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Lição de Célula – NOVEMBRO – 1ª semana

 Fundamentos da Fé Cristã
VERSÍCULO-CHAVE:

Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é
perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de
batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. Isso faremos se Deus
permitir” (Hebreus 6.1-3). 

 INTRODUÇÃO

A Bíblia compara a vida de um crente à construção de um edifício (1 Coríntios 3.9). Cada crente está unido
em Cristo com outros cristãos para formar a Igreja (Efésios 2.22).

Aonde quer que os homens ergam um edifício eles devem primeiro lançar um alicerce apropriado. Desde
que este é um princípio natural compreendido por todas as pessoas, Deus usou-o para ensinar uma grande
verdade espiritual!

Um crente deve ter um fundamento apropriado para poder edificar uma boa casa espiritual. O fundamento
deve ser lançado de acordo com os planos do edificador. Esta lição explica a importância de ter um
fundamento espiritual apropriado e também apresenta princípios básicos sobre o que a Bíblia ensina sobre
este fundamento. 

O PROPÓSITO DO EDIFÍCIO

O Propósito de seu “edifício” espiritual é providenciar uma habitação para Deus. Seu Espírito habitará em
você apenas quando sua vida estiver edificada no fundamento certo. Paulo perguntou: “Não sabeis que sois
santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3.16).

Diante disto, você é advertido a edificar sua vida de maneira apropriada: “…cada um veja como edifica” (1
Coríntios 3.10).

O FUNDAMENTO

O fundamento espiritual do qual a Palavra de Deus fala:

ESTÁ BASEADO NA PALAVRA DE DEUS: 2 Timóteo 2.19. 

É UM BOM FUNDAMENTO: 1 Timóteo 6.19.

É BASEADO NA JUSTIÇA: Provérbios 10.25.

É ETERNO: 1 Timóteo 6.19.

O FUNDAMENTO: É EDIFICADO SOBRE UMA ROCHA QUE É IRREMOVÍVEL : Lucas 6.48.

ESTA ROCHA É JESUS CRISTO: Isaías 44.8 e 1 Coríntios 3.11.

JESUS: A ROCHA

Isaías 28.16
Muitos crentes professos tentam edificar grandes estruturas espirituais de Cristianismo em suas vidas. Eles
se envolvem nos programas da Igreja e fazem muitas boas obras. A aparência exterior de seus edifícios
espirituais é muito boa. Porém, alguns edifícios, depois de algum tempo, começam a rachar e a entrar em
colapso. Eles ficam desencorajados, derrotados e caem em pecado.  Isto acontece porque eles edificaram
sobre o fundamento errado.

Assim como um bom fundamento é necessário para sustentar apropriadamente um edifício no mundo
natural, o fundamento espiritual correto também é necessário para sustentar o edifício de sua vida espiritual
(1 Coríntios 3.11-13).

Todas as assim chamadas “obras cristãs” serão testadas por Deus. A estrutura de sua vida espiritual será
examinada para determinar se ela está edificada sobre o fundamento apropriado. O único fundamento da
vida espiritual que permanecerá é aquele que está edificado sobre Jesus Cristo.

A IMPORTÂNCIA DE FUNDAMENTOS

Fundamentos são importantes. O escritor de Salmos reconheceu isto quando disse: “Destruídos os
fundamento, o que poderá fazer o justo?” (Salmos 11.3).

No natural, se o fundamento de um edifício não está apropriadamente lançado, a estrutura toda pode entrar
em colapso. O mesmo é verdade no mundo espiritual. O fundamento errado resultará em desastre espiritual.

O registro bíblico de Ageu enfatiza a importância de fundamentos espirituais apropriados. Israel estava
experimentando uma colheita pobre no mundo natural. Ageu disse-lhes para examinarem seus caminhos
(Ageu 1.6,7,9).

Para corrigir o problema, Ageu disse a Israel que eles deveriam reedificar, tanto no mundo natural quanto no
espiritual. Reedificar no mundo natural era necessário para Israel porque eles tinham deixado de edificar a
Casa do Senhor. Eles tinham edificado suas próprias casas e colocado suas preocupações acima da ordem de
Deus para reedificar o templo. Mas o mais importante, o fundamento espiritual de suas vidas, estava errado.
Eles tinham oferecido sacrifícios (boas obras) mas com as mãos impuras (Ageu 2.14).

Uma obra certa oferecida por mãos impuras não é aceitável. O fundamento espiritual de suas vidas estava
errado e foi por isto que eles não foram abençoados por Deus.

Ageu disse ao povo de Deus que o fundamento do templo do Senhor deveria ser relançado. Ele disse que
eles deviam reconstruir sua vida espiritual sobre um fundamento apropriado. Desde o dia em que Israel
começou a edificar sobre o fundamento correto Deus começou a abençoá-los (Ageu 2.18-19).

Assim será conosco, a partir do dia em que começarmos a edificar apropriadamente, lançando os
fundamentos espirituais, Deus nos abençoará, em cada área de nossas vidas.

Para Refletir:

1. Qual a diferença entre fundamentos e alicerce? – São a mesma coisa, significa base.

2. Quando vamos lançar os alicerces de nossa construção é preciso preocupar-se se o lugar é próprio para
lançar os alicerces. A Bíblia nos convida a lançarmos o nosso alicerce na ROCHA. Quem é a ROCHA
biblicamente falando? – JESUS!

3. Vamos ler Mateus 7. 24 a 29. Na prática: O que seria construir a casa sobre a Rocha? E o que seria
construir a casa sobre a areia? (permita respostas).
Lição de Célula – NOVEMBRO – 2ª semana

 Fundamentos da Fé Cristã
A DOUTRINA DE JESUS 

Jesus enfatizou a necessidade de edificar sobre um bom alicerce espiritual. Ele ilustrou esta verdade por
meio de uma parábola de dois homens que construíram suas casas. A Bíblia tem dois registros destra
parábola. Uma é Mateus 7.24-29 e o outro está em Lucas 6.47-49.

Há diversos princípios importantes nestas passagens:

DOUTRINA:

O primeiro princípio é que edificar um fundamento espiritual apropriado é parte da doutrina (ensinamentos)
de Jesus. Esta passagem registra que o povo estava “maravilhado da sua doutrina”. Parte desta doutrina era a
história que ele contou sobre um bom fundamento.

Paulo refere-se a edificar um fundamento como parte da doutrina de Cristo (Hebreus 6.1). Depois, Paulo
continua a listar o conteúdo da doutrina de Cristo.

O FUNDAMENTO CERTO:

Os passos para edificar um bom fundamento espiritual são dados em Lucas 6.47:

1. Aquele que vem a mim…


2. Ouve as minhas palavras…
3. E as pratica.

Todos os três passos são exigidos. Não é suficiente vir a Jesus. Você deve também ouvir o que Ele diz. Mas
vir e ouvir não é suficiente. Você deve também tomar uma ação pessoal. Uma pessoa pode vir a Jesus, ouvir
o que Ele diz, mas não corresponder (Lucas 6.46) à vontade do Senhor.

Você pode conhecer a Palavra e ainda assim não agir com base nela.

 Jesus não é verdadeiramente Senhor de sua vida até que você corresponda aos Seus ensinamentos. O
bom fundamento é baseado na Palavra de Deus. O homem que vem a Jesus, ouve Sua Palavra, e
então age com base nela, este é que é chamado de sábio. Este homem assegurou-se de que o
fundamento espiritual de Sua vida estava firme. Ele “cavou profunda vala” removendo tudo que
havia entre ele e a Rocha, Jesus Cristo.

A Palavra de Deus é o Plano que mostra como edificar sua vida espiritual. A Bíblia deve ser aceita como a
absoluta autoridade e a base para seu fundamento espiritual, porque…

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a
instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. 2
Timóteo 3: 16 e 17

Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o
ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e as intenções do coração.
Hebreus 4.12

Nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da
parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”, (2 Pedro 1.21).
O propósito da revelação de Deus é dada em 2 Timóteo 3.16. A Bíblia contém instruções sobre a doutrina
básica de Jesus. Ela providencia reprovação e correção para o erro seguindo estes ensinamentos.

