Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
QUESTOES E PROBLEMAS
1. Para encher um balde de 20 L, utiliza-se uma mangueira de 2,0 cm de diâmetro. Sabendo que
demora 1,0 minutos a encher o balde, determine o módulo da velocidade com que a água sai da
mangueira.
2. Um reservatório de água da chuva está cheio até 2,0 m de altura. Sabendo que o
figura, calcule:
0.75m
2.1. 0 módulo da velocidade com que a água sai do orifício. m
2.2. A distância, d, entre a vertical que contémo orificio e o ponto onde cai a água.
3. Um escoamento de água flui através de uma tubagem, de área de secção reta de 3,0 cm 2, com
velocidade de modulo 5,0 ms -1. Atubagem desce gradualmente 8,0 m, enquanto a sua área de
secção reta se reduz a metade do seu valor inicial
3.2. Admitindo que a pressão no nível superior é de 1,5 atm, calcule a pressão no nivel mais
baixo.
P1
4. Um medidor de Venturi possui um diâmetro de 15,0 cm no tubo
de entrada e de 7,5 cm no estrangulamento de saída. A pressão da A1 V1 V2
água no tubo é de 0,540 atm e no estrangulamento é de 0,410 atm.
Nestas condições, calcule o caudal volumétrico da água.
Medidor de Venturi
5. Na recente tragédia de Nova Orleães, provocada pelo furacão Katrina
em agosto de 2005, o telhado do estádio Superdome foi arrancado
porque a pressão no interior (ar em repouso) era maior que no exterior,
onde sopravam ventos com velocidades da ordem de 200 km h -1 (par =
1,29 kg m-3).
Superdome.
5.2. Calcule o valor da força que uma tal diferença de pressão origina sobre uma área de 1,0
ha (1,0x 104m2), aproximadamente a área de um campo de futebol
6. Uma avioneta tem uma área de asa (cada asa) de 9,0 m 2. A uma certa velocidade, o ar escoa sobre
a superficie pe-rior da asa com velocidade de módulo 50 ms -1 e sobre a superficie inferior com 40
ms-1. Assuminda a validade teorema de Bernoul, desprezando a diferença de altura da fuselagem,
supondo que o aviãa voa a velacidade constante e considerando a massa volümica do ar igual a 1,2
kg m-3, calcule o peso do avião.
7. Uma mangueira de jardim possui um diämetro interior de 2,0 cme está ligada a um irrigador que
consiste num recipiente munido de 30 orificios, cada um dois quais com 0,14 cm de diâmetro. O
módulo da velocidade da água na mangueira é de 0,85 ms -1. Calcule o módulo da velocidade da
água ao sair dos orifícios.
8. Um grupo de alunos pretendia determinar a viscosidade de um óleo. Para o efeito, largaram uma
pequena esfera metálica, de massa 10,0 g, para dentro de uma proveta cheia de óleo. Verificaram
que pouco tempo depois de ter sido lançada, a estera descia com velocidade constante. Repetindo a
experiência mais vezes e recorrendo a sensores de movimento, conseguiram determinar que a
velocidade terminal da esfera era de 3,0 cm s -1. Calcule a velicidade do óleo, considerando que a
estera tem um diâmetro de 1,50 cm e que Póleo = 0,90 g cm-3.
9. Uma Seringa é um equipamento munido de uma agulha muito utilizado pelos proficionais de
saúde. Esta contém uma parte movel, o êmbolo, que contribui para uma variação de volume de um
determinado líquedo nela contida. Admita que a área do bico de uma seringa é 10 vezes inferior à
área da secção mais larga da seringa. Se deslocarmos o êmbolo com uma velocid de módulo 1,0
cms-1, determine o modulo da velocidade com que o fluído sai do bico.
10. A cidade Suíça de Genebra é mundialmente conhecida pelo seu repuxo de água, o Jet d'Eau. É
capas de lançar água a umaaltitude de 140 m, Com um caudal de 500 Ls -1. O módulo da velocidade
da água à saida do repuxo é de 200 km h -1. Desenpenhando os efeitos da rezistência do ar, calcule a
área da seccão reta do repuxo, nas seguintes situações:
10.1. Na base.
11. Num cano horizontal de diametro 6,0 cm, flui áqua com velocidade de módulo 2,0 ms -1. A
jusante há um estrangulamento onde o raio mede 1,50 cm. Calcule:
11.3. A diferença de pressa0 do liquido entre as secções do cano mais larga e mais estreita.
12. Através de uma conduta horizontal, com a forma apresentada na figura abaixo, circula água a
um caudal de 2,8x 10-2 m3s-1.
