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Manual

Gráfico

Gabriela Spoladore e Karoline Ribeiro


Gutenberg
Johannes Gensfleisch zun Laden zum Gutenberg (1397−1468) nas-
cido na Mainz, Alemanha, iniciou a popularização da impressão. Ele
ao observar uma prensa de uvas para fazer vinho teve su idéia revo-
lucionária de utilizar essa tecnologia sobre caracteres móveis encai-
xados de modo invertido em bloco de chumbo ou madeira. Eles
serviam para formar um texto completo desenvolvendo assim sua
prensa. Em 1428, Gutenberg viaja até Estrasburgo para divulgar a sua
ideia, nela ele criou sua primeira impressão em um pedaço de papel
com 11 linhas.

Posteriormente, em 1455, Gutenberg acabaria por imprimira


Bíblia em sua oficina, neste sentido, a edição ficou conhecida como
Bíblia de Gutenberg. Sua versão desejava economizar papel, o que
lhe rendeu uma Bíblia feita com duas colunas de 42 linhas, diferente
do projeto inicial, que contava com 40 linhas. A versão final de sua
Bíblia possui 641 páginas e foram impressas 300 cópias, Gutenberg
conseguiu ver o sucesso de seu método avançar por toda a Europa
antes de sua morte acontecer em sua cidade natal, no ano de 1468.
Após sua morte, cerca de oito cidades europeias contavam com
oficinas de impressão.

Tipografia
Os trabalhos realizados por Gutenberg não eram datados, dificul-
tando saber exatamente o que foi impresso nesse período, no entan-
to, há notícias de fragmentos de um poema e um calendário astro-
nômico imprimido por ele.
Como impressor, Gutenberg ficou conhecido por inventar os
tipos móveis. Que consistem em moldes de metal. Esses tipos
móveis eram pressionados sobre o papel, criando textos completos,
possibilitando o começo da impressão em massa. Gutenberg
também é associado a invenção do prelo manual, ou impressora.
Nesse sentido, com a invenção deste equipamento ficou possível
realizar cópias em papel de materiais feitos em metal

02
Produção Gráfica
A produção gráfica é uma atividade projetual que consiste
no desenvolvimento de projetos visuais que comuniquem ou
atendam as necessidades e desejos do cliente. Sendo um
processo, a produção abrange várias etapas acerca da execução
dos projetos gráficos, como seleção de materiais, serviços,
custos e datas de entrega do trabalho finalizado.

Designer
O designer tem a responsabilidade de fazer a criação e
concepção dos arquivos do projeto, mas além disso, é
necessário que o profissional conheça as etapas dos processos
de impressão para então escolher cores, elementos e tipografia
mais adequados para um objeto impresso.

Fluxo de Trabalho
Etapas da Produção Gráfica
Projetação/Criação
Busca de referências;
Realização do brienfing com o cliente;
Criação e desenvolvimento do projeto;
Planejamento visual gráfico;
Definição de suportes, formatos, tipos, cores
e tipo de impressão;
Aprovação e fechamento
de arquivo;

03
Fluxo de Trabalho
Etapas da Produção Gráfica
Pré-impressão
Provas de layout;
Eventuais ajustes na arte final;
Imposição de páginas;
Produção de fotolito;

Impressão
Confecção da matriz;
Ajustes de máquina;
Impressão;
Refile;

Pós-Impressão
Realização de acabamentos, como dobras,
vincos, vernizes, relevos, cortes especiais,
laminação, encadernação e empacotamento;

Cliente Designer
Brienfing Layout
Aprovação Protótipo
Orçamento Finalização
Cotação
Supervisão

Acabamento

Ajustes
Provas
Fotolitos
Matrizes
ProvasImpressão Pré-impressão
Impressão

04
Processos de
Impressão

05
Offset
O termo Offset tem origem na expressão offset lithography
que significa “litografia fora do lugar” e é um sistema de
impressão indireta. Processo planográfico no qual as áreas de
imagem e de nãp imagem estão no mesmo plano na chama de
impressão. Esse método é realizado em média a grande quan-
tidade, proporcionando alta qualidade em grande velocidade.
Pode ser feita em quase todo tipo de papel e alguns tipos de
plásticos. Baseia-se na repelência entre água e gordura (tinta).
As áreas de impressão recebem a tinta enquanto as restantes,
úmidas, a repelem.

