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PACIÊNCIA?
Artigo do Jornal Correio Espírita de Maio de 2014
Autor: Gerson Simões Monteiro
Adaptado por Marco Paiva
PAULO DE TARSO
Na Primeira Epístola aos Coríntios (13:1-13), o Apóstolo Paulo traz um dos
mais belos cânticos sobre o que seja o genuíno amor:
1) Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o
bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
3) E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entre o meu
próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso se aproveitará.
4) O amor é paciente,
paciente é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se
ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus
interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a
injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta.
Em suas palavras, o Apóstolo se refere a nove virtudes do amor.
Diz ele também que "um trauma emocional se comunica ao corpo todo. Talvez
cerca de 60% a 80% de nossas doenças são adquiridas através dos choques,
da intolerância, das ofensas e da falta de perdão".
Tenho certeza de que a paciência é o santo remédio de nossas vidas para
vencermos todas as dificuldades físicas e morais.
Foi exatamente o que Jesus exemplificou durante toda a Sua vida aqui na
Terra; afinal, Ele é o modelo e o guia oferecido por Deus à humanidade.
Nessa condição, o Mestre nos ensinou que "é na paciência que ganhareis as
vossas almas" (Lucas 21:19).
Isto quer dizer que a criatura impaciente, que perde a calma e é incapaz de
manter o controle emocional, acaba perdendo sua alma nos labirintos da
perturbação.
JESUS E PEDRO
A PACIÊNCIA É
REGISTRADA
NOS CÉUS
Jesus fora visitar alguns doentes em companhia de Simão Pedro nos arredores de
Bethânia, quando a noite desceu sobre a região prenunciando chuva. Porém, era
preciso voltar a Cafarnaum, onde Pedro residia. Pedro, notando o cansaço do
Mestre, diminuiu a marcha. Ao avistarem um ponto de luz no caminho, pensaram
ser uma pousada e se dirigiram para lá.
Um homem rude atendeu a porta da casa, que era uma espécie de cassino mantida
por jogadores de Sephoris. Mas, mesmo assim, Simão Pedro implorou abrigo para
si e para o companheiro. O homem respondeu que a casa somente dispunha de um
leito largo, formado por almofadões, e, caso aceitassem, poderiam descansar por
uma noite.
JESUS E PEDRO
Jesus ajeitou Pedro nos almofadões do outro lado, mas decorridos alguns minutos,
os jogadores acharam injusto castigar apenas um deles. Simão foi arrancado de
novo do recanto em que dormia, tomando várias bastonadas que lhe machucaram
as pernas. Voltando à cama a lamuriar-se, Jesus repetia:
De fato, o que Jesus ensinou a Pedro é que todos devemos ter paciência nos
momentos de desafio, pois Ele está sempre conosco.
Extraída do livro Fotos da Vida, ditada pelo Espírito Augusto Cezar ao médium
Chico Xavier.
ANÁLIA FRANCO
A PACIÊNCIA
À doente que se queixava em desespero, perguntou Anália Franco que lhe velava o
leito: — Permite que eu leia para seu reconforto algum pequeno trecho de Allan
Kardec? — Deus me livre! — gritou a enferma, cuspindo-lhe aos pés. Ainda assim,
as mãos abnegadas de Anália continuaram ajeitando-lhe os lençóis…
E o chá surgiu logo. — Chá malfeito! Chá frio! O conteúdo da taça foi
projetado ao peito da outra, ensopando-lhe a blusa. — Traga chá quente! Foi a
ordem obedecida. — Você aceita agora o remédio? — indagou Anália. — Que
venha depressa.
ANÁLIA FRANCO
Anália Franco, como se sabe, foi a heroína da seara espírita paulista, que se fez
sublime benfeitora das criancinhas desamparadas.
Extraída do livro A Vida Escreve, ditada pelo espírito Hilário Silva ao médium
Chico Xavier.
O EVANGELHO
SEGUNDO O
ESPIRITISMO
CAPÍTULO IX
BEM-AVENTURADOS OS QUE
SÃO BRANDOS E PACÍFICOS
A PACIÊNCIA
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
A paciência.
7. A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois,
quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste
mundo, vos marcou para a glória no céu.
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas
picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos
deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por
outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito
mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se
olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que
qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes
de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois,
pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo.
Um Espírito amigo.
Havre, 1862.
F.C.X.
A PACIÊNCIA
NA POESIA
Maria Dolores
E para fechar esse tema, recorro à querida poetisa baiana Maria Dolores, pela
psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, na noite de 03.07.1999, em
reunião pública do Grupo Espírita da Prece em Uberaba – MG.