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Ê com muita alegria que apresentamos esta primeira a-
postíla sobre ?"o livro de Efésios, esperando que seja tão
abençoada para os leitores quanto foram as aulas para nos.
Cremos que servirá não apenas para abrir as portas para
um entendimento melhor deste livro maravilhoso mas também
para mostrar o valor deste método "microscópico" de estu-
dar a Bíblia.

Como Você mesmo notará ao estudar estas paginas, esta


é uma dissecação das frases e expressões importantes de
cada versículo. &s vezes uma, frase importante nos leva do
principio ao fira «ta^ Bíblia em' bíísca dó «eu verdadeiro sig-
nificado, O nosso propósito aqui não e obter uma visão pa-
norâmica e sim perceber a profundidade da Palavra de Deus.
Nossas apostilas possuem um objetivo diferente das nos-
sas outras publicações. Não são para aqueles que gostam
apenas de estudos bem elaborados e de fácil leitura. Pelo
contrário, são especialmente apropriados aqueles estudan-
tes dedicados que gostam de cavar e pesquisar na rica Pa-
lavra de Deus. Para realmente assimilar a matéria nelas
contida, você deve estar com sua Bíblia aberta, lendo cui-
dadosamente todas as referencias (como foram lidas na au-
la), pois você não entenderá bem sem meditar nos versícu-
los.

Esta apostila em particular foi elaborada a partir dos


transcritos das aulas gravadas que foram ministradas du-
rante o ano de 1982 aqui em Rubiataba,, Ã medida que Deus
permitir esperamos preparar e publicar os próximos núme-
ros desta serie. Esta apostila trata apenas do primeiro
capitulo do livro de Efésios, pelo fato d^e ser tão concen-
trado e cheio de assuntos diferentes. A próxima apostila
tratará possivelmente do segundo e terceiro capítulos.
No final de alguns dos assuntos tratados, colocamos os
resumos das redáções que foram escritas pelos estudantes
do curso. Assim você poderá fixar melhor a matéria e_quem
sabe você também sentirá inspirado a fazer uma redaçao!
Se desejar outras cópias desta apostila ou outra li-
teratura escreva ao endereço abaixo. Aguarde os anúncios
dos próximos números em nossas publicações mensais.
Terminando, desejamos que cada pessoa, ao estudar e
meditar nestes assuntos, seja iluminada pelo Espírito a
fim de alcançar revelação na Palavra e ser desta forma à-
perfeiçoada como instrumento nas mãos dó Construtor para
a edificação da sua casa.

H. W.
Rubiataba, 3 de dezembro, 1982
(Segunda impressão: fevereiro, 1984)

Pedidos de 1i.tepa.tuva e oorvespondenci-a a


JOHN WALKER
CAIXA POSTAL 65
76710 RUBIATABA, GOIÁS
FONE: (062) 725-1282
UM ESTUDO
MICROSCÓPICO

DE
E F É S l OS

por John Walker


EFESIOS I

INTRODUÇÃO ( W . l ,2)

Vv.1,2: VcwJLo, apóstolo de. C^Uto Jeáuó poi vontade, de Peuó, ao4
que. vx,i;em'em t^uo, e £tecó em Cfú^to Jeóuó; Gtaça a vão oat^io-i e paz cia
cie Peão noá^o Pc^t e cio Senhoi Jeóaó

c..ao.ò iaciío-i que. V4.ve.rn em f ^ 0 > £ &cé£á em CtiÁAto Jeáui,», Paulo cha-
mou o povo de Deus de "santos". A Igreja Católica tem um processo muito com-
plicado para canonizar alguém. A pessoa primeiro tem que morrer e depois ê
feita uma pesquisa profunda para verificar se ela fez milagres e se ela
preenche certos requisitos. Mas, Paulo chamou todos os discípulos em Éfe-
so de "santos e fiéis". "Fiéis" significa pessoas que permanecem na fé em
Cristo Jesus.

o..Glaça á vão outfioA e paz,.. Essa saudação paulina é encontrada no


inicio de todas as suas epístolas com exceção de Hebreus (como você pode no-
tar, eu creio que Paulo é o autor de Hebreus) , Ela representa a essência do
Novo Testamento. O evangelho anuncia a graça e a paz através de Jesus Cris-
to. Paulo é um apóstolo, ou enviado, da Nova Aliança e ele sempre lembra, e -
xorta e declara esses dois fatores marcantes da Nova Aliança — graça e paz.
„ « , cia pa/Lte. de. Peuó noàúo Pax, e. do Senfroi JeAaá CtáAto. A graça e a paz
vêm da parte de Deus que é nosso Pai. Esse é o seu nome na Nova Aliança
em contraste com as outras revelações do seu nome no Velho Testamento {ía—
do-poderoso, Jeová, Senhor dos exércitos, etc.). Ele é o nosso Pai através"
de Jesus Cristo — nosso irmão mais velho — que foi o meio para nos tornar
f i lhos o

"Senhor Jesus Cristo" é o nome completo da divindade. "Senhor" corres-


ponde ao Pai, "Jesus" ao Filho e "Cristo" ao Espírito Santo. Paulo não está fa-
lando de duas pessoas ou dois deuses, mas esses dois nomes "Deus nosso Pai
e o Senhor Jesus Cristo" estão falando do mesmo Deus. Através dessa revela-
ção recebemos graça e paz» O contrário disso e "obras e condenação"_que ex-
pressam a ênfase do Velho Testamento. Se estamos na Nova Aliança não temos
obras e nem condenação, mas temos graça (que não exige esforço nem obras) e
paz. Tudo isto nos é transmitido pelo enviado de Deus, 'por sua vontade •*- o
apostolo Paulo,

PRIMEIRA PARTE: A DESCRIÇÃO DAS BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS EM CRISTO (VV.3-14)

v.3: Bencícto ^eya o Peuá e_Paí de. noAAo Se.nkoi Jeáuá OuAto, o quat no&
abençoou com toda& aê> benção^ eApVú-twuA naò HÍLQÁ.OU> ce£e4íei em Cttá-tc
C/tú; , . .

As palavras "bendito", "abençoou" e "bênçãos" são todas derivadas^ da


mesma raiz grega, que significa "elogiar". A palavra elogiarem português e
derivada desse termo. Deus nos abençoou e nós podemos abençoá-lo, porque ele
nos abençoou primeiro. Ele nos abençoa e nós lhe devolvemos a benção que ele
deu.

-l-
Tudo foi criado com.a bênção de Deus para louvá-lo e abençoai-lo. Toda a
criação louva ao Senhor. Jesus ê o primogénito de toda a criação, ele e o
padrão, o modelo, o logos (Cl 1:15,16). A criação tem sido usurpada, escra-
vizada e pervertida por Satanás. Ele a tem desviado^do seu propósito origi-
nal. Agora toda a criação geme porque há uma maldição sobre tudo e isto im-
pede a bênção de Deus e seu louvor de volta. Mas Deus quer libertá-la e res-
taurar o seu propósito original de glorificar a Deus^ pois ele e o Criador
que merece esta bênção. Quando isso acontecer a criação irromperá em cânti-
cos outra vez, .
E impossível dar a Deus sem receber muito mais. Na proporção em que o
abençoamos ou bendizemos ele nos abençoa. Quando damos, um círculo dinâmico
de dar e receber ê formado. Quanto mais dermos, mais ele derramará sobre
nos Porem, quanto mais segurarmos mais perderemos.
„ * .toda* OÁ bênçao-ó e^p^t-taxcó».., Deus nos abençoa não só com algumas
bênçãos, mas com todas as bênçãos espirituais. É importante notar que são
espirituais e não materiais. Se temos as bênçãos espirituais as outras vêm
logo depois» Esta é a ordem de Cristo. Se começarmos com as materiais, es-
tamos nas mãos de Satanás, pois ele ê o príncipe deste mundo e é. elequemdá
as bênçãos materiais sem as espirituais. Se a origem das bênçãos materiais
não for as bênçãos espirituais, então não estamos servindo a Deus.

...NAS REGIÕES CELESTIAIS EM CRISTO...

Há bênçãos que vem através de outros nomes — como no espiritismo'ou na


adoração de santos. Mas Deus só nos abençoa em Cristo. Fora disto pode ha-
ver bênçãos, mas elas não provêm de Deus e sim de outras fontes. (Se e^quej
podem ser chamadas de bênçãos, porque se não vierem de Jesus são maldições.)
As bênçãos vêm dos lugares celestiais onde Cristo está. No grego não
fala3 "regiões
'* reCÍOe S celestiais" mas
Ce leS t Í ai " m**
c é >««
o a umaa «palavra só: ""celestiais"
a i atr-v-a Crt* no1oCt"-ÍaTc' que implica
nos lugares celestiais,
Satanás também está nos lugares celestiais (Ef 6:12). Esses lugares são
o local de atuaçao e governo dos principados e potestades que usurparam a
autoridade deste mundo. Mas Deus ressuscitou Cristo e o fez sentar ã sua
direita nos lugares celestiais acima de todo principado e potestade, poder,
domínio e de todo nome (Ef 1:20; 4:10). E mais, Deus nos ressuscitou junta-
mente com ele, e nos assentou nesses lugares celestiais em Cristo (Ef 2:6).
Para quê? Para que possamos em Cristo derrotar esses principados e potesta-
des e assim manifestar sua sabedoria nos lugares celestiais (Ef 3:10; 2:7).
Deus vai fazer esta obra de restauração. Ele vai usar a igreja, sentada com
Cristo, para reconquistar esses lugares celestiais. Precisamos tomar esses
lugares, no Espírito, antes da vinda de Cristo.
É interessante notar que quando pensamos sobre esse propósito de Deus —
que nós governemos em vez de Satanás '— nossa tendência é imaginar que va-
mos alcançar esta posição de vitória aos poucos, até chegar nesse lugar de
autoridade. Mas o pensamento de Deus não é assim. Ele já começa nos colo-
cando sentados em Cristo e partindo desta posição já consumada, podemos co-
meçar a lutar. A ordem de batalha no livro de Efésios é sentar (Ef l a 3)1
andar (Ef 4 a 6:9) e ficar em pé, firme sem retroceder (Ef 6:9-24). Senta-
do significa estar descansando numa posição já alcançada. Andar significa a|
nossa vida prática no dia-a-dia:. Ficar em pé significa uma posição de lutai
e defesa contra ataques.
Vamos ver mais sobre a nossa posição nos lugares celestiais:

Fp 3:20,21; Cl 3:1-3. Nossa pátria está nos céus, nossa origem e nasci-
mento vem de lá. Se tivermos esta visão vamos aguardar a volta de Jesus com
expectativa e com saudade, pois ele nos levará de volta ao lar. Não estamos
em casa neste mundo, não somos devedores ã carne, nossa pátria é onde Cris-
to está. Nossa vida está escondida em Cristo e quando ele se manifestar a

—2 —
nossa vida verdadeira vai ser revelada. Jesus disse que agora choramos, mas
depois seremos consolados.

Temos que encontrar este lugar escondido em Cristo. S3 podemos receber


todas as bênçãos espirituais se estivermos em Cristo e se estamos em Cristo
estamos sentados com ele nos lugares celestiais. É impossível ser abençoado
se não estivermos nos lugares celestiais, mas é impossível não ser abençoa-
do se estivermos sentados lã.

V. 4: „ , ,aA&im como no& e4co£/ieu ne-fe oníeó da fundação do mundo, pana.


moo AcwtoA e. -ÍAAe.p^ee.Kió^vex^ pe.siante. e£e; e. e.m asno ti. ,. .

O versículo 3 fala que somos abençoados com todas as bênçãos espiritu-


ais e o versículo 4 começa a descrever quais são estas bênçãos. Por isso a
expressão "como também" quê aparece em algumas traduções e errada pois a
palavra "também" não está no original. A expressão "assim coiao" ou "confor-
me" é mais acertada, porque ele não está explicando algo além das bênçãos
espirituais, ele está "destrinchando" as mesmas bênçãos tratadas no versí-
culo 3.

Neste primeiro capítulo de Efisios os versículos 3 a 14 formam uma só


frase. Paulo recebeu tanta revelação sobre as bênçãos espirituais que quis
dize-las todas de uma vez. Ele não se importou em construir um período tão
longo e nem em enfatizar tantas vezes as mesmas coisas — repetindo-as ou
usando sinónimos. Em cada versículo encontramos uma ou mais bênçãos.

DEUS NOS ESCOLHEU NELE (EM CRISTO). ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO

Deus nos escolheu "nele". Não foi porque ele teve compaixão ou porque
éramos pecadores, mas unicamente por causa de Cristo. O porquê da escolha
não nos compete entender, ..é assunto íntimo entre o Pai e o Filho. É muito
importante notar que esta expressão "em Cristo" do versículo 3 e !'nele" do
versículo 4 expressam a mesma coisa. Nós fomos escolhidos e abençoados por
causa de Cristo e em Cristo.

Jo 17:5,24. A glória que Jesus tinha era a perfeita comunhão e intimi-


dade com o Pai. O Espírito Santo era esta comunhão que ele gozava com o Pai
e esta comunhão trouxe a glória de Deus,, Nesta comunhão seremos introduzi-
dos através de Jesus, para gozd-r a mesma glória. Fazer a vontade de Deus,
estar em união com ele, é ter a glória original. Jesus experimentou isso
até na cruz. Nessa glória Deus amou Jesus antes da fundação do mundo e por
estarmos em Cristo, ele nos escolheu. A condição de recebermos, todas estas
bênçãos espirituais é termos estado em Cristo antes da fundação do mundo.
Deus não nos escolheu fora de Cristo ou separados dele. Se ele tivesse fei-
to isso teríamos algo de que nos gloriar. Ele escolheu Cristo porque se a-
gradou dele e nós fomos incluídos nesta escolha porque estávamos nele. Isto
deve nos dar humildade e quebrantamento diante de Deus, pois riao temos me-
recimento ou honra nisto.

2 Tm 1:9,10: "...que nos salvou e nos chamou com santa vocação ... con-
forme sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus
antes dos tempos eternos," Antes de haver pecado, Deus nos escolheu em Cris-
to com qual propósito? Para sermos santos. Isto foi "antes dos tempos eter-
nos". Parece um exagero falar assim, pois já i difícil compreender "tempos
eternos" quanto mais "antes" dos tempos eternos! (No grego não é "eternos"
e sim "séculos".)

V. 10: "...e manifestada agora pelo aparecimento de nosso Salvador Cris-


to Jesus..." A graça'foi dada antes dos tempos eternos ou tempos dos sécu-
los, mas foi manifestada na primeira vinda de Cristo quando ele morreu e
ressuscitou vencendo a morte. A obra foi feita nos lugares celestiais antes
dos tempos dos séculos mas foi manifestada na terra no tempo da primeira
vinda.
l Pé 1:18-20: "...mas pelo precioso sangue...o sangue de Críst.o, oorine-
oido, com efeito, antes da fundação do mundo, porem manifestado no fim dos
tempos por amor de vós." Este termo "conhecido" no original e "pri-conheci-
do". Tanto no hebraico como no grego conhecer significa amar, aceitar e es-
colher. Não e apenas um mero conhecimento mental. Essa pal-avra descreve um
conhecimento como do homem que conhece sua esposa — união trazendo concep-
ção. Amar é aceitar e escolher a mesma coisa. É nesse sentido que Deus não
conhecerá os malfeitores no dia do juízo (Mt 7:23).

Deus conheceu Jesus, amou-o,, aceitou-o, antes da fundação do mundo, mas


o manifestou no fim dos tempos (primeira vinda). Se a primeira vinda foi
o fim dos tempos nós estamos no fim dos fins dos tempos.

Ap 13:8: ".«.aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do


Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo," O Cordeiro foi morto
antes da fundação do mundo ou desde a fundação, é a mesma coisa. Não nos im-
porta se foi "antes" ou "desde", pois de qualquer forma antes da criação,
antes do homem pecar, ele morreu nos lugares celestiais. Mas ele manifestou
sua morte na terra, em carne, no fim dos tempos.

Jesus e a palavra eterna de Deus, o logos de Deus, uma só palavra. Não


ê uma palavra ou as palavras, mas a palavra. Tudo está consumado em Jesus
Cristo desde a fundação do mundo — a redenção, o reino, a morte, a ressur-
reição. Tudo faz parte da palavra. NÓS temos muito problema em querer fazer
obras para agradar a Deus. Mas precisamos entender que Deus já fez tudo an-
tes da fundação do mundo. Jesus morreu antes do homem pecar. A palavra é
eterna, já continha a cruz é a ressurreição.

Deus criou o homem para ser um deus na terra, dominando a criação no


seu lugar. O homem não obedeceu e caiu e desde então Satanás domina a terra
no lugar dele. Mas Deus sabia de antemão o que ia acontecer e assim ele nos
escolheu em Cristo, Não há nada para fazer. Deus já resolveu todos os pro-
blemas em Cristo antes da criação. Por isto ele trabalhou seis dias e des-
cansou no sétimo. O sábado foi quando Deus descansou depois de ter comple-
tado toda sua obra. Agora temos a realidade dessa sombra — Cristo — nele
já estamos nos lugares celestiais. Se reconhecermos que, apesar do pecado,
tudo está resolvido em Cristo, podemos ser restaurados a posição designada
por Deus, Cristo i a nova criação, ele é antes desta criação e antes do pe-
cado e antes de Satanás. Se estamos em Adão, estamos em derrota, mas em
Cristo estamos fora de todos os resultados da queda. Isto é descanso.

Ap 17:8: "...E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram
escritos no livro da vida desde a fundação do mundo..," A diferença en-
tre esta passagem e a de Apocalipse 13:8 ê que aquela f ala que Cristo morreu
desde a fundação do mundo, e esta fala que nos tínhamos os nomes escritos
no livro da vida desde a .fundação do mundo. Nós naõ entramos em Cristo
no meio do caminho. Ou sempre estávamos nele, ou nunca poderemos estar nele,
Onde cabem as obras? Os nomes foram escritos baseados na sua morte, não nas
nossas obras. Este é o descanso. Quando ele morreu, desde a fundação do mun-
do, nos também morremos e ressuscitamos com ele, pois estávamos nele e nos-
sos nomes foram registrados no livro da vida. Mas assim como Cristo preci-
sou manifestar na terra o que ele já tinha feito nos lugares celestiais,
nós também precisamos produzir obras, mesmo depois de escolhidos em Cristo
O descanso ê saber que as obras vêm de Cristo e nunca por esforço próprio,

Cristo venceu Satanás antes da fundação do mundo, e nós vencemos nele.


Mas a vitória precisa ser manifesta, agoira, no corpo de Cristo, como o foi
pessoalmente em Jesus. A obra j ã foi feita e podemos descansar nisto, mas
e necessário a sua manifestação. O Segundo Homem vai reinar e governar a
criação de Deus, Isto porque ele está em Cristo, onde a vitória já é segura
e realizada espiritualmente. Quando as verdades espirituais forem trazidas
do mundo invisível pgra a prática no mundo visível, então a criação vai ser
mudada e nós entraremos na nova criação. Precisamos viver neste mundo, mas
praticando a realidade do mundo de lá.

Rm 8:28-30. Você pode sublinhar nestes versículos as palavras "conhecer

-4-
de antemão", "predestinar", "chamar", "justificar", "glorificar".

Conhecer de antemão é pré-conhecer em grego. Escolher ê predestinar,


(l Fe 1:2 — eleitos segundo a presciência do Pai). Então antes de escolher
ou predestinar Deus pré-conheceu. Quando Deus nos elegeu ele sabia o que
iríamos fazer.

À prova que alguém é escolhido por Deus é que ele está mais interessado
na glória de Deus do que na sua própria salvação. Ele ama mais a Deus do
que a si mesmo.Dois exemplos bíblicos disso foram Moisés e Paulo (fix 32:31;
Rm 9:22). Quem tem essa disposição de ser riscado do livro da vida, já tem
a vida eterna e não pode ser riscado.

DEUS NOS ESCOLHEU PASA SERMOS SANTOS E IRREPREENSÍVEIS EM AMOR

No grego não existe o "e" na expressão "e em amor" no fim do versículo


4. Portanto, não sabendo sobre as leis de pontuação no grego não sabemos se
"em amor" se refere a nossa escolha antes da fundação do inundo para sermos
santos ou ã nossa predestinação no versículo 5. O comentário que consultei
concorda com a primeira alternativa, e eu também penso assim,pois é mais
importante entender que somos escolhidos para sermos santos e irrepreensí-
veis em amor-do que entender que fomos predestinados em amor. Só i possível
ser santo se tiver amor. Ser santo sem amor é apenas uma imitação da santi-
dade, é tentar ser justo pelas próprias forças. João Wesley dizia que a
verdadeira santificação e "amor perfeito".
l Ts 3:12,13. Paulo novamente liga santidade com amor. A verdadeira
santidade é cumprir o maior mandamento: "Amarás, pois, o Senhor teu Deus dó
todo o teu coração...e amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12:30,31).
Amor não é uma ilusão, ele é real e prático. O inimigo tem tirado o poder
do povo de Deus, fazendo-o pensar que pode separar santidade de amor. O re-
sultado disso é que não temos nem santidade nem amor. Os dois só podem ser
perfeitos juntos. Amor sem santidade é permissividade e santidade sem amor
e justiça própria e orgulho.

V. 5: ...no* ptedeá-tótou pana. e£e, pana a adoção de &itkoA, poi mexo de Je-
Ovi&to, segundo o faenep£ácx£0 de -óua vontade,...

O versículo 5 é o versículo 4 em outras palavras. Escolher antes da


fundação do mundo é o mesmo que predestinar; e ser santos e irrepreensíveis
em amor é o mesmo que a adoção de filhos por meio de Jesus. O versículo 4
desenvolve as bênçãos espirituais dp versículo 3, e o 5 repete o 4 com ou-
tras palavras. Ser filho de Deus em, Cristo é ser santo em amor, ser sepa-
rado como Jesus foi. Este e o segredo, o mistério de Deus. Podemos captar
um vislumbre deste propósito — ele quer uma família com filhos que têm - a
mesma imagem de Jesus, o primogénito.

FOMOS PREDESTINADOS PARA ELE

O início do versículo segundo o grego é "havendo nos predestinado". Pa-


ra quê? Para sermos filhos de Deus por meio de Jesus.
Rm 8:28-30. Nesses versículos temos uma progressão:
a. conheceu
b. predestinou
c. chamou
d. justificou
e. glorificou
Curiosamente, todos esses passos estão no tempo passado, mostrando que

-5-
em Cristo tudo já foi feito por nós. Mas olhando do nosso ponto de vista os
dois primeiros passos foram realizados no passado, antes de existirmos, en-
quanto que os dois seguintes estão acontecendo agora e o último acontece-
rá no futuro.

Vamos ver alguns versículos que dão uma ordem diferente de Romanos 8:
Mt 22:14: Chamados e escolhidos.
Ap 17:14: Chamados3 escolhidos e fiéis.
2 Tm 2:13; Ap 19:11: Ele é fiel e verdadeiro.
De acordo com Romanos 8:30 e Efésios 1:4,5 escolher e predestinar vem
antes de ser chamado. Esses versículos acima mostram uma ordem diferente —
escolhidos depois de ser chamados — e Apocalipse 17:14 acrescenta outro
item depois da escolha — ser fiiíis. Por que mudou a ordem?Pòrque uma ordem
é do ponto de vista humano e outra ordem é do ponto de vista de Deus.

Deus tem uma ordem inversa em relação ao homem:


HOMEM VÉUS (EM JESUS)

chamado*

Do ponto de vista de Deus tudo começa com a fidelidade e o carãter de


Cristo. Somos escolhidos por causa da fidelidade de Jesus e somos ahamados
para ser santos por causa desta escolha ou predestinação. Nunca seremos san-
tos se não entendermos que tudo é; na base da nossa predestinação. De outra
forma procuraremos ajudar a Deus»
l Co 1:1,2: "...aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser
santos..." Paulo chama toda a igreja de "santificados em Cristo Jesus" e
"chamados para ser santos". O chamado parte da razão de estar em Cristo. O
chamado de Deus I para a santificação e em Cristo fomos escolhidos para es-
se fim.
l Pé 1:2: "...eleitos (ou escolhidos), segundo a presciência.(conhecimen-
to de antemão) de Deus Pai, em santificação do Espírito..." A santificação
é baseada na eleição ou predestinação de Deus.
A única maneira de sermos santificados na prática e crer na nossa
santificação em Cristo, antes da fundação do mundo.Por isso em Romanos 8
a santificação não é mencionada, só diz que Deus nos chamou, justificou e
glorificou. A teologia comum ensina que o processo é justificação, santifi-
cação e glorificação. Ela considera a santificação um processo doloroso e
longo. O único problema com essa teoria é que o segundo passo não tem fun-
cionado na prática. Mas assim como Lutero buscou e encontrou a verdade so-
bre a justificação, ã nossa geração está destinado a descoberta da chave
para santificação, pois a nossa glorificação está próxima.
Deus precisa nos revelar a santificação pela fé, baseada na obra feita
em Cristo antes da fundação do mundo. Se temos condenação é porque não te-
mos ainda essa revelação. A condenação evidencia a nossa tentativa de al-
cançar santificação pela lei, e a lei mata e condena. Em Cristo não há mais
condenação, pois nele fomos feitos santos. Paulo escreveu ã problemática
igreja de Corinto, chamando-os de santificados, e alertando-os que por se-
rem santos não poderiam mais viver daquela maneira. Nós pensamos que preci-
samos deixar de fazer certas coisas para sermos santos, mas a verdade é que
somos santos e por isso não devemos praticá-las. A base de tudo é o chamado
para ser santo. Quando somos chamados já somos santificados. Baseado nisto
temos a justificação. A justificação i por causa do chamado para ser santo.
Deus não vai justificar ninguém que não ê santo (Ex: o homem sem a veste
nupcial — Mt 22:10-14). Muitos são chamados, mas poucos escolhidos.
O problema I que não queremos aceitar a obra feita e consumada por nós.

-6-
Não queremos aceitar esse dom de graça, o vestido nupcial que ele nos ofe-
rece na porta. Ao contrário, tentamos merecer alguma coisa ou ganhar pelas
próprias forças. Mas a santificação é um processo baseado na revelação do
que já temos através da nossa posição em Cristo. O processo é por em práti-
ca essa revelação. Assim como temos certeza da justificação pela fé, pode-
mos ter certeza da santificação pela fé.
l Co 6:11; 2 Is 2:13. Essas duas passagens mostram a ordem de santifi-
cação antes de justificação, ambos ocorrendo no início da nossa caminhada.
Deus como justo juiz só pode justificar quem é santo. Por isto a santifica-
ção em Cristo, na mente de Deus, vem antes da justificação. A pessoa pode
ser chamada e não ser escolhida, porque não aceitou a santificação pela gra-
ça de Deus, não aceitou a predestinação. Mas para ser escolhida no tempo e
no espaço ela tem que saber que foi escolhida antes da fundação do mundo.
Isto traz humilhação e quebrantamento — aceitar a soberania de Deus. Ser
fiel é conseqllencia de aceitar o que já aconteceu na eternidade.
A ADOÇÃO DE FILHOS POR MEIO DE JESUS
Vamos estudar um pouco sobre "adoção de filhos". Comparando Efésios 1:
4,5 com Romanos 8:25-30 podemos ver o eterno propósito de Deus expressado
de três maneiras:
a. Sermos santos e -irrepreensíveis em amor;
b. Sermos conformes à -imagem de seu Filho;
c. Recebermos a adoção de filhos.
Rm 8:15. A grande diferença entre o escravo e o filho é que o primeiro
tem temor e o segundo tem amor. O amor lança fora o medo.
A palavra "adoção" vem da mesma raiz de "filho":
UIOS — • UIOTHESIA
Filho — Adoção ou filiação
O filho natural não é escolhido pelo pai, mas o filho adotivo é escolhi-
do entre vários candidatos para ser filho. Não precisamos sentir-nos infe-
riorizados. Fomos escolhidos!
Quando recebemos o Espírito de Deus recebemos b Espírito de Cristo, pois
é o mesmo Espírito. Esse Espírito do Filho, Espírito de filiação, natural-
mente nos leva a clamar: Aba, Pai.
Rm 8:22,23. Nesses versículos a "filiação" ou adoção de filhos é colo-
cada no futuro; gememos esperando a filiação completa, o corpo_glorifiçado.
No versículo 15 é algo passado, recebemos o espírito de filiação, as primí-
cias da nossa herança que ê a filiação completa. Então há um aspecto passa-
do e um aspecto futuro. Ser filho é um processo, começamos clamando "Aba,
Pai", mas gememos até ficarmos livres do corpo desta morte (Rm 7:24).
Fl 3:20,21; Cl 3:1-4. Ter o nosso corpo de humilhação transformado em
gloria, ser manifestado com ele em glória na sua volta e a nossa adoção de
filhos, a redenção do nosso corpo. Satanás tem obscurecido o significado e
a importância dá volta de Cristo. Ele sabe que ela e fundamental ã nossa
salvação e ã consumação da nossa herança. A nossa adoção tem que acontecer
nas três partes do nosso ser: corpo, alma e espírito. Já fomos adotados co-
mo filhos no espírito e estamos no processo disto atingir as nossas almas.
Para sermos transformados (nos corpos) na volta de Cristo, precisamos ser
preparados agora — transformação interior. Então entre o início do proces-
so de adoção — o Espírito Santo — e o fim — a volta de Cristo — precisa
haver algo contínuo acontecendo. Por isso o Espírito está sendo derramado
sobre o mundo, pois Deus quer um povo preparado para a vinda de Jesus.
Rm 9:3,4. A adoção de filhos começou com Israel natural, mas não ficou
restrita a eles.

—7 —
Gl 4:4-7. A adoçao de filhos só pode ser recebida pela fé e não pela
lei (v.4). Começamos recebendo o Espírito do Filho, espírito de adoçao,
que. irá nos preparar para entrar na herança completa na volta de
Jesus,

Hb 2:10,11, Jesus veio para levar muitos filhos a glória, a adoçao de


filhos. Ele não se envergonha de nos chamar irmãos porque somos realmente
fi lhos.

A adoçao e por meio ãe Jesus Cristo (Ef 1:5). Somos feitos filhos atra-
vés de Jesus. Versículo 3 fala "em Cristo", versículo 4 fala "nele" e o_5
"por meio de Jesus Cristo". Esta e a chave. Tudo está nele e fora dele não
há salvação ou eleição ou predestinação. Só ha dois homens, Adão e Cristo,
temos que estar em um ou outro.
Rm 8:9,10. Se o Espírito está em nós, então nós estamos no Espírito
e portanto não estamos na carne. Mas será que o Espírito está em nos? Fala-
mos com facilidade que temos Cristo, mas só temos Cristo através do Espírito
e se o Espírito está em nós, então nós estamos no Espírito. A consequência
de estar no Espírito é que não estamos em Adão e nem na carne. Se não formos
santificados em nossas almas agora, pelo Espírito, não seremos transforma-
dos no corpo na vinda de Cristo.,
A salvação preparada para os últimos dias é sermos santificados pelo
Espírito para manifestar Jesus ao mundo, recebendo a salvação total pela
graça, a libertação do corpo do pecado. Alguns homens entraram nisto indi-
vidualmente, como um tipo de amostra daquilo que Deus quer fazer nestes
dias com seu povo.
l Jo 3:1-3. A palavra "filhos" nesses versículos no grego é "teknon",
e significa convertidos, crianças; ao passo que a palavra "uios" significa
filhos maduros. Agora somos crianças, "teknon" de Deus, mas estamos gemendo
para sermos adotados. Recebemos o espírito de adoçao e queremos ser santi-
ficados para quando ele se manifestar sermos semelhantes a ele (v.2). Ha
dois grupos na igreja hoje: "teknon" e "uios". O primeiro ê apenas conver-
tido e o segundo busca a perfeita vontade do Pai, santificação e aperfeiço-
amento, Gomo fazer com estes grupos misturados? Sinceramente não sei, mas o
fato é que eles existem. Temos que orar sobre isso, pois o propósito de Deus
é sermos filhos maduros.

SEGUNDO O BENEPLÁCITO DE SUA VONTADE

Existem várias palavras semelhantes no capítulo l de Efésios. Paulo não


se importou em repetir várias vezes a mesma ideia. Para enfatizar um ponto
que acha importante ele até se torna redundante.

As palavras beneplácito (w.5,9), vontade (w. 1,5,9), propósito (v.11),


conselho (v.11) expressam todas o mesmo sentido. Ele está querendo mostrar
que nossa salvação não depende de nós, mas parte inteiramente de Deus — e
a sua vontade, seu propósito, seu beneplácito, sua predestinação, sua heran-
ça, sua escolha, seu conselho. Deus é Deus e antes da fundação do mundo ele
resolveu fazer tudo isso.

Beneplácito significa a aprovação de Deus, um propósito que lhe agrada,


ou seja, a sua vontade. Ele e o Criador que fez tudo segundo o seu conselho
e ficou satisfeito porque viu que tudo que fez era bom» Esta vontade de
Deus pode ser traduzida em uma só palavra — Cristo — o Logos, o^ Verbo, a
Palavra que resume todas as coisas. Ele é o mistério de Deus e nós estamos
nele.

-8-
V,6: .,cpoAa Zauvott da. g£ó/ú,a de. Aua g^aça., que e-te no& ccwc.<íc(e.u
no Amado,, . •

LOUVOR DA GLORIA DE SUA GRAÇA


Graça i a palavra central dessa expressão. A graça ê tão gloriosa que
sõ pode resultar em louvor. A natureza de Deus ê graça, ela demonstra o seu
amor. Receber a graça de Deus é receber o seu amor.
Jesus falou em João 17:5,24 sobre a gloria e o amor que havia entre ele
e p Pai antes da fundação do mundo. O amor entre o Filho e q Pai e gloria.
Portanto as três ideias são muito ligadas entre si, O amor é gloria e a gra-
ça ê glória. Graça e gloria são especialmente ligadas no próprio livro de
Efésios:

V.7: "riquezas da sua graça"; V.18: "riquezas da glória"; 2:7: "suprema


riqueza da sua graça"; 3:16: "riquezas da sua glória".
SI 84:11. O Senhor dá graça è glória. O sol é glória e o escudo e. graça.
A graça traz glória. Quando Deus deu seu Filho, manifestando assim sua gra-
ça, houve glória. Por isso Paulo trocava graça com glória.•'.Não podemos en-
trar na glória de Deus sem a sua graça operar em nÓs, Jesus tinha graça,
ele deu sua vida na cruz e depois obteve glória, Quando recebemos a graça
de Deus, a sua vida de dar, damos vida e entramos nessa glória. A chave da
glória é a graça. Satanás procurou o primeiro sem entender o segundo é per-
deu tudo. Só entraremos na glória se entrarmos na graça. A glória de Jesus
foi a sua morte na cruz. Em João 12:23-28 quando ele estava falando sobre a
sua morte ele orou para que Deus glorificasse o seu nome. Deus respondeu
dizendo que já o havia glorificado e ainda o glorificaria. Paulo estava tão
impressionado com a graça de Deus que usa muitas vezes esta expressão
"riquezas da sua graça" e em Efésios 2:7 ele diz "a suprema riqueza da sua
graça",
O propósito, beneplácito e vontade de Deus Í mostrar a sua graça em nós
e através de nós. Isto vai trazer glória para ele e isto por sua vez trará
a última coisa na cena que é o louvor desta glória que toda a criação ren-
derá a ele e que é tão enfatizado no livro de Apocalipse. O propósito de
Deus I manifestar sua graça e isto vai produzir glória e esta glória vai
produzir louvor, "...o louvor da glória de sua graça..." (Ef 1:6).
Quando a criatura busca a sua própria glória através de obras Deus não
recebe glória e nem tampouco a criatura (pois suas obras nunca são perfei-
tas) . Mas quando recebemos a graça de Deus não temos nem condenação nem
exaltação e Deus recebe toda a glória.

GRATUITAMENTE NO AMADO
"Gratuitamente" é derivado da palavra "graça". O versículo diz "con-
cedeu gratuitamente", mas no grego isso seria expressado com uma só
palavra "agraciou no Amado". "No Âraado" quer dizer "em Cristo". Nova-
mente há a ênfase de que esta graça e salvação estão somente nele.
Vamos estudar um pouco sobre o "Amado":
Mt 3:17: Jesus é o 'Pilho Amado em quem Deus se compras.
Mt 17:5: Deus novamente confirma: "Este é o meu Filho Amado".
Jo 3:35: O Filho é amado pelo seu Pai.
Jo 17:24: O Pai amou o Filho antes da fundação do mundo.
Cl 1:13: O reino do Filho Amado.

Estamos no Amado, por isto temos a graça de Deus. O amor só existe em


Cristo. Ser filho de Deus é estar no seu amor e estar em rmor é estar em
Cristo.

-9-
Vv.7,8:- ,, .no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos peca-
dos, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre
nós em toda a sabedoria e prudência...
(Não estudaremos especificamente sobre a redenção e a remissão dos pe-
cados pois são assuntos já bem conhecidos pela maioria dos cristãos. Quando
porém, estivermos terminando a primeira metade deste capítulo voltaremos ao
versículo 7 não para tratar da redenção em si mas para entendermos melhor o
propósito de Deus em nos redimir.)

EM TODA A SABEDORIA E PRUDÊNCIA

Podemos entender a expressão acima de duas maneiras: :

a. Deus teve sabedoria em nos dar a graça.


b. A graça que ele nos deu é abundante em sabedoria.
Eu creio que a segunda frase expressa o sentido certo, pois o próximo
versículo (9) fala que ele nos fez conhecer o mistério da sua.vontade o ^E
foi para conhecer esse mistério que ele nos deu sabedoria e prudência. Maí.s
uma vez Paulo não conseguiu dizer tudo em uma só palavra e enfatizou — sa-
bedoria e prudência, Vamos estudar um pouco sobre esta sabedoria.
Ef 1:17: "...o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de
ceve loção no pleno conhecimento dele," Estas três palavras — sabedoria, re-
velação e conhecimento — se encontram no mesmo versículo e se referem a
mesma coisa. Sabedoria e conhecimento são tão ligados na Palavra quanto o
espirito e alma, São gémeos inseparáveis e difíceis de serem distinguidos.
Ha, por exemplo, a palavra.de sabedoria e a palavra de conhecimento (l Co
12:8)> Mas ambas só são possíveis através de revelação.

_Ef 3:9,10. O mistério oculto manifestado ê a sabedoria de Deus» A reve-


lação do mistério (Cristo) traz sabedoria. A igreja é destinada para reve-
lar Cristo, a Palavra, a sabedoria de Deus, Geralmente entendemos sabedoria
como algo que podemos adquirir por nós mesmos, mas ela ê algo revelado a
nós por Deus

Rm 11:33-36. Note a justaposição das palavras sabedoria e conhecimento.


A revelação de Paulo sobre a sabedoria e o conhecimento de Deus foi tão
grande que só pode expressa-la através de "riquezas".

l Co 1:30. Jesus foi feito da parte de Deus.para nós, sabedoria, justi-


ça, santificação e redenção. O começo de tudo ê sabedoria, a revelação 'do
mistério que e Cristo» Nunca entendi porque Paulo colocou sabedoria ligado
com justificação, santificação e redenção. Mas, se sabedoria segundo a Pa-
lavra é a revelação do mistério (Cristo) e se sem a revelação de Cristo não
temos Cristo, então sem sabedoria não podemos ter justificação ou santifi-
cação ou redenção. Conhecer Jesus é a nossa sabedoria, e isto abre a porta
para as outras coisas.

l Co 2:1,2. Esse capítulo é uma tese sobre sabedoria. Por que Paulo fa-
la aqui sobre Cristo crucificado sendo que ele geralmente gostava de pregar
sobre a ressurreição? Porque os coríntios tinham um problema de exaltação e
então ele enfatizou a cruz. Sem a cruz não podemos pregar Cristo ressurre-
to,, Toda gloria e exaltação verdadeiras só podem fluir da cruz.
Vv.3-6. Paulo foi até eles em fraqueza pessoal, mas no poder do Espiri-
to, Ele expunha a sabedoria de Deus entre os perfeitos (os experimentados,
maduros espiritualmente). Não que os experimentados não tenham problemas ou
pecados, mas são amadurecidos para entender a Palavra de Deus. Não são cri-
anças o u neófitos. • • . • • • '

V.7« "Sabedoria de Deus em mistério." Ha uma relação entre sabedoria e

-10-
a revelação do mistério. Pregar o evangelho é falar por revelação a sabedo-
ria de Deus, Para quem não têm a revelação, a sabedoria é um mistério, pa-
rábola, enigma. Ela foi preordenada por. Deus antes da fundação do mundo.

V 8, O mundo não entende a sabedoria de Deus. Os sábios deste mundo


acham que a verdade é relativa e subjetiva. Pensam que a verdade absoluta
não existe ou que não pode ser conhecida.
Vv*9,10. As coisas escondidas do versículo 9 são conhecidas pelo Espi-
rito (v. 10), É isso que precisamos buscar, a revelação para nossos dias. A
revelação de Jesus, pela graça de Deus, vai produzir abundância de sabedo-
ria e prudência.

V. 11, Assim como o animal não pode entender as coisas do homem porque
não tem o seu espírito, nos também não podemos conhecer as coisas de Deus
sem ser através do Espírito,
V. 12. A graça de Deus é para nos conceder a revelação do mistério que
é Cristo.

V. 13. Comparar coisas espirituais com espirituais é comparar a Palavra


de Deus com a revelação do Espírito, Os seminários e sistemas teológicos
procuram comparar as coisas espirituais — a Palavra — com coisas humanas
— o intelecto natural,
Vv. 14-16,, Quem não tem o Espírito de Deus não pode discernir ou enten-
der uma pessoa que age pelo Espírito. O espiritual discerne o espiritual e
o natural»

Cristo é a nossa sabedoria — a revelação de Deus. À graça de Deus nos


dá esta revelação (sabedoria) . Pode-se ter a sabedoria sem cultura e sem co-
nhecimento natural. O que é a sabedoria de Deus? Cristo» Não basta apenas
falar Cristo, porque ele é mistério e nele está toda a verdade e sabedoria.
Sabedoria é a revelação desse mistério escondido. A sabedoria é revelada
pela graça de Deus e a graça é derramada abundantemente sobre nos em toda
sabedoria e prudência. Todos os tesouros da sabedoria de Deus estão ocultos
em Cristo e é preciso cavar, buscar até encontrá-los. Mas tudo isso tem que
ser pela graça.

V. 9: . . .deávencfcnuo-nai o mcóíéi-to da òua vontade., ie.gwn.do o Ae.it be.ne.p£ãcÁ,-


to que. p/iopuóeia em C^cóío...

O MISTÉRIO DA SUA VONTADE

Vamos estudar um pouco sobre o "mistério", pois a sabedoria de Deus é


a. revelação do mistério.
Rm 16:25,26. "Pregação de Jesus Cristo" e a "revelação do mistério" são
a mesma coisa. No versículo 26 diz que agora o mistério se tornou manifesto,
isto é, no tempo dos apóstolos. Nossa oração deve ser: "Õ Deus, faze que o
agora dê Paulo seja transposto para os nossos dias," O mistério e Cristo;
foi revelado no tempo da igreja primitiva e depois foi escondido.
Ef 3:3-6; Cl 1:24-28. Efésios fala que o mistério é Cristo e Colossenj
sés diz que o mistério é a palavra, Deus sõ tem uma palavra — Cristo. Só
esta palavra pode transmitir vida. De acordo com Efésios 3:5 e Colossenses
1:26 a revelação foi dada aos apóstolos e profetas e também aos santos. Qual
a riqueza da glória desse mistério (Cl 1:27)? É Cristo em nós, esperança da
glória, a redenção do corpo pela sua volta, algo permanente sem possibili-
dade de perder devido a nossa posição nele,
Vamos completar o nosso catalogo de expressões sobre as riquezas da
glória e da sua graça,

-11-
Ef 1:6: "para o louvor da glória da sua graça".
Ef 1:12: "para o louvor' da sua glória".
Ef 1:14: "para ô louvor da sua glória".
Ef
Ef
Cl 1:27 s "riquezas da gloria
Ef 1:18: "as riquezas da glória da sua herança".
As riquezas da glória vêm através da revelação desse mistério. A glória
de Deus é o resultado da graça de Deus. A graça tem que vir antes da glória.
Cristo em nós (graça) é a esperança da glória.

O mistério é a palavra de Deus (Cl 1:25) e é a vontade de Deus (Ef 1:9).


Então a vontade de Deus é a sua palavra e Deus é a sua palavra. Somos sal-
vos não pelas nossas obras ou merecimentos, mas pela sua boa vontade ou be-
neplácito. Tudo vem dele. Seu plano não é de acordo com nossa mentalidade
de fazer o bem e receber recompensa. Seu propósito é soberano, uma aliança
incondicional. A vontade ou beneplácito de Deus é abundar para conosco em
sabedoria, revelando as profundezas do mistério de Cristo. Temo.s' assim um
ciclo dinâmico: A vontade de Deus é. derramar sobre nós a sua graça. Mas
a sua graga consiste em derramar sobre nós toda sabedoria e prudência que i
a revelação do mistério. E o que é o mistério? É a própria vontade de Deus!

A última parte do versículo 9 fala sobre o beneplácito, que é o propó-


sito de Deus feito em Cristo. Que é este propósito? A resposta está no ver-
sículo 10 que não somente o descreve como declara quando será realizado.

v. 10: ...cie. faoizvi conveAgÁA nttt (em CnÃAto) , na. dlòptn&ação da


do* timpoà, todaò a& cc-úaó, tanto 00 do céu como aí> da t&tAa. . ,

• ~NA DISÇENSAÇÃO DA PLENITUDE DOS TEMPOS

Quando será cumprido o propósito de Deus? Na dispensação da plenitu-


de".

"Dispensaçao" significa ordem, sistema, administração, economia. Deus


muda as dispensagões. Segundo o irmão Ernesto Gentile há três dispensa-
ções: 1. Entre Adão e Abraão; 2. Entre Abraão e Cristo; 3. Entre Cristo e a
segunda vinda.
As dispensações também podem ser vistas segundo as alianças. Cada ali-
ança é uma dispensação: Edenica, Adâmica, Noaica, Abraãmica, Mosaica, Daví-
dica e a Nova Aliança em Jesus.
"Plenitude" significa cumprimento ou consumação. A plenitude dos tempos
começou com a primeira vinda e creio que vai além da segunda vinda. Só de-
pois das seis primeiras dispensações é que começa a "dispensação da pleni-
tude dos tempos".
Então na época da dispensação da plenitude ou cumprimento dos tempos
tudo vai convergir em Cristo. Isso é um processo que envolve tempos3 algo
vai acontecer antes e depois da segunda vinda.

l Co 10:11. "...sobre quem os fins dos séculos têm chegado". Os fins


dos séculos tinham chegado sobre a igreja primitiva. Os séculos são todas
as dispensações anteriores. Paulo não estava afirmando necessariamente que
o fim do mundo tinha chegado., mas que todas as dispensações anteriores ti-
nham terminado e que agora estava se iniciando uma nova era, a última dis-
pensação — a plenitude dos tempos. Era o inicio do fim.
l Pé 1:20. Cristo foi conhecido antes da fundação do mundo, antes do
inicio dos séculos, mas manifesto, agora, nos fins dos tempos.

-12-
OITO ITENS DA PLENITUDE DOS TEMPOS
l — A Príme-ipa V^nâa âe Cristo (Cl 4:4) — Este foi o começo da ple-
nitude dos tempos.

1—0 Dia de Pentecostes (At 1:6-8) — "Tempos" ou "épocas" — Jesus


usa sinónimos para expressar ênfase. Os discípulos receberam o Espirito
Santo dez dias depois que ele falou estas palavras. A plenitude dos tempos
não inclui apenas a primeira vinda de Cristo, mas também a sua ressurreição
e asceriçao e a descida do Espírito Santo. Não podemos conhecer os tempos,
mas estas coisas estão incluídas neles.

3 ~ Pedx>o e Paulo (Gl 2:7,8) — Dois apostolados e duas operações,, Uma


para os judeus naturais, a circuncisão, e outra para os gentios, a incircun-
cisao. Pedro e Paulo receberam de Deus diretrizes diferentes para ministé-
rios diferentes.
O tempo dos gentios era um mistério, pois os judeus esperavam o Messias
e o pronto estabelecimento do reino de Deus. Eles não entendiam que haveria
duas vindas do Messias — uma como Cordeiro e outra como Leão. Paulo foi
usado para revelar esse mistério. Ele mostrou que o intervalo entre as duas
vindas pertence ã igreja.

