
pelo Conselho Federal de Enfermagem, somente
poderá ser concedida durante o prazo de 10 (dez)
anos, a contar da promulgação desta lei.
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Art. 24 (VETADO).
• Parágrafo único. (VETADO).
• Art. 25 O Poder Executivo regulamentará esta lei
no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da
data de sua publicação.
• Art. 26 Esta lei entra em vigor na data de sua
• Art. 27 Revogam-se (VETADO) as demais
disposições em contrário. Brasília, 25 de junho de
1986; 165º da Independência e 98º da República.
Lei Nº 7.498, de 25 de Junho de 1986

• Brasília, 25 de junho de 1986;


• 165º da Independência e 98º da República.
• JOSÉ SARNEY Almir Pazzianotto Pinto
• Lei nº 7.498, de 25.06.86 Publicada no DOU de
26.06.86 Seção I - fls. 9.273 a 9.275
● Quais as competências do Técnico De
Enfermagem?
Aula
AULA31

Responsabilidade Éticas
RESPONSABILIDADE JURÍDICA

• As legislações para o exercício profissional da


enfermagem, através do Decreto Lei nº 94.406/87
em seu artigo 8º, que dispõe sobre a incumbência
privativa do enfermeiro, determina nas alíneas
COREN.
• a) Organização e direção dos serviços de
enfermagem e de suas atividades técnicas e
auxiliares nas empresas prestadoras desses
serviços.
• b)Planejamento, organização, coordenação,
execução e avaliação dos serviços da assistência
de enfermagem.
• Em seu artigo 11, o decreto explicita as atribuições
do auxiliar, no inciso III e em especial na alínea “a”,
legaliza a ação de ministrar medicamentos por
via oral e parenteral, e juntamente com o artigo 13,
determina que esta atividade somente poderá ser
exercida sob supervisão, orientação e direção do
enfermeiro.
• Entendemos que, embora algumas funções de
cuidar do ser humano sejam delegadas à equipe
de enfermagem, o enfermeiro tem como
responsabilidade estar envolvido em todas as
ações executadas por qualquer componente de
sua subordinação.
RESPONSABILIDADE JURÍDICA

• O Código de Ética do Profissional de Enfermagem


destaca no artigo 12:
• "Assegurar à pessoa, família e coletividade
assistência de enfermagem livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência".
• Este conceito é concordante com o Código Civil
Brasileiro, artigo 186, que refere:
• "Aquele que por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito".
RESPONSABILIDADE JURÍDICA

• Esses aspectos são reforçados pelo Código de


Defesa do Consumidor, que no artigo 6º, capítulo
e inciso I, diz:

• "São direitos básicos do consumidor: I - a


proteção da vida, saúde e segurança contra os
riscos provocados por práticas no fornecimento
de produtos e serviços considerados perigosos ou
nocivos".
RESPONSABILIDADE JURÍDICA

• A constatação de um quadro, no qual a saúde, na


atualidade é exposta por equipamentos
sucateados, recursos humanos deficitários em
número e qualidade torna-se dramático;
entretanto, não isenta o profissional da
responsabilidade pelos danos que praticar,
preenchidos e exigidos nos requisitos legais.
RESPONSABILIDADE JURÍDICA

• Para que um profissional responda judicialmente


a um processo civil, há necessidade de vinculá-lo
a uma responsabilidade civil comprovada. Para
tanto, é necessária a conjunção de três
elementos formadores: uma conduta que pode
ser ação ou omissão; um resultado ocasionando
um prejuízo moral ou físico e nexo causal - que é
a ligação lógica (imaginária) entre a conduta
realizada e o resultado final dessa conduta.
RESPONSABILIDADE JURÍDICA

• Na administração de medicamentos, havendo


uma atuação errônea por parte da enfermagem,
seja ela uma ação ou omissão, que leve a um
prejuízo moral ou físico, em que a relação do ato
ou omissão de administrar e o prejuízo estejam
presentes, é cabível um processo civil.
● Para que um profissional
responda judicialmente a um
processo civil, quais os fatores
necessários?
IMPERÍCIA, NEGLIGÊNCIA OU
IMPRUDÊNCIA
• As ações dos profissionais devem ser pautadas
em extrema responsabilidade para eliminar
falhas, das quais, por essas ações danosas, são
passíveis de responder juridicamente aos termos
de elemento de culpa, a saber: imperícia,
negligência ou imprudência.
IMPERÍCIA, NEGLIGÊNCIA OU
IMPRUDÊNCIA

