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Se quisermos curar nossa mente e

ENFERMIDADES
nosso corpo é preciso “olhar
carinhosamente para nossa alma”
e começar a nos sentirmos como

DA ALMA Espíritos eternos que somos, na


conquista do Reino de Deus.
Sofrimento e doenças da alma

No livro Caminho, Verdade e Vida, o benfeitor Emmanuel, pela


psicografia de Francisco Candido Xavier, discorre sobre a relação entre
as doenças materiais e as doenças da alma:
De modo geral, quando encarnados no mundo físico, apenas
enxergamos as patologias do corpo, os que perderam o equilíbrio
corporal. Não possuímos suficiente visão para identificar os doentes do
espírito, os coxos do pensamento, os aniquilados de coração.
esmagadora maioria de pessoas se constituem de almas paralíticas, no
que se refere à virtude, raros homens conhecem a desarmonia de saúde
espiritual que lhes diz respeito, conscientes de suas necessidades
incontestes. — Emmanuel, em Caminho, Verdade e Vida.
Sim, somos Espíritos enfermos com ficha especificada nos
gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos
quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e
analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o
facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode
salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em
fugir do remédio. – Emmanuel em Livro da esperança, Ante o
Divino Médico.

Jesus revelou que “não são os que gozam saúde que precisam de médico”,
conforme Mateus, 9.12. E Emmanuel nesta passagem nos revela.
Allan Kardec em O Evangelho Segundo Espiritismo, capítulo 28, item 77,
ensina que:
As doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrena; são
inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo
que habitamos. As paixões e os excessos de toda ordem semeiam em nós
germes malsãos, às vezes hereditários. Nos mundos mais adiantados, física ou
moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está
sujeito às mesmas enfermidades e o corpo não é minado surdamente pelo
corrosivo das paixões. Temos, assim, de nos resignar às consequências do
meio onde nos coloca a nossa inferioridade, até que mereçamos passar a
outro. Isso, no entanto, não é de molde a impedir que, esperando tal se dê,
façamos o que de nós depende para melhorar as nossas condições atuais; se,
porém, mau grado aos nossos esforços, não o conseguirmos, o Espiritismo
nos ensina a suportar com resignação os nossos passageiros males.
Joanna de Ângelis (Livro Plenitude) afirma que todo sofrimento é
considerado uma doença da alma.
A conduta moral e mental dos homens, quando cultivas as emoções da
irritabilidade, do ódio, do ciúme, do rancor, das dissipações, impregna o
organismo, o sistema nervoso, com vibrações deletérias que bloqueiam
áreas por onde se espraia a energia saudável, abrindo campo para a
instalação das enfermidades, graças à proliferação dos agentes viróticos
degenerativos que ali se instalam.
Quase sempre as terapias tradicionais removem os sintomas sem
alcançarem as causas profundas das enfermidades.
A cura sempre provém da força da própria vida, quando canaliza
corretamente.
As tensões físicas, mentais e emocionais são, igualmente, responsáveis
pelas doenças – sofrimento que gera sofrimento.
O homem, desde as suas origens sociais, aprende a ter medo, a conservar
mágoas, a desequilibrar-se por acontecimentos de somenos importância,
desarticulando o seu sistema energético. Passa de um aborrecimento para
outro, cultivando vírus emocionais que facultam a instalação dos outros,
degenerativos, responsáveis pelo agravamento das suas doenças.
Os condicionamentos, as ideias pessimistas, as crenças absurdas, as ações
vexatórias são responsáveis pelas tensões que levam à desarmonia.
Evitando essas cargas, o sistema energético-imunológico liberará de
doenças o indivíduo, e a sua vida mudará, passando a melhorar o seu
estado de saúde.
As causas profundas das doenças, portanto, estão no indivíduo mesmo,
que se deve auto-examinar, autoconhecer-se a fim de liberar-se desse tipo
de sofrimento. — Joanna de Ângelis no livro Plenitude.
Segundo Emmanuel, quando o Espírito que se prepara para
reencarnar e já possui alguma maturidade espiritual e
moral, capaz de resolver questões ao próprio destino, passa
a escolher as provações que irá enfrentar.
Convictos de que o Espírito escolhe as provações que
experimentará na Terra, quando se mostre na posição
moral de resolver quanto ao próprio destino, é justo
recordar que a criatura, durante a reencarnação, elege,
automaticamente, para si mesma, grande parte das
doenças que se lhe incorporam às preocupações. —
Emmanuel em Religião dos Espíritos, Doenças Escolhidas.
Doenças da alma como convite à evolução
(Transformar/Renascer/Restaurar o contato com a LEI/LEI DE
AMOR = CURA)
A estabelece que a saúde do ser humano guarda real conexão com o
Criador. A doença ocorre, portanto, quando falta essa conexão.
Importa conhecer Deus, promover nosso retorno aos Braços do Pai.
A doença é um convite do corpo, manifestando um apelo para que
nos equilibremos perante nossa consciência. Somente no processo
de reeducação da alma é que se pode superar as dores e se
resguardar das agressões. Sabemos que a prática do bem é simples
dever e também o único antídoto eficiente contra o império do mal
em nós mesmos.
(Instrumentos - Restaurar o contato com a LEI de AMOR/DEUS - CURA)