O FUNDAMENTO ERRADO:

O homem que edificou sobre um fundamento errado ouviu a Palavra de Deus mas não tomou nenhuma ação
pessoal sobre o que ele ouviu. Ele é chamado de “néscio” e comparado a um homem que edifica sem um
fundamento (Lucas 6.49). Sua casa foi edificada na areia ao invés de ser na rocha (Mateus 7.27).

Você edifica sobre a areia, espiritualmente falando, quando você baseia sua vida sobre tradições ou crenças
religiosas dos homens, pensando que você pode fazer a si mesmo algo de bom (espiritualmente falando) por
meio de boas obras, frequência à igreja, cerimônias religiosas, ou qualquer outra coisa que não seja JESUS!
Não vamos aos cultos para sermos salvos, mas porque somos salvos; não fazemos boas obras para sermos
salvos, mas porque somos salvos, ... Ou seja: Tudo o que fazemos, fazemos para O Senhor... Ele é a Rocha!

Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens. Colossenses 3.23

AS TEMPESTADES DA VIDA:

A parábola sobre os dois edificadores revela outra grande verdade: As tempestades fazem parte da vida.
Circunstâncias da vida resultam em muitas crises pessoais. Você poderá enfrentar a morte, doença e
desastres. Atos 14.22 adverte que “através de muitas tribulações, nos importa entrar no Reino de Deus”.
Jesus disse:  “… no mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33).

Ninguém escapa das tempestades. As tempestuosas circunstâncias da vida são experimentadas por todas as
pessoas em todo lugar. As tempestades são as mesmas, mas o que difere é como as pessoas reagem a elas.
Se sua vida espiritual não tem o fundamento certo você não subsistirá. Se sua vida está edificada sobre o
fundamento certo, sobre Jesus Cristo e Sua Palavra [doutrina], a tempestade não poderá o derrubar (Hebreus
12.26-27).

FUNDAMENTOS: UM PRÉ-REQUISITO

Um bom fundamento é um pré-requisito para construir um saudável edifício. A palavra “pré-requisito”


significa que algo é “exigido antes”. Um apropriado fundamento é requerido antes de construir a
“superestrutura”. A “superestrutura” é aquilo que é edificado sobre o fundamento.

Um fundamento espiritual apropriado é um pré-requisito para o desenvolvimento da maturidade espiritual.


Em Hebreus 6.1-3, nós lemos que não podemos alcançar a perfeição a menos que o fundamento espiritual
seja apropriadamente lançado. Maturidade espiritual é a superestrutura [o edifício] que repousa sobre o
fundamento espiritual. Se o fundamento está errado, então a superestrutura não permanecerá e você nunca
alcançará a maturidade espiritual.

A lição seguinte explica as coisas que devem ser parte de seu fundamento espiritual. Mas, como a parábola
das duas casas indica, não é suficiente estar informado destas doutrinas básicas. Você deve responder
pessoalmente à Palavra de Deus e integrar estas verdades ao fundamento espiritual de sua vida.

Se você não corresponder à Palavra de Deus, você é como o homem descrito em Tiago 1.22-25.

Para refletir:

1. De que DOUTRINA de Jesus as pessoas estavam se referindo em Mateus 7. 28 e 29? – Todo o sermão da
montanha. Que está descrito nos capítulos 5, 6 e 7 de Mateus

2. Quais são os passos que precisamos dar para um bom fundamento ser estabelecido? – Ir à Jesus, ouvir
Suas palavras e praticar o que Ele ensinou.
Lição de Célula – NOVEMBRO – 3ª semana

 Fundamentos da Fé Cristã

Arrependimento De Obras Mortas: Parte I

VERSÍCULO-CHAVE:  Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). 

INTRODUÇÃO

Hebreus 6.1-3 (leiam nas várias traduções possíveis) lista os princípios da doutrina de Cristo sobre os quais
o cristão deve edificar sua vida espiritual. Estes princípios são chamados de “fundamentos da fé cristã”. Eles
formam as doutrinas básicas sobre as quais descansa a fé cristã. O primeiro destes princípios é o
“arrependimento de obras mortas”.

ARREPENDIMENTO

O Significado básico da palavra “arrependimento” é uma mudança de mente que resulta numa mudança
exterior das ações. METANÓIA (GREGO) Etimologicamente, a palavra metanoia se originou a partir do
grego metanoein, formado a partir da união de metá, que significa "depois"; e νοῦς, que significa
"pensamento" ou "intelecto". Assim, a interpretação literal deste termo seria semelhante a "mudar o
próprio pensamento".

Algumas pessoas associam o arrependimento com emoções, como derramar lágrimas e sentir-se triste por
ações e pensamentos errados. Arrependimento não é uma emoção. É uma decisão. A emoção algumas vezes
acompanha o verdadeiro arrependimento. Mas é possível que uma pessoa sinta grande emoção e derrame
muitas lágrimas e nunca verdadeiramente se arrependa.

Outras pessoas associam o arrependimento com o cumprimento de exigências religiosas especiais, algumas
vezes chamadas de “penitências”. É possível cumprir muitas exigências religiosas e nunca se arrepender no
sentido bíblico.

Verdadeiro arrependimento é uma mudança de mente que resulta numa mudança em ações externas. Esta
mudança externa é o ato de converter-se do pecado para Deus e à Sua justiça. Esta “conversão” mostra a
mudança interior que ocorreu na mente.

ARREPENDIMENTO INEFICAZ

Existem algumas passagens na Bíblia aonde a palavra “arrependimento” é usada de um modo diferente.

JUDAS:

Em Mateus 27.3-4, Judas Iscariotes reconheceu que Cristo tinha sido injustamente condenado à morte. Ele
arrependeu-se de sua parte na traição de Cristo.

A palavra grega usada aqui em Mateus 27.3 para “arrependimento” (segundo algumas versões, pois na
atualizada fala de “remorso”) não é a mesma palavra que significa mudança de mente. É uma palavra que as
pessoas frequentemente confundem com verdadeiro arrependimento. Em muitos idiomas, as palavras tem
mais de um significado. Isto também é verdadeiro nas linguagens na qual a Bíblia foi escrita. Há mais do
que um significado para a palavra “arrependimento” na Bíblia. A palavra usada nesta passagem sobre Judas
significa emoção, tristeza e angústia.

Judas experimentou tristeza pelo que ele tinha feito, mas ele não experimentou verdadeiro arrependimento
bíblico. Ele não tomou uma decisão que resultou em mudança em suas ações. Ele continuou com ações
erradas e ferindo a si mesmo.
ESAÚ:

Esaú foi outro homem que cometeu este trágico erro. Ele pecou por vender a primogenitura dada por Deus
por um prato de sopa. A Bíblia registra:

Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar
de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado” (Hebreus 12.17).     

Esaú trocou sua primogenitura por uma sopa lentilhas. Ao fazer isto, ele rejeitou todas as bênçãos e
promessas de Deus que estavam associadas à primogenitura.

Depois, ele se entristeceu com o que havia feito. Ele chorou e derramou suas lágrimas. Mas, forte emoção
não é prova de arrependimento. Esaú não se arrependeu verdadeiramente. Ele apenas estava triste por ter
perdido a primogenitura e deseja reavê-la.  Seu “arrependimento” não foi aceitável porque há uma diferença
entre remorso e arrependimento.

OBRAS MORTAS

Se nós queremos verdadeiramente compreender o significado de arrependimento, nós devemos compreender


do que devemos nos arrepender. Nós devemos compreender as “obras mortas”. “Obras mortas” são as ações
de uma vida vivida à parte de Deus. Estas obras podem ser atos errados ou atos de autojustificação.

Elas são chamadas de “pecado” na Bíblia. O elemento básico que causa o pecado é o egoísmo. É o amor de
si mesmo em oposição ao amor de Deus e à Deus. Este amor do “eu” resulta no homem fazer as coisas “do
seu próprio jeito” (Isaías 53.6).

Jesus morreu pelos pecados dos homens para que…

“…os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”, (2
Coríntios 5.15).

Quando você se arrepende destas obras mortas de egoísmo, isto significa que você reconhece a existência de
um único verdadeiro Deus, confessa que você é um pecador, pede perdão pelos seus pecados e aceita o
plano de Salvação de Deus através de Jesus Cristo.

