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CURSO ESTUDOS MEDIÚNICOS

15ª Aula

ENCARNAÇÃO
E
DESENCARNAÇÃO

TIPOS, PROCESSOS E EQUIPES DE


DESENLACE.
Curso de Estudos Mediúnicos
15ª Aula - Encarnação e Desencarnação: Tipos, Processos e Equipes de Desenlace

Já pensaste na paz do último dia na Terra?

Nesses olhos nublados de pranto, num corpo lavado pelo copioso suor da
agonia, gangrenado e semi-apodrecido, onde os órgãos rebeldes, em conflito,
são centros das mais violentas e rudes dores, existe todo um amontoado de
mistérios indecifráveis para aqueles que ficam.
Nesses rápidos minutos, um turbilhão de pensamentos represa-se nesse
cérebro esgotado pelos sofrimentos... O Espírito, no limiar do túmulo, sente
angústia e receio; e, nos estertores de sua impotência, vê, numa continuidade
assombrosa de imagens movimentadas, toda a inutilidade das ilusões da vida
material.

Por Gustavo Martins


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15ª Aula - Encarnação e Desencarnação: Tipos, Processos e Equipes de Desenlace

Livro “A Paz do Último Dia” – Emmanuel e Chico Xavier

Todas as suas vaidades e enganos tombam furiosamente, como se um ciclone


impiedoso os arrancasse do seu íntimo, e os que somente para esses enganos viveram
sentem-se, na profundeza de suas consciências, como se atravessassem um deserto
árido e extenso; todos os erros do passado gritam nos seus corações, todos os
deslizes se lhes apresentam, e nessa quietude aparente de uns lábios que se cerram
no doloroso ricto da morte, existem brados de blasfêmia e desesperação, que não
escutais, em vosso próprio benefício.
Para esses espíritos não existe a paz do último dia. Amargurados e desditosos, lançam
ao passado o olhar e reflexionam: Ah! Se eu pudesse voltar aos tempos idos!

Segue o transcurso das eras e os mundos continuam em seus ciclos, de criação,


manutenção e destruição. Esse aspecto tríplice, que é representado pelos hindus
como a Deusa Shiva, mostra ao espírito que tudo é temporário, transitório e efêmero.
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TEMPO DE VIDA
Onde tudo começa: REENCARNAÇÃO
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TEMPO DE VIDA
Onde tudo começa: REENCARNAÇÃO

A reencarnação é escola, é prisão, é hospital; para atingir a perfeição, a felicidade e a


plenitude, é necessário renovar-se na experiência da matéria densa.. Tendo escolhido
o caminho do progresso, evoluído, e assim realizado a sua reforma íntima, ou, ao
contrário estagnado, com a ressalva que, por mínimo que seja, sempre se evolui
alguma cousa, inexoravelmente sobrevém a morte, que é a fatalidade do corpo físico,
assim como "a evolução é a fatalidade do Espírito", um dos objetivos da
reencarnação; o outro é " trabalhar para o Universo, como o Universo trabalha para
nós, tal é o segredo do destino", "é por o Espírito em condições de suportar a parte
que lhe toca na obra da criação (...) e concorrendo para a obra geral, ele próprio se
adianta."; este último é atingido consciente ou inconscientemente pelo Espírito. A
reestruturação ou não de seu perispírito, vai depender em ter atingido ambos os
objetivos, com influências importantes no sequenciamento do processo
desencarnatório.
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TEMPO DE VIDA
Onde tudo começa: REENCARNAÇÃO

Quanto mais depurado esteja mais fácil se torna o seu desligamento gradual,
porque "os laços se desatam, não se quebram."
Dois fatores são sequenciais à morte, ocorrendo paralelamente e vinculados
às suas circunstâncias e ao grau evolutivo do Espírito desencarnante:

• o desprendimento do corpo físico


• a perturbação do Espírito.
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TEMPO DE VIDA
Onde tudo começa:
REENCARNAÇÃO

Etapas da desencarnação
e seu paralelo com a
fisiologia do desencarne.
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TEMPO DE VIDA

Percebemos que temos mais ou menos estipulado, um tempo de vida.


Esse tempo, o seu corpo é ajustado para que tenhamos mais ou menos o tempo de
vida estipulado para resgatar os erros cometidos no passado, auxiliar ou receber
auxílio, entrar em contato com afetos ou desafetos e dar seu pequeno ou grande
passo rumo a espiritualidade superior.
Retiramos o seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna, capítulo XIII.
Companheiro Libertado, para elucidar melhor o assunto:
“Compreendia, mais uma vez, que há tempo de morrer, como há tempo de nascer.
Dimas alcançara o período de renovação e, por isso, seria subtraído à forma
grosseira, de moda a transformar-se para o novo aprendizado. Não fora determinado
dia exato. Atingira-se o tempo próprio...”
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TEMPO DE VIDA

Não existe regra que vincula o tempo de vida à evolução espiritual. Um espírito
muito evoluído pode viver poucos anos, somente para "acabar" com os pequenos
resíduos que o impedem de se libertar completamente dos ciclos reencarnatórios.
Um espírito que não tem necessidade de reencarnar pode, por amor e renúncia,
mergulhar na matéria para ajudar os que ama, vivendo o tempo suficiente para
despertar os seus entes queridos, voltando, assim que possível para o seu
verdadeiro lar.
Um espírito pode viver muito e estar em degradante estado espiritual. A
espiritualidade superior pode dar muito tempo de vida para tentar persuadir o
"teimoso" a mudar o seu temperamento. A paternidade, o envelhecimento, os
netos, tudo isso ajuda muito a amansar o coração, tornando-o mais dócil para
aceitar os ensinamentos de amor ao próximo e da vida após a morte.
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PROLONGAÇÃO DE TEMPO DE VIDA

Um espírito pode ter o seu "tempo de vida" estendido, por motivos variados,
que geralmente decorrem de intercessões externas. Como por exemplo:
1. Facilitar o ingresso no mundo espiritual. Alguns precisam de mais um
"tempinho" para receber uma conversa confortadora, uma palestra amiga.
Nos últimos suspiros de vida muitos orgulhosos aceitam a palavra
consoladora da vida eterna.
2. Também existe o caso daqueles que possuem resíduos tóxicos que
precisam ser expurgados. Esses, por algum motivo, tem merecimento da
ajuda espiritual. A intercessão se dá por ações boas realizadas, mesmo que
tenham cometido erros que saturaram seu corpo perispiritual, eles se
tornaram merecedores da devoção e carinho dos mentores espirituais e de
apelos dos que lhe são caros.
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PROLONGAÇÃO DE TEMPO DE VIDA

3. Para ajudar um grupo de pessoas. Isso acontece com pessoas


especiais, como por exemplo, Chico Xavier, onde milhares de
pessoas pediram que ele continuasse vivo, para que pudesse por
mais algum tempo auxiliar os que sofriam.
4. Para algum tipo de trabalho Espiritual. Isso pode acontecer nos
casos em que o espírito se modifica tanto que pode ser utilizado em
tarefas que ajudam a humanidade ou um grupo de espíritos. Nesse
caso o tempo de vida pode ser estendido para que ele realize a
tarefa espiritual. Isso aconteceu com uma amiga minha.
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PROLONGAÇÃO DE TEMPO DE VIDA

Tanto é verdade que o tempo de vida não é definido exatamente e sim


aproximadamente que os livros que tratam sobre desencarnação falam
sobre equipes espirituais que visitam os espíritos que estão prestes a
desencarnar.
No livro Obreiros da Vida Eterna, de Francisco Candido Xavier, pelo
Espírito André Luiz, nos é informado que uma equipe espiritual,
responsável pela desencarnação de quatro espíritos, ficou
aproximadamente dois meses em um posto de socorro espiritual,
realizando os preparativos necessários ao desencarne, sendo que um
deles teve estendido seu tempo de vida devido a intercessão de um neto,
que necessitava do amparo.
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UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE VIDA

Como falamos anteriormente o tempo de vida determinado para um espírito


encarnado não é exato e sim aproximado. Contudo, o espírito pode ter seu
tempo estendido (explicado no item anterior) ou encurtado.
Aqueles que tem seu tempo de vida estendido geralmente recebem esse
benefício por intercessões externas (espíritos encarnados ou
desencarnados) e, na maioria dos casos, são espíritos que se beneficiam
por boas ações realizadas na terra.
Existe, porém, aqueles que tem seu período de vida encurtado. Por motivos
de sua responsabilidade não poderão usufruir o tempo de vida que lhes foi
outorgado pela providencia divina.
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UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE VIDA

Vamos falar um pouco sobre os tipos de ações que podem encurtar o tempo de
vida:
1. Renúncia e dedicação ao próximo - Alguns médiuns, professores, filósofos,
cientistas, etc. tem como objetivo ajudar um grupo ou até a humanidade e se
dedicam tanto a tarefa, que acabam comprometendo a sua saúde e por
consequência o seu tempo de vida.
Se esses irmãos renunciaram a vida em favor da humanidade ou do próximo, sem
interesses pessoais, então exerceram a máxima do "Amar ao Próximo como a si
Mesmo...", marcando a Terra e os Céus com seus trabalhos de amor e caridade.
Aqueles que buscam a Deus acima de tudo e amam o próximo como Jesus os
amou, encontrarão a salvação e o reino dos céus. Foi dito e não há dúvida.
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UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE VIDA

No livro Obreiros da Vida Eterna temos um trecho bastante interessante que trata
justamente sobre esse assunto:
"- Mas se Dimas não aproveitou todo o tempo de que dispunha, não terá também
desperdiçado a oportunidade, como aconteceu a mim mesmo”.
... A situação do amigo a quem nos referimos, porém, é muito clara. Dimas não
conseguiu preencher toda a cota de tempo que lhe era lícito utilizar, em virtude do
ambiente de sacrifício que lhe dominou os dias, na existência a termo. Acostumado ,
desde a infância, à luta sem mimos, desenvolveu o corpo, entre deveres e
abnegações incessantes. Desfavorecido de qualquer vantagem material no princípio,
conheceu ásperas obrigações para ganhar a intimidade com as leituras mais simples.
Entregue ao serviço rude, no verdor da mocidade, constituiu família, pingando suor e
regulamentos, conquistando a subsistência com enorme despesa de energia.
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UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE VIDA

Mesmo assim, encontrou recursos para dedicar-se aos que gemem e sofrem nos
planos mais baixos. Recebendo a mediunidade, colocou-a a serviço do bem coletivo.
Conviveu com os desalentados e aflitos de toda sorte. E porque seu espírito sensível
encontrava prazer em ser útil, em razão dos necessitados guardarem raramente a
noção do equilíbrio, sua existência converteu-se em refúgio de enfermos do corpo e
da alma. Perdeu, quase integralmente, o conforto da vida social, privou-se de estudos
edificantes que lhe poderiam prodigalizar mais amplas realizações ao idealismo de
homem de bem e prejudicou as células físicas, no acúmulo de serviço obrigatório e
acelerado na causa do sofrimento humano. Pelas vigílias compulsórias, noite a dentro,
atenuou-se-lhe a resistência nervosa; pela inevitável irregularidade das refeições,
distanciou-se da saúde harmoniosa do estômago; pelas perseguições gratuitas de que
foi objeto, gastou fosfato excessivamente e, pelos choques reiterados com a dor
alheia, que sempre lhe repercutiu amargamente no coração, alojou destruidoras
vibrações no fígado, criando afecções morais que o incapacitaram para as funções
regeneradoras do sangue.
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UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE VIDA