4 — Todo Israel Salvo (Rm 11:25-29) — Quando? Na plenitude dos tempos,


Israel natural (os judeus) e Israel espiritual (os gentios) serão unidos e
convergirão em Cristo. Ê um processo. Estamos quase no fim do tempo dos gen-
tios e antes da vinda visível de Cristo, ele será revelado aos judeus. IJo
final judeus e gentios vão formar um só corpo e assim todo o Israel será
salvo Um sinal da plenitude dos tempos é a restauração da terra dos judeus,
5 — Eestauração de Todas as Coisas (At 3:19-21) — "Tempos de refrigé-
rio" são os avivamentos da história da igreja. Jesus veio, subiu aos céus
e desde então tem derramado o seu Espirito. "Tempos de restauração" é quan-
do Jesus voltará, pois ele não poderã voltar até estes tempos chegarem. Sua
volta completará uma fase dessa restauração. A restauração inclui ministé-
rios, família, igreja, autoridade, Israel, e até a criação. Outra fase da
restauração continuará no milénio.
Mt 17:11-13. João Batista foi a primeira fase do ministério de restau-
ração de Elias, Elias precisa vir novamente, pois antes da segunda vinda
muitas coisas precisam ser restauradas. À vinda de Elias é a próxima coisa
que precisa acontecer na terra, pois nossa grande necessidade é a mensagem
profética de arrependimento.
Ml 4:4-6. A segunda vinda é o dia terrível do Senhor. Quem não estiver
restaurado na família e na família de Deus, na casa de Deus, vai ser amal-
diçoado.
6 - Segunda Vinda de Cristo (l Co 15:22-24) - O versículo 23 diz que
na ressurreição dos mortos'c.ada um será vivificado na sua ordem ou díspen-
sação: Cristo na primeira vinda, as primícias dos que dormem, depois todos
os santos preparados na segunda vinda e finalmente os que ressurgem depois
do milénio (v»24). Este é o processo dos tempos — fazer convergir tudo em
Cristo para depois do milénio o próprio Filho sujeitar tudo àquele que to-
das as cousas lhe sujeitou e assim Deus serã tudo em todos (v. 28).
7—0 M^Lênio (Ap 20:4-6,11-15) — O milénio faz parte da plenitude dos
tempos. Só os que fizeram parte da primeira, ressurreição terão o direito;
de reinar mil anoscom Cristo.
8 — Novos Céus e Nova Te?va (Ap 21:1,2) — Ê* o início de uma nova
o começo da vida verdadeira» O mar (representando a morte", instabilidade) já
não existe; a terra é firmeza e solidez. O céu se ajunta com a terra, a ci-
dade de Deus (Nova Jerusalém) vem para a terra, A Bíblia mostra apenas uma
pequena introdução do plano de Deus.

_Í3Í '
DE FAZER CONVERGIR EM CRISTO TODAS AS COUSAS

O que vai acontecer na plenitude dos tempos? Todas as coisas vão con-
vergir em Cristo. As oito palavras: "de fazer convergir em Cristo codas as
cousas" resumem o eterno propósito de Deus No grego estas palavras signifi-
cam literjalmente "reduzir sob um cabeça todas as coisas".

O capitulo 3:10,11 i outra maneira de explicar o eterno propósito de


Deus O versículo 9 de Efesios l-diz "nele propôs" e o 11 fala sobre o
"propósito"» Mas e difícil achar um versículo que expresse de forma melhor
e mais ampla esse propósito do que o versículo 10. Para explicar melhor a
expressão "todas as coisas" ele acrescentou "nos céus e na terra"o Os céus
e a terra englobam toda a criação, pois no princípio Deus criou os céus e a
'terra (Gn 1:1). Por que diz céus e terra, e não diz céus, Marte é Júpiter?
Porque Deus escreveu a Bíblia do ponto de vista do homem. As outras coisas
não nos interessam, mas a terra nos interessa, pois estamos nela. É um es-
cândalo para a mente natural que Deus possa fazer tanto caso da terra, pois
ela e tão insignificante em comparação ao resto do universo. Mas a
Bíblia foi escrita para nós na terra a fim de nos revelar o eterno propósi-
to de Deus

Rm 1:20. Ele criou a terra e os céus para manifestar os seus atributos


invisíveis e eternos. A terra e toda a criação representam algo do mundo
celestial. Por isso todo homem é inescusável perante Deus.

No princípio Deus criou os céus e a terra, mas depois ele separou tudo
para no fim convergir todas as coisas em Cristo. Essa é a história do uni-
verso. No fim só há uma palavra — Cristo

Em Génesis t nós encontramos sete separaçõe- de Deus. No versículo l


Deus criou os céus e a terra. Entre os dois primeiros versículos de Génesis
l houve a queda de Satanás e a contaminação da terra. Há trevas e águas no
versículo 2, conseqtlências dessa queda. Deus criou tudo perfeito e Satanás
trouxe desordem e caos. Os termos "abismo","sem forma","trevas", e "vazio",
são associados através de todas as Escrituras com Satanás. No novo mundo
não haverá nenhuma dessas coisas

A criação está no versículo l, mas o tema dos sete dias é a separação


por causa do caos produzido por Satanás.

SETE SEPARAÇÕES DE GÉNESIS 1;

1. Gn 1:4 — Separação En::ze Luz e Trevas A luz é mais importante que


o sol. Ela foi criada no primeiro dia e o sol no quarto dia. Ela é diferen-
te da luz do sol Deus e os anjo; têm luz e as vezes ela é manifesta as pes-
soas no meio da none, mesmo sem sol, Na Nova Jerusalém não vai existir sol,
só a glória de Deus (Ap 21:23)

Devemos ressaltar que os sete dias de criação não eram tanto de cria-
ção quanto de restauração e separação, A luz, a terra, o sol, a lua e as
estrelas já tinham sido criados (v.l) e através da restauração e separação
reapareceram.

2. Gn 1:6,7 — Separação Entre as Aguas Debaixo do Firmamento e as


Aguas Sobre o Firmamento. Esta separação pode ter um sentido espiritual
pois fez uma distinção entre a água viva (da chuva, das nuvens) e as águas
salgadas do mar que trazem morte

3. Gn 1:9,10 — Separação Entre Terra e Águas. Terra representa soli-


dez, Cristo como a rocha firme, e os mares representam morte, perdição,ins-
tabilidade.

4. Gn 1:11,12,20-22,24,25 — Separação Entre Plantas e Animais.


5. Gn 1:26,27 — Separação Entre o Homem e os Animais.

-14-
6. Gn 2:21-24 — Separação Entre o Homem e a Mulher, Em Génesis 1:26,
27 Deus criou o homem e a mulher juntos porque a mulher estava incluída no
homem, mas no capítulo 2 eles foram separados para depois se unirem nova-
mente.

7, Gn 2:9; 3:3 — Separação Entre a Alma e o Espírito.. As duas árvores


no jardim representam essas duas forças. Para Deus a árvore da vida estava
no centro do jardim e para a mulher a árvore central era a do conhecimento
do bem e do mal. A primeira representa vida e a segunda representa morte.

l Co 15:45. Alma representa vida que pode morrer mas^espírito vivifi-


cante é vida imortal que transmite vida para outros. Adão é a árvore do
conhecimento e Cristo ê a árvore da vida.

Hb 1:12. Só a Palavra pode separar entre-alma e espírito.

Todas as separações serão novamente unidas em Cristo. Deus separou


para unir com vida. Por que ele separou o homem e a mulher? O homem estava
sõ e a mulher estava nele. Ela foi tirada dele para ser unida novamente
com ele em amor, e se tornarem os dois uma sõ carne. De modo semelhante
Deus separou todas as coisas para depois unir com mais riqueza. A separa-
ção traz escolha. Sem ela o homem não poderia conhecer o amor voluntário,
pois amor e a liberdade de escolher: unir ou não unir. Por isso Deus criou
e separou todas as coisas, para nosso treinamento e aperfeiçoamento. A
própria criação ê um exemplo disso pois foi uma separação entre a criatura
e o Criador. Todas as coisas criadas estavam em Deus mas ele as tirou para
fora do seu reservatório infinito para manifestar melhor a sua natureza e
no fim uni-las novamente consigo mesmo,

A definição grega "reduzir sob um cabeça todas as coisas" transmite


uma ideia do propósito de Deus de estabelecer um senhor sobre toda a cria-
ção. Vamos, então, estudar um pouco sobre o senhorio de Cristo para enten-
der a convergência de todas as coisas nele.

Cl 1:15-20. Cristo não foi criado mas foi o modelo de toda a criação.
Tudo foi criado por meio dele <no início) e para ele (no fim). Entre esses
dois extremos estão as separações. Tudo estava unido com ele no começo e
tudo será unido nele no fim. O versículo 20 corresponde a Efésios 1:10 —
reconciliar com Deus, através de Cristo, todas as cousas, quer sobre a ter-
ra, quer nos céus.

Portanto, tudo foi separado para distinguir entre o bem e o mal e pos-
sibilitar uma escolha, mas no fim tudo será unido em Cristo. Antes da fun-
dação do mundo tudo estava nele, mas não temos uma identidade eterna como
a sua. O espiritismo ensina que tudo & eterno, a alma e imortal, etc. Mas
a verdade é que fora de.Cristo não temos identidade porque não somos Deus,
somos filhos dele através de Cristo. Ele é Deus e nós estamos nele. Tudo co-
meça com Cristo e não com a nossa própria identidade ou existência. Deus es-
colheu Cristo e quando recebemos o seu Espírito entramos na escolha de Deus»

l Co 15:22-28. O versículo 25 fala do propósito do milénio — sujeitar


todas as coisas a Cristo e a igreja. O processo final começa com v,26 no
fim do milénio: Tudo convergindo em Cristo para sujeitar e unir todas as
coisas ao seu domínio e senhorio. Só será unido a Cristo aquele que livre-
mente escolheu amá-lo. O joio será separado do trigo, os peixes bons dos
maus. Convergir tudo em Cristo implica numa separação final. Todo poder nos .
céus e na terra é dado a Jesus e ele está em nos pelo Espírito. Então o pro-
cesso de sujeitar tudo a ele e participar do propósito eterno de Deus come-
ça com o Pentecostes.

Fp 2:8-11. A reconciliação ou sujeição de tudo em Cristo.

Rm 11:36. O cumprimento do eterno propósito de Deus. Origem, meio e fim,


tudo em Cristo.

-15-
Cl 2:9. Nossa mente não consegue explicar toda a divindade de Deus ha-
bitando em Cristo,

Cl 3;llb, Cristo é tudo em todos,, Não há nada que não faça parte de.
Cristo ,

Ap 21:1-3. Deus vai descer para a terra e os céus vão casar com a ter-
ra. Acabou a separação entre os céus e a terra, pois se Deus veio para a
terra não há nada de valor no céu,

Ap 21:22,23, Não ha sol nem lua ou espaço entre o céu e a terra, a noi-
va se uniu ao marido, a glória de Deus e a iluminação da cidade e o Cordei-
ro é a sua lâmpada,

V- 11: . ,,ne£e dcgo, no qaat iomo& tombím


Qundo o pfijpo^Ltfi daqunte que. ^az todaí OÁ C.OUÁOÁ con^oAwe o cún&ního da
bua vontade. .

NELE FOMOS TAMBÉM FEITOS HERANÇA

O versículo 11 é uma continuação das bênçãos espirituais» Ele inicia


com a palavra chaye "nele" (em Cristo), e reúne várias palavras que já vimos
— predestinados, propósito, conselho e vontade. Tudo isso mostra a sobera-
nia de Deus que resolveu tudo antes da fundação do mundo e que o seu pro-
pósito é independente de nossas obras ou méritos. É graça pura pois depende
totalmente do seu conselho. Paulo teve tanta revelação disso que procurou
transmiti-la usando quatro palavras sinónimas na mesma frase,

Podemos ressaltar duas ênfases fundamentais que aparecem em quase todo


versículo desta primeira metade do primeiro capítulo de Efésios: 1. A von-
tade de Deus é a razão de ser de todas as coisas inclusive a nossa salvação;
2, A posição "em Cristo" ê o único lugar para esta vontade ser executada.
Colocaremos aqui uma lista mostrando estas ênfases:

l» A Soberania da Vontade de Deus:

V.l: vontade de Deus


. V 4: nos escolheu
V»5: nos predestinou; segundo o beneplácito da sua vontade
V,,9: mistério da sua vontade secundo o seu beneplácito que nele propôs
V,, 11: predestinados segundo o propósito,, ^conforme o conselho da sua
vontade

2. A Nossa Posição "em Cristo";

V,l: fiéis em Cristo Jesus


V.3: em Cristo '
V, 4: escolheu nele
V.5: por Jesus Cristo
V 6: no Amado
V.7í no qual
V,9: nele propôs
V,10: em Cristo
V. 111 nele; no qual
V-12: em Cresto
V,13: no qual

A palavra "também" (v,11) mostra a introdução de um novo conceito aqui;


herança, que é mencionada mais duas vezes neste capítulo e muitas vezes na
Bíblia toda.

A herança também reforça a soberania de Deus, Ela é gratuita e sem ne-


nhuma participação ou vontade dos receptores; é uma propriedade que na mor-

-16-
te do dono, passa aqueles que tem o direito de recebe-la. O direito não vem
por mérito próprio, mas pelo beneplácito ou vontade do dono. Do contrário
não seria herança e sim uma recompensa ou merecimento.
Vamos estudar várias referencias no Velho e Novo Testamentos para ver
os vários usos da palavra herança.

A PALAVRA "HERANÇA" NO VELHO TESTAMENTO


Dt 4:20-22: "...para que lhe sejais povo de herança,..e não entraria na
boa terra que o Senhor teu Deus te dá por herança." A herança do povo i a
terra e a herança de Deus é o povo.
Dt 4:36-38. Deus está dando a terra prometida por herança.Eles não tra-
balharam para ganhá-la, mas essa dádiva foi por amor aos seus pais Abraão,
Isaque e Jaco.
Dt 9:26-29: ",..o teu povo e a tua herança ... são eles o teu povo e a
tua herança..." O povo é a herança de Deus.
Dt 12:9,10. A herança é a terra e o descanso dos inimigos, sem guerras
e sem problemas.
Dt 18:1,2: "..«não terão parte nem herança em Israel... o Senhor I a
sua herança..." Os levitas não tinham herança na terra. As tribos herdaram
a terra, mas os levitas recebiam as ofertas provenientes dela e que eram
oferecidas a Deus. Dessa forma Deus era a sua herança, mostrando que a he-
rança verdadeira é o Senhor.
Ct 6:3: "Eu sou do meu amado, e. o meu amado é meu." Nos somos a herança
de Deus e Deus é a nossa herança. O amor é recíproco, um circulo dinâmico.
Quando damos, sem esperar troca, recebemos muito mais.

l Rs 8:51-53. Nessa oração Salomão disse duas vezes que o povo é a he-
rança de Deus e por ijsso pediu o cuidado do Senhor para com ele. •

SI 33:12, Nós não escolhemos a Deus, ele nos escolheu como sua herança.
Ez 47:13,14. A terra é a herança.
Outros versículos: SI 16:5,6; SI 78:71„

Vemos no Velho Testamento três usos da palavra herança:


a. O povo e a herança de Deus;
b. A terra é a herança do povo;
c. Deus Í a herança do povo (especialmente dos levitas). f
O povo que é a herança de Deus e o povo que ele escolheu e chamou e por
seu próprio beneplácito decidiu faze-lo a sua herança.
A PALAVRA "HERANÇA" NO NOVO TESTAMENTO
At 7:2-5. Os descendentes de Abraão herdaram a terra; Abraão recebeu
apenas a promessa.
Hb 11:8-10. Abraão, Isaque e Jacó peregrinaram na terra da promessa como
em terra alheia, não eram herdeiros da terra, mas herdeiros da promessa. A
terra material prometida ao povo de Israel era figura da verdadeira herança
— a cidade celestial que tem fundamentos, da qual Deus I o arquiteto e
edificador.
Gl 3:15-18. Um testamento e.-.ufla aliança ou contrato que uma pessoa faz
para distribuir seus bens após sua morte. As promessas foram feitas a Abra-

-17-
ao e ao seu descendente (v.16), Deus prometeu a terra a Abraão, mas ele não
a herdou; o seu descendente, Cristo (prefigurado por Isaque), a herdou. A
terra representa descanso e Cristo é o nosso descanso, A terra ê Cristo no
seu povo e isso é o reino de Deu is,,
V.18o Deus concedeu, gratuitamente, a herança a Abraão pela promessa. O
quê foi prometido a Abraão? O descanso, Cristo, a terra prometida,,
Hb 9:15-18. Cristo ê o mediador de um novo pacto ou testamento. Para
herdar alguma coisa alguém precisa morrer. Deus i a nossa herança e nos so-
mos a herança de Deus, mas para isso entrar em vigor foi necessário a morte
do testador — Jesus Cristo. Ele morreu como Deus-homem possibilitando a
herança nos dois sentidos. Por sua morte ele ativou tanto a nossa herança
(Deus) como ativou a herança de Deus (nós)„ A família de Deus ê divina e
ele não podia herdar-nos como homenss mas através de Cristo somos partici-
pantes da sua natureza e assim podemos ser sua herança. Em Cristo tam-
bém, nos herdamos Deus e pela sua morte recebemos os seus tesouros. Se ele
não fosse homem, não receberíamos as riquezas de Deus, e se não fosse Deus,
não seríamos feitos herança de Deus, pois Deus não nos aceitaria.
Hb i:2o Jesus foi constituído poí Deus herdeiro de todas as coisas.
Através da sua morte Cristo liberou a herança e através da sua ressurrei-
ção ele pôde receber o que liberou, fazendo-se herdeiro de todas as coisas,
Ele é o testador e ao mesmo tempo herdeiro,assim como ele é sacerdote e sa-
crifício (Hb 7:26,27). E difícil entender que o mesmo que morreu,recebeu a
herança» Mas isso foi necessário porque sem morte não há herança e sem res-
surreição ninguém tem o direito de herdar.Nos podemos receber todas as bên-
çãos em Crísto9 pois a herança já foi liberada por ele (na sua morte) e pa-
ra ele (na sua ressurreição). Portanto, ele ressuscitou para receber a he-
rança e através de estarmos nele nós a recebemos também. Ao mesmo tempo que
ele é a herança de Deus, ele é a nossct herança. Nele somos a herança de Deus
e nele também Deus é a nossa herança.
Se Jesus fosse somente Deus, ele ressuscitaria e nos não teríamos heran-
ça porque não teríamos participação nele,, Ele receberia uma herança separa-
do de nós. Mas por ele ser homem também recebemos a sua herança em Deus
junto com ele.
Pelo fato de Jesus ser homem nos podemos receber a herança juntamente
com ele» Pelo fato dele ser Deus, Deus pode receber-nos como herança pois
ele nos fez participantes da natureza divina, membros da família celestial.
Não somos uma herança para Deus em nós mesmos, mas a vida de Cristo em nos
é que é a herança de Deus n A chave da revelação de Efésios l ê "em Cristo1 .
Se tivéssemos esta revelação em plenitude teríamos vitória completa sobre o
velho homem. Não estamos em Adão — estamos em Cristo,
0 conselho da sua vontade é estarmos em Cristo, fazendo parte do seu
plano eterno. As bênçãos espirituais são expressas de várias maneiras —
predestinação, ser escolhido em Cristo, ser sua herança — i tudo a mesma
coisa, estar em Cristo Fazemos parte dá herança que o Pai quer em Cristo,
Quem nos condenara? Como não podemos ser aceitos, se estamos em Cristo?
Cristo sempre foi a herança de Deus — Pai e Filho desde a eternidade,
na família, um é herança do outro. Agora ele quer levar muitos filhos a se-
rem esta mesma herança do Pai,
As riquezas de Cristo, o tesouro que está nele, é tão grande que leva-
remos toda a eternidade para descobrir e nunca o esgotaremos. Ê uma fonte
que jorra — vida eterna. Temos que começar a desenvolve-lo agora.
At 20:32; 26:18 A herança é o descanso, a vida, a graça — Cristo,,
Cl 1:12,13. O reino do Filho amado e a herança,
1 Pé 1:3-5, Por que nossa herança está nos céus? Porque Cristo está nos

-18-
céus' Quando formos unidos com ele teremos a herança. A herança, a salvação
que é Cristo, nos será doada nos últimos dias com a sua volta.
Finalmente os dois últimos versículos estão no próprio capítulo l de
Efésios (w.14 e 18) que serão estudados depois.

V. 12: ...a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão
esperamos em Cristo...

LOUVOR DA SUA GLORIA

Quando estudamos o versículo 6 notamos que há uma ligação entre gloria


e graça.A graça traz glória e a glória produz louvor. Vamos estudar %.agora
mais especificamente "glória". O propósito de Deus é que sejamos o louvor
da sua glória. Quando Deus completar sua obra em nós seremos^um motivo pa-
ra a sua glória. Por isso precisamos entender mais o que é glória.
Paulo fala sobre esse assunto oito vezes no livro de Efésios, sendo
que cinco vezes no capítulo l e três vezes no capítulo 3 ( 1:6,12,14,17,18;
3:13,16,21). Há muitas passagens bíblicas falando sobre o assunto, no Novo
e no Velho Testamentos, e em cada uma podemos ver a "glória" em seus dife-
rentes aspectos.

"GLORIA" NO VELHO TESTAMENTO

Êx 33:12-23. A glória tem relação com a presença, o nome e a face de


Deus. Só escondido na rocha, em Cristo, é que podemos ver a sua face ou a
sua glória. Moisés só podia ver as costas de Deus, mas em Cristo nós pode-
mos ver a face de Deus.
£x 40:34-35. A glória de Deus completa, enche o ambiente, fazendo com
que não ha j s lugar para mais nada.
Nm 14:19-23. O povo foi perdoado, mas não pode ver a glória de Deus.
Foi perdoado mas não entrou na terra prometida. A glória do Senhor encheria
toda a terra (v.21), mas eles morreriam no deserto. O propósito de Deus é
muito além do perdão. Seu propósito é ter um povo habitando na terra para
resplandecer sua glória e encher a terra com ela.
E possível ser perdoado e não ver a glória de Deus. É possível ser sal-
vo e não entrar nos propósitos dele. Deus perdoou o povo e só não os matou
por causa da intercessão de Moisés. Aqui não fala que Deus os salvou, mas
apenas que ele não os destruiu. Não temos revelação sobre como isso pode
ser aplicado ã igreja hoje, mas sabemos que Deus tem algo além do perdão.
Ele queria revelar sua glória aquele povo para que eles a espalhassem em
toda a terra. Esta fora a promessa a Abraão, que todos os povos da terra
seriam abençoados através da sua descendência. E eles já conheciam sua gló-
ria através dos sinais e maravilhas no Egito, mas mesmo assim o rejeitaram.
Deus também os rejeitou e jurou que não os usaria para realizar seu propó-
sito.
l Rs 8:6-11. Nesses versículos podemos ver a relação entre a arca com
as tábuas da lei e a glória de Deus. Quando a arca foi colocada no templo
a nuvem da glória veio para confirmar a lei. Se hoje falta a glória de Deus
na igreja, é porque falta a lei no nosso meio. Precisa haver a restauração
da lei para haver restauração da glória.
SI 19:1. Você já contemplou as estrelas no céu e quase as escutou lou-
vando a Deus? As estrelas representam anjos ou mesmo santos regenerados,
luzes no mundo, que mostram a grandeza, a glória de Deus.

-19-
SI 24:9,10. Os exército? de Deus são seus anjos que batalham pelo
Senhor dos Exércitos, o Rei da glória,

SI 102:15,16. O nome do Senhor é sua glória. Quando ele edificar a sua


igreja sua glória vai aparecer.
Is^6:l-3. Deus precisa abrir os nossos olhos para ver a terra cheia da
sua glória, pois só vemos miséria. Isso também é uma profecia, o profeta
vendo o que vai acontecer.
Is 60:1-3. Isso é a glória futura da igreja. O mundo vai depender da
luz da igreja. É uma profecia e uma ordem — levanta-te, resplandece. Isa-
ías viu que toda a terra está cheia da sua glória, toda criação a revela,
mas é preciso um lugar específico para Deus.brilhar e habitar — a casa de
Deus. A glória:precisa se revelar primeiro em Jerusalém e dali espalhar por
toda a terra.
Is 40:3-5. A terra está cheia da glória do Senhor,mas esta ainda preci-
sa ser revelada para toda a carne a contemplar. O Senhor vai voltar dos
céus para a terra através do caminho reto e aplanado,para reinar e resplan-
decer nela a sua glória.
E z 1:28; 10:3-5. Á glória do Senhor,que é a sua presença, tem a aparên-
cia de um arco-iris. Do meio da nuvem Deus fala e enche sua casa de glória.
Ez 43:1-6. O sol se levantando no oriente é uma figura da glória de
Deus. O propósito de Deus é encher sua casa com a sua glória, com a nuvem
da sua presença que faz silenciar as vozes humanas para que ele possa fa-
lar. Este pode ser o resumo de toda a Bíblia — a glória do Senhor enchen-
do a sua casa e uma voz saindo dela.
Ag 2:6-9. Deus vai abalar as nações e encher a casa com a sua glória. O
desejado das nações, Cristo, virá e encherá a casa com a sua presença. Esta
palavra certamente será cumprida, podemos crer e nos preparar para isto.

"GLORIA" NO NOVO TESTAMENTO

Mt 16:27; 25:31. O primeiro versículo diz que o Filho vem na glória do


Pai e o segundo diz que o Filho do homem vem na sua majestade e se assenta-
rá com seus anjos no trono da sua glória. Não há diferença, a mesma glória
do Pai é a do Filho.
Lc 21:25-28. Note a relação entre a glória e a nuvem. A nuvem esconde
e a luz revela.
Jo 1:14. "Vimos a sua glória» glória como do unigénito do Pai." Jesus e
a glória do Pai.
Jo 2:11. A água transformada em vinho manifestou a glória. A glória, se
identifica com sinais e milagres; é o poder de Deus transcendendo as leis
da natureza.
Jo 17:5,22,24. Jesus identifica sua glória com a cruz, pois está fazen-
do esta oração logo antes de ser entregue ã morte.Sem morte não '.há ressur-
reição. Muitos tem a tendência de enfatizar somente a ressurreição e isso é
perigoso porque a glória sem a cruz acaba sempre em cáriialidade. É o cami-
nho de Satanás — subir sem descer primeiro. A glória verdadeira só pode
ser obtida através da cruz.

Jesus tinha glória com o Pai antes do mundo existir. A glória fala de
resplendor mas também fala de comunhão e união com Deus. A glória que exis-
tia antes da fundação do mundo e a união, o relacionamento de amor entre o
Pai e o Filho. Jesus morreu e ressuscitou para que nós pudéssemos entrar
nessa glória, nessa comunhão, e assim resplandecer a glória de Deus também.

-20-
Rm 8:18-21. "A glória por vir a ser revelada em nós." Nesta passagem a
glória e a revelação dos filhos de Deus (v.19). Os filhos são a glória re-
velada. Ê como se fôssemos o arco-íris de Deus — um resplendor que brilha
no mundo inteiro, manifestando sua beleza e luz.
l Co 2:7,8. A sabedoria de .Deus, Cristo, foi^preordenada desde a eterni-
dade para nossa glória. Jesus é o Senhor da glória (v.8). Ele foi crucifi-
cado, mas esse foi o caminho para & posição que ele tem agora de muito mai-
or glória do que tinha antes. Nem os príncipes temporais nem os principados
espirituais compreendem esse tipo de glorificação. Eles entendem e buscam
glória exterior e visível mas a glória através da cruz lhes é um mistério.
l Co 11:7. O homem em Cristo é a glória de Deus. À mulher é a glória do
homem. Â imagem e a glória são ligados. Isso fala de Cristo e a igreja e re-
vela o relacionamento certo entre o homem e a mulher. A mulher é a glória
do homem porque se submete a ele e tem um relacionamento íntimo com ele. Da
mesma maneira a igreja é a glória de Cristo porque se submete a ele em amor
e comunhão.
1 Co 15:40-43. O nosso corpo vai ressuscitar em glória.
2 Co 3:7-18. O propósito de Deus é transformar homens na sua glória que
é sua imagem. Cristo é o Espírito, e pelo Espírito em nós somos transforma-
dos de glória em glória na mesma imagem de Cristo. Isso acontece de modo
progressivo ã medida que o Espírito revela Cristo em nós. Conhecimento da
Palavra não traz esta glória, mas conhecimento ou revelação no Espírito.
A glória vem através de ver a face de Deus no Espírito, comunhão, pre-
enchimento da lacuna entre Deus e o homem. No Velho Testamento era apenas
por sombras; a lei era gloriosa, mas não podia refletir em nós a glória de
Deus. Não proporcionava relacionamento, vida em Deus. Através de Cristo en-
tramos na vida, na revelação real e substancial, capacitando-nos a refletir
a glória de Deus e ter verdadeiro conhecimento e relacionamento.
2 Co 4:6. Moisés não pôde ver a glória de Deus na sua face. A lei só vê
as costas de Deus. Em Cristo vemos a glória de Deus, pois ele habitou em
carne como a nossa. À lei é algo transitório, não pode ter glória real, a
glória da lei desvanece. Mas Cristo é permanente e sua glória aumenta cada
vez mais. Na lei não há liberdade, mas no Espírito há liberdade, ou seja,
ha vida real no Espírito, a capacidade de cumprir a lei.
Cl 1:26,27. O mistério vai ser revelado para manifestar as riquezas da
glória. E a esperança da glória pois na volta de Cristo este corpo corrup-
tível será transformado e Cristo será manifesto em nós com todo o poder e
beleza da sua vida incorruptível.
Cl 3:4. Seremos manifestados com ele em gloria, em Espírito. O Espírito
Santo é a comunhão entre o Pai e o Filho e isso e glória. O Espírito mostra
a glória da vida eterna em nós desde já. Ele é o penhor da nossa herança,
da glória que teremos quando Cristo se manifestar.
Hb 1:3. Cristo é o resplendor da glória de Deus, a expressa imagem do
seu ser. A imagem se relaciona com glória. Imagem é a natureza de Deus, a
sua lei, a sua arca. Glória é a nuvem da presença de Deus confirmando a sua
lei, o selo do Espirito, o brilho. À glória sem imagem, sem substância, é
superficial, exterior e passageira. Mas a glória que vem da imagem interior
é uma glória real. Cristo é a imagem de Deus e ele mesmo é o resplendor da
sua glória.
Hb 2:9,10. O sofrimento de Cristo na cruz trouxe glória. Ele passou pe-
la morte para conduzir muitos filhos ã glória. Fomos incluídos na sua morte
e na sua ressurreição. Em Jesus temos a vida de ressurreição.
l Pé 4:13,14; 5:1. Há ligação entre glória e sofrimento.
Ap 21:9-11. A Noiva tem a glória de Deus. Quando a esposa se submete ao
-21-
marido, ela recebe a sua gloria. Cristo se submete ao Pai e é glorificado
por ele. Nos nos submetemos a Cristo e recebemos a sua gloria.

Ap 21:22-26. Ha uma identificação entre luz e gloria. A cidade não ne-


cessita do sol e nem da lua. A glória de Deus e a luz da cidade. A cidade é
a gloria de Deus e o Cordeiro é a glória de Deus na cidade.
l
RESUMO DAS REDAÇÕES SOBRE "GLORIA"

Mo principio somente Deus tinha glória. Só ele possuía majestade, gran-


deza, magnificência-, brilho e esplendor. Ele & o Pai da glória. Depois sua
gloria habitou também no seu Filho, porque em Jesus habitava toda a pleni-
tude do Pai. Esta plenitude é a glória que o Pai deu a seu Filho. Depois
Deus deu sua glória aos homens, enviando Jesus ao mundo. Agora todos podem
ser um, porque temos essa glória e essa glória será revelada ao mundo. No
fim daremos toda a glória a Jesus e ele a dará ao Pai e assim a glória vol-
tar! a ser somente de Deus, o Rei da glória!

A glória de Deus ê o resplendor, a luz, o brilho, e a beleza resultan-


tes da expressão ou manifestação da sua natureza. A gloria de Deus é rela-
cionada com o seu nome e com a sua lei, porque ambos representam a sua na-
tureza. A glória de Deus na nuvem repousava sobre a arca que continha a lei
de Deus, Não ha gloria sem a natureza de Deus. Quando a natureza de Deus se
manifesta visivelmente, e. a glória que aparece.

Cristo ê a glória de Deus pois ele m:nifesta visivelmente a natureza de


Deus. Ele é a expressa imagem do ser de Deus, Ele saiu de Deus e revela o
que esta no seu interior. Nós somos a glória de Cristo porque saímos de
Cristo e somos á sua expressão visível no mundo. Somos o Corpo de Cristo. A
mulher, ê a glória do homem porque saiu do homem. Jesus tinha a gloria do
Pai porque era seu Filho e tinha as suas mesmas características e as trans-
mitiu ao mundo,, A igreja em união com Jesus terá suas mesmas característi-
cas e também transmitira a glória de Deus ao mundo.

A glória verdadeira vem através da cruz porque esta é a mais profunda


revelação da natureza divina — descer para subir, dar para receber, negar a
vida para ganhá-la. Querer ter glória, um efeito exterior, visívtl, sem ter o
relacionamento constante com a fonte de origem, é roubar a gloria de Deus,,e
este foi o pecado de Satanás. O mundo inteiro é dominado por sua filosofia
— ambição por glória visível e aparente sem dependência era Deus, a única
fonte verdadeira, e sem realidade interior. Por exemplo, querem ter fama de
justiça sem serem justos, aparência de caridade sem verdadeiro amor e assim
por diante.
Gloria é a emanação do próprio Deus, A presença de Deus emite glória
como o sol emite luz e resplendor. Esta glória pode ser transmitida a outros
que entram em comunhão íntima com ele. Moisés foi um exemplo disto, pois
apenas a visão das costas de Deus foi suficiente para fazê-lo refletir está
glória no seu rosto, A união do Pai com o Filho resultou na glória q.ue Je-
sus tinha com .o Pai Esta glória fala da comunhão que o Pai tinha com o Fi-
lho que ê o Espírito Santo.

Quando Moisés pediu para ver a gloria de Deus, Deus disse que lhe mos-
traria a sua bondade e apregoaria o seu nome mas que não lhe permitiria ver
o seu rosto, porque a plenitude da gloria de Deus está na sua face. Esta
passagem mostra que a glória de Deus inclui a sua bondade e é expressa pelo
seu nome. A gloria de Deus i a sua natureza pois o nome de Deus revela o
que ele é.

A união do Filho com o Pai resultava em glória, Jesus como Filho primo-
génito tinha a glória do Pai porque ele era um com ele, tinha todas as suas
características, a sua natureza. Agora esta glória está sendo transmitida a
muitos filhos» Jesus orou para que nós fôssemos glorificados com a mesma
glória que ele tinha com o Pai. NÓS recebemos a glória de Deus na medida

-22-
que somos unidos com sua imagem, sua pessoa, sua natureza. Quão grande serã
a. gloria da comunhão entre o Pai e o Filho e os muitos filhos!
Quando Deus criou o mundo seu alvo não era obter glória, porque isto
ele já tinha, O seu objetivo era manifestar^e multiplicar esta gloria atra-
vés de muitos filhos — levar muitos filhos a gloria. Deus quer que nós se-
jamos a sua glória, e nosso alvo ê alcançar a sua glória, O plano mestre de
Deus hoje e colocar a sua glória em uma casa. Ele não quer uma casa sem
glória e nem uma glória sem casa, e sim uma casa cheia da sua glória, sendo
um instrumento eterno para manifestar a glória de Deus a todas as nações e
aos principados e potestades. Nosso alvo, portanto, não deve ser apenas a
salvação e sim alcançar a glória de Deus, manifestar a glória de Deus, ser
instrumentos para que toda a terra seja cheia da sua glória.
Jesus manifestava a glória de Deus no mundo através de sua graça e ver-
dade. Ele manifestava a natureza de Deus. Sua união com Deus fez com que ele
tivesse a mesma natureza e por isto ele tinha a mesma glória. Ele agora
quer levar-nos a esta mesma união, através da qual receberemos a mesma ns^
tureza do Pai e manifestaremos a sua glória. A glória de Deus traz união à
igreja porque faz-nos um com Deus.
No Velho Testamento a glória de Deus desceu sobre o tabernáculo quando
foi construído de acordo com a palavra do Senhor e também sobre o templo de
Salomão, quando este foi terminado. Desceu também sobre o Filho de Deus, a
verdadeira casa de Deus que realmente o agradou — seu Filho amado a quem
ele demonstrou seu prazer selando-o com sua glória. A nuvem da glória de
Deus era o seu selo de'aprovação. Agora Jesus está preparando sua Noiva, a
última casa, para que esta também seja revestida da glória que ela .(recebeu
do Pai.

Salmo 102 diz que o Senhor edificará a Siao através de manifestar a sua
glória, Â glória de Deus tem o poder de nos purificar e santificar. Nenhum
homem pode ver a glória de Deus e permanecer o mesmo. À glória de Deus é
ele próprio na sua casa, expressado por um povo para o mundo ver as suas
maravilhas e crer no seu nome.
Quando nós formos unidos em comunhão com Cristo e com seus sofrimentos
seremos também participantes da sua glória. Cristo, por causa do sofrimento
da morte, foi coroado de glória. Assim também, quando formos co-participan-
tes dos sofrimentos de Cristo, sentiremos repousar sobre nós o Espírito da
gloria e de Deus.

A glória de Deus é o nosso alvo. Não é apenas salvação. Deus tem muito
mais para nós. Ele quer compartilhar conosco a sua gloria. A glória é comu-
nhão, relacionamento com ele, i vê-lo face a face, habitar com ele eterna-
mente numa cidade que não necessita nem do sol nem da lua pois sua ilumina-
ção serã a própria glória de Deus. A nossa mente estremece com o simples
meditar na glória e ao mesmo tempo nosso corpo geme porque Cristo em nós e
a esperança da glória. Nós nos alegramos na esperança da glória mas sofremos
dores de parto, gememos em intercessão para que isto se realize.

A glória de Deus virá através da palavra profética, Assim como a pala-


vra criativa de Deus. criou luz no meio das trevas, hoje ela fará brilhar a
sua glória em nossos corações enegrecidos pelo pecado. Somos chamados para
resplandecer a gloria de Deus no meio da escuridão do mundo como um arco-
íris no dia de chuva, e finalmente toda a terra se encherá da gloria de
Deus. Até mesmo a criação aguarda com expectativa esta revelação.
Com a palavra profética restaurada, todo vale será aterrado, os montes
e outeiros serão nivelados, o que é tortuoso será retificado, os lugares
escabrosos serão aplanados e então a glória do Senhor aparecera pois foi a
boca do Senhor que o disse.
Há porém grajide perigo de sermos como o povo de Israel no deserto. Po-
demos contemplar os efeitos da glória de Deus e nos satisfazer com isso e
morrer no deserto sem ser participantes da glória de Deus que encherá toda

-23-
a terra. Esta glória é o relacionamento, a comunhão, a união perfeita com o
Pai pelo Espirito Santo.

A glória de Deus é totalmente baseada na graça de Deus, e Deus só será


glorificado no homem quando a graça estiver operando plenamente nele.

A glória é transmitida através da face, voz e revelação de Deus e pro-


duz purificação, santificação e união com ele.

Vv. 13-14: .. .em quem também VÓSj depois que ouviste /? a palavra da verda-
de, o evangelho da vossa salvação * t end^ nele também crido, fostes selados com
o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor danossa herança até o res-
gate da sua propriedade, em louvor da sua gloria.

O versículo 12 com o versículo 13 faz um contraste entre "nós" e "vós".


"Nos" refere aos primeiros discípulos que receberam a palavra de Deus, eles
eram os que estavam perto. "Vós" refere aos gentios (incluindo os ef ésios) ,
que estavam longe. O princípio de Deus é reunir "nós" e "vós" em comunhão,
judeus e gentios num só corpo.
Outras duas expressões — "em quem" e "nele" — voltam a enfatizar que
as bênçãos espirituais estão em Cristo. A posição de estar nele é o pré-re-
quísito para recebê-las. Gramaticamente não havia necessidade de Paulo re-
petir isto tantas vezes, mas ele sentia que era essencial enfatizar essa
posição primaria e condicional para obter todas as outras coisas.
Temos dois assuntos básicos para tratar nesses versículos:
a. O Evangelho da nossa Salvação, a Palavra da Verdade.
b. O Espirito Santo da Promessa, o Penhor da nossa Herança.

O EVANGELHO
Paulo mais uma vez usou palavras com sentidos idênticos: a palavra da
Derdade, o evangelho da nossa salvação. Nós não temos- hoje o verdadeiro
evangelho. A igreja está perdida porque o evangelho está perdido. Só a res-
tauração do evangelho será capaz de restaurar a igreja» Deus está nos reve-
lando a falta e a carência do verdadeiro evangelho, porque istojias desper-
ta a procurá-lo o Metade da solução é o reconhecimento de que não o temos,
de que precisamos achá-lo e proclamá-lo a todo o rauado.
Cl 1:3-5. "Palavra da verdade do evangelho". O "evangelho" significa
"boas novas". Essa é uma expressão peculiar do Novo Testamento, e só a en-
contramos com este sentido no Velho Testamento no livro de Isaías„ (Naum 1:
15 a menciona, mas é apenas repetindo a profecia de Isaías.) Isaías,_a par-
tir do capítulo 40 anuncia o evangelho, pois ele teve uma revelação mais
clara da Nova Aliança do que os outros profetas. Isaías 53 narra o sofri-
mento de Cristo melhor do que os evangelhos.
Is 40:9. As boas novas consistem em anunciar a presença de Deus na ter-
ra, na sua casa. O fato dele estar nos céus não nos ajudajnas a sua presen-
ça na cerra e. motivo de grande esperança e alegria para nós.
Is 52:7; 61:l,2oJesus começou seu ministério citando o evangelho segun-
do Isaías.
Gl 3:8, Encontramos a palavra "evangelho" no Velho Testamento somente
no livro de Isaías, mas o evangelho em si, seu conteúdo, foi anunciado pela
primeira vez a Abraão.
Gl 3:16-18. O que e a promessa? É o evangelho dado de graça a Abraão.
Moisés veio depois com a dispen$ação da lei para mostrar a incapacidade do

-24-
homem em alcançar a promessa por seus próprios esforços. Á lei tinha uma
função para cumprir antes da vinda do evangelho na pessoa de Cristo: trazer
o pecado ã luz (Rm 7:13). A lei é santa e apesar do pecado já existir, sem
ela ele não seria conhecido.
Mc 1:1-4. O principio do evangelho é arrependimento. É interessante ob-
servar que Marcos citou no inicio do seu evangelho o capítulo 40 de Isaías,
o único profeta do Velho testamento que falou claramente do evangelho.

Mc 1:14,15. Jesus também pregava arrependimento mas anunciava algo


mais: fé, "crede no evangelho". O evangelho é a palavra da verdade.
l Co 15:1-4. Paulo resumiu o evangelho em três passos: Cristo morreu,
foi sepultado e no terceiro dia ressuscitou. Essas são as boas novas.
Lc 16:16. Ha uma divisão nas dispensacões de Deus. De um lado está a
lei e os profetas, e de outro lado o evangelho. Os profetas anunciavam a
lei e os apóstolos anunciavam o evangelho. For que não havia apóstolos no
Velho Testamento? Forque não havia evangelho. Deus o anunciou^a Abraão, mas
depois ele ficou encoberto na dispensacão da lei. Mas ele não desapareceu
totalmente; ficava borbulhando debaixo da superfície. De vez em quando ele
vinha ã tona quando alguém recebia alguma revelação (por exemplo: Davi e
Isaías). Podemos ver o evangelho no Velho Testamento muitas vezes, pois ele
está contido em toda a Palavra de Deus, mas não havia chegado a época dele
ser revelado completamente.

A falta de apóstolos hoje é devido à falta do evangelho, ou não temos o


evangelho porque não temos apóstolos? É difícil dizer qual vem primeiro.
Deixemos as discussões de lado e procuremos o evangelho perdido. Quando o
acharmos teremos apóstolos.
O apóstolo é um profeta aperfeiçoado, um ministério profético com reve-
lação mais completa e com uma comissão. Jesus foi o primeiro apóstolo por-
que ele era a palavra completa. Os apóstolos têm revelação de Jesus, pôr
isso eles têm uma palavra mais completa do que os profetas do Velho Testa-
mento .
Todo apóstolo é profeta, mas nem todo profeta é apóstolo. Apóstolos e
profetas têm que trabalhar juntos. Nenhum homem tem a revelação completa
sozinho. Um ministério completa o outro. O profeta é místico e o apóstolo é
prático. Se alguém acha que tem a revelação completa sozinho, mostra que é
um falso apóstolo.
O evangelho é a palavra de Deus revelando Jesus, não parcialmente, mas
plenamente. Esta palavra está em toda a Bíblia, pois há uma só palavra. No
Velhp Testamento havia um véu, a revelação era parcial, porque não havia
chegado ainda a hora de ver o fim da lei que e Cristo (Rm lo:4).
Rm 1:1-3."Chamado para ser apóstolo, sejarado para o evangelho de Deus."
Sem apóstolos não há evangelho,e sem evangelho não há apóstolos. À lei con-
tinha o evangelho. Os profetas o anunciaram quando falavam sobre Jesus. Je-
sus e o evangelho.. Ele está vivo, operando, libertando os cativos, revolu-
cionando o mundo. Esta é a mensagem que devemos pregar e que o mundo quer
ouvir — a. vida ressurreta de Jesus. Nos estamos declarando que o evangelho
está perdido, porque o verdadeiro evangelho traz resultados poderosos.Quan-
do começarmos a pregar o verdadeiro evangelho como a igreja primitiva pre-
gava, teremos a vida de Jesus em nosso meio,teremos os resultados poderosos
do evangelho.

RESUMO DAS REDAÇÕ"ES SOBRE "O EVANGELHO"

O evangelho significa "boas novas". São boas novas porque o evangelho e


a realização da promessa de Deus feita a Abraão. Por isso diz^que o evange-
lho foi preanunciado a Abraão. A promessa foi realizada através da vinda de
-25-
Jesus como descendente literal de Abraão e Davi, e da sua manifestação como
Filho de Deus pela sua morte, sepultamento e ressurreição. Jesus trouxe as-
sim a união entre Deus e o homem, a reconciliação entre os dois, o reino de
Deus na terra e a benção prometida a todas as nações.Os profetas previam is-
so e os apóstolos eram testemunhas vivas da sua realização.

O evangelho foi dado gratuitamente primeiro a Abraão. Ele revela a gra-


ça porque consiste na revelação da vida de Jesus como dom gratuito de Deus
para vivermos uma vida vitoriosa. Ao recebermos o evangelho nos tornamos
herdeiros da promessa dada a Abraão. O evangelho são as boas novas de que a
promessa feita a Abraão nos inclui e é cumprida em nós através de Jesus
Cristo pelo seu Espirito.

O evangelho foi anunciado a Abraão mas ficou encoberto durante todo o


tempo da lei. O evangelho revelado a Abraão e a outros nesse tempo antes de
Cristo, apontava em antecedência a Cristo, o descendente que viria e seria
o realizador do plano de Deus para os homens. O evangelho e simplesmente a
boa nova de que o anseio do homem de ser unido com o seu Criador é possível
em Cristo. Ele é a escada que atravessou o abismo.

O evangelho ã a revelação do propósito eterno de Deus de salvar o homem


totalmente de graça sem nenhum merecimento próprio. Ele é chamado de "pala-
vra da verdade". A mentira é que podemos ganhar a salvação pelos próprios
esforços. Quando ouvimos as boas novas da verdade e cremos nelas, somos sal-
vos e recebemos paz e esperança. A aceitação do evangelho implica em arre-
pendimento e fé.
O evangelho é o próprio Deus em ação a favor do homem para restaurá-lo
através de Jesus, o Deus-homem que derrubou a barreira que havia entre Deus
e o homem.

O apóstolo Paulo diz que o evangelho é a graça de Deus que nos foi dada
em Jesus Cristo. O evangelho no Novo Testamento era Jesus ressurreto e ma-
nifesto na igreja de Atos através dos apóstolos e profetas. Nesses dias o
evangelho tem sido encoberto novamente como era no tempo da lei. É por^isso
que não temos a igreja gloriosa. Deus quer restaurar sua igreja através de
homens com revelação viva do evangelho.
Jesus foi o primeiro apóstolo,Ele trouxe o evangelho. Ele vivia o evan-
gelho. Ele era o evangelho. O evangelho hoje está encoberto. Precisamos en-
contrá-lo porque ele liberta e traz vitória. O evangelho e Cristo ressurre-
to.
O evangelho é a revelação de Jesus. É uma revelação viva da Palavra pa-
ra uma pessoa. Hoje achamos que pregar o evangelho é só dizer que Jesus
morreu pelos nossos pecados. Mas o evangelho é muito mais do que isto.Não
temos o evangelho vivo hoje, pois não temos homens com uma revelação pesso-
al da palavra da verdade. O apóstolo Paulo dizia: "o meu evangelho" porque
ele tinha a revelação do mistério tão bem que se tornara parte do seu ser.
O evangelho é vida, não só palavras.^É a revelação do próprio Jesus. Se
tivermos homens com esta revelação, teremos apóstolos. Precisamos orar para
que homens com esta revelação sejam levantados,pois quando houver apóstolos
pregando o evangelho vivo a igreja será restaurada. O evangelho verdadeiro
e vivificante vai levantar a igreja do seu estado caído para a glória que o
Senhor destinou para ela.
O evangelho é a palavra da verdade revelada através de Cristo para nos
agora. Infelizmente não está manifesto ainda por falta de apóstolos e pro-
fetas. É a trombeta da Nova Jerusalém, mas quem vai tocá-la?
O evangelho é o poder do Espírito em nós para cumprir a lei com liber-
dade: é a lei de Deus sendo observada pela fé; é a palavra de Deus, reve-
lando Jesus, e se tornando verdade em nós pela sua graça. É pregado pelos
apóstolos, pois eles têm uma revelação de Jesus. Começa com arrependimento
e tem em si o poder de destruir o homem velho e construir o novo.

