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CAPÍTULO VI

VIDA ESPÍRITA (cont.)


• III – Percepções, Sensações e
Sofrimentos dos Espíritos

• IV - Ensaio Teórico sobre a Sensação dos


Espíritos
NOVAS PERCEPÇÕES
• Quando desencarnado, e de volta ao plano espiritual, o espírito pode passar a ter
percepções diferentes das que tinha quando encarnado. Vai variar de espírito para o
outro, conforme seu grau de adiantamento moral/nível de desmaterialização.

• INTELIGÊNCIA - Algumas percepções melhoram pelo fato de o espírito ter se libertado


da matéria. A inteligência, atributo do espírito, se torna mais límpida. Não significa que
o espírito terá mais conhecimento. Os mais inferiores são mais ignorantes.

• PERCEPÇÃO DO TEMPO - Os espíritos passam a ter uma percepção do tempo diferente


de quando estavam encarnados. Uma contagem longa de tempo na Terra pode significar
alguns instantes no mundo espiritual.

• PRESENTE, PASSADO E FUTURO - Um espírito desencarnado pode ter uma visão mais
ampla de presente, passado e futuro. Mas essa extensão e nitidez também vão
depender de seu grau evolutivo. Alguns poderão lembrar de episódios de sua vida
encarnado, inclusive de outras existências, mas não conseguirão chegar à sua origem
espiritual. Também podem, conforme o grau de depuração, ter uma ideia de futuro,
como se fosse o presente, mas não tem permissão de revelar esse futuro, nem pode
antever com precisão o que Deus prepara para eles. Essa percepção vai aumentando na
medida em que o espírito se aproxima mais de Deus.
MAIS PERTO DE
DEUS?
• APROXIMAÇÃO /INSPIRAÇÃO - Somente os espíritos
Superiores Puros é que conseguem ver Deus e
compreendê-lo. No entanto, todo espírito, por ter em
si a essência divina, pode sentir, perceber aquela
advertência ou inspiração sutil em seu interior. Essa
percepção é mais nítida para o espírito que se
encontra fora da matéria e, quanto mais for elevado,
mais essa voz lhe fala claramente.

• INTERMEDIÁRIOS DE DEUS - Deus também conta com


espíritos superiores, seus emissários, que têm
permissão para falar conosco em nome do Pai. De
qualquer maneira, para ouvirmos essa voz, é preciso
silenciar, meditar, orar, criando ambiente para que
essa comunicação ocorra e tenhamos “ouvidos para
ouvir”.
VISÃO E AUDIÇÃO
DOS ESPÍRITOS
• INDEPENDETE DE LUZ EXTERNA - Os espíritos não dependem de
luz externa para ver. Quando desencarnam e ainda são inferiores,
essa visão é turva e vai se tornando nítida com o entendimento
sobre a libertação física (consciência). Não há obstáculos materiais
nem trevas. Enxergam pela luz própria, são capazes de se deslocar
com a velocidade do pensamento. Essa extensão de alcance varia
conforme o grau evolutivo.

• AUDIÇÃO – Assim como a visão, a audição do espírito não depende


de um órgão específico, como no encarnado. As faculdades fazem
parte de todo o ser. Porém, os espíritos mais desmaterializados
captam a música celeste, algo que não eles não conseguem
explicar. Para os espíritos, comparar os sons celestes com os sons
terrenos, é como, para os encarnados comparar uma sinfonia com
os sons mais selvagens.

• Os espíritos também são mais sensíveis às belezas da natureza,


que são diversas nos vários globos -- e nós estamos muito longe de
conhecer todas. Para os espíritos elevados, há a beleza de
conjunto, diante das quais praticamente somem as belezas dos
detalhes (harmonia).
IV - ENSAIO SOBRE A SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS

• Os espíritos conhecem os sofrimentos e necessidades físicas, mas não os sentem


como quando encarnados. Também não sentem fadiga. O que sentem é a
necessidade de repouso moral, pois suas atividades são basicamente
intelectuais. Então, seu pensamento diminui de atividade. Quando mais
evoluído vai se tornando, menos sente necessidade de repouso.

• Então, por que alguns espíritos reclamam de frio ou de calor?

• Lembrança de situações vividas quando encarnados. Experimentam essa


sensação quando se lembram do corpo material. Mas a sensação vem da
memória que acompanha o espírito. Essa lembrança é que leva ao sofrimento,
mas não existem, sobre a alma, os efeitos que o calor ou o frio poderiam
provocar nas células do corpo físico (incêndio/nevasca).