É verdade que não podemos louvar o trabalhador que perde qualquer órgão
fundamental da vida física em atrito com as perturbações que companheiros
encarnados criam e incentivam para si mesmos; no entanto, faz-se preciso considerar
as circunstâncias em jogo. Dimas poderia receber, com naturalidade, semelhantes
emissões destrutivas, mantendo-se na serenidade intangível do legítimo apóstolo do
Evangelho. Todavia, não se organiza de um dia para o outro o anteparo psíquico
contra o bombardeio dos raios perturbadores da mente alheia, como não é fácil
improvisar cais seguro ante o oceano em ressaca. Cercado de exigências
sentimentais, subalimentado, mal dormido, teve as reiteradas congestões hepáticas
convertidas na cirrose hipertrófica, portadora da desintegração do corpo.
- Segundo observamos, há existências que perdem pela extensão, ganhando, porém,
pela intensidade. A visão imperfeita dos homens encarnados reclama o exame
acurado dos efeitos, mas a visão divina jamais despreza minuciosas investigações
sobre as causas.
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UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE VIDA

2. Desregramento, vícios, atividades ilícitas, etc. - Todo tipo de vícios e


atividades que diminuem o seu tempo de vida, e, que tem como único
objetivo atender aos prazeres egoístas, tornam o espírito um tipo de
Suicida Inconsciente.
3. Suicídio Consciente - Retirar a vida que não é sua não é direito do
espírito, e não há justificativa, somente atenuantes, que variam de acordo
com o problema. Lembremos que nada que esteja ligado ao egoísmo,
melindre ou ambição são atenuadores de responsabilidade.
É difícil encontrar alguém que tenha realmente aproveitado espiritualmente a
sua vida, e, a grande maioria das equipes de desencarnação atua por
misericórdia ou intercessão, visto que nossos erros e desregramentos ainda
são bem mais extensos que nossos merecimentos.
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EQUIPES DE DESLIGAMENTOS

Somente alguns espíritos encarnados tem a capacidade de auto-desligamento, ou seja,


de desligar os laços que o prendem ao corpo físico.
A grande maioria precisa de ajuda e amparo, pois o processo de desligamento é difícil
para nós, que ainda estamos ligados "vibratoriamente" ao planeta.
Por esse motivo existe na espiritualidade equipes especializadas no desligamento. Elas
realizam suas tarefas de acordo com o merecimento dos espíritos que estão
desencarnando.
Quando o espírito é merecedor do auxílio que chamaremos de "completo", eles
realizam as seguintes tarefas:
1. Preparação - O ambiente doméstico, os familiares e o próprio espírito que
desencarnará em breve recebem visitas quase que diárias para auxílio magnético e
preparação. Alguns recebem uma aparente melhora para consumação das sua
últimas tarefas e para o último contato com os que lhe são queridos.
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EQUIPES DE DESLIGAMENTOS

2. Proteção - Existem vampiros, obsessores e equipes das trevas especializadas em


"vampirizar" os recém-desencarnados. A equipe espiritual tem como tarefa proteger o
corpo físico e etérico (até o desligamento total) e o espírito contra as investidas das
trevas.
3. Desligamento - Será abordado no próximo item, contempla todo o processo de
desligamento do corpo físico.
4. Encaminhamento - Os espíritos recém-desencarnados são auxiliados para o
encaminhamento ao local onde serão amparados, seja um Posto de Socorro, uma
Colônia Espiritual ou, infelizmente, largados ao léu, isso só acontece com os que não
podem ser auxiliados, devido a grandes débitos ou apego em que se encontra.
Ninguém pode ser levado para planos superiores do Astral sem estar preparado.
O tamanho das equipes é variado e geralmente organizado para amparar grupos de
espíritos que desencarnarão em um período específico.
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EQUIPES DE DESLIGAMENTOS

Junto a equipe de desligamento encontram-se os amigos espirituais dessa ou de


outras vidas, os familiares, os amigos espirituais de trabalho (no caso de médiuns),
etc..
Mesmo os médiuns que trabalham em casas onde existem mentores experientes
nas lides espirituais, recebem o auxílio da equipe de desligamento. Sobre esse
tópico retiramos esse interessante texto do livro Obreiros da Vida Eterna:
"Porque se formara expedição destinada a socorro de servidor que dispunha de
amigos de tamanha competência moral? Fabriciano demonstrava conhecimentos
elevados e condição superior. O obsequioso amigo, porém, evidenciando extrema
acuidade perceptiva, antes que eu fizesse qualquer pergunta inoportuna,
acrescentou:
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EQUIPES DE DESLIGAMENTOS
“- Não obstante nossa amizade ao médium, não nos foi possível acompanhar-lhe o
transe. Temos delegação de trabalho, mas, no assunto, entrou em jogo a autoridade de
superiores nossos, que resolveram proporcionar-lhe repouso, o que não nos seria
possível prodigalizar-lhe, caso viesse diretamente para nossa companhia."
Nem todos recebem auxilio de equipes especializadas de desencarne, recebendo os
outros o atendimento de equipes gerais que não podem interceder "muito" junto ao
moribundo, sobre esse tema retiramos o seguinte texto do livro Obreiros da vida
eterna:
"- Nem todas as desencarnações de pessoas dignas contam com o amparo de grupos
socorristas?
- Nem todas - confirmou o interlocutor, e acentuou, todos os fenômenos contam com o
amparo da caridade afeta às organizações de assistência indiscriminada; no entanto, a
missão especialista não pode ser concedida a quem não se distinguiu no esforço
perseverante do bem."
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DESLIGAMENTOS
HORÁRIO

O período da noite não possui os raios solares, que desintegram as


energias negativas e eliminam as formas pensamento criadas pelo
pensamento desregrado dos encarnados e desencarnados.
Além disso, temos uma diminuição na vitalidade existente no
ambiente, o que piora as condições do doente, facilitando seu
desencarne no período da noite, embora, de nenhuma forma isso
seja uma regra, é simplesmente uma tendência, podendo por isso
ocorrer desencarnações a qualquer hora do dia ou da noite.
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DESLIGAMENTOS
PREPARANDO O AMBIENTE NO PROCESSO DE DESLIGAMENTO

Em casos de doença, onde o moribundo está há algum tempo sofrendo, e junto com
ele estão os familiares e amigos, cria-se uma aura de imantação que dificulta o
trabalho de desligamento.
Fica muito difícil para os espíritos criarem barreiras protetoras, o procedimento
adotado pelas equipes especializadas é criar uma melhora fictícia para afastar os que
"prendem" o agonizante ao corpo carnal.
Retiramos o seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna:
"- Nossa pobre amiga é o primeiro empecilho a remover. Improvisemos temporária
melhora para o agonizante, a fim de sossegar-lhe a mente aflita. Somente depois de
semelhante medida conseguiremos retirá-lo, sem maior impedimento. As correntes
de força, exteriorizadas por ela, infundem vida aparente aos centros de energia vital,
já em adiantado processo de desintegração."
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DESLIGAMENTOS
CORTANDO OS LAÇOS NO PROCESSO DE DESLIGAMENTO

É comum a presença de espírito amigo ou familiar da última encarnação durante o


desligamento. A maior parte dos espíritos de nível "médio" de evolução se mantém
mais ou menos conscientes do que acontece (depende o grau de desprendimento e
evolução). Por isso a presença da mãe, filho(a), irmã(o), etc., tranquiliza o espírito em
processo de desencarnação.
No livro Voltei e Obreiros da Vida Eterna (ambos de Francisco Candido Xavier) os
espíritos são amparados por familiares, mãe e filha, respectivamente.
Acredito que a melhor forma de falar sobre o processo de desligamento é citando os
dois livros que falaram mais profundamente sobre o assunto, a seguir as
transcrições:
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DESLIGAMENTOS

Obreiros da Vida Eterna, Capítulo XIII, Companheiro Libertado.


"...Ordenou Jerônimo que me conservasse vigilante, de mãos coladas à fronte
do enfermo, passando, logo após, ao serviço complexo e silencioso de
magnetização. Em primeiro lugar, insensibilizou inteiramente o vago, para
facilitar o desligamento nas vísceras. A seguir, utilizando passes longitudinais,
isolou todo o sistema nervoso simpático, neutralizando, mais tarde, as fibras
inibidoras no cérebro. Descansando alguns segundos, asseverou:
- Não convém que Dimas fale, agora, aos parentes. Formularia, talvez,
solicitações descabidas.
- E porque eu indagasse, tímido, por onde iríamos começar, explicou-me o
orientador:
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DESLIGAMENTOS

- Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo
cuidado nos serviços de liberação da alma:
• Centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o
centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro
mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.
• Aconselhando-me cautela na administração de energias magnéticas à mente do
moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam
forças físicas. Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava
do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas
de esfriamento.
• Jerônimo, com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a
coesão celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração,
que passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente.
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DESLIGAMENTOS

• Nova cota de substância desprendia-se do corpo, do epigástrio à garganta, mas


reparei que todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma,
opondo-se à libertação das forças motrizes, em esforço desesperado,
ocasionando angustiosa aflição ao paciente. O campo físico oferecia-nos
resistência, insistindo pela retenção do senhor espiritual.
• O Assistente estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no
cérebro. Era a última etapa. Concentrando todo o seu potencial de energia na
fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com
minúcias e brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana,
absorvendo, instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já
exteriorizada. Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com
rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de
movimento plasticizante.
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DESLIGAMENTOS

• A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica


à do nosso amigo em desencarnação, constituindo-se, após ela, todo o corpo
perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o novo
organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no cérebro,
empalidecia gradualmente, até desaparecer de todo, como se representasse o
conjunto dos princípios superiores da personalidade, momentaneamente
recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os
escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a coesão dos
diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.
• Dimas-desencarnado elevou-se alguns palmos acima de Dimas-cadáver, apenas
ligado ao corpo através de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico,
entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita
do organismo liberto.
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DESLIGAMENTOS

Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros,
porém, a operação era ainda incompleta. O Assistente deliberou que o cordão
fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do
“morto”, ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido."
Do livro A vida Além da Sepultura, Capítulo 19, Espíritos Assistentes das
Desencarnações:
"... A desencarnação demanda ainda outras operações complexas, pois a intimidade
que se estabeleceu entre o perispírito e o corpo físico, durante alguns anos de vida
humana, não pode ser desfeita em poucos minutos de intervenções técnicas do lado
de cá. Salvo nos casos de desastres ou mortes violentas, em que a intervenção dos
técnicos assistentes se registra só depois da morte do corpo, as demais
desencarnações devem se subordinar gradativamente a várias operações
liberatórias, em diversas etapas..."
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DESLIGAMENTOS
CORTANDO OS LAÇOS NO PROCESSO DE DESLIGAMENTO