Considerando que não há perdas de carga por atrito, que P Hg = 1,36x 104 kg m-3 e que PH2o= 1,0x 103
kg m-3, calcule a diferença de pressão medida pelo manómetro de mercúrio, em mmHg.
0.15m 0.10m
∆p
13. Na canalizacão de uma habita ção, ao nivel do res do cna0, Cireuld dgua quente com velocidade
de módulo 0.50 m s-1 e à pressao de 3,0 atm, num tubo de 4,0 cm de diametro.
Admite que o tubo não se ramifica, determine o móduio da velocidade e a pressão da áqua numa
secção Com 2,6 Cm de diâmetro situado no primeiro andar, 5,0m acima.
14. Devido a problemas de arteriosclerose, o sangue que flui através de de uma artéria com 3,0 mm
de raio, à velocidade de módulo 10 cm s -1, éforçado a passar numa região situado ao mesmo nivel,
mas parcialmente obstruída. Nessa região O raio da artéria está reduzido para 2,0 mm. A densidade
relativa do sangue é de aproximadamente 1,005.
5. GRAVITAÇÃO
onteudos
Leis de Kepler
Ler de Newton da
Gravitação Universal
Constante de gravitação
universal e experiência de
Cavendish.
Campo gravitico.
Força gravitica e peso;
impon derabilidade
Energia do campo
gravítico.
Velocidade orbital,
velocidade de escape
por Newton e publicada em 1687, na sua obra Principia, veio explicar que o movimento,
praticamente circular, da Lua em volta da Terra e dos planetas em volta do Sol se deve a uma
força de atração gravitacional.
Conta a lenda que, um dia, Newton encontrava-se sentado debaixo de uma
Leis de
macieira quando uma maçã Ihe cai na cabeça... Nesse momento,
Kepler
questionou-se "A força que faz a maçã cair não será da mesma natureza da
Ler de
que mantem a Lua em órbita à volta da Terra e um planeta em órbita em
Newton da
torno do Sol?"
Gravitação
Universal Tenha sido ou nao a queda da maçā responsável pelas suas conjeturas,
Constante de Newton reconheceu a conexão exIstente entre o tipo de força que atua
gravitação num objeto em queda na vizinhança da superfície da Terra e um planeta
universal e em órbita em torno do SOl. Os movimentos destes corpoS, embora muito
experiência diferentes, tinham uma causa comum -a atração gravitacional.
de
Cavendish. Newton acreditava que dois corpos, mesmo distantes um do outro,
Campo interagiam, atraindo-se mutuamente.
gravitico.
Esta torça de atração nāo era a mesma para corpos diferentes em
Força condições distintas. Todavia, Newton pensou que devia haver uma lei
gravitica e geral que explicasse este Fenómeno. Efetivamente, com base nestas ideias
peso; impon e nos trabalhos empíricos (baseados somente na observação e/ou na
derabilidade experiência) de Galiieu e Kepler Newton acabou por estabelecer a Lei da
Energia do Gravitação Universal.
campo
gravítico. Nessa obra, Newton começa por definir conceitos fundamentdio e torça,
Velocidade estabelecendo as três leis fundamentais da mecânica conhecida pelo seu
orbital, nome. Para resolver problemas como o do movimento dos planetas sob a
velocidade de ação da força gravitacional, Newton introduziu no seu livro um método
escape que consiste em dividiro percurso em muitos percursos infinitensimais.
Este método constituio a base para uma nova uma nova área da
Matemática - O cálculo infinitensimal.
173
O pensamento Físico
O pensamento aristotélico
Para se compreeder o ambito e o espirito da revolução científica que levou a mecânica newtoniana,
é importante conhecernmos um pouco do pensarmento aristotélico.
na pedra, dois pesados – a água e a terra - e dois leves - o ar e o fogo. Os elementos pesados buscam
o seu lugar hatural, que 6 o centro da Terra e também do cosmos, assim uma pedra feita de terra, cai
em busca do seu lugar natural, o centro do cosmos. O fogo e o ar, elementos leves, também têm o
seu lugar natural, o espaço entre a Terta e a Lua, e pata lá ascendem. Tal tipo de movimento
teleologicamente era por ele denominado movimento natural. O determinismo teleológico de
Aristoteles, segundo o qual os fenómenos são determinados por algum objecto final a ser alcançado,
pode ter sido a contribuição aristotlica mais importante pora a evoluçao da ciência e para o avanço
na compreensão da Natureza. Na teoria Astotélica do movimento, o movimento um processo que
permite as mudanças durante o seu crescimento permitem que seja desenvolvido esse ser em
potência.
