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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


INSTITUTO DE BIOFÍSICA CARLOS CHAGAS
FILHO
POLO AVANÇADO DE XERÉM
MESTRADO PROFISSIONAL EM FORMAÇÃO
CIENTÍFICA PARA PROFESSORES DE BIOLOGIA

TIAGO MELLO DE MATOS

GUIA DE APOIO DIDÁTICO AO ENSINO DE ZOOLOGIA


PARA O ENSINO MÉDIO

RIO DE JANEIRO
2016
Tiago Mello De Matos

GUIA DE APOIO DIDÁTICO AO ENSINO DE ZOOLOGIA PARA O ENSINO


MÉDIO

Dissertação apresentada ao Programa de


Pós-Graduação em Formação Científica
para Professores de Biologia, Instituto de
Biofísica Carlos Chagas Filho, Campus
Xerém, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, como requisito parcial à obtenção
do título de Mestre em Formação Científica
para Professores de Biologia.

Orientador: Prof. Dr. Sérgio Bonecker

Rio De Janeiro
2016
À minha família, meu alicerce.
Agradecimentos

Gostaria de agradecer primeiramente à minha família, pelo apoio, confiança e


dedicação não somente ao longo do curso, mas durante todos esses anos; pai, mãe,
irmão, Lino, Margarida, Raul, sempre ao meu lado, insistindo e reforçando que sou
capaz, a vocês sou muito grato.
À minha companheira Sabrina, que também sempre acreditou e me apoiou nos
momentos tensos que passamos juntos; sem você tudo seria mais difícil.
Aos companheiros de turma, a melhor coisa que aconteceu nesse curso!
Conhecer vocês foi simplesmente genial; não citarei nomes, mas aprendi e cresci muito
com vocês, todos vocês, nas aulas, almoços, happy hours, engarrafamentos... Muito
obrigado!
Aos companheiros de trabalho, das escolas, do CEDERJ, dos trabalhos de
campo, sempre dando força, dicas, conselhos...obrigado.
Aos amigos, os de infância, os ursinhos, os segregadores, os da antiga e todos os
outros que estiveram ao meu lado, principalmente me fazendo relaxar e lembrar de
momentos únicos que somente vocês me proporcionariam.
E, finalmente, ao meu orientador, Prof. Sérgio Bonecker, e aos outros
professores que de alguma forma contribuíram para que eu completasse mais essa etapa
da minha vida.
Obrigado a todos!
RESUMO

MATOS, Tiago Mello de. Guia de apoio didático em Zoologia para o Ensino Médio. Rio
de Janeiro, 2016. 61f. Dissertação (Mestrado Profissional em Formação Científica para
Professores de Biologia)– Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

A Biologia é uma ciência distribuída em vários ramos como a Ecologia, a Biologia


Celular, a Botânica, a Zoologia e a Genética, durante o Ensino Médio, todos esses
ramos devem ser apresentados ao aluno. A Zoologia, ciência que estuda os animais,
enquadra-se em um desses ramos de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) e o Currículo Mínimo para o Estado do Rio de Janeiro. É muito comum o
ensino da Zoologia se dar de forma metódica e sistemática através da memorização de
características dos grupos de animais estudados, contudo, os PCNs propõem o uso de
metodologias de ensino, como atividades práticas, dinâmicas e lúdicas que se
apresentam como soluções para a melhoria do ensino. Diante do exposto, o objetivo
deste trabalho foi propor um guia de atividades práticas baseado em uma análise dos
livros didáticos indicados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e
utilizados por escolas, públicas e particulares, do Município de Petrópolis – RJ. A
análise dos livros didáticos foi realizada através da leitura dos capítulos de Zoologia à
procura de propostas de atividades práticas pelos autores. De posse dos resultados da
análise, os quais registraram uma carência nas propostas de atividades práticas, foi
realizada uma busca em sites e livros didáticos por propostas de atividades que se
enquadrem nas metodologias sugeridas pelos PCNs e que estejam de acordo com a
legislação vigente que não permite a utilização de animais do Filo Chordata Subfilo
Vertebrata em instituições de Ensino Médio (Lei Federal 11.794 de 2008). As
atividades encontradas foram reunidas em uma compilação de 13 propostas de
atividades práticas para todos os filos tradicionalmente abordados no Ensino Médio
(Porifera, Cnidária, Plathyhelminthes, Nematoda, Mollusca, Annelida, Arthropoda,
Echinodermata e Chordata) e algumas de suas classes, que se enquadrem na legislação
vigente e que são de fácil realização, ou seja, atividades que podem ser realizadas até
mesmo dentro de sala de aula não necessitando da infraestrutura de um laboratório e
tenham um custo relativamente baixo. Tal compilação poderá ser utilizada pelo docente,
parcial ou integralmente, na tentativa de proporcionar ao aluno uma maior facilidade
para construir o conhecimento sobre Zoologia e permitir a realização de uma interação
entre o que foi aprendido em sala de aula com o seu cotidiano.

Palavras-chave: Zoologia no Ensino Médio. Atividades práticas. Material didático.


ABSTRACT

MATOS, Tiago Mello de. Guia de apoio didático em Zoologia para o Ensino Médio. Rio
de Janeiro, 2016. 62f. Dissertação (Mestrado Profissional em Formação Científica para
Professores de Biologia)– Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

Biology is a science distributed in various fields such as Ecology, Cell Biology, Botany,
Zoology and Genetics during high school, all these branches should be presented to the
student. The Zoology, science that studies animals, falls in one of these branches
according to the “Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)” and the “Currículo
Mínimo do Estado do Rio de Janeiro”. It is very common teaching of Zoology is to
methodically and systematically by memorizing characteristics of the animal groups
studied, however, PCNs propose the use of teaching methods, and practical, dynamic
and fun activities that present themselves as solutions to better education. Given the
above, the objective of this study was to propose a practical activities guide based on an
analysis of the textbooks listed by the “Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)”
and used by public and private schools, of the County of Petrópolis - RJ. The analysis of
textbooks was carried out by reading the chapters of Zoology looking for proposals for
practical activities by the authors. With the results, which registered a lack of proposals
for practical activities, a search was carried out on sites and textbooks for proposals for
activities that meet the methodologies suggested by PCNs and that comply with current
legislation does not allows the use of animals in the Phylum Chordata Subphylum
Vertebrata in high school institutions (Federal Law 11,794 of 2008). The activities
found were gathered in a collection of 13 proposals for practical activities for all phyla
traditionally covered in high school (Porifera, Cnidaria, Plathyhelminthes, Nematoda,
Mollusca, Annelida, Arthropoda, Echinodermata and Chordata) and some of its classes,
which fit into the current legislation that are easy to perform, that is, activities that can
be performed even in the classroom does not require the infrastructure of a laboratory
and have a relatively low cost. This compilation could be used by the teacher, partially
or fully, in an attempt to provide the student with an easier to build knowledge of
Zoology and allow for an interaction between what was learned in the classroom with
their daily lives.

Keywords: Zoology in high school, Practical activities, courseware, textbook analysis.


Sumário

1. Introdução....................................................................................................................14
1.1 A Zoologia no Ensino Médio.........................................................................15

1.2 Parâmetros Curriculares Nacionais e legislação no ensino de

Zoologia...............................................................................................................21

2. Justificativa..................................................................................................................23
3. Objetivos......................................................................................................................24
3.1. Objetivos gerais............................................................................................24
3.2. Objetivos específicos....................................................................................24

4. Definição operacional de termos.................................................................................25


5. Material e métodos......................................................................................................29
5.1. Aspectos gerais.............................................................................................29
5.2. Livros didáticos analisados...........................................................................29
5.3. Guia de apoio didático para o ensino de Zoologia........................................31
6. Resultados e discussão.................................................................................................32

6.1. Análise dos livros didáticos..........................................................................32


6.2. Propostas de atividades práticas para o auxílio ao ensino de Zoologia........35
6.2.1.Atividade prática 1......................................................................................36
6.2.2 Atividade prática 2......................................................................................37
6.2.3. Atividade prática 3.....................................................................................39
6.2.4. Atividade prática 4.....................................................................................40

6.2.5 Atividade prática 5......................................................................................42


6.2.6. Atividade prática 6.....................................................................................43
6.2.7.Atividade prática 7......................................................................................44
6.2.8 Atividade prática 8......................................................................................45
6.2.9. Atividade prática 9.....................................................................................47
6.2.10.Atividade prática 10..................................................................................49
6.2.11 Atividade prática 11..................................................................................50
6.2.12. Atividade prática 12.................................................................................53
6.2.13. Atividade prática 13.................................................................................55

7. Conclusão....................................................................................................................58
8. Referências..................................................................................................................59
Lista de Figuras

Figura 1 - Quadro encontrada a partir de sites de busca, utilizada na preparação para o


Exame Nacional do Ensino Médio..................................................................................18
Figura 2 – Exemplo de tabela/resumo utilizado no ensino de
Zoologia...........................................................................................................................19
Figura 3 – Imagem de Blog encontrada a partir de sites de busca que apresenta exemplo
de tabela/resumo utilizada no ensino de Zoologia...........................................................19

Figura 4 - Livros didáticos do Ensino Médio utilizados para a análise...........................30


Figura 5 - Quantidade de filos abordados e de propostas de atividades em cada livro
analisado..........................................................................................................................32
Figura 6 - Resenha da proposta de atividade prática 1, abordando o Filo Porifera........37
Figura 7 - Resenha da proposta de atividade prática 2, abordando os Filos Porifera,
Cnidaria e Platyhelminthes.............................................................................................38
Figura 8 – Exemplos de folhas e flores que podem ser utilizados na realização da
Atividade prática 2...........................................................................................................39
Figura 9 - Resenha da proposta de atividade prática 3, abordando os Filos
Platyhelminthes e Nematoda...........................................................................................40
Figura 10 - Resenha da proposta de atividade prática 4, abordando o Filo
Mollusca..........................................................................................................................41
Figura 11 – Exemplo de atividade de construção de modelos para o Filo Mollusca......41
Figura 12 - Resenha da proposta de atividade prática 5, abordando o Filo Annelida.....42
Figura 13a - Resenha da proposta de atividade prática 6, abordando o Filo
Arthropoda.......................................................................................................................43
Figura 13b – Continuação da Resenha da proposta de atividade prática 6, abordando o
Filo Arthropoda...............................................................................................................44
Figura 14 - Resenha da proposta de atividade prática 7, abordando o Filo
Arthropoda.......................................................................................................................45
Figura 15 - Resenha da proposta de atividade prática 8, abordando o Filo
Echinodermata.................................................................................................................46
Figura 16a - Resenha da proposta de atividade prática 9, abordando os Filos
Echinodermata, Hemichordata e Chordata.....................................................................47

Figura 16b – Continuação da resenha da proposta de atividade prática 9, abordando os


Filos Echinodermata, Hemichordata e Chordata...........................................................48
Figura 17a - Resenha da proposta de atividade prática 10, abordando o Filo
Chordata..........................................................................................................................49

Figura 17b - Resenha da proposta de atividade prática 10, abordando o Filo


Chordata..........................................................................................................................50