Origem
Sua origem vem da litografia. O processo consiste na utili-
zação de uma matriz plana de pedra polida pressionada contra
o papel. Por meio de um tratamento químico, a área do grafis-
mo se torna hidrofóbica, ou seja, aceita a tinta oleosa e repele
a água. Depois da aplicação da tinta, seu excesso era retirado
com água e a tinta ficava na pedra somente nas áreas deseja-
das. Posteriormente, a pedra era pressionada no papel que
“imprimia” a figura.
A litografia após algum tempo começou a ser realizada em
metal, em formas cilíndricas e em processo rotativo.

06
Funcionamento
A imagem é gravada numa chapa em um sistema semelhan-
te ao da tela serigráfica, mas este a sua área de impressão é pre-
parada para receber tinta, ao passo que as demais áreas rece-
bem água e repelem a tinta.
A chapa com a área de impressão definida é fixada em um
cilindro próprio. O qual, ao girar, banha esta com tinta e água.
Sob certa pressão, apenas a área de impressão na chama é
coberta de tinta.
Deste modo, este irá marcar a imagem em um segundo cilin-
dro revestido de borracha, chamado caucho ou blanqueta, o
qual tranferirá os dados nele marcados para o papel, efetuando
a impressão.

Vantagens e
Desvantagens
Vantagens
Este modo de impressãoé a mais econômica, para aten-
der médias e grandes tiragens;
Permite uso de cores Pantone o que pode garantir a
fidelização de cores dos impressos;
Permite impressão em materiais rígidos, como
papelão, além de imprimir qualquer papel e grama-
tura de até 400g.
Desvantagens
Não coompensa imprimir em pouca
quantidade;
Deformação do papel devido ao
processo umedecedor;
Variação das cores por pro-
blemas de equilíbrio
entre água e tinta.

07
Flexografia
Flexografia é uma forma de impressão em relevo rotativo
direto que utiliza clichês de borracha ou fotopolímero com
imagem em alto relevo. A impresão é realizada diretamente
por meio de tintas que têm uma capacidade de secagem
instantânea. A cor é feita por meio de pigmentos ou corantes,
a maquina funciona como um carimbo, as partes em papel
que estão em alto relvo, são preenchidas por tinta.
É comum em impressão de rótuos, embalagens de pape-
lão ondulado e sacos plásticos, sacos de ráfia e muitos outros;
indicada para imprimir textos, fotos e imagens. Pode imprimir
em qualquer tipo de substrato flexível: papel, alumínio, filme
plástico - PE, PP, PET - nylon, celofone, entre outros.

Origem
As primeiras impressões flexográficas surgiram por volta do
século XIX na Europa e nos EUA, não existe uma certeza do seu
local de origem. Apesar dessa divergências, muitos consideram
o início do processo a partir da criação da primeira impressora
flexográfica, constrída por volta de 1905 pelo engenheiro C. A.
Holweg, a patente da invenção foi concedida para a Inglaterra.
O processo ganhou muito destaque durante as décadas de
40 e 50 nos EUA, utilizado principalmente na impressão de
embalagens. Em 1952, durante o encontro anual do Instituto
de Embalagens, o processo foi renomeado como Flexografia. A
mudança ocorreu pela necessidade de um nome que não
tivesse conotação de substâncias tóxicas, que afetava princi-
palmente a indústria de embalagens para alimentos.

08
Funcionamento
Para fazer a impressão de materiais com esse tipo de processo,
é necessário montar um clichê com as informações a serem
impressas em alto relevo. Ele é afixado em cilindros chamados
“porta clichês” com utilização de fitas dupla-face. De um lado, a
fita se adere ao verso da chapa e, dooutro lado, à superfície do
porta-clichê, o qual gira transferindo tinta à sua superfície e pres-
siona sobre o material a ser impresso. Existem tecnologias novas
que dispensam o uso da fita adesiva, onde o próprio porta-clichê
tem prioridades adesivas. Ela suaviza a pressão de impressão e
amortece o impacto que a chapa sofre a cada giro do clichê.
Ao ser exposto às tintas, que são dosadas pelos cilindros, a tinta
em excesso é eliminada pela ação de raspagem de uma lâmina ou
conjunto de lâminas metálicas ou de plástico. As área que estão
em alto relevo, são pintadas e as partes dos papéis ao redor -
como estão em baixo relevo - não recebem as tintas.