-26-
Nos dias de Josias, enquanto reparavam a casa de Deus, alguém gritou;
"Achei o livro da lei." Aquela descoberta trouxe uma mudança radical na vida
espiritual do povo de Deus. A aliança com Deus foi renovada, o culto foi pu-
rificado, a idolatria destruída e a páscoa celebrada. A mesma coisa precisa
acontecer hoje. A casa de Deus está em ruínas e desfigurada e em meio a toda
esta confusão o evangelho da verdade também foi perdido. Conhecemos apenas
um evangelho parcial que liberta,salva e cura parcialmente.Mas a vontade de
Deus é que sua casa seja levantada das ruínas e o evangelho puro redesco-
berto. Quando isto acontecer, haverá um reboliço e uma revolução no meio do
povo de Deus. Desde Abraão Deus tem desejado abençoar todas as famílias da
terra. Mas isso só será possível quando sua casa for levantada das ruínas e
houver um povo que viva a vida de Jesus — pois Jesus é o evangelho.

O evangelho é a nossa esperança, pois é a verdade pura contida no cora-


ção de Deus, que nos leva a um reencontro com Deus numa comunhão que foi
perdida, mas que agora é revelada através de Jesus.
Deus tem uma só palavra. Ele se expressa através desta palavra. Ele
transmite o seu ser e natureza nesta palavra. O evangelho consiste na en-
carnação desta palavra em um homem — Jesus. Todas as outras formas de ex-
pressar esta palavra (Bíblia, lei, criação) estão fora do homem,mas o evan-
gelho é esta palavra habitando dentro do homem. Quando arrependemos "de
nossos esforços de expressar esta palavra ou fazer a vontade de Deus, e
cremos no evangelho, então a palavra encarnada — Jesus — vem e habita em
nós fazendo-nos testemunhas vivas do evangelho. O evangelho hoje está morto
porque os homens tentam agradar a Deus pela Bíblia, obras e coisas fora de
si, sem receber a palavra viva encarnada dentro de si.
O evangelho é a expressão de um contato vivo e real com Jesus. Os após-
tolos conviveram com Jesus, comeram e beberam com ele e receberam os seus
ensinamentos de sua própria boca. Presenciaram .sua morte e ressurreição e
estiveram com ele por mais quarenta dias'antes da sua ascensão aos céus. Por
isso eles podiam anunciar o evangelho com ousadia,forque estavam anunciando
o que eles tinham visto e ouvido.
Jesus quer se manifestar hoje aos seus servos,e quando isto acontecer
teremos Jesus com mais poder do que mesmo os primeiros apóstolos e poderemos
mostrar ao mundo o verdadeiro evangelho do reino. O verdadeiro evangelho vai
trazer-nos poder até sobre a morte,pois teremos uma fé mais real na ressur-
reição e na vida eterna.
Õ Deus, restaura o teu evangelho!
Desvenda a nós o teu mistério!
Revela-te a nós I
Esperamos por ti!

O SANTO ESPÍRITO DA PROMESSA


Há no versículo 13 de Efésios l uma relação entre o evangelho e a pro-
messa. Quando cremos no evangelho, a palavra da verdade, somos selados com
o Espírito da promessa. No grego esta expressão é dita de outra forma: "O
Espírito da promessa, o Santo". A ênfase aqui não está no Espírito Santo,
está na promessa. Somos selados com o Espirito da promessa que é o penhor
da nossa herança. Então a ênfase está na promessa e na herança. Enfatizando
só o Espírito temos produzido apenas resultados pentecostais: Jjarulho , po-
der, sinais, curas, maravilhas. Todas essas coisas são boas; é maravilhoso
ser cheio do Espírito, falar em línguas, profetizar, mas essas coisas em si
não são o alvo que Deus tem para nós. Ele dá o Espírito para nos levar ao
cumprimento da promessa. A promessa e a herança são os seus objetivos pri-
mordiais.
O Espírito é o veículo que vai nos levar ã herança. Ele e o penhor, a.
garantia, a entrada da nossa herança,da nossa possessão. E a herança e gra-
tuita, ela não vem por esforço, mas pela promessa ou testamento.O e.van.gtth.0

-27-
i as boas novas sobre íiherança\uè Dêus^hote ^dthèteu de graça e que foi libe-
rada pela morte do testador, Jesus,Quando cremos nestas notícias (o evange-
lho, a palavra da verdade), recebemos o Espevito que e o penhor ou garantia
desta herança. O Novo Testamento é um documento que prova que nos também so-
mos herdeiros legítimos da promessa feita a Abraão. Quando cremos e aceita-
mos esta promessa somos selados com o Espirito da promessa. Este Espirito
tanto ê uma amostra da herança quanto e o meio que nos levara a possuir es-
ta herança em plenitude.
Gl 3:3,9. Deus preanunciou o evangelho a Abraão. Qual o conteúdo prin-
cipal desse evangelho? Em ti serão abençoadas todas as nações. Essa frase e
a promessa. Deus prometeu basicamente três coisas a Abraão: um povo, uma
terra e uma bênção para todas as nações (Gn 12:1-3). Podemos dizer que essa
ultima e a promessa mais importante. Então o Espírito da promessa vem para
cumprir essas três coisas e principalmente a benção para todas as nações.
Gl 3:14. Efesios 1:13 diz "o Espírito da promessa" e Gaiatas 3:14 diz
"a promessa do Espírito" mostrando que realmente para Abraão a promessa era
o Espírito. O Espírito é o penhor da herança que lhe foi prometida. A ben-
ção de Abraão e o Espírito e os gentios receberam-na desde o Pentecostes.
Os "gentios" aqui são as nações,as "famílias da terra", das quais Deus fa-
lou em Génesis 12:1-3 que seriam herdeiras da bênção de Abraão. Por isso,se
quisermos entender o evangelho não podemos começar com Jesus na cruz — te-
mos que começar com Abraão.
O que é a nossa herança? A terra. Devemos estar bem cientes do que e a
nossa herança. Atualmente estamos dando respostas ao mundo de perguntas que
ele não está fazendo. Está havendo um desencontro.O mundo está fazendo per-
guntas as quais não temos respostas enquanto nós respondemos aquilo que ele
não está perguntando. Temos pregado pelo rádio, televisão e estádios e as
nossas pregações não têm revolucionado o mundo. A Bíblia não começa com Je-
sus morrendo na cruz, mas com um povo herdando uma terra. Temos entrado em
tantas filosofias que temos perdido a solidez do evangelho. Temos muitos
âvivamentos, muito derramamento do Espírito, mas onde está a terra?
A terra é a casa de Deus, a igreja, não apenas uma multidão de crentes,
mas um povo que tem estrutura, lugar e ordem para expressar tudo que ele e.
Como podemos expressar Jesus ao mundo se estamos no Egito, gemendo e cons-
truindo tijolos para Faraó (Satanás)?0s próprios crentes estão construindo
a casa de Satanás.Não podemos continuar assim. Temos que sair do Egito e en-
trar na nossa terra,na nossa herança, para que Deus possa descer e morar em
nosso meio.Mas como vamos nos alegrar sobre essa morada de Deus se nem sabe*-
mós onde está a terra para construí-la?Não foi em vão que ele criou os céus
e a terra,não foi por distração, ele criou a terra para morar com seu povo.
Então o Espírito Santo é derramado para ser o penhor da nossa herança —
a terra prometida. Quando o povo de Deus entrar nela todas as nações serão
abençoadas. Agora não somos uma bênção a todas as nações. Somos um povo es-
palhado, uma igreja perdida. As nações só serão abençoadas quando entrarmos
na terra e Jesus for revelado em nossas vidas práticas.
Rm 9:6-9. Isaque foi gerado pela promessa, pela palavra de Deus. Jesus
também foi gerado pela palavra divina.
Gl 4:28,29. Podemos comparar Romanos 9:9 que diz que Isaque nasceu pela
"palavra da promessa" com Gaiatas 4:29 que diz que ele nasceu "segundo o Es-
pírito". O filho da promessa nasce segundo o Espírito.
Isaque nasceu miraculosamente, pelo poder do Espírito. Da mesma maneira
Jesus nasceu pelo Espírito de Deus,pela palavra, pela promessa. Quando cre-
mos nessa promessa, em Jesus, nós também nos tornamos filhos da promessa,
nascemos pelo Espírito e vamos herdar a terra, porque o Espírito e o penha*
da herança. A promessa vem pelo Espírito e a promessa é o Espírito'. O Espi-
rito é quem faz a promessa e quem cumpre a promessa!
Gl 3:15-18.0 versículo l ô mostra claramente que o descendente de Abraão

-28-
é Cristo. Isaque era apenas uma figura de Cristo, o verdadeiro descendente.
A herança só podia ser dada de duas maneiras: pela lei ou pela promessa
(v,18)o Se fosse pela lei não poderia ser pela promessa. Mas ela foi dada
pela promessa e por isso é gratuita. Quando cremos na promessa recebemos o
Espirito da promessa, O Espírito e o selo da nossa fé. Ele vem para selar
aquilo em que cremos„ Se crermos na mentira receberemos o espirito da men-
tira (2 Ts 2:7-12; l Jo 4:1-3,6).

Hb 9:15. "A promessa da herança eterna" vem pelo Novo Testamento, a No-
va Aliança. Jesus morreu e liberou a herança para nos. Por isso, se cremos
recebemos o Espirito da promessa como uma garantia, primícia ou penhor que
nos prepara para entrar na herança plena (a vida eterna).
Hb 6:12-15. Abraão, depois de esperar com paciência, obteve a promessa.
Vamos ver em Génesis 22 o que ele alcançou.

Gn 22:15-18. Isaque foi uma figura de Cristo não só no seu nascimento,


mas também na sua ressurreição o Quando Deus fez a promessa a Abraão ele não
apenas prometeu, ele jurou. A promessa foi selada com juramento» As nações
seriam abençoadas hap através dos descendentes, mas por wn descendente.
Abraão creu de maneira tão firme na palavra de Deus, que estava disposto a
sacrificar o filho da promessa pois tinha fé que Deus podia ressuscitá-lo.
Pela fé na promessa ele recebeu a promessa — a ressurreição de Isaque.
0 evangelho i Jesus Cristo morrendo e ressuscitando. Nosso evangelho é
incompleto porque cremos só na morte, não na ressurreição de Jesus. Quando
cremos na promessa, ha. ressurreição, o invisível é chamado ã existência.
At 13s32,33o Paulo está pregando para os gentios. "Nos vos anunciamos o
evangelho da pvmessa feita a nossos pais". Literalmente seria "nos vos
evangelizamos a promessa", O evangelho é a promessa de Deus.O evangelho pa-
ra Abraão foi cumprido através da ressurreição de Isaque — figura de Cris-
to. No Novo Testamento esse evangelho foi cumprido através da ressurreição
de Jesus Cristo — realidade da sombra, Isaque„ V.33: "Deus cumpriu a pro-
messa plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus".
At 26:6-8. Novamente Paulo está pregando a ressurreição^ As doze tribos
de Israel esperavam a promessa,mas ela já tinha vindo. Que é a esperança da
promessa? A ressurreição de Jesus é o cumprimento da esperança da promessa.
Ef 2:11,12. Nós estávamos separados da comunidade de Israel, da igreja,
porque não conhecíamos as "alianças da promessa" — o evangelho» Por isso
não tínhamos "esperança" e estivamos "sem Deus no mundo".
Ef 3:4-6: "...co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do
evangelho^" Nós entramos na promessa por meio do evangelho. É a mesma pro-
messa que foi feita a Abraão. »
1 Jo 2:25, A promessa é a vida eterna. Jesus é a vida eterna. Mas não é
simplesmente conhecer Jesus (salvação), é prosseguir para a morada^com Deus
em sua ca-?a, fazendo a vontade dele agora, entrando np seu propósito, na
sua herança. A vida eterna é muito mais do que ser saivo dos pecados. Vida
é algo ativo, dinâmico, fluindo, movimentandon
Por quê o Espírito" é o penhor da nossa herança? Porque ele é o início
-ou penhor da nossa ressurreição, a vida eterna começando agora através do
Espírito de ressurreição. Se recebermos o Espírito da promessa, vamos^pre-
gar a ressurreição e a segunda vinda, o reino de Deus ttâ terra. O Espirito
é o penhor da ressurreição e o penhor da volta de Jesus» É através dele que
Jesus vai voltar.' Através de tê-lo em nos, temos o início da vida eterna.
Há uma ligação entre o..Espírito da promessa e ressurreição.Crer na pro-
messa é crer na ressurreição.-Quando Jesus ressuscitou ele derramou_o Espi-
rito de ressurreição sobre nós, como um penhor da promessao Nos não temos
recebido o Espírito da ressurreição porque não temos ouvido a promessa em
sua totalidade. Os apóstolos proclamavam ò ^cumprimento da promessa, Cristo
-29- '•
vivo e ressuscitado. Precisamos entrar nessa revelação e proclamar o evan-
gelho total para que outros creiam na promessa e recebam o Espírito de res-
surreição, o penhor, a primícia da vida eterna.
O Espírito é o penhor porque ele I a força que vem para nos levar ã
terra para sermos uma benção para todas as nações. O apito de uma locomoti-
va tem sua função, mas muito mais importante que apitar é ela rodar, loco-
mover para o destino. Muitas pessoas têm o barulho, o apito, mas não estão
andando. Nosso destino & a terra, a rodoviária central é à Nova Jerusalém,
e o Espírito da promessa é o veículo que nos conduz a terra prometida, a
nossa herança. Em termos abraâmicos vamos herdar a terra, pois somos filhos
de Abraão. Paulo fez questão de mencionar isto em Gaiatas 3. No versículo
16 ele fala sobre Abraão e Jesus Cristo. Por intermédio de Jesus Cristo es-
tamos entrando na terra que Deus prometeu a Abraão, e temos o penhor dessa
promessa, o Espírito Santo, que vai levar-nos a ela.

A TERRA E O ESPÍRITO
Precisamos entender a ligação entre estes dois fatores — a terra e o
Espírito — pois a terra e o nosso destino e o Espírito é a garantia de que
vamos tomar posse dela.
A terra i um lugar definido, uma.posição que Deus quer que seu povo con-
quiste. Só receber o Espírito sem visão do destino não é suficiente. Sem a
terra podemos ser um povo, mas não abençoaremos todas as nações. Sem a ter-
ra o povo existe, mas não é visível, não produz impacto, não tem estrutura
e nem governo. E neste caso, a igreja não é igreja. Portanto, a terra fala
da posição certa de relacionamento, governo e estrutura necessários para
formar uma expressão de Deus no seu povo, a fim de alcançar todos os povos.
No fim terra, cidade, casa, igreja, tudo é a mesma coisa.
Deus não fala no vácuo e nem solta a sua palavra no espaço Ele quer <
expressar-se em algo concreto e definido. Ele quer formar uma cidade, uma
casa, um ponto preciso de contato entre ele é seu povo. Um lugar onde sua
palavra possa ser ouvida, praticada e manifestada,
A terra ê uma casa formada de todo o povo de Deus em estrutura e rela-
cionamento perfeitos. E dentro da casa há a palavra profética, a visão, a
voz de Deus. O povo (nação) pode ouvir a palavra ou promessa (visão), mas a
visão não será cumprida sem a terra (expressão)o Ouvindo a palavra dentro
da casa e havendo prática, há visão» Mas para expressar a visão tem que ter
uma casa, uma forma, e eu entendo isto como sendo a terra: um lugar para
ouvir a palavra de Deus e praticá-la.
A casa de Deus deve ser composta de todo o povo de Deus unido e estru-
turado, com governo e relacionamento. Não pode ser apenas a união dos nasci-
dos de novo e nem um povo espalhado no Egito. Jesus não morreu só para con-
seguir um povo, mas para levantar uma casa, uma noiva, a cidade onde ele vai
morar^ E a igreja será esse lugar, a terra, a casa de Deus,, se tomar essa
posição de união e relacionamento. E quando a casa de Deus estiver em rela-
cionamento e perfeitamente estruturada a glória de Deus vai encher o ambi-
ente. A glória e a presença de Deus e sem a casa não há nada para contê-la.
Jo 17:5,21. Jesus tinha glória com o Pai e isto fê-los um. Glória, como
já vimos, é o resultado de relacionamento, união. Nosso destino é ser um com o
Pai e o Filho, como eles são um. E isso ocorre através do Espírito. O Espírito
traz o^relacionamento entre Deus e o seu povo que produz glória. A glória ê
comunhão, união e perfeito amor entre o Pai e o Filho e entre nos e Deus a-
través do Espírito.
O Pai e o Pai da gloria. Ele tem tanta glória, tanta comunhão entre ele
e o Filho, que quer compartilhar isto com seu povo para que o mundo conheça
esse amor também e toda a terra seja cheia da sua glória. Mas tem que come-
çar entre o Pai e o Filho, depois entre Jesus e a igreja, até encher a casa
de Deus; e finalmente a partir da casa a glória encherá toda a terra. Desta
forma ele tomará a terra do controle egocêntrico de Satanás e estabelecerá .

-30-
o seu principio de ação que é dar e relacionar em amor.

O Espirito e o meio pelo qual Deus se relaciona com seu povo e isto é
glória e comunhão. Portanto,a glória,o Espírito e o relacionamento perfeito
são uma só coisa.O Espirito não atrai atenção para si mesmo,o propósito de-
le é unir, trazer ligação, comunhão — levar-nos a um relacionamento de amor
com o Pai e com o Filho.No fim todos se tornam um, e o Pai é glorificado pe-
la união do Filho com.os muitos filhos. O propósito do Espirito é dar gló-
ria ao Filho através da nossa união com ele, è o Filho glorificará ao Pai.
A terra prometida é a expressão desse relacionamento perfeito, uns com
os outros e com o Pai. Cidade representa relacionamento, estrutura, ordem,
governo. Ê um relacionamento de amor e não de força ou violência. Esta é a.
promessa para onde estamos caminhando. O Espirito leva-nos para isto, pois
ele é o penhor de Jesus vivendo em nós para entrarmos nesta possessão.

O Espirito em nós é um penhor, uma garantia, um inicio deste relacio-


namento que formara o lugar onde Deus vai morar conosco, que é a nossa he-
rança. É por isto que recebemos o Espirito, não só para manifestar dons e
poder. Eu tenho visto profecias, imposição de mãos, curas, mas não vejo re-
lacionamento. A base sólida da cidade de Deus é ligação, compromisso de fa-
mília. Se tivermos essa base, então o poder e as manifestações serão úteis.

Temos falado muito sobre relacionamento, compromisso, comunhão, mas o


relacionamento que vai construir a casa de Deus deve ser no Espirito e não
na carne. Há relacionamento que é fora de Jesus. É simplesmente uma amizade
natural. Precisamos entender que relacionamento uns com os outros é resul-
tado do relacionamento com Deus. Quando Jesus disse que estaria no meio de
duas ou três pessoas reunidas em seu nome, ele quis dizer duas ou três pes-
soas em relacionamento. A igreja pode ser até duas pessoas, mas se não ti-
ver ligação ou compromisso não passará de duas pessoas.
Quando duas pessoas estão em relacionamento no Espirito, há poder e Sa-
tanás não entra. Quando temos uma ligação uns com os outros, firme, trans-
parente, falando, expressando, Satanás não tem abertura para nos atacar.
Temos muros impenetráveis. Mas se algo está causando separação,_Satanás en-
contra brechas para agir. Se há comunhão e união no Espirito não precisa
nem falar "Sai, Satanás!" porque ele já saiu! Ou se falamos, é com autori-
dade e ele sai mesmo. Jesus tinha autoridade sobre Satanás porque tinha um
relacionamento perfeito com o Pai.
Relacionamento é um compromisso, um reconhecimento de que precisamos um
do outro. Se reconhecermos isto,vamos submeter-nos, ouvir, ajudar.Por exemplo,
se tenho uma posição de autoridade e a pessoa não reconhece esta posição, eu
não tenho nada para lhe oferecer.Mas se há reconhecimento,submissão, eu te-
nho algo de Deus para ela.0.líder espiritual não é uma pessoa cheia de idei-
as e da vontade de Deus.Pela fé a pessoa se submete e reconhece que ele tem
algo de Deus para ela e ele passa a ter.Fé é a base de relacionamento. Fe é
a confiança que nós temos comunhão com alguém,e que essa pessoa nos vai es-
cutar e ajudar.
O relacionamento só surge quando sentimos que precisamos um do outro. E
como nós sentimos isso? Pelas necessidades e derrotas. Graças a Deus pelas
derrotas e fraquezas, porque através delas dependemos uns dos outros, e re-
conhecemos que o irmão tem alguma coisa para nós.
Estaremos construindo a casa de Deus agora no Espirito, nos lugares ce-
lestiais, se estivermos construindo relacionamentos no Espirito. Desta for-
ma a casa será formada nos lugares celestiais e descerá visivelmente parada
terra. É difícil pensar sobre uma cidade material descendo dos céus. A ci-
dade é uma posição espiritual que vai aparecer na terra, se a estivermos
construindo agora, no Espirito, através de relacionamentos que permanecem.
A terra é uma promessa,uma herança espiritual que deve ser conquistada.
Jesus não vai voltar e trazer a Nova Jerusalém de uma vez. Mas através de
relacionamento o povo de Deus tem que entrar nessa herança; e vai chegar
num ponto, perto do fim, em que estaremos inteiramente no Espirito, nos lu-
gares celestiais.
-31-
Portanto, há uma ligação entre a terra e o Espírito, porque o Espirito
é que vai produzir em nós o relacionamento. E o relacionamento é algo soli-
do, construído no Espirito, para nos levar ã terra, à casa de Deus, ã Nova
Jerusalém, onde Deus fala com seu povo.

A PROMESSA DO ESPÍRITO

2 Co 1:21,22.
!. Esses versículos confirmam os dois aspectos do Espirito
!fêsios 1:13,14. O Espirito é o selo e o penhor. Selar é ca-
mencionados em Efêsios
rimbar com autenticação oficial — dando valor para um documento. O Espiri-
to i o selo oficial que autentica a nossa fé. Nossa vida tem valor diante
de Deus por causa do selo do Espirito.
Crer sem ser selado com o Espírito não é. suficiente. Os demónios tam-
bém crêem em Deus e num certo sentido, eles ate têm uma revelação de Cristo
como Filho de Deus (Mc 3:11).Para haver uma obra perfeita tem que haver uma
participação de toda a trindade. Precisamos crer em Deus através de Jesus e
ser selado com o Espírito» (Note a menção das três pessoas da trindade nos
versículos acima.)
Mas o Espírito não é sõ o selo. Ele é o penhor, um início ou garantia
da herança. No versículo 14 de Efisios l diz que esse penhor da herança de-
ve durar ate a possessão total — nossa de Deus e Deus de nos — pois ele á
a nossa herança e nos somos a dele e o Espírito é o penhor.
2 Co 5:1-5. Nosso corpo mortal, corruptível será revestido de vida,
transformado em corpo incorruptível. O Espírito é o penhor que começa esta
transformação de tabernáculo terrestre em tabernáculo de Deus. Nós vamos
perder nosso tabernáculo, a morada do nosso ego, para formar a morada de
Deus. Não perderemos nossa individualidade, mas formaremos uma só unidade
através da diversidade. Todos diferentes, mas formando uma só cidade. Em
Apocalipse 21 a cidade toda é chamada de tabernáculo de Deus.
Vimos, então, através, desses versículos que o Espírito é o selo e é o
penhor de tudo que seremos para Deus e do que ele será para nos. Vamos ago-
ra fazer uma comparação entre Gaiatas 3:14 e Efêsios 1:13, pois um fala
"Espírito da promessa" e o outro "promessa do Espírito". Temos estudado o
Espírito da promessa, falaremos agora sobre a promessa do Espírito.
Gl 3:14: "...a fim de que nós recebêssemos pela fé a promessa do Espi-
rito. "
Ef 1:13: "„..fostes selados com o Santo Espírito da promessa."
Lc 24:49: "Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai..." Jesus pro-
feriu essas palavras ao se despedir dos discípulos, antes da sua ascensão.
Aqui é o primeiro lugar na Palavra que o Espírito é chamado de "promessa de
meu Pai".Mais uma vez envolve todas as três pessoas da trindade.O Filho vai
enviar a promessa do Pai que é o Espírito* Jesus quis introduzir o nome do
Pai,0 Filho envia o Espírito,mas no nome do Pai.O Espírito não significa na-
da se não há relacionamento entre o Pai e o Filho. O Espírito é a própria
comunhão entre os dois. Ele vem para trazer este relacionamento para nos.
At 1:4-8: "...mas esperassem a promessa do Pai..." Novamente o Espírito
ê a promessa do Pai. Vemos aqui uma ligação entre o Espírito e o reino. Je-
sus falou sobre o Espírito e os discípulos perguntaram sobre o reino.
V.6: "...Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?"
Jesus não desprezou a pergunta mas disse que não podiam conhecer os
tempos ou as épocas, e que receberiam o Espírito Santo. Os discípulos que-
riam o objetivo, o exterior,mas Jesus enfatizou a necessidade do subjetivo,
do interior„
Os judeus precisavam interessar mais no Espírito, mas nós (gentiog)pre-
cisamos interessar mais no reino. Nos falamos muito sobre o Espirito, mas
não entendemos sobre o objetivo final — o reino de Deus. Nossa preocupação
I só com o interior, o Espírito dentro de nós, e depois ir para o céu. Mas
Deus quer revelar-nos mais sobre o reino.Ele quer que entendamos que o pro-
pósito do Espirito é levar-nos para o reino e formá-lo na terra.

-32-
Os judeus queriam o objetivo final,mas Jesus lhes falou sobre o penhor.
Não ê possível ter o reino sem o penhor. Se houver rejeição do Espírito (o
penhor) não pode entrar no reino. Por isso, a blasfémia contra o Espirito
não tem perdão, nem neste mundo nem no porvir,pois ele e o penhor do reino.
Não sabemos quando o reino vira, mas precisamos entrar no penhor.O penhor
começa com a vida da cruz,a renúncia,a submissão ao rei.Como entrar no rei-
no sem se submeter ao rei? Os judeus não entendiam o reino pela cruz, mas é
na cruz que o reino começa, pois é lá que a carne é subjugada para entrar
no novo domínio do reino de Deus. E a única maneira da cruz operar em nos
é através do Espírito. Todo outro método é baseado na justiça própria.
At 2:32,33: "...tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo,der-
ramou isto que vedes e ouvis." O que o povo estava vendo e ouvindo? Cento e
vinte pessoas glorificando a Deus em suas próprias línguas. Esta era a cura
do problema que surgiu na torre de Babel, a confusão de línguas por causa
do desejo do homem de governar a terra independente de Deus. Á benção do
Espírito é algo bem visível e audível que alcança pessoas de todas as na-
ções, unindo-as sob o senhorio de Cristo (...isto que vedes e ouvis...).
At 2:38,39: "Pois para vós outros e a promessa^ para vossos filhos, e
para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso
Deus chamar." Onde Pedro achou base para dizer que a promessa é para os fi-
lhos e os que estão longe? Em Isaías. Isaías 59:21 diz: "Quanto a mím, esta
é a minha aliança com eles, diz o Senhor; o meu Espírito, que está sobre ti,
e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se apartarão dela, nem da de
teus filhos, nem da dos filhos de teus filhos, diz o Senhor, desde agora e
para todo o sempre." Outra palavra para "aliança" é "promessa". Esta pro-
messa do Espírito tem sido cumprida não aos filhos naturais ou da carne, mas
aos descendentes espirituais. Isaías profetizou isto setecentos anos antes
de Cristo e até hoje está sendo cumprida. É algo estupendo! O mesmo Espíri-
to que havia sobre Isaías está em nós!
O evangelho de João está entre dois livros narrativos — Lucas e Atos.
Enquanto esses dois descrevem fatos, da história de Jesus e da igreja, João
é uma visão do Filho de Deus, no Espírito. Por isso, seu evangelho é colo-
cado entre Lucas e Atos como se fosse o recheio de um sanduíche.
Em Atos 1:4 Jesus disse que já tinha falado aos discípulos sobre a pro-
messa do Pai. Mas em Lucas não está registrado nada sobre isto. Onde então
ele falou? No livro de João! É maravilhoso quando vemos a confirmação e
complamentação da Palavra por autores diferentes que provavelmente nem con-
feriram entre si. Isso mostra que o mesmo Espírito escreveu através de pes-
soas diferentes.
Jo 14:15-26. V.16: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consola-
doff a fim de que esteja para sempre convosco." A palavra "consolador" ê a
mesma usada em l Jo 2:1 e no grego significa "Paracleto" ou "Advogado". Je-
sus chama o Espírito Santo de "outro advogado".Em l João 2:1 Jesus é chama-
do de advogado. Jesus e o Espírito são advogados que defendem nossa causa
diante do Pai (o Juiz) e do acusador (Satanás). A consolação do Espírito
não é apenas para nos animar e alegrar, mas alémjiisto ele nos defende e
mostra que já resolveu o caso, tirando toda acusação.
Jesus é o paracleto em l João 2:1 e o Espírito é o outro paracleto em
João 14:16.6 a palavra da verdade e o Espírito da verdade. São as duas asas
que nos levarão para a terra prometida.SÓ com uma asa se voa em círculos. O
Espírito confirma a palavra e vem em grande pedida quando achamos a verdade
na palavra. Sem a palavra,a operação do Espírito é vazia e sem qualidade.
Vv.17-19. Jesus confunde o Espírito consigo mesmo. Ele diz: "...o Espí-
rito da verdade...que habita cçnvosco (Jesus),e estará em vós (o Espíri-
to)". Para nós pode ser um problema doutrinário,mas ele não se preocupa com
isso. Eles se identificam tanto que podem ser confundidos um com o outro. O
Espírito é Jesus e Jesus é o Espírito.
V.20: "Naquele dia vós conhecereis que eu estou em meu Pai e vós em mim
-33-
e eu em vos." "Naquele dia"'significa o dia que recebermos o Espírito Santo.

V.22. Aqui esta uma pergunta famosa: "Como Jesus voltara sem que o mun-
do o veja?" A resposta esta no versículo 23: Pelo Espírito. O Espírito vem
e traz relacionamento com o Pai através do Filho e vivifica a palavra a fim
de a"podermos guardar. A prova do amor por Jesus é guardar suas palavras.
Se o amarmos guardaremos suas palavras, -não por obrigação mas por amor.
Jo 14:26;15:26. Esses dois versículos mostram a trindade operando em
conjunto. O Pai e o Filho habitarão em nós pelo Espírito. O Espírito proce-
de do Pai e do Filho. O Filho envia o Espírito -da parte do Pai e o Pai en-
via o Espírito em nome do Filho. Há uma gloriosa confusão pois a união deles
é parfeita,
Jo 16:1-15. V,7. Mais uma vez a promessa de enviar o Consòlador.

V.8, O Espírito convencerá o mundo do pecado (uma coisa negativa), da


justiça (uma coisa positiva) e do juízo (que traz o triunfo da justiça so-
bre o pecado). .
V.9. O pecado é não crer em Jesus.
• V.10. A justiça e Jesus ir ao Pai para enviar o Espírito que é a justi-
ça de Cristo em nós. Nos versículos 20-22 Jesus explica sobre a mulher em
dores de parto que representa a cruz. Mas depois da cruz vem a a.legria que
é o nascimento do filho, a vinda do Espírito como, Consòlador. E então guar-
daremos os seus mandamentos, pois ele e a nossa justiça,
V,11. Juízo — o Espírito mostra a obra consumada na cruz que derrotou
Satanás cabalmente. O Espírito convence do pecado, da justiça e do juízo,
através de mostrar a obra de Cristo na cruz,
Vimos o que Jesus falou sobre o Espírito como a promessa do Pai» Vamos
ver agora o que os profetas falaram.
Is 44:3,4: "Porque derramarei, água sobre o sedento, e torrentes sobre a
terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e á minha ben-
ção sobre os teus descendentes,.." NÓS somos a posteridade dos profetas, pois
temos o mesmo Espírito. Quando recebemos uma visão no Espírito, enttamos no
mesmo espirito dos profetas e tornamo- nos seus f i lhos.. Desta forma há viden-
tes até hoje — e nunca faltarão filhos dos profetas que vejam no Espirito, '
Ha uma ligação nesses versículos entre o Espírito e a terra. O Espírito
será derramado sobre a terra — não sobre um reservatório de cimento ou al-
go artificial. Nós somos a terra,, a posteridade dós profetas,
Jr 31:31-34, No livro de Jeremias não há nenhuma menção da palavra "Es-
pírito", mas mesmo sem falar esta palavra ele fala sobre a promessa. "Porei
a minha lei no seu interior" — isto é a promessa do Espírito.
Ez 36:24-28, Ezequiel não conhecia Jeremias, mas falavam as mesmas coi-
sas» A promessa aqui é dar um coração novo, pôr o Espírito no Coração. Jere-
mias diz "porei a minha lei no seu interior" e Ezequiel "porei dentro em
vós o meu Espírito". Fazendo o paralelo vemos que o Espírito no icoração é
Jesus, a palavra ou a lei de Deus. A velha aliança é o coração de. pedra,
mas a nova aliança é o coração de carne, Jesus veio em carne para manifes-
tar a, vi-da de Deus, a lei em ação. Deus prometeu colocar o seu Espírito em
nós para nos fazer andar na sua lei.
Eu sempre lia só até o versículo 27 e ficava entusiasmado com a promes-
sa mas agora estou entendendo que precisa seguir lendo até o versículo 28.
Ele é importante pois mostra novamente a ligação entre o Espírito e a ter-
ra Vamos habitar na terra. • A terra é onde Deus mora com seu povo em amor
e relacionamento, sob seu governo. A promessa do Espírito é para levar-nos
para a terra e a morada de Deus em nosso meio.
Jl 2:28-32. Qual o propósito das visões e profecias? Ver e falar sobre
a terra, o reino, o governo de Deus. Joel fala sobre Jerusalém (v.32). O
propósito do Espírito derramado ê levar o povo de volta para a terra. Este
é o tema do capítulo 3 (veja 3:16,17,20,21). Depois do derramamento do Es-
pirito, Deus habitará cora seu povo em Sião-

-34-
Isaías, Jeremias e Ezequiel sempre mostram que a purificação dos peca-
dos e o derramamento do Espírito são para preparar o povo para entrar, pos-
suir e ficar na terrao

TRÊS DIVISÕES DE EFE~SIOS 1:3-14

O capitulo l de Efésios é formado de duas partes:

1. Vv. 3-14 — A descrição das bênçãos espirituais em Cristo.


2. Vv.15-23 - A oração de Paulo.

Temos estudado a primeira parte que trata da descrição das bênçãos es-
pirituais em Cristo ou«outra maneira de dizer seria o propósito eterno de
Deus.

Antes de entrar no estudo da segunda parte, gostaria de explicar três


divisões encontradas nesta passagem do versículo 3 a 14. Cada divisão ter-
mina coro a expressão para o louvor da sua glória.Essa expressão dá a ideia
de um fim pois o objetivo cie tudo ê ser para o louvor da sua gloria.
& • * * * '
1- Divisão — vv.3-6
' ^ **
2- Divisão — w.6-12
Ot f^
3- Divisão — w. 12-14
A primeira divisão inicia com o fato de estarmos nos lugares celestiais
em Cristo. O meio de estar nesta posição é pela predestinação e escolha de
Deus. O objetivo disto é para sermos santos e irrepreensíveis diante dele
em amor e para sermos filhos de adoção.

Portanto, o começo é nossa posição em Cristo, através da escolha de


Deus, para sermos santos em amor ou filhos maduros. O fim de tudo isso esta
no versículo 6: "...para louvor da glória de sua graça..."
A segunda divisão começa com a redenção e o meio aqui é o sangue de
Cristo e a graça de Deus. O alvo está no v.10: "...de convergir nele na dis-
pensaçao da plenitude dos tempos, todas as cousas, tanto as do céu como as
da terra.„."
Portanto, o objetivo da salvação não e simplesmente escapar do inferno
e ir para o céu, mas e para convergir tudo em Cristo. A nossa salvação ê o
início da convergência de todas as coisas em Cristo. E a segunda divisão
termina com o v.12: "..«a fim de sermos para louvor da sua glória..."

 terceira divisão começa com a palavra da verdade, o evangelho, e o


meio agora é a nossa fé. Ouvimos o evangelho, recebemos ele pela fé, e o
propósito é sermos levados à terra prometida, ã nossa herança, através do
Espírito Santo. Fé no evangelho da nossa salvação traz o Espírito Santo que
vai levar-nos ã terra prometida. E o v.14 termina mais uma vez dizendo: "...
em louvor da sua gloria".

É possível fazer um paralelo entre todos os começos, meios e alvos des-


sas três divisões. Os meios são predestinação, graça e fé. Cada vez Paulo
fala de uma maneira diferente e de um ponto de vista diferente. A princípio
ele fala do ponto de vista eterno, a nossa posição em Cristo; depois do
ponto de vista histórico, a redenção, nós como pecadores sendo resgatados
de volta; e finalmente do ponto de vista imediato e individual, a palavra
da verdade saindo e a nossa fé nela.
Partindo da nossa posição em Cristo o alvo é ser santo em amor ou filho
maduro. Se olharmos para a redenção vemo-la como o início da convergência
de tudo em Cristo, e o alvo de crer no evangelho é ser levado ã terra pro-
metida, ã nossa herança, através do Espírito Santo.

Por isso esta passagem é tão rica. Quando entendemos essas divisões ve-
mos que cada uma está repetindo o propósito de Deus de um outro angulo.

-35-
O PENHOR DE DEUS - A NOSSA SALVAÇÃO

Agora compreendemos melhor o versículo 7, pois podemos ver onde a nossa


redenção encaixa no propósito eterno de Deus. Quando estudamos o assunto de
herança vimos que nos somos a herança de Deus. Isso nos leva a entender
agora que assim como nos temos um penhor da nossa herança, Deus também tem
um penhor da sua. O penhor de Deus é a nossa salvação e o nosso penhor i o
Espirito Santo,

Deus nos remiu para revelar-nos a sua vontade. Leia novamente os versí-
culos 7-10. Para que Deus nos remiu segundo a riqueza da sua graça,derrama-
da sobre nos em toda sabedoria e prudência? Apenas para salvar-nos? Não'.
A resposta está nos versículos 9 e 10. Fomos remidos pelo sangue de Cristo
para recebermos a revelação do mistério da sua vontade que é fazer conver-
gir todas as coisas em Cristo. O propósito da redenção é revelar o propósi-
to eterno de Deus e operar esse propósito em nós.
Todas as coisas vão convergir em Cristo, mas isso começa conosco. NÓS
somos as primícias da criação — os primeiros a convergir em Cristo. É ma-
ravilhoso sentir que Deus já está começando a cumprir seu eterno propósito
em nós. Deus tem uma herança — nós. A nossa salvação é o penhor da herança
de Deus, e não o seu propósito final.Deus não salva o homem apenas para re-
cuperá-lo dos efeitos da queda. Quando ele completa esta parte da obra,ele
começa novamente a trabalhar no seu eterno propósito de dominar a terra
através do homem ã sua imagem. Deus não nos criou para cair e ser recupera-
dos. Ele nos criou para participar do seu plano eterno — fazer convergir
tudo em Cristo„

Nós somos o penhor de Deus, somos a esperança de Deus para sua herança.
Não podemos falhar. Deus investiu em nós e quer rendimento de seu investi-
mento. A quem nós pertencemos agora? A Deus. Fomos comprados pelo precioso
sangue de seu Filho (l Pé 1:18,19). Nossa vida é para cooperar com Deus,
contribuir para o cumprimento do seu propósito eterno.
Portanto, salvação não é o fim, é o começo da herança de Deus. Os cris-
tãos gostam de cantar sobre graça e salvação. Mas isto já está tornando-se
monótono e cansativo. Está na hora de cantar sobre o propósito eterno de
Deus. Nosso interesse não pode ser só a nossa salvação, pois isto e apenas
o começo da história»
Mas infelizmente esse tem sido o propósito da maioria das igrejas —
ser salvo e depois orar para ficar firme até o fim» Outras igrejas enfati-
zam alem disso o Espírito, más apenas como um meio para ter poder, falar em
línguas, curar, profetizar, etc. Porém, precisamos entender que não podemos
contentar-nos em ser salvo do Egito e ficar dando voltas no deserto. Nosso
destino é a terra prometida. E o Espírito Santo ê o penhor, a garantia de
que vamos chegar lá. O Espírito não é um fim eir, :.;i -mesmo, é um instrumento
para nos levar ã nossa herança onde também seremos herança.
O povo de Deus está sem alvo, sem visão. E sem visão o povo se corrompe.
Por isso, é necessário restaurar a visão para o povo ser sarado e começar a
marchar rumo a Canaã.
Pela falta dessa visão maior temos tido tantas conversões não genuínas
— simplesmente uma salvação que nem a própria pessoa compreende. O povo de
Deus precisa de propósito. Deus investiu tudo, o seu próprio Filho, para
quê? O desejo dele ê recuperar o homem para começar a manifestar sua gloria
na terra. A glória dessa visão, a revelação do propósito eterno de Deus, vai
revolucionar e vivificar nossas vidas. O povo de Deus vai levantar-se e co-
meçar a andar, porque a própria visão atrai e impulsiona.

- ooOoo -

-36-
SEGUNDA PARTE: A ORAÇÃO DE PAULO (W, 15-23)

Basicamente esta parte vai cobrir o mesmo território cobertojia primei-


ra parte, através de uma oração. A primeira parte ê uma declaração do eter-
no propósito de Deus e a segunda é uma oração para Deus abrir nossos olhos
para enxergar este propósito.
Paulo não somente declarou o eterno propósito, mas ele orou para o povo
de Deus alcançar esta visão. Não podemos orar sem visão. Moisés^viu a terra
prometida (foi um homem de visão), mas Josué entrou. Moisés não podia en-
trar porque representava a lei. Josué entrou e pisou todo o território que
Moisés viu. Esse entrar ê através de oração, intercessão e luta_espiritual.
Mas ele só podia fazer isso por causa da visão de Moisés. À visão profética
é necessária antes de poder entrar e batalhar no Espírito para tomar posse
da terra e vencer os inimigos. Oração intercessória vem através de visão.
Não podemos entrar em luta com os inimigos ou possuir a terra antes de ob-
ter uma visão dela. Primeiro VISÃO, depois ORAÇÃO, e finalmente AÇÃO — co-
locar a visão em pratica.
Precisamos de orações proféticas hoje. Quando alguém ora no Espírito é
o começo de profecia. Orar no espírito de profecia é declarar o que Deus
vai fca?er. Oração e mais do que pedir coisas para nós — é pedir para Deus,
ordenar as coisas que devem acontecer para cumprir o propósito de Deus.

ií: POA i*4o tombem eu, -tendo ouvido a fé que ha en£te vÕ4 no Sonho*.
e o mói pata com todo* ot> Áantoò, não ce*4o de da/t g^açaó pó* VOA,
fazendo menção de VOA naó minlioA o^utçÕe-i, pa^ia que o Ve.ua de HO-ÓAO Senho-t
Jeiuó Cú&to, o Pai da gló^La,^o4 conceda i&píMto de «abedoA-ta e de Vieve&x-
çao no p£eno connecónenío de£e, <t.iuminando OA o£ho& do VO.ÓAO cotação, pa/ui
-tdeá quaC. e a e^pe/umca do -i eu chamamento, qual a riqueza da gtÓJu.a da
netança no* '

No versículo 16 vemos a maneira de Paulo orar. Ele sempre da graças pe-


los filhosjia fé (Km 1:8; l Co 1:4; Fp 1:3; Cl 1:3; l Ts 1:2), a herança
que Deus já tem, e depois começa a lembrar á as necessidades deles, pedindo
que sejam iluminados, fortalecidos e guiados para entrar no propósito de
Deus. Gratidão é algo maravilhoso. Abre as portas para que muito mais flua
da mesma fonte. Louvor e gratidão abrem o caminho para intercessão.
No versículo 17 encontramos o nome de Deus: "O Deus de nosso Senhor Je-
sus Cristo, o Pai da glória". Ele está dando o nome completo de Deus. O "Se-
nhor" é o nome de Deus através da Bíblia toda. Isto mostra que Jesus é o
mesmo Senhor, o mesmo Deus. Não há dois deuses. O auge da revelação do nome
de Deus é "o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo". Isto inclui tanta coisa: pa-
ternidade, trindade, senhorio de Cristo, identificação de Cristo com Deus,
etc .
Paulo chamou Deus de o "Pai da glória". Que é glória? É o relacionamen-
to entre o Pai e o Filho e esse relacionamento de amor revela e manifesta
glória. Ele é o Pai desta família em relacionamento, e vai incluir muitos
outros filhos nesta comunhão de amor. Ele ê o Pai da glória pois^gerou a
Jesus e manteve relacionamento com ele e isto produziu glória. Ele é o pri-
meiro — a glória nasceu dele, foi gerada por ele.

O ESPIRITO DE SABEDORIA E REVELAÇÃO

Paulo ora para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória,
conceda espírito de sabedoria e revelação no pleno conhecimento dele. Mais

-37-
uma vez é enfatizado a necessidade de sabedoria e revelação. Que ê o espírij
to de sabedoria? Revelação. Quando ele usa duas palavras juntas é porque ha
uma ligação entre.elas. Não estou dizendo .que não ha diferença entre elas,
mas que são relacionadas.
Já estudamos sobre sabedoria no versículo 8 e vimos que ela não vem pelo
entendimento natural, mas pela graça de Deus, e ê para conhecer o mistério de
Cristo. Sabedoria e para conhecer Cristo, não só para ser salvo, mas para en-
trar na vontade de Deus, Sabedoria é saber como encaixar e usar a revelação.
Paulo jogou fora toda sua sabedoria natural quando recebeu a revelação de
Jesus. Quando recebeu muitas revelações ele acumulou a verdadeira sabedoria.

Sabedoria mostra ò que fazer com a revelação. A palavra de conhecimento


é revelação e a palavra de sabedoria e. como prosseguir com esta revelação.
Conhecimento e revelação e sabedoria é mais pratico.
O çspíríto de sabedoria e de revelação e para que sejam -iluminados os
>sjão vosso coração. O coração tem olhos espirituais. É interessante que
e não fala "olhos da mente", mas do coração. A sabedoria mental é perigo-
sa . O mundo está cheio de conhecimento mental que não tem revelado Deus ao
homem
mam

FÉ, AMOR E ESPERANÇA .

Fé, amor e esperança são três virtudes que Paulo sempre gosta de enfa-
tizar. No versículo 15 vemos fé e amor, e no versículo 18 vemos esperança.

Fe é relacionamento vertical com Deus: "...tendo ouvido a fé que ha en-


tre vos no Senhor Jesus..." Amor é relacionamento horizontal: "...e o^amor
para com todos os santos..." Paulo ouvira falar da fé e do amor dos efésios,
mas estava orando no versículo 18 para que tivessem esperança.
Fé é baseada no passado, no que Deus fez e falou. Amor existe no presen-
te e esperança se relaciona com o futuro. O amor é maior porque funciona
agora, no presente, e sempre (l Co 13:13). Esperança ê o cumprimento do rela-
cionamento vertical (fé) e horizontal (amor) no casamento. O casamento e a
consumação do relacionamento com Deus e uns com os outros.
Esperança é a visão dó casamento« Fé sem esperança murcha e morre. Fe
precisa da complementação da esperança. Fé sem esperança é salvação sem
propósito. Quando Jesus derramou seu sangue? No passado e pela fé nisto ob-
tenho a salvação. Para quê? Para convergir tudo em Cristo, entrar na heran-
ça, edificar a cidade de Deus. Cremos no passado para entrar no futuro e
isto funciona pelo amor (no presente). Sem amor ninguém pode perseverar na
esperança, pois algo precisa estar acontecendo agora» Quando o alvo for al-
cançado não vai ser preciso fé, porque vai ver, e nem esperança, porque
já alcançou o que se esperava. Mas vai precisar amor, porque Deus e amor.
Esperança é muito importante. O povo de Deus hoje fala muito sobre fé e
sente muito desejo de ter amor. Mas quase não falamos sobre esperança. Fal-
ta esperança porque falta visão. Visão e essencial para orar, marchar e
prosseguir Os efésios tinham fé e amor, mas precisavam ter esperança.
Fe, amor e esperança têm que ficar juntos, pois Deus opera pelos três,

À ESPERANÇA DO SEU CHAMAMENTO

Somos chamados para um determinado fim ou propósito» Esta é a nossa es-


perança.
No versículo 18 encontramos mais uma vez duas expressões paralelas: "es-
perança do seu chamamento" e "riqueza, da glória da sua herança nos santos .
Paulo esta lotando a frase de superlativos para dar mais ênfase. Esperança

-38-
é uma coisa que nós esperamos e herança também o é. Nossa herança vem por
meio da morte de Jesus. Não trabalhamos para alcançá-la, mas esperamos o
dia em que a receberemos. Ha tanta coisa nesta esperança que ele fala "ri-
queza da glória da sua herança". A quem se refere o pronome "sua"? A Deus.
Ele tem uma herança em nós, os santos, e esta herança é rica.
O nosso chamamento é ser a herança de Deus. Nossa esperança é nossa he-
rança — herdar comunhão, união perfeita com Deus, usufruir juntos daquilo
que Deus tem para nós e daquilo que nós temos para Deus. É algo tão maravi-
lhoso que Paulo precisava orar para os efésios terem essa esperança. A nos-
sa esperança é a herança que temos em Deus através de Cristo e a esperança
de Deus é a herança que ele tem em nós através de Cristo. No versículo 14
fala sobre a "nossa" herança e no versículo 18 fala sobre a "sua"herança. No
fim não há diferença pois haverá um casamento e a nossa herança será a dele
e a dele será a nossa. Não vamos guardar nossas coisas num canto da casa e
as dele em outro canto mas tudo será dele e tudo será nosso! Quão gloriosa
será esta união!
Sem o espirito de revelação não vamos ter esperança, porque ela é a re-
velação da nossa herança. O espirito de>sabedoria e revelação revela nossa
herança, alvo e propósito. Sem ele pensamos na salvação, mas não sabemos
para que somos salvos e não temos alegria ou expectativa.
Na parábola das dez virgens, as cinco sábias tinham visão. Elas não
apenas foram batizadas no Espirito e falaram em línguas, mas andaram no Es-
pírito e tiveram visão. As néscias eram convertidas, tinham o testemunho de
Jesus, mas não tinham visão do alvo. Todas as dez dormiram e despertaram
quando ouviram o som da trombeta anunciando a vinda de Jesus. As cinco sá-
bias tinham óleo — visão, revelação do propósito de Deus,e puderam entrar.
As outras pediram: "Fala conosco, ensina-nos",mas não havia mais tempo. Ho-
je é tempo de comprar óleo, de pedir que Deus nos revele nossa herança, vi-
são e esperança.
Por isso, vamos estudar mais sobre esperança em relação ã fé, ao amor e
ao Espírito.
Rm 8:24-26. Somos salvos pela fé e também pela esperança. Na medida que
temos esperança, temos paciência para perseverar e aguardar o que não vemos.
'Quem não tem perseverança não tem esperança.
No versículo 26 vemos a relação entre o Espírito e a esperança. Quando
não nos resta quase esperança, o Espírito vem e nos renova. Através de uma
profecia, um versículo vivificado, o Espírito age e nos dá força para per-
severar e prosseguir para o alvo.
; Gl 5:5,6: "Porque nós, pelo Espirito, aguardamos a esperança da justiça
quejprovém da fé. Porque em Cristo Jesus,nem a circuncisão, nem a incircun-
cisao, tem valor algum,mas a fé que atua pelo amor. " O que é esperança nes-
te versículo? Justiça que provém da fé. Pelo Espírito, temos fome e sede de
justiça, não da nossa justiça,mas da de Deus que vem pela fé na sua promes-
sa. A natureza de Deus é justiça, tudo perfeito, em ordem, nada fora de
equilíbrio. Não podemos alcançar esta justiça por nós mesmos. Justiça pela
fé significa fé na promessa de Deus e isto produz justificação.Fé não é uma
coisa fria ou intelectual. Ela não opera sozinha, porque é relacionamento
com uma pessoa e não pode existir relacionamento sem amor e confiança. Fe
atua pelo amor. •

Deus — Justiça
i
Amor x Fé (na Palavra ou promessa)
' . ' ' • ! . ' : : ' ' . • - ; - " "- • ' - - / ' . ' ' • - . . , . ; ''''•'•.-

Esperança
i
Espírito

-39-
Pelo Espírito temos esperança da justiça que vem através da fé que ope-
ra pelo amor.