Para Refletir:

1. O que significa ARREPENDIMNETO? – Mudança de mente.

2. Vamos juntos ler Romanos 12. 1 e 2. “... mas transformem-se pela renovação da vossa mente...”

Paulo está fazendo um apelo para que cada um transforme-se. Arrependimento NÃO é um sentimento é uma
DECISÃO que se toma a partir da conscientização do pecado.

Você, assim como eu deseja experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, mas para isso, existe
uma condição, encararmos aquilo que confronta a Santidade de deus em minha vida e tomar o firme
propósito de arrepender-me. O processo do arrependimento é:

a) consciência do pecado b) confissão e pedido de perdão c) a decisão de abandonar o pecado

Encerrar orando para que o Espírito Santo nos conduza a esse processo!
Lição de Célula – NOVEMBRO – 4ª semana

 Fundamentos da Fé Cristã

A ORIGEM DO PECADO

O Mal existia antes do homem ser criado. O pecado se originou em Lúcifer, também conhecido como
Satanás.  A Bíblia registra que Lúcifer foi um anjo especial que originalmente havia sido criado perfeito por
Deus. Lúcifer pecou quando ele desejou ser igual a Deus. Por causa deste pecado, Lúcifer foi expulso do
Céu para a terra (Isaías 14.12-14; Ezequiel 28.14-16).

OBS. A palavra lúcifer é um substantivo masculino latino que transmite o significado de “aquele que
brilha”, ou “portador da luz”. Como a Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego, a palavra lúcifer não
é encontrada originalmente nela. Mas quando os textos bíblicos foram traduzidos para o latim (Vulgata
Latina), a palavra lúcifer foi empregada em alguns casos para traduzir os termos originais. Em todas essas
vezes, nunca lúcifer aparece como nome próprio, porém acabou tendo o peso de nome próprio. Satanás
significa inimigo, adversário.

Na Terra , Lúcifer/Satanás, continuou sua rebelião contra Deus. Quando Deus criou o primeiro casal (Adão
e Eva), Satanás levou-os a pecar contra Deus no mesmo nível do seu pecado, conduzindo Eva a desejar ser
igual a Deus. Esta rebelião é, algumas vezes, chamada de “a queda do homem” ou “pecado original”.
Gênesis 3. 1 a 6.

Deus advertiu Adão e Eva que a penalidade do pecado seria morte física e espiritual – Gn 2. 15 a 17. A
Morte espiritual foi a separação de Deus, a perda do relacionamento com Deus. E a Morte Física foi a perda
da vida eterna, ou seja, fomos condenados a morte eterna. Por causa do pecado de Adão e Eva, a morte veio
sobre todos os homens (Romanos 5.12 a 19).

Por causa da queda do homem, o pecado passou à toda humanidade. Isto significa que cada um que nasce
herda a natureza do pecado, ou seja, toda a criação foi afetada pela entrada do pecado no mundo. Passamos
todos à condição de pecadores e, por isso, enfrentamos a penalidade da morte física e da morte espiritual.

A rebelião de satanás contra Deus ainda continua. O tentador não desiste! Seu trabalho é impedir que as
pessoas conheçam o plano Redentor de Deus ao homem. Há uma constante batalha espiritual pelos corações,
mentes e almas dos homens.

 Sobre A natureza do pecado

“O pecado é um desafio à justiça de Deus, um roubo à sua misericórdia, um zombar de sua paciência,  um
desprezo ao seu poder e um desdém ao seu amor” (John Bunyan).

O profeta Isaías, no capítulo 59.2 ,apresenta aos hebreus um defeito na comunicação vertical entre estes e
Deus: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem
o seu rosto de vós, para que não vos ouça”.

A narrativa da raça humana é apresentada na Bíblia Sagrada basicamente como o homem num estado de
desobediência e rebelião contra o seu criador, e Deus estabelecendo seu plano para a remissão do homem.

Definição - Podemos dizer a priori que o pecado é um estado mau da alma e/ou da personalidade. O pecado
não são meramente atos errados praticados isoladamente, não é algo apenas concreto e externo, mas é algo
inerente e interiormente fixado na alma do ser humano. Sendo assim, não é só porque determinada pessoa é
qualificada como “boa, de caráter, de moral, etc...” que está isenta de pecar. Independente das qualidades do
ser humano em si, a Palavra de Deus afirma que todos pecaram: “Porque todos pecaram e destituídos estão
da glória de Deus” (Rm 3.23).
As pessoas, em geral, pensam no pecado somente como atos individuais tais como: roubar, matar, adulterar,
mentir. No entanto, pecado é muito mais que isso. Vejamos:

Pecado é uma tendência interior - Não podemos declarar que o pecado sejam apenas atos errados
conforme dito anteriormente. Pecado é a disposição que o ser humano, interiormente, tem para a prática
destes atos. Ninguém mata, rouba, adultera, sem antes dispor de inclinações para a prática do pecado. Antes
que o indivíduo assassine alguém, ele alimenta a ira, o ódio, a vingança. Antes que aconteça o adultério, a
cobiça, a sensualidade, a imoralidade se instala no coração humano. As ações, os atos, não são mais
importantes que os motivos, os desejos. Jesus não condenou apenas o homicídio e o adultério (Mt 5.21,27),
mas também condenou a ira e a cobiça (Mt 5.22,28). Logo, não pecamos pelo simples fato de o pecado ser
inevitável, mas, porque a nossa natureza corrompida nos compele a tal prática: eis aí a causa do pecado.

Mas como poderia então o homem obedecer ao mandamento bíblico explicitado em 1Pedro 1.15?: “Mas,
como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”.

Primeiramente, apresentando uma vida de conformidade com a lei moral e divina, não somente em atitudes
santas, coerentes com as virtudes de Deus, mas também em motivos puros. A definição de pecado, portanto,
é “deixar de se conformar à lei moral de Deus, seja em ato, seja em atitude, seja em natureza”, conforme
analisa Wayne Grudem, renomado teólogo cristão.

Pecado é desobedecer, é rebelar-se - Note o que diz o texto de Romanos 2.14,15: Este texto deixa claro
que não há desculpa para o ser humano quanto a não ter o conhecimento real de Deus. Se os gentios não têm
a revelação especial acerca de Deus, no entanto, a “lei” de Deus está anexada, escrita em seu coração. Não
crer na mensagem apresentada, então, se torna desobediência e rebelião contra Deus. Saber o certo e fazer o
errado, teologicamente é pecado, e foi exatamente isso o que aconteceu com Adão e Eva ao desobedecerem
a exigência de Deus quanto a não se alimentarem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn
2.16,17).

Pecado denota a incapacidade espiritual do ser humano - Quando comete pecado o ser humano distorce
e deforma a imagem na qual foi criado à semelhança de Deus originalmente. É este o motivo de tantas
anomalias no comportamento humano. Analisando Romanos 1.21-32, o quadro é crônico. Tomemos como
exemplo apenas os versículos 21 e 28:

 “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em
seus discursos se desvaneceram, e o seu ” (v 21). É como se fosse uma luz que pouco a pouco se
esvai. Os valores morais passam a ser invertidos. Este quadro devastador é tão antigo que o profeta
Isaías disse aos seus contemporâneos: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem
das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Is 5.20).coração
insensato se obscureceu

 “E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim , para fazerem coisas que não
convêm” (v 28). Quantas bestialidades o ser humano comete e quantas crueldades aprova e pratica?
E ainda alguém pergunta: “Mas como pode um ser humano chegar a esse nível?”. São sentimentos
perversos liberados e tolerados por Deus. E assim o ser humano vai como se fosse um barco à deriva.
Conforme escreveu o apóstolo Paulo aos Romanos, as pessoas que estão neste estado precisam
passar por uma transformação geral: “E não sede conformados com este mundo, mas sede , para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).Deus os entregou a
um sentimento perversotransformados pela renovação do vosso entendimento

Pecado é cumprir parcialmente as exigências de Deus - Há uma incompreensão por parte de muitos
cristãos ao se depararem com o texto de Mateus 5.48 que diz: “Sede vós, pois perfeitos, como é perfeito o
vosso Pai que está nos céus”. Esta perfeição implica em atingir as normas estabelecidas por Deus, o que por
parte do ser humano poderá não ser total ou parcialmente alcançado. Os fariseus foram censurados por Jesus
nem tanto pelo que faziam, mas sim, pelos motivos com que faziam (Mt 6.1-18). Sendo assim é pecado,
também, praticar atos com a intenção de ter a aprovação apenas e simplesmente humana.
Pecado é depreciar a Deus - Neste aspecto, não deve existir ninguém mais importante tomando o lugar que
Deus deve ocupar no coração dos seus filhos. Jesus referiu-se a isso também quando disse: “Quem ama o pai
ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é
digno de mim” (Mt 10.47). Portanto, ele não queria dizer com isso que os pais não devam ser amados, mas,
ele se refere à posição que deveria ocupar no coração de seus seguidores. A primeira proibição no decálogo
é: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Deus deve ter a primazia em tudo: “Mas, buscai
primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.30). Dar o
primeiro lugar a alguém ou a qualquer objeto em detrimento de Deus redunda em pecado, e é idolatria.