A grande maioria dos espíritos em processo de desencarne ainda se acha ligado de


alguma forma à matéria física, seja por amor a família, aos bens, preocupações com
os que vão deixar, etc.
Em vista disso o processo desencarnatório é gradual e o rompimento do cordão de
prata, última etapa no processo de desligamento, só é realizado (na maioria dos
casos) após algum tempo.
Sobre esse assunto temos a sábia palavra de Bezerra de Menezes, no livro Voltei:
"Esclareceu Bezerra que na maioria dos casos, não seria possível libertar os
desencarnados tão apressadamente, que a rápida solução do problema liberatório
dependia, em grande parte, da vida mental e das ideias a que se liga o homem na
experiência terrestre. "
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DESLIGAMENTOS
CORTANDO OS LAÇOS NO PROCESSO DE DESLIGAMENTO

Até o rompimento do cordão de prata o espírito encontra-se


como um balão cativo (palavras de Bezerra de Menezes), e
fica mais suscetível à influência do ambiente onde se
encontra, também menos consciente e fraco. Após o
rompimento, ocorre um gradual aumento da consciência e
fortalecimento.
Para os mais evoluídos o rompimento é quase imediato.
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DESLIGAMENTOS
DUPLO ETÉRICO E VITALIDADE ACUMULADA

O desencarne não extingue as energias vitais que circulam no Duplo Etérico,


que está diretamente ligado ao corpo físico e ao corpo astral. Os técnicos
responsáveis pelo desencarne também devem tomar as devidas providencias
para proteger os resíduos vitais contra as investidas dos vampiros do mundo
astral.
Esses irmãos que já desencarnaram e por apego ao mundo ou desregramento
ainda necessitam de “sentir” a vitalidade, que só pode ser absorvida através
do contato com seres encarnados ou recém-desencarnados, encontram-se a
espreita, buscando se “apropriar” de espíritos recém-desencarnados sem
proteção, sugando as energias restantes do corpo físico, do duplo etérico e do
perispírito.
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DESLIGAMENTOS
DUPLO ETÉRICO E VITALIDADE ACUMULADA

Retiramos o seguinte trecho do livro Magia de Redenção - Hercílio Maes, pelo


espírito Ramatis, Os males do Vampirismo
"Quando o espírito desencarna, primeiramente rompe-se o cordão que liga o
perispírito ao duplo etérico, e desse fato decorre a bipartição da corrente vital
que flui normalmente para o organismo físico. Então, o tônus vital reflui em
parte para o perispírito, enquanto a outra converge para o cadáver e depois
desintegra-se no túmulo, ou então é absorvida no processo de vampirismo
pelos espíritos subvertidos. Certa percentagem do tônus vital também é
absorvida pela própria terra, pois ele é fortemente constituído de éter-físico" .
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DESLIGAMENTOS
DUPLO ETÉRICO E VITALIDADE ACUMULADA

As palavras de Ramatís são confirmadas por André Luiz no livro Obreiros


da Vida Eterna,
"Jerônimo examinou-o e auscultou-o, como clínico experimentado. Em
seguida, cortou o liame final, verificando-se que Dimas, desencarnado,
fazia agora o esforço do convalescente ao despertar, estremunhado,
findo longo sono.
Somente então notei que, se o organismo perispirítico recebia as últimas
forças do corpo inanimado, este, por sua vez, absorvia também algo de
energia do outro, que o mantinha sem notáveis alterações.
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15ª Aula - Encarnação e Desencarnação: Tipos, Processos e Equipes de Desenlace

DESLIGAMENTOS

Experiência
Quase Morte
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DESLIGAMENTOS
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DESLIGAMENTOS

A Condição Moral

“A causa principal da maior ou menor


facilidade de desprendimento é o estado
moral da alma. A afinidade entre o corpo e o
perispírito é proporcional ao apego à
matéria, que atinge o seu máximo no
Homem cujas preocupações dizem respeito
exclusiva e unicamente à vida e gozos
materiais.”
Allan Kardec
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AS SENSAÇÕES
SENSAÇÕES ANTES DO DESENLACE

Os laços que prendem o espírito ao corpo físico como se "afrouxam" durante


doenças prolongadas que antecipam a morte do corpo físico, por isso, os
moribundos desdobram com facilidade para a devida preparação junto à
equipe responsável pelo seu desenlace.
Alguns espíritos que morrem em acidentes trágicos sentem
antecipadamente o fim que os aguarda, sofrendo grande angústia no
coração, muitas vezes inexplicáveis naquele momento, de alguma forma
sabem o que os espera, contudo, nunca imaginam que um acidente os
aguarda.
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AS SENSAÇÕES
SENSAÇÕES ANTES DO DESENLACE

As variações de sensações durante o desligamento são muitas, sempre vinculadas


ao padrão espiritual do desencarnante e ao seu apego ao mundo material.
Muitos se despedem do mundo sem obstáculos e sem desagradáveis incidentes.
Inúmeras almas dormem longuíssimos sonos, outras nada percebem, na
inconsciência infantil em que vazam as impressões.
Porém, para aqueles que já possuem uma certa evolução, as sensações são muitas
e pouco agradáveis pelo que pude perceber nos livros.
O principal motivo para as perturbações que ocorrem durante o processo de
desencarne é o padrão vibratório dos amigos e familiares que estão em volta do
leito de morte.
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AS SENSAÇÕES
SENSAÇÕES ANTES DO DESENLACE

Primeiro são os choros, chamados, gritos, angústias, medo, saudade e etc..


Depois, além desses sentimentos, temos as conversas egoístas ou de baixo
padrão vibratório.
É fato que a vibração energética emitida pelos entes encarnados é de profunda
influência no espírito em libertação.
Estamos considerando o período de desenlace do seu início até o rompimento
do cordão de prata.
Durante esse meio tempo o espírito fica meio consciente (espíritos de média
evolução), sente-se fraco, facilmente influenciável pelo ambiente, não consegue
raciocinar direito e pode sentir as sensações da doença que o levou ao
desencarne (caso não consiga manter o padrão vibratório superior).
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AS SENSAÇÕES
SENSAÇÕES ANTES DO DESENLACE
Alguns que se encontram despertos são colocados para dormir para que o impacto
das energias negativas não seja sentido, outros, são levados para a praia ou cachoeira
para receberem as emanações positivas da natureza. Cada caso é um caso, onde o
merecimento e o desprendimento são variáveis de grande peso.
Não podemos deixar de citar o exame imparcial que a alma faz de todos os
acontecimentos de sua vida, passando pela sua tela mental todos os acontecimentos.
Retirei dois trechos muito interessantes sobre esse tema.
"Um fato digno de registro é que, no momento do desencarne, seja ele repentino ou
não, a pessoa vê passar ante ela toda a vida que deixa, em seus mínimos detalhes, de
trás para frente, isto é, do momento atual até quando a atual existência teve princípio.
Processo automático em que o indivíduo em questão, como expectador, avalia, de
forma crua, sem adornos, sem enganos, o que construiu de permanente para si
mesmo, bem como o tempo malbaratado, gasto em ilusões.“
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AS SENSAÇÕES
SENSAÇÕES ANTES DO DESENLACE

Narcí Castro de Souza, no livro Projetando Luz, Um Guia de Aprendizado


Espiritual.
Também André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, nos fala sobre essa
sensação.
"Assim como recapitula, nos primeiros dias da existência intra-uterina, no
processo reencarnatório, todos os lances de sua evolução filogenética, a
consciência examina em retrospecto de minutos ou de longas horas, ao integrar-
se definitivamente em seu corpo sutil, pela histogênese espiritual, durante o
coma ou a cadaverização do veículo físico, todos os acontecimentos da própria
vida, nos prodígios de memória, a que se referem os desencarnados quando
descrevem para os homens a grande passagem para o sepulcro."
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AS SENSAÇÕES
SENSAÇÕES ANTES DO DESENLACE

As variações de sensações após o desenlace são muitas e também estão


diretamente vinculadas com a graduação espiritual e, com o estilo de vida que o
espírito recém-liberto levou.
Todos os apegos, erros, divergências, prejuízos causados a outrem, vícios e etc,
contribuem para "pesar" o corpo astral daquele que volta para os planos mais sutis
de vida. O peso pode atrapalhar a ida para Colônias Espirituais ou Postos de
Socorro, e dependendo do erro pode impedir que as equipes desencarnacionistas
encaminhem o recém-liberto, deixando-o ao léu.
Em casos mais graves os erros são tantos que ele acaba indo para sub planos
inferiores, alguns se encontram abaixo da crosta (para maiores informações
consultem o artigo O Plano Astral).
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AS SENSAÇÕES
SENSAÇÕES ANTES DO DESENLACE

Esses "charcos" como Ramatís chama tem a finalidade de ajudar o espírito a


expurgar as toxinas aderidas ao corpo espiritual, funciona como um processo
de filtragem/lição para o espírito desregrado.

Todos aqueles que buscaram se melhorar e fizeram o possível para deixar


marcas positivas no coração dos que o acompanharam, recebem o benefício
dos seus atos e pelas preces dos que ficaram são auxiliados. Regressam para
Postos de Socorro ou Colônias espirituais, onde receberam o auxílio inicial
para a adaptação ao novo plano de vida.
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AS SENSAÇÕES
O Estado de Perturbação
Neste instante a alma experimenta um abatimento que paralisa momentaneamente suas
faculdades, neutralizando, ao menos em parte as sensações de modo que quase nunca
testemunha conscientemente o derradeiro momento.

Balanço Existencial
Os principais fatos da vida do desencarnante deslizam diante de sua mente, numa
velocidade espantosa, e ele revê a si mesmo em quase todos os grandes lances de sua
encarnação.
Em algumas pessoas ela é de curtíssima duração, quase imperceptível, e nada tem de
dolorosa, poderia ser comparada como um leve despertar.
Em outras, o estado de perturbação pode durar muitos anos, até séculos, e pode
configurar um quadro de sofrimento severo, com angústia e temores amargos.
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A NOVA VIDA
PARA OS QUE BUSCAM A LUZ

Para os espíritos de média envergadura espiritual o desencarne é mais ou menos


parecido, com maiores dificuldades para os que são vítimas de acidentes, onde o
rompimento dos laços é realizado de forma abrupta.
Após o auxílio das equipes de desencarnação, eles são levados para Colônias ou
Postos de Socorro que estão afins com o seu padrão vibratório.
Recebem visitas dos que partiram antes deles, que fazem o possível para ajudá-los
na adaptação.
Não é possível, na maioria dos casos, visitar de pronto a família terrena, em vista
dos fortes impactos que sofreria.
Após o período de adaptação eles são encaminhados para tarefas de auxílio, que
podem seguir os conhecimentos e experiências de trabalhos realizados na Terra.
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A NOVA VIDA
PARA OS QUE BUSCAM A LUZ

O cansaço é muito comum após o desencarne e o espírito se sente frágil,


necessitando de alimentos e repouso (a maior parte dos espíritos medianos
que vivem no astral se adaptam a extrair a vitalidade da luz).
Passes magnéticos são realizados pelos amigos espirituais, auxiliando na
adaptação e o equilíbrio.
Não é comum aos espíritos de médio porte lembrarem logo após o desencarne
de suas vidas anteriores, isso acontece gradualmente e varia, de acordo com a
história de cada um.
Pelo que pude constatar nos livros, a volitação e velocidade de deslocamento
são adquiridas com o tempo, afinal, tudo na vida é uma questão de prática.
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A NOVA VIDA
PARA OS QUE BUSCAM A LUZ