A flexografia imprime com diferentes sistemas de tintas: a


base de solventes a base de água e as tintas curáveis por
ultravioleta ou feixe de elétrons e cada uma delas exige
impressoras também específicas.
Existem quatro tiposde modelos de impressoras flexográ-
ficas: tambor central, stack, modular e plana.
Cada máquina impressora acaba ditando para qual merca-
do ela é apta a imprimir.
As máquinas planas geralmente imprimem chapas de
papelão ondulado; Máquinas de tambor central, imprimem
embalagens flexíveis e rótulos; As máquinas modulares,
imprimem rótulos e etiquetas; e impressoras do tipo stack,
imprimem sacaria simples.

09
Vantagens e
Desvantagens
Vantagens
Imprime vários tipos de materiais;

Tem secagem muito rápida;


Não tem risco de borrar, manchar ou estragar
os trabalhos.

Desvantagens
Dificuldade em reproduzir detalhamentos sutis;

Tendência de ocorrer variação de cor;


Defeitos na impressão, como o squash;

Possui qualidade de impressão inferios ao offset


e da rotogravura.

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Serigrafia
A serigrafia, também conhecida por silk-screen, consiste
em um processo de impressão que é realizado a partir de um
estêncil, revestimento com um tecido muito fino e resistente,
como uma tela de nylon, que é extremamente esticado e
preso às suas bordas, tendo áreas vazadas nas áreas de
impressão e vedada nas áreas de não impressão.
Esse processo de impressão pode ser utilizado em
diversos tipos de materiais, como: couro, metal, vidro, papel,
tecido, plástico, cerâmica, entre outros. Utilizada
principalmente para a impressão de camisas, canecas e
cartazes. Porém, também é comum nas indústrias de
brinquedos, brindes em geral, embalagens, calçados,
eletrodomésticos e outros.
A serigrafia é normalmente feita para pequena e média
tiragem, sendo uma técnica bastante versátil, possibilitando
diversos resultados.

Origem
A serigrafia é um processo de impressão antigo, entre 960
a 1279 d.c. na China, principalmente para fazer as estampas nos
tecidos. O processo serigráfico se desenvolveu a partir da
técnica do estêncil, também chamada de molde vazado, que
já era utilizada desde o Egito antigo na decoração de interiores.
Voltando para o oriente, por volta do século XV, os japoneses
aprimoraram essa técnica colando fios de seda ou de cabelo
trançados no estêncil para aumentar a sua durabilidade, ideia
que futuramente se desenvolveu formando a malha de seda
que dá nome ao processo serigráfico.
A serigrafia só ganhou destaque na Europa a partir do início
do século XX, quando a malha de seda se tornou mais
acessível. A técnica passou a ser usada e aprimorada,
exercendo um papel importante nas indústrias.

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Funcionamento
O processo de serigrafia é através da vazão de tinta,
quando utilizado uma pressão de um puxador ou de um
rodo, tudo por meio de uma tela de seda preparada
anteriormente. logo depois desse processo, a matriz
serigráfica é esticada em um quadro e é gravada por meio de
uma emulsão fotossensível e colocada sobre um fotolito, e
depois a tela é colocada em uma mesa de luz.
A luz servirá para queimar a emulsão de toda a tela,
tornando-a impermeável, porém, o negativo da matriz
servirá para não deixar que a luz queime a emulsão em sua
área colocada na tela. Posteriormente a tela é lavada em
água corrente. A água então retira a emulsão somente desta
área, deixando permeável e assim revela o espaço da área de
impressão.