A promessa de Deus ê fazer-nos participantes da sua natureza. Ele


nos dar a sua justiça. Para alcançar isto precisamos crer na sua promessa.
Mas esta fé não funciona se o Espírito Santo não encher-nos com amor e es-
perança. Só através do amor e da esperança é que a f é se torna eficaz em
receber a promessa. O Espirito é as primícias da vida de Jesus, o penhor
da nossa herança. Se experimentarmos estas primícias, ficaremos cheios de
esperança pois já teremos provado um pouco do poder desta vida de justiça.
Nao^teremos uma fé morta e estática em algo que não conhecemos mas nossa f i
será vivificada pela esperança por já termos experimentado um pouco da he-
rança. Por isso, vejo que há muita ligação entre o Espirito e esperança. Sem
o Espirito é impossível ter esperança.
Rm 15:13. Fe mais gozo e paz é igual esperança. Esperança é fé cheia de
gozo e paz pelo poder do Espirito Santo. Fe sem esperança torna-se monótona,
um jugo pesado, mas a esperança transmite gozo para nossa fé. A fonte de
tudo é o Espirito Santo que vem do Deus de esperança.
0 que é avivamento? E o Espirito Santo enchendo-nos de gozo e paz na
nossa fé. É água virando vinho; fé virando esperança. Se tivermos muita es-
perança não vai ser difícil ter amor também. Sem esperança temos muito medo.
Passamos a maior parte do tempo defendendo nossa posição e procurando nos
proteger em vez de amar os outros» A falta de visão traz falta de esperan-
ça, Paulo não estava orando para a fé ou o amor dos efesios mas para uma
abertura de olhos que traria esperança. A esperança vivifica a fé e abre o
caminho para o amor»
Rm 5:1-5. Ptimeiro vem a fé que traz paz e graça e dai entramos na es-
perança. Esperança de quê? Da glória de Deus. Mas no versículo 3 os trata-
mentos de Deus vem e onde está a glória de Deus? Nas tribulações que produ-
zem perseverança, experiência e novamente a esperança. E a esperança não
nos deixa desanimar por causa do amor dê Deus que e derramado pelo Espírito
em nossos corações. Mais uma vez temos fé, esperança e amor e a operação do
Espírito interligados na mesma passagem.
1 Ts 5:8. Fé opera pelo amor rio coração (protegido pela couraça). Espe-
rança opera na mente, protegida pelo capacete. É importante que nossa mente
seja renovada pela Palavra de Deus que nos dá esperança. Uma mente renovada
tem visão dos propósitos e pensamentos de Deus. O capacete da esperança e a
proteção contra os pensamentos imundos do maligno, pois ê cheio das promes-
sas de Deus. A mente e o coração funcionam juntos. Fé e amor no coração e
esperança na mente.
Cl 1:27. "Cristo em vós, a esperança da ^glória". Cristo em nós é o
Espírito. E o Espírito nos leva a esperar na glória de Deus, a nossa heran-
ça.
l Tm 1:1. Confusão teológica de Paulo — Deus e nosso Salvador e Cristo
é nossa esperança. Cristo em nos é a esperança, pois ele é a herança.
Ef 2:12, "...não tendo esperança, e sem Deus no mundo." O contrário da
esperança é ser separado de Deus, Se não temos esperança não temos Deus.
l Co 13:13. Esta passagem mostra que os três estão sempre juntos. O amor
é o único permanente. Graças a Deus que a esperança não permanece, pois va-
mos entrar nela. O que se vê não mais se espera.
l Ts 1:3, Paulo sempre liga os três. Amor e fé são semelhantes, pois am-
bos têm trabalho e obras.
l Pé 1:21,22. Mais uma vez os três: fé, amor e esperança. Pedro está
dizendo que se temos fé e esperança pela ressurreição de Jesus, devemos
mostrar amor aos nossos irmãos o

-40-
Hb 6:10-12. Paulo começa com amor e termina com fé. Outras vezes ele
começa com fé e termina com esperança ou então com esperança e termina com
amor e fé. Não há uma regra, pois ê um ciclo vivo.
Hb 6:18. A esperança não é apenas algo futuro. Podemos "lançar mão da
esperança proposta". A fé é uma certeza e convicção mas e mais calma. A es-
perança começa a enxergar a herança com tanta expectativa e realidade que
nos impulsiona a ação, a tomar posse dela agora.

Vv. 19-23: »..e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos,
segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo^res-
suscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita, nos luga-
res celestiais, muito acima de todo principado, e potestade, e poder, e do-
mínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, frias
também no vindouro. E pôs todas as cousas debaixo dos seus pés e, para ser
o cabeça sobre todas as cousas, o deu à igreja, a qual e o seu corpo, a
plenitude daquele que a tudo enche em todas as cousas.

A SUPREMA GRANDEZA DO SEU PODER


Nesta oração Paulo pede para que aos efésios seja revelado três coisas:
a esperança do chamamento,a riqueza da gloria da herança e o supremo poder.
Já vimos que a revelação da herança nos da esperança. Nossa esperança i a
nossa herança. Agora vamos examinar o terceiro elemento: o poder.
Ha uma seqtiência nessas três coisas: herança, esperança e poder. Heran-
ça e o fim, o alvo. Esperança é a motivação, a visão do alvo. E o poder é o
combustível que nos da força para prosseguir nessa visão ate chegar no alvo,
na herança.

O poder só nos leva ã herança se tivermos revelação dele. Paulo está


orando por isto: um espirito de revelação do poder.Muitas vezes temos reve-
lação da herança e temos esperança, mas nos falta a revelação do poder para
chegar lã. Nossa herança e estar com Cristo nos lugares celestiais. Então
se estamos assentados com Cristo, já temos o poder. A revelação do que te-
mos em Cristo vai ativar esse poder em nossa vida. Nos temos a posição, mas
isto não nos foi revelado o suficiente para apropriarmos dela.Por isso, es-
tamos sendo explorados por Satanás,pois não estamos entendendo nossa rique-
za. Nosso problema não i a falta de poder, é a falta de revelação desse po-
der.

Não e suficiente sõ experimentar o poder. É possível ser batizado no


Espírito, exercer os dons, sentir o poder — e mesmo assim não ter revela-
ção dele. Gasolina tem muita energia e poder mas precisamos saber como usá-
la se quisermos chegar a algum lugar.Se apenas riscarmos um fósforo vai ha-
ver uma grande explosão e demonstração de poder mas não vai adiantar nada.
Precisamos urgentemente não sõ da revelação da herança e da esperança, mas
do poder que ele nos deu para caminhar agora em direçao a esta herança.
Examinemos os versículos 19 e 20. Paulo mais uma vez usa as palavras
com extravagância para enfatizar e revelar o seu conteúdo. "A suprema gran-
deza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do
seu poder, " No grego cada palavra que refere a poder e diferente. Deus es-
colheu o grego porque é uma língua mais rica que nossas línguas modernas e
tem mais recursos para se expressar.
Paulo não ora para termos revelação apenas do poder de Deus — mas ele
fala da "suprema grandeza do seu poder" e da "eficácia da força do seu po-
der". Entre essas duas expressões está outra muito importante: "...para com
os que creraos..." O poder que ressuscitou a Cristo ê para nós, os que cre-
mos. Ele não ora apenas para que nos seja revelado o> poder que levantou
Cristo, mas afirma que este poder e para conosco Cristo foi levantado dos
mortos e nós fomos levantados juntamente com ele. É isso que Efésios 2:4-6

-41-
vai explicar. Três coisas aconteceram conosco juntamente com Cristo: fomos
vivificados, ressuscitados e assentados com ele nos lugares celestiais.

NÓS podemos ser identificados através deste poder com todas essas três
coisas que ocorreram com Cristo. O Espírito Santo ã o poder da ressurreição
que levantou Jesus. É ele quem opera em nós agora e é quem nos ressuscitará
depois. A ressurreição pela fé no Espírito agora é o penhor da ressurreição
naquele dia. Para atingir aquela tem que passar por esta. Se não experimen-
tarmos o Espírito agora, como vamos ser ressuscitados depois?

Vemos, então, nesta oração de Paulo, a necessidade de termos revelação


desses três elementos: herança, esperança e poder. Tudo depende da frase
"para com os que cremos". Crer depende de uma visão, uma revelarão real.
Precisamos da revelação para crer e receber o poder da ressurreição.
*•

OS DOMÍNIOS ESPIRITUAIS

O poder que ressuscitou Cristo o fez assentar ã direita de Deus nos lu-
gares celestiais,muito a&Lma de todo principado, potestade,poder e domínio.
Devemos ficar contentes porque não é só acima, é muito acima. É bem longe
das potestades e dos poderes das trevas.
Paulo usou quatro palavras para falar sobre o governo de Satanás: prin-
cipado, potestade, poder e domínio. Há várias escrituras falando sobre es-
sas posições de autoridade e suas muitas atividades. O domínio das trevas
está cheio de setes espirituais que influenciam cada pensamento, cada ação,
tudo que acontece neste mundo. Por isso, vamos estudar agora sobre esses
domínios espirituais.
Rm 8:38,39. Cristo ressuscitou e foi direto para o trono de Deus, e nós
fomos juntamente com ele. Esta posição é tão firme que absolutamente nada
pode separar-nos do amor de Deus. Estamos não só acima, mas muito acima de
todas as forças espirituais que dominam este mundo.
Ef 3:10. A igreja na terra tem o destino de manifestar aos principados
e potestades nos lugares celestiais, entre a terra e o aêut& multiforme sa-
bedoria que recebe em decorrência da sua posição junto com Cristo, naquele
lugar muito aeima dos principados. Manifestar é declarar com autoridade o
reino de Deus, derrotar Satanás, expulsar demónios, como Jesus fazia.
As potestades dominam a terra, mas do seu lugar de habitação nos céus.
Nós fomos chamados para guerrear contra Satanás e seus anjos, para derrotá-
los e tomar a sua posição nos lugares celestiais. Somos vítimas de Satanás
sem necessidade, pois temos o poder da ressurreição. Jesus passou por estes
lugares celestiais, alcançou o trono, derrotou os principados, mas não os
derrubou ainda. Isso tem que ser feito pela igreja.
Oração intercessória é o começo desta guerra. O poder do Espírito na
oração intercessória é guerra sem misericórdia contra Satanás. Nossa tarefa
é entrar no poder da ressurreição e começar a guerrear e entrar na nossa
herança. Não para nossa glória, mas para estabelecer a glória de Cristo.
Ef 6:12. Mais uma vez Paulo esgota todos os recursos da língua para ex-
pressar esses lugares celestiais. Nossa luta não está no plano da terra ma-
terial, mas nas regiões celestes.Temos que travar batalha com estas forças,
no Espírito, com o poder da ressurreição.
2 Co 10:3-5. O pode,r do Espírito Santo destrói fortalezas nos lugares
espirituais, derruba raciocínios malignos, e leva cativo todo pensamento a
obediência de Cristo.
Cl 1;16. Tudo foi criado em Cristo, inclusive os principados, potesta-
des, tronos e domínios. Tudo foi criado perfeito, mas houve revolta contra
Deus e essas regiões foram dominadas, usurpadas pelos anjos caídos e rebel-
-42-
dês e Deus vai reconquista-las novamente. Tudo foi criado por ele inicial-
mente e tudo voltará a ele no fim. Nosso destino é receber o poder de Cris-
to e participar desse processo de levar tudo de volta a ele, ou seja, sujei-
tar todas as coisas a Cristo.
Fp 2:9-11. Toda língua vai confessar que Cristo é o Senhor, inclusive
debaixo da terra — o inferno.
Cl 2:9,10. Esses versículos descrevem nossa posição em Cristo, o cabe-
ça de todo principado e potestade. Nossa plenitude esta nele. Através da
convergência de todas as coisas em Cristo, todos os principados e domínios
lhe vão ser submissos.
Cl 2:15. Na cruz Cristo triunfou sobre as potestades através de passar
pela morte e vencer, e também porque tirou a base do pecado do homem que ê
a chave para estas forças operarem em nós. As potestades operam pelo pecado
e pelo medo da morte (Hb 2:15). Mas Cristo já as derrotou, e não temos ne-
cessidade de nos submeter a elas.
l Pé 3:22. Tanto Paulo como Pedro nunca define esses domínios com uma
só palavra. Eles usam virias palavras: "anjos", "potestades", "principados",
"poderes". Parece que ha muitos níveis de autoridade, muitas categorias de
seres espirituais. Pela ressurreição de Jesus que esta a destra de Deus,
lhe foi sujeitado todos os anjos e autoridades.
Ef 4:8-10. Jesus libertou o homem do cativeiro de Satanás. Depois da
morte na cruz ele desceu o mais baixo possível e depois subiu para o lugar
mais alto possível. Ele subiu "muito acima de todos os céus". Depois disto
deu dons aos homens para agir na terra como ele agiu.
Dn 7:27, Todos os principados e potestades terão que se submeter ao do-
mínio de Jesus e dos seus santos.
l Co 15:24-28. Isto é uma visão da etapa final. Primeiro Deus quer su-
jeitar todas as coisas debaixo dos pés de Jesus (v.25). Quando tudo estiver
sujeito a Cristo, este vai entregar o reino ao Pai para que ele seja tu-
do em todos. Mas o processo de sujeitar tudo ao Filho começa agora e conti-
nuará no milénio.
Hb 1:4. Jesus não é um anjo, é muito mais alto, é o Filho de Deus.
Hb 2:5. O mundo que há de vir ê o reino de Deus. O mundo atual é domi-
nado pelos anjos, mas o mundo vindouro está destinado a ser dominado por
Jesus Cristo, o Filho de Deus. E como fala em Daniel 7:27, os santos do Al-
tíssimo reinarão juntamente com ele.
Voltemos ao capítulo l de Efésios.
V.21. Todo nome quer dizer toda autoridade, não só nesta era, mas na
era vindoura também.
Vv. 20,22. Deus fez três coisas pelo seu poder em Cristo:

1. Ressuscitou-o dentre os mortos.


2. Fê-lo assentar-se à sua direita nos céus.
3. Sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés.
Esse terceiro ponto é culminante. Deus lhe sujeitou todas as coisas de-
baixo dos p&8 para ele ser o edbeço. de todas as coisas. Entre a cabeça e os
pés tem que ter o corpo. Nós somos o corpo, a igreja.
Vv.22,23. Sem a igreja Cristo não pode ser tudo em todos, não pode en-
cher todas as coisas. Juntamente com ele a igreja vai dominar todas as coi-
sas. Primeiro ele tem que ser o cabeça da igreja para depois por meio dela
trazer o seu senhorio sobre todas as coisas. O homem foi criado ã imagem de

-43-
Deus para governar a criação para ele. Então,, quando o senhorio de Cristo
vier na igreja ele terá condições para trazer seu senhorio sobre todas as
coisas. Quando o reino de Deus vier interiormente, ele poderá ser estabele-
cido exteriormente.
Há uma diferença entre a relação de Cristo com a igreja e sua relação
com todas as outras coisas. A igreja é a plenitude daquele (Cristo) que en-
che tudo em todas as coisas. "Todas as coisas" significa tudo que existe no
universo» Podemos concluir, então, que o corpo de Cristo, a igreja, os san-
tos, vai reinar juntamente com Cristo sobre todas as coisas.
Cristo não só enche tudo, mas ele enche tudo em todas as coisas. Todo
mundo vai estar cheio de Cristo e todo o universo também. Paulo quis mais
uma vez enfatizar que Cristo vai ser tudo em todos. Primeiro Cristo encherá
a igreja com sua glória e depois a igreja enchera o universo com esta mesma
glória.
Cl 3:11.•".. .Cristo ê tudo em todos."
Fazendo um paralelo entre alguns versículos podemos concluir três coi-
sas:
Deus, o Pai, enche tudo em todos — l Co 15:28.
Cristo enche tudo em todos — Cl 3:11.
A igreja enche tudo em todos — Ef 1:23.
Deus, Jesus e a igreja enchem tudo em todos. Isto devido a uma íntima
comunhão e união entre os três que é a glória de Deus — o Espirito Santo.
Ef i:10: ",».de fazer convergir nele (em Cristo) na dispensação da ple-
nitude dos tempos, todas as cousas,tanto as do céu como as da terra..." Es-
te eterno propósito foi declarado na primeira parte do capítulo e no finai
da oração (w.22,23) Paulo enfatizou a mesma coisa mais uma vez. Convergir
todas as coisas em Cristo é o mesmo que ele ser o cabeça sobre todas as
coisas e encher tudo em todos.
> Em Efésios 4:10 fala que Jesus desceu e subiu acima de todos os céus
para encher todas as coisas o Isto mostra que essa vitória dele sobre todos
os principados é. para poder juntamente com a igreja sujeitar e encher todas
as coisas» Mas, além de subir aos céus para poder encher todas as coisas,
ele subiu para dar dons aos homens. Os dons foram dados para que recebamos
sua autoridade e juntamente com Cristo sujeitemos todas as coisas.
Esta expressão "para ser o cabeça sobre todas as coisas o deu ã igreja"
é muito forte0 Deus deu Cristo ã igreja pois sem ser unido a ela, ele não
poderia ser o cabeça de todas as coisas. Sem Cristo a igreja nunca reinara
mas sem a igreja Cristo também não alcançará o seu domínio.Cristo e a igre-
ja juntos faraó aquilo que nunca poderiam fazer separados — cumprir o pro-
pósito eterno de Deus de trazer tudo novamente ao seu domínio.

- ooOoo -

-44-
EFÊSIOS l

PERGUNTAS PARA REVISÃO (pgs. l - 5)

01 -
Pé ac.on.do com a Pa£avia de. Peai, quem e ".óanío"?
02 -
Que. duaÀ pa&iviaò expt.ea.aam a eóóênc-óa do evange£/to?
03 -
Como Peuó £o<i ieve£ado a. not> como "Pai."?
04 -
Que. duaó pa£aviaó expieóóam a ên^aóe cio l/e£ho Teó-tamen-to?
05 -
Poi que. nÓ4 podemo-ó abençoai a Peuó?
06 -
Como Sa&wãó í em deóvxlado a ci/íação do 4 eu piopóó-cto otáginat?
07 -
Quem é o dóó^tibu/tdoí doo bènção-ó maíe/i/úu4?
03 -
Como ao bênçãoó ma£eK.a£á podem 4ei boaó paia. néó?
09 -
Como Peão ncó abençoa?
íO -
Von. que. ao bençãoá que ptovêm de oat^taA ^o»tíeó não 4ão veA.dadex>ui6
"benção^"?
T? - Pé onde procedem ao bênçãos
72 - Como Peão pretende defioíaA. o4 ptx^natpadoA e po^eiíadeó que

73 - Qua£ a dtfje^ença entte o no^Ao peniamento e. o de, Pea* qtutnto à


a 4e/t aóada condia 04 principado* e
74 - Po/t que muútaó vezeá não uáu^/iuZmoA doa bênçãos
í 5 - POA. que a exp>ieó.áão "como -também" no xlnlcx,o do uetólcudo 4 não é co/t-
A.eta e pode no* JLevasi a uma -cníe/iptetação et/iada do ^tecno
76 - Po^ que Pau€o conó.íyuu.u uma 40 £taáe do ue/tá-ccado 3 ao vet&Zcadc
77 - Poi que Peuò noa &áco£heu?
7S - Q".£ 2Axx a giÔsUa. que. Jeóuá itníia com o PaÀ. ante* da fundação do mundo f
79 - Como Jeóuó expeumeníou a gío^ia de. Peuó útté na c/uiz?
20 - Poi que não na mo£cvo paia noi gtoiÁaumoé no j$a£o de 4e/uwo4
e abençoados poi Peuó?
27 - Quando e com que pfLOpo&íto Peuó no4 eôco£neu?
22 * Quando a giaça de Peuó <Jo-(. manx,)Jeó^atía. na ítcótó^ta?
23 - Qua£ o i^.an^^x,cado da pa£auia "canhece/t" no giego e no
24 - Quando Peuó conneceu Jeóuó (e a nÓ4 em Jeóuól?
25 - Po/i que a Pa£auia dez que Jeóuó ^o^ mo/ito "deóde a fundação do mundo"?
26 - Poi que podemoó enteai num peA^eÀto deócanóo 4 e cie>u«o4 que eótamoA em

27 - Quando Córneo x.nc£uldoó em


2 S - Poi que piec-cóamo-ó pia^tccai boaó obiaó meómo que a obia. /S -tenha
leatízada anteó da fundação do mundo?
29 - Poi que SatanÕó cu,nda goueina eàte. mundo, óe Cicóío o venceu awte-ó da
fundação do mundo?
30 - Como a -tgieja venceia ao jjoiçaó de Saíanáó?
37 - Como Peuó no4 piedeó-ttnou?
32 - Quat a pio vá que alguém é e4co£h-cdo poi Peuó?
- ooOoo -
PERGUNTAS PARA REVISÃO (pgs. 5 - 8 )

01 - Pon que. não ex^ó-te a veAdadexAa Aa.ntida.de. *em amo-t?


02-0 que. í amol *em *antLdade.?'
03 - O que é" *antLdade. *em cânon?
04 - Ô que. ac.onte.ce. * e *e,paAasimo* .iantídade de. amoi?
05 - Mo^tie como o vesi*Zculo S .e. o veA*Zculo 4 em outna*
06 - Qual a pnoQfie^*ão de Romanos S:2£-30?
07 - Vou que. todo* o* aconte.C4me.nto* eAtão no tempo pa**ado -óic&cA-tve o ã£-
-tàno (g£o4-t£ccação) que ainda não aconteceu?
Oí - POA. que. algunA v&uZcuto* aotocam a eòco£foa depo^óó do c.hamame.n£o e 0u-

09 - Po ponto de u^ó-ta de Peai -tudo começa com o quê? E do ponto de v-cá-ta


do kame.m?
10 - Vou que. jã .ócmo.á tanto* e ao meómo tempo 4omoá chamado* pana. àet 4an-

U - A no^-ia iajttt^cação e baóeada em que?


12 - Ç)ua£ o pfiobtma do enóx>io teotõg-tco comum
^-ccaçao?
13 - POA. que a condenação que a max,oA^a dói cÂÁÁtãoA 4eníem p/to vá que não
a ieve.la.cao canta &obnt
14 - Po^t que, em ceAt:o 4en£úío, a juótx^cação depende da
í 5 - POA. que a no44a geAacão pne.cÂ^a de uma -teve-Cação ^Cão dnã&tÁca Aob-te a
•dantí^-Lcação quanto a que. LuteAo teve Aob/te a
16 - Qual a dxl^eAença enfie o noá^o ponto de vZóta e o de Peuó 4obA.e o
ceò-òo de ^
17 ~ Vou que. a peò^oa pode 4e/t chamada e wã"o 4et encolhida?
1B - Como podemos 4e/t eAcolhÁdo* e j$-céõ4?
79 - Qua£ a dí^eAença pAxncx.pa£ en^tte o e^c^avo e o
20 - Poi que não e deóO"iA.o4o ^eAmo-6 fcZho& adotívo*?
21 —Qua-i* &ão aá -tteá ^aóeó da no^^a adoção como
22 - <^ua^ a c nave da noà&a adoção como falhoA?
23 - Em que -tmptcca o <$ate do Eápotx^o eótíW. em noó?
24 ~ Que. e a .óa£vação piepatada píi^a o-ò ú&timo* dia*?
25-0 que. ptec-cóa acontecem. agoA^i pa^ta *<yumo& ptepatadoi pa^ui a
cão do* no**o* conpa* na utnda de Jeóuá?
26 - Quaxéó ao duoò palavra* gne.ga* que, *lgnÀ.^cam "6<iiho*" e qua£ a
nenca ent^e e£aó?
27 - Po^. que Pau£o uóa tontos 4x.nonóno4 de "beneplácito" e "vontade" neòte
t/tecno de EjJéó-coA í?
25 - O que 4-tân^.^ca "beneplácito"?

- ooOoo -

-2-
PERGUNTAS PARA REVISÃO (pgs, 9 - 16>

01 - Qual a Ligação eníte omon. e. giaça? (na 4ua opóuãol


02 - Qual a. ligação en-Cte gtaça e. glõxÁa?
03-0 que. e o beneplácito ou vontade, de. Peão?
04 - Qual o leAultado da ope/tação da giaça de. Peuò em nó&?
05 - Quem é o "Amado"? .
06 - Qual a condição pana. -recebei o amot e a gtaça cie Peão?
07 - Pot que. Peão naó cia "toda a *abe.do>vLa e ptudênc/óa"?
OB - õ que. é a 4abedoixa de Peão?
09 - Como pode. 4 et adquirido e^ta *abe.do>ila?
10 - Vou que. Paulo coloca 4abedotÁa junto com jU&tÂfccação, 4a*ttt4ccação e
tedenção em l Cotln£to4 1:30?
> '
H - Pot que a óabedc-tca de Peu4 e m-cóíétío pata macto4?
1 2 - O que. e nece44Õtto pata ptoduz-tt abundância de Aabedo/úa e p/uidêncía
em no^óoó dxlaó?
13 - O que é compoAat co-cóaó eájaót^tua^ó com eóptAx/tuaóò? E co-cóaá
com
T 4 - Poti que. e poAàZvel te.fi a éabe.do^ia de. Peai & em -tet cattu/ia ou confiect-
menía naíu/ia£f
- Onde podem i et enconítadoi todo& o& tuAoutio* da 4abedo-tía e como pode-

16 - Poi que é ÀmpoAtávet te*, a vesidadeÁJta éabedo^ia &em a ataca de Peuó?


17 - Pê quatsu) ^de.Ú4.nLçõeA de. Aabedo/uâio (U6e o tex/Co da apostila e 06

'S - Poi que 04 &ãbJLoò deAte. mundo ou acham que. a vetcíadeóta òabzdoiÁja. não
e.>uAte. ou que. pelo meno4 não pode 4et conhecida?
19 - Poi que nÓ4 ainda não podemoA dlczet "agota" como Paafco dizia?
20 - Vê ttâ& de^Ku.çõe6. do mx^-tétx.0 de Peai.
27 - Peácteva o cx.c£o ctcnântcco da vontade de Pea&.
2 2 - 0 que Algnlfilca a palavra "d^ópenóação"?
23 - Quan-taó dl&pe.n&açõeà ha na BZb&ía (do ponto de vl&ta doo attancaó)?
24 -• Quando e a "dúpeftáação da ple.YUtu.de. do& tempo*"?
2 5 - 0 que Paulo queria dez et quando a£t/unava que "o4 ^^nò do4 -òécaCoV-tt-
n/iaf« chagado 4obte a lg>ie.ja ptúmitiva?
26 - Qaa-có ião OA o^cto Zten4 que teAumem 04 aconíeounenío* deita dcópenáação
da píenx^ude do4 tempo*?
27 - Quando a "plenitude, do* tempo*" começou e quando tesuiúna/iâ?
2B - Qual e o ptiopô*4to eíetno de Pea6 que e*^ã áendo neatuado nz&ta dcò-
penóaçao da p£entíude do* tempo* aítav/éi deiíeó o^Co
29 - -No g-tego qua£ é o ix.gn>t^cado titeAal de* ta* oito palavra*: "de
convetg>t/L em Ctcóío -toda* ao coaóaó"?
30 - Pot que a Bíblia *empn.e. u*a a expteòAÕo "OA ceaò e a teAAa."?
* -
3 í - Qua£ )Jo< a ó-uiatcdade de Peão em CAXJW. toda& a* col&a*?
32 - Vou que na um quacko ^ão de^anonadot no vet4Ícu£o 2 de Geneó-tA J?
33 - Quaí. e o tema do* *e,te. d4.a* de. Gêneó^có I f
34 - Quaiò 4oo 04 5ete 4epataçõe4?
35 - Po t que a £uz é mocó ,ÓMpot£an£e que o *ol?

-3-
36 - Qual o possXveJí. significado esp-UvutuaJL da se,paAação ení/ie as aguai» de.-
balx.0 do úlHmame.nto e as de. ema? , \ .-
37 - Pot que. a^ltmamos que. havia uma se.paAac.ao e,ntA.e. a alma e o espÍAlto no
do Éden f
38 - POA que. Peão jjez todoó eó-íoá se.paAacões?
3 9 - 0 que ac.onte.ceAa com todas 04 coisas no
40 - Pot que não podemos a^ÁAmoA (como o espÂAltÂsmo] que. a alma e
ainda que. estávamos em Oústo antes da fundação do mundo?
41 - Quando começou o pt.oce4.ao de sujeÀtaA tudo aos pês de. CAlsto?
42 - Quando teAmlnoAo. este. pAocesso?
4 3 - 0 que. aconte.ceAã duAante. o mÁJtê.nÁ.o?
44 - Vou que. naveiã uma áepcwaçãc fanai?
- ooOoo -

PERGUNTAS PARA REVISÃO (pgs, 16 - 24)

01 - Qual e a heAanca de
02 - Qua£ ê a keAança do povo de Peuó?
03 - Qaa-có ião o-á ^t^.êó aòoá da palavia "heAanca" no Vethc Testamento?
04 -Qual a di.ue.sie.nca enfie a heAanca de. hb*aaot lAaque. e Jacõ e a do povo
de
05 - Poi que podemos a^^tinaA que a teAAa e. OuAto?
06 - Poi çue Je^uó piec-còou motiAeA. pana a noua aLLanca e.ntnafi em v<Lgo>i?
07 - Po A. que. fai. neceó4ÓAx.o Jeóaá &eA VeuÁ- homem pana. tn.beAoA. tanto a no-á-ia
heAanca como a de Peoá?
Oê - Como Jeóuó pode tLbeAOA. a heAanca peJLa &ua moAte. e ao meámo tempo
o ke.ideÀAd?
09 - Como YÍÓÒ podemos ^ecebeA. a
10 - Qual a chave, da A.e,velacao de. EjJ&á^o-á / ?
17 - O que e o "concelho da &ua vontade."? QuaÍA &ão ao òenção4
12 - Qua£ e a netança de CAÂAto? Qual e. a heAanca. de. Peai?
13 - Que e a u-tda eíe^na? Po/t que a vida eíetna nunca 4eAa monótona ou *o-

14 - Quando e.ntAaAejmoí> na plenitude, da no^a hzianca?


15- 0 que Peuó deseja alcançoA. atAaveA de. no44aó vx,daó?
íó - O pAapÓtxUto de Peai e apenai» peAdoaA 04 no4404 pecador? PO/L que?
17 - Qua£ eA^t. o pAopÕélto de. Ve.u& com o povo de lAAa.e£ e. poA. que. &*•
tAado?
H - Poi que. não temoò a glÓA^a de. Peuó na -cg-teja hoje.?
í 9 - Como a glÓAAM. do Senno-i enc/te^iã toda a teAAa?
20 - POA que. podemoó teA ceAte.za que. cunda haveAa uma lgAe.ja gtotAOta. na

í'> - POA que. a CAUZ é neceó-óÕt/ía paAa haveA a veAjdadeÀAa gloAla? (Expteá^e
í>e.u& pAÔpA4.oò pe.nAame.nto A)
22 • O que eAa a glÓA^a que o F'Mio tenha com o Pai antes da fundação do
mundo ?
23 - Pci que a CAUZ e um ml&téAlo pata o& podeA.es deste, mundo?
24 -PoA que a mulheA. e a glÕAla do homem e a IgAeja é a glÓAla de.

.4-
25 - POA que. a. lei. não p/LOduzia a glókia de. Peuó no homem?
26 - Como podemos óeA t/ian46o*mado& de. gtotáa em g£5>ú.a ogoAa?
27 - Quo£ a dt^eAença en£te a gtÕiÃa da tei. e a gtoiia de. OiÁAto?
28 - POA que. CfiÃ*to em no* e. a eópeAanca
t * *£ da
•^ aXÃtiÃja?

29 - Qua£ a tígação entóe imagem e g£âA>ta?
. W ;
30 - POA. que a 4ubm/có.&ão p-toduz g£ÕA>ca? ;

37 - Peicteva o ccc£o de gloiía, mo&tnando a &ua oiigem (Peuó, o Paxl

32 -O que. e a glÓftÂa de Peuó?


33 -Pot que C^tóío e a g^Õ-^ca de Peuó e nÕó 4omo4 a g-ÊÕA-ca de (Xcó^Co?
34 -Poi que a CAUZ Aeve^a a veAdadeiAa gloria?
35 -Qua£ j^ox,, em eó^êncca, o pecado de Satanãò?
36 -Como a g£õiia de. Peuó pode óeA tnan&miti,da a outtoó?
37 -£ua£ ií0^ o Aeóuòtado da comunhão e da un-tão eníte o Pac e o Fi£ho?
38 -Como a glõ^La de Peuó -óetá aumentada at^auéó de não?
39 -Qua£ e o p£ano eteAno de Peuó na çu.ação do mundo?
40 -Como podemos maníjjeóía/t a g£Õtx,a de Peuó como Jeóuó a mani-úeAtava?
41 -Quanta* £tguAaó 6Zb£x.caó moó^Aam que a i.g*jè.ja &eAJã cheia da g£ÕA£a de
Peuó?
42 - Como podetemoó .óen-tíA o EóplAx^to da g£ÕAx,a Aepouóando éobfie. nõ&?
43 - POA que a g£ÓAxa de Peuó deue 4eA o noá4o a£vo e não apenaó a
4 4 - 0 que Peão va-t UÓOA neó-Ceó último* dia* paAa manx.)Jeó-taA a 4ua g^Õ/
45 - POA que e po**ZveJL veA a g£ÕAx.a de Peuó e não &eji paMi-cÁpante. deJta?
46 - Pé uma outAa de^-cnxccao da g£ÕAxa0

- ooOoo -

PERGUNTAS PARA REVISÃO (pgs. Z4 - 27)

0í - Qua^ó 4 ao 04 dox4 aó-óunío4 bcu>-ic.oÁ do& veJU>ZcutoA 13 e.


02 - Onde. encan-t/iamo.0 menção do euange-Cfio no 1/eXho TeAtamenío?
03 - POA. que a p-teiença de Peuó na teASux. e. boa& nouoó?
04 - Quem ^o-t o pfiÁjneÂA.0 ouvinte, do e^ange£ho?
05 - POA. que a £e-t de Mox^eó p^ecx^aua uot deporta que o evangelho $04. anun-
cíado a Abiaão?
06 - Como Matco-ó começa o -áeu evangelho? Po*i quê?
07 - Em que. &IÍLÁ paó-óo4 bãó>cco4 Pau£o njiÂume, o e.vange£h.o?
OS - Ouacó &CLO a& duaÁ dcópenóaçõe^ baá-ícai que dívi.dem a l&btLa <LnteÁAa?
09 - POA. que não naux.a apõátoJioA no Ve£ko Testamento?
10 - Qual a dí<Jetença p>u.n<u,pal e.ntA&. o* apó&tolo* do Wouo Teóíamenío e OA
do VeÂ.ko?
11 - ô que. e o evanget/io e poA que aú<wnamoÁ que, e£e pode 4«/t encontrado em
toda a KLbtia?
12 - Como 4abewo4 que atgunb kome.no, meimo na dcópenóação da £e>c,
uma A.eve£ação (tatve.z poACAat) do e,vange£ho?
13 - Po t que. podemos a^ÀAmoA. que. o evangelho e^tã peJtdido hoje.?

-5-
14 - Que. t*.po de. wúttó.té^u.o *e4poA£ee/iã quando o veAdadèÂ/io evangelho
leó&wÁado?
15 - Quat a tígaçao e.n&ie. a p/iome-tóa que. Peoò $e.z a AbAoõo e o evonge£fio de.

H - ?oi que. o evonge£no &ão booó novoi pana. nó&l


17 - Pon. que. o evangelho é. chamado "a palavJta da verdade."?
lê - Po i que. não temo& uma -cg/te/a como a de. Á£o4 hoje. e. o que. Peito VOA,
zeA pana A.e^tauÀã-ta?
79 - Po/i que- Jeóttá jjox. o píumeÂAa apÔàtoto?
20 - Vou que. e. únpoAàZveZ p/tegat o veAdadeÂAo evangelho 4em uma tue.veJtaq.ao de.
Jeáuá?
21 -õ que. ac.onte.ceAJã na ^tg/te/a e no mundo quando o evange£no pu/u? £01 ie.-

22 - Quat a dL Detença bãó-cca e.nti& a e.vangeJth.0 e. toda* a& outMÁ &onmat> que.
Ve,uò
23 - Como podemos -áe/i teAte.munhai> VÍ.VOA do e.vangeJtko?
24 - POA. que o evangelho noje, con<s>úíe pAx,ncx,pa£meníe de doa<vujaa mo-tía?
25 - PO/L que o euange£ho não eAa apenai uma dout/úna pa/ia 04
26 - O que pt.ecxcóamo.0 no j e pa/ia podetmo^ man^eá^Éat ao mundo o
euange£no do
- ooOoo - . ' • . .

PERGUNTAS PARA REVIS/ÍO (pgs. 27 - 32)

01 - OuaZ o ó-tgnx.jj-ícado da exp/te4áão enconítada em E<{éóxlo4 7 í 13:


da
02 - Poi que a ên^aáe do mov^menío peníeco4ta£. em gesiat não e
03 - Mo4^te a legação enteie o E.6p2/tc£o, o euange£no, a ptomewa e a hesiança,
04 - Qual a pa-tte mocó xtmpo/tíaníe da p/tomeó4a que Peão <$ez a Abraão?
05 - Po-t que o Eáp<>^^Co e o cump^-tmen^o deóía
0 6 - 0 que é a no&í>a he-^ança?
07 - O que e a to.HA.0. prometida?
OS - Pata que Deuó que/i um pouo e uma
09 - POA. que não -iomo* uma bênção pa/ia toda& at> nações ago^a? (Pe£o meno4
como de.vesu.amoA
10 - Como podemos no^ ío^nat keJideÀJw* da ptomeá-óa?
n ' - ^ua£. o deócendeníe de Ab/taao que feetda^ca a p/iomeó4a <$e^ta a e^e
Peui?
?2 - O que eia e-4-ta p^iomeóia? í Em duai
13 - Pot que não ptec-úamo-ò cump/tct a £ex. pa/ia /tecebe/t o
14 - Em que do<.4 4en^cdo4 ptx,ncx,paú Uaque jjox. uma j^guta de
75 • Po -t que Pctu£.o p/iegava que o euange£no e^a a p/iome4-6a "$e>c£a a
pau"?
í 6 - Como que. riÓA, Qe.ntA.ot>, no4 ío/tnamo4 co-pa^tccx.parU:eò com OA judeu* da
^e>tia a Âb/utão?
í 7 - Em que 4 en£tdo a uúía eíe^tna é mucto macójjue ojpeAdão do& pecado-6 e a
de um dx!.a monan. num ^cndo -£OA. -Cã no céu?
- Poi que o E-ópZ/u-to e o pennoA. da no^^a herança?

-6-
79 - QuaC a tigação enfie. o EApZnÁtô da. prome**a e a. re**urrex,ção? (Mo*ire
vorx.0* oópecto* deAta.tigac.ao)
20 - Quat é" o no** o deÂtino e como cnegorewo* tá.?
27 - Por. que. o povo de__Peu* 4 em a -terra não *a£t*óaz o co/iaçao cie Peu* nem
cumpre o 4 eu ' ;

22 - Quat* *ão o* -ttê* e-fcemento* nece**átto* pata o cumprónenío cio


io de Peu*?
2 3 - 0 que a -terra repre*enta para no* ho/e?
24 - Por que Peão tem tanto an&eÁo pana. teA um povo e uma teMia?
2 5 - 0 que e a g£Ó/u.a que Je4U6 tinha com o Paxl e que nÓA p/Lec/cóamoA a£can-

26 - Qua£ é o cx.c£o duta glória? (Onde começa e onde


27 - Que ofaje^tcvo o E&pZnÃto Santo queA a£ccinçat attauéó da Aua aíuação na

2 S - Po^ que ^lendeA gtôiia ao FÁtko é o me4mo que -^.endet gfõiia ao Pac?
29 - Po^ que ao man-c^e^íaç.õíeá e doítò do E^pZt^to na -igsiija koje. não &>tão
^ão úte-có como podeAxam
30 - Mo&tsuí. a -Legação entA.e a íe/t^a, o -relacionamento pe/t^e^to e o

3 J - Q.^^ ^ díj5eA.ença piA.ncA.pat ent/te um A.e£ac-conamenío na ca/ine e um


cA.oname.nto no EàpZtáto?
32 - Qua£ e a no^^a mctco^ de^e^a. conota 0-6 ataque* de Satanãá?
33 - Poi que Jeóuò tenha tanta autoridade, tobtie. Satanãó?
34 - Oua£ a baôe de -todo ve/idadexAo A.e£acxConameKito no
35 - Pot que 00 no^4Oó deiActaó e ^/taquezaó 4ão -ónpo-^taníei paAa o no-i-òo
no* piopÓ.á.cto.6 de Peuó?
36 - Como pocíemo-ó conít/ífauxA paAa a edíi$x.cação da caóa de Peai agoia?
37 - Oua£ a -ttcjaçào entA.e a ^teAAa e o

- ooOoo -

PERGUNTAS PARA REVISÃO (pgs.' 32 - 36)

07 - Oaa£ a dc^^A^ça en^te a função do E&p4Jút.Q como 4e£o e como pecinoi?


C 2 - Pe/icAeuíi a ttan-í^o fonação que. o EApZtúto v/em e^eAwi em nõó.
03 - PO/*L que o derramamento do EipZ^cto enuo-£ue ioda* a* pe*-6oa* da -ttx.n-
dade?
04 - Por que Je*uó ^atou &oí~Ae. o EApZnÃto quando o* d-còcZpuíc* tko, peAgun-
o rexlno?
05 - Em a^e. .áeRtídc a ensaie río* judeu* e*£ava estada? Em que *ení^do ano*~
*a enífa*c (como gentio*) e*;ta.
Oó - POA. que a entrada no A.ex.no e pe£a CAUZ?
07 - Por que. a única maneÂJia da CAUZ opewtA em no* é attaue* do
Oí - Q.n^»i -ião o* ,U£no* do* pA.Of$eXa*?
09 - Q.ua£ a dc^erença ptujicJLpat entte o evange£/io de Luca* e o de João?
70 - Qua£ o *Xgn-í,<$xlcado da paÊau/ut " zonéotadoA." em João 14:16?
11 - Por que p-tec-áamo* de do^* "paracteto*" ou advogado*?
72 - Por que a* E/icyLctura* aparentemente confundem a* j{unçõe* da* ire* pe*-
*ca* da ;t/u.ndade?

