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Q.150. a) Como comprova a alma a sua individualidade, uma vez que não tem mais corpo
material?
R: “Continua a ter seu perispírito, haurido da atmosfera do seu planeta e
conservando sua última aparência.”
Q. 156. A separação definitiva da alma e do corpo pode ocorrer antes da cessação completa da
vida orgânica?
R: “Na agonia, a alma, algumas vezes, já tem deixado o corpo; nada mais há que a
vida orgânica.
Q. 159. Que sensação experimenta a alma no momento em que reconhece estar no mundo dos
Espíritos?
R: “Depende. Se praticou o mal, no primeiro momento se sentirá envergonhado de o
haver praticado. Com a alma do justo as coisas se passam de modo bem diferente.
Q. 160. O Espírito se encontra imediatamente com os que conheceu na Terra e que morreram
antes dele?
R: “Sim, conforme a afeição que matinha com eles.
Q. 161. Em caso de morte violenta e acidental, quando os órgãos ainda não se enfraqueceram
em consequência da idade ou das moléstias, a separação da alma e a cessação da vida ocorrem
simultaneamente?
R: “Geralmente assim e; mas, em todos os casos, muito breve e o instante que
medeia entre uma e outra.”
Q. 162. Após a decapitação, por exemplo, conserva o homem por alguns instantes a
consciência de si mesmo?
R: “Não raro a conserva durante alguns minutos, até que a vida orgânica se tenha
extinguido completamente. Mas, também, quase sempre a apreensão da morte lhe
faz perder aquela consciência antes do momento do suplicio.”
1. A certeza da vida futura não exclui as apreensões quanto à passagem desta para a
outra vida. Há muita gente que teme não a morte, em si, mas o momento da
transição.
2º) Se nesse momento a coesão dos dois elementos estiver no auge de sua força,
produz-se uma espécie de ruptura que reage dolorosamente sobre a alma.
3º) Se a coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo.
4º) Se após a cessação completa da vida orgânica existirem ainda numerosos pontos
de contato entre o corpo e o perispírito, a alma poderá ressentir-se dos efeitos da
decomposição do corpo, até que o laço inteiramente se desfaça.
Daí resulta que o sofrimento, que acompanha a morte, está subordinado à força
adesiva que une o corpo ao perispírito.
A perturbação
Pouco a pouco a alma vai despertando desse torpor e tomando consciência de si,
calmos para uns, aterrador para outros.
A passagem
Capítulo 1 da 2ª parte de O Céu e o Inferno (Justiça divina segundo o espiritismo)
Nessa parte do livro, Kardec vai trabalhar exemplos de espíritos que tiveram as
mais diversas experiências ao passar pelo pórtico da desencarnação,
complementando o capítulo 3 da segunda parte de O Livro dos Espíritos: O retorno
dos espíritos ao mundo espiritual (Q149 a Q165).
1. A confiança na vida futura não exclui as apreensões da passagem dessa vida para
a outra.
2. Muitas pessoas não temem a morte por si mesma; o que elas temem é o momento
da transição.
6. A extinção da vida orgânica rompe o laço fluídico, então podemos dizer que a
sensação dolorosa ou prazerosa, que a alma sente está em razão da soma dos pontos
de contato que existem entre o corpo e o perispírito.
Por isso, a desencarnação pode ser mais ou menos penosa para a alma.
3º caso:
Se no momento da morte, corpo e perispírito estivessem fracamente unidos.
A alma não se abalaria, pois seria fácil a separação da alma e do perispírito.
4º caso:
Se depois da morte, ainda existirem numerosos pontos de ligação entre corpo e
perispírito.
A alma poderá sentir os efeitos da decomposição do corpo até que ambos estejam
devidamente desembaraçados.
A perturbação
Feita uma primeira classificação genérica, temos agora que considerar outra parte
do desenlace, a perturbação.
2. Tempo em perturbação.
Vai de algumas horas até alguns anos.
3. A medida que essa perturbação for se dissipando, as ideias confusas vão dando
lugar à lucidez.
Outras considerações
1. O momento da passagem não é o mais penoso, pois geralmente a alma não tem
mais consciência do que está acontecendo.
7. É no suicídio que essa situação se torna mais, grave e mais penoso, pois o corpo
está preso ao perispírito por todas as suas fibras. Disso decorre que a alma
experimenta sofrimentos atrozes.
Conclusão