A impressão ocorre da seguinte forma:


A tinta é posta no canto superior da tela levantada;

Coloca-se o material a ser impresso encaixado em um


registro preso sobre a mesa;

Deita a tela sobre a mesa e, com auxílio do rodo,


espalhasse a tinta de maneira uniforme por
toda a área de impressão;
Levanta-se a tela, retirando o impresso pronto e
deixe secar;

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Tipos de Serigrafia
Serigrafia manual
É a técnica mais antiga e mais utilizada. São necessários os
seguintes passos:

Pôr a peça que será estampada em uma base determinada;


Dispor a moldura na tela procurando garantir que esta não
fique enrugada, atrapalhando a arte;
Depositar e espalhar a tinta por todo o tecido com a espátu-
la, fazendo pressão para que esta atravesse-o;
Retirar a tinta em excesso;

Usar a máquina de secagem para que o silk seque de


forma mais rápida;

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Serigrafia automática
Nesta técnica, apesar de ser automática, necessita do ser
humano para ser realizada. Este processo é feito por meio
das seguintes etapas:

Colocar a peça na base da máquina de forma correta;

A máquina irá se abaixar automaticamente a tela e


realizar a estampagem;
Espere a secagem do produto;

Serigrafia circular
Esse processo é feito por rolos e prensas rotativas, utilizado
principalmente para impressão de objetos cilíndricos. Sendo
assim, este processo é feito da seguinte forma:

Primeiramente, é preciso a obtenção de um fotolito;

A arte é colocada por cima da folha que irá ser impressa;

A tinta é aplicada e espalhada sobre a tela;

A tinta irá passar por meio das zonas abertas na malha,


deixando a imagem estampada;

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Vantagens e
Desvantagens
Vantagens
Pode ser feito em tecidos escuros;
Custo baixo de produção e personalização rápida para
grande pedidos;
A matriz pode ser reutilizada várias vezes;
Permite personalizar placas e materiais rígidos como
PVC, MDF, madeira vidro e outros;
Pode personalizar qualquer coisa plana ou cilíndrica;
É possível usar cores especiais como branca, metalizada, fluo-
rescente, neon, e até mesmo tintas com efeitos em relevo,
como a flocada, o puff, o relevo americano, entre outros.

Desvantagens
Necessita de secagem;

Detalhes sutis não são reproduzidos;

As retículas de meio-tom são limitadas;

Muito difícil de reproduzir fotos com a mesma


qualidade da sublimação;

Deve-se produzir uma matriz para cada cor


que será usada e a personalização deve ser
feita uma cor por vez;

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Impressão Digital
O sistema de impressão digital é o mais atual e rápido de
imprimir imagem e material gráfico, presentes no nosso
cotidiano e facilitando nossas vidas. Isto porque o modo de
produção da imagem ocorre a partir do envio de dados digitais
do computador direto para a impressora. Por meio desta
técnica podem ser confeccionados: panfletos, folders, convites,
cartões de visita, dentre outros diversos impressos, que são
atualmente, fruto da impressão digital, sem necessidade de
criação de uma matriz. Ela permite trabalhar com diversos
tamanhos de impressão, o que favorece a produção de
imagens com um altíssimo nível de resolução. Uma impressora
digital pode oferecer resoluções de até 2.400 dpi.
Além de permitir a diminuição dos custos, a digitalização
do processo de pré-produção tornou possível a qualquer
pessoa fazer impressões em casa, sem necessariamente
precisar enviar o material para uma gráfica.