-7-
73 - Vê. que. tneA co-cóoó o E&puJjo convence, o mundo?
14-0 que. o £ato de. Jeóoó -Ui pafia. o Pai tem a. ue-t com o E&pLnJjto convence*.
o mundo da
IS - Como o EòpAAÁto convence, o mundo do juZzo?
H ~ Como 4abemo4 que. 4omo4 &<LlhoA do4 p/io^eíaò?
77 - Qual a Legação que. 04 piofietoA fazem en#ie o E4pZt/6£o e a
H •- ?ofi que. Eze.quA.eA. fiala àobfie. a teMa. logo deporá de úalasi 4obie o E&pL-
HJuto no colação (Ez 36:24-2B}?
79 - Qual o pn.opoí><ita do deAHamame.nto do E&pbvuto cegando o pto^eía Joe£?
20 - QuaÀA 4ao os duaó pasiteá de. E£ít><Lo& 1?
21 - QUOÂA ^ão ao titeA dívÁAÕeA da ptUmeÁna
22 - QuaÃA 4õo 04 Á.Yu.cJLot>, meÃ.oA e jj/cnó doo
23 - í^ua£ e o ie.&Jião que. e.ncon&imoí> no &4m de
24 - QIULÍ& &ào 04 ttêó ponto* de v^óà-ta no-á qua-óá e£aô deócAeuem o p*opÕó>t-
to de Pettó na no44o Áatvacão?
25 - (^aa£ e o penliot da no44o neAança?
26 - Qual e. o pe.nh.on. da keAanca de. Peão f
27 - (^ao£ e o ptLOpÓAsuto da no44o redenção?
2 S - Pci que Peu4 não 4 e /cníeAe44o em apenoá -tecapeAOA. o homem do4
da queda?
29 - P o K que. 4omo4 ^mpo-ttonteà pota Peaòf
30 - Pot que a ensaie da ma/toix^i icíoó ^Qfie.jO& hoje. não e4-tá de acordo com
poó4agen4 em E(Jé4-co4 J?
37 - Qua£ a ma-co^ nece44-cdode do povo de Peaá ho/e? Po-t
- ooOoo -

PERGUNTAS PARA REVI S AO (pgs. 3 7 - 4 1 )

07 - Pé qae con4Xxòíe a 4egundo po^te de E|Jé4x.o4 7 f


02 - 0"-ax^ 4ao 04 xfz.e4 poó4o4 nece44Ó^co4 paAo uma v/tóão de Peu4 4eA colo-
cada em p-^tccaf .
03 - O que. e oiacão psiofiática?
04 - Pon. que. a oiacão pJto^ítica e -ânpoé^ZveÂ. 4em v/cóão?
05 - Como Pact£o 4empte começa oó 4aoó oAAçõeó?
06 ~ QUOAA 4Õo 04 4-cgn^^cado4 da exp^e44Õo maAavx£ho4a: "o Pa£dono440 Se-
nno^. Je404 OtÀAto"?
07 - PO/L que Pauto cnama Peuó de o "Poí da glÔtiía"?
08 - O que. é a í>abe.do>iia veJidadej.ua?
09 - Como podemo4 /tecebet e4ta 4abedoAx.a?
í O - Oua£ a dc^etença en£te a poCav^a de conhe.cAme.nto e o palavra de. 4afae-

7 7 - POA. que 04 o£no4 do no44o conacão 4Õo moc4 ^wpoAAiníe4 que 04 o£no4 da
no44a meníe?
72 - Qua£ a d^áetença en£te a ije e o amo^ no veAáZculo 15?
73 - Que vuAtude Pau£o o/iava pana lPeu4 concede/t ao4 e^e4x.o
74 - Relacione oó ^têó v-ótíude4 í^e, eópe^ança e amo^-J com o ;tempo (pa44a-
do, p^eòeníe e

-8-
75 - Vou que o cânon e a mcu.cn doa fiei?
16 - Vou que. a eàpeAança é -tão .unpo Atonte?
17 - Vou que. a eòpetança e. a $• um && nð ex/óátMão ma/06?
l B - POA. que. o povo de. Peão não tem eápeAonça?
7 9 - 0 que e a n^Aa e-ápeAonça?
2 0 - 0 que e a "no^áa" heAanca (v 14) f
27 - O que e a ".áua" heAanca (u. I S ) ?
22 - POA. que no ^xón 4e toA.nam uma co-cóa .óõ?
23 - POA. que pA.ec-c6amo.ó do eáp^Axlto de A.eue£acão pata teAmoA e^pe/tonça?
24 - POA. que é miúto xúnpoAtante buócaAmo-ó A.eve£acão da no-6-ia neAança ago/ia
e não mxá con^tentaA. apenaò com a -óa£vação?
25 - POA. que pA.ecxCóamo4 e^pe/iança pata
26 - Qua£ a /te£ação en£te E&pÀMJLto e
27 - Que £cpo de yuó^cça o E^pZ/w^to no4 j$az agua/tdaA. com j$ome e ajtóxedade?
2í - Pci que a j$é que alcança eóta juóíxlça não ope-ta -iem o cânon?
29 - POA. que o E&pZnlto p/toduz e^pe^ança em nÓ4?
30 - Poi que a eópeAança e nece4.áát/áx pa/ia a ){é aCcançaA. 4ea ob/e^tóvo?
37 - fe6cA.eva o pioceá.òo que começa com o Eápl/t-t£o e -te>urU.na com a j'a&£Cca
de t?euó em nóV (6£. 5:5,6).
32 - Segundo Romano^ 7 5 : 7 3 de onde procede o EápZ^cto Santo?
33 - POA. que a ^aLta de e^peAança pA.oduz ^a£ta de amoA. tombem?
34 - Como o capacete da eápeAança no& pn.ote.ge. contta 04 ataque4 de Satanãó
em no44aò menteá?
35 - Como -coto a^eta o no-ô^o amoA. e a no^^a ^é?
3 6 - 0 que E(Jéòxto4 2 : 7 2 dxlz ^ob^e a peò^oa que não tem
- ooOoo -

PERGUNTAS PARA REVISÃO (pgs. 41 - 44)

Q J •-' Quacó -òão 04 tA.eá CO-ÍAOÓ que PaaCo pede a Peuò paAxt ,áeA.em A.eve£adaá
aoi
02 - Qua£ a -tcgaçàc entte 00 duaó pAxjnexAa6?
03 - Quaê a 4eqaencx.a daó tA.êò?
04 - O que unpe.de. o pó deA de. Peuó de agxA em nÕ-ó?
05 - POA. que não ê .óu£{.ocente apenaò expeAxjwentaA. o podeA. de Peuó? O que e
neceó4ÓAx.o a€em da expeAxencxla do podeA:?
06 - POA. que a expA-eó-áão "pata com o* que. cA.emo4" (v. 79) é tão
07 - Onde. Ou-áto ^e encontra aá-áentado agoAa apÓ4 4ua A.eóAUAAe-cção?
O B - Como e£e chegou £á?
09 - Quax-4 ai quatA.0 poêouAAó que Pau£o uòou paAo de4CA.eueA. 04 podeAeò que
goueAnam e4te mundo?
10 - POA. que nada pode no-á ^epa/toA. do amoA. de Peão?
77 - Quocó 4ão oò tA.£ó poÁ^cçõe^ geogAÓ^-t-coó Õó quo-ú E)$é4x.o4 3:70 ie A.e^eA.e?
72 - <2ua£ e a função do -ígA.e/o segundo e^ite ueA4Ícu£.o?
73 - Neito £uta contto ao poteátadeó o 1 que Jeáuó ^ez e o qae e^e deixou pa-
AO a

-9-
7 4 - Como podmoA Inicia*, teta tat&fia?
75 - Qual deve .óeA a nob&a. motivação nteta gue.tAa?
H - Sn 04 ptÃnc-ipadoA e pottetadte ^otam cAiadoé pofi CtÂAto e pana Oiiòto,
pá t. que %ão í.núnigo& de£e agaia?
77 - Como CsúAto tsuunfau Aobtie. a& pottetadte?
IS - Pon. que. Pauto e Pedto nunca oiom uma palavia &Ó patia de^»uA te&te do-
nu.nA.oA
79 - Qual a detença ptúncJLpat e.ntA.e. o goveAno dtete. mundo atuuat e o go-
ve.Jtno do mundo ví.ndousw?
20 - Quaú> 4 ao ao &ite co/ciaó pfiA.ncA.paAA que. o podeA. de Peão £ez com
27 - Po>t qae Ovu>to ptec/cáa da ^gteja pata 4e/t £udo em íodo4 e dornóiat to-
da* a&
22 - Onde o A.e^no de Peão ptec-tóa começat? Po/t quê?
23 - Qaa£ a dc^eAença entte a ft&l>zcão de, Ctí&to com a -újie/a e áaa
com o fiteto do
24 - Qu&m VOA. enc/ieA tudo em todoà? Como?
25 - Como a -újie/a é capacitada agoia pata contAÀ.buÀA com tete. piocteAo de
todat> ao co/cóaò debaixo doa pé4 de
26 - Pon. que Ciíòto e a >cgA.e/a -têm que 4CA unidoA pata o e^teAno p>iopÓ&<ito de
Peuó ieA cumprido? (Pê uma /twpo^ta otú.g<inal pata teta peAgunta]

- ooOoo -

-10-
UM E ST U D

ICROSCOPICO

DE E FES l OS

PARTE 2: CAPITULO 2

por John Walker


NOTA EXPLICATIVA

Quase um ano apôs a publicação da primeira apostila da série "Um


Estudo Microscópico de Efésios" estamos apresentando a segunda apostila
desejando ardentemente que Deus a use em sua vida. O objetivo desta sé-
rie de estudos intensivos do livro de Efésios não é apenas dar um enten-
dimento melhor deste livro maravilhoso, mas também mostrar o valor deste
método "microscópico" de estudar a Bíblia.
Como você deve ter notado ao estudar a primeira parte, nosso método
de estudo é através da análise e estudo em profundidade das frases e ex-
pressões importantes de cada versículo. As vezes uma frase importante
nos leva do princípio ao fim da Bíblia em busca do seu verdadeiro signi-
ficado. O nosso propósito aqui não é obter uma visão panorâmica e sim
perceber a profundidade da Palavra de Deus.
No inicio pensávatnos que o material sobre o primeiro capítulo seria
muito mais extenso do que o dos outros. Planejávamos incluir os capítu-
los 2 e 3^nesta segunda parte mas tivemos que mudar de ideia. O capítu-
lo 2 não é tão rico corao o capítulo l em variedade de assuntos abordados
(seria difícil achar um capítulo na Bíblia comparável a Efésios 1),mas é
cheio de revelação sobre um assunto principal: A graça de Deus manifes-
tada através da cruz de Cristo trazendo paz aos judeus e gentios,unindo-
os em uma só casa para a habitação de Deus. Como você pode notar, este é
um assunto de tremenda importância para a igreja do Senhor hoje,pois vi-
vemos nos dias da realização deste plano eterno de Deus. Portanto, espe-
ramos que você estude este capítulo com um novo interesse, pois cremos
que não representa apenas um acréscimo no seu conhecimento bíblico, mas
principalmente uma palavra profética para os nossos dias. A graça que
foi tão maravilhosamente manifestada no Senhor Jesus e na sua igreja nos
dias de Atos se perdeu durante a história da igreja. Mas Deus quer reve-
lá-la novamente hoje para levantar uma igreja vitoriosa antes da segun-
da vinda. Lutero, no meio de grandes conflitos pessoais, recebeu uma re-
velação da graça através de estudar os escritos de Paulo e outros. Isto
revolucionou a história do mundo com resultados que nos afetam até hoje.
Vemos assim o poder que há na Palavra escrita junto com uma busca since-
ra e a iluminação do Espírito Santo. Abra seu coração para a possibili-
dade de Deus o iluminar poderosamente ao estudar este capítulo tão im-
portante, pois ele quer levantar muitos Luteros para sacudir o nosso mun-
do de hoje.
Ao contrário da primeira apostila, nesta colocamos perguntas para re-
visão pois nos estudos em grupos ajudam a participação de todos, a dis-
cussão e a fixação da matéria. Por isto, temos agora também ã sua dispo-
sição perguntas para a revisão do capítulo 1. Se desejar, escreva-nos e
nós as remeteremos. Queremos ressaltar que nesta apostila a posição das
perguntas não indica necessariamente uma mudança de assunto, porem visa
mais a quantidade da matéria a ser revisada (o suficiente para formular
entre 20 e 30 perguntas).
Como sempre, queremos alertar o leitor quê não receberá o proveito
necessário se apenas ler esta apostila como uma mensagem qualquer. Para
realmente assimilar a meteria nela contida, você deve estar com sua Bí-
blia aberta, lendo cuidadosamente todas as referencias (como foram lidas
na aula), pois você não entenderá bem o assunto sem meditar nos versícu-
los. Além do mais, se você fiz&r assim Deus lhe poderá revelar muito mais
do que está contido nesta apostila.
Esperamos publicar os próximos números desta série com menos demora.
Quase toõa a matéria já foi copiada das fitas gravadas das aulas mas a
sua elaboração é muito demorada. Ore por nós. Se desejar outras cópias
desta apostila ou da primeira escreva para o endereço no fim desta apos-
tila (antes da música).
Terminando, desejamos que cada pessoa, ao estudar e meditar nesses as-
s-ntos, seja iluminada pelo Espírito a fim de alcançar revelação na Pala-
vra e ser desta forma aperfeiçoada para ajudar a construir a casa de Deus.

Rubiataba, 21 de outubro, 1983


EFESIOS 2

O capítulo 2 de Efésios se divide em duas partes. A primeira é formada


pelos versículos de 1-10 e seu tema principal é a graça. No fim do capítulo
l Paulo chega num ãpice impossível de ser superado - não se pode ir mais
alto. Por isto, no capítulo 2 ele volta e examina em mais detalhes cer-
tos aspectos já mencionados.Ele deixa o assunto de corpo, cabeça e plenitu-
de de Deus,e começa a desenvolver mais o assunto da redenção dos nossos pe-
cados que tocara rapidamente no capítulo 1:7. A Palavra de Deus é como uma
sinfonia; há uma elaboração de vários temas que aparecem e desaparecem em
várias combinações e ordens. Depois de alcançar um clímax, volta ao início
novamente e começa a preparar-se para o próximo cume.

PRIKEIRA PARTE: GRAÇA (W. 1-10)

V.l: "Ele vos deu vida3 estando vós mortos nos vossos delitos e pecados...1'

As palavras "Ele vos deu vida" não estão no original. Os redatores as


acrescentaram para completar a frase gramaticalmente e assim nos ajudar.
Mas devemos entender que isto foi uma ajuda humana. Paulo tem este proble-
ma: Ele flui com tanta unção que se esquece das regras gramaticais. "Ele
vos deu vida" só devia aparecer no versículo 5. A idiia dos três primeiros
versículos & de morte; por isto não & certo por enquanto falar sobre algo
positivo. Primeiro devemos entender o aspecto negativo (morte), para só de-
pois entrar no aspecto positivo (vida).
Sem arrependimento não há alicerce sólido para a verdadeira salvação. O
problema do cristianismo hoje e que temos muita pregação sobre salvação
(graça barata) e pouco arrependimento, resultando em conversões superfi-
ciais e sem raiz. Ê necessário aceitar o aspecto negativo primeiro para
descobrir a nossa situação. Nestes três primeiros versículos o quadro e
preto; nada há de vida ou esperança, só morte e perdição. Portanto, sem o
acréscimo dessas palavras, o início do capítulo ficaria assim: "E estando
vós mortos nos vossos delitos e pecados..." (No grego há a conjunção "e").
As palavras "vós" (v.l) e "nós" (v.3) se referem a mesma distinção que
vimos no capítulo 1:12,13: nós - judeus; vos - gentios. Paulo era eminente
representante dos judeus, fariseu dos fariseus, formado na escola de Gama-
liel (At 22:3; 23:6; 26:5; Fp 3:5). Ele era judeu mas estava escrevendo aos
efésios que eram gentios; por isso usou os termos "nós" e "vós".
O problema dos judeus e gentios é muito importante. Há uma grande divi-
são e contraste através da Bíblia inteira entre o povo escolhido de Deus
(os judeus) e os outros povos da terra (os gentios). Os judeus eram um povo
privilegiado porque tinham a lei, a Palavra de Deus, e o conhecimento da
verdade. Os gentios não tinham a Palavra e nem o conhecimento de Deus. Eram
compostos de várias nações, com línguas e costumes diferentes; tinham mui-
tos deuses, ídolos e imundícia, e viviam em ignorância e escuridão. Os ju-
deus estavam perto de Deus porque tinham sido escolhidos para ouvir a sua
Palavra, mas os gentios estavam longe dele.
Através do seu ministério, Paulo sempre procurava mostrar que ambos os
povos estavam em problema e precisavam de uma solução. Ele via em Cristo a
união dos dois para formar um só povo de Deus. Os judeus apesar de terem
recebido a lei de Deus entraram em orgulho e justiça própria. Os gentios
tinham idolatria, superstições, espíritos falsos e sabedoria humana. Ambos
estavam distantes de Deus e precisavam ser reconciliados.
Temos o mesmo problema hoje — os cristãos cheios de conhecimento e

-l-
justiça própria, e os incrédulos com seus pecados, imundícia e trevas. Os
cristãos, como os judeus, parecem estar mais perto de Deus porque têm a Bí-
blia e conhecem a Palavra de Deus; no entanto não praticam a justiça e a
santidade. O mundo espera pela palavra viva mas o povo de Deus sõ tem dou-
trina e teoria. Tanto o mundo quanto a igreja estão em problema e precisam
de uma solução.
Romanos e Efesios têm este mesmo tema - a reconciliação dos dois povos
em Cristo._ O povo que_ tem a < lei está em problema e o povo que não a tem
também está. E a solução é a graça de Deus em Cristo que faz com que ambos
sejam reconciliados com Deus, terminando com a separação e inimizade que
existem entre eles. Nunca achei que o assunto de judeus e gentios fosse tão
importante no livro de Efesios, mas agora estou percebendo como é fundamen-
tal para o entendimento da graça de Deus.
Rm 2:9,10,27-29; 3:29-31. Segundo RoaSanos 2:29, judeu é aquele que cum-
pre a lei no Espirito. E preciso estabelecer a lei de Deus e não se esque-
cer dela (Rm 3:31). Mas para estabelecê-la, precisamos entender o problema
dos judeus e gentios. Hoje, como naquele tempo, encontramos os dois lados
da questão, mas ambos estão errados e precisam de solução. Um lado enfatiza
o legalismo enquanto o outro prega a graça barata. Salvação não ê crer que
Deus nos perdoa e depois viver fazendo a própria vontade. Também não é or-
gulhar-se em conhecer e pregar a lei, tentando cumpri-la com os próprios
esforços. Salvação é cumprir a lei pela graça de Deus. Os judeus represen-
tam a lei e os gentios a graça. 6 necessária a união destes dois fatores, a
lei e a graça, a santidade e a liberdade, para ter o poder de Deus. Santi-
dade sem liberdade produz legalismo e liberdade sem santidade produz liber-
tinagem. Por isso, o assunto de judeus e gentios é tão importante no capi-
tulo dois, pois representa a união da lei e da graça na base certa — graça
para cumprir a lei e não para ficar livre dela.
Hoje estamos no meio de uma grande restauração da palavra de Deus. Ela
precisa ser restaurada em sua totalidade, do inicio ao fim. Para entrarmos
na verdadeira prática da justiça de Deus, que é o alvo da nova aliança,
precisamos da lei e da graça unidas na proporção certa. Á revelação desta
união há de ser a solução tanto para nós que estamos perto quanto para o
mundo que está longe.
Vemos, então, que Paulo sempre se refere ã necessidade de ambos os po-
vos quando prega a graça. Ele faz questão de mostrar que não só os gentios
(vós) mas os judeus (nós) também precisavam da graça.

Vv. 2,3: ''...nos quais andastes outrora3 segundo o curso deste mundot se-
gundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos
da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo
as inclinações da nossa oarnet fazendo a vontade da carne e dos pensamen-
tos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais."

0 versículo 4 começa o lado positivo falando da solução que Deus nos


concede pela sua grande misericórdia. Mas antes de chegar neste assunto
precisamos destes três versículos negativos para entendermos bem a nossa
condição desesperadora. E esta condição ê universal — tanto para "nós", os
judeus, como para "vós", os gentios. Todos nós andamos pelos mesmos cami-
nhos, tanto os que tem a lei como os que não a têm, e sem a misericórdia de
Deus todos estariam perdidos. Enquanto não entendermos isto, não estamos
prontos para ouvir o lado positivo.
Examinemos agora ò versículo 2. A palavra "mundo" tem quatro sentidos:
1 -A terra física (Jo 9:32),,
2 - 0 povo, os habitantes da terra (Jo 3:16)4
3 - As coisas materiais, riquezas, e bens (í*Jo 2:15-17).
4 - 0 sistema que governa este mundo (Ef .2:2).'.

-2-
A expressão "o curso deste mundo" usa o quarto sentido da palavra. Es-
te mundo é governado por um sistema, por um reino. Existem dois reinos c
dois espíritos — o reino de Deus e o reino de Satanás, o Espirito de Deus
e o espirito de Satanás. O reino das trevas é um sistema rebelde que tem um
rei — Satanás, "o príncipe da potestade do ar". Desde a queda do homem ele
dirige e administra este mundo dê acordo com a sua vontade numa determinada
direçao e com um determinado propósito, denominado por Paulo de "o curso
deste mundo". Todos que não seguem a Jesus estão seguindo a Satanás: não há
uma posição neutra. Não há três reinos - ou você está no reino de Deus, sob
sua autoridade, ou .você é súdito de Satanás e e levado pelo curso deste
mundo a fazer a vontade dele. Jesus afirmou em João 17 que os seus discípu-
los estavam no mundo mas não eram do mundo. É possível estar aqui no reino
de Satanás mas não ser sujeito a ele, através de ser transportado no espí-
rito para o reino de Deus.

As pessoas mais difíceis de serem alcançadas por Deus são as que são
naturalmente bondosas, justas e amáveis, mas não reconhecem o senhorio de
Jesus sobre as suas vidas. Elas acham que estão numa posição neutra - nem
pertencem ao domínio de Satanás nem ao reino de Deus. As vezes são muito
caridosas, não fumam, não bebem, cuidam da família e são honestas nos negó-
cios. Não seguem a Satanás abertamente e nem cometem pecados grosseiros mas
também não nasceram de novo nem seguem a Jesus. Estas pessoas estão engana-
das pela sua própria justiça a pensar que não estão servindo a Satanás,
quando na realidade quem não está no reino de Deus está seguindo o curso
deste mundo e servindo a vontade do seu príncipe. Deus quer pessoas quentes
ou frias mas abomina as mornas. Ele gosta de pessoas frias porque podem re-
conhecer sua situação e escolher uma solução. Ele gosta de pessoas quentes
porque estão do lado de Jesus. Mas a mornidão é algo que ele detesta.

"...o príncipe da potestade do ar..." Satanás governa este mundo a par-


tir da sua sede nos ares, acima de nós porém abaixo dos lugares celestiais
onde_ Cristo está assentado. Este é o motivo por que temos tanta luta em
oração. Não é qualquer oração que pode passar pelas regiões dos principados
e potestades e alcançar o trono de Deus. A oração tem, que .ser "quente",
cheia de fé, baseada, na justiça e no sangue de Jesus, em harmonia com a Pa-
lavra de Deus, e ungida com o Espírito Santo para passar por estes domínios
de Satanás e chegar ao trono de Deus. Do contrário, as autoridades demonía-
cas pegam a oração e a jogam para longe.

"...do espírito que agora atua nos filhos da desobediência..." Satanás


e um espírito desobediente e rebelde e todos que se rebelam-contra autori-
dade são filhos dele que pertencem ao seu sistema. Ele é desobediente e a
origem da desobediência; po.r .isso quem ê desobediente é filho dele. Ele se
rebelou contra o Criador e agora atua nós homens através do seu espírito
rebelde. Segundo a carne, todos nós somos filhos de Satanás pois por natu-
reza temos um espírito egoísta, teimoso e desobediente. Queremos tudo para
nós mesmos e não queremos nos submeter a ninguém. Ê através deste espírito
rebelde que Satanás exerce seu governo no mundo.

Vamos agora fazer um diagrama do nosso ser para entender melhor como
Satanás nos domina e como Deus nos conquista para o seu reino.

Contato com Deus

Centro de Decisão

Contato com o Mundo

-3-
Este e um diagrama do nosso ser, dividido em três partes: espirito, al-
ma e corpo. O corpo tem contato com o mundo e com este sistema que nos cer-
ca. Dentro do corpo temos a alma com as emoções, o intelecto e a vontade.
No mais interior temos o espírito que foi criado por Deus para ser o nosso
meio de contato com ele. Deus & Espirito e ele criou o homem ã sua imagem
com^um espirito que pode se comunicar com ele. Depois da queda do homem Sa-
tanás tem dominado a humanidade através de apelar para as paixões e concu-
piscencias do corpo. O sistema do mundo entra pelo corpo e domina a alma,
sufocando o espírito que fica impedido de ter contato com Deus. Quando isto
acontece o espírito tem abertura para a operação de outros espíritos. Sem
união e comunhão com o Espírito de Deus o nosso espírito não tem força para
resistir aos espíritos maus e tornamo-nos escravos de Satanás. Paulo falou
"do espírito que agora atua nos filhos da desobediência". Quando somos de-
sobedientes pensamos que somos donos de nos mesmos e totalmente independen-
tes, mas na realidade estamos sendo dominados pelo espírito de Satanás.
Satanás i um espírito desobediente, ao mesmo tempo inteligente e louco,
que governa o mundo físico. Ele contamina o corpo e a alma através das coi-
sas materiais para sufocar o espírito e nos separar de Deus. Ele sabe que é
através do espirito que nos achegamos a Deus e por essa razão usa o corpo
ou a alma para sufocá-lo. Algumas pessoas são atacadas através do corpo e
outras através da alma. De qualquer forma o objetivo é alcançar o espírito.
O versículo 3 diz: "...fazendo a vontade da carne (o corpo) e dos pensamen-
tos (a alma)..." Muitas pessoas não bebem nem fumam e nem cometem pecados
contra o corpo, mas têm a mente cheia de orgulho e vaidade.

Satanás opera de fora para dentro enquanto que o Espírito de Deus age
de dentro para fora. Quando nos convertemos nosso espírito une com o Espí-
rito de Deus e nesse ponto inicia-se a batalha — o espírito de dentro lu-
tando contra o espírito de fora. A alma decide a qual espírito vai ceder.
Quando^cede ao que vem de dentro há louvor e fruto do Espírito; do contrá-
rio, há desobediência e egoísmo. Se este espírito de fora dominar totalmen-
te, a pessoa ficará endemoninhada. Se o espírito do mundo não obtém o con-
trole total, a. pessoa não está possessa por Satanás, mas está sendo gover-
nada por ele mais indiretamente.

Deus alcança o nosso espírito pela sua palavra que é sua própria pes-
soa. Quando a palavra de Deus chega ao nosso espírito é o próprio Deus que
está operando em nós. Da mesma forma como ele criou o universo através da
palavra, também vivifica o nosso espírito pela palavra. A palavra de Deus é
o seu Espírito. O seu Espírito está na sua palavra. Não há maneira de sepa-
rar o Espírito da palavra. A palavra e o Espírito constituem um só Deus. Ê
por esta razão que a palavra de Deus tem poder para unir nosso espírito no-
vamente com o Espírito de Deus.

É muito importante notar a diferença entre a maneira de Deus operar e a


maneira de Satanás. Satanás chega ã pessoa apelando ao corpo e as suas pai-
xões e concupiscencias, para assim alcançar o domínio do seu espírito. Deus
chega apelando ao mais interior da pessoa, o seu espírito, para a partir
daí alcançar o domínio da sua alma e do seu corpo. A palavra de Deus não
apela ao corpo e nem a alma. Se ela não alcançou o espírito, a pessoa ainda
está sob o domínio de Satanás e a obra de Deus na sua vida nem começou.
As igrejas hoje estão cheias de cristãos nominais que não conhecem Je-
sus pessoalmente — aceitaram as doutrinas da igreja, a Bíblia e as formas
religiosas mas nunca foram tocadas por Deus em seus espíritos. A palavra de
Deus chegou apenas as suas almas, produzindo uma convicção mental, mas nun-
ca trouxe vivificação e união coro Deus em seus espíritos. Estas são as pes-
soas que já mostramos serem difíceis de ter uma experiência com Deus. Estão
seguindo o curso deste mundo, governadas pelo espírito de desobediência e
egoísmo, mas não são conscientes disto por acharem que o conhecimento men-
tal da Palavra i suficiente para a salvação.
Quando o nosso espírito é revivificado pela palavra de Deus e unido no-
vamente com o Espírito de Deus, há uma atuação de dentro para fora. O alvo
de Deus é dominar completamente a alma e o corpo. Sem o Espírito de Deus o

-4-
nosso espirito não tem força suficiente para lutar contra o espírito que
age no mundo e nos ataca através do corpo e da alma. Mas a união do nosso
espirito com o Espírito de Deus dá-nos força suficiente para rejeitar as
influências de fora e santificar a alma e o corgo. Porem, há um problema.Se
a alma resistir ã operação do Espírito, este não poderá invadir o resto do
nosso ser. Infelizmente, esta é a situação da maioria dos cristãos hoje.
São convertidos mas não vitoriosos. São justificados mas não santificados.
O espírito nasceu de novo mas a alma não se quebrantou. A pessoa tem expe-
riência com Deus e é salva mas os resultados disto não aparecem ainda na
sua vida mental, emocional e física. Ela ainda anda segundo sua própria
vontade. O Espírito está dentro dela, porem preso pela alma que é uma espé-
cie de casca dura impedindo a sua açao.

Ê por este motivo que Satanás ainda tem poder para agir ate na igreja.
Assim como controla os filhos da desobediência, ele também controla os pró-
prios cristãos porque não deram ao Espírito do Senhor no seu interior plena
liberdade para transformar suas almas (mente, emoções e vontade). Qualquer
desobediência em nossa alma é um ponto de apoio para o inimigo, ou uma bre-
cha para o seu espírito nos dominar. A maioria de nos ainda vive em Romanos
7: "...porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse fa-
ço" (Rm 7:19). Notamos em nós a existência de duas mentes - a de Cristo e
a de Adão. Há uma guerra dentro de nós, pois queremos fazer a vontade de
Deus mas também queremos fazer a nossa vontade. Saímos de uma reunião de
gloriosa adoração em espírito e começamos a falar coisas que não convêm e a
julgar os nossos irmãos. Fazemos a própria vontade (que é a vontade de Sa-
tanás) mas queremos fazer a vontade de Deus. Por estarmos contaminados com
o espírito do mundo não temos o poder de Deus para trazer a conversão de
pecadores com convicção de pecado. Precisamos de uma conversão total do
nosso ser - um quebrantamento da nossa alma para permitir o pleno domínio
do Espírito sobre nossa vontade, mente e emoções e sobre todas as ações do
nosso corpo. Este quebrantamento não consiste apenas de um grande choro ou
de uma grande experiência emocional. Estas coisas podem ajudar mas o verda-
deiro quebrantamento é ver a vontade de Deus na prática e submeter-se a ela
em total obediência.

Assim como a maioria dos cristãos, apesar de ter seus espíritos unidos
com o Espírito Santo, não manifesta o domínio dele nas suas vidas devido ã
resistência da sua alma, a maioria dos incrédulos, embora estando sob o
governo de Satanás no corpo ou na alma, não manifesta o domínio absoluto do
inimigo em seus espíritos (não são endemoninhados). A pessoa endemoninhada
tem o espírito totalmente controlado por Satanás e não consegue mais con-
trolar sua alma ou corpo. Torna-se um robô manipulado por Satanás. Este é o
alvo final de Satanás mas é um processo e a maioria das pessoas não chega
neste extremo. A estratégia de Satanás é usar as paixões e desejos dos nos-
sos corpos para atingir nossas mentes através de televisão, livros, conver-
sas, etc. Mas o seu alvo verdadeiro é tomar conta do espírito. Mesmo quando
não são totalmente dominadas no espírito por ele, as pessoas que não foram
vivificadas pelo Espírito de Deus são seus súditos, debaixo do seu governo.
É apenas uma questão do grau de domínio. Só há dois reinos e quem não está
sob o governo de Deus está servindo a Satanás. Não existe uma posição neu-
tra.
Podemos resumir o que temos dito discriminando quatro grupos diferen-
tes: l - Pessoas totalmente santificadas pela fé em Cristo. O espírito
uniu-se com o Espírito Santo através de receber a palavra e crer nela. A
alma foi quebrantada e o Espírito domina totalmente a alma e o corpo.
2 - Pessoas endemoninhadas. Entregaram-se tanto as paixões do corpo que o
espírito e a alma enfraqueceram e os espíritos malignos entraram, dominando
a pessoa como se fosse umrobô. 3 - Pessoas que foram vivificadas no espíri-
to mas não se quebrantaram na alma. O espírito está preso. A alma e o corpo
fazem, muitas vezes, a vontade de Satanás, mas o espírito quer a vontade de
Deus. Estão sempre em guerra - o espírito de dentro lutando contra o espí-
rito de fora e a alma ainda indecisa, ora pendendo para um lado ora para o
outro. 4 - Pessoas que estão sob o domínio de Satanás no corpo e na alma
mas não são controladas por ele no espírito, pois não estão endemoninhadas.
Fazem a vontade de Satanás pensando que são livres, neutras e independentes.

—5 —
Não foram vivificadas por Deus no espírito e nem possessas por Satanás. Po-
dem até pensar que são cristãos e ter algum entendimento da palavra de
Deus na alma mas nunca foram atingidas no espírito. Não estão num territó-
rio neutro pois são controladas pelo espírito que atua nos filhos da deso-
bediência.

É importante estudarmos estas coisas para compreendermos melhor as es-


tratégias contrastantes de Deus e de Satanás, porém nunca devemos ser rígi-
dos ou inflexíveis em nosso entendimento delas. Só a palavra viva de Deus
pode dividir acertadamente a alma do espírito (Hb 4:12). O ser do homem é
um mistério que só Deus entende e podemos compreender alguma coisa somente
pela revelação do seu Espírito. Mas é muito importante entendermos os prin-
cípios gerais.

A nossa união com Cristo nos lugares celestiais acima das potestades
(Ef^l:20,21) nos dá a sua vitória total sobre as trevas e sobre a sua in-
fluencia em nós e nos outros. Temos em nós o mesmo poder que Cristo tem, e
por isto podemos dominar o reino de Satanás no mundo ao nosso redor, que
nos ataca através dos nossos corpos. Esta é a nossa herança - sentar-nos
nos lugares celestiais com Cristo. Não a possuimos na prática porque não a
entendemos. Nossa alma precisa entender que o nosso espírito está ligado
com o Espírito de Deus e descobrir as implicações disto. O espírito já está
convertido, mas a alma precisa ser salva.

A Palavra de Deus fala sobre a salvação da alma (l Pé 1:9) porque nela


está a mente, a vontade e as emoções. O espírito se converte, mas fica pre-
so dentro da mente e da vontade do homem. Por isso a alma tem de se conver-
ter; a casca precisa ser quebrada para dar passagem ã operação do Espírito.
Embora haja uma só salvação que aconteceu em totalidade na morte e ressur-
reição de Jesus, na nossa experiência ocorre em três fases. É como o fogue-
te - e um só mas pode possuir três estágios. Nosso espírito se converte num
instante quando a palavra de Deus nos alcança e a aceitamos. Nossa alma é
salva através de um processo mais prolongado em que ela cede progressiva-
mente aos desejos do espírito até se quebrantar totalmente, rendida intei-
ramente ao seu domínio. Nosso corpo será salvo num instante, num abrir e
fechar de olhos, na segunda vinda de Cristo-

Temos certeza da salvação do nosso espírito porque temos a testificação


interior que nossos pecados foram perdoados. Sentimos amor por Jesus e de-
sejo de fazer a vontade de Deus. Da mesma forma, temos certeza que nossa
alma ainda não está totalmente salva porque não podemos confessar que temos
uma vida constante de descanso e vitoria total. Ainda temos muita luta e
não fazemos a vontade de Deus em todo o tempo com paz e alegria. Em Cristo
estamos assentados nos lugares celestiais, mas isso não é nossa experiência
porque a alma não aceita. Pensamos que precisamos orar mais, estudar a Bí-
blia mais, ter mais experiência e nos santificar mais. Nossa alma resiste ã
afirmação da Palavra de Deus que a obra já foi feita na cruz e que agora é
só crer e se assentar com Cristo numa posição de vitória e descanso. Este é
o fato que a Palavra de Deus declara mas só terá poder em nossas vidas
quando houver uma revelação que mude a nossa mente. O que impede esta reve-
lação é a falta de quebrantamento da alma - ainda temos muita justiça pró-
pria, sabedoria humana, auto-suficiencia e vontade própria. Por isto a sal-
vação da alma ê um processo doloroso durante o qual Deus nos disciplina e
faz passar as suas "patrolas" para acabar com a resistência da alma e nos
levar ã gloriosa revelação da obra consumada em Cristo.

Alguns indivíduos isolados têm experimentado a salvação da alma num mo-


mento especifico e como resultado viveram vidas santificadas. Watchman Nee
e Hudson Taylor são dois exemplos. (Se você ler "O Segredo Espiritual de
Hudson Taylor" verá como sua vida foi revolucionada por esta experiência.)
Agora, porém, Deus quer operar num corpo coletivo, levando muitos juntamen-
te a essa posição. Ele quer um povo que tem esta revelação desde o menor
até o maior,pois isto trará uma revolução ao mundo antes da vinda de Jesus.
O campo de batalha entre Deus e Satanás é a nossa alma. O centro de de-
cisão está na alma porque o "eu" está lã. Não podemos ser salvos se a pala-

-6-
vra de Deus não tocar em nosso espirito e revivificá-lo, mas isto não pode
acontecer sem a permissão da alma. O espírito não pode converter-se sem a
pessoa decidir se quer aceitar a palavra de Deus ou não. Por outro lado a
alma nunca pode decidir se o espírito não for tocado pela palavra. Sua ten-
dência natural é para o curso deste mundo e $e a luz de Deus não brilhar no
espírito, a alma não pode escolher a vontade de Deus. Num sentido a alma
está escravizada, mas quando o espírito e tocado ela tem que decidir, pois
do contrario não haverá salvação. A salvação é um mistério - depende de uma
íntima cooperação entre o Espírito de Deus e a decisão da alma. Depois que
a alma decide a favor de Deus o espírito é salvo, mas a alma ainda pode im-
pedir a expansão desta salvação e criar impedimentos para o espírito.Desde o
princípio ate o fim a nossa salvação depende da atuação do Espírito de Deus
e da cooperação da nossa vontade.

Nestes versículos (Ef 2:2,3), Paulo usa duas expressões para se referir
aos que andam na vontade da carne e dos pensamentos — "filhos da desobe-
diência" e "filhos da ira". Quando há desobediência na alma o inimigo está
livre para operar no espírito. Um espírito semelhante dá-lhe o direito de
operar ali. Por exemplo, a mentira vem do pai da mentira, e dá lugar para a
operação de Satanás na alma. Â mentira é o alimento que produz o desenvol-
vimento da vida satânica em nos. Se somos "filhos da desobediência" somos
também "filhos da ira" pois passamos a merecer o mesmo castigo que Satanás
mereceu pela sua desobediência. Os "filhos da ira" são os filhos de Sata-
nás que receberão o castigo da ira de Deus. Serão lançados no lago de fogo
que é preparado para Satanás e seus anjos.

PERGUNTAS PARA REI/ISA0

01 . Pon. que. Pauto começa o capitulo 2 com um quadro tão negativo o, desani-
mado*.?
02. Pon. que. eJie. tnata do a&Áunto de. judeaá e ge.ntio& neó-te cap£ta£o?
03. Como podemo-ó ap&ócat a queÂtão de. /udeaá e ge.n£io& pana. a no&Áa. n.e.aLL~
dade atual?
04. Pofi que. a g/utça e a teÀ. ptec-úam & vi unidas na. maneita e na pn.opon.cao

05. Qual a mensagem báàica que. ptecióamo-á OUAUA paAa tznmo& condições de
OUVÍA ao boaá novaá da mio eAxcÓ-tdia de Peai?
06. Quacá 4ão o& qua&to í>e.ntLdo<t> da pa£avAA "mundo" e quat e. u&ado no
2?
07. O que. e o "cato o deóíe mando"?
08. Que. tipo de. peá-áoa e. mato di&cÁJi de. &QA alcançado po-t Peão? Po^ qul?
09. Pofi que. muÁ£a& vezeó -£emo.á dc^ca£dadeó na o/tação?
10. Como SatanÕó exerce 4ea domínio Aobie o mando?
11. Qaa£ a d^etença en£te a mane-óta de Peai opeAat e a de Sa&w5ó?
12. Pot qae o eápZA/tío do homem não tem i$o4.ca pata vencet aá .ói££uêncx.a6
que. vêm Aobtie. o -áea co-tpo e 4 aã aòna?
13. Po-t que. a aòna ê a cnaue da bata£na eníte Peão e Saíanáó?
14. Como Peão a£cança o no44o eòpZtòto?
15. Pon. que. matíaò peó^oaá mio igA.ej'aó hoje não 4 ao 4o£vaó?
16. POA. qae exxóóíe o fenómeno no/e de juÁti^ca.ç.ã.0 4 em iantc/J-ccação?
17. Po-t qae muitoà cAÁAtãoA &e.guem o CJUA&O do mando e ^azem * vontade, do
diabo?
J S. Qaa£ a di<Jetença entte ama peóáoa endemoninhada e a maiolia doo
do mando qae não .áegaem a Jeóaá?

-7-
79, Qy&U -óão oá qua&io c^w^ei diÚM.zntzA de.
20. Por que não devemos *eA .Atglcbu oa dogmático* neóíe e^udo de corpo,
alma. e
2 / . Se e4;£amo4 4eníado4 com Crió-ío no* -Êugareó ce£eò-ttaú muiío acima de
£odo principado e po-£eá-£ade, por que não .temo* eá-ta vitÕnia. em
uidaá diãriaá ?
22. Peócr.eva ai ^.êó &tapaá da no-á-áa -áa£vação.
23. Como AabejnoA qae no4.áa.<x£0ta ainda não &>tã. àalva?
24. Por que. a. salvação total sinalizada, na cruz não e realidade na no44a ex-
periência?
25. Qual o piopÕAito de Peuá pana. eó^eó último* dia* em relação a eóta
vação da a£ma?
26. Peócreva a d&licada] inteAaç.ão do &>pZfiito e da a£ma que acontece na
4a£uaçao e 4aniif$.icacao . '
27. Qua-05 .áão 00 daaó expA.eá-òÕw qae Pau£o aóa pa/ta te^e/uA ao^ ^ae andam
Cegando a uoníade da carne e do^ penóamento^ e por qae e£e aóa

l/u. 4-6: "Mzs Deus, sendo rico em nrise-H,oórd-ia3 por oausa do glande amor com
que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos3 nos deu vida junta-
mente oom Cristo3 — pela graça sois salvos3 e juntamente oom ele nos res-
suscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus..."

Depois de enfatizar bem o negativo o positivo tem mais impacto. Paulo


pinta um quadro bem vivido da nossa condição desesperadora, aplicável tan-
to a judeus como a gentios, e logo depois de chegar ao auge da sua descri-
ção (estávamos mortos, destinados ao inferno, "filhos da ira") o versículo
4 começa a nos dar esperança: "Mas Deus..." Estas duas palavras estão
cheias de significado. O motivo de nossa esperança é sõ Deus. Não e Deus e
nos e nem Deus, nós e vós. € só Deus. Ele é o único motivo da nossa salva-
ção. Somos salvos por causa da sua grande misericórdia e amor para conosco.
Sem nenhuma decisão, merecimento ou participação nossa, ele nos deu vida
juntamente com Cristo. O nosso problema muitas vezes e que não entendemos
nem conhecemos esse grande amor que Deus tem por nós. "...por causa do
grande amor com que nos amou..." Ele não só tem amor mas este amor i para
conosco! Esta revelação do amor pessoal de Deus pode nos salvar.
"...e estando nós mortos em nossos delitos..." Paulo repete aqui a pri-
meira frase do versículo l para resumir a nossa situação dolorosa antes de
Deus usar sua misericórdia para nos vivificar. No versículo l o pronome
"vós" se referia aos gentios ao passo que "nós" no versículo 3 se referia
aos judeus; agora, porém, no versículo 5 a palavra "nós" se refere a todos,
judeus e gentios, que estavam no pecado e na morte. Todos estavam mortos e
todos precisavam da graça de Deus para serem vivificados. No versículo l
ele mostrou que os gentios estavam mortos pois usou a palavra "vos"; depois
nos versículos 2 e 3 vemos que os judeus também estavam incluídos nesta si-
tuação; agora ele repete a mesma frase do versículo l, mas substitui "vós"
por "nós" para incluir toda a humanidade.
Antes de estudarmos os três passos da nossa salvação que nos acontece-
ram jun.taui.eute com Cristo e que são relacionados nos versículos 5 e 6, pre-
cisamos comentar sobre a exclamação de Paulo no versículo 5: "Pela graça
sois salvos". Esta frase parece estar um pouco fora de contexto pois a gra-
ça só aparece no versículo 8. Parece que ele ficou tão empolgado com a re-
velação da obra que Deus fez para nos salvar da perdição que não conseguiu
se conter e explodiu antes da hora! Ele estava tão cheio de alegria que não
esperou a sequência lógica do assunto, e gritou no meio da frase: "Pela
graça sois salvos!" (Este não é o único lugar onde Paulo faz isto. A pri-
meira frase de Romanos 7:25 é um outro exemplo de como ele interrompe a sua

-8-
dissertação lógica com uma exclamação que antecipa o assunto que será tra-
tado depois.)

TRÊS ACONTECIMENTOS JUNTAMENTE COM CRISTO

A expressão chave nos versículos 5 e 6 é "juntamente com Cristo". No


grego os três verbos, vivificou (deu vida), ressuscitou e fez assentar, têm
o mesmo prefixo que significa "juntamente". Também no original não há a ex-
pressão "com ele" no versículo 6. Traduzido literalmente seria: "...nos deu
vida juntamente com Cristo...e juntamente nos ressuscitou e juntamente nos
fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus..."

No capitulo 1:19,20 Paulo já havia tocado neste assunto, enfatizando a


experiência de Cristo. Ele orou para que os efésios enxergassem "a suprema
grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, segundo a operação da
força do seu poder, que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos
e fazendo-o sentar-se ã sua direita nos céus..." Agora no capítulo 2:5,6 a
ênfase é sobre a nossa inclusão nesta experiência de Cristo. Fomos junta-
mente com Cristo vivificados, ressuscitados e assentados nos lugares celes-
tiais. O que Deus fez com Cristo, fez conosco também.

O primeiro passo é entender o que aconteceu com Cristo. O segundo e en-


tender que tudo que aconteceu com ele aconteceu conosco também. O mesmo po-
der de Deus que operou nele na vivificação, ressurreição e ascensão, opera
em nós pois Deus nos incluiu nele. Apesar desta ênfase não estar no capítu-
lo l há um indício dela nas palavras "para conosco" que encontramos no ver-
sículo 19. O poder de Deus que operou em Cristo não é só para com ele, i
"para conosco, os que cremos". Se tivermos os olhos espirituais abertos
para ver o que Deus fez em Cristo não vamos parar aí. Logo perceberemos que
este poder é para conosco e que tudo que aconteceu com Cristo aconteceu co-
nosco também, pois estávamos juntos com ele. Se virmos a ressurreição de
Cristo, veremos a nossa também. Uma verdadeira revelação de Cristo inclui
uma revelação da nossa posição nele.

O que significam estes três acontecimentos para nós? Cristo morreu e


desceu até os lugares mais baixos da terra (4:9). Seu corpo ficou no sepul-
cro mas seu espírito foi ao inferno. Quando Deus o vivificou seu espírito
voltou dos lugares inferiores da terra (o inferno) e entrou no corpo nova-
mente. Quando foi ressuscitado ele saiu do sepulcro e apareceu por quarenta
dias aos seus discípulos. Depois disto, subiu aos céus e assentou-se ã des-
tra do Pai. Derramou o Espírito sobre a -igreja e está esperando que seus
inimigos sejam postos como estrado dos seus pés.

Na nossa experiência, ser vivificado pode significar a conversão — ou-


vimos a Palavra, cremos nela, e nosso espírito foi vivificado. Mas se nos
estacionarmos na salvação não haverá poder. Seremos almas viventes mas não
teremos poder para transmitir vida a outros nem para agir e manifestar a
vida de Cristo que está em nós. Seremos vivos, porem presos num túmulo.
Falta-nos a ressurreição que pode significar o batismo no Espirito — o
despertar de uma vida passiva para agir e desenvolver. Mas também não pode-
mos nos estacionar na ressurreição. Para que recebemos o poder do Espírito?
Para sentar nos lugares celestiais com Cristo e reinar sobre todos os ini-
migos de Deus. Resumindo,vemos então que vivificação e receber vida na mor-
te; ressurreição é sair de uma vida passiva e entrar em ação; sentar-se nos
lugares celestiais é dominar sobre os poderes das trevas.
Há pessoas que foram vivificadas no túmulo da morte mas não foram bati—
zadas no Espírito. Seus espíritos foram despertados e nasceram de novo mas
não tem poder para testemunhar ou viver uma vida de vitória. São passivas.
Outras não só foram vivificadas mas também batizadas no Espírito. Receberam
poder mas não têm alvo nem visão. Não sabem usar este poder. Não entendem
que este poder foi dado para exercermos o domínio de Deus sobre a alma e o
corpo e manifestar a glória de Deus na vida prática. Sem esta ultima fase .
não podemos reinar com Cristo nem entrar no perfeito descanso. O segredo da
santificação está em assentar-se com Cristo nos lugares celestiais. Salva-

-9-
çao ê importante e o batismo no Espírito também, mas sem o ultimo dos três
acontecimentos algo ainda está faltando. Fomos incluídos em todos os três e
não podemos nos acomodar com menos do que isso. Se aceitamos os primeiros
dois por que não o último?

Sentar com Cristo nos lugares celestiais significa que todo nosso ser
esta sob o controle do Espirito. Se estivermos nesta posição teremos vitó-
ria, santificação e descanso em nossas vidas. Estes três passos serão mani-
festados em nós através da operação de Deus em nosso espírito. Ele trabalha
de dentro para fora, por isto não precisamos ver resultados visíveis para
crer. Precisamos crer nos fatos revelados na Palavra e esta vitória se ma-
nifestara. O espírito unido com Deus e descansado em Cristo vai dominar a
alma e o corpo, e a partir daí fará uma revolução no mundo conquistando-o
para Deus. Aquele que está em nós é maior do que o que esta no mundo. A
única maneira de vencer o mundo é através da vitória de Cristo, o novo ho-
mem, ser revelada em nosso espírito e manifestada de dentro para fora. Deus
não tem permitido que indivíduos isolados alcancem esta terceira fase em
nossos dias porque está formando um povo, um corpo coletivo. Durante a his-
tória da igreja houve muitas estrelas brilhantes, indivíduos com experiên-
cias pessoais destacadas, mas agora no fim haverá uma lua cheia manifestan-
do em plenitude a glória do Sol da justiça.

Quando fomos vivificados, ressuscitados e assentados juntamente com


Cristo? Será que foi quando nos convertemos através de ouvir e crer na Pa-
lavra? Ou foi no dia que Cristo passou por estas experiências depois de
morrer na cruz e ser sepultado por três dias? Será que não foi antes da
fundação do inundo? (Vários versículos afirmam que Jesus foi morto antes do
mundo existir.) Em certo sentido todas estas respostas estão certas pois já
vimos que as três divisões da primeira metade do capítulo l mostram três
etapas da nossa salvação (Apostila n9 l, pág. 35). Temos uma salvação ao
mesmo tempo etevna3 histórica e individual,. Fomos salvos pela escolha e
presciência de Deus antes da fundação do mundo; isto se manifestou na his-
tória na vinda de Jesus e foi ativado na nossa experiência quando cremos.

Embora reconheçamos a validade das três respostas, a ultima e a mais


importante. Temos que entender que tudo já foi realizado por Deus antes da
fundação do mundo, na eternidade, fora do tempo. Quando Deus propositou
salvar o mundo através de Cristo já estávamos incluídos nesta salvação pela
sua própria escolha e misericórdia. Se tentarmos determinar um tempo para a
nossa inclusão nas experiências de Cristo,vamos querer sentir alguma coisa.
Isso traz confusão porque cada pessoa tem emoções e experiências diferen-
tes. Sempre pensamos que temos que fazer alguma coisa para receber a salva-
ção, ser batizado no Espírito ou ser santificado. Mas este é justamente o
motivo que somos impedidos de entrar nestas experiências. No momento que
entendemos pela Palavra de Deus que a obra foi realizada por ele em Cristo
antes da fundação do mundo, e que não há mais nada para se fazer, nossa fé
nos liga com a verdade eterna e as experiências se tornam nossas na prática.

Os três acontecimentos são um fato consumado pela palavra de Deus fora


do contexto do tempo. É um fato, mas sÓ é válido para nós quando cremos.
Por outro lado só podemos crer porque é um fato consumado. Pela aplicação
desta revelação em nosso espírito, a realidade da nossa vivificação, res-
surreição e descanso com Cristo nos lugares celestiais vai produzir a ope-
ração de Deus de dentro para fora e o domínio do espírito sobre alma e cor-
po. Se tentarmos entender estas coisas dentro do tempo, imaginando como e
quando nos assentamos com Cristo nos lugares celestiais, nunca teremos fé
pois é impossível. Mas se aceitarmos a Palavra de Deus como ela é, enten-
dendo que Deus nos colocou em Cristo para participarmos juntamente com ele
de todas as suas experiências, teremos fé e descanso. Tudo já foi realizado
fora de nos e independente da nossa vontade ou opinião. Também foi feito
fora do tempo e das limitações terrenas. A nossa parte é só aceitar o fato
conforme declarado na Palavra e crer nele.