seres at ngir o seu potencial, uma semente 6 uma planta em potência e as mudan
De Galileu a Newton
Unidade1 Mecanica
PENSAMENTO FÍSICO
Até ao principio do seculo XVI, acreditava-se que a Terra era o centro do Universo, em
volta da qual todos os corpos celestes se moviam. Esta também era a Convicção de Aristóteles.
A teoria geocèntrica, que considerava a lerra como o centro do Universo, havia sido
formulada por Cláudio Ptolomeu (100-170), no século II. Ptolomeu fez observações astronómicas
precisas, descritas no seu livro Almages to. Para conseguir explicar o movimento dos planetas
usando o movimento circular perfeito que os corpos celestes deveriam ter, Ptolomeu introduziu
epiciclos, que eram esferas menores que rodavam a volta de um ponto numa estera celeste maior,
enquanto esta também rodava.
Telescópio de Galileu
Universo.
Escolher entre o modelo de Ptolomeu e o modelo de Copérnico foi durante algum tempo
uma questão simplesmente de preferência. Mas depois de Galileu, que defendeu a ideia de que a
Terra não estava no centro do Universo, o modelo heliocêntrico ganhou adeptos.
Essa tarefa coube a Johannes Kepler (1571-1630) que, após dedicar grande esforço à
análise dos dados de Brahe, formulou as leis conhecidas como Leis de Kepler, que regem o
movimento dos planetas em torno do Sol, confirmando a teoria heliocéntricae tirando conclusoes
corretas sobre o movimento dos planetas do Sistema Solar
Leis de Kepler
Planta P y
5. Gravitação 175
Primeira Lei ou Lei das órbitas -0s planetas descrevem orbitas elípcas
d1
focos em torno do Sol, ocupando este um dos focos da elipse (figura 5.3) d2
F1 sol F2
Lei de Kepler ou Lei das áreas -o vetor posição do planeta, relativamente ao Sol, "varre"
ãreas iguais em intervalos de tempos iguais (Figura 5.4)
1 4
Repare
sol
Na figura 5.5., a excentricidade da
2 3
orbita etá muito exagerada para
facilitar a compreensão
5.4 As áeas varridas pelo vetor posição
do planeta são guais, em intervalos de
tempo iguais.
O facto de as áreas percorridas em iguais intervalos de tempo
serem iguais leva-nos a inferir que os planetas se movem mais
rapidamente quando estão mais próximos do Sol.
R
3 Periélio Afélio
k=
T2 sol R
Resolução:
R3
1. Pela Lei dos periodos de Kepler, sabemos que: =K
T2
R 3 Júpter R3 Terra
ou seja: 2
= 2
T Júpter T Terra
5 ,203 13
= ⇒T júpter
T 2 júpter 12
Newton provou que, se esta força fosse inversamente proporcional ao quadrado da distancia
entre o Sol e o planeta, a órbita descnta sería elíptica como atirma Kepler na sua primeira lei.
Depois, Newton generalizou a sua afirmaçáo admitindo que as forças graviticas que atuavam entre
dois quaisquer corpos do Universo eram da mesma natureza.
Recorde-se que, até então, não se aceitava que as leis da Fisíca, observadas na terra, fossem
aplicáveis aos corpos celestes,
177
m1 m2
F=G
r2
Nesta expressão,
G e a constante de gravitação universal, cujo
valor e:
−11 2 −2
G=6,67 x 10 N m Kg
massa m 5 é:
m A mB
⃗
F A /B =−G 2
⃗e r
r
A força gravítica que o corpo de massa m B exerce sobre o corpo de
massa m A é:
m A mB
⃗
F B / A =G ⃗e r
r2
FB/A er FB/A
mB
mA
As forças ⃗
F A /B e ⃗
F B / A São simétricas; têm o mesmo módulo e direção, mas
sentidos opostos.
m A mB
F=G 2
r 1. A Lua,
Questões
comResolvidas
cerca de 7,4 x 10 22 Kg de massa, executa uma órbita aproximadamente circular, de
raio:
8
r =3,84 x 10 m , em volta da Terra, em 27,3 dias.