Conceito etimológico

As Escrituras Sagradas empregam, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, vários
vocábulos quando se trata de definir o pecado. A seguir seguem alguns significados:

Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei” (1
João 3.4).

Todos pecaram, mas Deus proveu um meio para escaparmos das penalidades do pecado. Através do
arrependimento de obras mortas e da aceitação do senhorio de Jesus Cristo como Salvador pessoal.

Falaremos sobre Redenção em outra Lição.

Para Refletir

1. Deus criou o mal?

- Isaías 45.7 (Deus criou a possibilidade do mal, para que todos pudessem ter a condição do Livre arbítrio)

2. Quem tentou Lúcifer?

- Tiago 1. 12 a 20 (Ele foi tentado pela sua própria cobiça)

3. Qual foi o pecado original?

- Chama-se de pecado original o pecado de Adão e Eva – A desobediência à Deus, ao desejo de ser igual a
Deus, a incredulidade quanto aquilo que Deus havia dito.
LIÇÃO DE CÉLULA – MARÇO/2023 – 1ª SEMANA

FUNDAMENTOS DA FÉ -> LIVRE ARBÍTRIO

O que é livre-arbítrio?

Texto básico: Romanos 6.1-14

Quem nunca ouviu falar em livre-arbítrio? A palavra é conhecida, mas seu significado pode ser desconhecido pela
maioria das pessoas, que a utilizam. O conceito dessa palavra é tão importante que, quando entendido corretamente,
pode causar grande confusão. Foi o que ocorreu na época da Reforma Protestante. Depois de ter afixado nas portas da
catedral de Wittenberg suas 95 teses, Martinho Lutero precisou debater com Erasmo de Roterdã sobre livre-arbítrio.
Ele até escreveu um livro muito conhecido intitulado A escravidão da vontade, no qual argumentou contra a Igreja
Católica Apostólica Romana e expôs as ideias bíblicas sobre livre-arbítrio.

Para Lutero, era impossível conciliar o verdadeiro evangelho da graça de Deus com a ideia de livre-arbítrio pregada e
crida na Igreja Católica. Por causa disso, Lutero foi excomungado e tratado como herege, mas, apesar disso, ele abriu
as portas para um movimento de retorno às Escrituras, o que permitiu a compreensão desse tema tão importante, à luz
da Palavra de Deus. 

I. O que é livre-arbítrio?

Popularmente, livre-arbítrio é entendido como a possibilidade do homem de fazer escolhas de forma “livre”, ou seja, o
homem pode fazer o que quiser, e isso o tornaria livre de qualquer influência, até mesmo de Deus. É como se o Senhor
não tivesse nada a ver com as nossas decisões diárias. Porém, o termo livre-arbítrio sob a óptica da teologia e da
filosofia é muito técnico e restrito. Nesta lição, o que nos interessa é o livre-arbítrio relacionado à Soberania de Deus
na salvação e como deve ser entendido à luz das Escrituras.

Podemos dizer que livre-arbítrio é a capacidade que o homem tem de fazer escolhas que podem ser contrárias ou não à
sua natureza. O termo arbítrio diz respeito a julgar, isto é, o homem “teria” a capacidade de avaliar se vai tomar uma
decisão contrária à sua natureza ou não, por isso o termo “livre”. Usei o verbo no futuro do pretérito (teria), porque,
na realidade, segundo a Escritura, nenhum homem tem livre-arbítrio. O único homem que teve livre-arbítrio foi Adão.

É importante entender que o homem foi criado segundo a imagem e semelhança de Deus, ou seja, em retidão e
perfeita santidade. “Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias”
(Ec 7.29; cf. Gn 1.27; 2.7; 3.6; Sl 8.5; Mt 10.28; Rm 2.14-15; Cl 3.10). Quando o homem pecou, perdeu a condição de
“arbitrar” sobre sua vontade, perdeu a possibilidade de escolher entre estas duas alternativas: praticar a vontade de
Deus ou pecar.

Para entender isso o esquema criado por Agostinho de Hipona sobre a condição do homem antes e depois do pecado é
de grande ajuda.

Antes da Queda o homem era: 

 posse non peccare (capaz de não pecar)


 posse peccare (capaz de pecar)

Depois da Queda o homem é:

 non posse non peccare (incapaz de não pecar)

Antes de pecar, o homem poderia obedecer à vontade de Deus e lhe ser agradável por meio da sua própria justiça e
santidade. Após a Queda, ele tornou-se incapaz de não pecar. A relação entre a liberdade, responsabilidade e soberania
será explorada mais à frente, nas próximas semanas. No momento, interessa-nos conhecer a devassidão causada pelo
pecado para podermos compreender que, após a Queda, o homem conseguiu o que chamamos de “livre-agência”.

PARA REFLETIR: 1. O que você achou desta perspectiva a respeito do Livre-arbítrio?

2. Você sabe qual é a diferença entre livre-arbítrio e livre-agência?


LIÇÃO DE CÉLULA – MARÇO/2023 – 2ª SEMANA

FUNDAMENTOS DA FÉ -> LIVRE ARBÍTRIO

II. O estrago do pecado

Primeiro, é necessário saber que o pecado de Adão atingiu todos os homens em todas as épocas, incluindo
até mesmo a criação inanimada (Rm 8.19-21). “… pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”(Rm
3.23), e “… assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12).

Quando Adão pecou, toda a criação caiu com ele. É importante entender a extensão do pecado para
reconhecer que ninguém está alheio aos seus efeitos, nem mesmo as crianças. Diz o rei Davi: “Eu nasci na
iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5; cf. Is 48.8). Após a Queda, todos os seres hu-
manos nascem na condição de pecadores.

Segundo, o pecado nos tornou inimigos de Deus. Em sua carta aos Efésios, o apóstolo Paulo diz “…
andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e
éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3).

Tiago registra que “Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4b; cf.
Cl 1.21). A ruptura que o pecado causou na comunhão de Deus com o homem tornou esse último não apenas
desobediente, mas também um potencial rival da vontade divina.

Terceiro, o pecado matou o homem, afastando-o de Deus. Em Efésios, lemos: “Ele vos deu vida, estando
vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Ef 2.1; cf. Gn 2.17). O profeta Isaías disse: “… as vossas
iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós,
para que vos não ouça” (Is 59.2).

A morte espiritual diz respeito à impossibilidade que o homem tem de se relacionar com Deus. Há um
abismo entre o pecador e o Senhor que é impossível para o homem aproximar-se dele.

Em último lugar, o pecado afetou todas as faculdades do ser humano. Isso significa que não há um
pensamento, atitude e palavra que não estejam manchados pelo pecado; e isso é assustador. As Escrituras
relatam que “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente
mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). Esse retrato não se refere somente à geração do dilúvio. O que
o Senhor revela em sua Palavra sobre nossa condição é terrível:

“… como está escrito: Não há um justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus;
todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há um sequer. A garganta deles
é sepulcro aberto; com a língua, usam de engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm
cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há
destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante dos seus olhos” (Rm
3.10-18).

