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Será lícito abreviar a vida de

um doente que sofra sem


esperança de cura?
Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V, Item 28
Livro dos Espíritos, Perguntas 953, 953-A, 953-B
Será lícito abreviar a vida de um doente que
sofra sem esperança de cura?
• Morte
Para o materialista – fim de tudo;
Manoel Philomeno de Miranda - TEMAS DA VIDA E DA MORTE – Morte e Desencarnação
Etimologicamente, morte significa "CESSAÇÃO COMPLETA DA VIDA DO HOMEM, DO ANIMAL, DO VEGETAL".
Genericamente, porém, morte é "TRANSFORMAÇÃO". MORRER, do ponto de vista espiritual, nem sempre é
desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de
libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e
atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno
biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular.
Pergunta 880 – LIVRO DOS ESPÍRITOS
Qual é o primeiro de todos os direitos naturais do homem?
O de viver. É por isso que ninguém tem o direito de atentar contra a vida do semelhante ou fazer qualquer
coisa que possa comprometer a sua existência corpórea.
Será lícito abreviar a vida de um doente que
sofra sem esperança de cura?
• Eutanásia
Boa morte - Francis Bacon (1625), aliviar o sofrimento do doente - atualmente antecipação da morte;
Emmanuel – PLANTÃO DE RESPOSTAS - Eutanásia
A morte voluntária é entendida como o fim de todos os sofrimentos, mas trata-se de considerável engano. A fuga de
uma situação difícil, como a enfermidade, não resolverá as causas profundas que a produziram, já que estas se
encontram em nossa consciência.
É necessário confiar, antes de tudo, na Providência Divina, já que tais situações consistem em valiosas lições em
processos de depuração do espírito. Os momentos difíceis serão seguidos, mais tarde, por momentos felizes.
O caso do Cavalcante: (André Luiz – OBREIROS DA VIDA ETERNA - Desprendimento difícil)
Homem bom, suportou grandes provas, católico fervoroso, porém com medo da morte. A Espiritualidade foi para
auxiliá-lo no desprendimento, porém, por sugestão do Padre, o médico provocou seu desligamento forçado, o
Cavalcante desligou-se em condições muito piores, se tivesse sido da forma natural.
Casos de Chico – ouvi contar
Chico auxiliava uma família que tinha uma pessoa em sofrimento, ajudava no banho do doente, na limpeza da casa,
certa vez foi umas pessoas com ele, e sugeriu se não seria o caso de abreviar o sofrimento de todos.
Chico então contou que no ambiente estavam os obsessores do doente, que ao ver o sofrimento dele, muitos já
tinham desistido de sua vingança, mas ainda tinha e aquele estado o protegia deles e também servia para o perdão.
Será lícito abreviar a vida de um doente que
sofra sem esperança de cura?
• Distanásia –
Morte difícil – obstinação ou futilidade terapêutica, uso de recursos extraordinários ou fúteis.
Casos de Chico – ouvi contar
Uma família foi a procura de Chico para pedir por seu filho, que estava doente e, com muito custo e com a
ajuda da medicina, o mantinham vivo à espera de um milagre.
O filho apareceu para Chico e falou que já estava desligado do corpo e que aquilo que eles faziam se
aumentavam o sofrimento de todos, sem proveito algum.
Será lícito abreviar a vida de um doente que
sofra sem esperança de cura?
• Ortotanásia
Morte correta – no seu devido tempo, sem abreviações ou prolongamentos desnecessários, é
humanização da morte.
O caso do Dimas: (André Luiz – OBREIROS DA VIDA ETERNA – Companheiro Liberado)
Compreendia, mais uma vez, que há tempo de morrer, como há tempo de nascer. Dimas alcançara o período
de renovação e, por isso, seria subtraído à forma grosseira, de modo a transformar-se para o novo
aprendizado. Não fora determinado dia exato. Atingira-se o tempo próprio. Recordando, contudo, meu caso
particular e sequioso de elucidações construtivas, ousei interrogar nosso orientador, enquanto regressávamos
ao círculo carnal, pela manhã.
Será lícito abreviar a vida de um doente que
sofra sem esperança de cura?
• Deus existe?
• Você crê Deus é Onipotente, Onisciente, Onipresente,
soberanamente bom e justo?
• O mal existe?
Mal – Pergunta 120 – Livro dos Espíritos
Todos os Espíritos passam pela fieira do mal, para chegar ao bem?
Não pela fieira do mal, mas pela da ignorância.
• Vamos à resposta de São Luís ao tema de nosso bate-papo
Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem
até à borda do fosso, para dai o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar ideias diversas
das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode
afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A Ciência não se terá enganado
nunca em suas previsões?
• Justiça Divina
 Manoel Philomeno de Miranda - TEMAS DA VIDA E DA MORTE – Pensamento e Perispírito
Cada Espírito é legatário de si mesmo. Seus atos e sua vida anterior são os plasmadores da sua nova existência corporal, impondo os
processos de reabilitação, quando em dívida, ou de felicidade, se em crédito, sob os critérios da divina Justiça.
• Reencarnação
 Pergunta 171 – O Livro dos Espíritos
Sobre o que se funda o dogma da reencarnação?
Sobre a justiça de Deus e a revelação, pois não nos cansamos de repetir: um bom pai deixa sempre aos filhos uma porta aberta ao
arrependimento. A razão nos diz que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna aqueles cujo melhoramento não dependeu
deles mesmos? Todos os homens não são filhos de Deus? Somente entre os homens egoístas é que se encontram a iniquidade, o ódio
implacável e os castigos sem perdão.
• Lei de Causalidade diferente de Lei de Causa e Efeito
 Leon Denis – DEPOIS DA MORTE– Livre-arbítrio e Providências
A fatalidade aparente que semeia de males o caminho da vida é apenas a consequência do nosso passado, o efeito retornando para a
causa; é o cumprimento do programa aceito por nós antes de renascermos, segundo os conselhos de nossos guias espirituais, para o
nosso grande bem e nossa elevação.