• Imprudência - Significa uma ação sem cuidado


necessário. É um atuar de maneira precipitada,
insensata ou impulsiva.
• Imperícia - É um ato incompetente por falta de
habilidade técnica, desconhecimento técnico;
falta de conhecimento no exercício de sua
profissão.
IMPERÍCIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA

• Negligência - É definida como a falta de


diligência incluindo desleixo, preguiça,
indolência e descuido, podendo resultar da
falta de observação dos deveres que as
condutas exigem, caracterizando-se por
inércia, inação, desatenção, passividade,
sendo sempre de caráter omisso.
ATIVIDADE

• Paciente A.S, RN, sexo feminino, 02(dois) dias de


nascismento compareceu ao centro de saúde
para atendimento, apresentando estado grave.
Este, por não dispor de recursos para uma ação
eficaz, a encaminhou para a Santa Casa da
localidade, com informações escritas sobre o seu
caso clínico. No estabelecimento hospitalar, os
progenitores foram recebidos por uma Técnica de
Enfermagem. Esta, por saber que o médico estava
almoçando e querendo não incomodá-lo não o
chamou. Se passando cerca de 20 minutos a
menor veio a falecer. Qual o tipo de erro cometido
por esta Técnica de Enfermagem?
PRÁTICAS DANOSAS

• A prática de ações danosas, além daquelas


provocadas através de ações deliberadas ou
intencionais como é o da eutanásia, são formas
culposas de crime mesmo que não haja intenção
ou vontade deliberada decorrente da negligência,
imperícia e imprudência.
ERROS NA PRÁTICA

• Outro autor exemplifica essas formas culposas de


crime como:
• Injeção de substâncias estranhas e introdução
inadvertida de ar por via venosa.
• Acrescentamos a essa exemplificação a
administração de doses ou medicamentos
errados, administração de medicamentos por via
errada ou preparo de drogas equivocadas devido
ao não entendimento de leitura da prescrição
médica.
A RESPONSABILIDADE DO ENFERMEIRO

• Para o enfermeiro, o delegar a administração de


medicamentos ao seu subordinado não o exime
de responder pelo ato judicialmente. Delega-se a
atribuição do fazer, mas não a delegação de
responsabilidade. A responsabilidade fica
presente ao enfermeiro supervisor e cria-se uma
outra responsabilidade ao Técnico de
Enfermagem executor.
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

• Orientar a equipe de enfermagem. Esta se torna


uma importante medida de prevenção de erros,
por ser essa a equipe que recebe a medicação,
realiza o seu preparo e a administra ao paciente.
• Os procedimentos referentes à medicação são de
responsabilidade do enfermeiro, uma vez que
gerencia e orienta a equipe de enfermagem à
realização desta prática, entretanto não participa
ativamente dela na maioria das vezes.
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

• Cabe ao enfermeiro a orientação de sua equipe


quanto ao preparo e administração de
medicamentos, de modo a favorecer e
proporcionar o aprendizado contínuo e/ou
capacitação constante da equipe de
enfermagem, no sentido de realizar esta prática
com qualidade, evitando-se erros e resultados
inesperados.
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

• Na prática de enfermagem, no contexto de


administrar medicação, a responsabilidade ética
e moral adquirem maior profundidade quando
seu ato se concretiza na relação interpessoal,
mesmo sendo estes atos delegados à equipe de
enfermagem.
Aula

QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS


SOBRE ADMINISTRAÇÃO E
PREPARO DE MEDICAMENTOS
Distribuição dos fatores que contribuíram
para a ocorrência dos erros relacionados ao
preparo e administração das medicações, 2013
• “muitos pacientes/excesso de trabalho” - 25% dos
• “poucos profissionais” - 23%
• “falta de atenção” - 17%.
• A más condições de trabalho da enfermagem
(falta de profissionais, sobrecarga de trabalho,
“cansaço/estresse” e “falta de atenção”) como
contribuintes para a ocorrência dos erros na
prática da medicação, resultados que
corroboram com estudos que afirmam que os
erros são acentuados devido ao número
insuficiente de profissionais para atender a alta
demanda de cuidados.
ERROS NA ADMINISTRAÇÃO