Origem
Impressora a Laser
No ano de 1938, Chester Carlson, conhecido como o criador
da copiadora, desenvolveu a considerada primeira impressora a
laser, contudo foi apenas no ano de 1960 que a empresa Xerox se
interessou em pesquisar mais sobre essa tecnologia. Em 1969, o
funcionário Gary Starkweather da sede de Nova Iorque da Xerox
desenvolveu projetos para a impressora a laser utilizando a base
criada por Carlson, por isso Gary é creditado como criador da
impressão que utiliza totalmente um laser para recriar uma
imagem no tambor de uma copiadora para que seja impresso no
papel. O primeiro modelo originalmente era chamado EARS,
posteriormente tornou-se a Xerox 9700 Laser Printer, lançada no
ano de 1977.
16
Origem
Impressora a Laser
A IBM 3800 foi criada pela IBM em 1976, sendo a primeira
impressora a laser comercial lançada. No final da década de 70,
a empresa japonesa Canon projetou a Canon LBP-10, que
diferentemente das outras, foi criada para ficar em cima de
uma mesa. Pouco tempo depois, em 1981, surgiu a Xerox Star
8010, desenvolvida para o uso em escritórios.
Nos anos seguintes, a tecnologia de impressão a laser foi se
aprimorando ainda mais e empresas como Apple e HP
também projetaram suas próprias máquinas com tal
mecanismo.
Impressora a Jato de Tinta
Por volta dos anos de 1867 e 1874, o físico-matemático
William Thomson, também conhecido como Lord Kevin,
patenteou o método de jato de tinta contínuo que foi
utilizado nos terminais de cabos telegráficos. Durante 1932 e
1938 ocorreram a criação de alguns precursores da impressora
a jato de tinta, como um gravador a jato de tinta para
fac-símile da RCA Comunicações e um sistema ejeção de
gotículas por meio de pulsos pressurizados pela Genschmer,
continuando a história a Siemens em 1951 criou os primeiros
dispositivos comerciais à jato de tinta contínuo. E no final da
década de 1960, após várias pesquisas e experimentos, que as
primeiras impressoras comerciais com esse sistema, entraram
no mercado.

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Funcionamento
O funcionamento do processo de impressão digital é
bastante simples. A máquina recebe as informações do
arquivo a ser impresso através de bits eletrônicos. Assim, o
arquivo de computador realiza a transferência da imagem
para a mídia que vai receber o impressão. Toda essa
transferência tende a ocorrer de várias maneiras por depender
apenas da impressora, que pode imprimir com laser, o
piezoelectric e o ink jet.
Impressora a Laser
Seria o tipo de impressão comum e mais usada na
atualidade. Nesse processo, os compartimentos de tinta são
chamados toner e possuem cores em CYMK. Dentro dela,
passa um cilindro que é atingido por raios laser e assim inverte
toda a polaridade do mesmo, e os que não sofreram formam
a imagem impressa.

Feixes de raio laser


Espelho rotativo

Reservatório
Rolo de carga de toner

Fusor Rolo
revelador

Tambor
fotocondutor
Lâmina de
limpeza

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Impressora PiezoElectric
Ela tem uma espécie de cristal em seus compartimentos,
isso tende a definir toda a qualidade da tinta a ser transferida
no papel. No caso, essa transmissão ocorre a partir de
descargas elétricas que mostram a quantidade ideal de tinta,
que por sinal seriam do sistema CYMK.

Impressora InkJet
A impressora InkJet possui cartuchos com quatro tipos de
cores padrões de CYMK. O computador transfere as
informações do arquivo para um chip e com isso as
informações são posicionadas nas cabeças de saída de tinta
para que as mesmas definem a quantidade de tinta liberam
no papel de impressão.

Circuito de controle
Cartuchos

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Vantagens e Desvantagens
Vantagens
Possui menor prazo de entrega;

Permite a personalização de dados;


É econômica para pequenas tiragens;

Permite provas de impressão e correções sejam feitas imedia-


tamente;
Não possui custos relacionados a fotolitos e chapas;

Desvantagens
Velocidade de impressão é mais lenta;
A maioria das impressoras não reproduz cores especiais;
Os materiais como toner e papel possuem custos mais eleva-
dos do que os da impressão offset;

Está disponível apenas em formatos para papéis menores


atualmente;
As impressoras digitais mais antigas apresentam qualidade
inferior ao offset;atualmente;

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Tampografia
A Tampografia é um processo de impressão por
transferência indireta de tinta, o grafismo é passado para um
tampão de silicone a partir de um clichê gravado em baixo
relevo. Possui flexibilidade para imprimir tanto em
superfícies retas quanto irregulares e curvilíneas. Pode ser
impresso em peças de metais, vidros, madeira, couro e
outros. É muito utilizado nas indústrias de brinquedos,
utensílios domésticos, embalagens, brindes em geral,
enfeites e relógios, como também na indústria
automobilística e eletroeletrônica.