Perceba que o apóstolo Paulo faz várias citações do Antigo Testamento, ou seja, essa verdade está presente
em toda Escritura. Note que todos os homens são colocados sob o mesmo patamar, e por duas vezes ele
afirma “não há um sequer”. Agora, veja a lista de pecados que ele coloca como nossos, pois todos nós
estamos sujeitos a praticá-los. Quando observamos a nossa vida, podemos até pensar que não somos tão
maus assim. Mas, de fato, o que a Palavra ensina é que a raiz – por isso usamos o termo radicalmente – está
contaminada e compromete tudo o que dela procede. O pecado habita no coração do homem e, como nosso
Senhor Jesus ensinou, “do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos,
falsos testemunhos, blasfêmias” (Mt 15.19). “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e
desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17.9).
Por isso, dizemos que o homem perdeu o livre-arbítrio, isto é, ele não tem mais a capacidade de arbitrar
entre o bem e o mal; mas a condição da sua vontade é de livre-agência. 

III. Do livre-arbítrio para a livre-agência. Da Livre-agência para o Livre-arbítrio.

A livre-agência pode ser definida como a capacidade de o homem fazer escolhas somente de acordo com a
sua natureza. Se Adão, que foi criado santo e reto, pôde fazer uma escolha contrária à sua natureza boa,
depois do pecado, todos os homens agem somente por isso - livre-agência – de acordo com a sua natureza,
agora caída.

A. Antes da Conversão

Antes de receber a Cristo Jesus como Senhor e Salvador, como vimos brevemente, o homem está morto em
seus delitos e pecados e vive em desobediência a Deus (Ef 2.1-3). “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele
ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jr
13.23). Veja a constatação do profeta Jeremias. É importante lembrar que ele fala para um povo e em uma
época em que não existiam as cirurgias estéticas tão comuns atualmente. É como se ele estivesse dizendo
que, se fosse possível alguém mudar a cor da pele, só porque quer, então, alguém acostumado a fazer o mal
conseguiria fazer o bem. A situação é de escravidão, servidão: “… todo o que comete pecado é escravo do
pecado” (Jo 8.34).

A vontade do homem está condicionada e servilmente sujeita ao pecado que habita nele. Não há nada que o
homem caído possa fazer para, sozinho, desvencilhar-se dessa situação, pois ele está morto em seus delitos e
pecados (Ef 2.1). Assim, sua vontade não é de maneira alguma livre; ele não pode arbitrar entre o bem e o
mal, e segundo a Palavra todo homem deseja somente pecar. Se Deus não usar de sua graça e misericórdia, o
homem continuará fazendo somente a vontade da carne.

B. Depois da conversão

Quando Deus nos salva, ele retira de nós o coração de pedra – lembre-se, a raiz do problema – e coloca em
nós um novo coração, disposto a servi-lo, obedecê-lo e buscá-lo (Ez 11.19; 36.26; Sl 51.10). Ao mesmo
tempo, ainda estamos presos a nosso estado corruptível; mas, em nossa nova vida, o cristão tem condições
de lutar contra o pecado e, em Cristo, ser vitorioso sobre os seus inimigos: a carne, o mundo e o diabo (Jo
16.8-11,33; Rm 6.13,18; 8.10, 37; 1Jo 2.13-14; 5.4-5).

Cristo Jesus foi morto “… carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para
que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados” (1Pe 2.24).

O cristão volta a ter livre-arbítrio, porém seu coração precisa ser constantemente fortalecido e preenchido
pela Palavra e pelo Espírito para que ele obedeça a Deus de modo que o agrade (Gl 5.16 e 17; Ef 5.15-20;
2Tm 3.16-17; Hb 4.12).

Adão e Eva, antes de pecarem, não precisavam se esforçar para obedecer a Deus, pois tinham sido criados
santos e justos. Quanto ao crente, nascido sob o pecado, mas regenerado pelo Espírito de Deus, precisa se
esforçar para cumprir a vontade do Senhor (At 24.16; Ef 4.3; Hb 4.11; 12.15; Jd 3), este esforço se refere ao
desejo, a busca por agradar a Deus. Isto é: agora, em Cristo, tendo condições de arbitrar entre certo e errado,
bem e mal, vida e morte, decidimos agradar a Deus, Escolhemos agradar a Deus, ou seja, usamos o Livre-
arbítrio!

Ao Senhor de toda glória seja o nosso livre-arbítrio!


LIÇÃO DE CÉLULA – MARÇO/2023 – 3ª SEMANA

FUNDAMENTOS DA FÉ -> GRAÇA

ESTUDO SOBRE A GRAÇA DA DEUS

Mergulhando na Graça de DEUS

“Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se DEUS é por nós, quem será contra nós? Aquele que não
poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com
ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de DEUS? É DEUS quem os justifica. Quem
os condenará? É CRISTO JESUS quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de DEUS e
também intercede por nós. Quem nos separará do amor de CRISTO? Será tribulação, ou angústia, ou
perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues
à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém,
somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os
poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de
DEUS, que está em CRISTO JESUS, nosso SENHOR.” (Romanos 8:31-39)

DEUS amou-nos primeiro mesmo que não tivéssemos nada para oferecer a Ele. Seu amor não é condicional,
não aumenta, não diminui, permanece sempre o mesmo e é dado a qualquer pessoa.

Graça é um favor imerecido ou algo concedido livremente por DEUS para aquela pessoa que não merece,
não é digna; é um presente que recebemos sem méritos próprios, motivado unicamente pelo amor e
misericórdia de DEUS para conosco. Podemos dizer que graça é o amor de DEUS agindo em nós, dando-
nos livremente o seu perdão, a sua aceitação e o seu favor (imerecido). Ela é um dom, através do qual DEUS
estende misericórdia e salvação às pessoas, permitindo que Ele confronte a indiferença e rebelião do homem
com Sua capacidade ilimitada de perdoar e abençoar.

Por estarmos acostumados a “comprar” consideração, amor, respeito, fazendo algo “por merecer”, sendo
este um “vício” da natureza humana, temos grande dificuldade em entender o verdadeiro significado da
graça de DEUS: atributo DIVINO, e não humano; presente, pelo qual, não precisamos dar nada em troca.
Nós não precisamos fazer nenhum esforço, não precisamos estar limpos e santificados para receber esse
presente, basta apenas querer receber e aceitá-lo, usufruindo, assim, do amor e graça de DEUS. A graça dá
ao homem participação na natureza divina, assim como o carvão em contato com o fogo, que continua sendo
carvão, mas é purificado e adquire as propriedades do fogo.

Graça X Lei.

Você, com certeza, já escutou a seguinte frase: “vivemos na época da graça e não da lei” e isso significa
dizer que não seremos salvos se apenas cumprirmos as leis, mas sim se recebermos a graça de DEUS,
através da fé no sacrifício de JESUS na cruz. Apesar de vivermos na época da graça, cumprimos as leis, sim,
através dessa graça mesmo. Temos de estar alertas para não cairmos em uma falsa graça, manipulando o
perdão de DEUS, ao fazermos coisas que O desagradam sem qualquer temor a Ele.

“Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mateus
5:17)

 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; não vem das obras,
para que ninguém se glorie.” (Efésios 2: 8 e 9)

As leis não nos garantem a salvação; elas foram criadas por DEUS para que vivêssemos da melhor forma
possível aqui na terra. Em sua infinita sabedoria, Ele já sabia que não conseguiríamos guardar todas as 613
leis e, por isso, manifestou a sua graça sobre nós, cumprindo o que é dito na bíblia, que a misericórdia
triunfa sobre o juízo. A graça sempre será a base do relacionamento entre DEUS e os homens, sendo
aplicada desde a pessoa mais correta até a mais pecadora.

“Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos.”
(Tiago 2:10)

 “Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa
sobre o juízo.” (Tiago 2:13)

O fariseu é um exemplo bíblico de uma pessoa que desconhece a graça. Com suas 613 leis que detalhavam a
vida cotidiana, ele transformou a justiça em uma ciência exata, não deixando espaço para o amor, mas só
para o julgamento. O fariseu era zeloso em guardar as leis, mas não dava importância ao relacionamento
vivo com DEUS. Ele estava mais preocupado em respeitar tradições humanas do que em buscar a DEUS.
Ele acreditava que religião era obedecer a leis e regras, mas se esquecia de amar DEUS e o próximo, de
servir DEUS e se oferecer em favor do próximo.

“Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos
e pecadores? Mas JESUS, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes.” (Mateus
9:11 e 12)

JESUS não veio revogar a lei, mas cumpri-la. Quando Ele resumiu todas as leis em apenas duas, estava
mostrando o segredo para conseguir cumprir todas as demais.