* Mente aberta
* Pureza de coração (s/ressentimentos s/mágoas
* Ser manso e pacífico(sabem aceitar e conviver c/diferenças/não violentam os outros e nem as instituições, nem a si
mesmos por causa das diferenças de pensamentos, sentimentos e ações, sabe que cada um está em um nível
* Ser misericordioso (c/diferentes/vê diferente de vc)
O mal e o remédio

Se Deus não houvesse querido que os sofrimentos


corporais se dissipassem ou abrandassem em certos
casos, não houvera posto ao nosso alcance meios de
cura. A esse respeito, a sua solicitude, em conformidade
com o instinto de conservação, indica que é dever nosso
procurar esses meios e aplicá-los. A par da medicação
ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá
a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos
revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a
influência da prece.
Como desencarnados, quando vagáveis no espaço, escolhestes as vossas prova, porque vos
consideráveis bastantes fortes para suportá-la. Por que murmurais agora? Vós que pedistes a
fortuna e a glória, o fizestes para sustentar a luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes
para lutar de alma e corpo contra o mal moral e físico; sabíeis que quanto mais forte fosse a
prova, mais gloriosa seria a vitória, e que, se saísseis triunfantes, mesmo que vossa carne fosse
lançada sobre um monturo, na ocasião da morte, ela deixaria escapar uma alma esplendente de
alvura, purificada pelo batismo da expiação e do sofrimento.
Que remédios, pois, poderíamos dar aos que foram atingidos por obsessões cruéis e males
pungentes? Um só é infalível: a fé, voltar os olhos para o céu. Se, no auge de vossos mais cruéis
sofrimentos, cantardes em louvor ao Senhor, o anjo de vossa guarda vos mostrará o símbolo da
salvação e o lugar que devereis ocupar um dia. A fé é o remédio certo para o sofrimento. Ela
aponta sempre os horizontes do infinito, ante os quais se esvaem os poucos dias de sombras do
presente. Não mais nos pergunteis, portanto, qual o remédio que curará tal úlcera ou tal chaga,
esta tentação ou aquela prova. Lembrai-vos de que aquele que crê se fortalece com o remédio da
fé, e aquele que duvida um segundo da sua eficácia é punido, na mesma hora, porque sente
imediatamente as angústias pungentes da aflição.