Os espíritos recém-libertos ficam muito suscetíveis às emanações de baixo


padrão vibratório, eles ainda não conseguem se isolar completamente, por isso
que é tão perigoso à volta para o lar SEM A COMPANHIA E AUTORIZAÇÃO DOS
INSTRUTORES ESPIRITUAIS!!!
Esse tipo de apego, que pode "tirar" o espírito da proteção dos amigos espirituais,
faz correr grande risco aqueles que julgam estar na família terrena a única forma
de felicidade. No livro Sexo e Destino, de Francisco Cândido Xavier, temos o
exemplo de uma senhora, que após seis meses de adaptação ao plano espiritual
resolveu voltar ao seu lar, visitando os entes queridos, contudo, não suportou o
impacto das notícias arrebatadoras e entrou em colapso, tendo que ser
transferida para hospitais psiquiátricos existentes no plano espiritual.
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O SOFRIMENTO DOS SUICIDAS

Conscientes e Inconscientes
Como foi falado no tópico sobre reencarnação, todos temos mais ou menos um tempo
de vida, onde foi planejado um conjunto de resgates, encontros, lições e etc.
Esses acontecimentos podem ser entendidos como tendências da sua vida e não
como destino, ou seja, tudo isso será atraído para você, os resgates podem ser
minimizados ou até evitados pelo seu “estilo” de vida. No caminho contrário, os
benefícios podem não chegar até você, pelo mau uso dos bens materiais e espirituais
concedidos ou pela cegueira espiritual em que o encarnado se encontra.
O suicida não tem o direito de tirar a sua vida.
Não foi o espírito que criou a vida, a vida é um “milagre” do criador, que dá a
oportunidade de crescimento para seus queridos filhos. Somente ele, em sua
sabedoria infinita tem o direito de retirá-la.
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O SOFRIMENTO DOS SUICIDAS

Conscientes e Inconscientes
Com ou sem dificuldades, muito doente ou cheio de vícios e erros, abandonado
ou demasiadamente idolatrado... Não existe desculpa para o suicídio.
O espírito ficará em estado de sofrimento e só poderá ser resgatado pelos
amigos espirituais quando o tempo estipulado para sua vida terminar.
Isso não é uma regra absoluta, existem variáveis que podem minimizar ou até
compartilhar com outros a responsabilidade do suicídio, contudo, isso é o que
acontece na maioria dos casos.
O suicida pode ficar ligado aos seus restos mortais e sentir a sensação da
decomposição do seu corpo físico, isso acontece porque o fio de ligação não foi
devidamente rompido, o corpo está morto para o mundo, contudo, o espírito
continua ligado.
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O SOFRIMENTO DOS SUICIDAS

Conscientes e Inconscientes
O sofrimento após a morte daquele que se suicida não é interminável, mas, para aquele
que sofre parecerá não ter fim. A grande maioria entra em estado de loucura, porque
revive a todo o momento o ato que realizou. Na sua tela mental ele revive os últimos
momentos e sente a dor e o sofrimento que causou a si mesmo. Mergulhando em um
mundo de alienação ele não enxerga quase nada a sua volta, não consegue sentir a
presença daqueles que o visitam periodicamente para orar em seu favor.
O suicida também é presa fácil dos espíritos trevosos, que sugam sua vitalidade.
Em alguns livros nos é falado sobre o Vale dos Suicidas, lugar para onde são “atraídos”
os irmãos que decidem abandonar o corpo pela própria vontade. Após a leitura de
vários livros, acredito que os suicidas podem ser levados a diferentes tipos de regiões
do astral inferior, tudo depende dos agravantes e atenuantes de sua responsabilidade e
dos atos cometidos durante a vida.
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O SOFRIMENTO DOS SUICIDAS

Conscientes e Inconscientes
Religioso ou Ateu, Rico ou Pobre, Poderoso ou Desconhecido, Médium ou
Padre, todo aquele que se suicidar sentirá o peso cruel do próprio ato.
Conhecendo ou não o plano espiritual ele experimentará a alienação do seu
próprio assassinato.
PARA AQUELES QUE CONHECEM UM POUCO DO PLANO ESPIRITUAL, NÃO
ACONSELHO A FICAR PENSANDO.... COMO SERIA BOM IR PARA O OUTRO LADO!!!
OU EU QUERO MORRER PARA VIVER NO MUNDO DOS ESPÍRITOS!!!
O pensamento é matéria de outro plano, a vontade do espírito é força criadora,
se você pensar em morrer, você acabará morrendo e se tornará um suicida
inconsciente, passando pelos mesmos sofrimentos do suicida consciente.
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O SOFRIMENTO DOS SUICIDAS

Conscientes e Inconscientes
Aqueles que são viciados em álcool, cigarros, drogas e etc, acabam diminuindo o
seu tempo de vida, e também estão sujeitos a esse tipo de sofrimento depois da
morte. André Luiz, no livro Nosso Lar, mostra com suas próprias palavras o
sofrimento de um suicida inconsciente (ele próprio), como era considerado:
Eu guardava a impressão de haver perdido a ideia de tempo. A noção de espaço
esvaíra-se-me de há muito.
Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo e,
no entanto, meus pulmões respiravam a longos haustos.
Desde quando me tornara joguete de forças irresistíveis?
Impossível esclarecer.
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O SOFRIMENTO DOS SUICIDAS

Conscientes e Inconscientes
Sentia-me, na verdade, amargurado diante das grades escuras do horror.
Cabelos eriçados, coração aos saltos, medo terrível senhoreando-me, muitas
vezes gritei como louco, implorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo
que me subjugava o espírito; mas, quando o silêncio implacável não me absorvia
a voz estentórica, lamentos mais comovedores, que os meus, respondiam-me aos
clamores. Outras vezes gargalhadas sinistras rasgavam a quietude ambiente.
Algum companheiro desconhecido estaria, a meu ver, prisioneiro da loucura.
Formas diabólicas, rostos alvares, expressões animalescas surgiam, de quando
em quando, agravando-me o assombro. A paisagem, quando não totalmente
escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina
espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe.
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O SOFRIMENTO DOS SUICIDAS

Conscientes e Inconscientes
E a estranha viagem prosseguia... Com que fim? Quem o poderia dizer? Apenas
sabia que fugia sempre... O medo me impelia de roldão. Onde o lar, a esposa, os
filhos? Perdera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva
absorvia-me todas as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera dos
últimos laços físicos, em pleno sepulcro!
Atormentava-me a consciência: preferiria a ausência total da razão, o não-ser.
De início, as lágrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em
minutos raros, felicitava-me a bênção do sono.
Interrompia-se, porém, bruscamente, a sensação de alívio. Seres monstruosos
acordavam-me, irônicos; era imprescindível fugir deles.
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A NOVA VIDA

Para os Assassinos, Caluniadores, etc.


Todas as pessoas que prejudicam outras, sentem um “certo” remorso, contudo, a grande
maioria ignora essa "voz interior", o impacto dela é muito pequeno, a culpa vem, mas logo
o encarnado consegue se desfazer do pensamento, realizando outros atos maldosos ou
continuando a sua vida.
Contudo, após a morte tudo fica diferente, não é mais uma “voz interior” e sim um Grito
Ensurdecedor da Alma que transfere para o desencarnado toda a consciência de culpa
do erro cometido. A sensação de “culpa” dos desencarnados é implacável, ele não
consegue mais ignorar esse sentimento, já que não possui mais o corpo físico para aliviar
os impactos emocionais.
Bom, podemos concluir então que aquele que prejudica alguém, no fundo, sempre se
sente culpado, mesmo que não admita, e é essa culpa a brecha para todos os tipos de
sofrimento que ele padecerá, enquanto continuar encarnado e também após o seu
desencarne, caso não mude a sua postura.
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A NOVA VIDA

Para os Assassinos, Caluniadores, etc.


Vamos então exemplificar no caso do assassino... Se o João mata o Pedro, Pedro
continua existindo, só que em outro plano. Se o Pedro for um espírito bondoso e com
algum discernimento espiritual ele perdoará João e seguirá o seu caminho, alcançando
esferas de luz e amor. No entanto, a “brecha” de João continua e ele será obsediado,
através dessa “culpa” interior por espíritos das trevas, que serão atraídos por esse tipo
de vibração.
Existem legiões de espíritos que se julgam “justiceiros”, acham que tem o direito de
fazer sofrer aqueles que praticaram maldade, seja por motivo de vingança, seja por
motivo de justiça. Espíritos amigos nem sempre podem interceder, já que o faltoso tem
compromissos graves com as leis divinas.
O João também pode se tornar um joguete de espíritos maldosos que o manipularão
para realizar outras maldades, da obsessão se tornará possessão e após a morte o João
se tornará escravo desses espíritos manipuladores.
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A NOVA VIDA

Para os Assassinos, Caluniadores, etc.


Uma outra possibilidade é Pedro não ser um espírito bondoso, e, se tornar
completamente fechado as inspirações de amor e perdão que serão passadas pelos
espíritos amigos.
Ele perseguirá João de todas as formas possíveis. Como João possui uma dívida, ou
seja, uma brecha cármica com Pedro, aos poucos Pedro conseguirá obsediar João e
fará de tudo para que sofra até os últimos dias de sua vida. Provavelmente espíritos
trevosos, hipnotizadores, vampiros, obsessores, manipuladores se aproximarão de
Pedro, ensinando-o várias técnicas de obsessão.
Pedro esperará João e quando esse morrer, realizará toda sorte de maldades. O fim
desse ciclo, que necessitará provavelmente do renascimento do grupo envolvido, só
ocorre através do auxilio de instrutores abnegados, que com paciência e amor esperam
que os vingadores “cansem” de fazer maldades e que o “faltoso” esteja apto a ser
ajudado.
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A NOVA VIDA

Para os Assassinos, Caluniadores, etc.


Chegamos a conclusão que aquele que se compromete na Terra por prejudicar
alguém sente um peso tão grande da culpa que isso o impede de ser levado
para regiões de Luz.
Se desejar mudar o seu destino terá que acordar para a verdade e, além disso,
se sentir merecedor de uma nova chance.
Buscamos mostrar, em aspectos gerais o que acontece, lembrando que cada
caso tem suas características próprias.
Um assassino pode mudar todo o rumo de sua vida. No caso de se arrepender
ele pode dedicar sua vida ao amor, a paz e a solidariedade. Modificando
completamente o seu campo vibratório ele poderá modificar a brecha cármica
que abriu.
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Para os Assassinos, Caluniadores, etc.


Embora não se eximindo de sua responsabilidade, que um dia será cobrada pela
justiça divina, ele prepara a colheita para a vida após a morte, podendo assim
receber a ajuda das equipes espirituais. Todos temos a chance de modificar
nossas vidas, ninguém nasceu para sofrer, a Luz do Amor Divino pode ser
alcançada por todos.
Retiramos a seguinte passagem do livro Voltei, do Irmão Jacob:
"... Disse que o irmão em crise realmente fora homicida em outra época, mas
trabalhara em favor da regeneração própria e a bem da Humanidade, com
tamanho valor, nos últimos 30 anos da existência, que merecera carinhosa
proteção dos orientadores de mais alto..."
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A NOVA VIDA

Para os Assassinos, Caluniadores, etc.