Origem
Esse processo surgiu no século XIX, como uma técnica
rudimentar que servia para decoração de vasilhas da Rainha
Vitória, da corte inglesa. Nos anos 50 a tampografia se
desenvolveu para maximizar a produção das decorações dos
finos relógios suíços. Posteriormente na década de 70, a
tampografia foi aperfeiçoada na Alemanha com a invenção
do tampão de silicone, material com maior resistência
mecânica e maior poder de transferência. Ainda nos anos de
1970, a primeira máquina tampográfica com tinteiro fechado
foi inventada, nomeada de SP710, que permitiu que a tinta
não ficasse exposta às impurezas que causam variações que
afetam a qualidade da impressão.

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Funcionamento
Existem dois sistemas de funcionamento na tampografia,
sendo um com o tinteiro aberto e outro fechado. Para executar
uma impressão no sistema de tinteiro aberto, o clichê é
coberto de tinta pelo sistema de entintamento e após ser
raspado, permanece a tinta apenas no baixo relevo da
gravação do clichê. O tampão é pressionado contra o clichê,
colhendo a tinta retida no baixo relevo, move-se e é
pressionado sobre a peça escolhida, depositando ali a tinta
que havia colhido e formando o grafismo na peça.
No sistema de tinteiro selado a lâmina de cobertura e a
lâmina de raspagem são substituídas por um recipiente similar
a um copo, que quando cheio de tinta trabalha emborcado
sobre o clichê e a própria borda do copo, feita de material
extremamente resistente e com alta durabilidade, faz a
raspagem do excesso de tinta.
A raspagem ocorre de modo horizontal, com o
deslocamento do copo sobre o clichê. O ciclo de colheita da
tinta e impressão, a partir deste ponto é a mesma ao tinteiro
aberto.

Processo tampográfico com tinteiro aberto Processo tampográfico com tinteiro fechado

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Vantagens e Desvantagens
Vantagens

Alta qualidade de impressão em grafismos e traços finos;

Consegue imprimir em superfícies irregulares, côncavas,


convexas e em degraus;

Índice mínimo de rejeição de peças,e com possível recupera-


ção, ocasionando economia de material e ganho de produ-
ção;

Número elevado de impressões com o mesmo clichê, tendo


possibilidade de imprimir até 4 cores na mesma máquina;

Desvantagens
Defeitos de impressão causados por problemas na própria
máquina, porém que são facilmente consertados por técni-
cos;
A durabilidade do clichê depende da sua manutenção, sendo
que para uma vida útil maior é necessário manter alguns cuida-
dos essenciais;

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Rotogravura
A rotogravura é um sistema de impressão direto que utiliza
diversos cilindros que possuem pequenas perfurações para
transferir a tinta para o papel. Esta técnica também pode ser
chamada de sistema de baixo relevo uma vez que a imagem na
matriz fica em baixo relevo em relação à superfície do cilindro.
O cilindro é feito de cobre e é uniforme. Esse processo é utiliza-
do para confecção de embalagens e revistas de alta tiragem.
Imprime sobre qualquer tipo de substrato desde que seja flexí-
vel. Indicado para impressão de imagens e textos em altíssima
velocidade e em várias folhas ao mesmo tempo.

Origem
Por volta do ano de 1446, na Alemanha, surgiu a técnica de
gravura em uma matriz de metal, conhecida como intaglio.
Contudo, não ganhou muito destaque na época por não ser
adaptável como a impressão com a prensa de Gutenberg,
sendo que ambos foram criados no mesmo período. Apenas na
época dos anos de 1860 e 1879, o pintos Karl Klic aperfeiçoou a
técnica de impressão criando um sistema que tranfere negati-
vos para chapa de cobre utilizando papéis envoltos com uma
gelatina pigmentada. Com esse primeiro sistema de impressão
rotativo direto e com matris em baixo relevo, Karl klic é consi-
derado o pai da rotogravura.
Apesar de jpa existir, o projeto da primeira máqina de
impressão com matriz em baixo relevo foi patenteado pelo
escocês Thomas Bell no ano de 1784.