Figura 18a - Resenha da proposta de atividade prática 11, abordando o Filo


Chordata..........................................................................................................................51

Figura 18b – Continuação da Resenha da proposta de atividade prática 11, abordando o


Filo Chordata..................................................................................................................52

Figura 19 – Material utilizado na realização da Atividade prática 11.............................53

Figura 20a - Resenha da proposta de atividade prática 12, abordando o Filo


Chordata..........................................................................................................................54

Figura 20b – Continuação da resenha da proposta de atividade prática 12, abordando o


Filo Chordata..................................................................................................................55

Figura 21a - Resenha da proposta de atividade prática 13, abordando o Filo


Chordata..........................................................................................................................56

Figura 21b – Continuação da resenha da proposta de atividade prática 13, abordando o


Filo Chordata..................................................................................................................57
Lista de Tabelas

Tabela 1 – Número aproximado de espécies dos Filos do Reino Metazoa. Adaptação


para distribuição em ordem alfabética.............................................................................16
Tabela 2 - Análise dos livros didáticos: presença de atividades práticas para cada
filo....................................................................................................................................33
14

1. INTRODUÇÃO

Alguns conceitos da área de Biologia utilizados em livros didáticos do Ensino


Médio tratam a disciplina apenas como o “estudo da vida”, levando em consideração
apenas a etimologia da palavra (LOPES, 2008), ou, ainda, como a ciência que estuda os
seres vivos e suas características (LINHARES; GEWANDSZNADJER, 2013),
conceitos que, de maneira geral, apresentam-se superficiais em definir toda a
abrangência dessa ciência. Outro conceito, popularmente utilizado, traz uma definição
mais abrangente para a Biologia, tratando-a como a ciência que estuda os seres vivos,
sua estrutura, funcionamento, evolução, distribuição e inter-relações (FERREIRA,
2005). Tendo em vista a complexidade dos campos estudados, a Biologia compreende
várias ciências especializadas, como a Ecologia, a Botânica, a Zoologia, a Genética, a
Biologia Celular, a Bioquímica, entre outras.
Por tratar-se de uma ciência onde o avanço da tecnologia sempre traz novos
conceitos e descobertas, independente da área de estudos, o ensino de Biologia requer
uma constante atualização por parte dos professores, os quais devem se manter
preparados para assimilar as mudanças do conteúdo, tornando-o capaz de transmitir as
informações de uma forma direta e relacionando o conteúdo estudado ao cotidiano do
aluno e à sociedade onde este vive, fazendo com que os mesmos tenham interesse pelo
assunto e consigam maximizar o processo de aprendizagem (SANTOS, 2009).
Algumas novas tecnologias presentes na sala de aula permitem que o professor
abandone o quadro e o giz, onde escreveria um esquema com as características de um
determinado bioma, para mostrar em um retroprojetor ou um projetor multimídia, fotos
e imagens características do bioma em questão. Tal atitude favorece o entendimento por
parte do aluno, uma vez que, ordinariamente, nunca esteve no dito bioma e agora pode
ter uma noção de como é o habitat, como são os seres vivos daquele bioma; o que, com
o esquema tradicionalmente utilizado necessitaria um grau de abstração maior por parte
do aluno.
Há dentro da Biologia ramos como a Zoologia ou a Botânica que, até mesmo
pelos livros didáticos, são tratados meramente como ciências descritivas onde se
apresentam as características dos seres estudados, quando na verdade deveriam ser
muito melhor contextualizados, inclusive inter-relacionados com outros ramos (ex.
Evolução, Bioquímica e Ecologia), de maneira que, após o processo de
ensino/aprendizagem, o aluno fosse capaz de pensar nos problemas e resolvê-los, tendo
15

como subsídio o conhecimento construído a partir da junção de conteúdos dos


diferentes ramos da Biologia (BORGES; LIMA, 2007).
Para o ensino de Biologia no Ensino Médio, Krasilchik (2008) admite que a
formação biológica contribui para que cada indivíduo seja capaz de compreender e
aprofundar as explicações atualizadas de processos e conceitos biológicos, a
importância da ciência e da tecnologia na vida moderna e o interesse pelo mundo dos
seres vivos. Para isso, seria necessária a “alfabetização tecnológica”, caracterizada por
ser um processo contínuo de construção de conhecimentos necessários a todos os
indivíduos que convivem na sociedade contemporânea (KRASILCHIK, 2008). Sendo
assim, o aluno deve ser capaz de relacionar todo o conteúdo aprendido em sala de aula
com o seu cotidiano e o da sociedade onde vive, de maneira a entender os diversos
fenômenos biológicos que porventura possam estar acontecendo, uma vez que também
pode ser parte desses fenômenos. Quando o aluno consegue fazer essa relação, é a prova
de que o processo de aprendizagem ocorreu da melhor forma possível, pois o aluno
partiu de conceitos abordados em uma sala de aula e o aplicou para o entendimento
correto de um evento do seu cotidiano.

1.1 A Zoologia no Ensino Médio

Zoologia é descrita como a ciência que estuda o Reino Metazoa, seres vivos
popularmente conhecidos como animais, sob os mais diversos aspectos, como as
diferentes formas do corpo, seu funcionamento e suas relações com o meio ambiente
(FERREIRA JÚNIOR, 2010). Já o conceito de animal envolve todo ser vivo que se
apresente como eucarionte, multicelular, heterotrófico por ingestão, provido de tecidos
distintos e células gaméticas, desenvolvimento embrionário a partir da blástula e capaz
de produzir colágeno animal (RUPPERT; FOX; BARNES 2005).
Estima-se que o Reino Metazoa apresente 54 filos, dos quais 34 são ainda
viventes e 20 são extintos (RUPPERT; FOX; BARNES 2005). A Tabela 1 mostra os
filos viventes e o número aproximado de espécies em cada um deles.
16

Tabela 1 – Número aproximado de espécies dos Filos do Reino Metazoa. Adaptação para
distribuíção em ordem alfabética (RUPPERT, 2005, Contracapa).

Filo Número aproximado de espécies


Acanthocephala 1.150
Annelida 12.000
Arthropoda 1.113.000
Brachiopoda 350
Bryozoa 5.000
Chaetognatha 150
Chordata 52.000
Cnidaria 10.000
Ctenophora 80
Cycliophora 1
Dicyemida 75
Echinodermata 6.000
Echiura 150
Gastrotricha 500
Gnathostomulida 80
Hemichordata 92
Kamptozoa 150
Kinorhyncha 150
Loricifera 10
Mollusca 100.000
Nematoda 22.000
Nematomorpha 325
Nemertea 1.150
Onychophora 110
Orthonectida 20
Phoronida 14
Placozoa 1
Platyhelminthes 20.000
Porifera 8.000
Priapulida 18
Rotifera 2.000
Seisonida 2
Sipuncula 150
Tardigrada 800
17

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio


(BRASIL, 2000), a educação deve ser direcionada pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDBEN (1996), sendo o ensino de Zoologia uma das
competências da disciplina de Biologia. As Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básica (BRASIL, 2013) também estabelecem o ensino de Biologia, como
parte das Ciências da Natureza, para o Ensino Médio. De acordo com o Currículo
Mínimo do Estado do Rio de Janeiro, o ensino de Zoologia deve acontecer no segundo
semestre da primeira série do Ensino Médio para escolas da rede estadual de ensino
(SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, 2012). Há escolas da rede particular
de ensino onde o conteúdo de Zoologia é abordado no segundo ano do Ensino Médio,
incluso no conteúdo “Seres Vivos”, como aponta boa parte dos livros didáticos de
Biologia, que, quando em volumes segmentados, abordam o assunto no segundo
volume, que é direcionado ao referido ano.
De acordo com o conteúdo proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais
(2000) para o ensino de Zoologia no Ensino Médio, é de responsabilidade do docente
abordar a diversidade de animais, mostrando as características de uma parte dos filos
animais conhecidos hoje, de maneira a permitir ao aluno o conhecimento e
entendimento de cada um desses filos e a relação existente entre eles, bem como a sua
divisão em classes.
O Currículo Mínimo do Estado do Rio de Janeiro (SECRETARIA DE ESTADO
DE EDUCAÇÃO, 2012) determina que o aluno deva:

“Reconhecer a diversidade de seres vivos no planeta, relacionando suas


características aos seus modos de vida e aos seus limites de distribuição em
diferentes ambientes, principalmente os brasileiros” (p.11).

Entretanto, normalmente os filos normalmente descritos nos livros didáticos e


abordados no Ensino Médio são: Porifera, Cnidaria, Platyhelminthes, Nematoda,
Annelida, Mollusca, Artrhopoda, Echinodermata, Hemichordata e Chordata, o que
constitui menos de um terço dos Filos de animais viventes hoje. Dentre os
Deuterostomados, apenas o Filo Chordata é bastante detalhado, sendo abordados
maiores detalhes de suas principais Classes (Chondrichthyes, Osteichthyes,
Lissamphibia, Reptilia, Aves e Mammalia).
Essa redução do número de filos abordado no Ensino Médio em comparação
com o número de filos existente hoje se faz presente nos livros didáticos adotados por
18

escolas da rede pública e particular, e provavelmente ocorre, principalmente, porque o


livro didático é a principal fonte de informação do aluno e onde este encontrará as
informações sobre o que é estudado em sala de aula, sendo assim, o número de filos
abordados no livro didático acompanha o número de filos abordados no Ensino Médio,
e não o número de filos viventes na atualidade. Outra justificativa para essa redução é
que na Zoologia do Ensino Médio são abordados os filos que contenham animais mais
presentes na vida cotidiana do aluno, seja na sua alimentação, em questões relacionadas
à saúde, ou pela simples visualização dos animais que permeiam o seu cotidiano. Outro
fator que pode influenciar nessa redução é o tempo disponível para o ensino de Zoologia
no Ensino Médio, que dificultaria o processo de ensino/aprendizagem caso fossem
abordados todos os filos. Portanto, a redução do número de filos abordado no Ensino
Médio se dá acompanhando uma das principais fontes de informação ao aluno, na
relação de proximidade do aluno com os animais abordados e no tempo disponível para
que o conteúdo seja abordado.
No ensino de Zoologia, muitas das vezes os professores se utilizam de esquemas
com tabelas e listas das características de grupo estudado, numa tentativa de simplificar
o processo de aprendizagem; um modo tradicional que desestimula a curiosidade
presente nos alunos acerca dos organismos vivos (PEREIRA, 2012). Deste modo, a
compreensão do conteúdo por parte do aluno dependerá da forma como este consegue
“memorizar” cada esquema ou tabela.
A partir de uma busca simples utilizando as palavras chave “tabela” e “reino
animal” em sites de busca, consegue-se encontrar exemplos desse tipo de ferramenta
utilizada por alguns professores em sala de aula, presencial ou virtual, para o ensino de
Zoologia, como pode ser observado nas Figuras 1, 2 e 3.