Do livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, retiramos o seguinte trecho:
"Criminosos que mal ressarciram os débitos contraídos, instados pelo próprio
arrependimento, plasmam, em torno de si mesmos, as cenas degradantes em que
arruinaram a vida íntima, alimentando-as à custa dos próprios pensamentos
desgovernados.
Caluniadores que aniquilaram a felicidade alheia vivem pesadelos espantosos,
regravando nas telas da memória os padecimentos das vítimas, como no dia em que
as fizeram descer para o abismo da angústia, algemados ao pelourinho de
obsidentes recordações.
Tiranetes diversos volvem a sentir nos tecidos da própria alma os golpes que
desferiram nos outros...".
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O DESENCARNE DE SERES ALTAMENTE EVOLUÍDOS

Os seres altamente evoluídos, como os Mestres e Santos, conseguem realizar


por vontade própria o desligamento do seu corpo físico.
Se assim for a vontade do homem auto-realizado, ele pode se desligar do
corpo com tal velocidade e de tal forma que as poderosas energias que
circulam pelo seu corpo etérico são absorvidas pelo corpo cadavérico,
mantendo por longo tempo o corpo coeso.
Esses seres nada sofrem porque não vivem na terra, mas mergulhados no
infinita consciência divina, eles não são mais iludidos por maya (a grande
ilusão) e por isso partem para planos mais sutis, podendo habitar planos acima
do astral.
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A NOVA VIDA

As sensações físicas, vícios após a Morte - A nova vida dos viciados


O título aqui não fala somente sobre os viciados em Álcool, Fumo ou Drogas,
também estão envolvidos os que são apegados a qualquer tipo de “sensação”
experimentada na terra.
Os desejos estão no espírito e não no corpo físico, por isso, a maior parte dos
recém-desencarnados continua sentindo os "desejos" físicos, sejam eles a fome, a
sede, as compulsões, a sexualidade e etc.
Ramatís nos fala de forma clara sobre isso no livro Fisiologia da Alma
"...Na verdade, os vícios terrenos não devem ser encarados como "pecados"
ofensivos a Deus, mas apenas como grandes obstáculos e empecilhos terríveis
que, em seguida à desencarnação, se transformam em uma barreira indesejável
mantendo o espírito desencarnado sob o comando das sensações inferiores..."
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As sensações físicas, vícios após a Morte - A nova vida dos viciados

Embora fumar ou beber não represente sofrimento para os espíritos após a morte, o vício o
incomodará. Sendo uma alma amorosa e com algum discernimento espiritual, ela sofrerá da
abstinência como qualquer outro espírito e terá que escolher entre os dois possíveis caminhos
dos viciados após a morte:
- Lutar contra si mesmo e abandonar o vício, mesmo que esse o acompanhe por algum tempo.
- Se tornar um vampiro das emanações geradas por encarnados. Encarnados viciados em
cigarro enviam para o astral, da quebra das toxinas, elementos tóxicos, que são absorvidos por
esses Obsessores Vampiros. Como a absorção do vampiro é menor e o seu vício é tão intenso
quanto o do encarnado, ele o estimula a cada vez tragar ou ingerir mais elementos tóxicos. Os
viciados em sexo também emanam energias de baixo padrão que são absorvidas pelos
Obsessores Vampiros das sensações sexuais e assim temos toda sorte de atração entre
viciados encarnados e vampiros que se afinizam com aquele tipo de vicio.
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As sensações físicas, vícios após a Morte - A nova vida dos viciados
Em vários livros podemos constatar a dificuldade dos espíritos recém-libertos de se
desvencilhar do condicionamento físico, sejam os vícios da sede, forme ou sexo.
Conforme o espírito vai se desligando da sua última encarnação e dos laços físicos,
o seu teor vibratório muda e com isso as sensações vão se extinguindo ou
conseguem pelo menos ser controladas, tudo vai depender do esforço e grau de
evolução do espírito, não existe regra.
As toxinas aderidas ao corpo através, por exemplo, do fumo "grudam" no períspirito,
ou como chamamos também, corpo astral. Essas toxinas vão dificultando o contato
com os corpos superiores e com os amigos de mais alto padrão vibratório. O
espírito tem dificuldade de contato superior e além disso, está carregado de
energias tóxicas.
Quando ele desencarna, essas energias continuam "grudadas" no corpo astral, elas
precisam ser expurgadas.
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A NOVA VIDA
As sensações físicas, vícios após a Morte - A nova vida dos viciados

Alguns moribundos ficam acamados dias, as vezes meses. Embora isso seja muito
difícil para ele e para a família, esse tempo hospitalizado PODE ser utilizado como
uma benção, para expurgar as energias deletérias agregadas ao corpo espiritual.
Se o espírito tem um coração puro e é merecedor da ajuda espiritual podem
acontecer coisas interessantes como a que li em um livro que não me lembro o
nome, onde uma senhora, merecedora de carinho infinito por muitos, recebeu a
proteção espiritual depois do desencarne até que seu corpo espiritual expurgasse as
toxinas aderidas por causa do seu vício.
Vale lembrar que são poucos os casos de pessoas que conseguem manter o padrão
vibratório alto, tendo um vício, para a maioria dos casos a morte vem como um
BASTA para o seu vício e isso não é muito bem aceito.
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A NOVA VIDA

As sensações físicas, vícios após a Morte - A nova vida dos viciados


É importante o espírito encarnado entender as consequências do seu vício,
porque hoje ele é obsediado, mas amanhã ele se tornará o obsessor.
Retiramos o trecho abaixo do livro Mensageiros, de André Luiz para uma
meditação sobre o desregramento de muitos durante a vida:
" - Notam-se, de fato, grandes lacunas na expressão mental do moribundo. Vê-se
que atravessou a vida humana obedecendo mais ao instinto que à razão.
Observando-se no mundo celular vastos complexos de indisciplina. Poderemos,
contudo, ajudá-lo a desvencilhar-se dos laços mais fortes, no que se refere ao
círculo carnal.
- Será um caridoso obséquio - redarguiu a genitora, aflita.
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As sensações físicas, vícios após a Morte - A nova vida dos viciados


- A irmã está incumbida de encaminhá-lo? — perguntou o instrutor, compreendendo a
magnitude da tarefa. — Precisamos ponderar, quanto a isto, porque o desprendimento integral
se verificará dentro de poucos minutos.
Ela esboçou um gesto triste e respondeu:
- Desejaria sacrificar-me ainda um pouco por meu desventurado Fernando, mas apenas obtive
permissão para socorrê-lo nos seus últimos instantes. Meus superiores prometem ajudá-lo,
mas aconselharam-me a deixá-lo entregue a si mesmo durante algum tempo. Fernando
precisa reconsiderar o passado, identificar os valores que, infelizmente, desprezou. As lágrimas
e os remorsos, na solidão do arrependimento, serão portadores de calma ao seu espírito
irrefletido. Grande é o meu desejo de conchegá-lo ao coração, regressando aos dias que já se
foram; todavia, não posso prejudicar, com a minha ternura materna, a marcha do serviço
divino. Fernando, em verdade, é filho do meu afeto; contudo, tanto ele como eu, temos contas
com a Justiça do Eterno e, no que respeita a mim, estou cansada de agravar os meus débitos.
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A NOVA VIDA

As sensações físicas, vícios após a Morte


A nova vida dos viciados
Não devo contrariar os desígnios de Deus. "
Do livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, retiramos o seguinte
trecho:
" ... e os viciados de toda sorte, quais os dipsômanos e morfinômanos,
experimentam agoniada insatisfação, qual ocorre também aos
desequilibrados do sexo, que acumulam na organização psicossomática
as cargas magnéticas do instinto em desvario, pelas quais se localizam em
plena alienação."
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O APEGO AO CORPO FÍSICO

Esse tópico é parecido com o anterior, contudo, sobre esse tema encontrei o
fascinante trecho no livro Nosso Lar, de André Luiz:
"Regressando ao contato direto com os enfermos, notei Narcisa a lutar
heroicamente por acalmar um rapaz que revelava singulares distúrbios.
Procurei ajudá-la.
O pobrezinho, de olhos perdidos no espaço, gritava, espantadiço:
- Acuda-me, por amor de Deus! Tenho medo, medo!...
E, olhar esgazeado dos que experimentam profundas sensações de pavor,
acentuava:
- Irmã Narcisa, lá vem "ele"!, o monstro! Sinto os vermes novamente!
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O APEGO AO CORPO FÍSICO

"Ele"! "Ele"!. . . Livre-me "dele" irmã! Não quero, não quero!...


- Calma, Francisco - pedia a companheira dos infortunados -, você vai libertar-se,
ganhar muita serenidade e alegria, mas depende do seu esforço.
Faça de conta que a sua mente é uma esponja embebida em vinagre. É
necessário expelir a substância azeda. Ajudá-lo-ei a fazê-lo, mas o trabalho mais
intenso cabe a você mesmo.
O doente mostrava boa-vontade, acalmava-se enquanto ouvia os conceitos
carinhosos, mas volvia à mesma palidez de antes, prorrompendo em novas
exclamações.
- Mas, irmã, repare bem... "ele" não me deixa. Já voltou a atormentar-me! Veja,
veja!...
- Estou vendo-o, Francisco - respondia ela, cordata -, mas é indispensável que
você me ajude a expulsá-lo.
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O APEGO AO CORPO FÍSICO

- Este fantasma diabólico!... - acrescentava a chorar como criança, provocando


compaixão.
- Confie em Jesus e esqueça o monstro - dizia a irmã dos infelizes, piedosamente -,
vamos ao passe.
O fantasma fugirá de nós. E aplicou-lhe fluidos salutares e reconfortadores, que
Francisco agradeceu, manifestando imensa alegria no olhar.
- Agora - disse ele, finda a operação magnética -, estou mais tranquilo.
Narcisa ajeitou-lhe os travesseiros, mandou que uma serva lhe trouxesse água
magnetizada.
Aquela exemplificação da enfermeira edificava-me. O bem, como o mal, em toda
parte estabelece misterioso contágio.
Observando-me o sincero desejo de aprender, Narcisa aproximou-se mais,
mostrando-se disposta a iniciar-me nos sublimes segredos do serviço.
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O APEGO AO CORPO FÍSICO

- A quem se refere o doente? - indaguei, impressionado. Está, porventura, assediado


por alguma sombra invisível ao meu olhar?
A velha servidora das Câmaras de Retificação sorriu carinhosamente e falou:
- Trata-se do seu próprio cadáver.
- Que me diz? - tornei, espantado.
- O pobrezinho era excessivamente apegado ao corpo físico e veio para a esfera
espiritual após um desastre, oriundo de pura imprudência.
Esteve, durante muitos dias, ao lado dos despojos, em pleno sepulcro, sem se
conformar com situação diversa. Queria firmemente levantar o corpo hirto, tal o
império da ilusão em que vivera e, nesse triste esforço, gastou muito tempo.
Amedrontava-se com a ideia de enfrentar o desconhecido e não conseguia acumular
nem mesmo alguns átomos de desapego às sensações físicas.
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O APEGO AO CORPO FÍSICO