-10-
V. 7: "...para mós tarar nos sêaulos vindouros a suprema riqueza da sua. gra-
ça.) em bondade para oonoseOf em Cristo Jesus."

Neste versículo esta expresso o propósito de Deus ter feito tudo em


Cristo e em nos juntamente com ele — para mostrar na eternidade a suprema
riqueza da sua graça. Paulo estava tão cheio da revelação da graça de Deus
que antecipou o assunto no versículo 5 e agora no versículo 7 já está bei-
rando o assunto novamente, embora irá tratá-lo em detalhe somente nos ver-
sículos de 8-10. Ele podia ter usado apenas a palavra "graça" aqui, mas no-
vamente por uma questão de ênfase, usou dois superlativos — "a suprema ri-
queza da sua graça".
"Os séculos vindouros" se referem ao futuro indefinido, ã eternidade.
Deus quer mostrar para todo o sempre a sua graça através de nós. Podemos
ser eternos trofeus de sua bondade, misericórdia e graça. Assim como as
grandes cidades tem letreiros luminosos com luzes fluorescentes que piscam
continuamente, nós seremos as tabuletas de propaganda da Nova Jerusalém.
Eternamente demonstraremos "a suprema riqueza da sua graça".
"...em bondade para conosco..." Deus tem bondade ou boa vontade para
conosco. Satanás tem caluniado Deus, impedindo-nos de entender e aceitar o
seu amor, bondade e paternidade. Muitos cristãos não têm certeza de sua
salvação. Acham que Deus é duro e intransigente e não sabem do amor que
Deus lhes tem. Precisamos ser libertos da mentira de Satanás para ver que
Deus é bom. É só por causa da sua grande misericórdia e bondade que somos
salvos.
"...em Cristo Jesus." Esse é um dos temas principais do livro de Efé-
sios. (Apostila n? l, pág. 16). Note que esta expressão também está no fim
do versículo 6. Assim como enfatizou no primeiro capítulo, Paulo continua
mostrando que tudo que Deus nos deu pela graça está em Cristo. Fora de
Cristo, não há salvação. Deus nos abençoou com todas as bênçãos espirituais
em Cristo Jesus. As três experiências dos i versículos 5 e 6 são nossas Jun-
tamente com Cristo porque já estávamos em Cristo. Quando um papel está den-
tro de um livro tudo que sucede com o livro também sucede com o papel. As-
sim também se estamos em Cristo, tudo que aconteceu com ele aconteceu co-
nosco também. É difícil aceitar ou entender isso, pois sempre achamos que
há uma diferença entre nós e Cristo e que temos de fazer alguma coisa para
receber as experiências dele. Mas precisamos aceitar o que a Palavra de
Deus afirma. Se esta diz que Deus já nos colocou em Cristo, então temos de
crer que todas as suas experiências são nossas também.

PERGUNTAS PARA REI/ISÃ0

01. Quat a. cau&a pfu.ncA.peiZ. da noAia Aatvacão?


02. Qual a d-c^ença enfie o 000 da palavtá. "nõV1 no veteZcuto 3 e no
&lc.ulo 5?
03. Poi que a exclamação "peÂa Qtiaca .áo-cá Aalvo&" apate.ce. no veAAZc.uto 5?
04. Em que. &ií& expe>u.ênotaó de. CtúAto £omo& 4.ncJluLdo& poi Peão?
05. Se tiveJirnoÁ uma ve^dade/cta ieve£ação da leá-áut^e/tção de. Cui&to o que.
aconteceria conoico?
06. PeóOieva a iw.v/c£tcação, leá.áuAA.e-ócão e aácenção de OúAto mo&t/iando a
eníte e£aó.
07. Qual o &4.QYÚ.^Á.c.ado deá-teá #iêó paò^oá em no.wa
08. Moií/ie ao d£áet,ençaò enfie ao pes^oaó que. &ó deAam o pfúmeÂAo pa&6o, a&
que. deAom do<u> paó404 e. ao que. deJum 04
09. Quaiò •dão ai -ówp&ícaçõeá de eAtoA. ieníado com QúAto no& tuga/ieA
.ttatá?

-11-
10. PÕA. que Pêuó não tm puAmítido que peAAooô AndivíducU* m WOAAOA díoó
uma expe/u-ine/ta p/iãttca de4£e
H. £uande> £ôm04 v^u/d^tcaetaó , A.&64U4 afeado* e aò-dentado-ò /un&wiert£e e0m
C^tàíô?
72. £ua£ ô m&tovt -impedimento pa/ia expeA^menta4mô.ò e4£e* t*,êó paó.óo.6 na

í 3. Ô que p/te&úamo.ô ^azfeA, pa/ta pat&iaipa/t na p/»iá£iea da v-itoVUa de


Í4. Qga£ rfo,i o p/i0pá6,c£0 de Peuò em ^aze/t eataó £/t£ô ao^ôaà em C^Uto e em
no-á juntamente com CiUto?
75. Qua£ a única condição pa/ta ,4 e Aecebet. a g>taça e a bondade de Peuó?
76. Como podemos pteencheA. e^-ía condição?

Vv. 8-10: "Porque pela^ graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de
vos j é dom áe Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos
feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de an-
temão preparou para que andássemos nelas."

Esta passagem e a declaração clássica da graça de Deus; i o lugar na


Bíblia que fala mais claramente sobre o assunto. Por isto vamos aproveitar
a oportunidade para estudar a graça detalhadamente, assim como estudamos os
assuntos de "gloria","evangelho" e "Espírito da promessa" na Apostila n9 1.
É importante entender a ligação entre fé e graça. Graça é algo que vem
de Deus ao passo que fi opera em nós. A graça ê um dom ou presente de Deus
e não vem pelas obras ou por nosso merecimento.
Deus não reparte a sua gloria com ninguém. Toda glória pertence a ele
porque toda obra que é verdadeiramente boa vem dele. Satanás quis usurpar
a glória de Deus e caiu, levando muitos consigo. Deus não quer que receba-
mos nenhuma glória própria porque isto diminuiria a sua. No fim receberemos
glória mas não será a nossa - ele nos revestirá da sua própria. Ele não
quer as nossas boas obras pois o seu plano i nos dar a graça em Cristo Je-
sus a fim de produzirmos boas obras que trarão glória a ele. Ele quer que
sejamos "para o louvor da sua glória" e "para o louvor da glória da sua
graça".

Ao invés de nós produzirmos boas obras, Deus nos fez como a sua boa
obra em Cristo Jesus. Não podemos fazer boas obras para agradar a Deus, mas
a sua graça produz boas obras através de nós. Somos a obra de Deus e ele
preparou as boas obras que deveríamos praticar antes da fundação do mundo.
Não é só descansar e não fazer nada,mas é descansar para Deus operar as suas
boas obras através de nós. Assim receberemos glória mas não será a nossa -
será a glória de Deus pois tudo foi feito por ele. Deus não quer que traba-
lhemos com os nossos esforços e nem que fiquemos parados sem fazer nada. A
sua vontade é que andemos agora,, pela graça, nas boas obras que ele prepa-
rou para nós antes da fundação do mundo.

A GRAÇA EM AÇÃO NO LIVRO DE ATOS

O livro de Atos é um livro de ação. Através de ler todas as referências


neste livro sobre a graça, veremos que graça não é teoria nem doutrina, mas
açao.
At 4:33-35. Com grande poder os apóstolos testemunhavam da ressurrei-
ção de Jesus e em todos havia abundante graça, ao ponto de repartirem os
seus bens aos necessitados. Eis um quadro da igreja primitiva — pregação
da ressurreição e vida em comunidade. Por que essa pregação produzia abun-

-12-
dante graça? Porque pela pregação da ressurreição a fé era produzida nos
corações e Jesus vivo, a graça em pessoa, aparecia no meio deles. Graça é a
vida de Jesus em ação e quando essa vida está fluindo o resultado é vida em
comunidade. Graça é poder divino para esvaziar-se de si mesmo como fez Je-
sus. A força motriz do mundo é egoísmo e o desejo de adquirir as coisas pa-
ra si. Em contraste, a força do reino de Deus é graça que e. o poder de dar.
Este poder foi vindicado pela ressurreição de Cristo pois quando ele deu a
maior dádiva possível, a sua vida, Deus provou pela ressurreição que a gra-
ça e muito mais poderosa do que o egoísmo. Se segurarmos a vida, havemos de
perdê-la; mas se a entregarmos,receberemos pela ressurreição uma vida que
nunca se pode perder. A ressurreição de Jesus trouxe poder e este poder
trouxe graça para viver em amor.
At 11:19-23. Barnabi chegou em Antioquia e viu "a graça de Deus". O
que ele viu? Os gentios convertidos pela pregação do evangelho. Ele viu Je-
sus vivo operando nas vidas daqueles que antes eram desprezados e que não
conheciam a Deus. Viu um povo que não era povo de Deus se tornando povo de
Deus pela fé. Os gentios receberam a palavra da ressurreição e a graça se
manifestou neles. Era tão visível que Barnabé pode ver esta graça neles
quando chegou lá. Ele exortou-os a perseverarem com firmeza de coração,
pois a graça não deve ser transitória, mas permanente.
At 13:43. Paulo e Barnabé pregaram o evangelho na sinagoga aos judeus e
gentios. Muitos se converteram e foram exortados a perseverarem na graça de
Deus, ou seja, no evangelho. Graça é uma coisa sólida e prática na vida da
igreja e não apenas uma doutrina paralela ã lei.
At 14:1-4. Aqui temos três grupos— judeus com justiça própria, gregos
com idolatria e os irmãos (discípulos de Jesus) com o poder de Deus. Apesar
da perseguição Paulo e Barnabé demoraram-se ali. O Senhor Jesus dava teste-
munho ã palavra da sua graça. A palavra da graça produz sinais e maravi-
lhas. Graça é poder no evangelho. Precisamos redescobrir esta palavra da
graça para ver sinais e prodígios, cura e libertação. O povo da cidade fi-
cou dividido — uns eram pelos judeus e as tradições e outros pelos apósto-
los e a graça. Quando a palavra da graça sair será preciso fazer uma esco-
lha — alguns ficarão com suas posições e tradições e outros com a aventura
da graça de Deus.

At 14:26. Paulo e Barnabé completaram sua viagem missionária e voltaram


a Antioquia para relatar tudo que acontecera. A igreja de Antioquia os en-
viara para pregar o evangelho aos gentios e antes de partir foram encomen-
dados à graça de Deus para realizar essa obra. Neste caso graça é o poder
do Espirito Santo, a direção do Senhor, a palavra viva — enfim tudo de que
precisavam para cumprir a obra missionária.

Estamos lendo todos estes versículos para entender melhor o que é a


graça. Ate agora já podemos observar que graça não é uma doutrina e sim al-
go bem tangível e visível. É a vida de Cristo na prática. Como os apóstolos
podiam exortar os novos convertidos a perseverarem na graça se não fosse
algo bem claro e definido e se não fosse possível permanecer ou sair dela?
Jesus em nosso meio traz graça e é graça. Graça é vida e vida tem que
ter ação. Graça é dinâmica, opera sinais e prodígios, supre as necessidades
de todos e dá poder para cumprir a obra apostólica. Se pudermos ter uma vi-
são dessa graça, entraremos na obra apostólica. Basta aparecer a graça e a-
póstolos surgirão novamente!
At 15:7-11. Pedro está relatando como os gentios ouviram o evangelho
pela primeira vez na casa de Cornélio. Enquanto lhes falava a palavra o Es-
pírito Santo caiu sobre eles, "purificando-lhes pela fé os corações" (v.9).
Como seus corações foram purificados pela fé? Ouvindo a palavra de Deus,
crendo nela e recebendo o Espírito. Pela fé receberam o Espírito e o Espi-
rito foi quem purificou seus corações. Não podemos ser purificados pela fé
sem obras nem frutos. E a ação do Espírito Santo que purifica.^A fé tem^que
produzir resultados, senão e invalida. Na casa de Cornélio a fé e o Espíri-
to cooperaram. Todos que tinham fé receberam o Espírito e foram purificados

-13-
dos seus pecados. Se crermos na Palavra e recebermos o testemunho do Espí-
rito haverá purificação. A Palavra sem o Espírito não tem poder nenhum, an-
tes mata e divide.

"Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus..." (v.11).
Nesta passagem Pedro mostra como Deus nos salva pela graça. Há um processo,
uma sequência jia sua operação: Palavra, fé (v.7b), o Espírito Santo (v.8),
graça e salvação (v.11).

At^l5:39,40. A graça de Deus opera até no meio dos problemas. Paulo e


Barnabi discordaram e separaram-se. Paulo escolheu Silas para acompanhá-lo
na sua segunda viagem missionária e a igreja novamente os encomendou ã gra-
Ç~ ^e *)eus. Como isto era feito? Através de oração, jejum, imposição de
mãos e profecia, a igreja os encaminhava na sua viagem. Precisavam da graça
de Deus para levar a mensagem da graça a outrem.

At 18:24-28. Priscila e Ãquila eram um casal atuante na obra de Deus. O


nome dela vem primeiro provavelmente porque seu ministério era mais forte
na palavra do que o de Ãquila,mas nem por isso deixava de tê-lo como cober-
tura^espiritual. Muitas vezes isto acontece — a mulher tem um dom ou mi-
nistério que sobressai mais que o do marido. Não há nenhum problema nisto
se a estrutura de autoridade ordenada por Deus for respeitada. Mesmo não
tendo um dom especial ou um ministério forte, o homem deve tomar as deci-
sões pois foi colocado por Deus como chefe do lar.
Este casal ouviu a pregação de Apoio em Éfeso, viu que ele era poderoso
nas Escrituras e eloquente, tomou-o consigo e o levou a uma experiência
mais profunda — provavelmente ao batismo no Espírito (v.26). Isto mostra a
importância do trabalho pessoal. Através de convidarem-no ã sua casa e ex-
porem-lhe com mais precisão o caminho de Deus, Priscila e Ãquila puderam
transformar Apoio num ministério muito mais útil ã igreja do Senhor.
Depois disso, Apoio partiu de Éfeso, recomendado pelos irmãos, para
Acaia (v.27). Em Corinto (uma cidade importante de Acaia) havia pessoas que
receberam a palavra através de Paulo e creram mediante a graça. Mais uma
vez vemos a graça de Deus operando a salvação através da Palavra e da fé.
Apoio foi usado nesta cidade de uma maneira diferente de Paulo. Paulo tinha
uma revelação profunda da graça de Deus, mas não tinha tanta eloqtlência nas
Escrituras quanto Apoio (l Co 2:1-5; 2 Co 10:10). A pregação de Paulo cor-
tava os corações indo diretamente de encontro as tradições e aos ídolos do
povo, suscitando muita perseguição. Apoio chegava de uma maneira bem mais
mansa, apelando mais às mentes do povo, e provando pelas Escrituras que Je-
sus era o Cristo (v.28). O fato de receber ou não perseguição não implica
em inferioridade, mas ressalta as diferenças ministeriais. Na obra de Deus
ha tempo de paz e iluminação e tempo para perseguição. Portanto, a chegada
de Apoio em Corinto serviu para dar mais base nas Escrituras àqueles que já
haviam recebido a revelação da graça pela pregação de Paulo.

At 20:24. O ministério de Paulo era dar testemunho do "evangelho da


graça de Deus". Ele podia dar testemunho porque era algo que lhe fora reve-
lado no Espírito. O evangelho são as boas novas sobre a graça de Deus.
At 20:32. É a terceira vez no livro de Atos que fala sobre "encomendar
ã graça de Deus". A palavra da graça tem poder para nos edificar e dar he-
rança entre todos os que são santificados. É necessário ter graça para ser
santificado. Santificação e salvação são a mesma coisa.
A igreja primitiva não sabia nada sobre doutrina, credos ou teoria —
sõ conheciam a graça de Deus. Nem sabiam exatamente o que era, mas em vez
de falarem: "Fica firme na doutrina", falavam: "Fica firme na graça". Graça
é vida e era esta vida que conheciam e experimentavam. Não entendiam sobre
a trindade, por exemplo, e por isto não se interessavam em enfatizar um co-
nhecimento mental e correto desta doutrina. Só sabiam que Jesus havia mor-
rido e ressuscitado,que Deus era seu Pai e que depois de ser glorificado ele
derramou o seu Espírito. Não sabiam como era a identidade ou função deste
Deus triuno, mas experimentavam a sua graça em ação nos seus corações e por

-14-
isto consideravam esta experiência viva como o sinal definitivo da salvação.
Em todos os avivamentos na história da igreja o mesmo tem acontecido no-
vamente. Às pessoas se esquecem das discussões e desentendimentos doutriná-
rios e enfatizam apenas a vida que vem pela graça de Deus. Quando o aviva-
mento começa a se esfriar, surgem os seminários e escolas bíblicas para co-
dificar em forma de doutrina os novos aspectos da verdade que foram revela-
dos pelo Espirito naquele determinado avivamento.

A igreja primitiva enfatizava graça e não doutrina. Quando Paulo no-


tava qualquer desvio, por pequeno que fosse, desta revelação da graça, ele
alertava os cristãos com veemência sobre o perigo que estavam correndo de
perder a graça preciosa. Ele afirmava que se a pessoa aceitasse qualquer
partezinha da lei, estava cortando-se da graça e separando-se de Cristo
(Gl 5:2-4).O tesouro mais .precioso da igreja de Atos não era uma doutrina
ou credo mágico que definisse com precisão as verdades do evangelho, ma s era
a experiência viva da graça de Deus. Paulo tinha tanta convicção disto que
dizia: "meu evangelho" e afirmava que se um anjo do céu viesse e pregasse
outro evangelho, seria anátema.

A GRAÇA NO EVANGELHO DE JOÃO

Há apenas três menções da palavra "graça" no evangelho de João e todas


estão no primeiro capitulo.
Jo 1:14. A palavra de Deus se tornou homem, cheio de graça e de verda-
de. Será que graça e verdade não são a mesma coisa? Podemos ver na Bíblia
as duas expressões: "a palavra da verdade" (Jo 17:17; Ef 1:13) e "a palavra
da graça" (At 14:3). Ambas são a palavra de Deus. Mas há uma pequena dife-
rença, pois diz: "graça e verdade". Sabemos também que a lei é a verdade,
contudo é diferente da graça.A verdade é a palavra eterna de Deus, enquanto
a graça é a última revelação desta verdade ou palavra. A lei é a verdade
(SI 119:142), mas a graça é uma revelação mais profunda da mesma verdade.
De certa forma, a graça estava na lei, embora escondida, mas só foi revela-
da mais tarde por meio de Jesus. Moisés viu a terra prometida, que é a gra-
ça de Deus, mas não pôde entrar. Ele representava a lei e a lei não pode
entrar na graça. À lei não pode ser misturada com a graça. Só leva-nos a
ver a graça, porém não a entrar nela. Josué (figura de Jesus) foi quem le-
vou o povo a entrar na terra.A palavra (a verdade) é uma só, mas começa com
a lei e termina com a graça. A lei leva ã graça. A graça é edificada sobre
o alicerce da lei.
Jo 1:17. A lei é a verdade (SI 119:142) e Jesus é a verdade (Jo 14:6).
Jesus trouxe a graça e a verdade. Ele não desfez a lei mas junto com ela
(a verdade) trouxe o poder (a graça) para cumpri-la. A lei não deve ser
desprezada, pois é a base para se entrar na graça. Sem conhecer a lei não
podemos receber a graça. A graça é o poder de cumprir a lei, não por força
humana, mas pela liberdade do Espirito.
A lei é a verdade escondida. A graça é a verdade revelada. Primeiro
Deus revelou sua verdade através da lei numa forma mais obscura e oculta.
Depois enviou Jesus que era a mesma verdade porem agora claramente revelada
num homem perfeito, "cheio de graça e de verdade". A lei era a verdade em
teoria e só servia para condenar o homem e mostrar a futilidade dos seus
esforços em tentar observá-la. A graça é a verdade na prática, o poder de
Deus dentro de nós para observar a sua lei. Moisés deu a lei ao povo mas o
povo tinha que obedecê-la. Jesus não só trouxe a verdade revelada mas tam-
bém cumpriu-a aqui na terra.
A graça foi revelada na vinda de Jesus, mas depois do_decllnio da igre-
ja, ficou oculta novamente. Hoje precisamos da restauração da palavra para
que a graça apareça. Embora tenhamos uma posição diferente daquela que o
povo tinha sob a lei, praticamente somos judeus de novo. Falamos sobre a

-15-
graça como uma verdade teórica e doutrinaria, mas sem vida. Temos muito co-
nhecimento, esforço humano e justiça própria, mas pouca força para obedecer
a lei e praticar obras de justiça.

Os cristãos de hoje pensam que a doutrina do Novo Testamento é superior


a do Velho Testamento, mas essa superioridade é só teórica. Tanto a doutri-
na da graça como a da lei são maravilhosas. Ha muitos tesouros na lei — os
livros de Êxodo, Levitico e Números têm o mesmo valor que o livro de Atos.
Como vamos entrar nas realidades espirituais se não entendermos as figuras?
Como podemos ver o plano de Deus realizado e o seu coração satisfeito sem
entender a ordem do seu exército, o tabernáculo, os levitas, os sacerdotes
e~ os. sacrif icios? A igreja de Atos começou a cumprir no Espírito as subs-
tancias destas sombras, mas há muito mais para ser cumprido nestes últimos
dias pela igreja gloriosa que o Senhor há de levantar. A graça não consiste
numa ^diferença doutrinária entre o Novo e Velho Testamentos e sim numa
revelação no Espirito de ambos. Com esta revelação e possível compreender
perfeitamente a graça usando apenas o Velho Testamento, enquanto sem ela e.
possível decorar o Novo Testamento e não ter uma pequena noção do que seja
a graça.

Precisamos reconhecer que não temos graça em ação no nosso meio da ma-
neira que^ os cristãos em Atos a tinham. Quando sentirmos a necessidade da
restauração da "palavra da sua graça", a buscaremos com ansiedade e fé. Es-
ta palavra restaurada vai produzir novamente os ministérios fundamentais
que aperfeiçoarão a igreja para anunciar a vinda de Jesus com a palavra
profética. O primeiro passo é reconhecer que não temos esta graça a ponto
de sentirmos falta dela. Ha uma. lei na ciência que diz que não há nenhum
vácuo natural. Isso é porque a natureza reage contra o vácuo. O homem usa
esse principio em muitas máquinas e bombas. Cria-se um vácuo e depois apro-
veita-se da lei natural para encher rapidamente o recipiente. Semelhante^
mente, quando entendermos que nos falta a coisa principal — a graça, que é
Jesus vivo — será criado em nós um vácuo que nos levará a gemer no Espíri-
to para que sejamos cheios desta vida. Sem este vácuo, porém, não sentimos
necessidade de ser preenchidos porque já existem outros elementos em nós —
justiça própria e estruturas humanas. Quando há vácuo, a água do Espírito
entra e traz a vida de Jesus em ação — a graça de Deus.
Jo 1:16. "Graça sobre graça",, Da plenitude de Jesus recebemos graça e
mais graça — progressivamente até chegar à plenitude, como corpo. Nenhum
indivíduo vai receber toda a plenitude, mas a igreja como um todo("todos
nos") e_ que entrará na plenitude da graça. Este versículo mostra-nos que a
graça não vem de uma vez — é um processo — nem para o indivíduo — é para
toda a igreja.

PERGUNTAS PARÁ REVISÃO

01, ?on que. Peuó não queA a& YIO&&OÁ boat> obxa4?
02. Qual a vontade, de. Peai paAa não em x.e£acão 5. giaca e. ãt> boa* obtoi?
05. ?on que. a pregação da leA&unAeÁcão produzia abundante, giaca na igie.ja
de. Atoe?
04. Qual a di{eAe.nca principal e.ntAe. a ^oiça motriz do mundo e. a do noA.no
de. Peão?
05. ?ofi que. podemo* _aÚ4Ama>i que. a gtuica, como o podeA de. dou, e. muito moei
que o egolimo e. a ambição do mundo?
06. Vou que. Lucaò diz que. BaAnabe. viu a "gtiaça de. Peai" quando chegou em
Antioquia? Vou que. eJie. uòou jut>tame.nte. eáte. teAmo paAa cíeic/ieve/z. o que.
BaAnabé. viu?
07. O que. Aigni^ica a exptei^ão "a palavia da *ua giaca"?
OS. O que. ot> apÕAtoloà queriam dizeA quando e.x.oltavam o& dibcZpuloA a
Ae.veAaAe.m na giaca?

—16 —
09. Como a. fé pusú.$<ic.a o colação?
W. Peicteva o p>ioceá.á0 da .áa£vação pe£a giaça.
H. O que 4-tgnxt.^cca a expt.e4.aao "o evangelho da g-taça"?
12. Qua£ eta a ên<Jaóe p^u,nccpa£ da /cg/ie/a ptxmcttva?
J 3. Qua£ a d-c^et-ença en#ie giaça e vetdade?
74. Se a £eí e a vetdade e a g-taça também, poi que a £e/t e dx.jje>ieníe da
giaça?
J 5. Po-* que a £&c e neceó^ã^ca?
76. O que Jeáuá no* ttouxe. que não eótaua /cnc£ucdo na £e<c?
17. Pot que podemos a.fai>mcUL que o& cAÁ£tão& hoje. 4ão faern .6 eme£nan£eá ao*
judeuó aníei da pt/óme-cta vx,nda de Jeáuá?
J S. Po^. que não podemos cíízet que a doivtsu.no. do Novo Teá-tamento ê &u.p<uiÁ.ofi
a do t/eêho?
J9. POA. que não pt.ea-cáamo.6 ^.e^. o Novo Teótamenío pa/ta -tecebeAinoA a gAa.ça de
Peaá?
20. Qua£ o ptxjne-c/io pa44o que pA.ec-6óa AÇA tomado hoje. diante, da no-á-ia 4-c-
tuação atuat?
2.1. PO/L que não .áen£òno.á ainda a noà&a neceá-á-úíade deáeópeAadoAa da g/taça
de Peuó?
22. O que podemos entendem íobfie. a QHO.ÇO. em João 1:16?

A GRAÇA EM ROMANOS 5

Rm 5:1-21. (Leia esta passagem com bastante atenção. Ha uma revelação


especial sobre a graça neste capítulo.)

Nos versículos l e 2 encontramos graça e paz. Mais adiante veremos como


as duas são interligadas. Nos versículos 1-5 ha a famosa trindade paulina -
fé, esperança e amor (Fe: Vv.l e 2; Esperança: Vv. 2 e 4; Amor: V. 5.).

&iaça —ttiíttoMoei
Trataremos agora do tema principal deste capítulo. Â expressão "muito
mais" é repetida quatro vezes e pode ser subentendida várias outras vezes.
Paulo, pela inspiração do Espírito, esta querendo enfatizar o "muito mais"
da graça de Deus.

Rm 5:9: "Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue,
seremos por ele salvos da ira." Se pela morte de Cristo fomos reconciliados
(v. 8) muito mais pela sua vida seremos salvos. Pela sua morte ele nos jus-
tificou, mas pela sua vida ressurreta ele nos salva. A salvação Í mais am-
pla do que a justificação. À salvação fala do processo completo, incluindo
do início _ao fim da caminhada, até alcançar o alvo - santificação total e
glorificação do corpo.
Rm 5:10: "Porque se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus
mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando jã reconciliados, sere-
mos salvos pela sua vida..." Este versículo afirma a mesma coisa que vimos
no versículo 9, mas de uma forma mais ampliada. Se quando inimigos, fomos
reconciliados pela sua morte, muito mais como amigos seremos salvos pela
sua vida. Muitas pessoas crêem na morte de Cristo e no seu perdão, mas não
tem fé nem força para se santificarem e têm dúvidas se vão conseguir perse-
verar até o_ fim. É isto que Paulo está explicando: "Se a morte de Cristo
trouxe perdão para nós, muito mais a graça (que é a sua vida), pode comple-
tar a obra em nós. Um Cristo morto não pode fazer muita coisa, mas o Cristo

-17-
ressuscitado tem^ um ministério eterno, que opera e atua pelo Espírito para
levar-nos ã vitória. Paulo estava tão cheio da revelação da graça que fa-
lou "muito mais". A cruz e maravilhosa, mas Jesus vivo ê muito mais. Graças
a Deus pela morte, mas muito mais pela vida.
O perdão da cruz não é para pecar e ser perdoado, pecar de novo e ser
perdoado... Isto e cansativo para nos e para Deus. Fomos perdoados (recon-
ciliados)^ para começar a andar no Espírito, glorificando a Deus até chegar
ã^perfeição pela vida de Jesus. Se já recebemos a justificação através da
fé na morte de Jesus, não deve ser difícil crer que a vida de Jesus tem po-
der para completar a obra em nós. Se sua morte pôde nos trazer perfeita paz
através da justificação, quanto mais a sua vida ressurreta pode nos santi-
ficar e nos glorificar. Se já recebemos a reconciliação não temos nenhum
motivo para duvidar que Deus há de terminar sua obra em nós, pois a graça
é muito mais forte.

Rm 5:11: "...mas também nos gloriamos e,m Deus..." Nos versículos 2 e 3


vimos sobre gloriar-se na esperança e nas tribulações, mas aqui ele fala
sobre gloriar-se no próprio Deus. "...por nosso Senhor Jesus Cristo, por
intermédio de quem acabamos agora de receber a reconciliação." Depois de
entendermos que fomos reconciliados pela morte de Cristo (paz com Deus) e
que muito mais que isto seremos salvos pela sua vida (muito mais do que
perdão), devemos nos levantar e gloriar em Deus, isto e, manifestar, ex-
pressar e anunciar estes grandes acontecimentos. Deus não quer nos dar uma
paz acomodada e passiva. Ele quer que nos gloriemos e exultemos nesta paz.
Ele não nos dá descanso de nossas obras para ficarmos parados. Ele quer que
sejamos salvos pela sua vida, e assim manifestemos as suas obras e a sua
glória a todo o mundo. Um exemplo disto foi quando Paulo e Silas estavam no
cárcere em Filipos. Não só tiveram paz no meio da tribulação e perseguição,
mas tinham exultação e glória também. Foi isto que abriu as portas e abalou
o carcereiro.

O* Vo<i& Homens da
Rm 5:12. Existem apenas dois homens na história do mundo: Adão - o pri-
meiro homem; Cristo - o segundo homem. O restante da humanidade ou pertence
a linhagem de Adão ou a de Jesus Cristo. O problema é que os homens gostam
de estar com um pé em Adão (o velho homem) e outro em Cristo (o novo homem).
Mas o velho e o novo homem não combinam e a Palavra de Deus diz que temos
que estar com os dois pés ou em Adão ou em Cristo.
Rm 5:13. A lei veio para revelar o pecado. Antes da lei havia pecado no
mundo mas a lei tornou-o muito mais evidente.
Rm 5:14. Antes de Cristo todos estavam em Adão e no pecado. Mas entre
Adão e Moisés milhares de homens pecaram sem lei e por isso seus pecados
não foram levados em conta. Contudo, até sobre esses reinou a morte. Adão
(o primeiro homem) é figura de Cristo (o segundo homem). O primeiro homem
pecou. Deus ordenou: "Não coma isto" e ele comeu. Mas o segundo homem não
pecou. Todos que são filhos do primeiro homem são escravos do pecado, mesmo
não pecando da mesma maneira que Adão. São pecadores por natureza em pri-
meiro lugar e por causa dos próprios pecados apenas em segundo lugar. Por
isto todos eram sujeitos à morte mesmo na ausência da lei. Quando, porém,
veio a lei através de Moisés, o pecado que já existia nos descendentes de
Adão ficou patente aos seus próprios olhos e a razão da maldição e da morte
ficou muito mais clara.

O Con&uute. En&LZ a. Giaça & o Pecado


Rm 5:15: "Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque se
pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o
dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foi abundante sobre muitos."
Paulo está contrastando Adão e Cristo, morte e vida, ofensa (pecado) e dom
gratuito (graça), para mostrar que um é muito mais, muito maior que o outro.

-18-
Por isso ele usa a expressão "não é assim", tanto no v.15 como no v.16.
Sempre que Paulo fala sobre a graça ele não consegue ficar só nisto -
ele tem que acrescentar adjetivos e frases explicativas. A graça é tão tre-
menda que não pode ser expressa em apenas uma simples palavra. Aqui diz:
"...a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo..." O
que é a graça de Deus? É o dom de um só homem, Jesus Cristo, seu Filho, que
Deus deu ao mundo gratuitamente. O dom é um homem e ê dado pela graça de
Deus. Jesus é a graça. A sua vida é muito mais forte e abundante nos seus
resultados do que o pecado e a morte de Adão, o primeiro homem. Tanto o pe-
cado como a graça podem afetar a todos e neste sentido são forças parale-
las. A diferença consiste na qualidade do efeito produzido. O pecado traz
doença e morte - consiste num processo de esvaziamento e enfraquecimento
até finalmente destruir. A vida, porém, é um processo contrário. Ao invés
de enfraquecer e destruir, cresce, renova e abunda, tornando-se cada vez
mais forte. Não só afeta a muitos como multiplica, cresce e abunda dentro
de cada um destes muitos. Por isto, a graça ê muito mais que o pecado e não
é assim como a ofensa.
Rm 5:16: "O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pe-
cou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a
graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação." Aqui ele mostra
de outro ângulo a diferença entre a graça e o pecado. O esquema abaixo nos
ajudará a entender melhor esse contraste entre a graça e o pecado.

Morte

Adão < Cristo

O pecado de Adão afetou o mundo todo. Ele transgrediu a lei quando co-
meu do fruto. Através de um pecado Adão levou toda a humanidade ã morte.
Cristo veio e começou do lado mais difícil enfrentando uma situação onde
todos estavam empeçado: "...a graça transcorre de muitas ofensas..."(v.16) .
Ele atacou todos os pecados, vencendo-os de uma vez e produzindo justiça
pela graça. A graça teve um efeito muito mais forte que a ofensa de Adão. À
condenação veio sobre muitos a partir de uma só ofensa, mas o dom gratuito
veio de muitas ofensas para a justificação. À graça é muito mais que o pe-
cado em dois sentidos: abunda, multiplica e vivifica ao passo que o pecado
enfraquece, mata e destrói. Além disto é superior porque veio numa situação
muito mais difícil, de muitos pecados, enquanto o pecado começou com apenas
um homem. Se a força da graça fosse apenas igual ã do pecado Deus teria de
destruir toda a humanidade e começar uma nova raça com Jesus. Assim como
Adão começou uma raça pecaminosa através de um pecado, Jesus poderia come-
çar uma raça santa através de um ato de justiça. Mas a graça é muito mais
forte e por isto através dela Deus não só começou uma raça justa mas apagou
todas as transgressões da velha raça, sem destruí-la. A graça pôde vencer o
pecado.
Rm 5:17: "Se pela ofensa de um, e por meio de um só, reinou a morte,
muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça, reina-
rão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo." Note como Paulo não
consegue falar simplesmente "graça". Ele diz: "...a abundância da graça e o
dom da justiça..." O que é a graça? É o dom da justiça, a vida de Jesus,
que Deus nos concede de graça, sem nenhum merecimento próprio. Precisamos
de uma lavagem cerebral pela Palavra pois não entendemos o "muito mais" da
graça. Achamos que o pecado é forte e que a graça também é, mas são mais ou
menos iguais. Achamos que precisamos lutar para ser justos. Não entendemos
que toda justiça que alcançamos com nossos esforços não é justiça. A única
justiça verdadeira vem como dom de Deus que recebemos pela sua graça e não

-19-
pode ser^separada da vida deste homem, Jesus Cristo. Sem Jesus não há jus-
tiça e não ha graça. Somente nele podemos receber de graça o dom da justiça
e assim reinar em vida.

Q VoJioJLzJio EyvUio. CL Gnaça. e o Pecado


Ate o versículo 17 Paulo falou "não é assim" para enfatizar o "muito
mais da graça de Deus sobre o pecado. Agora, a partir do versículo 18 ele
fala "assim como" para fazer um paralelo entre os dois.

Vv. 18-19: "Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos
os homens para condenação, assim também por um sõ ato de justiça veio a
graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como
pela desobediência de^um só homem muitos se tornaram pecadores, assim tom-
bem por meio da obediência de um só muitos se tornarão justos." Sem enten-
der o "muito mais" da graça nos w.15-17 não conseguiremos entender o "as-
sim como" dos w.18-19. Antes de vermos a comparação entre as duas linha-
gens iniciadas pelos dois homens, precisamos compreender ia superioridade da
graça sobre o pecado. Temos que ver a vitória da graça sobre todos os peca-
dos da velha raça antes de ver o inicio da nova raça. Depois de dedicar
três versículos ao "muito mais" Paulo está pronto para uma comparação mais
lógica e compreensível entre a ofensa e o ato de justiça.

Qual foi a ofensa que trouxe o juízo e a condenação sobre todos os ho-
mens? Foi a desobediência de Adão. Ele disse: "Não a tua vontade mas a mi-
nha". O que foi^o ato de justiça que trouxe a graça, a justificação e a vi-
da? Foi a obediência de Cristo. Ele disse: "Não a minha vontade mas a tua".
Uma só ofensa produziu juízo e condenação e um só ato de justiça produziu
graça, justificação e. vida. É interessante notar que a graça não leva dire-
tamente para a vida - primeiro leva-nos à justiça e então esta nos leva ã
vida. O pecado produz juízo e este sempre produz condenação pois todos so-
mos pecadores. O ato de justiça traz graça pois não seremos julgados mais
pelo que somos ou fizemos mas pela justiça de Cristo que nos é imputada
gratuitamente. A consequência disto é vida.

Vamos fazer outro esquema para demonstrar esse paralelo.

Morte Vida Adão - Cristo


lei - êraca
pecado - justiça
Adão- Cristo morte - vida
(nós) - (nós)

Esse paralelo é muito mais fácil para entender do que o "muito mais"
dos versículos anteriores. Assim como Adão levou todos os seus descendentes
ã morte através do pecado (desobediência à lei), Cristo levou todos os seus
descendentes ã vida através da justiça (cumprimento da lei) . Se não enten-
dermos, porém, o "muito mais" primeiro, não teremos vitória. Temos de en-
tender como se sai de Adão e se entra em Cristo, pois sem esta revelagao
tentaremos alcançar graça, justiça e vida enquanto ainda estamos em Adão.
Isto não funciona. Quando vemos a superioridade e sobreexcelência da graça,
enxergamos a vitória de Cristo no lado difícil onde o pecado abundava. Des-
ta forma, podemos ver como fomos retirados da linhagem de Adão, libertos do
pecado e liberados para a graga, justiça e vida. Precisamos do "muito mais"
para sairmos da nossa situação desesperadora de morte e perdição, e depois
então o "assim como" pode começar a funcionar. Uma vez libertos de Adão, a
graça e a justiça podem operar em nós da mesma forma que a lei e o pecado
operavam ante s.

Rm 5:20: "Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou

-20-
o pecado, eupevabundau a graça..." Paulo havia se acalmado sobre o "muito
mais" por dois versículos enquanto explicava o "assim como",mas a atração
foi irresistível e voltou a mostrar a superabundância da graça.
Rm 5:21: '!.. .a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim tom-
bem reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo
nosso Senhor." Estes últimos dois versículos resumem o assunto todo. A lei
fez o pecado abundar, mas a graça superabundou e venceu. Com que propósito?
Para trazer o paralelo, "...a fim de que, como o pecado.. .assim também a
graça..." O "muito mais" da graça venceu o pecado que fora realçado pela
lei e tornou possível o "assim como" que traz graça, justiça e vida. Paulo
volta a usar a palavra "reinar" que usara já nos versículos 14 e 17 para
mostrar que tanto a graça como o pecado dominam, governam e reinam sobre o
homem. Se o pecado domina, a graça domina muito mais. Aleluia!
Pela terceira vez, noteique Paulo não consegue falar simplesmente "gra-
ça". Aqui disse: ".*.a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Je-
sus Cristo nosso' Senhor." 'Assim como afirmou que o pecado reinou pela mor-
te, ele poderia ter dito que a graça reinou pela vida. Mas ele estava tão
cheio da superioridade da graça que não pôde se limitar a isto.

A graça tem que produzir justiça senão não é graça verdadeira. A graça
traz justiça, a justiça traz vida e a vida é Jesus Cristo, nosso Senhor.
Todos esses quatro fatores são inseparáveis: graça, justiça, vida e Jesus
Cristo. Não podemos receber um sem receber o outro - formam um só pacote.
Em certo sentido podemos dizer que o propósito de Deus pode ser resumi-
do em quatro homens: Adão, Moisés, Jesus e Paulo. Os dois homens principais
são Adão e Jesus. Moisés ajudou o pecado de Adão abundar e Paulo fez a gra-
ça de Jesus superabundar. Moisés fez o pecado de Adão tornar-se forte
(através da lei) e Paulo mostrou que a graça de Jesus é muito mais forte
(através da revelação do evangelho).

RESUMO DAS REDAÇÕES SOBRE "GRAÇA"

Graça é o poder de ação da Palavra de Deus, o Verbo, que opera a vida


de Jesus em nós e é muito mais eficaz que o poder de ação do pecado e de
Satanás. Uma revelação deste poder de ação nos santifica, aperfeiçoa e for-
tifica.
Graça é o poder que Deus dá ã. igreja na luta contra Satanás e todo o
exército das potestades. Os ataques de Satanás ativam a graça de Deus pois
quanto mais forte ele ataca, mais graça Deus libera. A graça é muito mais
que todas as armas malignas.
Graça é a vida de Jesus em nós e isto é poder que superabunda em nos
sobre o pecado.
Graça é inseparável do amor. Onde há amor há graça e assim o amor libe-
ra a força mais potente do mundo.
O pecado é muito forte, mas muito mais a graça de Deus. Graça é Jesus
entrando em ação a favor de nós e contra o pecado.
Graça é a força de Deus dentro de nós. E Deus se identificando com o
homem. Vem até nós através da fé. Ê o processo interior de fé.
Graça se manifestou em Jesus que morreu e nos reconciliou com Deus, e
muito mais agora ele fará em nós através da sua vida ressurreta.
Graça não é dogma ou doutrina mas liberdade para cumprir a lei. Signi-
fica nós em Cristo pelo Espírito cumprindo a lei sem esforço humano. É_o
dom de Deus que é Cristo e produz em nós paz com Deus. Por ser um dom, não

-21-
há absolutamente nada que podemos fazer para merece-lo.
Graça nos traz paz e quando temos graça e paz, temos a verdade.
Graça é uma essência escondida no coração de Deus antes dos tempos
eternos. Só podia ser revelada através de Jesus Cristo. É o meio pelo qual
podemos receber da plenitude de Deus. Por isto precisamos de revelação des-
tas coisas que temos ouvido. Paulo tinha a revelação dessa graça. Mas Deus
quer nos dar muito mais agora.
Graça é a vida e virtude de Jesus operando em nossas vidas através do
Espirito Santo. Superabunda em nós sobre a abundância de pecado, dando-nos
o dom de justiça para a vida eterna gratuitamente a fim de mostrarmos por
toda a eternidade o louvor da glória da sua graça.
Graça & o poder de Deus para viver a vida de Deus e praticar as suas
obras. Ê dada de graça e recebida através da fé e humildade, ao entendermos
que nada podemos fazer para agradar a Deus. Assim nos lançamos inteiramente
na dependência de Deus que pode operar tudo em todos.
Assim como Israel tentou obedecer a lei com esforços humanos, a igreja
tem buscado justiça por atos religiosos. Por isto a graça revelada em Cris-
to foi escondida de novo e precisa ser revelada antes da segunda vinda de
Cristo para preparar uma igreja gloriosa para Jesus. Por isso precisamos
esperar inteiramente na graça a ser revelada nestes últimos dias.
A pregação da graça por homens com revelação de Jesus é graça em açao.

A graça vem pelo conhecimento de Jesus e só conhecendo a ele é que po-


deremos crescer na sua graça.

Ha necessidade de termos a graça de Deus até para buscarmos a graça de


Deus. Isto é a graça proveniente que vem de Deus para que busquemos a graça
efetiva que então opera em nós pelo conhecimento de Deus.

A graça tem muitos aspectos mas se resume na vida de Jesus em açao em


nossas vidas.

Graça é Deus esvaziando o homem e inundando-o de alegria e liberdade


para cumprir a sua lei produzindo obras aceitáveis a ele.

Graça é o poder para viver em amor e é ela que nos traz a santificação.

Graça é poder que o Espirito Santo nos traz para cumprirmos o eterno
propósito de Deus. Quando estivermos vivendo na prática a revelação da
abundância da graça teremos apóstolos e profetas em nosso meio para o aper-
feiçoamento da igreja.

^Graça é a entrada no descanso de Deus, pois ela cumpre a lei. Foi dada
a nós por um só ato de justiça de Cristo. Os resultados da graça são:
1. Arrep end imento
2. Justiça de Deus
3. Poder de dar aos outros
4. Libertação do ego
5. Vida em comunidade
6. Expressão da vida de Jesus em açao
7. Evangelismo e testemunho aos que ainda estão debaixo da lei e do pe-
cado .

Por ser um dom gratuito, a graça só pode ser alcançada sem esforço al-
gum de merecê-lo. Satanás quer nos derrotar fazendo nos esforçar e assim
perder a graça de Deus. Nada precisamos fazer para ganhá-la, porém a per-
demos se tentamos merecê-la por nossos esforços.

A graça consiste em recebermos a graça e a doarmos aqueles que não têm


o quanto nós temos. Graça é receber e dar,

-22-
Graça e a introdução, ou entrada franca na nova raça que Jesus começou.
Estando nele somos juntamente com ele pela graça vivificados, ressuscitados
e assentados nos lugares celestiais.

A graça não só perdoa nossos pecados, mas produz a vida de Cristo em


nos como membros da nova raça.

O resultado disto na igreja de Atos foi a doação dos bens materiais, a


destruição da barreira entre judeus e gentios e a abundância de vida no
meio da tribulação.

PERGUNTAS PARA REI/ISA0

0 1 . Qual a di£eAe.nça nn&ie. Activação í ju*ti^icação?


02. O que. e. a chave, da no**a *anti{íicação *e.gundo Romano* 5:9,10?
03. Qual o jpfiapÕAito de Véu* em no* juAti^cau e, Aalvasi pela monte. e.
*avieÀ.ção do *eu filho?
04. Qual o principal motivo pofi que. todo* o* deAce.nde.nteA de. Adão àão peca-
doieá?
05. Vou. que. a mofite. fieÀ.nou entfie. Adão e. Mo^cáéá, meámo *obtie. o* que. não
peca/tam como Adão?
06. Vou que. veÀ.o a leÀ.?
07. Reóuma em uma fafia&e. o laciocZnio de. Paulo em Romanos 5:15.
OS. O que. e a Qfiaca cegando e* te. veA*Zculo?
09. Qual a semelhança e.nttie. a ação do pecado e. a da gfiaça? Qual a
10. Que. ou&io a*pe.cto da *upeJviofiidade. da Qfiaca iob/te o pecado e"
no veAAZculo 16?
1 1 . O que. é a giaça -óegundo Romano^ 5:17?
12. Pot que. Paulo nunca ^a£a AúnpleÁme.nte. "giaca" moo &mpn.e. ut>a
e. expA.eó4Õeó pa^a acompanha-£a?
13. Vou. que. temo* que. compteendet. o "mu-óío ma-óó" da Qfiaca Aobie. o pecado
anteA de e.nte.ndeAmoA o "a**ún como"?
14. Qual fio-í a o£e.n&a de. Adão e qual faoi. o ato de. juAtica de. Jeiuá?
15. Vou. que a giaça produz ví.da?
16. Tia.ce. o pa>taleÃ.o e.ntsie. Adão e CsúAto e. *ua* ^eópectcuaó lLnhage.no.
17. Vofi que. eAte. paAa£e£o apateníemeníe não úuncÃana na* no**a* uidaó?
(PoA. que. não ptiaticama* a ju*tica com a me^ma facilidade, com que. ptáuti-
cãvamo* o pecado?)
18. Reáuma em uma £10* e o "muito mai*" e o "a**ún como", moA&tando como a
Qfiaca ve.nce.u o pecado atsiavé* deáte* doiA a*pe.cto*.
19. Quai* *ão o* quatro ^atofie^ do pacote, da Qfiaca?
20. Voi que. o plano de. Ve.u* pode. *eA ie*unújdo em qua&ia home.n*?
21. faça uma li*ta de. 10 úia*&* chave* *obtie. a Qfiaca u*ando o steAumo da*
A.edaçõeò. (fe/u^que *e. cada uma tem um *e.ntido di^eM.e.nte. da* outna*} .
22. faça uma sedação otiig-inal Aobfie, a ghaça.
23. On.<L_<L me.dite. Aobfie. eAte. a**unto. lYiteA.ce.da pata a ^eó^tauA^ição da A.eue-
£ação da Qfiaca. Cante, ao Bznkon. Aobfie. iAto.JSe. você. tem um dom mu*i.cal
eAc*ie.va um hino ou cofú.nko e. mande pata no*. QueAemo* ofuvi, cantai,
conveAAon, me.ditaA. e. ckofian. Aobfie. eAte. a**unto atí que. a g-taça *& toine.
A.ea£ em no**o* cotiaçõe e no mexo da igfie.ja do

-23-
GRAÇA

[BFJ^TÍ
Es sencia do cora - çao de Deus,

Ví-da evir-tu-de que flui de Je-sus. Po - der de a~

ç ao da Pa-la - vra, arma ef e - ti - vá contra o mal

Graça ê um dom di-vi - no re-ve _- la-do por Je-sus, O pé-

cado'p0-de ser muito for -te • j_


j j- 1 .p*
*v * • . . * • * "
mas muito mais forte_é a graça de Deus.
*v -
P r o - cesso inte-ri-or , de fé, Que produz

Cristo em nós. Po-der pra viver em a - mor, Trazendo a i-

gré-ja a santi-fi-ca-ção. Graça não e dogma ou doutrina mas é liber-

da-de para cumprir a lei •' Não é produ-to dos nossos es-f or-ços mas vem pe-

íi \f
Io dês-cansojD descanso em Deus. (F-Óie) Grã - ca é o po-der de
-1.

dar, fí ; a vi-da de Jesus em a-çao. Trazendo a luz

a comuni - da - de Pa - rã ô mun-do ver e crer.