Figura 1 – Quadro encontrado a partir de sites de busca, utilizada na preparação para o Exame Nacional
do Ensino Médio (imagem do site: < http://blogdoenem.com.br/biologia-reino-animais/>).
19

Figura 2 – Exemplo de tabela / resumo utilizada no ensino de Zoologia (Imagem extraída do


site:<http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-biologia/exercicios-sobre-reino-
animalia.htm>).

Figura 3 – Imagem de Blog encontrada a partir de sites de busca que apresenta exemplo de tabela /
resumo utilizada no ensino de Zoologia (imagem do site: <
http://profegabrieladabio.blogspot.com.br/2013/11/2-ano-zoologia-reino-animal-reino.html>).
20

Há ainda alguns outros problemas no ensino de Biologia, que afetam


diretamente a Zoologia, como a falta de recursos didáticos alternativos, o reduzido
tempo de planejamento e execução de atividades em sala de aula, a utilização do livro
didático como única fonte de conhecimento, a falta de laboratórios, o conhecimento
reduzido de professores sobre táxons e sua filogenia; todos levando ao prejuízo do
acesso ao conhecimento por parte dos alunos (SANTOS; TERÁN, 2009). Isto contribui
para o uso de artifícios como tabelas e esquemas, para que seja otimizado o tempo de
sala de aula em relação ao conteúdo previsto para o Reino Metazoa.
Pedroso (2009) afirma a importância de contextualizar os conceitos para a
melhoria do ensino de Ciências a partir da implementação de novas práticas educativas,
utilizando, por exemplo, estratégias de ensino diferenciadas, que visariam auxiliar na
resolução de problemas no processo de aprendizagem.
Criar maneiras que visam a facilitar o processo de aprendizagem, como o uso de
tecnologias, atividades práticas e aulas dinâmicas são ações que podem (e devem) ser
desenvolvidas pelo professor (SANTOS; GUIMARÃES, 2010). Nesse contexto,
atividades práticas se tornam uma ferramenta muito importante para o professor, pois
auxiliam no processo de ensino/aprendizagem e facilitam o entendimento do aluno
sobre temas por vezes abstratos, não somente na Zoologia, como em outras áreas das
ciências. Sendo assim, a associação do conhecimento teórico abordado em salas de aula,
com aulas práticas realizadas em um laboratório ou até mesmo na própria sala, pode
aumentar a capacidade do aluno assimilar o conteúdo.
Luckesi (2005) define uma atividade lúdica como uma atividade prática que traz
a plenitude da experiência, pois traz satisfação a quem a realiza, a quem vivencia seus
atos. Sendo assim, atividades lúdicas tornam-se uma proposta eficiente na metodologia
do ensino, sendo capazes de suprir ruídos no processo de ensino/aprendizagem.
Tramontini (2010) defende a melhoria do ensino através de, entre outras coisas, formar
o professor como um profissional que inclua na sua metodologia de ensino novas
propostas pedagógicas, como, por exemplo, atividades lúdicas capazes de incluir o
aluno no conteúdo ensinado.
Por sua vez, Galiazi et al. (2001) tratam a experimentação como uma atividade
primordial, que apresenta um caráter motivador e por isso representa uma possível
solução para a melhoria do ensino de Ciências, nas suas diferentes áreas. Um dos
principais problemas apontados por esses autores é o aluno não conseguir aplicar o
conceito que aprende em sala de aula. Problema que poderia ser sanado com a utilização
21

de atividades práticas, de acordo com Ataide e Silva (2011), pois atividades


experimentais podem representar uma metodologia que, quando corretamente aplicada,
consiga êxito na melhoria do ensino de Ciências.
Apesar da importância das atividades práticas, muitas vezes os professores
esbarram na falta de opções de atividades que possam ser realizadas, seja na sala de aula
ou em laboratórios. Outras vezes as atividades propostas são de difícil realização,
considerando o estado financeiro e de infraestrutura de algumas instituições de ensino,
pois demandam materiais e instalações não disponíveis para o professor de uma escola
de Ensino Médio e/ou Fundamental. Com isso, uma compilação de atividades práticas
simples, possíveis de serem aplicadas mesmo em condições adversas, seria uma
importante ferramenta de apoio ao professor no processo de ensino/aprendizagem.

1.2 Parâmetros Curriculares Nacionais e Legislação no Ensino de Zoologia

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (2000) propõem seis temas estruturadores


para o ensino de Biologia, sendo o 4º tema (“Diversidade da vida”) norteador para o
ensino de Zoologia, pois estabelece que o aluno deva compreender toda a diversidade
dos seres vivos, bem como suas causas, sua relação com o ambiente onde vivem, além
de reconhecer fatores que a ameaçam.
O uso de atividades práticas e modelos explicativos que busquem permitir ao
aluno realizar a integração entre os fenômenos e as teorias vistas em sala com modelos
através da interpretação destes é sugerido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais
(2000). Deixando claro que a organização dessas atividades, sua aplicação em
determinado conteúdo da grade curricular e a melhor maneira de desenvolver essas
atividades é de responsabilidade do sistema de ensino, mais precisamente, de cada
escola, pois cada uma tem suas particularidades como tempo de aula e infraestrutura.
Ao considerarmos a realização de atividades práticas para Zoologia,
recorrentemente pensamos em esquemas anatômicos, presentes nos livros didáticos, e
em uma dissecção de algum animal (peixe, rã ou sapo). Este último é um exemplo de
atividade prática que não pode ser realizada em uma instituição de Ensino Médio, pois o
Art. 1º da lei 11.794 de 2008 afirma que:
22

“A criação e a utilização de animais em atividades de ensino e


pesquisa científica, em todo o território nacional, obedece aos
critérios estabelecidos por essa Lei.
§ 1º - A utilização de animais em atividades educacionais fica
restrita a:
I – Estabelecimentos de Ensino Superior
II – Estabelecimentos de educação profissional técnica de nível
médio da área Biomédica.”

Portanto, a atividade que primeiro imaginamos como prática de Zoologia, a


dissecção de um peixe, rã ou sapo, não pode ser realizada no Ensino Médio, pois a
referida lei em seu Art.2º afirma que o proposto pelo Art. 1º se aplica aos animais do
Filo Chordata, Subfilo Vertebrata, categoria taxonômica na qual os exemplos se
encontram. Mesmo contribuindo bastante para o entendimento e fixação do
conhecimento acerca da fisiologia e de algumas características de todo e qualquer
animal, infelizmente, a atividade não deve ser realizada por professores de tal nível de
ensino de acordo com a Lei 11.794, para os vertebrados. O professor e a instituição de
ensino em que foi realizada a atividade estarão sujeitos às penalidades previstas no
Capítulo V da referida lei, penalidades essas que vão desde advertência à interdição.
Sendo assim, a escolha e a realização de atividades devem ficar sob a
responsabilidade do docente, levando em consideração, além dos fatores limitantes
como tempo, infraestrutura, custos financeiros, também as restrições legais vigentes.
Assim, o professor deve escolher atividades de fácil realização (por ele e pelos alunos),
que não necessitem de laboratórios e materiais específicos, que não tenham um custo
muito alto, porque na maioria das vezes esse custo é do próprio docente, e que não se
utilizem de animais vertebrados.
23

2. JUSTIFICATIVA

A realização de atividades práticas para o ensino de Zoologia pode representar


uma melhoria na qualidade do processo de ensino/aprendizagem, uma vez que se trata
de uma ferramenta que busca facilitar o aprendizado dos alunos. O aumento do interesse
dos alunos pelo tema também pode ser visto como um efeito da utilização de aulas
práticas no processo de ensino/aprendizagem.
Uma análise dos livros didáticos utilizados poderia identificar carências sobre o
assunto, sendo assim, de posse dos resultados dessa análise poderá confeccionado um
guia de apoio didático em de Zoologia, que servirá de ferramenta para o docente no
aprimoramento do processo de ensino/aprendizagem e que supra uma possível carência
encontrada com a análise.
A compilação de atividades práticas abordando os Filos vistos em sala de aula,
presentes nos livros didáticos (ou em sua maioria), reunirá em um só local propostas de
aulas práticas possíveis de serem realizadas pelos professores.
24

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Este trabalho teve como objetivo geral desenvolver um guia de apoio didático
para o Ensino Médio que sirva como ferramenta de apoio ao professorado para o ensino
de Zoologia.

3.2 Objetivos Específicos

(i) Analisar a presença de propostas de atividades práticas para o ensino de


Zoologia em livros didáticos utilizados por escolas públicas e privadas
no Ensino Médio.

(ii) Elaborar um guia de apoio didático em Zoologia, o qual será composto


por atividades práticas sobre os Filos estudados em Zoologia no Ensino
Médio, que sirva como ferramenta de apoio para o professor.
25

4. DEFINIÇÃO OPERACIONAL DE TERMOS

 Filo Porifera:
Animais sésseis popularmente chamados de esponjas, possuem corpo
poroso formado por um agregado de células que não constituem órgãos ou
tecidos verdadeiros (VENTURA; MEJDALANI, 2004)
 Filo Cnidaria:
Composto por animais com simetria radial, corpo com uma cavidade
ligada ao exterior pela boca, epiderme com cnidócitos e sistema nervoso difuso
((VENTURA; MEJDALANI, 2004). Podemos citar como exemplo de cnidário,
o coral, a anêmona, a água-viva, entre outros.
 Filo Plathyhelminthes:
São animais de vida livre ou parasitas, triploblásticos, com simetria
bilateral, acelomados, que apresentam um processo de cefalização, sistema
digestório incompleto (quando presente) e corpo achatado (VENTURA;
MEJDALANI, 2004). A planária, a tênia e o esquistossomo são exemplo de
animais deste filo.
 Filo Nematoda:
Este filo apresenta animais de vida livre ou parasitas, com o corpo
cilíndrico revestido por uma cutícula sem cílios ou flagelos, pseudoceloma
utilizado como órgão hidrostático, eutelia e sistema excretor sem protonefrídeos
(VENTURA; MEJDALANI, 2004). Vermes cilíndricos como a lombriga
(Ascaris lumbricoides), o ancilóstomo (Ancylostoma duodenale) e a filária
(Wuchereria bancrofti) fazem parte deste filo.