Não valeram socorros das esferas mais altas, porque fechava a zona mental a todo
pensamento relativo à vida eterna. Por fim, os vermes fizeram-lhe experimentar
tamanhos padecimentos que o pobre se afastou do túmulo, tomado de horror.
Começou, então, a peregrinar nas zonas inferiores do Umbral; no entanto, os que
lhe foram pais na Terra possuem aqui grandes créditos espirituais e rogaram sua
internação na colônia.
Trouxeram-no os Samaritanos, quase à força. Seu estado, contudo, é ainda tão
grave que não poderá ausentar-se, tão cedo, das Câmaras de Retificação. O
amigo, que lhe foi genitor na carne, está presentemente em arriscada missão,
distante de "Nosso Lar".
- E vem visitar o doente? - perguntei.
- Já veio duas vezes e experimentei grande comoção, observando-lhe o
sofrimento, discreto. Tamanha é a perturbação do rapaz, que não reconheceu o
pai generoso e dedicado. Gritava, aflito, mostrando a demência dolorosa.
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O APEGO AO CORPO FÍSICO

O genitor, que veio vê-lo em companhia do Ministro Pádua, do Ministério da


Comunicação, pareceu muito superior à condição humana, enquanto se
encontrava com o nobre amigo que obtivera hospitalidade para o filho infeliz.
Demoraram-se bastante, comentando a situação espiritual dos recém-
chegados dos círculos carnais. Mas, quando o Ministro Pádua se retirou,
compelido por circunstâncias de serviço, o pai do rapaz me pediu lhe
perdoasse o gesto humano e ajoelhou-se diante do enfermo. Tomou-lhe as
mãos, ansioso, como se estivesse a transmitir vigorosos fluidos vitais, e beijou-
lhe a face, chorando copiosamente. Não pude conter as lágrimas e retirei-me,
deixando-os a sós. Não sei o que se passou, em seguida, entre ambos; mas
notei que Francisco, desde esse dia, melhorou bastante. A demência total
reduziu-se a crises que são, agora, cada vez mais espaçadas."
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INFLUÊNCIAS EXTERNAS

Durante o Desencarne
A principal dificuldade do recém-desencarnado é a adaptação ao impacto das energias
astrais, o choque é muito forte e pensamentos e emoções dele ou de pessoas próximas o
atingem com facilidade.
Essa fragilidade faz com que os irmãos que ficam aqui na Terra tenham grande importância
na ajuda aos que voltam para o plano espiritual.
A fragilidade do espírito é maior até o momento em que o cordão de prata é rompido, e,
infelizmente esse é o período de maior emissão de sofrimento pelos irmãos encarnados.
Através desse último laço de união eles podem receber os choques desagradáveis das
lembranças e das emanações de sofrimento dos que se encontram encarnados.
Além disso, muitos falam mal dos que se foram, relembrando acontecimentos de sua vida.
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INFLUÊNCIAS EXTERNAS

Durante o Desencarne
Essa é A PIOR POSTURA que qualquer um pode ter, se não tiver o que falar, FIQUE
QUIETO, mas não fale sobre assuntos de baixo padrão vibratório, PRINCIPALMENTE
se envolve o moribundo.
Duas coisas acontecem quando os INVIGILANTES decidem fazer a sua parte.
A primeira é o incômodo que começa a ser sentido pelo espírito, que mesmo
quando possui merecimento para auxílio, não está isento das energias hostis
enviadas pelos seus irmãos.
A segunda é a atração de espíritos de baixo padrão vibratório envolvidos nas
conversas, que podem vir pedir perdão ou cobrar pelo erro do moribundo. Qualquer
uma das opções é prejudicial para quem está preste a se libertar.
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INFLUÊNCIAS EXTERNAS
Durante o Desencarne
Sobre esse tema retiramos o seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna:
"As imagens contidas nas evocações das palestras incidem sobre a mente do desencarnado,
mantido em repouso depois de rápido mergulho na contemplação dos fatos alusivos à
existência finda. Não somente as imagens. Por vezes, nossos amigos presentes, fecundos nas
conversações sem proveito, exumem, com tamanho calor, a lembrança de certos fatos, que
trazem até aqui alguns dos protagonistas já desencarnados.”
A melhor postura durante o desencarne é a prece,
o silêncio e assuntos que não comprometam o padrão
vibratório do ambiente.
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INFLUÊNCIAS EXTERNAS
Durante o Desencarne
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INFLUÊNCIAS EXTERNAS
Após o Desencarne

Após o desencarne o espírito também fica suscetível às vibrações dos familiares.


Quando estes, em desequilíbrio, ficam chamando por ele, ocorre uma atração muito
forte e o espírito recebe esse impacto de forma violenta, porque ainda está em
período de adaptação.
Diferente do que muitos pensam, se o espírito recém-liberto voltar para o lar ele
sofrerá junto com os familiares e de forma inconsciente se tornará obsessor dos
seus entes queridos. Nos casos de doença pode até acontecer de um dos
encarnados começar a sentir as dores que o moribundo sofria. Nesse caso ele se
torna obsessor.
Retiramos o seguinte trecho do livro Voltei para exemplificar:
"... bastou que me entregasse à quietação para que certo fenômeno auditivo e visual
me perturbasse as fibras mais íntimas.
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INFLUÊNCIAS EXTERNAS
Após o Desencarne

Vi perfeitamente, qual se estivessem dentro de mim, as filhas queridas, então na Terra, e


alguns poucos amigos, que deixara no mundo, dirigindo-me palavras de saudade e
carinho.
- Pai querido! Diga-me se você ainda vive! Desfaça minhas dúvidas, ensine-me o
caminho, venha até mim!
Era a voz de uma delas a interpelar-me.
O amoroso chamamento ameaça-me o equilíbrio. Minha razão periclitou por segundos.
Onde me encontrava? Contemplava-a ao meu lado, queria beijar-lhe as mãos,
expressando-lhe reconhecimento pela imensa ternura, mas debalde a buscava.
Ainda me não desembaraçara do inolvidável momento de estranheza, quando um
médium de minhas relações apareceu igualmente no quadro.
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INFLUÊNCIAS EXTERNAS
Após o Desencarne

- Meu amigo! Fale-nos, conforte-nos!.. -


rogou comovidamente.
Ia gritar, suplicando socorro. Todavia, o
Irmão Andrade, mais prestativo e prudente
que eu poderia supor, abeirou-se de mim e
cientificou-me de que aquele era fenômeno
da sintonia espiritual, comum a todos os
recém-desencarnados que deixam laços de
coração, na retaguarda....

... asseverou que, aos poucos, saberia controlar o fenômeno das solicitações
terrestres, canalizando-lhes as possibilidades para trabalho de elevação."
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Conselhos Para quem Perdeu Recentemente Pessoas Próximas

- Como foi falado no item Após o Desencarne, o espírito que desencarna sofre
inicialmente o impacto dos pensamentos e emoções dos encarnados que estavam
ligados a ele. Tanto os pensamentos de revolta e vingança quanto os de angústia e
saudade chegam até ele.
Após algum tempo desencarnado ele aprende a lidar com essas vibrações.
O nosso conselho para quem perdeu alguém que ama é rezar por ele, pedindo ao Pai
que o proteja e ampare onde ele estiver, PRONTO, SÓ ISSO e CHEGA!!
Aprendamos a acreditar REALMENTE na vida eterna e na reencarnação, pois que nosso
desequilíbrio traz sofrimento para aquele que amamos.
Dependendo do grau de evolução do espírito ele poderá voltar a visitar seus familiares
na terra, assim que se restabelecer.
Existem Centros, como o que frequento (Associação Espírita Jacob e Núcleo de Estudos
Universalistas da Terapia Apométrica) que realizam reuniões de tratamento, preces
encaminhamentos para os desencarnados.
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Conselhos Para quem Perdeu Recentemente Pessoas Próximas


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FORMAS DE DESENCARNE

• Desencarne em Acidentes e Coletivo


• Desencarne por Doença
• Desencarne de Crianças
• Desencarne de Animais
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Desencarne em Acidentes e Coletivo

"... Salvo nos casos de desastres ou mortes violentas, em que a intervenção dos técnicos
assistentes se registra só depois da morte do corpo, as demais desencarnações devem se
subordinar gradativamente a várias operações liberatórias, em diversas etapas, como tenho
observado nas oportunidades que me foram dadas para apreciar o fenômeno."
A Vida Além da Sepultura, pelo Médium Hercílio Maes, ditado por Atanagildo e Ramatís.
A grande maioria dos desencarnes por acidentes são resgates do espírito, não podemos
englobar todos os desencarnes, mas podemos garantir que em sua maioria tinham uma
“grande chance” de ocorrer com o espírito que desencarnou.
Na minha opinião, e isso eu não li em lugar algum, os desencarnes coletivos são resgates
cármicos para o grupo de pessoas que participa de uma tragédia, elas não participaram
necessariamente do mesmo erro, contudo, partilham da mesma dor e sofrimento para saldar
suas dívidas com a Justiça Divina, que a ninguém prejudica.
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FORMAS DE DESENCARNE

Desencarne em Acidentes e Coletivo


Segue abaixo um trecho do livro Ação e Reação, de Francisco Candido Xavier.
"Sob a crista de serra alcantilada e selvagem, destroços de grande aeronave
guardavam consigo as vítimas do acidente. Adivinhava-se que o piloto, certamente
enganado pelo traiçoeiro oceano de espessa bruma, não pudera evitar o choque
com os picos graníticos que se salientavam na montanha, silenciosos e
implacáveis, à maneira de medonhos torreões de fortaleza agressiva.
Em pleno quadro inquietante, um ancião desencarnado, de semblante nobre e
digno, formulava requerimento comovedor, rogando à Mansão a remessa de equipe
adestrada para a remoção de seis das catorze entidades desencarnadas no
doloroso sinistro.
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FORMAS DE DESENCARNE

Desencarne em Acidentes e Coletivo


Cientes de que o generoso mentor poderia dispensar-nos mais tempo,
aproveitamos o ensejo para versar a questão das provas coletivas.
Hilário abriu campo livre ao debate, perguntando, respeitoso, por que motivo era
rogado o auxílio para a remoção de seis dos desencarnados, quando as vítimas
eram catorze.
Druso, no entanto, replicou em tom sereno e firme:
- O socorro no avião sinistrado é distribuído indistintamente, contudo, não
podemos esquecer que se o desastre é o mesmo para todos os que tombaram, a
morte é diferente para cada um. No momento serão retirados da carne tão-
somente aqueles cuja vida interior lhes outorga a imediata liberação. Quanto aos
outros, cuja situação presente não lhes favorece o afastamento rápido da
armadura física, permanecerão ligados, por mais tempo, aos despojos que lhes
dizem respeito.
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FORMAS DE DESENCARNE

Desencarne em Acidentes e Coletivo


- Quantos dias? - clamou meu colega, incapaz de conter a emoção de que se via possuído.
- Depende do grau de animalização dos fluidos que lhes retêm o Espírito à atividade
corpórea - respondeu-nos o mentor. - Alguns serão detidos por algumas horas, outros,
talvez, por longos dias... Quem sabe? Corpo inerte nem sempre significa libertação da alma.
O gênero de vida que alimentamos no estágio físico dita as verdadeiras condições de nossa
morte. Quanto mais chafurdamos o ser nas correntes de baixas ilusões, mais tempo
gastamos para esgotar as energias vitais que nos aprisionam à matéria pesada e primitiva
de que se nos constitui a instrumentação fisiológica, demorando-nos nas criações mentais
inferiores a que nos ajustamos, nelas encontrando combustível para dilatados enganos nas
sombras do campo carnal, propriamente considerado. E quanto mais nos submetamos às
disciplinas do espírito, que nos aconselham equilíbrio e sublimação, mais amplas facilidades
conquistaremos para a exoneração da carne em quaisquer emergências de que não
possamos fugir por força dos débitos contraídos perante a Lei. Assim é que "morte física"
não é o mesmo que "emancipação espiritual".
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FORMAS DE DESENCARNE