Resolução
2.1. O módulo da aceleração centripeta da Lua, devido a força gravitica entre a Lua e a lerra, é
dado pela equação:
2 4 π2
a c =ὠ r ⇔a c = 2
r
T
Aplicando a Lei Fundamental da Dinâmica, ⃗
F R = m ⃗a, e entendendo a que:
mT ml
FR = Fg e Fg = , temos:
r2
4π2 mT ml 4 π2 r3
ml r = G ⇔ m T =
T2 r2 GT 2
Sustituindo pelos valores, tem-se:
m T = 4 π 2 x ¿ ¿ ⇔ F T / L = 2,0 x 1020 N
2.2. Cálculo da intensidade da força gravítica que a terra exerce sobre a Lua:
mT m L 24
F =G ; F T / L = 6,67 x 10−11 x 6,00 x 10 x 65 ⇔ F T / P = 6,4 x 102 N
r2 ¿¿
A intensidade da força gravítica que a terra exerce sobre a Lua é cerca de 3 x 1017 veses superior à
intensidade da força gravítica que exerce sobre uma pessoa que se enconte à superfície da terra.
PENSAMENTO FÍSICO
Dois passos que levaram Newton à formulação da Lei da Gravidade Universal
Admitiu, como hipótese inicial, que a causa das duas acelerações fosse a atração gravitacional
da Terra. Admitiu, ainda, que a Terra e a Lua podiam ser tratadas como partículas pontuais, com as
respetivas massas contradas no centro.
2
V
A aceleracão centripeta da Lua foi calculada por Newton através da relação a c = , onde
R
8
R é a distância da Luanao centro da Terra (R=3,84 x 10 m) e V é o módulo da velocidade orbital
da Lua.
Assim:
2
1 2 πR 2
ac = V ⇔ ac = ( ¿
R R T
Como o período da órbita da Lua é T=27,3 dias, ou seja, T = 2,36 x 106 s, Newton, substituindo
pelos valores, obteve:
2 8
a Lua= 4 π x 3,84 x 10 ⇔ a Lua= 2,72 x 10−3 m s−2 (1)
¿¿
g 2 8
= 4 π x 3 , 84 x 10 ⇔ a Lua ¿ 2,72 x 10−3 m s2 (1)
a Lua ¿¿
Isto é, o valor da aceleração da Lua, no seu movimento em volta da Terra, é 1/3600 vezes menor
do que o valor da aceleração da maçã quando cai a superticie da terra.
Esta diferença entre os valores das acelerações levou Newton a pensar que a aceleração e,
consequentemente, a força atrativa que a Terra exerce sobre um corpo dependem da distância entre
a Terra e o corpo
Efetivamente, como a distância entre a Tera e a Lua é cerca de 60 vezes superior ao raio da Terra
3,84 x 108
( 6
=60), a aceleracho de um corpo na vizinhança da superlicie terrestre (g=9,8 m s−2)
6 , 4 x 10
deve ser 602=3600 vezes superior à aceleração da Lua, o que vem confirmar que a aceleraçao é
inversamente proporcional ao quadrado da distancia
2
g RT= a Lua R
2
F mr
a= ⇔a=G 2
m r
Para corpos junto da superficie da Terra, tem-ser =RT , (raio da Terra) e o valor da aceleraçao é g.
mT 24
g=G 6,00 x 10
2 ; g=6,67 x 10
−11
x
RT ¿¿
. Para verificar se a força gravitacional do Sol sobre os planetas do Sistema Solar também
variava com o inverso do quadrado da distância, Newton considerou as órbitas dos plarnetas
circulares, atendendo aque a sua excentricidade é muito pequena.
Atendendo à Segunda Lei de Newton, a intensidado da força que o sol exerce num planeta de massa
4π2R
m é dada por: F=m 2
T
Esta expressão mostra, portanto, que a força gravitacIonal exercida pelo Sol é proporcional à massa
do planeta e inversamente proporcional ao quadrado da distância do Sol ao planeta.
2
4π K
Sendo a intensidade da força gravitacional do Sol dada por F=m
R2
ms m
e, também, pela Lei da Gravitação Universal, F=G
R2
4π2 ms m 4 π2 ms
m =G ⇔ G= K ⇔ K=G 2
R 2
R 2
ms 4π
Esta expressão mostra que a constante de Kepler, K , depende da massa do Sol ou da masa de
qualquer astro central em torno do qual um satélite órbita.