“A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem
ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e,
se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Romanos 13:8-
10)

Para Refletir:

1. O que significa “graça”? Favor sem merecimento

2. O que significa “Dom de Deus”? Presente de Deus

3. Logo, transliterando: “somos salvos pela graça, e isso não vem de vós é dom de Deus” = somos salvos
não porque merecemos, e isso é um presente de Deus para nós.

4. A graça de Deus é somente nos dada para a salvação? O que você acha?

Continuamos a partir daqui na semana que vem.

Deus os abençoe!
LIÇÃO DE CÉLULA – MARÇO/2023 – 4ª SEMANA

FUNDAMENTOS DA FÉ

ESTUDO SOBRE A GRAÇA DA DEUS

“Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mateus
5:17)

Antes (época da lei)        X        Agora (época da graça)

Bastava não assassinar      X        Além disso, não posso guardar rancor;

Bastava não adulterar        X        Além disso, não posso ser lascivo;

Bastava não testemunhar

falsamente contra o próximo  X    Além disso, não posso julgar o próximo.

Hoje em dia, essas são as novas exigências que DEUS nos faz. Não foi DEUS quem se separou do homem,
mas sim, o homem de DEUS, a partir do momento que passou a buscar sua independência. DEUS, em
contrapartida, continuou a amar o pecador. JESUS veio para aqueles que estão pobres e doentes de espírito,
Ele abomina o pecado, mas ama o pecador.

A graça também muda nossa filiação: de filhos e herdeiros de pessoas comuns, passamos a ser filhos do
REI. A graça de DEUS não muda nosso passado, mas sim o nosso presente e o futuro. Um bom exemplo de
pessoas que alcançaram a graça de DEUS são Raabe e Bate-Seba, uma prostituta e uma adúltera, que são
mencionadas na linhagem de JESUS (Mateus 1:1-17). A graça leva-nos a participar da história de JESUS, a
despeito de nosso passado!

Mesmo no Antigo Testamento DEUS revelou Sua graça e misericórdia para com o povo, perdoando-o e
chamando-o de volta a Si, embora não merecessem, pois por tantas vezes eles O traíram prostrando-se ante
outros deuses. DEUS, porém, permaneceu fiel à promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó, através de Sua
graça.

Em JESUS CRISTO, DEUS manifestou a plenitude de Sua graça, transmitida aos cristãos pelo ESPÍRITO
SANTO, que nos dá o consolo, o perdão e o poder para fazer a vontade de dEle.

A graça é para TODOS, principalmente para os que estão em trevas, afundados em pecados, mas
infelizmente nem todos correspondem a ela. Lembre-se de como você estava quando JESUS te chamou!

“Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a
graça.” (Romanos 5:20)

Quando não estamos enfrentando dificuldades, tendemos a achar que não precisamos da graça de DEUS; a
maior dificuldade do homem está em aceitá-la.

O homem, em função de sua tendência ao pecado, tenta condicionar o recebimento da graça a algo
executado por si próprio, sendo envolvido na mentira de pensar que desfrutará do amor e aceitação de DEUS
dependendo de seu desempenho como cristão, do que faz na obra do SENHOR ou de seus esforços. É um
erro misturarmos a lei (desempenho próprio) com a graça (presente de DEUS), visto esta ser um presente
incondicional de DEUS, não podendo ser conquistada por esforço, limpeza espiritual ou santidade, bastando
apenas recebê-la e aceitá-la.
Quando entendemos e aceitamos a graça de DEUS como sendo um sentimento sobrenatural, o amor por
JESUS toma o nosso coração, porque mesmo não O vendo, entendemos o valor de Sua graça, que atinge
todos os habitantes da Terra, sem distinção entre cristãos (seguidores e discípulos de JESUS) e ímpios (não
seguidores e não discípulos de JESUS).

Para Refletir:

1. Você entendeu como a Graça de Deus se expressa, uma vez que, parece que o peso da “lei” se tornou
maior depois de Jesus Cristo? (exemplos citados no início da lição)

2. A graça de Deus é somente para os salvos? O que você acha?

Trataremos disto na semana que vem..

Deus os abençoe!
LIÇÃO DE CÉLULA – ABRIL DE 2023 / 1ª SEMANA

FUNDAMENTOS DA FÉ

ESTUDO SOBRE A GRAÇA DA DEUS

A graça de Deus é somente para os salvos em Cristo Jesus?

Não podemos pensar que DEUS gosta mais dos cristãos do que dos ímpios, pois a diferença está em saber a
existência dessa graça e agir de acordo com a vontade de DEUS. Um dos melhores exemplos disso é a
parábola dos dois devedores (Lucas 7), que JESUS usou para explicar a um fariseu o grande amor que a
mulher pecadora tinha por ELE, pois esta lavou Seus pés com lagrimas e enxugou com seus cabelos.

“Perdoados lhe são os pecados, que são muitos; porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se
perdoa, pouco ama.” (Lucas 7:47)

Quem não recebe a graça de DEUS, ou não a compreende, torna-se religioso, isto é, acredita ser santo em
virtude de suas obras e por suas vidas em conformidade com a Lei. A respeito destes, a Palavra afirma que
caíram da graça de DEUS. (Gálatas 5:4)

Esses fatos aconteceram lá atrás e, ainda hoje, acontecem. Algumas pessoas não recebem a graça de DEUS
porque acham que não precisam, como os fariseus da passagem a seguir, e outras, porque simplesmente não
se acham merecedoras.

“Ora, vendo isto os fariseus, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos
e pecadores? Mas JESUS, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes.” (Mateus
9:11 e 12)

O fato é que todas as pessoas carecem da graça e do amor de DEUS. Como a própria palavra define, a graça
de DEUS é de graça aos homens!

JESUS morreu por nós quando éramos PECADORES e NÃO quando éramos MERECEDORES.

“Porque CRISTO, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém
morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas DEUS prova o seu
próprio amor para conosco pelo fato de ter CRISTO morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”
(Romanos 5:6-8)

A redenção é totalmente um dom da graça de DEUS e inclui o receber, antes do realizar.

Somos chamados a responder à graça com obediência, serviço e sacrifício, mas não podemos fazer destes
uma forma de alcançar o que nos é dado gratuitamente; tais coisas devem ser, no entanto, uma resposta de
gratidão ao que DEUS já fez por nós. A prática de boas obras é o fruto de sermos aceitos por DEUS e não a
causa da nossa aceitação; elas são uma resposta positiva à graça e ao amor incondicionais de DEUS.

“Pois somos feitura dele, criados em CRISTO JESUS para boas obras, as quais DEUS de antemão
preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:10)

NÃO somos salvos PELAS boas obras. Mas as boas obras devem ser uma prática dos salvos em Cristo
Jesus!

Pra Refletir:

E agora, o estudo de hoje trouxe clareza? A Graça é somente para os salvos? Ou somos salvos por causa da
ação dela em nossas vidas?
LIÇÃO DE CÉLULA – ABRIL DE 2023 / 2ª SEMANA

FUNDAMENTOS DA FÉ

ESTUDO SOBRE A GRAÇA DA DEUS

A Graça de Deus e a Salvação:

Todos nós pecamos e somos merecedores da conseqüência que o pecado traz consigo e, embora não
mereçamos, recebemos a redenção de nossa alma através do sacrifício de JESUS, o que leva DEUS a
aceitar-nos única e exclusivamente devido ao sangue de Seu Filho ter sido vertido por cada vida existente
nesse planeta. Qualquer outro argumento, além do sangue de CRISTO, utilizado para sermos aceitos por
DEUS, invalida automaticamente a obra de JESUS na cruz. Tentar agradar a DEUS para ser aceito, significa
manipulação e busca de justiça própria, considerada como trapo de imundícia, segundo Isaías 64:6, porém,
agradar a DEUS simplesmente porque O amamos, demonstra verdadeira adoração. É justamente na cruz que
somos aceitos por DEUS dentro de toda a nossa limitação e fraqueza humana; esse é o significado da graça
de DEUS!

“E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.” (Romanos 11:6)

A graça é totalmente oposta ao legalismo, uma vez que esta é um favor de DEUS, concedido livremente
àqueles que não o merecem.