Desencarne em Acidentes e Coletivo


- Isso, no entanto - considerei -, não quer dizer que os demais companheiros acidentados estarão
sem assistência, embora coagidos a temporária detenção nos próprios restos.
- De modo algum - ajuntou o amigo generoso -, ninguém vive desamparado. O amor infinito de
Deus abrange o Universo. Os irmãos que se demoram enredados em mais baixo teor de
experiência física compreenderão, gradativamente, o socorro que se mostram capazes de receber.
- Todavia - reparou Hilário -, não serão atraídos por criaturas desencarnadas, de inteligência
perversa, já que não podem ser resguardados de imediato?
Druso estampou significativa expressão facial e ponderou:
- Sim, na hipótese de serem surdos ao bem, é possível se rendam às sugestões do mal, a fim de
que, pelos tormentos do mal, se voltem para o bem. No assunto, entretanto, é preciso considerar
que a tentação é sempre uma sombra a atormentar-nos a vida, de dentro para fora. A junção de
nossas almas com os poderes infernais verifica-se em relação com o inferno que já trazemos
dentro de nós.
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FORMAS DE DESENCARNE
Desencarne em Acidentes e Coletivo
A explicação não poderia ser mais clara.”
Temos outro trecho que mostra do compromisso assumido pelos espíritos que seriam
vítimas de acidentes:
" ...suplicaram, ao revés, o retorno ao campo dos homens, no qual acabam de pagar o
débito a que aludimos.
- Como? - indagou Hilário, intrigado.
- Já que podiam escolher o gênero de provação, em vista dos recursos morais amealhados
no mundo íntimo - informou o orientador -, optaram por tarefas no campo da aeronáutica, a
cuja evolução ofereceram as suas vidas. Há dois meses regressaram às nossas linhas de
ação, depois de haverem sofrido a mesma queda mortal que infligiram aos companheiros
de luta no século XV.
- E o nosso caro instrutor visitou-os nos preparativos da reencarnação agora terminada? -
inquiri com respeito.
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FORMAS DE DESENCARNE

Desencarne em Acidentes e Coletivo


- Sim, por várias vezes os avistei, antes da partida. Associavam-se a grande
comunidade de Espíritos amigos, em departamento específico de reencarnação,
no qual centenas de entidades, com dívidas mais ou menos semelhantes às
deles, também se preparavam para o retorno à carne, abraçando, assim,
trabalho redentor em resgates coletivos.
- E todos podiam selecionar o gênero de luta em que saldariam as suas contas?
- Perguntei, ainda, com natural interesse.
- Nem todos - disse Druso, convicto. - Aqueles que possuíam grandes créditos
morais, qual acontecia aos benfeitores a que me reporto, dispunham desse
direito.
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FORMAS DE DESENCARNE
Desencarne em Acidentes e Coletivo

Assim é que a muitos vi, habilitando-se para sofrer a


morte violenta, em favor do progresso da
aeronáutica e da engenharia, da navegação marítima
e dos transportes terrestres, da ciência médica e da
indústria em geral, verificando, no entanto, que a
maioria, por força dos débitos contraídos e
consoante os ditames da própria consciência, não
alcançava semelhante prerrogativa, cabendo-lhe
aceitar sem discutir amargas provas, na infância, na
mocidade ou na velhice, através de acidentes
diversos, desde a mutilação primária até a morte, de
modo a redimir-se de faltas graves.”
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Desencarne em Acidentes e Coletivo
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FORMAS DE DESENCARNE

Desencarne por Doença


Diferentemente do que muitos pensam, o desencarne por doença, em alguns casos, é uma
benção, que auxilia ao espírito repensar sua vida, perdoar e pedir para ser perdoado,
ocorrendo até reconciliação entre desafetos.
Existem também espíritos que expurgam suas energias deletérias durante o período que
fica hospitalizado, limpando seu organismo perispiritual das toxinas adquiridas pelo vício ou
desregramento.
Impossibilitado de exercer seu vício ou desregramento, as energias deletérias que estavam
aderidas ao veículo etérico e astral são drenadas e se o espírito sabe aproveitar esses
momentos finais para se reequilibrar, ele parte para o plano espiritual sem ter que expurgar
as energias deletérias em zonas inferiores do Plano Astral.
Contudo, nada adianta se o paciente passa todo o tempo final da sua vida em estado de
revolta e agonia, aliás, ele pode nesse caso piorar a sua situação.
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FORMAS DE DESENCARNE

Desencarne por Doença


Retiramos o trecho abaixo do livro Missionários da Luz, de Francisco Cândido Xavier:
"...Raramente os companheiros encarnados, quando em excelentes condições de
saúde física, podem compreender as aflições dos enfermos em posição
desesperadora ou dos moribundos prestes a partir. Nós outros, porém, no quadro de
realidades mais fortes, sabemos que, muitas vezes, é possível efetuar realizações
deveras sublimes, de natureza espiritual, em poucos dias, nessas circunstâncias,
depois de largos anos de atividades inúteis. No leito da morte, as criaturas são mais
humanas e mais dóceis. Dir-se-ia que a moléstia intransigente enfraquece os
instintos mais baixos, atenua as labaredas mais vivas das paixões inferiores,
desanimaliza a alma, abrindo-lhe, em torno, interstícios abençoados por onde
penetra infinita luz. E a dor vai derrubando as pesadas muralhas da indiferença, do
egoísmo cristalizado e do amor-próprio excessivo.”
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Desencarne por Doença
Então, é possível o grande entendimento. Lições admiráveis felicitam a criatura que,
palidamente embora, percebe a grandeza da herança divina. Acentua-se lhe o heroísmo e
gravam-se lhe no coração, para sempre, mensagens vivas de amor e sabedoria. Na noite
espessa da agonia começa a brilhar a aurora da vida eterna. E aos seus clarões indistintos,
nossos princípios são facilmente aceitos, a sensibilidade demonstra características sublimes e
a luz imortal lança fontes de infinito poder nos recessos do espírito."
O desencarne por doenças faz com que amigos e familiares partilhem do sofrimento do
agonizante e estes por sua vez, “magnetizam” o ambiente do doente com energias que o
“ajudam” a continuar vivo. Esse tipo de apego atrapalha a equipe espiritual responsável pelo
desenlace. É por esse motivo que muitos instrutores espirituais insuflam energias no paciente
para que ele tenha uma “falsa” melhora, atenuando o ambiente carregado e permitindo a
muitos que fazem a vigília o descanso.
Vibremos pelo agonizante nas vibrações puras da fé no Criador, que ao buscar um filho
querido não traz o sofrimento e sim a libertação.
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FORMAS DE DESENCARNE
Desencarne por Doença
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Desencarne por Doença
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Desencarne por Doença
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FORMAS DE DESENCARNE

Desencarne de Crianças
No plano espiritual existem equipes especializadas no tratamento de crianças recém-
desencarnadas. Institutos são criados para que os pequeninos sejam amparados.
Após o desencarne várias coisas podem acontecer às crianças:
➢ Caso seja um espírito evoluído ele pode rapidamente adquirir sua forma anterior, se
assim desejar. Alguns espíritos encarnam somente para unir uma família ou para
queimar pequenos resquícios de Karma.
➢ Espíritos medianos geralmente mantém a sua forma infantil, e conforme estudam e
se aprimoram recebem algumas responsabilidades, como por exemplo monitorar
outras crianças das instituições ou atuar junto as crianças encarnadas em
instituições de socorro, auxiliar voluntários em orfanatos, etc.
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FORMAS DE DESENCARNE

Desencarne de Crianças
➢ Espíritos de crianças que desencarnaram cedo como resgate de ações de vidas anteriores
PODEM não se recuperar totalmente do choque, sendo necessário realizarem tratamentos
magnéticos e assim que tiverem uma melhora voltam ao plano físico, algumas vezes
voltam na mesma família que deixaram, não sendo isso de forma alguma uma regra.
Na Umbanda existe a falange de Yori, onde as crianças se vinculam, atuando em reuniões,
ajudando, amparando e conversando. Elas trazem a palavra inocente, o conselho simples, o
pensamento sem maldade, que muitas vezes ajuda os irmãos encarnados a refletirem.
Os médiuns da Umbanda "incorporam" (psicofonia) as crianças assim como fazem com
caboclos e pretos-velhos.
As crianças geralmente acompanham os pretos-velhos nas sessões de Umbanda. Elas
geralmente se vinculam a diferentes linhas, como por exemplo a Mariazinha da Praia
(energias do Mar - Yemanjá), Caboclinhos da Mata (energias da Natureza - Oxossi).
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FORMAS DE DESENCARNE

