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INTRODUÇÃO
O que é sofrimento?
Que subsídios o Espiritismo nos oferece para entender essa questão existencial?
Sentimento de tristeza, mágoa, aflição, pesar, que pode repercutir de maneira mais ou
O Processo de Somatização:
Este tema “Bem e Mal Sofrer” diz respeito às instruções dos Espíritos (Lacordaire), que
Este capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo discorre sobre: justiça das aflições,
causas atuais das aflições, causas anteriores das aflições, esquecimento do passado,
outros.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
comportamento com relação ao sofrimento, pois todos nós sofremos, quer estejamos em
castelos ou em choupanas.
Concluem que serão bem-aventurados aqueles que tiverem oportunidade de provarem sua
fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão em
De acordo com a Doutrina Espírita, o ser humano está sujeito a três tipos de dor: 1) DOR-
DOR-AUXÍLIO – tem sentido corretivo, pois os nossos desequilíbrios são tantos que
angústia, vulnerabilidade, perda de controle e ameaça à integridade do eu. Pode existir dor
sem sofrimento e sofrimento sem dor. O sofrimento, sendo mais vasto, é existencial. Ele
A noção de castigo está relacionada com a ofensa a Deus. Dependendo do grau da ofensa,
o castigo pode ser eterno. Ao ofender a Deus, o crente sofre e, com isso, a sua vida se
e causa primária de todas as coisas, deixa sempre uma porta aberta ao arrependimento e o
A lei de causa e efeito nos mostra que tudo o que fizermos de errado nesta ou em outras
vidas deve ser reparado. O primeiro passo é o remorso. O remorso é um estado de alma
que nos faz remoer o que fizemos de errado, mostrando as nossas falhas e os nossos
deslizes com relação à lei natural. O arrependimento, que vem em seguida, torna-nos
mais humildes e mais obedientes a Deus. Depois de remoída e arrependida, a falta deve
ser reparada, por isso o resgate. Remorso, arrependimento e resgate fecham o ciclo de
Reação não é sempre sofrimento? Geralmente, a palavra reação vem impregnada de dor e
razão de nossas ações. Pergunta-se: se estamos praticando boas ações, por que aguardar o
sofrimento?
O PROBLEMA DA CRUZ
A teologia dá grande apreço ao sofrimento, sugerindo que deveríamos imitar o mestre Jesus na cruz,
que morreu nessa circunstância para nos salvar. Antes da crucificação, porém, teve que percorrer a via
crucis.
Há uma história sobre a cruz que convém relembrar. O indivíduo tinha recebido a sua cruz e deveria
carregá-la montanha acima. Como estava pesada, cortou alguns pedaços. Chegando ao topo da
montanha, deveria usá-la como ponte para a outra montanha. Conclusão: o comprimento foi
insuficiente, e teve de voltar para pegar os pedaços que tinha deixado ao longo do caminho. Pode-se
entender como uma metáfora de nossa jornada terrestre que, ao caminharmos, vamos encontrando
dificuldades. Fugindo delas, teremos de voltar em uma nova encarnação para a devida reparação.
NÃO VIM TRAZER A PAZ, MAS A
ESPADA
Esta frase diz respeito à ideia nova. Toda ideia nova gera reação, porque nos obriga a sair do nosso
comodismo. Qual a primeira reação quando alguém expõe uma ideia nova num determinado
grupo? A oposição. Depois de algum tempo, aquela ideia se aclimata no seio do grupo e, de
repente, um deles coloca-a em prática, mas raramente diz quem foi o autor dela. Um ponto a
destacar: não é a pessoa que tem valor, mas a ideia transmitida. Allan Kardec punha a ideia no seu
mais alto grau. Ele não se considerava o proprietário da Doutrina Espírita, mas que a doutrina era
dos Espíritos. Ainda hoje alguns dizem que o Espiritismo é de Allan Kardec. Entretanto, Kardec
não o revelador tal como foram Moisés e Jesus Cristo. A doutrina é dos Espíritos. Kardec não foi o
Eles nos dizem: “... Ficai satisfeitos quando Deus vos envia à luta. Essa luta não é o fogo
da batalha, mas as amarguras da vida, onde é preciso, algumas vezes, mais coragem do
que num combate sangrento, porque aquele que ficaria firme diante do inimigo, se
dobrará sob o constrangimento de uma pena moral. O homem não é recompensado por
essa espécie de coragem, mas Deus lhe reserva os louros e um lugar glorioso”.
O NEGAR-SE A SI MESMO
Não sem razão, Jesus disse: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome
a sua cruz e siga-me”. “Negar a si mesmo” implica deixar o egoísmo de lado, o maior
humilhar-se para que Deus seja engrandecido, é calar-se para que o outro fale, é morrer
para a vida presente, a fim de se preparar para a vida futura, a verdadeira vida do Espírito.
SEGUIR A VONTADE DE DEUS
imaginação improdutiva. Não é uma guerra violenta, em que há armas e muitos homens
mortos, mas uma luta constante para mantermos o pensamento sóbrio. Sob esse mister,
convém tomarmos consciência de que não estamos encarnados para gozar de Deus, mas
para o trabalho, o sofrimento e a luta. Há, contudo, um consolo para este mal-estar: ele
nos torna mais dóceis, mais cientes de nossa pequenez e nos aproxima constantemente da
perfeição.
CONCLUSÃO
Saibamos sofrer com resignação, pois vencendo o egoísmo, a vaidade e o amor próprio