• Vamos continuar na resposta de São Luís


Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores; mas, se não há nenhuma esperança fundada
de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no
momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Pois bem: essa
hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância. Desconheceis as reflexões que seu Espírito
poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.

• Causas atuais das aflições


Capítulo V, Item 4 – Evangelho Segundo o Espiritismo
Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo
a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de
fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.
• Arrependimento
Pergunta 992 – Livro dos Espíritos
Qual é a consequência do arrependimento no estado corpóreo?
Adiantar-se ainda na vida presente se houver tempo para a reparação das faltas. Quando a consciência reprova e mostra uma
imperfeição, sempre se pode melhorar.
• Agonia
Capítulo XXVIII, Item 57 – Evangelho segundo o Espiritismo
A agonia é o prelúdio da separação da alma e do corpo. Pode dizer-se que, nesse momento, o homem tem um pé neste mundo e um
no outro. É penosa às vezes essa passagem, para os que muito apegados se acham à matéria e viveram mais para os bens deste
mundo do que para os do outro, ou cuja consciência se encontra agitada pelos pesares e remorsos. Para aqueles cujos pensamentos,
ao contrário, buscaram o Infinito e se desprenderam da matéria, menos difíceis de romper-se são os laços que o prendem à Terra e
nada têm de dolorosos os seus últimos momentos. Apenas um fio liga, então, a alma ao corpo, enquanto que no outro caso profundas
raízes a conservam presa a este.
Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores; mas, se não há nenhuma esperança fundada
de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no
momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Pois bem: essa
hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância. Desconheceis as reflexões que seu Espírito
poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.

Vontade – Pergunta 909 – Livro dos Espíritos


O homem poderia sempre vencer as suas más tendências pelos seus próprios esforços?
Sim, e às vezes com pouco esforço; o que lhe falta é a vontade. Ah, como são poucos os que se esforçam !
Casos de Divaldo – ouvi numa palestra
Caso da mulher que se curou, Divaldo conta que uma mulher procurou um médico famoso para cura de seu câncer, o
médico avaliando-a, recusou o tratamento, pois, para ele não tinha o que fazer.
Ela porém insistiu, pois queria a cura, ele aceitou, mas não prometeu nada. Iniciou o tratamento e ela se dedicou à cura e
foi curada.
A partir daí, ele mudou sua pergunta na consulta inicial, passou a ser: você quer a cura?
O materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é inapto a compreender essas
coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além-túmulo, conhece o valor de um último
pensamento. Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes; mas, guardai-vos de abreviar a
vida, ainda que de um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro. - S. Luís.
(Paris, 1860.)

• Livre Arbítrio
 Capítulo XVI, Item 8 – Evangelho Segundo o Espiritismo
Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços
e da sua vontade. Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os
animais.
• Desencarnação
 II Parte, Capítulo I, Item 4– O Céu e o Inferno
A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em consequência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca.
O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do
perispírito ligado a uma molécula do corpo. "A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contacto existentes
entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento." Não é preciso portanto dizer que, conforme
as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. Estas circunstâncias é que nos cumpre examinar.
• Fluido Vital
 Pergunta 70 – O Livro dos Espíritos
A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos
vários indivíduos de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em
quantidade suficiente. É por isso que uns são mais ativos, mais enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante.
 Pergunta 424 – O Livro dos Espíritos
Pode-se, através de cuidados dispensados a tempo, renovar os laços a se romperem e devolver à vida um ser que, sem esses recursos, morreria
realmente?
Sim, sem dúvida, e disso tendes provas todos os dias. O magnetismo é, nesses casos, muitas vezes, um meio poderoso, porque dá ao corpo o fluido
vital que lhe falta e que era insuficiente para entreter o funcionamento dos órgãos.
Cabe a nós

II Parte, Capítulo I, Item 14– O Céu e o Inferno


O espírita sério não se limita a crer, porque compreende, e compreende, porque raciocina; a vida
futura é uma realidade que se desenrola incessantemente a seus olhos; uma realidade que ele
toca e vê, por assim dizer, a cada passo e de modo que a dúvida não pode empolgá-lo, ou ter
guarida em sua alma. A vida corporal, tão limitada, amesquinha-se diante da vida espiritual, da
verdadeira vida. Que lhe importam os incidentes da jornada se ele compreende a causa e utilidade
das vicissitudes humanas, quando suportadas com resignação? A alma eleva-se-lhe nas relações
com o mundo visível; os laços fluídicos que o ligam à matéria enfraquecem-se, operando-se por
antecipação um desprendimento parcial que facilita a passagem para a outra vida. A perturbação
consequente à transição pouco perdura, porque, uma vez franqueado o passo, para logo se
reconhece, nada estranhando, antes compreendendo, a sua nova situação.

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