SEGUNDA PARTE: PAZ (W. 11-22)

Efésios 2 se divide em duas partes: w. 1-10 e w. 11-22. Acabamos de


estudar a primeira parte e vimos que seu tema principal é graça. Paulo es-
tava tão cheio deste assunto que explodiu antes da hora no v.5 e depois en-
trou em maiores detalhes nos w.8-10. Estes três versículos são o texto bí-
blico mais famoso sobre a graça.

O tema principal da segunda parte é paz. Nos w.13-17 Paulo fala sobre
paz quatro vezes e sobre reconciliação uma vez (v.16). Reconciliar signifi-
ca trazer paz para uma situação de inimizade e guerra. Jesus não só traz
paz ou tem paz — ele é a paz (v.14). A nossa salvação é uma pessoa, não u-
ma doutrina. Certa vez eu estava meditando sobre o céu e tive uma revelação
que Jesus i o céu! É difícil nossa mente acostumada com espaços e dimensões
entender isso — sõ podemos entendê-lo pelo Espirito. Não precisamos procu-
rar coisas ou estados de mente, mas devemos achar a pessoa de Cristo, onde
encontramos tudo.

Portanto, o capitulo 2 trata sobre graça e paz. Ê interessante notar


que, com exceçao de Hebreus (que eu creio ser da autoria de Paulo), todas
as epistolas paulinas começam com "graça e paz". Encontramos essa saudação
17 vezes no Novo Testamento — 13 vezes nas epístolas de Paulo, 2 nas car-
tas de Pedro, l em 2 João e l no Apocalipse (Rm 1:7; l Co 1:3; 2 Co 1:2;
Gl 1:3; Ef 1:2; Fp 1:2; Cl 1:2; l Ts 1:1; 2 Ts 1:2; l Tm 1:2; 2Tml:2;
Tt 1:4; Fm 1:3; l Pé 1:2; 2 Pé 1:2; 2 Jo 1:3; Ap 1:4). Por outro lado, 13
livros terminam apenas com a palavra "graça" (Rm 16:20; l Co 16:23;
Gl 6:18; Ef 6:24; Cl 4:18; l Ts 5:28; 2 Ts 3:18; l Tm 6:21; 2 Tm 4:22;
Tt 3:15; Fp 4:23; Hb 13:25; Ap 22:21). O Velho Testamento termina com a pa-
lavra "maldição" e o Novo Testamento termina com a frase "A graça do nosso
Senhor Jesus Cristo seja convosco". Por que as epístolas começam com graça
e paz e terminam sõ com graça? Não sabemos, mas talvez seja porque a graça
é mais importante e até inclui em si a paz.

Rm 5:1,2. A justificação pela fé termina com a inimizade trazida entre


nos e Deus pela lei. Isto é paz. Através desta paz temos acesso ã graça de
Deus. Por outro lado, é pela graça que recebemos a justificação que traz a
paz. Qual vem primeiro, a graça ou a paz? Não há uma ordem estabelecida,
pois as coisas de Deus não se submetem a métodos e raciocínios humanos. O
certo é que ambas fluem juntas numa ligação e interrelacionamento misterio-
so e íntimo. Se temos paz temos graça e vice-versa.

A paz vem quando há reconciliação da inimizade produzida pela lei


(w.14,16).Recebemos isto pela graça. A lei não traz salvação mas inimizade
entre os que têm a lei e não a guardam e os que não tem a lei e as vezes
a guardam.Esta situação entre judeus e gentios, crentes e incrédulos, exis-
te até hoje. O judeu representa o crente que tem a Bíblia e não a pratica,
e os gentios representam os incrédulos que não têm a Bíblia e as vezes dão
um melhor testemunho que os crentes.

Efésios 2 traz essa grande revelação - a reconciliação entre os dois


povos, judeus e gentios. Não há missão mais sublime do que levar paz ao
mundo que está em inimizade. E o que fará isto é a graça de Deus, pois ela
completa a verdade. A lei, que ê a Palavra escrita, é a verdade limitada^
pois só com a graça e a verdade é que temos Jesus Cristo. A Bíblia em si e
lei e cria divisão. A Reforma redescobriu a Bíblia mas não trouxe recon-
ciliação. Através da Palavra escrita, dividiu a igreja muito mais. Mas a
graça completa a verdade, permitindo-nos entrar nela e vive-la. A graça
traz libertação em Cristo e a realidade sobre a qual a verdade falava. A
lei causa inimizade e divisão, mas a graça e a verdade trazem reconcilia-
ção e união. A lei foi vencida pela graça e agora pela graça podemos cum-
prir a lei.

-25-
Jesus não falou sobre a graça em seu ministério na terra — pelo con-
trário, deu mandamentos mais difíceis que a lei. Varias vezes falou: "Ouvis-
tes o que foi dito pelos antigos.. .eu, porem, vos jiigo..." (Mt 5:21,32,
38,39...). Mas Jesus era a graça, a paz e a libertação em pessoa. Seus man-
damentos são mais difíceis mas a graça e muito mais poderosa para^cumprír a
lei do que a própria lei. Portanto, a graça traz paz, reconciliação, justi-
ficação e cumprimento da lei. Graça barata que não faz cumprir a lei e gra-
ça que não traz paz. Se conseguíssemos justiça sem a graça (apenas por^nos-
sos esforços), poderíamos também alcançar paz sem a graça — mas isto é^im-
possível. A única maneira para se alcançar a justiça é pela graça, e a úni-
ca- maneira para se alcançar a paz é pela justiça.

TRÊS POVOS: JUDEUS, GENTIOS E A IGREJA

Paulo inicia a segunda parte do capítulo dois com o assunto de judeus


e gentios. Os judeus são o povo escolhido de Deus, descendente dos patriar-
cas — Abraão, Isaque e Jacó. Os gentios são todos os outros povos e nações
que não fazem parte desse povo escolhido. O assunto de judeus e gentios é
muito importante porque atinge o mundo inteiro — o rebanho escolhido de
Deus (Israel natural) e todas as demais nações. Paulo tem que falar sobre
isto agora para poder mostrar o surgimento de um terceiro grupo — a igreja
de Deus (Israel espiritual). Os efesios, a quem dirigiu esta carta, eram
gentios segundo a carne, no entanto, já não podiam ser considerados como
tais porque se converteram. Para entender este terceiro grupo e como é for-
mado e necessário entender a situação dos judeus e gentios.
O propósito de Deus sempre foi formar um povo especial para abençoar
todas as nações. Primeiro ele tentou com Adão (Gn 2:28), mas não deu certo.
Depois do dilúvio,ordenou a Noe mais ou menos a mesma coisa que havia orde-
nado a Adão (Gn 9:1). Da descendência de Noe chamou a Abraão (Gn 12:1-3)
para formar Israel natural. Com a formação deste povo especial o mundo todo
ficou dividido, do ponto de vista de Deus, entre judeus e gentios, entre o
povo que tinha a lei de Deus e os povos que não a tinham.
No início do capítulo dois (w.l e 3) Paulo mostra que tanto "vos" (gen-
tios) como "nós" (judeus) estavam mortos no pecado. Depois, nos versículos
4-10, ele fala sobre a graça de Deus que traz vida a todos. Quando se trata
da graça, é necessário estudar sobre judeus e gentios, pois é pela graça
que surge o terceiro grupo. Por isso, começando no versículo 11, Paulo en-
tra nesse assunto novamente. Precisamos saber a condição do judeu e do gen-
tio antes de saber como cada um dos dois pode entrar pela graça no novo
povo que nem é judeu nem gentio.
Deus deu a lei aos judeus para mostrar a inutilidade dos esforços huma-
nos e assim preparar o homem para receber a sua graça em Jesus. Ao invés
disso, porém, os judeus ficaram orgulhosos e se sentiram superiores aos ou-
tros povos. Ficaram cheios de justiça própria, não reconhecendo que o sim-
ples fato de oonheoev a lei jamais poderia justificá-los. Não reconheceram
o seu fracasso total em owrrgTpiv a lei. Esta era, então, a situação dos ju-
deus — justiça própria, conhecimento da lei e ao mesmo tempo uma vida de
desobediência ã lei.
Os gentios, por outro lado, não tinham conhecimento de Deus nem da sua
lei e viviam longe de Deus nas trevas da ignorância, perdidos na supersti-
ção e no pecado. Hoje temos os mesmos problemas. Os judeus de agora são os
crentes que se orgulham em possuir e conhecer a Bíblia, em ser batizados e
assistir as reuniões — mas que não cumprem a lei. Os gentios são os incré-
dulos que não conhecem nem obedecem a Palavra de Deus. Ambos precisam da
graça de Deus para entrar no novo povo que cumprirá o propósito do coração
de Deus.
Cristo veio da linhagem de Israel natural, morreu e ressuscitou, para
formar uma nova raça no Espírito. Com isto ele desmanchou a distinção que

-26-
ate então existia. Os judeus perderam seu lugar privilegiado, pois neste
novo grupo a circuncisão na carne, o fato de ser descendente natural de
Abraão, e o conhecimento da lei,, não davam direito de ser membro. Os gen-
tios, ao ouvir o evangelho e crer nele, deixavam de ser gentios e passavam
a ser membros deste novo povo. A distinção anterior foi abolida por Cristo
através do levantamento da igreja e agora tanto judeu como gentio podiam
fazer parte do povo de Deus. Os judeus podiam entrar porém não baseados na
sua linhagem natural. Os gentios podiam entrar, não com graça barata, porém
com poder para cumprir a lei.

Sem entender sobre judeus e gentios não podemos entender sobre a lei e
a graça. Deus usou os judeus para revelar a lei e a inutilidade da justiça
humana. Ele esta usando os gentios para revelar a graça que e dada aos ho-
mens pela sua misericórdia, sem nenhum merecimento próprio. Mas uma coisa
esta faltando hoje. É a restauração da lei para que ela seja cumprida pela
graça. Antes havia lei sem graça. Agora temos graça sem lei, mas Deus quer
a graça que cumpre a lei. Não podemos entender a graça sem primeiro enten-
der a lei.Para entrar na graça temos que desmascarar nossa justiça própria,
orgulho espiritual, espirito partidário e comodismo religioso.

Podemos dizer que os temas centrais de Efésios são a graça de Deus e a


igreja. De fato, são os temas centrais do ministério de Paulo assim como
a lei e o tabernáculo foram as coisas principais do ministério de Moisés.
Vemos neste capitulo como um leva ao outro. Ao tratar sobre a graça Paulo
tinha que falar sobre a igreja, pois esta é formada por todos aqueles que
receberam a graça. Ele também tinha que falar sobre os gentios e judeus pa-
ra mostrar as situações contrastantes e ao mesmo tempo a necessidade que
ambos tinham desta graça.
l Co 10:32: "Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para
gentios, nem tão pouco para a igreja de Deus..." Este versículo mostra os
três grupos — judeus, gentios e a igreja de Deus. Os judeus eram o povo
natural de Deus, os gentios eram separados do povo de Deus, e a igreja é a
nova raça, o novo povo, o verdadeiro Israel, o povo da nova aliança, que
Deus escolheu para realizar o seu propósito eterno na terra.

V. 11: "Portanto,, lembrai-vos de que outrora vòs3 gentios na carne, chamados


incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos
humanas..."

"Gentios na oarne". "Aqueles que se intitulam circuncisos, na carne".


Com estas expressões Paulo está mostrando que tanto judeus como gentios es-
tão na carne e não são o povo de Deus. Por que diz: "gentios na carne, oha-
mados incircuncisão"? Porque quem os chamava assim eram os judeus, que por
serem circuncidados na carne, se julgavam os únicos dignos de ser o povo de
Deus. Paulo esta dizendo: "Os judeus chamam vocês de gentios, achando que
eles são o povo escolhido, mas agora eles não são melhores que vocês. Tanto
quanto vocês, eles estão longe de Deus. Para fazer parte do novo Israel
(a igreja), tanto gentios como judeus precisam ser circuncidados no Espiri-
to. Antes (desde Moisés até Jesus) era necessário ser circuncidado na carne
para ser judeu natural, e como vocês não o são, eles os intitulam de gen-
tios e incircuncisos. Mas agora todos precisam se arrepender, ser batizados
e receber o Espirito de Deus para fazer parte do verdadeiro povo de Deus."
A circuncisão na carne era uma figura da circuncisão no Espirito.O tem-
po de figuras e sombras acabou-se na vinda de Jesus que trouxe a realidade
das coisas celestiais (Hb 9:11,23,24). Ao mostrar que todos, tanto judeus
como gentios, estão na carne, Paulo estava preparando o terreno para o apa-
recimento de um novo povo, a igreja de Jesus Cristo, composto de judeus e
gentios circuncidados no Espirito. Ele estava anunciando uma reforma total
que eliminava as distinções existentes entre o povo de Deus e os que não
eram povo de Deus. Os judeus que só tinham a circuncisão na carne passavam
a ser gentios, e os gentios que aceitavam a graça de Deus deixavam de ser
gentios e passavam a ser judeus, mesmo sem a circuncisão na carne.

-27-
Hoje temos dois povos novamente — crentes e incrédulos. Nos, os cren-
tes, somos como os judeus de antigamente; confiamos na nossa Bíblia, no
nosso batismo, e nas nossas praticas; ficamos satisfeitos com o nosso co-
nhecimento e superioridade.Os crentes têm a Bíblia,que é a lei, e os incré-
dulos são os gentios que não conhecem a lei. Precisamos de uma nova reforma
que faça surgir um novo povo, riem crente nem incrédulo — o verdadeiro Is-
rael, um terceiro grupo com a revelação da graça de Deus.
No tempo da lei e durante a história da igreja houve muitos homens que
receberam a revelação de Cristo (Enoque, Abraão, Moisés, Davi...Lutero,
João Wesley, Carlos Finney...). Más hoje Deus não quer indivíduos apenas —
ele quer formar um povo unido, uma companhia profética com a palavra viva
de Deus.
A barreira entre os dois povos deve se acabar, não para misturar os
dois grupos num tipo de ecumenismo, mas para levantar um novo povo, a igre-
ja de Jesus. Os judeus e gentios eram separados, mas Deus os uniu em Cris-
to. Tirou a barreira entre os dois para entrarem num terceiroc Assim também
os crentes e incrédulos precisam entrar juntos na realidade de Cristo e es-
quecer-se da distinção que antes havia entre si. Todos os dois precisam se
acordar e aceitar Cristo — sua palavra viva. Muitos crentes hoje já têm
Cristo (o que não podemos negar) mas eles o têm da mesma maneira que os ju-
deus tinham a lei de Moisés. Não e algo que funciona, que modifica a vida
nem que leva vida aos outros. Como muitos judeus conheciam a Deus, hoje
muitos crentes o conhecem, contudo o propósito de Deus não está se cumprin-
do na terra. A igreja está dividida porque não tem a revelação da graça que
a unira e restaurará o seu verdadeiro centro — Jesus vivo.
Assim como os gentios receberam mais facilmente a graça de Deus, talvez
agora os judeus vão entrar na revelação mais rápido do que nós que estamos
acostumados com o conceito teórico da graça. Os judeus rejeitaram a graça
no tempo de Jesus e dos apóstolos porque ficaram orgulhosos com seu conhe-
cimento da lei e pensaram que não precisavam da graça. Por causa disso,
Deus os rejeitou e entrou o tempo dos gentios (Rm 11:11-15). Agora, quando
Deus está para enxertá-los na oliveira novamente e o tempo dos gentios está
se findando (Rm 11:23,24,25), corremos o mesmo perigo de confiar no nosso
entendimento mental da graça e do evangelho e rejeitar a substância e rea-
lidade da graça prometida para estes últimos dias (l Pé 1:5,13).
Eu sempre penso que quando a palavra viva sair, os incrédulos vão acei-
tá-la primeiro que os crentes, pois estes acham que não precisam dela. Jo-
ão Batista pregou batismo aos judeus, sendo que batismo era a cerimónia u-
sada para os prosélitos gentios se tornarem judeus. Introduziu algo novo e
revolucionário quando começou a batizar judeuse Isto era o mesmo que pregar
que os crentes hoje devem se converter. Quem não gostava disso eram os li-
deres religiosos, pois o povo era formado pelos seus ensinamentos. E quem
não vai gostar da palavra restaurada hoje? Os próprios líderes responsáveis
pela obra de Deus. Mas os que tiverem quebrantamento e disposição para per-
der posições e cargos vão entrar nesse novo rio de vida. A palavra viva vai
sair e sacudir todo o sistema religioso„ Só vai aceitá-la quem tiver o co-
ração quebrantado, livre de tradições, costumes e formalismos. Ã medida que
reconhecemos que não temos essa revelação e a buscarmos, seremos quebran-
tados e preparados para não rejeitar a restauração da palavra de Deus. Por-
tanto, a revelação da graça depende de quebrantamento e humildade — da li-
bertação da nossa justiça própria para aceitar a misericórdia de Deus.
Vamos ver alguns versículos sobre a circuncisão.
Cl 2:11,12. Os judeus recebiam o sinal da circuncisão — sinal da ali-
ança entre Deus e Abraão, sinal que faziam parte do povo de Deus. Mas na
nova aliança o batismo tomou o lugar da circuncisão. No batismo somos se-
pultados com Cristo e também ressuscitados pela fé no poder de Deus. O ba-
tismo deve incluir sepultamento e ressurreição. Quem é batizado sem receber
o poder de Deus, é só meio batizado. A circuncisão da nova aliança e no Es-
pírito e não na carne; não é só sepultamento mas também ressurreição pelo
poder de Deus.

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Rm 2:28,29. Paulo teve muitas dificuldades com os judeus que não enten-
diam que uma nova raça, circuncidada no Espírito, estava surgindo, e que
não havia mais necessidade dos gentios se circuncidarem. Eles não entendiam
que o batismo toraava o lugar da circuncisão. Nos somos judeus, israelitas,
povo de Deus, se somos circuncidados no Espírito, fi muito importante enten-
der que Deus só tem um povo, Israel, que no início era povo de Deus na car-
ne, ^tnas agora e um povo no Espírito. Esta ê uma chave para entender toda a
Bíblia. Não há base bíblica para a doutrina dispensacionalista que separa o
propósito de Deus para a igreja do seu propósito para Israel. Deus vai unir
os judeus (Israel natural) com os gentios, circuncidando-os no Espírito, e
formando jum só povo (a igreja, Israel espiritual) que reinara na terra com
Jesus (Efesios 2 e Romanos 11).

Os judeus chamavam os gentios de incircuncisos e se intitulavam círcun-


cisos. Paulo fez questão de explicar que não havia muita diferença entre os
dois, pois ambos precisavam ser circuncidados no Espírito para entrar no
no.vo }}oineinj no verdadeiro povo de Deus. Tanto circuncisão como incircunci-
sao são coisas da carne e não são mais importantes, pois a nova dispensação
da graça e no Espírito e não na carne (Gl 6:12,13,15). Agora gentios e ju-
deus precisam se arrepender, ser batizados em nome de Jesus e receber o Es-
pirito para entrar na vida de Jesus. Circuncisão era um sinal de purifica-
ção da carne simbolizando a purificação do coração. Mas agora temos a rea-
lidade que purifica não só uma parte do corpo mas consiste no despojamento
de todo o corpo da carne (Cl 2:11). Pelo batismo todo o nosso velho homem
Í_enterrado e ressuscitamos em novidade de vida. Devido ã falta de revela-
ção do significado do batismo, este tem-se tornado para nós a mesma coisa
que circuncisão era para os judeus, um sinal sem conteúdo nem poder. O ba-
tismo hoje se tornou um ritual pelo qual passamos a dizer que somos cren-
tes. Nos dias de Paulo era uma experiência poderosa; as pessoas eram bati-
zadas até no meio da noite para serem salvas (At 16:30-34).Por isto, enfa-
tizamos que a ressurreição e o Espírito são fatores essenciais no batismo.
Isto precisa ser restaurado nos nossos dias.

(Se vooe quiser estudar mais sobre esta nova visão do batismo peça os
nossos estudos espeo-tfiaos sobre este assunto.)

PERGUNTAS PARA KEV1SÁO

01. Q.OÚUCÓ &ão at> duoó pahteA do capltuto 2 de


02. Como Pauto começa -íodaó AUCLÒ e.pZ&tota4?
03. tto&tne. como ciiaca tnaz paz e como paz fiaz
04. Vê. onde ptocede a <ini.tnizade. e,ntie. judeuá e ge.ntLoA?
05. Como a gtiaç.a tesun-ina e vence &Ata inimizade. e tna.z leconc-còtacão e paz f
06. Pon. que não tmoí, muãa paz hoje. meómo crendo e j(a£ancío da. gtaça?
07. Poi que. e Âjnpo4&Zve£ atcançan a paz 4 em a vetcíadetAa cj-taça?
OS. POA. que. Pauto úiidia. a segunda paute, do capZtuuto 2 faiando .áobte o aó-
•óunto de. /adeaó e ge.nti.oA?
09. ?on que. e.\ÁAte. e*ta divú>ão de toda a humanidade, eníte /udeu e q&ntto?
10. Pon que. o estudo da. g/taça exxge um entendimento &abne. o& jude.uA e gen-

11. Quat ÀÔ<Í o ptiopÕ&Zto d,ç Vmt> eu; doA. a teÀ. ao&
12. Po^i que. eAte, pfiopõúito ^,0-i faut&iado?
13. Po-t que. ainda tzmoí> o .m&òmo pfiobiçjnia de. jude.u e. ge.ntío hoje.?
14. Pofi que. amboA o& grupou px.<LcÀÂ,(M\ gsiaç.a de. Peão?
15. Como OuJito duman.c.kou a dtí>i.Lnção entte jude.u e. ge.ntio?
16. Quat a noá&a' neceó4xldí7.de hoje. em te-tação ã £ei e a

-29-
17. Quai* tão o* tuna* giincipait> de Enteio* e como co-t/ieó ponde/n
do mini&tvtio de
18. Qua£ a palavna chave, do veA&Zcuto H (E^lòio* 2 ) ?
79. Pot que. Pauto pnocuna mo*tAan que. tanto /udeoi quanto gtntio* utão na
co/me?
20. Qual e a banneina que. divide, a humanidade, hoje, e, como ela poderá *eA
nemovida?
21. Pon que. o* cni&tão* hoje. podem *eA companado* com o* Rodeai do tempo da
pnimeÂAa vinda?
22. Qual *eAa o neAultado da neátaunação da palavna e. da veAdadeina ne.veJLa-
cao da giaca?
23. POA. que. o-ô jude.ui> x.e.jeita>uw o zvangeZho no tempo de. JeAuÁ e. dob apÕÁ-

24. Vou que. oJteA poderão, tatvíz., tesi MOÍA facilidade, que. o& ge.ntio& hoje.
pana fie.ce.besi a >ie.veJLacão da giaca?
25. Poi que. 04 inoúLduloA vão teA maio fiacitidade. que. o-ó cAenteó pata fLe.ce."
beA u ta ie.ve£acão?
26. POA. que. 04 lldeAeA AeJtigio&oÁ não gostavam da pregação de João Batuta?
27. Como podemos no& pne.pa>iati agofia pana ne.ce.beA eAta ne.veÂjacão quando vieA?
2S. Que. ê. a cincuncibão da nova aliança e. que. doi& pa44o4 4ão incluído* ne-

29. POA. que. muito* jude.ut> cni*.tão* queAiam que. o* gentio* *e. cincuncida*-
*em?
30. Pon que. Pauto o* combatia com todo andon?
31. Quai e o p£ano eteAno de. Ve.u* pana a ^onmacão do * eu povo?
32. Mo*tne. como o bati*mo na nova aliança completa o *entido pne.^igunado
peÃa cincunci*ão.
33. Pon que. o bati*mo hoje. tem-*e. tonnado como a dncunci*ão no tempo
de.

V.12: "...naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de


Israel3 e estranhos as alianças da promessa^ não tendo esperança, e sem
Deus no mundo."

Podemos dar um titulo a este versículo e depois dividi-lo em três par-


tes.

O QUADRO DOS GENTIOS ANTES DE CONHECER JESUS

1. Sem Cni*to, *e.panado* da comunidade, de. l*naeJt.


Cristo é o chefe da comunidade e quem não o tiver esta separado dela.
Para ser parte de Israel precisa ter Cristo porque ele é o centro do povo
de Deus, o cabeça do corpo que é a igreja. SÕ quem tem a revelação de Cris-
to pode fazer parte da igreja (Mt 16:16-18). Se não tem Cristo, não tem fa-
mília, não tem casa, não tem comunidade, não tem nação.

2. E*tnanho* ã* aliança* da pnome**a, não te.ndo eápeAonça.


"Alianças da promessa" são as várias renovações da promessa que Deus.
fez a vários homens durante a história de Israel, principalmente a Abraão,
Isaque e Jacó (Gn 22:16-18; 26:1-4; 28:13-15). As alianças da promessa eram

-30-
a palavra de Deus enviada ao seu povo de tempos em tempos. Não são várias
promessas, mas a mesma promessa renovada varias vezes. Os gentios estavam
fora, estranhos as alianças da promessa e por isso não tinham esperança.
Não eram filhos de Abraão e por isto não tinham direito às promessas feitas
a ele. Sem a Palavra de Deus não temos esperança. O mundo não tem esperança
e quando tem é uma esperança falsa e sem base. Por exemplo, os egípcios ti-
nham uma esperança distorcida da vida alem da morte. Quando os faraós mor-
riam, eram embalsamados e sepultados nas pirâmides com todos os seus perten-
ces e familiares, pois criam que na outra vida essas coisas ainda seriam
necessárias. Tinham uma esperança falsa e sem fundamento. Se quisermos uma
esperança verdadeira temos que nos basear unicamente na Palavra de Deus,
nas "alianças da promessa".

3. S w Peoó no mando.
Estar sem Deus no mundo e. estar sob o governo de Satanás. Paulo pintou
um quadro bem preto da situação dos gentios antes de conhecerem a verdade.
Fora da comunidade de Israel por estarem sem Cristo. Não tendo esperan-
ça porque não conheciam nem eram incluídos nas alianças da promessa. Sem
Deus no mundo porque estavam dominados por Satanás.

V. 13: "Mas agora em Cristo Jesus, vós,, que antes estáveis longe, fostes
aproximados pelo sangue de Cristo."

"Agora" e uma palavra importante. Na apostila "A Restauração da Pala-


vra" (Parte 1) temos um estudo sobre o significado deste "agora" que apa-
rece tantas vezes nos escritos apostólicos. Em resumo, significa que o
evangelho que os apóstolos pregavam era a revelação do mistério que os pro-
fetas anunciaram e ansiaram por entender durante tantos séculos. "Agora" a
salvação estava disponível através da doutrina apostólica que trazia o pró-
prio Jesus às pessoas.

"Em Cristo Jesus" — este é um dos temas do livro de Efésios. Notamos


como esta verdade é enfatizada no primeiro capítulo e estamos vendo que ele
continua falando sobre isto no segundo capítulo. Note a nossa posição "em
Cristo" nos versículos 5,6,7 e 10.

Gl 3:26-29. Aqui diz: "batizados em Cristo", não "batizados na água". O


importante é ser batizado em Cristo que inclui a água, o Espírito e o corpo
(l Co 12:12,13). Se estamos "em Cristo", somos descendência de Abraão e
herdeiros segundo a promessa. Através da fé e do batismo somos incluídos em
Cristo e isto nos introduz na comunidade de Israel.

Vv. 14,15,16: "Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo
derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na
sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois
criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em
um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimiza-
de."

Note no versículo 13 o "sangue de Cristo" e no versículo 15 a"carne"


que desfez a inimizade. Carne e sangue nos lembram a ceia.
A "parede da separação" (v.14) fala do templo onde havia uma separação
entre o lugar permitido aos judeus e o lugar permitido aos gentios. Os gen-
tios adentravam até certo ponto, mas não podiam entrar onde os judeus en-
travam. Havia outra parede de separação entre os judeus e os sacerdotes. Os
sacerdotes podiam entrar no lugar santo enquanto os judeus comuns não podi-

-31-
am. Havia, então, duas separações; entre judeus e gentios e entre sacerdo-
tes e judeus. Mas esta separação no templo era apenas uma figura ou demons-
tração da separação espiritual que havia entre os dois povos. O fato dos
gentios serem proibidos de entrar onde os judeus entravam significava que
eles estavam separados de Deus e não tinham direito de entrar na sua pre-
sença,ao passo que os judeus, por serem descendência natural de Abraão, ti-
nham este privilégio.Isto criava uma barreira, uma inimizade, entre os dois
povos.
O contrário de paz é. inimizade. Cristo é a nossa paz (v.14) porque aca-
bou com a inimizade entre judeus e gentios, derrubando a parede de separa-
ção. Isto só aconteceu, entretanto, com a sua morte na cruz. Durante a sua
vida aqui na terra ele respeitou a distinção entre os dois povos (Mt 10:5,
6). Quando a mulher siro-fenleia clamou por sua filha endemoninhada, ele
disse: "Não fui enviado senão as ovelhas perdidas da casa de Israel...Não é
bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos" (Mt 15:24,26). Ele
veio como rei de Israel, filho de Davi. As palavras que foram escritas na
sua cruz diziam: "Este e Jesus, o Rei dos Judeus"(Mt 27:37). De preferên-
cia, ele ministrava só aos judeus. Alguns gentios conseguiram receber curas
dele, mas só através de muita insistência e fé pois ele não se dava a eles
com muita facilidade.

Jesus confirmou a separação que existia entre judeu e gentio como algo
real pois foi o próprio Deus que a tinha instituído. Quando Deus chamou
Abraão e os seus descendentes para fora do sistema do mundo e tratou-os de
uma maneira peculiar e diferente, estava criando uma separação entre eles
e o resto do mundo. Quando Jesus veio, porém, tanto judeus como gentios se
encontravam separados de Deus e necessitados de reconciliação. Os judeus
tinham a lei, a Palavra, as alianças e as promessas, mas rejeitaram o Mes-
sias por causa da sua justiça própria e orgulho. Os gentios não tinham nada
pois estavam sem Cristo, sem Deus, sem alianças e sem esperança. Assim os
dois povos estavam perdidos e Deus podia usar de misericórdia para com am-
bos.

Portanto, esta separação ou inimizade mencionada nos versículos 14-16


pode ser aplicada em dois sentidos: separação entre judeus e gentios, e se*
paração entre os dois povos e Deus. Poderíamos ilustrar a situação assim:

DEtfS

lei

JUDEUS GENTIOS
(justiça própria) (ignorância)

Jesus acabou com as duas separações através da cruz. Embora respeitasse


a distinção entre judeus e gentios durante a sua vida, o seu propósito
principal em vir ao mundo era destruir pela cruz tanto a inimizade entre os
dois povos quanto a inimizade entre eles e Deus. Pela cruz — a sua carne e
o seu sangue — ele matou a inimizade e uniu os dois povos em um só nomem
que ao mesmo tempo é unido com Deus ("...reconciliando ambos em im só aorpo
aom Deus..."). Assim iniciou-se uma nova raça, um novo povo. Isto só podia
acontecer "...por intermédio da cruz..." Durante quase dois mil anos a cruz
tem sido ó tema de pregações, livros, pinturas e cânticos do povo de Deus.
É um tema inesgotável. Paulo entendeu tanto sobre ela que não queria saber
nada a não ser Jesus Cristo, e este crucificado (l Co 2:2).
"... aboliu na sua carne a lei dos mandamentds na forma de ordenan-
ças..." (v.15). A lei era separação ou inimizade pois era a única coisa que
separava os judeus dos outros povos. Além disto, ela separava todos os pó-

-32-
vos de Deus, pois os judeus a tinham e não a obedeciam e os gentios nem a
conheciam. Isto não nos deve levar a desprezar a lei. A lei e boa e santa
(Rm 7:12). Precisa haver lei e precisa haver separação. Sem lei não ha gra-
ça. Sem lei ha libertinagem. A graça é uma coisa poderosa, solida, capaz de
fazer uma pessoa santa, porque confirma e cumpre a lei. Ela diz "amem" ã.
lei. Graça é Jesus ressurreto em nossa vida. É isto que falta ao povo de
Deus hoje. Os cristãos hoje rejeitam a lei e dizem: "Temos a Bíblia e temos
a graça". Entretanto, usam desta liberdade para fazer a própria vontade.
Mas isto não é graça pura, é graça barata, porque a verdadeira graça cumpre
a lei.

A lei é necessária para definir a santidade e a natureza de Deus. O fa-


to dela causar separação não e necessariamente uma coisa errada. Santidade
significa separação do pecado e da imundícia. Deus não gosta de união em
qualquer base. Ele quer separação de toda sujeira e erro. Ele sempre quis
ter um povo especial, uma nação separada com a lei de Deus, que seria o
veículo para abençoar todas as famílias da terra (Êx 19:4-6; l Pé 2:9).
Cristo veio para acabar com a separação que existia entre os judeus e gen-
tios porque tinha se tornado invalida. Se os judeus estivessem cumprindo a
lei e unidos com Deus, então seria importante haver uma parede de separação
entre eles e os gentios. Neste caso um gentio só poderia ser unido com Deus
quando se humilhasse e se tornasse judeu. Mas o fato era que tanto o judeu
quanto o gentio estavam separados de Deus por causa de não cumprirem a lei
e precisavam de reconciliação com Deus. Jesus veio destruir, então,a falsa
separação que dava uma falsa segurança aos judeus e levantar uma nova sepa-
ração — entre os que eram circuncidados no Espírito (tanto judeu como gen-
tio) e os que não eram (tanto judeu como gentio). Em outras palavras, ao
iniciar uma nova raça ele destruiu as separações que existiam ate então e
começou uma nova.

Cl 2:11-15. O versículo 14 se refere ao mesmo assunto de Efisios 2:15,


16. A lei era contraria ou prejudicial a nós pois não a havíamos cumprido.
Ela acusava-nos da nossa dívida e pedia a nossa morte como pagamento. Cris-
to riscou essa dívida que tínhamos para com a lei e pregou a condenação na
cruz.

V.15. Os principados e potestades aproveitam da lei para nos acusar e


condenar para poder assim ganhar vitória sobre Deus. Cristo despojou-os e
triunfou sobre eles na cruz porque aboliu o escrito da dívida (a sentença)
que nos condenava. Desta forma, nos tirou do seu poder e roubou-lhes a pre-
sa. Satanás tem o império da morte (Hb 2:14) e usa a lei para nos condenar
e nos subjugar ao seu domínio. Jesus tirou este seu direito e poder, não
porque aboliu a lei (o que e impossível pois a lei é eterna),mas porque pa-
gou a nossa dívida para com ela. Jesus não destruiu a lei na cruz, e sim a
nossa sentença de morte.

A lei continua, pois é eterna, mas as ordenanças que são os seus aspec-
tos exteriores, figurativos e simbólicos foram abolidas na cruz. Estas or-
denanças causavam inimizade entre judeus e gentios pois eram uma barreira
religiosa visível. Causavam inimizade com Deus porque eram usadas como des-
culpas para cobrir a desobediência ã lei. Já no Velho Testamento, quando
estas ordenanças ainda eram válidas, Davi e os profetas reconheciam que
eram apenas sombras e figuras, mas que a substância era outra. "Sacrifícios
e ofertas não quiseste..." (SI 40:6-8).

A graça não anula a lei e sim a cumpre. Não precisamos mais das orde-
nanças, preceitos, sacrifícios e demais rituais, porque na cruz Cristo cum-
priu plenamente toda a lei e pagou totalmente a nossa dívida. Satanás e
seus principados estão envergonhados pois perderam sua presa e não podem
mais nos dominar e nos levar ã morte. Agora podemos viver em novidade de
vida porque a vida do Cristo ressurreto está' em nós com todo poder, não só
para cumprir a lei mas para de longe ultrapassar as suas exigências.

Voltando ao esquema da página 32 podemos resumir o assunto da seguinte


forma: Os dois grupos são separados um do outro e de Deus pela lei, mas são

-33-
reconciliados um com o outro e com Deus pela carne e sangue de Jesus cujo
corpo foi morto na cruz .

PERGUNTAS PARA REI/ISK0

01. Qual a. condição pAindpat pana. fazeA paAte. da. comunA.da.de. de.
02. Õ que. A-igni^i-ca a, expteá.óão "aitançaó da pA.omeA.6a"?
03. Vou. que. o-á gentúxá eAam eAtAa.nkoA ãá "atiancaÁ da pAomeAAa"?
04. VOA que. o mundo não tem eópeAança?
05. Se a peó-áoa eá;tã &em Peão no mando, eá-íã &ob o goveA.no de. quem?
06. Quau aá expteá-óõeá de. Eúlt>i.o& 2 que. enfatizam a noA4a po-á-íção "em
Ctcóío Jeòuá", e em qua-á ve/tóZcu£o4 apatecem?
07. Como podemos .á et. -LncJLuLdoi, na. comunidade, de.
08. Qual eAa a "parede de Aepatacão" ení^ie judeuó e gentco^ que Oii&to
lubou?
09. Qaa£ eAa a atitude, de JeAaó pa^a com 04 genttoi durante o>&ea
na
10. Quem <im>tituiu a &e.pa/iacão e.nt/ie. jude.ut> e ge-ntio-ò?
11. Po A que. eAta Ae.pafiaq.ao não estava agradando a Peão quando Jeáaá veÁ.o a
ptám&úia uez?
12. ?oi que. Jeóaó ^eó peitou a /sepatação e não mini&tsiava ao4 ge.ntio-& duran-
te. a éua
J 3. Em que, do>á *e.ntido& podemos eníende/t a parede de áepatação que
deAAubou?
14. Õ que. Oiiàto nejaJLizou at/iav<Lt> da CAUZ?
15. Como a leÀ. Ae.pa>iava OA jude.uí* do& ge.ntioA e. ambo& de. Peu4?
1 6 . Poi que a £ex e únpotâante. e nece44átói?
17. Poi que a g^^iça apregoada pelo* c>tóó^ãoA noje não e gtaca genuína?
7í. Po^ que Peuó não goàta de. qu&lqueA. tipo de união?
19. ?ofi que. OúAto veÁo deMuhau a paAe.de. de, 6e.paAac.ao e.ntAe. /udeuó e gen-
4 e e£a {o<i ofiÍQÁ.nada peÀlo pAÕpAia Peui?
20. Que nova .áepa/tacão Cfuií>to -tn-cc-tou?
2J. POA. que a £e/c e contAÓAia a.nÕâ?
22. Como OúAto despojou OÁ p^cmi/cpadoA e poíeó^adeá na
23. Qu.e patíe da £ex. <$o^ abatida 'peZa CAUZ?
24. Vou que. eáta ponte, cau&ava 4,nmÁ.zade, entte /udeuó e gzntio*?
25. Poi que cauòava inimizade, com VZUÁ também?
26. Em que. í>e.ntido a gAaça no& tivAa do jugo da

Vv. 17,18: "Ej vCndo3 evangelizou paz a vós outros que estáveis longe3 e
paz também aos que estavam perto; porque ^ por elet ambos temos acesso ao
Pai em wn Es

"E vindo..." Como? No Espirito, através do ministério dçs apóstolos,


pois esta evangelização da paz ocorreu depois da' cruz. ".. .vós outros que
estáveis longe..." — os gentios, "...também aos que estavam perto..." —
os judeus. Tanto os que estavam perto (porque j ã tinham a lei de Deus)
quanto os que estavam longe estavam separados de Deus e precisavam ser re-
conciliados com ele.

-34-
...ambos temos acesso ao Pai em um Espírito". Agora fala sobre o Espí-
rito. A cruz matou Jesus e a inimizade mas a história não terminou neste
ponto. Depois da morte veio a ressurreição e o derramamento do Espírito. De-
pois de morta a inimizade, agora podemos nos relacionar com Deus através do
Espírito, que é o Espírito da ressurreição (Sm 8:11). Sem entender isto,
não podemos entender como Jesus podia matar a inimizade pela cruz e depois
ainda vir e evangelizar paz aos dois povos. Ele não só morreu e nos recon-
ciliou com Deus pela sua carne e sangue, apagando o nosso pecado — ele
ressuscitou e derramou o seu Espírito para que tivéssemos contínuo acesso ã
presença do Pai. O que morreu e o mesmo que veio e nos evangelizou paz. Is-
to foi possível através do Espírito da ressurreição (Rm 1:4; Cl 2:12).

JUDEUS E GENTIOS NO LIVRO DE ROMANOS

No livro de Romanos Paulo trata em profundidade o assunto de judeu e


gentio. Por isto não podemos passar para frente no livro de Efésios sem
primeiro concluir nosso estudo sobre estes dois povos olhando várias passa-
gens em Romanos.

Rm 1:16,17. O conteúdo do livro de Romanos começa realmente no versícu-


lo 16. Os versículos anteriores são uma introdução, que também é cheia de
significado. Mas a partir destes dois versículos temos novamente os dois
grupos nos quais a Palavra divide toda a humanidade — judeus e gentios.
Paulo fala sobre isto porque sua carta se destina aos romanos que eram gen-
tios. Roma era a capital de um dos maiores impérios da historia e ali se
encontravam ambos os povos, porém principalmente os gentios. Paulo era
apóstolo para os gentios e nesta carta aos romanos ele se entusiasma e fala
sobre os assuntos principais de seu ministério — lei e graça, salvação pe-
la fé, e judeus e gentios.

Ha muitos assuntos que podem ser destacados nestes versículos — heran-


ça, justiça, fé, salvação — mas a palavra que quero ressaltar agora é "po-
der". No grego esta palavra significa "dinamite". O evangelho é o poder, a
dinamite de Deus, para a salvação de todo aquele que cré, primeiro do judeu
e também do grego (v.16). Por que "primeiro do judeu"? Porque os judeus
foram escolhidos por Deus através de Abraão, a lei lhes foi dada por Moi-
sés, Jesus foi enviado a eles e os apóstolos pregaram primeiro a eles. Por
determinação divina tiveram o privilégio de receber o evangelho da salvação
primeiro, mas graças a Deus, depois deles nós, os gentios, também fomos in-
cluídos.
"De fé em fé". Esta expressão encontrada no versículo 17 jpode signifi-
car "da fé dos judeus para a fé dos gentios"; "da fé em Abraão até a fé em
Cristo". Mesmo tendo as Escrituras e os patriarcas, os judeus não podiam
começar com a justiça de suas obras e terminar com a fé em Cristo. Eles
não entenderam isto, mas Paulo estava dizendo que era necessário começar
com fé e terminar com fé. Por que as seitas falsas crescem tanto hoje?
Porque é muito mais fácil seguir certas regras para alcançar salvação do
que manter um relacionamento de fé com um Deus vivo. O homem quer cumprir
algumas "leis" para alcançar um senso de justiça e depois crer que Cristo
completará a medida necessária para sua salvação. Ele quer começar, com
obras e terminar com fé. Entrar pela fé não tem lógica para a nossa mente
humana; é necessário uma revelação dada por Deus. É preciso começar e ter-
minar com fé. De fé em fé a justiça de Deus é revelada. É revelada a nós
pela fé e realizada em nós pela fé. Isto é a essência do livro de Romanos.
0 que é o evangelho? Segundo estes versículos, é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê. São as boas novas, a última edição da
lei de Deus. Seu conteúdo é muito simples — a morte e a ressurreição de
Jesus (l Co 15:1-4) — e isto é o poder de Deus para trazer a sua justi-
ça ao homem e transformá-lo ã sua imagem.
1 Co 1:18,23,24. A cruz é o poder de Deus. Podemos concluir, então, que

-35-
o evangelho é a cruz. A cruz era um escândalo para os judeus (v.23), porque
esperavam o Messias, um rei que levantaria a nação de Israel para reinar
sobre todas as nações. Era loucura para os gentios pois estes enfatizavam
sabedoria e filosofia e não conseguiam compreende-la. Morte, beber sangue,
comer carne — estas coisas eram loucura para eles. Mas para os chamados, a
cruz é o poder de Deus e a sabedoria de Deus (v.24).

Paulo contrastou escândalo com poder e loucura com sabedoria. Os judeus


queriam poder, um rei para governar as nações, mas veio um homem humilde de
Nazaré e morreu na cruz. Eles até falaram: "Desce da cruz e salva-te a ti
mesmo!" Ficaram escandalizados com a fraqueza aparente da cruz. Mas no dia
da ressurreição o poder de Deus se manifestou e o mundo jamais foi o mesmo
após esta explosão da dinamite de Deus.

A cruz é dinamite e é disto que precisamos. Precisamos de poder e o po-


der está na cruz. A cruz tira a barreira entre os homens e entre os homens
e Deus, assim como a dinamite tira montanhas ou prédios velhos para abrir
novas estradas. O poder da cruz tira o velho homem e levanta o novo. Quando
isto acontece na pratica temos avivamento.

Rm 2:9-12. Novamente encontramos a expressão "do judeu primeiro e tam-


bém do grego". Paulo escreveu esta tese para provar que Deus condena judeus
e gregos pela lei JL fim de usar de misericórdia para com ambos. Os judeus
tinham a lei mas não a praticavam e os gregos não a tinham; por isso tribu-
lação e angústia viriam sobre ambos. Mas sobre os que cumprem a lei viriam
glória, honra e paz; ao judeu primeiro e também ao grego (v.10). Tanto em
relação ao castigo quanto em relação ao galardão o judeu tem preeminência
pois foi escolhido por Deus para receber a sua lei. No fim das contas, po-
rém, é apenas uma questão de ordem pois "para com Deus não ha acepção de
pessoas" (v.11). Paulo quer mostrar que se o gentio cumpre à lei mesmo sem
conhecê-la Deus o justificara, ao passo que se o judeu conhece a lei e não
a cumpre Deus o_ condenará. O galardão pela obediência e o castigo pela de-
sobediência virão sobre todos, tanto gentios como judeus. A diferença é que
ambos virão sobre o judeu primeiro.

Rm 2:13,16. Para melhor compreensão estes versículos devem ser lidos em


sequência, omitindo os w.14,15 que são uma espécie de parênteses. Na se-
gunda vinda Cristo vai julgar os segredos dos homens; ele vai trazer seu
raio X para ler todos os corações. Paulo tinha tanta certeza disto que
afirmou que essas coisas aconteceriam "de conformidade com o meu evange-
lho".

Rm 2:14,15. Os gentios embora não tendo lei, servem de lei para si mes-
mos. Este é um assunto profundo que não podemos estudar agora. Mas Paulo
está mostrando que a consciência condena ou aprova a lei de Deus, mesmo no
caso de quem não conhece a lei de Moisés. Desde o nascimento nossa consci-
ência testifica sobre a lei de Deus. Não é preciso ninguém ensinar que
roubar, mentir e matar são coisas erradas.
Rm 2:17-29. Ao ler esta pasisagem, quando chegamos no versículo 25 pode-
mos concluir que assim como circuncisão semaprãtica da lei fica sem valor,
batisiro sem a obediência à lei torna-se inválido e sem sentido.Hoje, às ve-
zes vemos pessoas que não são crentes exteriormente (não foram batizadas,
nem são membros de uma igreja), mas que cumprem a lei mais do que as que
são.
Rm 3:1-4. Paulo gastou o capitulo 2 para colocar judeus e gentios na
mesma posição e no fim parece que não há vantagem alguma em ser judeu. Por
isso ele pergunta no inicio do capitulo 3: "Qual é, pois, a vantagem do ju-
deu? ou qual a utilidade da circuncisão?" E a resposta no versículo 2 é:
"Muita,sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confi-
ados os oráculos de Deus (as Escrituras)". Paulo tem uma didãtica bem pecu-
liar.Depois de provar que o judeu não tem vantagem, ele mostra que tem. Ele
levanta o judeu e depois o abaixa de novo,levanta-o e o abaixa de novo,Ele
quer fechar as saídas para todo o mundo,para mostrar que todos são repreen-
siveis e condenados. "Que se conclui? Temos nós (judeus) qualquer vantagem?

-36-
Não, de forma nenhuma; pois jl temos demonstrado que todos, tanto judeus,
como gregos j estão debaixo do pecado..." (v.9).

Rm 3:9-20. Nos versículos 10-18 Paulo usa o Salmo 14 para provar que tu-
do que esse salmo diz, aos que estão debaixo da lei (os judeus) o diz, para
que se cale toda boca e todo o mundo fique sujeito ao juízo de Deus (v.19).
O salmo faz parte da lei, do Velho Testamento,e afirma para os que estãode-
baixo da lei que não ha um justo sequer, ninguém que entenda, ninguém que
faça o bem.O propósito disto é mostrar que "ninguém será justificado diante
dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do
pecado" (v.20).