 Filo Annelida:
Os anelídeos são celomados bilatérios de vida livre ou parasitas que
possuem o corpo segmentado (metameria) em anéis, sistema circulatório
fechado, sistema digestório completo e um complexo sistema nervoso
(VENTURA, 2010). Minhocas, poliquetos e sanguessugas são exemplos de
anelídeos.
 Filo Arthropoda:
26

Os artrópodes são protostomados celomados que apresentam apêndices


articulados, mudas (ecdise), metameria formando tagmas e exoesqueleto
quitinoso (VENTURA, 2010). Insetos, crustáceos e aracnídeos são exemplos de
animais do Filo Arthropoda.
 Classe Crustacea:
Os crustáceos são artrópodes encontrados principalmente no ambiente
aquático, embora haja alguns que vivem no ambiente terrestre, que apresentam
dois pares de antenas, respiração branquial e corpo dividido em cefalotórax e
abdome (VENTURA, 2008). São crustáceos os camarões, siris e os tatuzinhos
de jardim.
 Classe Chelicerata (Arachnida):
Cheliceriformes é um subfilo formado por três classes, entre elas, a classe
Arachnida, que apresenta animais como aranhas, escorpiões e ácaros. Esses
artrópodes apresentam dois tagmas, quelíceras, pedipalpos e quatro pares de
apêndices locomotores (VENTURA, 2010).
 Classe Insecta:
Artrópodes que apresentam o corpo com três tagmas (cabeça, tórax e
abdome), um par de antenas, dois pares de asas e três pares de apêndices
articulados (VENTURA, 2010). São conhecidos pela sua diversidade de formas
e adaptações ao ambiente onde vivem. Besouros, borboletas, libélulas e louva-a-
deus são exemplos de insetos.
 Classe Chilopoda:
Formada pelas lacraias e centopeias, animais que apresentam o tronco
achatado e segmentado, e um par de apêndices por segmento, exceto no primeiro
e nos dois últimos (VENTURA, 2010).
 Classe Diplopoda:
Artrópodes que apresentam o tronco cilíndrico e segmentado, que
apresentam dois pares de apêndices por segmento do tronco, exceto no primeiro,
que não possui apêndices, no segundo, terceiro e quarto segmentos onde
apresenta apenas um par de apêndices (VENTURA, 2010). São popularmente
chamados de gongolos ou piolhos de cobra.
27

 Filo Mollusca:
Formado por caramujos, lesmas, ostras, mexilhões, polvos, lulas, entre
outros. Os moluscos apresentam o corpo mole dividido em cabeça, pé e massa
visceral, possuem o manto e sua cavidade que são responsáveis pela produção da
concha (VENTURA, 2008).
 Filo Echinodermata:
São deuterostomados que apresentam simetria geralmente radial nos
adultos e bilateral nas larvas, endoesqueleto com ossículos clacários cobertos por
uma epiderme ciliada, aparelho ambulacrário, sistema nervoso difuso e sistema
hemal (ROCHA-BARBOSA, 2010). As estrelas do mar, os ofiúros e os ouriços
do mar são exemplos de equinodermos.
 Filo Chordata:
São animais que apresentam, em pelo menos uma fase da vida, fendas
branquiais, notocorda, cordão nervoso oco e cauda pós anal musculosa
(ROCHA-BARBOSA, 2010). São cordados os peixes, os anfíbios, os répteis, as
aves e os mamíferos.
 Classe Chondrichthyes:
São peixes como os tubarões e as raias, que apresentam o esqueleto
cartilaginoso, e fendas faríngeas embora bastante calcificado (ROCHA-
BARBOSA, 2012a).
 Classe Osteichthyes:
Esses peixes, diferente dos Chondrichthyes, apresentam o esqueleto
ósseo e as brânquias cobertas por um osso denominado opérculo. Os
Sarcopterígios, os Celacantos e os Actinopterígios são exemplos de peixes
ósseos (ROCHA-BARBOSA, 2012a).
 Classe Lissamphibia:
São vertebrados gnatostomados, tetrápodos, pecilotérmicos que
apresentam uma fase larval aquática e uma fase adulta terrestre (ROCHA-
BARBOSA, 2012a). Sapos, rãs, pererecas, salamandras e cecílias são
lissanfíbios.
 Classe Reptilia: Os répteis são animais tetrápodes, amniotas, alantoideanos e
ectotérmicos representados por uma variedade de animais como tartarugas,
cobras, lagartos, jacarés, entre outros (ROCHA-BARBOSA, 2012b).
28

 Classe Aves:
As aves são vertebrados que apresentam penas, ossos pneumáticos e
sacos aéreos, circulação dupla e completa e membros superiores adaptados ao
voo, além disso, são animais homeotérmicos (ROCHA-BARBOSA, 2012b).
 Classe Mammalia:
Animais hoemotérmicos como o cachorro, o coelho, o canguru e o
ornitorrinco, que possuem glândulas mamárias, pele revestida por pelos e o
músculo diafragma separando a cavidade torácica da cavidade abdominal
(ROCHA-BARBOSA, 2012b).
 Subfilo Vertebrata:
São cordados que possuem o sistema nervoso central protegido no
interior do crânio e de uma coluna óssea segmentada em vértebras (POUGH;
JANIS; HEISER, 2008). Peixes, anfíbios, répteis, mamíferos e aves são
vertebrados, também chamados de Craniata.
 Atividade prática:
Podemos considerar como atividade prática, atividades diferenciadas,
como por exemplo um estudo do ambiente, uma visita com observações, uma
experimentação e algumas outras metodologias onde o aluno é um agente ativo
no processo de ensino/aprendizagem, pois ele manipula e constrói o
conhecimento acerca de determinado assunto abordado na atividade.
 Protostomados:
Animais em que a boca se forma pela transformação do blastóporo e o
ânus se forma secundariamente, com clivagem espiral e determinada, e celoma
do tipo esquizocélico (VENTURA; MEJDALANI, 2004). Poríferos, cnidários,
platelmintos, nematódeos, anelídeos, artrópodes e moluscos são protostômios.
 Deuterostomados:
Nesses animais o ânus se forma através da transformação do blastóporo e
a boca é secundária, o celoma é enterocélico e a clivagem é radial e
indeterminada. (VENTURA; MEJDALANI, 2004). Equinodermos e cordados
são exemplos de animais deuterostomados.
29

5. MATERIAL E MÉTODOS

5.1 Aspectos gerais

Neste trabalho realizamos um levantamento das atividades práticas em Zoologia


apresentadas pelos principais livros didáticos utilizados no Ensino Médio nas escolas
públicas e particulares do Estado do Rio de Janeiro, particularmente na cidade de
Petrópolis, no ano letivo de 2015, visando o conhecimento das opções que os
professores possuem para a realização de aulas práticas sobre o tema. Este
levantamento, fornecendo dados para um diagnóstico das principais carências dos livros
didáticos com relação à presença de atividades práticas, foi utilizado como alicerce para
o produto final do corrente trabalho, um guia de atividades práticas.
No guia constam atividades sobre os nove Filos tradicionalmente abordados no
Ensino Médio (Porifera, Cnidaria, Platyhelminthes, Nematoda, Annelida, Mollusca,
Artrhopoda, Echinodermata, Hemichordata e Chordata) e que possuem sua descrição
nos livros didáticos analisados.

5.2 Livros didáticos analisados

A análise dos livros didáticos foi realizada a partir da leitura dos capítulos sobre
diversidade animal, utilizando a técnica proposta por Bardin (2011) para a investigação
da presença de propostas de atividades práticas que auxiliem o professor no ensino de
Zoologia. Para isso foi realizada uma pré-análise do material onde foi realizada a
escolha dos livros didáticos; a leitura do conteúdo dos livros compreende a etapa de
exploração do material, na busca por propostas de atividades práticas em Zoologia; e
por fim, foi realizado o tratamento dos resultados da exploração.
Para tal análise foram utilizados livros didáticos presentes nos guias de livros
didáticos do Programa Nacional do Livro Didático – PNLD 2012 – (GUIA DE LIVROS
DIDÁTICOS: PNLD 2012: Biologia.), do PNLD 2015 (GUIA DE LIVROS
DIDÁTICOS: PNLD 2015: Biologia: Ensino Médio.), e adotados por escolas da rede
pública e privada do município de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. Algumas
escolas optaram por utilizar, no ano letivo de 2015, livros didáticos do PNLD de 2012.
A escolha dos livros se deu de acordo com a rede de ensino em que é adotado.
As escolas da rede estadual abordam o conteúdo de Zoologia no primeiro ano do Ensino
30

Médio (SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, 2012), enquanto algumas


escolas da rede particular o fazem no segundo ano do Ensino Médio. Sendo assim, se o
livro didático analisado possuir volumes seriados, foi escolhido o volume
correspondente ao ano que o tema é abordado na escola em que o livro é utilizado.

Livro Título Autor Volume Editora Ano Rede de PNLD


Ensino
1 Bio Sonia Lopes e 3 Saraiva 2014 Privada 2015
Sérgio Rosso
2 Biologia Cesar & Sezar & 2 Saraiva 2013 Privada 2015
Caldini
3 Projeto Sergio Linhares e 2 parte 2 Ática 2014 Privada
Múltiplo: Fernando --
Biologia Gewandsznadjer
4 Biologia Hoje Sergio Linhares e 2 Ática 2013 Pública 2015
Fernando
Gewandsznadjer
5 Biologia – Amabis & Martho 2 Moderna 2012 Pública 2012
Biologia dos
organismos
6 Ser André Catani, 2 Ediçoes 2013 Pública 2012
Protagonista Fernando Santos, SM
João Aguilar,
Juliano Salles,
Maria Oliveira,
Silvia Campo e
Virginia chacon

Figura 4 – Livros didáticos do Ensino Médio utilizados para a análise

Para qualquer referência futura os títulos analisados serão denominados “Livro


1”, “Livro 2”, “Livro 3”, “Livro 4”, “Livro 5” e “Livro 6”, de acordo com a Tabela 2.
Na lista de livros sugeridos pelo PNLD constam obras que foram indicadas para
que as escolas, juntamente com seus professores, pudessem escolher quais serão
adotadas durante o ano letivo. As obras analisadas foram utilizadas nas escolas no ano
letivo de 2015. Assim, duas delas (Livro 5 e Livro 6) são edições indicadas pelo PNLD
de 2012, enquanto outras três obras (Livro 1, Livro 2 e Livro 4) foram novamente
indicadas, em uma edição mais atual no PNLD de 2015. Uma das obras (Livro 3)
utilizadas por uma escola da rede particular de ensino não consta no PNLD. As seis
obras analisadas no corrente trabalho constam na Tabela 2.
O Livro 6 não consta na lista mais recente do PNLD, a de 2015, constando
apenas na lista anterior, de 2012, mas algumas escolas públicas optaram por continuar
utilizando o livro didático no ano letivo de 2015.
31

Em resumo, foram analisados seis livros didáticos, sendo: (a) duas obras
(Livros 5 e 6) pertencem ao PNLD de 2012; (b) três obras (Livros 1, 2 e 4) estão
presentes no PNLD de 2015; e (c) apenas uma obra (Livro 3) não consta nas edições do
PNLD.