• Essas sensações que ficam na memória se assemelham aos casos dos


amputados que sentem dores nos membros que não possuem mais. As
sensações foram guardadas no cérebro.
Memória no
perispírito

• No caso dos desencarnados, as percepções ficam registradas no perispírito, que leva essas sensações do corpo material
para o espírito e acompanha o espírito depois do desencarne. Pessoas que cometeram suicídio ou tiveram uma vida com
abusos no uso do corpo físico carregam esses sinais, que vão refletir em seus estágios de recuperação e até em futuras
encarnações. Mas a sensação da dor no desencarnado não está localizada no respectivo órgão, pois ele não dispõe mais do
corpo.

• Essas sensações podem ocorrer durante o processo da morte física, podendo demorar mais ou menos tempo, conforme o
grau de adiantamento do espírito. Em alguns casos, o espírito acompanha, desesperado, a decomposição dos corpo físico.

• Considerando que é o perispírito que leva as sensações do corpo ao espírito (e formará essa memória), se o perispírito não
se ligasse ao espírito, depois da morte do corpo, tudo o que ele sentiria seria um corpo morto. O contrário também: se o
espírito se desligasse e não mantivesse ligação com o perispírito, ele não teria as sensações que aquele perispírito
registrou e que vai lhe comunicar.
A memória do perispírito
nos diferentes graus evolutivos
• É o que acontece com os espíritos completamente purificados, já que eles se desligam do corpo que

lhes foi ofertado para reencarnar, mas não carregam um perispírito (Jesus). Quanto mais o espírito

evolui, mais eterizado é seu perispírito e, menos memória ele leva da carne.

• Mas se eles não têm as sensações ruins, não têm também as boas, da vida corpórea, como as

lembranças dos perfumes, da boa música. Porém, esses espíritos, em seu meio, desfrutam de

sensações tão mais evoluídas, sensações íntimas, encantos indefiníveis, dos quais nem temos ideia.

• Quando um espírito elevado vem nos visitar, ele reveste-se temporariamente de perispírito terrestre e

suas percepções se aproximam das dos espíritos vulgares.


Controle sobre as próprias
percepções
• Os espíritos menos evoluídos, com perispírito mais denso, no entanto, são alcançados
mais facilmente pelas manifestações terrenas, como os odores, os sons. Estes chegam
a eles por meio das palavras, que provocam uma vibração que os alcança, o que pode
ser captado não necessariamente por palavras, mas por transmissão de pensamento.

• Porém, espíritos em diferentes graus evolutivos podem tornar suas percepções


ativas ou nulas conforme sua vontade ou necessidade. Os mais elevados conseguem
se tornar invisíveis aos menos evoluídos, mas não o contrário. No entanto, algo que
todos são obrigados a ouvir são os conselhos dos espíritos mais elevados que eles.
O

O sofrimento continua?

• Depois de desencarnados, podemos continuar a sofrer? Sim e não. Conforme nossas escolhas (livre
arbítrio).

• Fundamental: domar as paixões -- ódio, inveja, ciúme, orgulho, vaidade, egoísmo. Praticar o bem,
perdoar, se resignar, não dar ao material mais valor do que deve. Para não ter lembranças penosas
na vida futura.

• E se sofreu fisicamente, enfrentou restrições, pobreza material? Essas questões não se tornarão
sensações ruins que o acompanharão, pois estarão vinculadas ao corpo físico, à matéria morta. Obs.:
neste trabalho, os espíritos acompanharam, durante muito tempo, inúmeros espíritos que
desencarnaram. Perceberam que os sofrimentos estão relacionados às condutas e que a nova
existência, fora da vida corpórea, se torna uma fonte de felicidade para os que optaram pelo bom
caminho.

• Resumindo: os que sofrem é porque escolheram, quiseram. E só podem queixar-se de si mesmo.


Tanto no outro mundo quanto neste. 
Não sei se a Vida é curta ou longa...
Demais para nós, mas sei que nada do que
vivemos tem sentido
Se não tocarmos o Coração das pessoas.
Muitas vezes, basta ser o colo que acolhe, o braço
que envolve,
O Sentido da A palavra que conforta, o silêncio que respeita, a
alegria que contagia
Vida A lágrima que corre, o olhar que acaricia, o desejo
(Cora Coralina) que sacia,
O Amor que promove
Isso não é coisa de outro mundo...é o que dá
Sentido à Vida...é o que faz com que ela não seja
nem curta, nem longa demais...mas que seja
intensa, verdadeira, pura, enquanto ela durar.

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