• Os erros na medicação são considerados eventos


adversos ao medicamento passíveis de
prevenção, podendo ou não causar dano ao
paciente, com possibilidade de ocorrer em um ou
em vários momentos dentro do processo de
medicação (BATES et al., 1995;. LEAPE et al. 1995).
DEFINIÇÕES DOS ERROS

• “Dano é definido como prejuízo temporário ou


permanente da função ou estrutura do corpo:
física, emocional, ou psicológica, seguida ou não
de dor, requerendo uma intervenção”.
• “Erro na medicação é qualquer evento evitável que
pode causar ou induzir ao uso inapropriado de
medicamento ou prejudicar o paciente enquanto o
medicamento está sob o controle do profissional
de saúde, paciente ou consumidor. Tais eventos
podem estar relacionados à prática profissional,
produtos de cuidado de saúde, procedimentos, e
sistemas, incluindo prescrição; comunicação;
etiquetação, embalagem e nomenclatura;
aviamento; dispensação; distribuição;
administração; educação; monitoramento e uso”.
(NCCMERP, 1998 .
TIPOS DE ERROS

• Erros de omissão: qualquer dose


não-administrada até o próximo horário de
medicação.
• Erros na administração de um medicamento
não-autorizado: administração de um
medicamento ou dose de medicamento
não-prescrito pelo médico.
• Erros em dose extra: administração de uma ou
mais unidades de dosagem, além daquela
prescrita.
• Erros referentes à via: administração pela via
errada ou por uma via que não a prescrita.
TIPOS DE ERROS

• Erros com a dosagem: administração do


medicamento em dosagens diferentes daquelas
prescritas pelo médico.
• Erros devido ao horário incorreto: administrar
medicamento fora dos horários predefinidos pela
instituição ou da prescrição.
TIPOS DE ERROS

• Erros devido ao preparo incorreto do


medicamento: medicamento incorretamente
formulado ou manipulado: diluição ou
reconstituição incorreta ou inexata; falha ao
agitar suspensões; diluição de medicamentos que
não permitam esse procedimento, mistura de
medicamentos que são física ou quimicamente
incompatíveis e embalagem inadequada do
produto.
• Erros devido à utilização de técnicas incorretas na
administração: uso de procedimentos
inconvenientes ou técnicas impróprias, como
falhas nas técnicas de assepsia e das lavagens
das mãos.
• Erros com medicamentos deteriorados:
administração de medicamentos com
comprometimento da integridade física ou
química.
• Outros tipos de erros incluem: Erros de prescrição:
prescrição imprópria de um medicamento, seja
em relação à dose, apresentação, quantidade, via
de administração ou concentração.
TIPOS DE ERROS

• Erros devido à utilização de técnicas incorretas na


administração: uso de procedimentos
inconvenientes ou técnicas impróprias, como
falhas nas técnicas de assepsia e das lavagens
das mãos.
• Erros com medicamentos deteriorados:
administração de medicamentos com
comprometimento da integridade física ou
química.
TIPOS DE ERROS

• Outros tipos de erros incluem:

• Erros de prescrição: prescrição imprópria de um


medicamento, seja em relação à dose,
apresentação, quantidade, via de administração
ou concentração.
• Outros tipos de erros incluem: Erros de prescrição:
prescrição imprópria de um medicamento, seja
em relação à dose, apresentação, quantidade, via
de administração ou concentração.
TIPOS DE ERROS

• Erros de distribuição: falhas ao distribuir o


medicamento, como: doses incorretas; rótulos
incorretos ou inadequados; preparação incorreta
ou inapropriada; distribuição de medicamento
com data expirada; medicamento estocado de
maneira imprópria ou ainda comprometido física
ou quimicamente.
• Erros potenciais: são aqueles que ocorreram na
prescrição, distribuição ou administração dos
medicamentos, mas que não causaram dano ao
paciente.
OS ERROS NA ADMINISTRAÇÃO

• Os erros na medicação podem, muitas vezes,


causar dano ao paciente e, segundo Bates (1996),
cerca de 30% dos danos durante a hospitalização
estão associadas a erros na medicação, os quais
trazem também sérias consequências
econômicas às instituições de saúde.
• Estima-se um gasto de aproximadamente US$
4.700 por evento adverso de medicamento
evitável ou por volta de US$ 2,8 milhões,
anualmente, em um hospital de ensino com 700
leitos.
• O custo anual de morbidade e mortalidade
referente a erros na medicação, nos EUA, tem sido
estimado em torno de US$ 76,6 bilhões (BERWICK &
LEAPE, 1999; KOHN et al., 2001, ANDERSON, 2002).
POSSÍVEIS CAUSAS DE ERROS