5.3 Guia de apoio didático para o ensino de Zoologia

Como produto final, o guia de atividades proposto servirá de ferramenta de


apoio ao professor para o ensino de Zoologia no Ensino Médio, e foi confeccionado de
acordo com as carências apresentadas pelos livros didáticos analisados.
Para a compilação das propostas de atividades, foram realizadas buscas, em
português, em um site de pesquisa (Google) utilizando as palavras-chave “atividade
prática zoologia”, “aula prática zoologia” e “prática de zoologia”. Também foi realizada
uma procura em livros didáticos de Biologia e livros de Zoologia (Zoologia dos
Invertebrados – Ruppert; Fox; Barney, 2005, Invertebrados: Manual de aulas práticas –
Ribeiro-Costa; Rocha, 2006, A vida dos vertebrados – Pough; Janis; Heiser, 2008) por
atividades. Algumas propostas são atividades tradicionalmente utilizadas por
professores para o ensino de Zoologia no Ensino Médio (montagem de modelos e fichas
catalográficas). Essas atividades também foram adicionadas ao guia tendo como
referências a elaboração pelo autor da pesquisa.
Alguns critérios foram utilizados para a escolha das atividades que compõem o
guia:
- Viabilidade, levando em consideração custos da atividade e infraestrutura das escolas;
- Tempo de execução, considerando-se a duração da atividade em, no máximo, duas
aulas de 45 minutos;
- Utilização de animais, considerando a legislação vigente.
O guia conta com uma compilação de atividades práticas sobre todos os Filos
abordados no Ensino Médio, Porifera, Cnidaria, Platyhelminthes, Nematoda, Annelida,
Mollusca, Artrhopoda, Echinodermata, Hemichordata, e Chordata. Algumas propostas
de atividades abordam Classes dos referidos Filos, como, por exemplo, o Filo
Chordata, composto pelas Classes Chondrichtyes, Osteichtyes, Amphibia, Reptilia,
Aves e Mammalia, ou o Filo Arthropoda que abrange as Classes Crustacea,
Chelicerata, Insecta, Chilopoda e Diplopoda.
32

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1 Análise dos livros didáticos

Os resultados obtidos com a análise dos livros didáticos mostram que apenas
duas obras apresentaram propostas de algum tipo de atividade prática, e estas ficaram
restritas a alguns Filos.

Livro 6

Livro 5

Livro 4 Filos abordados

Livro 3 Propostas de atividades


práticas
Livro 2

Livro1

0 5 10 15

Figura 5 – Quantidade de filos abordados e de propostas de atividades práticas em cada livro analisado.
33

Tabela 2 – Análise dos livros didáticos: presença de atividades práticas para cada Filo.

Filos Livro 1 Livro 2 Livro 3 Livro 4 Livro 5 Livro 6

Porifera

Cnidaria

Platyhelminthes X

Nematoda X

Annelida X X

Mollusca X

Arthropoda X

Echinodermata

Hemichordata

Chordata X X

A Tabelas 2 apresenta os resultados da análise, separado por livro didático


analisado e por Filo abordado. Caso uma atividade aborde dois ou mais Filos, na tabela
será assinalada presença de proposta de atividade para os Filos envolvidos.
O Livro 1 apresentou para os Filos Cnidaria e Platyhelminthes atividades na
forma de um exercício, como estudo dirigido, assim, como uma proposta de um tema
para discussão relacionado a animais peçonhentos do Filo Arthropoda e seu uso
médico. Apesar de dedicar um capítulo inteiro ao Filo Chordata e suas Classes (onde
ele incluiu também grupos do Filo Hemichordata), a atividade proposta também é uma
discussão sobre o perigo das arraias. Sendo assim, as atividades propostas pelos autores
não foram consideradas como atividades práticas, já que se apresentam na forma de um
texto sobre o tema e algumas questões para serem respondidas pelos alunos após a
leitura.
O Livro 2 apresentou uma quantidade significativa de exercícios e testes após
cada capítulo, contudo, não apresentou qualquer proposta de atividade prática a ser
realizada com os alunos.
34

O Livro 3 se apresenta com um capítulo em separado para cada Filo, com muitos
exercícios, possivelmente visando à preparação para o vestibular e para o ENEM
(Exame Nacional do Ensino Médio), pois os exercícios são de exames de anos
anteriores e vestibulares isolados de universidades federais, estaduais e particulares.
Para os Filos Platyhelminthes e Nematoda, traz uma proposta de atividade baseada em
doenças causadas por representantes desses Filos, onde o aluno (ou o grupo de alunos)
deve preparar uma campanha para combate e prevenção a determinadas doenças
causadas por esses animais. Espera-se que, ao realizar a atividade, o aluno assimile
melhor as características desses animais e também os seus ciclos de vida. A atividade
proposta para o Filo Mollusca sugere o uso de algum representante do filo que possa ser
comprado em supermercados para a análise de sua morfologia externa e interna. Para os
anelídeos, os autores sugerem a construção de um minhocário, com a utilização de
animais vivos. Para o Filo Chordata, apesar de separar cada uma das suas classes em
um capítulo exclusivo, os autores fazem apenas uma proposta de atividade para o grupo
das aves, onde os alunos deveriam observar e tentar justificar a diversidade morfológica
de pés e bicos, o que levaria o aluno a associar características presentes nesta classe ao
modo de vida ou ao ambiente onde vive esses animais.
O Livro 4 reúne alguns textos complementares, e apesar de apresentar uma
quantidade significativa de exercícios sobre o tema de cada capítulo, não apresentou
nenhuma proposta de atividade diferenciada para o aluno, apenas exercícios de
vestibulares e alguns testes comentados.
O Livro 5 apresenta inúmeros textos complementares ao longo dos capítulos
sobre Zoologia, mas em nenhum deles propões alguma atividade prática.
No Livro 6, além de exercícios ilustrados e textos complementares, encontramos
algumas propostas de atividades referentes aos filos abordados. Para o Filo Arthropoda
e Annelida, a proposta é sobre a identificação de um ambiente externo à sala de aula e
dos animais desses dois Filos. Esta atividade faz com que o aluno tenha que reconhecer
os membros dos filos pelas suas características, além de relacionar a presença desses
animais a características do ambiente, como tipo de solo e presença de luz; tendo o
aluno que apresentar um relatório contendo uma planilha com os dados encontrados.
Sobre os Cordados, o Livro 6 apresenta algumas atividades. A primeira sobre
flutuabilidade dos peixes, que relaciona a função da bexiga natatória nos peixes ósseos à
densidade e ao empuxo, com materiais bem simples, como garrafas PET e pequenas
pedras e um balde de plástico, ficando o aluno ao fim da atividade responsável por
35

responder algumas perguntas sobre a atividade que comporiam o relatório. Outra


atividade sugerida é sobre o tegumento de répteis e anfíbios; também fazendo uso de
materiais simples como esponjas (de lavar louças), saco plástico, saco de pano, pratos,
água e termômetros. A atividade propõe uma comparação com a perda d´água no
tegumento de animais dos dois grupos e, ao final da atividade, o aluno compararia os
resultados e relacionaria o observado ao tipo de tegumento de répteis e anfíbios. A
terceira e última atividade proposta sobre os Cordados refere-se a mamíferos e aves,
propondo um levantamento de animais desse grupo que estejam mais próximos dos
alunos. Dividindo a turma em grupos, a atividade propõe que se compare o
levantamento feito dentro do próprio grupo, quanto entre os grupos; atividade essa que
também reforçaria o reconhecimento de características exclusivas das classes de animais
desses filos (penas nas aves e pelos nos mamíferos), que embora pareçam óbvias,
podem levar a certas confusões.

6.2 Propostas de atividades práticas para auxílio ao ensino de Zoologia

As propostas foram elaboradas buscando um contexto interdisciplinar


correlacionando outras áreas da Biologia, na tentativa de auxiliar na solução do
problema que a falta desse tipo de propostas nos livros didáticos pode acarretar. Autores
como Ribeiro-Costa e Rocha (2006), Pereira (2012), Ataíde e Silva (2011), Galiazi et
al. (2001), entre outros, julgam ser de extrema importância a utilização de atividades
práticas como metodologia no ensino de Biologia/Ciências, alguns em especial para o
ensino de Zoologia, uma vez que tal metodologia visa favorecer o aprendizado e a
assimilação por parte do aluno dos conceitos vistos em sala de aula.
Serão apresentadas 13 (treze) propostas de atividades práticas, que além de não
trabalharem com animais em sala de aula, contemplam os filos abordados no ensino de
Zoologia no Ensino Médio e são de fácil realização, pois utilizam materiais que o
professor ou até mesmo os próprios alunos podem levar para a sala de aula e não
necessitam de uma infraestrutura de um laboratório em seus procedimentos.
Contudo essa atividade, no caso da Zoologia e de outras áreas, deve ser
contextualizada, não trabalhando, por exemplo, única e exclusivamente características
dos animais dos filos estudados, mas sim relacionar essas características ao modo de
vida do animal, à fisiologia do animal, ao ambiente onde vive, ao cotidiano do próprio
36

aluno, ou seja, criar condições para que possa haver um entendimento sobre o tema de
maneira mais ampla e não apenas para que ele decore características de uma tabela.
As propostas serão apresentadas nas tabelas a seguir, na forma de resenhas com
o título, os Filos abordados, os objetivos, os materiais utilizados, os procedimentos, a
duração e uma proposta para um relatório a ser entregue ao professor no final da
atividade.
Algumas atividades foram realizadas pelo autor deste trabalho em escolas
públicas e particulares durante o ano letivo de 2015, no 1º ano (escolas públicas) e 2º
ano (escolas particulares) do Ensino Médio com turmas que continham, em média, 40
alunos.

6.2.1 – Atividade Prática 1

A proposta da Atividade Prática 1 (Figura 6), através de um experimento


relativamente simples, é fazer com que o aluno compreenda que o aumento na eficiência
na obtenção de alimento nas Classes de poríferos (Asconoide, Siconoide e Leuconoide)
está diretamente relacionada ao aumento na superfície de contato com a água,
provocada pelo aumento na quantidade de câmaras e canais percorridos pela água no
corpo desses animais. O aluno deve compreender que, quanto maior a superfície de
contato, ou seja, quanto maior o número de ramificações de canais que conduzem a
água a um número maior de câmaras maior será a eficiência da captura de alimento
pelos coanócitos nessas câmaras.
Trata-se de um experimento onde o aluno fará uma comparação entre o tempo
necessário para dissolver completamente uma pastilha efervescente inteira, e o tempo
necessário para fazê-lo com a pastilha picada em pedaços. A atividade deve levar à
conclusão de que quando partimos a pastilha aumentamos a sua área de contato com a
água, o que faz com que ela se dissolva mais rápida. Ao comparar as diferentes
estruturas corporais das classes de poríferos, o aluno poderá perceber que aquela que
apresenta um aumento na “superfície de contato” na região de captura de alimento (no
caso a Classe Leuconoide) terá maior eficiência para fazê-lo.
37

A superfície de contato e o aumento da eficiência de


captura de alimentos
Filo abordado: Porifera

Objetivo(s): Relacionar o aumento da superfície de contato com a eficiência na


obtenção de nutrientes por animais das diferentes classes de poríferos.

Duração: 1 aula de 45 minutos

Material: - 2 (dois) comprimidos efervescentes


- 2 (dois) copos com água
- relógio ou cronômetro

Procedimentos: - Coloque um dos comprimidos efervescentes inteiro no copo com


água e registre o tempo que ele demora a ser dissolvido completamente.
- Quebre o outro comprimido efervescente em pedaços pequenos, e em
seguida, adicione-o a um copo com água, registrando também o tempo que ele demora
a ser dissolvido.