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Funcionamento
Com um cilindro de cobre, que é uniforme, cromado e gra-
vado com a imagem que será impressa na superfície escolhida,
a zona de imagem fica perfurada, como pequenos sulcos onde
a tinta, de secagem rápida, se infiltra nas células gravadas.
Desta forma, o excesso de tinta na superfície é retirado com o
auxílio de uma espátula. A tinta que fica retida nas células do
cilindro formam a imagem e, quando é pressionada pelo cilin-
dro na hora de impressão, imprime a imagem na superfície
escolhida.
O processo de imersão do cilindro na tinta permite ao sistema
de rotogravura trbalhar com tintas de maior fluidez e as espe-
ciais.
A gravação de cilindro pode ocorrer por dois métodos: o con-
vencional e o eletromecânico.

Cilindro
pressionador

Papel

Faca de
raspagem

Cilindro de
impressão

Tinteiro

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Convencional

As células possuem o mesmo tamanho e variam na


profundidade, este modo pe o mais utilizado em peque-
nas e médias tiragens com alta qualidade.
Este procedimento permite imprimir diversos níveis de
tonalidade cinzenta sem utilização de redes, através de
variação de profundidade nas células com tinta. Deste
modo, as célula mais fundas reproduzem tons mais escu-
ros e as menores reproduzem tons mais claros

Eletromecânico

No método eletromecânico, as células variam na profundi-


dade e tamanho, além disso, este método é o mais utiliza-
do na impressão de catálogos, revistas, jornais, embala-
gens etc.

27
Vantagens e
Desvantagens
Vantagens
Tem capacidade de reunir centenas de papéis;

Imprimir as imagens e textos de uma só vez, de


forma extremamente rápida;
O papel já sai cortado, dobrado e organizado.

Desvantagens
Não é viável para gráficas de pequeno porte;
Matrizes com alto custo;
Não há muitas gráficas que trabalham com
esse processo;
Possui alto custo para impressão de provas e
reimpressões em caso de correções;
Processo com prazo de produção mais
londo que os do offset.

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Ano de Qualidade Substratos e
Processos origem Transferência Matriz Tiragens impressão produtos
Quase todos os tipos
de papéis e alguns de
Offset 1798 Indireta Planográfica Média e alta Alta plásticos. Produtos:
materiais gráficos;
Peças de metais, vidros,
madeira, couro e outros.
Tampografia Século XIX Indireta Engravográfica Média e alta Alta Produtos: brinquedos,
utensílios domésticos,
brindes e etc;
Qualquer tipo de
substrato, desde que
Rotogravura 1446 Direta Engravográfica Alta Alta seja flexível. Produtos:
embalagens, revistas e
etc;

Digital: 1985 X X
jato tinta Pequena Baixa
Produtos: imagems e
materiais gráficos
Digital: 1938 X X Pequena Média
Laser
Substratos diversos.
Entre 960 Direta Permeográfica Média Produtos: camisas,
Serigrafia Média
a 1279 d.c. canecas ecartazes
Qualquer tipo de
Início substrato, desde que
Flexografia Direta Relevográfica Média e alta Alta seja flexível. Produtos:
do séc XX rôtulos, embalagens e
etc.

29
Referências
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em: <https://blog.creativecopias.com.br/sistemas-de-impressao-rotogravura/>

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<https://www.impressorajato.com.br/rotogravura>

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cios.com/a14v35n13/14351301.html>

Futura Express,LEOCÁDIO, Rodrigo, O que é Rotogravura? Aprenda mais sobre


esse tipo de processo! Disponível em: <https://www.futuraexpress.com.br/blo-
g/rotogravura/>
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em: <https://www.linkedin.com/pulse/como-surgiu-impress%C3%A3o-ja-
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30 04
Referências
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Gráfica 1 da UEL.

04
31
Este manual foi composto na tipologia Rustica, nos corpos
33, 21 e 12. Impresso em formato A5 e com um total de 32
páginas. Feito com encadernação espiral de metal e impres-
so em papel couché fosco.

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Design gráfico - UEL
2021

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