– favor imerecido (graça)            X       aceitação merecida (legalismo)

– livremente concedido (graça)      X       dado condicionalmente (legalismo)

– recipientes indignos (graça)       X       conquistadores dignos (legalismo)

A graça faz-nos valiosos aos olhos de DEUS não por aquilo que realizamos com sucesso, mas por aquilo
que somos para Ele: FILHOS.

“Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por JESUS CRISTO.” (João 1:17)

Há uma história no Antigo Testamento que mostra a graça de DEUS:

“E disse Davi: Há ainda alguém que tenha ficado da casa de Saul, para que lhe faça bondade por amor de
Jônatas? E havia um servo na casa de Saul cujo nome era Ziba; e o chamaram à presença de Davi. Disse-
lhe o rei: És tu Ziba? E ele disse: Servo teu. E disse o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que
eu use com ele da bondade de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de
ambos os pés. E disse-lhe o rei: Onde está? E disse Ziba ao rei: Eis que está em casa de Maquir, filho de
Amiel, em Lo-Debar. Então mandou o rei Davi, e o tomou da casa de Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar.
E Mefibosete, filho de Jônatas, o filho de Saul, veio a Davi, e se prostrou com o rosto por terra e inclinou-
se; e disse Davi: Mefibosete! E ele disse: Eis aqui teu servo. E disse-lhe Davi: Não temas, porque decerto
usarei contigo de bondade por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu
sempre comerás pão à minha mesa. Então se inclinou, e disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um
cão morto tal como eu? Então chamou Davi a Ziba, moço de Saul, e disse-lhe: Tudo o que pertencia a Saul,
e a toda a sua casa, tenho dado ao filho de teu senhor. Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus
servos, e recolherás os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete, filho
de teu senhor, sempre comerá pão à minha mesa. E tinha Ziba quinze filhos e vinte servos. E disse Ziba ao
rei: Conforme a tudo quanto meu senhor, o rei, manda a seu servo, assim fará teu servo. Quanto a
Mefibosete, disse o rei, comerá à minha mesa como um dos filhos do rei. E tinha Mefibosete um filho
pequeno, cujo nome era Mica; e todos quantos moravam em casa de Ziba eram servos de Mefibosete.
Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto sempre comia à mesa do rei, e era coxo de ambos os
pés.” (2 Samuel 9:1-13)
O texto mostra a bondade, ou melhor, a GRAÇA de Davi para com Mefibosete. A tradição da época contava
que se houvesse algum parente do antigo rei, este deveria morrer, para que não ocorresse uma rebelião ou
tentativa de retomada do reinado perdido. O que ocorreu, porém, foi justamente o contrário: devido à aliança
que Davi tinha com Jônatas (filho de Saul e pai de Mefibosete), Mefibosete, mesmo sendo da família do
antigo rei, tendo os pés tortos (simbolizando imperfeição e aprisionamento) e vivendo numa região desértica
(simbolizando a dificuldade), experimentou a graça de Davi. Mefibosete aceitou-a e, então, foi colocado na
mesma posição dos filhos do rei. Ele não foi orgulhoso, mantendo-se em posição de extrema superioridade e
nem de extrema inferioridade, pois aquele que se sente muito acima ou muito abaixo não usufrui a graça,
uma vez que o orgulho impede a manifestação desta. Mefibosete conseguiu aceitar a bondade (graça) de
Davi, recebê-la e, assim, agradar ao rei. Quando Mefibosete sentou-se à mesa de Davi, seus pés tortos foram
encobertos pela toalha da mesa; essa toalha, para nós, simboliza o Sangue de JESUS, ou seja, a graça de
DEUS!

Agora gostaria que você lesse o parágrafo acima e o texto bíblico de 2 Samuel 9 trocando os nomes de
Davi por DEUS e de Mefibosete pelo seu nome. Creio que ficará bastante evidente o que DEUS faz
por nós.

A verdade da graça de DEUS está em sermos aceitos por Ele, não pelo que somos ou fazemos, mas por
aquilo que JESUS é e fez por nós na cruz. Quando rejeitamos a graça de DEUS, estamos rejeitando ao
próprio DEUS.

A graça será sempre a base do nosso relacionamento com DEUS (Efésios 2:8). Ela é aplicada desde o mais
pecador ao mais correto, de igual forma.
LIÇÃO DE CÉLULA – ABRIL DE 2023 / 3ª SEMANA

FUNDAMENTOS DA FÉ

ESTUDO SOBRE A GRAÇA DA DEUS

Parábola dos trabalhadores da vinha.

“Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar
trabalhadores para a sua vinha. E, tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia, mandou-os
para a vinha. Saindo pela terceira hora, viu, na praça, outros que estavam desocupados e disse-lhes: Ide
vós também para a vinha, e vos darei o que for justo. Eles foram. Tendo saído outra vez, perto da hora sexta
e da nona, procedeu da mesma forma, e, saindo por volta da hora undécima, encontrou outros que estavam
desocupados e perguntou-lhes: Por que estivestes aqui desocupados o dia todo? Responderam-lhe: Porque
ninguém nos contratou. Então, lhes disse ele: Ide também vós para a vinha. Ao cair da tarde, disse o senhor
da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos,
indo até aos primeiros. Vindo os da hora undécima, recebeu cada um deles um denário. Ao chegarem os
primeiros, pensaram que receberiam mais; porém também estes receberam um denário cada um. Mas,
tendo-o recebido, murmuravam contra o dono da casa, dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma
hora; contudo, os igualaste a nós, que suportamos a fadiga e o calor do dia. Mas o proprietário,
respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? Toma o
que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. Porventura, não me é lícito fazer o que
quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom? Assim, os últimos serão primeiros, e os
primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos].” (Mateus 20:1-16)

A graça, por ser um favor imerecido, nada tem a ver com o nosso mérito ou demérito, se somos pecadores
ou corretos. A partir do momento que condicionamos a graça ao nosso mérito, estamos, automaticamente,
anulando a idéia da graça. Toda a vida e obra de JESUS aqui na Terra foi uma demonstração de Sua oferta
de salvação a todos, gratuitamente, independente de merecermos isso ou não.

“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos,
e sim pecadores [ao arrependimento].” (Mateus 9:13)

 “Tendo JESUS ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim
chamar justos, e sim pecadores.” (Marcos 2:17)

DEUS aceita e recebe o homem em qualquer estado, devido à Sua graça e, a partir de então, começa a
transformá-lo, uma vez que, embora sejamos recebidos em pecado, é impossível continuarmos da mesma
maneira se tivermos um encontro real com JESUS. Em qualquer religião escuta-se falar sobre amor, juízo,
julgamento, perdão, etc, mas somente no Evangelho verdadeiro de JESUS que se escuta sobre a graça e
vive-se a graça.

A base da nossa salvação não é o realizar, mas sim o receber; não é o desempenho, mas a fé.

“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de DEUS testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de
DEUS mediante a fé em JESUS CRISTO, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção,
pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS, sendo justificados gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em CRISTO JESUS.” (Romanos 3:21-24)

Infelizmente muitos rejeitam e abandonam a graça de DEUS em suas vidas.

“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR, tendo cuidado de que
ninguém se prive da graça de DEUS, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela
muitos se contaminem; e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição
vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção,
foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com
lágrimas.” (Hebreus 12:14-17)

DEUS quer que cheguemos a Ele com confiança, crendo no presente que é a graça.

“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e


acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” (Hebreus 4:16)

Não podemos clamar juízo sobre uma pessoa, pois primeiro DEUS virá com juízo sobre nós. Devemos
clamar a graça e misericórdia sobre a pessoa, para que DEUS venha, antes, com graça e misericórdia sobre
nós.

Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que “tiverdes medido, vos
medirão também.” (Mateus 7:2)

Por exemplo, se alguém nos afronta, é claro que a nossa vontade é clamar juízo de DEUS sobre ela. Mas
será que nós estaremos irrepreensíveis diante de DEUS, caso o juízo dEle visite-nos também? É melhor não
arriscar! Vamos clamar graça sobre as pessoas que nos afrontam.

A graça de DEUS é derramada sobre todas as pessoas, sem distinção entre cristãos e ímpios: não pense que
DEUS goste mais de uma pessoa do que de outra. Ele ama a todos igualmente.