Resultados: - Comprimido inteiro: _____________________________

- Comprimido quebrado:___________________________

Discussão: Cada grupo deve redigir uma explicação para o ocorrido, relacionando o
experimento realizado às estruturas corporais das diferentes classes de poríferos,
explicitando a eficiência de cada uma na captura de alimentos.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Referências: Elaborada pelo autor da pesquisa

Figura 6: Resenha da proposta de atividade prática 1, abordando o Filo Porifera.

6.2.2 Atividade Prática 2

O padrão de simetria corporal é uma das características que pode ser utilizada
para separar os animais em grupos distintos. Muitas vezes, a compreensão do conceito
simetria requer certa abstração por parte do aluno e do próprio professor para visualizar
ou expressar os diferentes tipos de simetria. Sendo assim, a proposta da
38

Atividade 2 (Figura 7) busca mostrar os padrões de simetria encontrados em Metazoa


(Radial, Bilateral ou ausência de simetria) usando objetos que possam ser levados à sala
de aula e cortados de diferentes maneiras, relacionando-os com os padrões encontrados
nos Filos Porifera, Cnidaria e Platyhelminthes.

Padrões de simetria
Filos abordados: Porifera, Cnidaria e Platyhelminthes.

Objetivos: - Entender o conceito de simetria


- Identificar padrões de simetria em diferentes objetos
- Relacionar esses padrões aos apresentados poríferos, cnidários e
platelmintos.

Duração: 1 aula de 45 minutos

Material: - 1(uma) laranja


- 1 (uma) maçã
- algumas nozes
- algumas folhas de plantas diferentes (monocotiledôneas e dicotiledôneas)
- 1 (uma) flor com pétalas distintas (orquídeas)
- 1 (um) espelho
- 1 (uma) faca (estilete ou bisturi)
- 1 (uma) folha de papel A4
Procedimentos: - Faça cortes nos objetos (frutas, nozes, folhas, flores) de maneira
que os cortes passem pelo meio do objeto.
- Observe cada corte e faça esquemas das partes de cada objeto na
folha A4 que será anexada ao seu relatório.
- Observe a si mesmo em frente ao espelho e analise de quantas
formas seu rosto poderia ser dividido, resultando em partes semelhantes entre si.
Discussão:
1) Em quantas partes simétricas os objetos utilizados podem ser divididos?
______________________________________________________________________

2) Em quantas partes simétricas seu rosto poderia ser dividido por planos imaginários?
______________________________________________________________________

3) Que tipo de simetria apresenta cada objeto?


______________________________________________________________________

4) Relacione o tipo de simetria apresentado por cada objeto à simetria apresentada


por poríferos, cnidários e platelmintos.
______________________________________________________________________

Referências: AGUILAR, J. B. et al. Biologia - Ensino Médio (vol. 2). 1.ed.


São Paulo: Edições SM Ltda., 2009 (Coleção Ser Protagonista, 3 volumes).

Figura 7: Resenha da proposta de atividade prática 2, abordando os Filos Porifera, Cnidaria e


Platyhelminthes.
39

Figura 8: Exemplos de folhas e flores que podem ser utilizados narealizaçãoda atividade
prática 2. Adaptada de <http://www.chaveinterativa.bio.br> acesso em 15 abr/2016.

6.2.3 Atividade Prática 3

Algumas doenças parasitárias são causadas por animais dos Filos


Platyhelminthes e Nematoda, como a teníase, a esquistossomose, a ascaridíase, a
ancilostomíase, a filariose, entre outras. Conhecer as características dos parasitas que
causam essas doenças, seu ciclo de vida e medidas profiláticas eficientes para cada uma
delas é muito importante para o aluno, uma vez que este pode ser o disseminador dessa
informação para sua casa ou para a comunidade. A atividade 3 (figura 9) faz com que o
aluno tenha que associar todo o conhecimento construído em sala de aula à sua
criatividade, e propor, baseado nesses conhecimentos, uma campanha que julgue eficaz
para prevenir ou combater alguma dessas doenças. A apresentação, na forma de fôlderes
ou cartazes, que futuramente poderiam até ser expostos para toda a comunidade escolar,
aumenta o alcance da campanha. A proposta surge como uma atividade simples, mas
que pode render muitos frutos, tanto para o aluno com relação ao conhecimento acerca
dos Filos, quanto para a comunidade com relação às doenças.
40

Prevenção às doenças causadas por platelmintos e


nematódeos
Filos abordados: Platyhelminthes e Nematoda.

Objetivos: - Compreender o ciclo de vida de alguns platelmintos e nematódeos


parasitas e as doenças causadas por eles.
- Elaborar uma campanha de combate e profilaxia para uma doença
provocada por um parasita de cada Filo.

Duração: 1 aula de 45 minutos

Material: - Cartolinas
- Lápis de cor ou canetas hidrográficas

Procedimentos: - Juntamente com o seu grupo, escolha duas doenças estudadas em


sala de aula, uma causada por um platelminto e a outra por um nematódeo.
- Utilize seus conhecimentos acerca dos parasitas, juntamente com sua
criatividade e pense em campanhas de prevenção/combate para cada doença.
- Elabore cartazes que serão expostos à população, com as ideias de
sua campanha, slogans para as campanhas e as informações sobre as doenças
escolhidas.

Referências: AGUILAR, J. B. et al. Biologia - Ensino Médio (vol. 2). 1.ed. São
Paulo: Edições SM Ltda., 2009 (Coleção Ser Protagonista, 3 volumes).

Figura 9: Resenha da proposta de atividade prática 3, abordando os Filos Platyhelminthes e Nematoda.

6.2.4 Atividade Prática 4

Frequentemente, o aluno não tem muito contato com animais de um determinado


filo, ou de uma certa classe, ou esse contato fica restrito às figuras de um livro didático.
Uma das formas de se fazer esse contato pode ser através de modelos. Na proposta da
Atividade Prática 4 (Figura 10), os alunos construiriam, com massa de modelar,
modelos das diferentes classes de moluscos, especificando suas estruturas
41

características. Tais modelos poderiam entrar para um acervo na própria escola ou


serem expostos para a comunidade escolar, o que faria com que os resultados esperados
com a aplicação da atividade atingissem um público-alvo maior.

Estrutura corporal dos moluscos


Filo abordado: Mollusca.

Objetivo(s): - Esquematizar a estrutura corporal de animais das diferentes classes do


Filo Mollusca, compreendendo assim a diferença entre elas.

Duração: 1 aula de 45 minutos

Material: - Massa de modelar ou massa de porcelana fria (biscuit)


- Folhas de papel A4

Procedimentos: - Escolha pelo menos três das classes de moluscos estudadas em sala
de aula e faça uma representação da estrutura corporal de um representante de cada
classe escolhida utilizando a massa de modelar. O modelo deve ser baseado em
imagens dos representantes do filo, presentes no livro didático.
- Coloque o modelo feito em cima de uma folha de papel A4 e, a
seguir, nomeie as estruturas que podem ser observadas no modelo e que são
diagnósticas para a identificação da Classe.

Referência: Elaborada pelo autor da pesquisa.

Figura 10 : Resenha da proposta de atividade prática 4, abordando o Filo Mollusca.

Figura 11: Exemplo de atividade de construção de modelos para o Filo Mollusca.


<https://pibidbioirmaoafonso.wordpress.com/tag/aula-pratica-7-ano-moluscos/> acesso em 15 abr/2016
42

6.2.5 Atividade Prática 5

A proposta da Atividade Prática 5 (Figura 12) se mostra como uma ferramenta


muito útil para que o aluno relacione determinadas características aos representantes do
filo, e assim compreenda sua divisão em classes. Muitas vezes o aluno não está
familiarizado com os animais pertencentes ao Filo Annelida. Minhocas e sanguessugas
são bem conhecidas, mas é raro um aluno conhecer algum membro da Classe
Polychaeta, o que faz com que, analisando suas características, mesmo sem contato
direto com o animal, ele possa reconhecê-lo e classificá-lo. A atividade propõe a
construção de uma ficha para cada classe, com informações diagnósticas sobre os seus
membros, incluindo a relação de cada uma com os seres humanos, como a da minhoca
para preparação do solo, os poliquetos na alimentação ou as sanguessugas como
ectoparasitas. Tais informações das fichas poderiam ser utilizadas posteriormente pelo
aluno em outro momento, até mesmo fora de sala de aula.

Identificando e catalogando os Anelídeos


Filo abordado: Annelida.
Objetivos: - Compreender as principais características dos anelídeos.
- Relacionar as características dos representantes de cada classe ao
ambiente onde esses animais vivem.
- Entender a importância dos anelídeos na vida dos seres humanos.
Duração: 1 aula de 45 minutos
Material: - 3 (três) folhas de papel A4
- Lápis, caneta, lápis de cor ou canetas hidrográficas
Procedimentos: - Em cada folha de papel A4 faça um desenho esquemático de um
representante de uma das classes de anelídeos de forma que o esquema ocupe metade
da folha.
- Repita esse procedimento com as outras folhas, até representar todas
as classes estudadas em sala de aula.
- Na outra metade de cada folha escreva informações que julgar
importantes sobre o representante da classe escolhida, tais como: nome do animal,
nome da classe, ambiente onde vive, reprodução, alimentação e importância ecológica,
econômica.
Referências: - TEIXEIRA, P. G. Um mundo subterrâneo: as minhocas. –
UCA/Metodologia científica disponível em
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40125> acesso em
15 abr/2016
- IDALINO, C.;YAMAMOTO, C. I. Escola e meio ambiente. Disponível
em < http://www.parquedaciencia.com.br/sitemm/roteiros/escolaemeioambiente.pdf>
acesso em 15 abr/2016

Figura 12: Resenha da proposta de atividade prática 5, abordando o Filo Annelida.


43

6.2.6 Atividade Prática 6

Uma atividade prática sobre artrópodes pode ser realizada de muitas formas,
uma vez que este é o filo com maior número de representantes. Esta diversidade
dificulta a identificação por parte do aluno, sendo assim, a proposta da Atividade Prática
6 (Figuras 13a e 13b) visa reforçar a ideia de características exclusivas das Classes de
artrópodes, relacionando-as ao ambiente onde vivem. A proposta de uma busca ativa em
um ambiente, como uma praça ou um jardim, sem coleta, faz com que o aluno obtenha
dados dos diferentes animais e permite identifica-los, explicando em uma tabela como e
o porquê de aquele determinado animal foi encontrado naquele ambiente. Isto leva o
aluno a entender que as características estão diretamente relacionadas ao ambiente onde
vivem. Por exemplo, podemos citar: um crustáceo necessita de um ambiente aquático
ou muito úmido, pois apresenta respiração branquial; as fiandeiras de um aracnídeo que
faz da teia sua estratégia para a captura de alimentos; as asas de um inseto estão
relacionadas à locomoção, mimetismo ou camuflagem.