Visitas das Mães aos Filhos Desencarnados


As instituições, como o Lar de Bênçãos (citado no livro Entre a Terra e o Céu, de Francisco
Cândido Xavier), recebem visitas periódicas das mães que perderam os seus filhos. Durante o
sono físico elas são levadas por espíritos amigos até os filhos. Esse tipo de contato é
importante para o filho e para a mãe.
Quando Desperta ela não lembra exatamente do que ocorreu, contudo, a lembrança do filho e
a sensação de que ele está bem fica viva em sua memória.
É importante lembrar que nem todas as crianças desencarnadas podem ser visitadas e que
nem todas as mães estão aptas a visitar o filho, cada caso é um caso.
Segue o trecho do livro Entre a Terra e o Céu, de Francisco Candido Xavier, que fala sobre o
assunto abordado:
"É o Lar da Bênção — informou o instrutor, satisfeito. — Nesta hora, muitas irmãs da Terra
chegam em visita a filhinhos desencarnados. Temos aqui importante colônia educativa, misto
de escola de mães e domicílio dos pequeninos que regressam da esfera carnal."
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FORMAS DE DESENCARNE
Visitas das Mães aos Filhos Desencarnados
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FORMAS DE DESENCARNE
Desencarne de Animais
No livro Evolução em dois Mudos, de Francisco Candido Xavier encontramos o
seguinte trecho:
"Em relação ao homem, os mamíferos que se ligam a nós outros por extremos laços de
parentesco, em se desencarnando, agregam-se aos ninhos em que se lhes
desenvolvem os companheiros e, qual ocorre entre os animais inferiores, nas múltiplas
faixas evolutivas em que se escalonam, não possuem pensamento contínuo para a
obtenção de meios destinados à manutenção de nova forma.
Encontram-se, desse modo, aquém da histogênese espiritual, inabilitados a mais amplo
equilíbrio que lhes asseguraria ascensão a novo plano de consciência.
Em razão disso, efetuada a histólise dos tecidos celulares, nos sucessos recônditos da
morte física, dilata-se lhes o período de vida latente, na esfera espiritual, onde, com
exceção de raras espécies, se demoram por tempo curto, incapazes de manobrar os
órgãos do aparelho psicossomático que lhes é característico, por ausência de
substância mental consciente.
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FORMAS DE DESENCARNE2
Desencarne de Animais
Quando não se fazem aproveitados na Espiritualidade, em serviço ao qual se filiam durante
certa quota de tempo, caem, quase sempre de imediato à morte do corpo carnal, em pesada
letargia, semelhante à hibernação, acabando automaticamente atraídos para o campo
genésico das famílias a que se ajustam, retomando o organismo com que se confiarão a nova
etapa de experiência, com os ascendentes do automatismo e do instinto que já se lhes
fixaram no ser, e sofrendo, naturalmente, o preço hipotecável aos valores decisivos da
evolução."
E sobre a sua vida no Plano Astral também encontramos no mesmo livro o seguinte trecho:
"Na moradia de continuidade para a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas
leis de gravitação que controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do
tempo, embora os rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que
asseguram a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme,
como se os equinócios e solstícios entrelaçassem as próprias forças, retificando
automaticamente os excessos de influenciação com que se dividem.
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Desencarne de Animais
Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios,
podem ser aí aclimatados e aprimorados, por determinados períodos de
existência, ao fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo
terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas
aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à
Terra, com os benefícios das chamadas mutações espontâneas.
As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano
extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde,
volvem também à leira do homem comum, favorecendo, porém, de maneira
espontânea, a solução de diferentes problemas que lhes dizem respeito, sem
exigir maior sacrifício dos habitantes em sua conservação."
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Após o Desencarne
Deixo esse tópico para a brilhante explicação encontrada no livro Entre a Terra e o Céu.
"... e, nos últimos tempos, com as novas concepções do Espiritualismo, acreditávamos
que o menino desencarnado retomasse, de imediato, a sua personalidade de
adulto...Em muitas situações, é o que acontece —esclareceu Blandina, afetuosa — ;
quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva, assumindo o comando mental
de si mesmo, adquire o poder de facilmente desprender-se das imposições da forma,
superando as dificuldades da desencarnação prematura.
Conhecemos grandes almas que renasceram na Terra por brevíssimo prazo,
simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de
valores morais, recobrando, logo após o serviço levado a efeito, a respectiva
apresentação que lhes era costumeira. Contudo, para a grande maioria das crianças
que desencarnam, o caminho não é o mesmo.
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Após o Desencarne
Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se
relativamente longe do autogoverno. Jazem conduzidas pela Natureza, à maneira
das Criancinhas no colo maternal. Não sabem desatar os laços que as
aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas e, por isso,
exigem tempo para se renovarem no justo desenvolvimento. É por esse motivo
que não podemos prescindir dos períodos de recuperação para quem se afasta
do veículo físico, na fase infantil, de vez que, depois do conflito biológico da
reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham nos primeiros
degraus da conquista de poder mental, o tempo deve funcionar como elemento
indispensável de restauração. E a variação desse tempo dependerá da aplicação
pessoal do aprendiz à aquisição de luz interior, através do próprio
aperfeiçoamento moral."
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Após o Desencarne
No livro Voltei também temos informação sobre um lar para crianças desencarnadas
e também sobre recém-nascidos:
"Marta explicou-me que a instituição asila irmãozinhos desencarnados, entre sete e
doze anos de idade, e, porque eu indagasse pelas crianças tenras, esclareceu
Andrade que, para essas, quando se não trata de entidades excepcionalmente
evoluídas, inacessíveis ao choque biológico da reencarnação, há lugares adequados,
onde o tempo e o repouso lhes favorecem o despertar, a fim de que lhes não
sobrevenham abalos nocivos.
Informou-me a filha de que as criancinhas não obstante viverem ali, em comunidade,
dividem-se, no esforço educativo, por turmas afins. Caracterizam-se os grupos por
variados graus de elevação espiritual e as classes se subdividem pelas aptidões e
tendências, examinados os precedentes de cada uma.
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Após o Desencarne
“Quando perguntei se na vida espiritual pode a criança desenvolver-se e optar
pelo mau caminho, replicou Andrade que isso é perfeitamente cabível,
considerando-se que, com o desenvolvimento na nova esfera, a alma
recapitula as emoções do passado, com apelos íntimos de variadas espécies,
acrescentando, todavia, que, de modo geral, as crianças estacionadas nos
parques de reajustamento sempre se encaminham à reencarnação. Se o
Espírito de ordem sublimada se desenfaixa dos laços da carne, quite com a lei
que nos governa o destino, em período infantil, readquire, de pronto, as mais
altas expressões da própria individualidade e ergue-se a mais elevados
planos.”
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FORMAS DE DESENCARNE
O Sofrimento dos Pais
Acredito que poucas coisas machuquem tanto o coração quanto perder um filho. Por isso é muito
difícil que palavras curem as feridas deixadas pelos pequenos que se foram. Buscamos aqui
somente mostrar o que acontece com eles após o desenlace, para lembrar que eles não se foram
para sempre e que nunca estarão desamparados por nosso Pai, que é só amor e bondade.
Do trecho abaixo, retirado do livro Ação e Reação é falado sobre o sofrimento dos pais relativo a
filhos que desencarnam.
"E os pais? - inquiriu meu colega, alarmado. Em que situação surpreenderemos os pais dos que
devem ser imolados ao progresso ou à justiça, na regeneração de si mesmos? a dor deles não será
devidamente considerada pelos poderes que nos controlam a vida?
- Como não? - respondeu o orientador - as entidades que necessitam de tais lutas expiatórias são
encaminhadas aos corações que se acumpliciaram com elas em delitos lamentáveis, no pretérito
distante ou recente ou, ainda, aos pais que faliram junto dos filhos, em outras épocas, a fim de que
aprendam na saudade cruel e na angústia inominável o respeito e o devotamento, a honorabilidade
e o carinho que todos devemos na Terra ao instituto da família. A dor coletiva é o remédio que nos
corrige as falhas mútuas."
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VELÓRIO
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VELÓRIO

Atitudes perante a Morte ou o Morto

▪ Uso de velas: Não tem nenhum significado para o espírita.


▪ Cremação de cadáveres: Emmanuel aconselha esperar-se 72 horas para efetuar a
cremação, pois morrer não é libertar-se, a cessação dos movimentos do corpo nem
sempre é o fim do transe.
▪ Choro na hora da morte: As lágrimas aliviam, entretanto, a atitude do espírita deve
ser de compreensão e oração... Resignação.
▪ O sepultamento: Aproveitar a oportunidade do sepultamento para orar, ou discorrer
sem afetação, quando chamado a isso, sobre a imortalidade da alma e sobre o
valor da existência terrena.
André Luiz
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CEMITÉRIO

Vamos traçar o ambiente de um cemitério.


Os cemitérios, onde geralmente os corpos são velados e posteriormente enterrados
são centros acumuladores de energias de sofrimento, angústia, revolta e etc.
Dentre os vários tipos de espíritos que podemos encontrar em um cemitério
podemos citar:
- Espíritos que estão algemados ao corpo, sofrendo pela própria decomposição.
- Espíritos que não são bons nem maus, podem estar acompanhando um enterro.
- Falanges de espíritos trevosos que espreitam os cemitérios atrás de recém-
desencarnados que não possuem o merecimento da proteção. Eles se aproveitam
de todas as maneiras possíveis dos que ficam ao léo.
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CEMITÉRIO

- Equipes espirituais de auxílio. Elas


ficam sempre em vigília para ajudar
aqueles que se tornam mais receptivos.
É importante se envolver em energias
positivas quando for ao cemitério,
sempre orando ao entrar e ao retornar.
Para os médiuns a atenção deve ser
redobrada.

Não se deve brincar em um enterro, falar mal da pessoa que morreu e etc., pois
do outro lado estão espíritos que podem se afinizar ou se revoltar com o que
você está falando e as consequências podem ser graves se o espírito resolver
lhe acompanhar ou se vingar.
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CEMITÉRIO
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Locais para onde são levados os Desencarnados


Cada espírito que desencarna é levado para um lugar diferente, que está em sintonia
com o seu grau de evolução e com a sua conduta durante a vida.
Para os espíritos medianos o processo é de encaminhamento aos Postos de Socorro
e depois eles são levados para o ambiente que se vinculam por afinidades familiares
ou de trabalho.
Para os que tiveram uma vida desregrada, prejudicando outras pessoas e a si
próprio, é necessário um período mais ou menos curto em zonas inferiores do
Astral, que Ramatís chama de Charcos Pestilenciais. Nesses ambientes, habitados
por espíritos que se entregaram as energias animais, o tempo se responsabiliza por
trazer à tona os erros cometidos, fazendo-o refletir, revoltando-se ou se culpando ele
vai aos poucos drenando as energias e se preparando para habitar esferas de
vibração superior ou reencarnar.
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Locais para onde são levados os Desencarnados


Retiramos o trecho abaixo do livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, onde
o nosso querido amigo espiritual fala de forma clara e objetiva sobre o Astral
Inferior, seus objetivos e sua necessidade, com vista a recuperação do espírito.
"As vítimas do remorso padecem, assim, por tempo correspondente às
necessidades de reajuste, larga internação em zonas compatíveis com o estado
espiritual que demonstram.
Além-túmulo, no entanto, o estabelecimento depurativo como que reúne em si os
Órgãos de repressão e de cura, porquanto as consciências empedernidas aí se
congregam às consciências enfermas, na comunhão dolorosa, mas necessária, em
que o mal é defrontado pelo próprio mal, a fim de que, em se examinando nos
semelhantes, esmoreça por si na faina destruidora em que se desmanda.
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Locais para onde são levados os Desencarnados

É assim que as Inteligências ainda


perversas se transformam em
instrumentos reeducativos daquelas que
começam a despertar, pela dor do
arrependimento, para a imprescindível
restauração.
O inferno, dessa maneira, no clima
espiritual das várias nações do Globo,
pode ser tido na conta de imenso cárcere-
hospital..".
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PENSAMENTOS
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PENSAMENTOS

"Cremos que a educação para o desencarne implica na educação para a vida“

A morte (...) é a liberdade !

É o voo augusto para a luz divina,


sob as bênçãos da paz da eternidade!
É bem começo de uma nova idade,
antemanhã formosa e peregrina,
da nossa vera e grã felicidade.“
Hernani Santanna
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REFERÊNCIAS:

❖ O Livro dos Espíritos - Allan Kardec


❖ O Céu e o Inferno - Allan Kardec
❖ O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
❖ Evolução para o Terceiro Milênio - Carlos T. Rizzini
❖ Obreiros da Vida Eterna - Francisco Candido Xavier - pelo espírito André Luiz
❖ Os Mensageiros - Francisco Candido Xavier - pelo espírito André Luiz
❖ Voltei - Francisco Candido Xavier - pelo espírito Irmão Jacob
❖ Evolução em Dois Mundos - Francisco Candido Xavier - pelo espírito André Luiz
❖ Sexo e Destino - Francisco Candido Xavier - pelo espírito André Luiz
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REFERÊNCIAS:

❖ Nosso Lar - Francisco Candido Xavier - pelo espírito André Luiz


❖ Entre a Terra e o Céu - Francisco Candido Xavier - pelo espírito André Luiz
❖ Missionários da Luz - Francisco Candido Xavier - pelo espírito André Luiz
❖ Ação e Reação - Francisco Candido Xavier - pelo espírito André Luiz
❖ Cartas e Crônicas - Irmão X
❖ A Vida Além da Sepultura - Hercílio Maes - pelo espírito Ramatis
❖ Magia de Redenção - Hercílio Maes - pelo espírito Ramatis
❖ Fisiologia da Alma - Hercílio Maes - pelo espírito Ramatis
❖ Site: http://www.grupopas.com.br; Gustavo Martins

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