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Paciência para viver e vencer

“A paciência é a chave da alegria; a precipitação, a do arrependimento.”


• Não poucas criaturas humanas, defrontando-se com as dificuldades
existenciais, ainda apresentam reações que se pode considerar como
negativas, embora de tudo se possa tirar proveito.
• Quais seriam essas reações negativas?
• Impaciência, revolta, desespero, cólera, discussão, julgamentos
arbitrários, crimes, acomodação, fuga aos deveres, estresse,
ansiedade, medo, pânico, depressão, mau-humor, azedume, mágoa,
descrença entre outros.
• E quais as consequências dessas reações negativas?
• Quando o ser se deixa conduzir pela impaciência e por outros estados
emocionais-espirituais inadequados, são muito comuns as
consequências: aumento de erros, rupturas afetivas, enfermidades
orgânicas e emocionais, tragédias, dificuldades adicionais,
desequilíbrios, males graves, dissenções, intranquilidade íntima,
perdas de oportunidades, dores inúmeras...
• Buda, estudando em profundidade o comportamento humano,
percebeu que existe um sofrimento decorrente do próprio
sofrimento. Este é resultado das mesmas aflições que ele mesmo
proporciona.
• A dor macera os sentimentos, desencoraja as estruturas psicológicas
frágeis, infelicita, leva a conclusões falsas e estimula os estados de
exaltação emocional ou a depressão, conforme a estrutura ínitma de
cada vítima.
• Segundo Mary Jane Ryan (autora do livro: O poder da paciência.), “o
sofrimento é como uma doença e resultado dela.” e acrescenta:
“...sem paciência, não podemos aprender as lições que a vida nos
ensina e não conseguimos amadurecer.”. Permanecemos naquele
estado de bebês irritadiços, incapazes de adiar a obtenção do prazer e
de nos dedicarmos à busca do que verdadeiramente desejamos.
• Portanto devemos cultivar a paciência conosco, com as pessoas e com
as respostas que a vida no apresenta.
O inesquecível Jerônimo Mendonça
• Tetraplégico, cego, cardiopata, portador de artrite reumatoide
deformante, permaneceu na mesma posição por longos e difíceis
trinta anos sobre uma cama ortopédica, adaptada especialmente às
suas necessidades, cama esta que se transformara em tribuna e cruz
redentora. Conhecido pelo movimento espírita como “Gigante
deitado”. Soube compreender e aplicar em sua vida os princípios
espíritas-cristãos e procurou aprender com sua expiação tudo aquilo
que ainda necessitava.
• Soube que a causa de suas dores estava radicada no passado remoto
e que cabia a ele “quitar” seus débitos com as Leis divinas.
• Quando encarnado escreveu sobre sua situação como transcreveremos a seguir:
“A vida que agora estou vivendo,
Sobre este leito à forma de prisão,
É o resgate do pretérito horrendo
No qual gerei tristeza e humilhação.
Hoje as faces tenho-as bem banhadas
Por essa santa dor buriladora,
São lágrimas bem quentes derramadas,
Vertidas nesta luta redentora!
Devasso que fora, hoje só me resta
Amontoado de ossos que empresta,
Da vida, nova configuração.
É o epílogo da trágica loucura
Que me faz sorver, no cálice da amargura,
Os deslizes de uma outra encarnação.”
• E após sua desencarnação, pediu que escrevesse o seu “novo
retrospecto”, retratando a condição saudável e feliz em que se
encontra:
“Quando atravessava a carnal vilegiatura
Ressarcindo e reajustando tenebroso passado
Guardava eu íntima convicção de que toda amargura
Por mais longa pareça, tem o seu tempo contado.
Nos primeiros tempos da áspera expiação, reconheço,
Surgiram o pranto oculto, o receio mudo, a insegurança
Depois, agradecendo a Deus o abençoado recomeço
Enchi-me de coragem, de fé, de resignação, de esperança.

Amando profundamente a Jesus, a Kardec e ao Chico


Neles inspirei-me para melhor compreender e servir
Embora reconhecesse ser eu menos que qualquer cisco
Entreguei-me ao labor do bem, sem outro bem nunca pedir.
Não entendais o que digo como uma autopromoção, Não!
O anelo destas linhas despretensiosas é, tão somente,
Dizer que a dor será loucura para o atormentado coração
Que enclausurar-se em si mesmo, e viver egoisticamente.

Passaram as agruras, as dificuldades, todas as dores.


Com gratidão e amor bendigo o leito, todas as aflições.
Bendigo o cálice transbordante de muitos amargores
Que me prodigalizaram a cura das milenárias exulcerações.
Se algum transeunte indagar, curioso, a meu respeito
Peço-vos dizer que sou, agora e para sempre, o Pássaro Livre
Trazendo indescritível e imensa alegria no peito
Fruindo real ventura que no enganoso passado não tive.

Amigos e irmãos de ideal espírita, ora na vida terrena


Vencida a rude e dolorosa batalha aí travada
Afianço-vos, trago a alma sempre risonha e serena
E prossigo resoluto na minha ascensional caminhada.
Através das mãos amigas desse nosso dileto irmão
Algo desejo eu dizer-vos nesta preciosa oportunidade:
Se porventura sofreis angústias no dorido coração
A tudo suportai, cristãmente! Aguarda-vos a felicidade!”

E para encerrar nossa exposição sucinta sobre paciência, ainda


referente ao nosso irmão Jerônimo Mendonça, tem o caso dos 3 “Cês”

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