Observação e identificação de Artrópodes


Filo abordado: Arthropoda.
Objetivos: - Identificar os diferentes grupos de artrópodes baseando-se em
características apresentadas por membros de cada grupo.
- Relacionar tais características ao modo de vida do animal e o ambiente no
qual ele foi encontrado.
Duração: 1 aula de 45 minutos
Material: - Folhas de papel A4
- Lápis e caneta
- Luvas de látex
Procedimentos: - A atividade será realizada em um ambiente externo à sala de aula,
sempre sob orientação do professor responsável.
- Forme um grupo de três ou quatro alunos.
- Cuidadosamente, procure por animais representantes do Filo
Arthropoda na área que foi designada para seu grupo, utilizando as luvas e, um objeto
(o próprio lápis ou caneta) para revirar a folhagem, galhos e pedras.
- Observe atentamente ao animal, pois posteriormente você necessitará
das informações sobre ele, como número de apêndices, o local onde foi encontrado, o
que ele estava fazendo entre outros fatores.
- Preencha a tabela nos resultados com as informações sobre os
animais encontrados.

Figura 13a: Resenha da proposta de atividade prática 6, abordando o Filo Arthropoda.


44

Resultados:

Animal Classe Características Ambiente Exposição Observações


Observado seco/úmido ao Sol

Referências: Atividades com a Prof. Deise6º e 7º ano. In: COLÉGIO SANTA


TERESINHA. Base de dados do Colégio Santa Teresinha. Disponível em <
http://www.santa.g12.br/site/?p=3178> (Adaptada)

Figura 13b: Continuação da resenha da proposta de atividade prática 6, abordando o Filo Arthropoda.

6.2.7 Atividade Prática 7

Uma alternativa à proposta da Atividade Prática 6 (Figuras 13a e 13b), pode ser
um reconhecimento desses animais a partir de fotos levadas à sala de aula proposto na
Atividade Prática 7 (Figura 14). Em alguns casos é difícil retirar a turma do ambiente da
sala de aula, assim, o professor ou os próprios alunos levariam fotos de artrópodes para
a sala e os alunos, a partir da análise de algumas características, explicariam o ambiente
onde se pode encontrar representantes de cada uma das classes, sendo ao final da
atividade responsável por preencher uma tabela ou um relatório com os dados que
propuser para os animais, relacionando as características observadas nas imagens ao
ambiente em que o artrópode vive, reconhecendo a função de determinadas estruturas.
Isto torna a Atividade Prática 7 uma opção às tabelas preenchidas apenas com
características retiradas do texto.
45

Identificação das Classes dos Artrópodes


Filo abordado: Arthropoda.

Objetivo: - Reconhecer representantes das diferentes Classes dos artrópodes através


das características observadas.

Duração: 1 aula de 45 minutos

Material: - Lápis e caneta


- 10 fotos de artrópodes das diferentes classes estudadas

Procedimentos: - Forme um grupo de três ou quatro alunos.


- Observe atentamente ao animal da foto e preencha a tabela nos
resultados com as informações sobre cada um dos animais.

Resultados:

Animal Classe Características Possível Observações


ambiente

Referências: Atividades com a Prof. Deise6º e 7º ano. In: COLÉGIO SANTA


TERESINHA. Base de dados do Colégio Santa Teresinha. Disponível em <
http://www.santa.g12.br/site/?p=3178> (Adaptada)

Figura 14: Resenha da proposta de atividade prática 7, abordando o Filo Arthropoda.

6.2.8 Atividade Prática 8

No ensino de Zoologia, antes do início dos conteúdos sobre os filos, no Ensino


Médio é comum uma “introdução à zoologia”, onde são abordadas noções de
classificação, da história evolutiva dos animais, de relações de parentesco, de
embriologia, de cladogramas, entre outros. Nesta introdução pode ser apresentada aos
alunos a chave dicotômica, uma ferramenta muito útil na identificação de animais, que
mostra caminhos a seguir na presença ou ausência de determinada característica, até que
46

se chegue em uma característica diagnóstica do grupo que se pretende identificar. A


proposta da Atividade Prática 8 (Figura 15) visa que os próprios alunos, de posse das
características dos representantes das classes de equinodermos, montem uma chave
dicotômica funcional. Para testar esta chave, o professor pode mostrar aos alunos fotos
de alguns animais e pedir para que estes os identifiquem. Isto poderá ajudar o aluno na
compreensão das características das classes e, ainda entender o funcionamento e
utilização de uma chave dicotômica de identificação.

Chave dicotômica para equinodermos


Filo abordado: Echinodermata.
Objetivos: - Identificar as classes de equinodermos.
- Montar uma chave dicotômica simples para identificação dessas classes.
Duração: 1 aula de 45 minutos
Material: - Lápis e caneta
- Folhas de papel A4
- 10 fotos de representantes das classes de equinodermos estudados.
Procedimentos: - Elabore uma chave dicotômica para a identificação das classes do
Filo Echinodermata, baseada em características diagnósticas de cada classe. A chave
deve ser entregue juntamente com este relatório.
- Observe as fotos dos representantes do filo e preencha a tabela com
a classe de cada um deles.
Resultados:
Foto1 Classe Características utilizadas na
identificação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

Referências: Elaborada pelo autor da pesquisa

Figura 15: Resenha da proposta de atividade prática 8, abordando o Filo Echinodermata.


47

6.2.9 Atividade Prática 9

Compreender a história evolutiva muitas vezes é complicado para o aluno, pois a


noção que este tem de evolução é que seja algo linear e imediato, um animal evoluindo
se transforma em outro ao longo de sua vida. Este conceito errôneo deve ser esclarecido
nas primeiras aulas sobre seres vivos, pois ao se iniciar o estudo dos reinos, o já
compreenderá o que é a evolução e que esta é uma característica dos seres vivos. A
Atividade Prática 9 (Figuras 16a e 16b) propõe que o aluno estabeleça uma relação de
parentesco entre os Deuterostomados, a partir de uma análise das suas características.
Como relatório final, a atividade sugere a montagem de um cladograma com os filos
abordados na atividade, o qual pode demonstrar para o aluno que a evolução não é
linear e que há sim um grau de parentesco entre os animais dos filos em questão. Por
meio do cladograma, consegue-se desfazer a ideia de linearidade, mostrando que
animais não se transformam em outro ao longo de uma vida, mas sim que apresentam
ancestrais em comum que sofreram processos de especiação.

Origem evolutiva dos cordados


Filo abordado: Echinodermata, Hemichordata e Chordata.

Objetivos: - Identificar características dos Filos Echinodermata, Hemichordata e


Chordata.
- Reconhecer a história evolutiva dos grupos.

Duração: 1 aula de 45 minutos

Material: - Lápis e caneta

Procedimentos: - Anote na tabela abaixo as principais características que podem ser


utilizadas para diferenciar os equinodermos, dos hemicordados e dos cordados.

Figura 16a: Resenha da proposta de atividade prática 9, abordando os Filos Echinodermata,


Hemichordata e Chordata.
48

Resultados:

Filo Características

Echinodermata

Hemichordata

Chordata

Discussão:

Reúna-se com o seu grupo e monte um cladograma que traduza a história evolutiva
desses filos.

Referências: SILVA, C. S. F. da Cladograma – Árvores da vida. Disponível em <


http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=588> Acesso em 15
abr/2016 (Adaptada)

Figura 16b: Continuação da resenha da proposta de atividade prática 9, abordando os Filos


Echinodermata, Hemichordata e Chordata.
49

6.2.10 Atividade Prática 10

O ensino do Filo Chordata é facilitado pela familiaridade que os alunos têm com
os animais desse grupo. Quando é mencionada alguma característica, imediatamente o
aluno já tem algum conhecimento do que está sendo dito, pois é capaz de formar uma
imagem do animal e imaginar nele determinada característica. A ágil locomoção é uma
característica marcante no grupo dos peixes, cartilaginosos e ósseos, uma vez que a
maioria se apresenta como animais nectônicos. A movimentação horizontal na coluna
d´água, o aluno compreende facilmente que é realizada pelas nadadeiras. Entretanto,
quando se comenta em movimentação vertical associada a estruturas como a bexiga
natatória nos peixes ósseos ou o fígado nos cartilaginosos, o aluno pode não
compreender o mecanismo que faz com que essas estruturas consigam desempenhar sua
função. A Atividade Prática 10 (Figura 17a e 17b) sugere a realização de um
experimento simples com uma garrafa, um balde e algumas pedras, que representariam
um peixe, seu ambiente e as mudanças no interior da bexiga natatória ou do fígado. Para
tanto, noções de densidade e empuxo ajudariam o aluno a compreender a flutuabilidade
dos peixes baseada na mudança da densidade de seu corpo. De modo análogo, a
condição vazia ou cheia de pedras seria uma alteração que levariam a garrafa a flutuar
ou a afundar em um balde com água.

Flutuabilidade nos peixes


Filo abordado: Chordata (Condríctes e Osteíctes).

Objetivos: - Compreender conceitos de flutuabilidade, empuxo e densidade.


- Reconhecer as diferentes estratégias utilizadas pelos peixes para a
flutuação.
- Relacionar os conceitos de densidade e empuxo às estratégias de cada
grupo de peixes.

Duração: 1 aula de 45 minutos

Material: - 1 (uma) garrafa PET pequena com tampa


- 1 (um) balde em que a garrafa possa ser totalmente mergulhada.
- água
- pequenas pedras que possam ser colocadas dentro da garrafa

Figura 17a: Resenha da proposta de atividade prática 10, abordando o Filo Chordata.
50

Procedimentos: - coloque água no balde o suficiente para que a garrafa possa ser
completamente mergulhada na posição horizontal
- mergulhe a garrafa vazia e fechada no balde e observe o que ocorre
- a seguir, encha a garrafa de pedras e mergulhe-a novamente no
balde e observe o que acontece.

Discussão:

1) O que ocorreu com a garrafa vazia? E quando ela estava cheia? Explique o motivo.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2) Qual a relação do fenômeno observado no experimento com a movimentação dos


peixes na coluna d´água?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

3) Relacione as condições em que a garrafa foi mergulhada no balde com as


estratégias utilizadas por condrictes e osteíctes para a movimentação vertical na
coluna d´água.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Referências: AGUILAR, J. B. et al. Biologia - Ensino Médio (vol. 2). 1.ed. São Paulo:

Edições SM Ltda., 2009 (Coleção Ser Protagonista, 3 volumes).

Figura 17b: Resenha da proposta de atividade prática 10, abordando o Filo Chordata.

6.2.11 Atividade Prática 11

Uma das grandes mudanças que permitiram a conquista definitiva do ambiente


terrestre pelos répteis foi o surgimento de um tegumento impermeável que evita a perda
d´água nesse ambiente. O experimento sugerido pela Atividade Prática 11 (Figuras 18a,
18b e 18c) pode demonstrar para o aluno a diferença do volume de água que pode ser
perdido quando o animal possui um tegumento permeável como os anfíbios,
representado no experimento por um saco de pano, e quando possui um tegumento
impermeável como o dos répteis, representado no experimento pelo saco plástico. A
ideia é medir o volume d´água que evapora de uma esponja envolta por um saco de
pano e por outra envolta por um saco plástico após um tempo de exposição a uma
51

luminária (que representaria o Sol), em relação ao volume inicial de água adicionado à


esponja. Ao final da atividade o aluno explicaria em um relatório a diferença encontrada
e no que essa diferença influenciaria no modo de vida dos animais das classes abordadas
na atividade.