• Em alguns hospitais é comum o ato de


transcrições das prescrições médicas que podem
induzir à omissão ou erro na transmissão da
informação.
• Os erros na medicação também podem estar
relacionados: a deficiências da formação
acadêmica, inexperiência, negligência,
desatenção ou desatualização quanto aos
avanços tecnológicos e científicos; ao manejo de
equipamentos, como bombas de infusão,
cateteres, aos procedimentos desenvolvidos e ao
sistema de medicação como um todo.
POSSÍVEIS CAUSAS DE ERROS

• Sabe-se que os erros fazem parte da natureza


humana, portanto os sistemas de medicação
devem ser bem estruturados com a finalidade de
promover condições que auxiliem na minimização
e prevenção dos erros, planejando os processos e
implementando normas, regras e ações.
POSSÍVEIS CAUSAS DE ERROS

• No caso do erro na medicação, o indivíduo


raramente é a única causa. Desse modo,
entendemos que deve-se mudar a cultura dos
erros para que estes não sejam vistos como
falhas humanas, mas como uma oportunidade
de melhorar o sistema existente (BERWICK et al,
1994; LEAPE, 1994; PEPPER, 1995).
• No momento em que a instituição procurar saber
“como” e o “por quê” da ocorrência dos erros, e
não mais o “quem” foi o responsável por eles, ela
contará com a colaboração dos profissionais para
diagnosticar as falhas que possam estar
ocorrendo na medicação dos pacientes.
• Sabemos que o medo de ações disciplinares e
punitivas compromete a decisão do funcionário ou
da equipe quanto a documentá-lo ou não,
portanto, os gerentes de serviços devem mudar
sua cultura e promover mudanças no ambiente de
trabalho, de modo que a punição não seja a
prática em execução e o ser humano não seja o
foco principal de correção (CASSIANI, 1998;
CASSIANI, 2000b).
ATENÇÃO

• “A administração de medicamentos é uma das


mais sérias responsabilidade que pesa sobre o
enfermeiro”.
• “A administração de medicamentos aos pacientes
adultos hospitalizados é atribuição do enfermeiro e
da equipe de enfermagem a ele subordinada,
sendo uma das maiores responsabilidades do seu
exercício profissional...”
• “A administração de medicamento é uma das
maiores responsabilidades do enfermeiro e
demais integrantes da equipe envolvidos no
cuidado do paciente”
• “Administrar medicamentos prescritos é um papel
fundamental a maioria das equipes de
enfermagem. Não é somente uma tarefa
mecânica a ser executada em complacência
rígida com a prescrição médica. Requer
pensamento e o exercício de juízo profissional”.
ATENÇÃO

• Torna-se necessário conhecer o


sistema de medicação utilizado
nas instituições hospitalares e
verificar como seus profissionais
estão desenvolvendo suas
atividades, se estas são
preestabelecidas ou não por
protocolos e padronizações, para
permitirem identificação e análise
das possíveis fragilidades e falhas
ocorridas nos processos e intervir, 
minimizando riscos e aumentando
a segurança do paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SANTIAGO, M. M. A.; PALACIOS, M. Temas éticos e bioéticos que


inquietaram a Enfermagem: publicações da REBEn de 1970-2000. Rev.
Brasileira de Enfermagem, 2006, v.59, n.3, p.349-353.
LUNARDI, V. L; et al. Sofrimento moral e a dimensão ética no trabalho
da enfermagem. Rev. Brasileira de Enfermagem, 2009, Brasília.
KOERICH, M.S.; MACHADO, R.R.; COSTA, E. Ética e Bioética: para
dar início à reflexão. Rev. Texto Contexto Enfermagem, 2005.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (BR). Resolução 240 de
2000. Aprova o código de ética dos profissionais de enfermagem e
dá outras providências. Rio de Janeiro: O Conselho; 2000.
SCHUH, M. C.; ALBUQUERQUE, I. M. A ética na formação dos
profissionais da saúde: algumas reflexões. Rev. Revista Bioética,
2009.

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