“Para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir
chuvas sobre justos e injustos.” (Mateus 5:45)

Mesmo após a queda do homem, DEUS não desistiu de ter a sua criação de volta. Essa separação causou um
vazio no homem, que somente Ele pode preencher. A parábola do filho pródigo ilustra bem isso: Lucas
15:1-32

Devemos transmitir a graça a outros, pois assim como fomos perdoados, perdoemos; assim como fomos
amados, amemos, assim como fomos recebidos, recebamos! (Mateus 10:8).

Viver na graça é ter um relacionamento verdadeiro e sincero com DEUS; de confiança em JESUS, sem o
uso de máscaras. O único motivo pelo qual viveremos a eternidade com DEUS é a sua graça e o que Ele fez
por nós, derramando o sangue de Seu Filho na cruz. Não há outro motivo!

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS.” (Romanos 8:1)

Sabe como a bíblia é encerrada?

“A graça do SENHOR JESUS seja com todos.” (Apocalipse 22:21)

Comclusão: Você entendeu o que significa a Graça de Deus?

1) Com as suas palavras, defina o que é graça. O que o homem precisa fazer para receber esse presente de
DEUS?

2) O que significa a expressão “eu vivo na graça e não na lei”?

Pratique -> Desafio:

Nessa semana, exercite a graça de DEUS. Procure alguma pessoa para presenteá-la, seja com um bilhete,
uma palavra ou uma lembrança, etc; não porque essa pessoa te tratou bem ou te deu algo, como se fosse uma
troca, mas simplesmente faça algo gratuitamente por essa pessoa. Lembre-se: apesar de não termos feito
nada para receber a graça, fomos presenteados por DEUS.
LIÇÃO DE CÉLULA – ABRIL DE 2023 / 4ª SEMANA

FUNDAMENTOS DA FÉ

Vamos falar sobre Fé?

Texto: Mateus 21.18-22 / Hebreus 11.1

INTRODUÇÃO

Fé significa trazer as realidades espirituais para o mundo natural. A fé não constitui algo irreal ou místico,
mas a certeza da materialização das coisas que buscamos alcançar, mesmo não as vendo, sabemos que
podemos trazê-las para a realidade do mundo natural. A fé vem de Deus. Nada tem a ver com os sentidos e
as emoções do homem. Quem vive pela fé não vive uma vida de incertezas, medos, traumas ou fraquezas.
Uma vida baseada na fé é capaz de barrar qualquer problema espiritual e nos levar ao milagre que queremos
e determinamos alcançar. A Fé é o dom glorioso e divino que faz os demônios temer e tremer diante de nós.

1.  A FÉ NATURAL E A SOBRENATURAL

A fé sobrenatural é a ação do Espírito Santo dentro de nós. Para se viver essa fé é necessário estar em
aliança com Deus. A fé sobrenatural nos leva a ver o invisível e crer no impossível. Enquanto a fé natural
está firmada nas coisas que são visíveis aos olhos humanos e sustentada em conhecimentos naturais, a fé
sobrenatural é sustentada em conhecimentos adquiridos ao ouvir a Palavra de Deus. Por isso, a fé vinda de
Deus nada tem a ver com sentimentos humanos como: entusiasmo, emoção, euforia, etc. A fé sobrenatural é
uma dádiva de Deus para aqueles que têm um coração aberto para ouvir e crer na Palavra do Senhor.

Os milagres são produzidos através da fé sobrenatural. Ela despreza os cinco sentidos do homem, porque
está acima do natural. Daí porque se constitui loucura para este  mundo- “Ora, o homem natural não aceita
as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente.” (1Co 2.14). 

2.  FÉ: CERTEZA ABSOLUTA

Certa ocasião Jesus falou a uma figueira: “Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou
imediatamente.” (Mt 21.19).  Como Jesus falou a uma figueira que não tem ouvidos para ouvir? Para o
mundo natural é um verdadeiro absurdo falar a uma figueira. Até os próprios discípulos de Jesus não
entenderam naquelas palavras do Mestre. No dia seguinte, ao passarem pelo mesmo local, ficaram
maravilhados ao verem que a figueira “se tinha secado até as raízes” (Mc 11.20).

A Bíblia diz que a fé é a convicção de fatos ou coisas que não se veem, isto é, não dá para enxergar com os
olhos naturais. Quando Jesus nos diz que “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu
no meio deles” (Mt 18.20), está nos levando ao exercício da fé sobrenatural. Não estamos vendo Jesus, mas
cremos e temos a convicção da Sua presença quando estamos reunidos em Seu nome. É o próprio Jesus que
nos diz: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva fluirão do seu interior” (Jo 7.38).
Esse fluir de “água viva” é o Espírito Santo, e Ele só fluirá por meio da manifestação da fé sobrenatural que
nos leva à certezas e convicções absolutas do operar de Deus através dos milagres em nossas vidas.

CONCLUSÃO

Não existe meio termo em questão de fé. Ou você tem a fé vinda de Deus ou não a tem. A fé vinda de Deus
é como árvore frutífera que, no tempo devido, independentemente das circunstâncias, dá seus frutos.

Continua...
BATALHANDO PELA FÉ
TEMA: Estudo célula nº 318 - BATALHANDO PELA FÉ - Texto base: Judas 1:3

Quebra Gelo: Em sua opinião, como batalhar pela nossa fé.

INTRODUÇÃO: A cada ano que passa, a fé fica mais escassa na vida dos cristãos. Em Lucas 18:8 Jesus
nos deixou uma pergunta: Quando, porém, vier o Filho do homem, achará fé na terra? 2020 foi um ano
muito difícil onde infelizmente muitos cristãos naufragaram na fé. O texto lido como base, diz que enquanto
Judas empregava toda diligencia para escrever acerca da salvação, ele foi levado pelo Espírito a escrever,
exortando os irmãos a batalhar pela fé. Nessa noite vamos aprender juntos:

04 ENSINAMENTOS BÍBLICOS SOBRE A FÉ

1º Ensinamento - Todo cristão já recebeu fé suficiente para viver como vencedor. - Judas 1:3

Não podemos alegar que temos fracassado como cristão por falta de fé, pois o texto lido fala de uma fé que
uma vez por todas foi entregue aos santos. Em Romanos 12:3 diz que Deus repartiu uma medida da fé a
cada um. O que precisamos é se firmar na FÉ conforme 1 Coríntios 16:13 nos ensina. PERGUNTA: Em sua
opinião, o que tem levado muitos cristãos a perderem a fé?

2º Ensinamento – Somos responsáveis em guardar e alimentar a fé que recebemos de Deus. - 1 Timóteo


1:19

O Ap. Paulo fala sobre a necessidade de conservarmos a fé que Deus já nos deu. Em 2 Pedro 1:1 diz que a fé
é preciosa, por isso não podemos permitir que nada e ninguém venha perverter nossa fé (2 Timóteo 2:18).
Meditação na Palavra, oração, ouvir pregação da Palavra, são meios que temos para nutrir nossa fé.
PERGUNTA: Com suas palavras, comente sobre algo que mais alimenta sua fé?

3º Ensinamento – A FÉ é o instrumento que Deus usa para nos manter em pé. - Romanos 11:19,20

Conforme o texto lido estamos em pé pela fé, assim como somos salvos pela fé, curados, libertos,
abençoados pela fé. Sem dúvida nenhuma a fé é o instrumento que Deus usa para nos abençoar, como está
escrito em Hebreus 11:6, sem fé é impossível agradar a Deus. PERGUNTA: Leia Hebreus 11:6 e peça para
o grupo compartilhar sobre o versículo lido.

4º Ensinamento - A fé é a arma que Deus nos deu para vencer o mundo e o maligno. – 1 João 5:4 –
Efésios 6:16

Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Muitos cristãos têm sido vencido pelo mundo porque
perderam a fé, o maligno também triunfa sobre tal cristão, pois é com o escudo da fé que conseguimos
apagar a todos os dardos inflamados que o inimigo lança sobre nossa mente e coração. PERGUNTA: O que
você deseja batalhar e conquistara pela fé em 2021?

CONCLUSÃO: Que em 2021 possamos batalhar pela nossa fé, alimentar nossa fé, vencer pela fé. E que
possamos sempre lembrar da Palavra de Deus: O meu justo, porém, viverá da fé. E, se ele recuar, a minha
alma não tem prazer nele. (Hebreus 10:38)

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