Tegumento de anfíbios e répteis


Filo abordado: Chordata (Anfíbios e Répteis).

Objetivos:- Compreender a diferença entre o tegumento de anfíbios e répteis.


- Testar a eficácia de cada tegumento na tentativa de evitar a perda d´água.
Duração: 1 aula de 45 minutos
Material: - 2 (duas) esponjas de lavar louças iguais
- 2 (dois) pratos de sobremesa
- 1(um) saco de pano (de preferência de algodão)
- 1 (um) saco plástico
- 1 (um) recipiente graduado (uma seringa ou uma proveta)
- 2 (duas) luminárias
- 2 (dois) termômetros
- 2 (dois) pedaços de arame ou barbante
- água
Procedimentos: - Encaixe o termômetro no interior de cada esponja, de maneira que
este não a ultrapasse.
- Coloque cada esponja sobre um dos pratos, seguir, coloque uma
esponja no saco de pano, e outra no saco plástico e adicione 30 ml de água em cada
uma. Cuidado para não haver perda d´água nesse momento.
- Feche ambos com os pedaços de arame ou barbante.
- Posicione as luminárias de maneira que a luz incida diretamente
sobre os sacos, mas mantenha uma distância de 10 cm. Caso não haja luminárias, os
sacos podem ser expostos à luz solar direta.
- Após 25 minutos de exposição, verifique a temperatura nos dois
termômetros e anote.
- Após esse tempo, abra os sacos cuidadosamente e retire as
esponjas.
- Com o auxilio do recipiente graduado, meça o volume de água encontrado
em cada uma das esponjas. A seguir, anote o volume de água que foi perdido por
evaporação nos dois casos.

Figura 18a: Resenha da proposta de atividade prática 11, abordando o Filo Chordata.
52

Resultados:

Saco Temperatura (ºC)


Pano
Plástico

Saco Volume de água perdido por evaporação


(ml)
Pano
Plástico

Discussão:
1) Em qual das montagens houve maior perda de água por evaporação? Qual a
explicação para essa diferença?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

2) Em qual montagem houve maior elevação da temperatura? Explique a diferença.


_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
3) Relacione os resultados obtidos com o experimento à conquista definitiva do
ambiente terrestre.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

4) Qual classe de cordados conquistou primeiro o ambiente terrestre? Quais


características tornaram a conquista possível?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Referências: AGUILAR, J. B. et al. Biologia - Ensino Médio (vol. 2). 1.ed. São Paulo:
Edições SM Ltda., 2009 (Coleção Ser Protagonista, 3 volumes).

Figura 18b: Continuação da resenha da proposta de atividade prática 11, abordando o Filo Chordata.
53

Figura 19: Material utilizado na realização da atividade prática 11.

6.2.12 Atividade Prática 12

As aves, normalmente, são um dos primeiros animais que temos contato ao


acordarmos, pois assim que abrimos os olhos, muitas das vezes já podemos ouvir os
sons produzidos por elas. Mesmo sem as ver, sabemos que elas estão ali. Uma atividade
que pode se tornar muito útil à educação é a observação de aves, pois a partir dessa
observação podemos verificar a grande diversidade de estruturas da anatomia externa
existentes nesses animais, a diferença de padrões de coloração, de bicos, de asas, de pés,
entre outros. Todas essas diferenças podem ser utilizadas na identificação de grupos e,
muitas vezes, no reconhecimento do modo de como vive aquele animal, do que se
alimenta, como se locomove, o que pode despertar o interesse dos alunos pelo grupo,
vista a proximidade e familiaridade com esses animais. Dessa forma, a Atividade
Prática 12 (Figuras 20a e 20b) propõe uma saída a uma praça ou a um jardim, ou até
mesmo no ambiente escolar, urbano ou rural, onde será realizada a observação das
características das aves visualizadas, para que se possa perceber a diversidade presente
no grupo, ou, até mesmo, a identificação de algumas espécies pelos próprios alunos e a
relação entre determinadas aves e o ambiente onde vivem.
54

Observação das aves que nos cercam


Filo abordado: Chordata (Aves).

Objetivos: - Observar e reconhecer a diversidade de animais do grupo a partir da


visualização das características de seus representantes.

Duração: 1 aula de 45 minutos

Material: - Papel e caneta para anotações


- Binóculos ou câmera fotográfica (se possível)

Procedimentos: - Essa atividade será realizada em um ambiente externo à sala de aula,


sempre sob orientação do professor responsável.
- Forme um grupo de três ou quatro alunos.
- Observe e anote informações sobre os animais do grupo das aves
que conseguir visualizar, como o tipo de bico, pés, asas, cores, entre outros. Se
possível, fotografe, isto facilitará a observação.
- Preencha a tabela com as informações coletadas
- A identificação das aves poderá ser realizada com auxilio de
pesquisa em sites especializados ou em guias de aves.
Resultados:
Ave Nome Características Observações
1

10

Figura 20a: Resenha da proposta de atividade prática 12, abordando o Filo Chordata.
55

Discussão:

1) Compare as aves observadas pelo seu grupo, com as observadas pelos demais grupos.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

2) Podemos determinar a alimentação ou o ambiente onde vive alguma das aves


encontradas, analisando apenas as características observadas? Dê exemplos.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Referências: Elaborada pelo autor da pesquisa

Figura 20b: Continuação da resenha da proposta de atividade prática 12, abordando o Filo Chordata.

6.2.13 Atividade Prática 13

A última atividade proposta (Figuras 21a e 21b) em nosso guia de práticas


também está baseada na familiaridade e proximidade que temos com as Classes Aves e
Mammalia, que inclusive é a classe em que estamos classificados, o que muitas vezes o
aluno negligencia, colocando-se como um ser a parte. Embarcando nessa proximidade, a
atividade sugere que os alunos façam uma lista de animais com os quais têm mais
contato, mais proximidade, os animais que veem no seu cotidiano. O aluno utilizaria
esta lista como base para uma compor uma tabela onde entrariam também as
características que permitem classificar aquele animal em uma ou outra classe, e a
importância daquela determinada característica na vida do animal observado, o que
pode levar ao aluno a relacionar características diferentes, desempenhado funções
parecidas, como, por exemplo, penas e pelos, e perceber a dependência dessas
características nos animais que as possuem, por conta de sua fisiologia e do ambiente
onde vivem esses animais.
56

Animais do nosso cotidiano


Filo abordado: Chordata (Aves e Mamíferos).

Objetivos: - Reconhecer a diversidade de animais que vivem próximos aos seres


humanos
- Reconhecer nesses animais características dos diferentes grupos de
cordados
- Relacionar essas características aos grupos de cordados abordados
- Compreender a importância dessas características para a fisiologia do
animal e relacioná-las ao ambiente onde vivem.

Duração: 1 aula de 45 minutos

Material: - Folhas para anotações


- lápis ou caneta

Procedimentos: - Forme grupos de quatro ou cinco alunos


- Cada integrante do grupo tentará lembrar e fazer uma lista de todos
os representantes do Filo Chordata que teve contato desde que acordou até aquele
momento na escola e anotar na tabela.

Resultados:
Ave Nome Características Observações
1

10

Figura 21a: Resenha da proposta de atividade prática 13, abordando o Filo Chordata.
57

Discussão:
1) Compare a lista feita por seu grupo com a lista de um outro grupo. Elas coincidem?
Justifique.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2) Que características podemos observar em membros das duas classes?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3) Como tarefa para a casa, escolha cinco animais observados na sua lista e pesquise se
esse animal é nativo ou exótico.

Referências: Elaborada pelo autor da pesquisa

Figura 21b: Continuação da resenha da proposta de atividade prática 13, abordando o Filo Chordata.
58

7. CONCLUSÃO

 Após a análise dos livros didáticos, ficou constatado que nem todos os
livros apresentam propostas de atividades práticas em Zoologia; o Livro 1, o Livro 2, o
Livro 4 e o Livro 5, não propuseram atividades práticas, apresentando questionários,
textos complementares e estudos dirigidos ao final dos capítulos, apenas o Livro 3 e o
Livro 6 apresentaram algumas propostas de atividades práticas.
 Ainda sobre os resultados da análise, o Livro 3 e o Livro 6 apresentaram
propostas de atividades práticas, contudo, nem todos os filos abordados no Ensino
Médio foram comtemplados; por exemplo capítulos que abordaram os Filos Porifera,
Cnidaria, Echinodermata e Hemichordata, não apresentaram propostas de atividades
em nenhum dos livros analisados, talvez pela falta de proximidade dos alunos com
representantes desses filos.
 Tendo em vista a ausência de propostas para atividades práticas
constatada com a análise nos livros didáticos, pode-se afirmar que existem lacunas no
ensino de Zoologia no Ensino Médio, o que prejudica ou dificulta o processo de
ensino/aprendizagem. Esta ausência torna o ensino de Zoologia por vezes cansativo ao
se utilizar metodologias tradicionais, baseadas apenas na teoria presente no material
didático adotado.
 As propostas de atividades práticas apresentadas no presente trabalho
surgem como uma ferramenta de apoio didático ao professor que pode ser utilizada
parcialmente, ou até mesmo na íntegra, pois traz propostas de atividades para todos os
filos do Reino Metazoa, tradicionalmente abordados no ensino de Zoologia no Ensino
Médio. Tais propostas estão de acordo com a legislação vigente e são de atividades de
fácil realização, pois não dependem de uma infraestrutura de um laboratório, por
exemplo, algumas podendo ser aplicadas inclusive dentro da sala de aula e podem ser
realizadas com material de baixo custo.
59

8. REFERÊNCIAS

AGUILAR, J. B. et al. Biologia - Ensino Médio (V. 2). 1.ed. São Paulo: Edições SM
Ltda., 2009 (Coleção Ser Protagonista, 3 volumes).

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia: Biologia dos organismos (V. 2). São
Paulo: Moderna, 2012.

ATAIDE, M. C. E. S.; SILVA, B. V. As metodologias de ensino de ciências:


contribuições da experimentação e da história e filosofia da ciência. Ribeirão Preto:
HOLOS, ano 27, v.. 4. 2011.

ATIVIDADES com a Prof. Deise6º e 7º ano. In: COLÉGIO SANTA TERESINHA.


Base de dados do Colégio Santa Teresinha. Disponível em <
http://www.santa.g12.br/site/?p=3178>.

ARAGUAIA, M. Exercícios sobre reino animalia. Disponível em


<http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-biologia/exercicios-sobre-reino-
animalia.htm>. Acesso em 12 jan. 2016.

BORGES, R. M. R.; LIMA, M. R. Tendências contemporâneas do ensino de Biologia


no Brasil. Revista Eletrônica de Enseñanza de las Ciencias, v. 6, n. 1, p. 165-175,
2007. Disponível em:
<http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen6/ART10_Vol6_N1.pdf>. Acesso em 05 jan
2016.

BRASIL, LDB. Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.


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