Fonte: Evangelho Segundo Espiritismo, Capítulo V – Bem


aventurados os aflitos; Instruções dos Espíritos – parte II
Muitos de nós ainda não compreendemos de forma adequada tudo isto,
mas quando no “Departamento de Reencarnação” foi-nos permitido,
escolhermos as provas pelos quais estamos passando agora, a fim de
corrigirmos as falhas cometidas.
Por outro lado, na impossibilidade de escolhermos ou não a oportunidade
das provas, somos auxiliados pelos Benfeitores Espirituais, para que tudo
possa ocorrer da forma mais justa possível.
Mas, qual o remédio para nosso sofrimento, senão a fé para sanar todos
as mazelas, mostrando-nos horizontes no infinito?
Isso vai depender do esforço de cada um em alcançá-lo, através de tudo
que estamos vivenciando nos dias de hoje.
A fé, entretanto, carece de algumas reflexões para serem bem
compreendidas, tais como:
Ficar só pedindo a Deus não vai resolver os problemas de nossas vidas,
porque é preciso sair em busca daquilo que estamos almejando: – “Buscai
e achareis.”
Sendo assim, devemos pedir, mas batalhar por tudo o que queremos: –
“Ajuda-te, que te ajudarei”.
Por outro lado, ficar esperando que as coisas aconteçam pela ajuda de
Espíritos encarnados ou desencarnados, é puro engano. Então, como
conseguir que esse sofrimento se reverta em solução?
Estudando aquilo que o Evangelho nos propõe, em conjunto com as
instruções dos Espíritos Superiores. Deveremos analisar as reações que
temos a cada mudança para buscar um sentido para melhorarmo-nos
cada vez mais, pela prática incessante do bem. Que a prática do
Evangelho de Jesus, seja para nós um roteiro de vida.
O enfermiço que duvida da ação dos remédios da Terra é o primeiro a
sofrer as consequências de sua própria insegurança.
Sendo assim, imaginemos então aqueles receitados ao nosso corpo
espiritual, pelo Mestre Jesus.
Acreditando nele e em seus ensinamentos sofreremos menos, pois nos
momentos mais fortes de nossas dores, dar-nos-á alivio e consolo,
colocando ao nosso lado pessoas que nos ajudarão em todos os sentidos.
Mostrará através de sinais, que para tudo existe uma solução,
porém antes de entrarmos em desespero, querendo tirar a
nossa própria vida ou pensando em cometer delitos que
comprometerão nossa existência, façamos uma prece pedindo
proteção.
A fé para nós tem que ser raciocinada e sentida em todos as
situações, sem a ilusão de conseguir tudo da forma mais fácil,
tanto na vida como após a morte.
O sofrimento é uma alegria para o Espírito daquele que sabe
viver bem, quitando seus mais graves débitos com as Leis
Divinas de Causa e Efeito.
Aquele que sofre resignado em busca de melhorar-se, tem a
sua fé e a esperança na construção de um futuro melhor.
O Evangelho de Jesus, se vivido de forma clara e bem
praticado, é o meio mais suave de conseguirmos sofrer com
resignação.
“Vinde a mim, todos vós que sofreis e estais
sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai meu julgo sobre
vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de
coração, e encontrareis o repouso de vossas almas, porque
meu jugo é suave e meu fardo é leve”.
Para nossa evolução espiritual é necessário:
– Autoconhecimento;
– Conhecimento;
– Prática do bem.
O exercício da compaixão é uma forma amorosa de educar nossos
sentimentos e a nossa visão, em relação às nossas e às dores do
próximo. Na mensagem Acidentados da Alma, que consta no
livro Estude e Viva, o benfeitor Emmanuel estabelece um roteiro de
ações capazes de nos auxiliar nesse exercício.

“Compadeces-te dos caídos em moléstia ou desastre, que apresentam


no corpo comovedoras mutilações.
Inclina-te, porém, com igual compaixão para aqueles outros que
comparecem, diante de ti, por acidentados da alma, cujas lesões
dolorosas não aparecem. Além da posição de necessitados, pelas
chagas ocultas de que são portadores, quase sempre se mostram na
feição de companheiros menos atrativos e desejáveis.”
Surgem pessoalmente bem-postos, estadeando exigências ou formulando
complicações, no entanto bastas vezes trazem o coração sob provas
difíceis;
espancam-te a sensibilidade com palavras ferinas, contudo, em vários
lances da experiência, são feixes de nervos destrambelhados que a
doença consome;
revelam-se na condição de amigos, supostos ingratos, que nos deixam
em abandono, nas horas de crise, mas, em muitos casos, são enfermos de
espírito, que se enviscam, inconscientes, nas tramas da obsessão;
acolhem-te o carinho com manifestações de aspereza, todavia, estarão
provavelmente agitados pelo fogo do desespero, lembrando árvores
benfeitoras quando a praga as dizima;
são delinquentes e constrangem-te a profundo desgosto, pelo
comportamento incorreto;
no entanto, em múltiplas circunstâncias, são almas nobres tombadas
em tentação, para as quais já existe bastante angústia na cabeça
atormentada que o remorso atenaza e a dor suplicia…
Não te digo que aproves o mal, sob a alegação de resguardar a
bondade. A retificação permanece na ordem e na segurança da vida,
tanto quanto vige o remédio na defesa e sustentação da saúde. Age,
porém, diante dos acidentados da alma, com a prudência e a
piedade do enfermeiro que socorre a contusão, sem alargar a ferida.
Restaurar sem destruir. Emendar sem proscrever. Não ignorar que
os irmãos transviados se encontram encarcerados em labirintos de
sombra, sendo necessário garantir-lhes uma saída adequada.
— Emmanuel em Estude e Viva.
A literatura espírita é farta em esclarecimentos, consolações e
orientações, para os que já estão despertos para a importância do
amor, como único caminho para a cura das dores da alma, não
existe outro antídoto senão o amor, nas mais diversas variações,
tais como: piedade, compaixão, perdão, indulgência, tolerância.
Deus nos permite a convivência com os acidentados da alma,
não para observar as fraquezas, emitir reprimendas,
humilhações, aumentando-lhes as feridas e as dores, mas para
nos darmos as mãos em atitudes fraternas. A queda de nosso
irmão hoje, poderá ser a nossa amanhã.

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