Rm 3:21-31. O Velho Testamento está resumido nesta expressão do versícu-


lo 21 — "pela lei e pelos profetas". A lei e os profetas testemunharam so-
bre a justiça de Deus que seria revelada pelo evangelho. O Velho Testamento
contem a lei,mas aponta para o evangelho — a justiça de Deus mediante a fé
em Jesus Cristo para todos os que crêem (v.22). Não há distinção (v.22), tanto
o circunciso como oincircunciso são justificados pela fé (v.30). Mas nem por
isso a lei é anulada. "Anulamos, pois, a lei, pela fé? Não, de maneira ne-
nhuma,antes confirmamos a lei" (v.31). Sem a lei não há revelação da justi-
ça de Deus.Sem o evangelho hão há cumprimento da lei. E como confirmamos ou
estabelecemos a lei? Pela graça. O Novo Testamento cumpre o Velho Testamen-
to. O evangelho não anula a lei mas traz graça para a cumprir. Precisamos
entender o que Paulo está falando para depois entender como praticá-lo.

O homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei


(w.27,28) .Mas essa fé produz obras, não da lei mas da fé. Quem tem fé, tem
obras. Mas em primeiro lugar vem a fé e depois as obras. Por exemplo, por
que as vezes alguém tenta parar de beber e não consegue? Porque precisa crer
primeiro e assim receber o poder de Deus para não beber mais. Por outro la-
do,muitas pessoas pensam que estão crendo, mas sua fé é uma fé mental. A fé
que traz o poder de Deus é a fé no coração.

Rm 4:1-3,10-12. Qual foi a justiça de Abraão? Crer em Deus, na sua pa-


lavra (w.1-3). Abraão foi justificado antes de ser circuncidado (v.10).
Paulo diz isso porque os judeus confiavam na circuncisão assim como muitos
cristãos hoje confiam no batismo. Mas a fé veio antes. Dizer que a justiça
de Deus foi imputada a Abraão sem circuncisão é o mesmo que dizer que ele
foi justificado antes de ser batizado.

Abraão é o pai dos gentios porque recebeu justiça antes de ser circunci-
dado (v.11); e os gentios são incircuncisos. Ele é o pai dos judeus porque
são circuncisos como ele também foi; contudo há uma condigao — é preciso ter
a mesma fé que Abraão tinha antes de se circuncidar. Ele não é pai dos que sõ
foram circuncidados na carne — para ser filho de Abraão e necessário em pri-
meiro lugar ter a fé de Abraão, quer seja gentio quer seja judeu,_quer seja
circunciso quer seja incircunciso. Assim também o batismo em si não salva,é
a fé que salva. Um exemplo famoso disto é o ladrão na cruz (Lc 23:39-43).
Deus julga segundo as circunstancias. O batismo não é necessário se for im-
possível. Mas aquele que cré deve ser batizado se for possível (Mc 16:16).
A primeira obra da fé é o batismo. Pessoas batizadas são salvas não porque se
batizaram,mas porque creram. E pessoas salvas sem o batismo (porque não ti-
veram oportunidade) são salvas porque creram. A fé vem antes do batismo e o
batismo é uma prova da nossa fé, um ato de obediência.

Mas tudo depende de que ponto de vista estamos olhando. A fé é mais


importante que a circuncisão (batisfco), mas é através da circuncisão que fa-
zemos parte da nação. A circuncisão era o sinal que separava o povo de Deus
dos outros povos.Quando um gentio queria fazer parte do povo de Deus ele ti-
nha de ser circuncidado. Assim também, na nova aliança, o batismo é o sinal
que nos separa dos outros povos e é através do batismo que ingressamos no
corpo de Cristo.

-37-
A circuncisão em si, porém, não era suficiente para formar a nação, o
povo escolhido de Deus. Pela desobediência à lei a circuncisão dos judeus
tinha se tornado incircuncisão (Rm 2:25,26). Circuncisão sem a prática da
lei é como ter um diploma sem ter feito o curso,é um sinal sem valor. Sem a
prática da lei não havia confirmação da circuncisão e nem podia fazer parte
da nação.Isto também pode ser aplicado ã nossa situação hoje. Assim como as
obras da lei confirmavam a circuncisão, as obras da fé confirmam o batismo.
Se não houver confirmação do batismo pelas obras da fé,a pessoa não está em
dia diante de Deus; está estagnada no batismo. E o batismo é apenas a pri-
meira obra da fé.Se formos olhar do ponto de vista de Tiago veremos que até
Abraão, se não tivesse obras,não teria sido justificado (Tg 2:21-24). Vimos
que batismo sem fé é apenas um ritual, mas por outro lado o batismo como
obra da fé tem uma importância tremenda.È através dele que fazemos parte da
nação, do corpo, da igreja (l Co 12:13; Gl 3:26-29).

Paulo está tratando esse assunto com muita seriedade: "Não se pode con-
fiar só no batismo (circuncisão). Batismo não salva e sim a fé". Más com isto,
ele não está anulando obatismo.É preciso crer,ser batizado e depois prosse-
guir produzindo obras da fé.As igrejas hoje enfrentam este problema. Muitas
pessoas confiam no batismo e tomara a ceia com aquela expressão de fingimento
no rosto, mas na realidade estão longe de Deus. Há pessoas que não tomam a
ceia (porque não são batizadas) e no entanto, estão muito mais sérias com
Deus do que pessoas batizadas que brincam, mentem e tomam a ceia assim mes-
mo.

A ceia^revela o nível de vida na igreja. Não podemos tomar a ceia para


ter comunhão.A comunhão com Deus e entre os irmãos deve produzir o ambiente
e a realidade interior que dá base para a ceia. Se a ceia é apenas uma for-
malidade ou um ato religioso sem vida, sem comunhão, algo está errado no
corpo.Ela é o termómetro espiritual que acusa saúde ou doença no corpo. Al-
go puramente exterior não tem poder porque o homem tem uma facilidade tre-
menda para fingir e imitar. O interior e que produz o exterior e nunca o
contrário. Não podemos confiar no exterior, temos que manifestar pelo exte-
rior a realidade interior.
t

(Se quiser estudar mais sobre a aeia peça os nossos estudos específicos
sobre o assunto.)

PERGUNTAS PARA KEV1SKO

01. Como CtÃAto pode. e.vange£izaA paz deporto de. deAtAuÁA pe£a ctuz a. inimi-
zade.?
02. Vou que. a paz pAe.cÍAava &eA e.vangeLizada tanto pana. o-ò de. peAto como
pata 04 de. longe.? ; •
03. Pot que a. te£AutteÂ.cão de. Jeóuá e. ^undame.ntal paAa a no&j>a salvação?
04. Pot que. Paulo diz "psúmeÂAo do jude.u" no UVAO de. Romanos?
05. O que. bignifaica a e.x.pteA&ão "de. fé em fé"?
06. Vou que. o homem nunca queA come.cat com fé?
07. O que. e o conteúdo do e.vangeÂho e. pata que. AeAve.?
OB. Vou que. a cAuz £oi escândalo pata o& judeu* e. loucuta pata o-ó ge.ntio&?
09. ?ot que, podemos dizeA que. o e,vange£ho ê a ctuz?
10. Como a dinamite, da ctuz 4 e.
11. O que. Paulo queA ptovat com AeApeÂto aaá /orfeão e ge.ntioA no capZtuto 2
de. Romano-á?
12. Pot_que. o batú>mo hoje. pode, 4 e totnat inválido ã Aem&lhanca da ciACun-
ciAao no tempo de. Paulo?

-38-
13. Von. que. a didãtica de. Paulo padece contnjadútÓnÁa no capítulo 3 de. Roma-
nos? Qual o teu pn.opoi.Juta m £azeA
14. Vê. algum» e.x.emplo& de. como a leÂ. e. o*> pn.o^etaA testemunhariam Áobn.e. o
evangelho.
15. Qual a única maneÁna pana 4 e cumpnÀA a leÁ.?
16. Como podemos &abeA &e. a noààa fie. e. genuína?
17. Vou que. Pauto m^atiza que. Abraão ^o-t j uAtifacado anteA de. 4 vi cvicun-
cÁdado?
IS. Vou que. Abraão e pai. do4 ge.ntioà e. tombem doa
79. Vou que. em algum> caio4 o batú>mo não ê À.ndií>pe.n&ã\jeJL pata a salvação?
20. Von. que. de.vemoA í>vi batizado* A e. cnejnoÁ?
21. Vou que. a cin.cunclt>ão c£o4 jude,u& tinha 4 e toinado -c
22. O que. de.vmo& p^aticaA pana o noAAo bati&mo &eÁ
23. Vou que. o bati&mo como obna da ^é e tão únpotáante.?
24. Von. que. &o o £ato de. &eA batA.iz.ado não e ÁufccÁ&nte. pana tomanmoA a
ceÀ.a dignamente.?
25. Von. que._não podemoA con^an. no exteJú.on. (batl&mo, ceZa,e£c) e. ao meómo
tempo não podemos fccan. 4 em e£e?

Continuando nosso estudo sobre judeus e gentios no livro de Romanos,


vamos ver o posicionamento desses dois povos em relação ã lei de Deus.

Rm 7:7-25. Os versículos 7-13 (especialmente o versículo 13) mostram


o propósito da lei — para o pecado se revelar excessivamente maligno. Sem
revelação do pecado não há arrependimento e sem arrependimento não há gra-
ça. Arrependimento traz graça. A nossa salvação é proporcional à profundi-
dade do nosso arrependimento. Portanto, o arrependimento vem pela revelação
do pecado e isto acontece através da lei. A lei nos condena para nos levar
ao arrependimento e â salvação.

Vv. 14-20. A ênfase desta passagem é que a lei é boa e espiritual.


Quando fico insatisfeito por não cumpri-la estou provando que a lei é boa
(v.16).

V.21. A lei ã qual este versículo está se referindo ê a lei do pecado


que guerreia contra a lei da mente. A lei da mente concorda que a lei de
Deus é boa, santa e espiritual e precisa ser obedecida (w.22,23). Ela quer
parar de fazer coisas erradas e fazer o bem, mas não consegue porque encon-
tra a oposição da lei do pecado que atua na carne para praticar a própria
vontade. Paulo concluiu então: "Desventurado homem que sou! quem me livrará
do corpo desta morte?" (v.24). A resposta está no versículo 25: "Graças a
Deus por Jesus Cristo nosso Senhor." E mais uma vez no fim deste versículo
ele enfatiza que com a mente somos escravos da lei de Deus, mas segundo a
carne da lei do pecado.

Rm 8:l*-4« O versículo l nos lembra do nosso estudo em Efésios sobre a


nossa posição "em Cristo Jesus". Nele não há nenhuma condenação, "porque a
lei do Espírito da vida em Cristo, Jesus te livrou da'lei do pe"cado "e da mor-
te". Pela cruz o velho homem morre e o pecado não têm mais -força para ope-
rar na nossa carne. A cruz anula a lei do pecado é a lei da mente e faz en-
trar em vigor a lei do Espírito da vida que cumpre a lei de Deus.

-39-
•v
Abaixo temos um diagrama sobre as quatro leis:
A Lei de Deus

À Lei dá >Mente  Lei do Pecado


O Bem (Sim) O Mal (Não)
Judeus Gentios

A Lei do Espírito dá Vida em Cristo Jesus


A Arvore da Vida (Eu Sou)
O Novo Homem (A Igreja)
A lei do pecado que opera em nossos membros e contraria à lei de Deus.
A lei da mente concorda com a lei de Deus e quer cumpri-la mas não tem for-
ça para vencer a lei do pecado. A lei do Espírito cumpre a lei de Deus. Je-
sus disse: "Eu vim para fazer a tua vontade". A vontade de Deus era que ele
morresse na cruz para matar o-velho homem, anulando assim o poder da lei do
pecado, e que depois ressuscitasse um novo homem com poder para cumprir a
lei de Deus^pelo Espírito. O versículo 3 de Romanos 8 diz: "Porquanto o que
fora impossível a lei (da mente)... istp, fez Deus enviando o seu próprio
Filho..." A lei do Espírito da. vida em Cristo Jesus anula tanto a lei da
mente quanto a lei do pecado porque nos da. , o poder para cumprir a lei de
Deus.
A lei da mente e a lei do pecado representam a árvore do conhecimento
do bem e do mal que diz sim e não (2 Co 1:19,20). "Eu quero fazer isto mas
não consigo." Mas pela cruz, que é o poder de Deus, temos a lei do Espíri-
to, ou seja, a arvore da vida que não é. sim, nem não, mas vida, o "Eu sou".
Agora não pratico bem e mal porque eu sou de Cristo. A cruz é a morte ao
conhecimento do bem e do mal para a ressurreição em novidade de vida.
No diagrama acima os dois povos representam a árvore do conhecimento do
bem e do mal, porque os judeus tinham a lei da mente,- que é o bem, e os
gentios tinham o pecado, que é o mal.. Nenhtra-dos dois estava conseguindo
cumprir a lei de Deus; esta ainda era-apenas-e objetivo. Só a árvore da vi-
da tem condições de agradar a Deus e cumprir a lei»-Judeus e, gentios esta-
vam separados de Deus, mas péla cruz de Cristo foram,vivificados.
Rm 3:27. "A lei da fé". Que lei é esta? Ê .a mesma lei do Espírito.
Rm 9:30,31. Os gentios alcançaram justiça, mas não a. lei da justiça e
sim a_justiça que vem pela fé. E o que é a lei da justiça? Ê a lei da mente
que não permitiu Israel alcançar a lei .de Deus. .
Tg 1:25; 2:12. A lei perfeita da liberdadexé <a .mesma lei da fé ou lei
do Espírito. Liberdade é a liberdade do Espírito. O Espírito liberta para
cumprir a lei.
Tg 2:8. A lei régia ou a lei real é a lei-de-Deus* A lei da liberdade
cumpre a lei real. Temois que ter muito .temor pois- seremos julgados pela lei
da liberdade. Não teremos desculpa, no último dia pois através do Espírito
recebemos todo o poder neces%sárjLo para .cumprir: a lei real - amar a Deus
acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Se o juízo na lei de
Moisés era severo muito mais severo será o juízo na lei da liberdade
(Hb 10:26-31).
Para terminar o nosso estudo sobre judeus .e gentios vamos estudar Roma-
nos 11 que é o capítulo mais claro sobre o assunto.
Rm 11:1. Deus não rejeitou o seu povo Israel»-Muitos estudantes e pre-
gadores da Bíblia afirmam que Deus rejeitou . Israel natural e agora só se
interessa pela igreja. Mas este capítulo contradiz totalmente esta doutri-
na.

-40-
Vv.2-5. Assim como nos dias de Elias houve um remanescente de sete mil
homens que não adoraram a Baal, existe um remanescente de Israel natural
nesses dias.

Vv.6-12. Eles tropeçaram mas não para ficarem prostrados para sempre
(v.11). Os judeus não creram na justiça de Deus e por isto caíram. Rejei-
taram a^Cristo e foram rejeitados por Deus para que os gentios entrassem
nos propósitos de Deus. Mas a sua queda não foi permanente. Deus permitiu
porque queria alcançar os gentios, mas se a sua queda salvou os gentios
quanto mais a sua restauração (v.12). Isto não pode ser interpretado apenas
como algo espiritual, pois esta se referindo claramente a Israel natural.

Vv.13-15. A restauração de Israel será um sinal da segunda vinda de


Cristo. O versículo 15 é bem claro. Da a entender que se a queda deles foi
uma benção para os gentios, então a sua restauração produzira maior bênção
ainda. Talvez seja até uma chave para a revelação da graça de Deus prometi-
da para os últimos dias (l Pé 1:5,13). A rejeição deles resultou em reconci-
liação (salvação dos gentios) e a sua restauração resultará em vida dentre
os mortos (a revelação da graça nos últimos dias, a manifestação do poder
do Cristo ressurreto).

Israel natural é o relógio de Deus. Tudo que acontece com ele no plano
natural tem um acontecimento paralelo no plano espiritual. Se seu restabe-
lecimento como nação trouxe bênçãos para o reino de Deus, como em 1948
(Avivamento Chuva Serôdia) e em 1967 (Movimento Carismático), quanto mais
a sua restauração espiritual não trará bênçãos maiores e mais abrangentes à
igrejal Os judeus vão trazer um entendimento da Bíblia e do Velho Testamen-
to tão profundo que vamos ficar envergonhados. A graça de Cristo virá abun-
dante sobre o seu povo — judeus e gentios formando um só Israel espiritu-
al.

Vv.16-24. Deus Í poderoso para enxertar os judeus na oliveira, pois e


mais fácil restaurar Israel (ramos naturais) do que salvar os gentios (ra-
mos enxertados) (w.23,24).

V.25. O endurecimento veio em parte a Israel. Isto significa que é algo


temporário, "ate que haja entrado a plenitude dos gentios".

V.26: "E assim todo o Israel será salvo..."Paulo não está dizendo que
todo judeu será salvo. Ele está afirmando que Israel espiritual só será
completo quando Deus enxertar novamente os judeus naturais. Temos visto a
entrada de muitos gentios mas ainda ê necessário a entrada de muitos ju-
deus.Não é todo o Israel natural que será salvo mas é todo o Israel de Daus
(Gl 6:16) — judeus e gentios que foram salvos pela graça de Cristo.

Vv.27-31: "...para que igualmente eles alcancem misericórdia, a vista


da que vos foi concedida." No grego esta frase seria "alcancem misericórdia
pela sua misericórdia". Paulo está querendo dizer que pela desobediência
dos judeus nós recebemos misericórdia e através desta_misericordia que re-
cebemos vamos mostrar misericórdia aos judeus. Eles vão receber misericór-
dia através da nossa misericórdia.

V.32. Este e. um dos versículos mais importantes do livro de Romanos.


Paulo está encerrando a sua tese do capitulo l a 11 sobre judeus e gentios
para no capitulo 12 começar a parte prática da epistola. "Porque Deus a
todos (judeus e gentios) encerrou na desobediência, a fim de usar de mise-
ricórdia para com todos." Este é o resumo do livro de Romanos: Deus conde-
nou judeus e gentios pela lei para mostrar a graça de Jesus Cristo a todos.

Vv.33-36. Depois deste resumo e de tanta revelação sobre o assunto ele


só pôde entrar num cântico no Espirito!

-41-
PERGUNTAS PARA REVISÃO

01. Vou que. pieciAomo* da lei. pana Aenma* &alvo&?


02. Quai* *ão a& quatsio lei*?
03. Voh. que. a lei, da mente. *Ó Avwe. paAa no* condenou?
04. Como a lei. do Ebpínito anula a lei. do pecado e a lei. da mente?
05. Qual a di^etenca en&ie a lei. da mente e a lei. do E*pZfiÁto?
06. Von. que nem o* judeu* nem o* genti.o* conòeguim cumpsiiA a lei. de Peai?
07. O que e a "lei. da &"?
OS. O que e a "lei da ju*ti.ca"?
09. Como o* gentio* alcançaram a ju*ti.ca *em a lei. da justiça? Vou que o*
judeu* não alcançariam ju*ti.ca?
10. O que é a "lei. da libendade"?
11. O que e a "lei. leal"?
12. Vou que devemo* ten muito temo*, pelo £ato de * étimo* julgado* pela lei.
da libeA-dade?
J3. Vou que não podemo* abismou que Peão não tem mal* piopóà-ito com o povo
natuÀal de làiael?
14. Po/t que Peai peAfltttta a queda de Uiael?
15. VofL que devemo* e&penan. anl>i.aÁamente a le&taufiacão eApiAÂtual do£ jddeuí'

16. O que *i^ni.^i.ca a e\.pn.e**ão "Todo o l*iael *.enã


17. Como o* gentio* alcançaram m-tienicãidia?
IS. Como o* judeu* alcançarão mi*eÂÍ.cÔJidia?
19. Como Paulo tesmina a *ua te*e *obfie judeu* e gentio*?

INTRODUÇÃO ;'PÁRA UMA SlNTESEiBE: EFÉSIOS 2;12i-22 E COLOSSENSES 1:20,22

Efésios e Colossenses possuem muitas passagens paralelas. Ambas foram


escritas por Paulo na prisão em Roma na mesma época. São duas cartas muito
semelhantes, diferindo apenas na ênfase de cada uma. Efésios trata mais da
igreja e Colossenses de Cristo como o cabeça da igreja. Por isso, vamos
comparar ai ^uns versículos de Colossenses l com Efésios 2 para entender me-
lhor sobre a obra ua cruz.

Cl 1:20: "...e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por
meio dele (Jesus) veoonoili.asse consigo mesmo (Deus) todas as cousast quer
sobre a terra, quer nos aêus." "Por meio dele" é a nossa f arnosa expresj
são — em Cristo, por Cristo, nele, no Amado, O propósito eterno de,Deus é
centralizar todas as coisas do céu e da terra em Cristo. Tudo foi feito no
inicio por Cristo e vai terminar em Cristo. A obra da cruz não só perdoou
nossos pecados, mas também reconciliou todas as coisas na terra e no céu.

Cl 1:22: "...agora, porem, vos reconciliou no corpo da sua carne^ medi-


ante a sua morte, para apresentar-vos perante ele, santos, inculpáveis e
irrepreensíveis..." Temos nestes dois versículos as palavras "paz" e "recon-
ciliação". Ambas têm o mesmo significado — reconciliar inimigos. Havia
inimizade entre os homens e Deus, entre homens e homens, entre Deus e as
potestades e entre as potestades e os homens. Por meio da cruz tudo vai se
submeter ã autoridade de Cristo e toda inimizade desaparecerá. Nem todos
vão ser reconciliados no sentido de estar em amor e união, mas no sentido

-42-
de se sujeitar ã autoridade de Jesus Cristo. Colossenses 1:16 diz que tudo
(até os principados e potestades) foi criado por ele e para ele no céu e na
terra. Mas houve rebeldia no céu contra Deus e contra Cristo. O propósito
de Deus através da cruz foi reconciliar esta revolta e colocar tudo nova-
mente sob o seu governo. Em Mateus 28:18 Jesus disse que toda autoridade
lhe foi dada no céu e na terra. Ele falou isto antes de subir ao céu, de-
pois de morrer e ressuscitar. Pela obra da cruz, por sua morte e ressurrei-
ção, tudo foi reconciliado, mas até agora os domínios e principados ainda
não aceitaram o governo de Cristo. Mas eles ainda terão de aceitar. Fili-
penses 2:8-11 afirma isto: "...para que ao nome de Jesus se dobre todo joe-
lho, nos céus, na terra e debaixo da terra,e toda língua confesse que Jesus
Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai."

As potestades não vão necessariamente seguir Jesus mas infalivelmente


submeter-se-ão a ele.Todos vão confessar o senhorio de Cristo na terra, nos
céus e até no inferno. Mesmo os que forem condenados â morte eterna vão re-
conhecer e submeter-se ao reinado de Cristo. O reconhecimento da autoridade
de Cristo vai ser paraíso para alguns e inferno para outros.

SÍNTESE DE EFÉSIOS 2:12-22 E COLOSSENSES 1:20,22

Fiz uma síntese com três estrofes da segunda metade de Efésios 2, usan-
do algumas frases chaves de Colossenses 1:20,22. Vamos estudar esta síntese
para terminar o nosso estudo de Efésios 2. No fim você verá uma música que
um irmão recebeu após as aulas que tivemos sobre esse assunto e que acompa-
nha a letra desta síntese. Temos começado a experimentar uma pequena amos-
tra do poder que há em estudar a Palavra em profundidade e depois declará-
la em música. Esperamos que você também experimente isto e seja mudado no
interior pela Palavra de Deus.

Sem Cristo (sem a Palavra e sem esperança)


Separados da comunidade de Israel
Sem Deus no mundo

Em Cristo Jesus
Matando a inimizade da lei
Pelo sangue da sua cruz •
fio corpo da sua carne pela morte
Fazendo paz entre os dois povos pelo novo homem
Reconciliando em Deus todas as coisas
Por Cristo os dois tem acesso ao Pai em um Espirito

Concidadãos dos santos,


Membros da família de Deus
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas
Cristo Jesus a pedra principal
Bem ajustado cresce para templo santo
Morada de Deus no Espirito

1. Sem Cristo. Isto é o mesmo que estar sem a Palavra e sem esperança.
Cristo é a Palavra e a nossa esperança. O próprio versículo 12 de Efésios 2
fala: "estranhos as alianças da promessa, não tendo esperança". Estar sem
Cristo é estar sem aquele por quem e para quem todas as coisas foram cria-
das. Ê estar na mesma posição de Satanás e seus anjos que estão sem Cristo.

2. Separados da Comunidade de Israel. Sem Deus no Mundo. Sem lar,


sem família, sem casa, sem nação. Não há nada mais triste do que ver uma
pessoa sem lugar, jogada pelas esquinas, perambulando pelas rodoviárias.
Tal pessoa não tem ninguém que a ame, ninguém que lhe ofereça um sorriso
sequer. De acordo com as pesquisas, um bebé pode receber toda a àlimenta-

. -43-
çao necessária, mas se não tiver alguém que lhe transmita amor, pode até
morrer. Para o bebe crescer sadio e feliz, além de comida na hora certa,
precisa de alguém que o abrace, converse com ele e lhe transmita carinho.
Do contrário ele vai definhar até morrer, porque não tem amor. O mundo está
morrendo por falta de amor. Este é o quadro daqueles que estão sem Cristo,
separados do povo de Deus, sem Deus no mundo.

3. Em^Cristo Jesus. Esta frase contrasta a primeira desta síntese: sem


Cristo. São pares complementares. Uma e negativa e a outra é positiva. A
primeira estrofe está em "tom menor" e a segunda começa com alegria. O li-
vro de Efésios se baseia nesta chave — em Cristo Jesus. Observe que não e
oom Cristo mas em Cristo. Não é suficiente estar com ele; é preciso estar
nele.

Aprendemos sobre a importância de estar "em Cristo" no primeiro capítu-


lo de Efésios. Lá vimos que somente nele temos a nossa herança e toda sorte
de bênção espiritual nos lugares celestiais. Agora no capitulo dois estamos
vendo outros aspectos da herança que temos "em Cristo Jesus", Ele tomou o
cálice da morte para que nós recebêssemos a bênção. Toda a segunda estrofe
desta síntese é consequência deste primeiro verso. Ê composta de sete ver-
sos e depois deste primeiro temos três que são negativos. Ê necessário que
seja assim pois a nossa condição descrita na primeira estrofe era desespe-
radora, e para nos tirar dali alguém teve que sofrer. Jesus deixou a glória
que tinha com seu Pai e veio andar no meio da nossa miséria para no fim
morrer em nosso lugar. Através desta obra da cruz ele possibilitou a ale-
gria descrita nos últimos três versos da segunda estrofe e que foi consoli-
dada numa estrutura permanente na terceira estrofe. Começamos com tristeza,
nos alegramos por estar em Cristo, voltamos ã tristeza que ele passou para
nos salvar, e tornamos a alegria que a sua obra possibilitou.

É interessante notar o contraste entre os versos da primeira estrofe e


alguns versos das outras estrofes. Já comparamos o primeiro verso da pri-
meira estrofe (Sem Cristo) com o primeiro da segunda (Em Cristo Jesus). O
segundo (Separados da comunidade de Israel) encontra o seu complemento no
primeiro verso da terceira estrofe (Concidadãos dos santos). O terceiro
(Sem Deus no mundo) contrasta o segundo da terceira estrofe (Membros da fa-
mília de Deus). Temos assim três pares nos quais um é negativo e o outro
positivo, um é a sombra e o outro é a luz. Antes estávamos sem Cristo —
agora estamos em Cristo Jesus. Antes estávamos separados da comunidade, sem
nação, sem identidade — agora somos concidadãos dos santos, temos carteira
de identidade, documentos, serviçoj nação. Antes estávamos sem Deus no mun- l
do, sem lar, sem pai, sem casa — agora fazemos- parte da família de Deus, J
temos alegria, banquetes em redor da mesa, comunhão e segurança. Tudo isto
aconteceu por causa de Jesus e somente nele é que se torna realidade.

4. Matando a Inimizade da Lei, A cruz não só matou Jesus, mas graças a


Deus matou a inimizade da lei também. A lei é santa e perfeita mas causa
inimizade entre os homens e Deus e entre os próprios homens. Condena a to-
dos os homens pois todos a desobedecem, e assim cria inimizade entre os ho-
mens e Deus. Cria inimizade entre os homens, porque causa separação entre
os que a conhecem e não a guardam e os que nem a conhecem.
Os judeus tinham a lei e se consideravam melhores que os gentios. Temos
o mesmo problema hoje entre os crentes e os incrédulos. "Nos somos melhores
porque temos a Bíblia, somos batizados e obedecemos as jregrinhas de nossa
igreja." Mas os próprios crentes não estão vivendo o evangelho que pregam,
não tem fruto em suas vidas.
Na realidade os dois povos são condenados porque ninguém está guardando
a santa e imutável lei de Deus. Por isto a lei é boa, porque sem ela Deus
não nos revelaria sua santidade, e acharíamos possível agradá-lo assim
como somos. Devemos dar valor à lei, porque ela nos condena a fim de enten-
dermos a nossa necessidade de arrependimento. Você quer que a lei de Deus

-44-
mude para você escapar do inferno? Eu prefiro ir para o inferno a. sujar a
lei de Deus. É melhor Deus ser santo e sua lei ser inalterável do que mu-
dá-la para eu escapar. A santidade de Deus deve estar acima dos nossos in-
teresses pessoais.

Nosso problema hoje é que a lei de Deus não está sendo pregada. Por is-
so temos tantas conversões não genuínas, sem o verdadeiro arrependimento.
A pregação do evangelho hoje é: "Aceita Cristo, ele i maravilhoso I" As pes-
soas continuam vivendo da mesma maneira que antes, basicamente; apenas
acrescentam uma coisa no ciu — a salvação. O evangelho hoje está muito su-
perficial e sem propósito. Cantamos as mesmas músicas do mundo apenas mu-
dando a letra, escrevemos "Jesus" nas nossas camisetas e nos envelopes das
nossas cartas, fazemos conferências e retiros, dançamos, cantamos e nos
alegramos; mas nas nossas vidas diárias não estamos cumprindo a lei de
Deus. O povo de Deus está cheio de contendas, ambições, ciúmes, invejas,
mentiras, avareza e infidelidade. E no meio desta situação infeliz, a única
esperança apresentada ã maioria do povo de Deus e de ser arrebatado a qual-
quer momento para o céu a fim de fugir dos problemas na terral Precisamos
pregar mais sobre a lei de Deus, pois ela revela a sua natureza, a sua san-
tidade, e pode nos despertar do nosso comodismo, condenando-nos e levando-
nos ao arrependimento que é a porta para a verdadeira graça.Deus não mudou.
Ele ainda é o mesmo Deus que disse: "Sede santos, porque eu sou santo"
(Lv 11:44,45; l Pé 1:16).

5. Pelo Sangue da sua Crus. No Corpo da sua. Carne pela Morte.Podemos


ver quase todas estas palavras em Efesios 2:13-16 mas tirei estas frases de
Colossenses 1:20,22 porque expressam o pensamento com mais força e ênfase.

Sangue, corpo, carne e morte nos lembram a cruz. A cruz é uma coisa
feia, repulsiva e desagradável. É um instrumento de tortura que mata aos
poucos. Mas foi através dela que Deus matou a inimizade da lei e nos trouxe
a paz. Agora não temos mais problemas com a lei. Somos amigos dela pois a
inimiz-ade que tínhamos já morreu. Temos perfeita liberdade pois a barreira
de separação entre nós e Deus foi removida. Temos liberdade para obedecer
e não para pecar. Esta obediência não e. pela força da carne porque a carne
foi morta na cruz. Temos que entender isto muito mais. Se tivermos uma re-
velação da obra da cruz seremos totalmente libertos do pecado e da lei ô
teremos perfeita santidade. Foi necessária a morte de Cristo na cruz, sepa-
rando o seu sangue da sua carne, para a inimizade da lei ser destruída.
Cristo não podia fazer isto através da sua vida. Ele teve que morrer e seu
corpo teve que ser partido para que esta obra se realizasse(Lc 22:14-20;
Jo 12:23,24; Mt 27:50,51; Hb 10:19,20).

Precisamos entender mais sobre o sangue e a carne se queremos tomar a


ceia dignamente. A ceia consiste de comer a carne e beber o sangue. Mas só
deve participar desses elementos aquele que crê» Crer é o mais importante.
Se você crer vai comer, porque crer (para Deus) é comer. Participar lite-
ralmente da ceia,do corpo e do sangue, deve ser resultado de crer primeiro.
A maioria dos crentes toma a ceia sem crer e não sente nenhum efeito espi-
ritual em suas vidas. Mas se crermos primeiro, o participar será um desen-
volvimento da nossa fé. Crendo e comendo, creremos mais ainda e assim tere-
mos mais e mais força. Em última análise, quando cremos e comemos o pão e o
vinho, espiritualmente falando, estamos comendo a palavra de Deus.Crer,
segundo as Escrituras, não é uma açao mental ou teórica. É uma posição do
coração que é manifestada por nossas obras. Por isto se realmente crermos,
vamos comer a ceia como a Palavra nos ordena, e assim estaremos comendo a
palavra de Deus e experimentando o poder que flui da cruz.
Atos 2:42 diz que "...perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comu-
nhão, no partir do pão e nas orações." O caminho certo para se tomar da
ceia é a doutrina dos apóstolos e a comunhão. Precisamos da restauração da
doutrina dos apóstolos, mas em que implica isto?,A doutrina do apóstolo
Paulo expressa nestas passagens & que o sangue, a carne, o corpo, a cruz e
a morte são responsáveis pela nossa paz. Através da cruz a inimizade da lei
foi morta. Quando entendermos isto e depois tomarmos a carne e o sangue,

-45-
estaremos testificando da obra total feita na cruz e da paz completa que
temos em Jesus, independente de qualquer esforço nosso. Por falta desta re-
velação não temos perfeita paz, ainda sentimos condenação e a inimizade da
lei nos afeta. Não entendemos ainda que a nossa paz não se baseia em nenhu-
ma obra ou sentimento nosso mas unicamente na carne e no sangue do corpo
de Cristo que foi partido na cruz. Quando esta doutrina for restaurada e
pregada com poder, então poderemos tomar da ceia num novo nível. A paz da
nova aliança serã uma realidade em nossos corações e não será mais apenas
uma teoria.

PERGUNTAS P Á R A REI/ISÃ0

01. O que. e. o propÓ&ito eterno de. Ve.u&?


02. QUOÁJ> &ão o& quatro tÂ.poí de. InÁmlzade. me.ncA.on.adoi> neste. estudo?
03. Como a cruz re.concÁJÁjarã todas as coisas com Peoóf
04. 0.00x06 as com>e.quê.ncÁ.as de. estar sem Cristo?
05. Qual a ne.cesAA.dade. maÁs pn.ouu.nda. do ser kumano?
06. Qual a chave. para trans^orman. noAAa* tre.vas em luz e. no& transportar do
•Ln6eA.no para o céu?
07. C<ute. algumas daí, be.nc.aoA espLrituaÁs em Cristo Jesus e.n6aíLzadas no ca-
pitulo 2 que. não ^oram enfatizadas no capitulo l de.
OB. Vou que. os três versos da segunda eAttofie. que. vm de.poU> do
voltam pafia o tema de. &úAte.za e. boktúme.nto'?
09. Mo-ó-t/ie. a -intercalação de. tnA.ote.za e. ale.Qfú.a neáta álnteAe. e. e.Kptique. o&
motÁ.voí> pana. Li>to.
10. MoAtfte. o confiante. e.ntA.e. o& veAAo* da piimeÁAa eAtsioúe. e. OU&LOÁ

11. O que. e a chave. que. tsian&faotmou o ne.QOtA.vo em


12. Como a le cauòa i.núrú.zade.?
13. Vou que. a dóu-còão e.ntsie. cAe.nteá e. 4.ncnJídulo& hoje. e. &e.m<ilnante. ã que.
exxtó-òca e.ntA.e. judejj^ e. ge.ntA.o-i>?
14. Vofi que. e meJtnoti JJWQ& pana o 4.n&eAno do que. a leÁ. de. Peu/4 AeA. alterada
em naá-áo ^auoA.?
75. Vou que. há tantaí, conveAAÕeA pan.cA.aLi, e. AupeAfi-LcLosLí, hoje.?
16. Que. tÀ.po de. e.vangeJLho eó-tã maneio pn.e.gado hoje. e. qual o resultado?
17. Vou que. pn.e.cÃAamoA de. uma n.e,btauAacão da leÁ. &anta de. Ve.uA?
15. Como Ve.uí> matou a Á.nLmLzade. e. not> trouxe, a paz?
19. Vou. que. podemo* í>eA amiaoí> da leÁ. agon.a?
20. Que. tLpo de. Liberdade. temo& agora?
2 1 . Como podermos &er totaímente. ILbertoA do pecado e. da leÁ.?
22. Qual a Ligação e.ntre. comer e. crer ewi relação ã ceÁa?
23. Por que. tomar a ceÁ.a dignamente, é a chave, para uma v<ida cri&tã v-LtorLo-

14. Que. aí>pe,cto da doutrina apostólica prccÁ^a &er restaurado para podermos
tomar a ceÁ.a no nível da nova aliança e. com ot> de.vi.do& resultado A?

6. Fazendo Paz entre os Dois Povos pelo Novo Homem. Lc 24:36; Jo 20:19,
21,26. Os discípulos estavam em confusão, duvida e medo e Jesus vivo e res-
surreto apareceu no meio deles e disse: "Paz seja convosco". Satanás não

-46-
traz paz para ninguém, pelo contrário tira a nossa paz. Como ele faz isto?
Acusando-nos dos nossos pecados e apelando para a lei de Deus para conseguir
nossa condenação e morte como castigo. Como, então, podemos ser libertos
desta situação? Cristo, pela morte na cruz, derrotou Satanás que tinha o
poder da morte (Hb 2:14,15), e assim ganhou a paz para nos. Por isto, quan-
do ele ressuscitou, sua mensagem principal para os discípulos era: "Paz".
Pela cruz ele ganhou a paz e pela ressurreição ele anunciou a paz
(Ef 2:13,14,15,17).

Se temos medo, temores, acusações e condenação, não estamos crendo na


morte e ressurreição de Jesus. Temos medo da morte, de doenças, de não ser-
mos amados, de Deus não nos aceitar, de nossos pecados não serem perdoados.
Porém, Cristo morreu e ressuscitou e quer nos transmitir a paz. Os primei-
ros cristãos tinham tanta revelação do Cristo ressurreto que tinham paz
mesmo no meio das torturas mais horríveis.Sabiam que em poucos minutos es-
tariam juntos com o Cristo ressurreto e isto lhes dava força para enfrentar
qualquer sofrimento.

"O aguilhão damorte é o pecado e a força do pecado é a lei"(l Co 15:56).


Pela cruz Cristo matou a inimizade da lei tirando assim a força do pecado e
libertando-nos do aguilhão da morte (o pecado). A morte agora não tem mais
motivo de terror para nós pois Cristo a venceu ressuscitando e vindo pelo
seu Espirito para nos dar estas boas noticias. Desta forma ele nos traz a
paz que excede todo entendimento.

Paz também tem o sentido de perdão, reconciliação. Reconciliação signi-


fica fazer a paz entre pessoas que estavam em inimizade. Por Deus ter nos
reconciliado consigo mesmo através da cruz do seu Filho, temos poder para
perdoar os nossos inimigos e viver em paz com eles. A paz com Deus traz paz
entre os homens.

Geralmente pensamos que temos que nos santificar para alcançar a paz.
Quando pecamos achamos que temos que sentir condenação e fazer muita peni-
tência e obras justas para no fim merecer a paz com Deus. Isto está errado.
A obra da santificação não termina com paz, começa com paz'. A pessoa que se
sente acusada e condenada nunca terá força para se santificar. Ela precisa
de paz e segurança para prosseguir em fé e alcançar a santificação. Temos
que crer na obra consumada da cruz e apropriar-nos da paz que o Cristo res-
surreto comunica para só então alcançar a perfeição.

Paz e santificação vêm juntas porque ambas vêm da cruz. Não podemos
conseguir nem uma nem a outra através dos nossos esforços, nem podemos ter
uma sem a outra. É impossível se santificar sem paz mas também é impossível
manter a paz sem estar no processo de santificação.

Jesus ilustrou este princípio na sua resposta ã mulher pecadora em João


8:11: "...Nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais." Primeiro
ele lhe transmitiu paz para depois exortá-la a não pecar mais. Se ele ti-
vesse falado (como nós muitas vezes falamos): "Eu te condeno. Você vai ser
excluída da igreja e viver uma vida de pecado e depois ir para o inferno",
ela iria mudar de vida? De forma alguma. Ela provavelmente se suicidaria.
Na família também temos uma ilustração. Se a criança não tiver amor e segu-
rança, nenhuma disciplina lhe aproveitará^ Ela precisa ter paz e esperança
para então ter condições de receber correçao e melhorar.
"...entre os dois povos pelo novo homem." Que dois povos são estes? Os
judeus e os gentios, que representam o legalismo e a libertinagem em nossos
dias. Os judeus tinham a lei, ou a letra, e isto produzia justiça própria e
orgulho. Os gentios viviam no pecado, nas concupiscencias da carne e na sa-
bedoria humana, e não conheciam a lei de Deus. '
A obra da cruz fez paz entre os dois povos. Antes nem os judeus nem os
gentios cumpriam a lei, porém eram inimigos por causa dela. Mas a cruz
acabou com a inimizade e agora os dois povos podem se unir. Ha, porem, uma
condição. Só podem se unir no novo homem — em Cristo Jesus, que ressurgiu
dos mortos. Fora dele não há união — a inimizade continua entre a liberti-

-47-
nagem e o legalismo e entre os dois e Deus. Mas em Cristo não existe um po-
vo com a lei e outro sem, pois ambos são um no novo homem e vivem através
.da "lei do espirito da vida em Cristo Jesus".

O velho homem morreu na crua e quando Cristo ressurgiu um novo homem


apareceu o Isto traz paz entre os dois povos pois ambos podem ter paz com
Deus pelo mesmo meio — Jesus, o novo homem. A morte do velho homem matou a
inimizade da lei, tirando assim a inimizade entre judeus e gentios e entre
ambos e Deus. O novo homem não esta debaixo da lei pois tem poder para fa-
zer muito mais do que esta exige, Pôr isto ele tem paz com Deus. Também sem
a lei não existe mais distinção entre judeu e gentio pois era a lei que
causava a separação entre os dois.

7. Reconciliando em Deus Todas as Coisas. No verso anterior temos a re-


conciliação entre os dois povos e agora temos a reconciliação de todas as
coisas com Deus. Que são todas as coisas? Nos céus são anjos, principados e
potestades. Na terra são homens em primeiro lugar porque o resto da criação
depende deles. Primeiro temos a reconciliação .dos dois povos (judeus e gen-
tios) formando um novo homem (a igreja) e. .depois temos a reconciliação de
todas as coisas nos céus e na terra. A igreja será o instrumento desta re-
conciliação de todas as coisas, e por isto a.sua .formação vem primeiro.

Como já estudamos acima, esta reconciliação não significa que Satanás e


seus anjos serão salvos,mas que todos vão se submeter ao governo de Cristo.
Juntamente com Cristo, nós (a igreja) governaremos sobre todas as coisas.
Nossa posição em Cristo já é acima dos poderes das trevas. As vezes senti-
mos que eles estão acima de nós, mas em Cristo estamos assentados nos luga-
res celestiais, acima de todo principado e potestade, e poder e domínio, e
de todo nome... (Ef 1:20,21j 2:6). Mas só fomos incluídos nesta posição
através da reconciliação com Deus e uns com os outros. A paz que traz união
(fazendo paz entre os dois povos pelo novo homem) produz vitória sobre os
inimigos (reconciliando em Deus todas as coisas). Quando há união perfeita,
Satanás não encontra brecha para operar.

8. Por Cristo os dois tem acesso ao Pai em wn Espírito. Esta frase ti-
rada de Efésios 2:18 declara a trindade — Cristo, o Pai e o Espirito. Por
Cristo (mais uma vez Paulo enfatiza que Cristo é a única porta, o único
meio para se apossar das bênçãos espirituais) os dois povos — judeus e
gentios - têm acesso ao Pai em um Espírito. A porta está aberta. Não preci-
sa de nenhum outro intermediário, a não-ser-Cristo. Não é necessário pedir
permissão de nenhuma secretária nem guarda»-É .chegar e entrar porque o Pai
está a espera. Ele & o rei do universo, a maior autoridade existente, e no
entanto podemos ter toda liberdade pasa entrar•na sua presença. Mas há uma
condição importantíssima — o Espírito. O Espírito é a chave para ter aces-
so a Deus. Só há acesso pelo Espirito.
Como temos acesso ao Pai em um Espírito? Este é um assunto misterioso e
deve ser tratado com muita reverencia. Jesus, o Filho de Deus, desceu do
céu e nasceu de uma mulher tornando-se homem-Deus. Ele era uma pessoa com
duas naturezas — divina e humana. Tinha o espírito de homem que recebeu de
sua mãe e o Espírito de Deus que recebeu de seu Pai. Durante toda a sua vi-
da terrena podemos ver as evidências destas duas naturezas. Como homem, ti-
nha fome, sede, cansaço, angústia e separação de Deus (ele tinha que orar
para ter contato com Deus assim como nós). Como Deus, tinha vitória sobre o
pecado, autoridade sobre espíritos malignos e doenças, e perfeita revelação
da verdade (ele era a verdade em pessoa, e Verbo da vida).
Quando morreu levou sobre si não somente os pecados da humanidade mas a
própria humanidade. Ele é chamado o último Adão porque com a sua cruz matou
toda a raça adâmica. Deus incluiu nele todos os descendentes de Adão e fez
cair sobre ele toda a sua ira. Por isto diz que pelo seu corpo partido, o
seu sangue e a sua carne, a inimizade foi desfeita e o velho homem morto.
Mas o sepulcro não pôde contê-lo pois não tinha pecado e ele ressuscitou
como o novo homem, iniciador de uma nova raça.

-48-
Este novo homem tem um espirito que não e sõ espirito de homem e nem só
Espirito de Deus mas é o Espirito de Cristo - o Espirito do Deus-homem. Mas
ele não podia derramar este Espirito sobre os homens antes de subir ao Pai
e sentar-se "ã sua destra. Depois de ressuscitado, apareceu aos apóstolos
por quarenta dias, passou por portas fechadas, aparecia e desaparecia, mas
não podia transmitir o Espirito porque ainda não fora glorificado ao lado
do seu Pai.

Assim como o cachorro não pode receber o espírito do homem, o homem não
podia receber o Espirito de Deus. Por isto era necessário que Deus enviasse
seu Filho como homem (sem pecado) e que este morresse, ressuscitasse e su-
bisse novamente para unir seu espirito de homem perfeito com o Espírito de
Deus. SÓ então ele podia derramar este Espírito de Deus-homem sobre os ho-
mens. Se ele pudesse dar o Espírito aos homens antes de se unir novamente
com o Pai, isto mostraria uma independência do Pai. João 17 mostra que ele
tinha de ser unido com o Pai para levar os discípulos a esta mesma união.
Do contrário, existiriam dois grupos — Deus e seus anjos no céu e Jesus
e seus discípulos na terra. Antes Jesus e o Pai sempre eram um em Espírito.
Jesus mesmo falou: "Eu e o Pai somos um" (João 10:31). Mas ele estava se
referindo à unidade no Espírito. Mesmo sendo um, Jesus precisava orar ao
Pai porque de certa forma o seu corpo humano o separava de Deus. Por isto
havia necessidade dele voltar ao Pai para unir esse corpo humano com Deus e
poder assim derramar o Espírito de Deus para habitar em outros corpos huma-
nos. A essência da fé cristã I que Deus se fez carne, e que seu Espírito
nos foi dado para unir-nos com ele. Deus se fez humano para que o homem se
tornasse divino. Jesus foi separado do Pai para habitar entre nós e foi ne-
cessário unir-se novamente a ele com a mesma união que tinha antes da fun-
dação do mundo. A única diferença era que agora Jesus era homem. O homem
foi introduzido na divindade e o Espírito deste homem, o novo homem, o ho-

l mem-Deus, é que foi derramado sobre os homens.

Usando uma ilustração de Watchman Nee, o Espírito que recebemos une-se


a nós como chã e água, formando uma mistura onde i impossível separar um
elemento do outro. Em Cristo o Espírito de Deus foi misturado com o espíri-
to do homem e não é possível mais separá-los. Agora temos o Espírito de
Cristo e por isto clamamos: "Aba, Pai" (Gl 4:6). Aquele que recebe a Cristo
tem o direito de falar "papai", porque tem o Espírito de Jesus Cristo, o
primeiro filho. Este Espírito tambiém nos leva a chamar Jesus e todos os ou-
tros que têm o mesmo Espírito de irmãos. Ele nos introduz na família divina
pois nos mistura com Deus e uns com os outros. Portanto, com o Espírito do
novo homem temos acesso a Deus; judeus e gentios estão unidos em um mesmo
Espírito e ambos podem faiar: "Pai".
É interessante notar a sequência da segunda estrofe (da síntese). Pri-
meiro temos a morte de Cristo e a cruz que matam o velho homem e a inimiza-
de. Isto e necessário pois o velho homem não pode receber o Espírito de
Deus. Depois temos o novo homem que surge pela ressurreição. Finalmente te-
mos o Espírito que vem sobre nós pela glorificação deste novo homem. Tudo
isto está incluído no primeiro verso: "Em Cristo Jesus". O evangelho é a
morte, ressurreição e glorificação de Cristo. Através destes passos é que
chegamos ã última estrofe que é o inverso do terrível quadro apresentado na
primeira. Antes estávamos sem Cristo, sem esperança, separados da comunida-
de de Israel e sem Deus no mundo. Agora somos concidadãos dos santos e mem-
bros da família de Deus. Como esta transformação aconteceu? Em Cristo Je-
sus. Mas como? Pela cruz, pela ressurreição (o novo homem) e pela glorifi-
cação (o Espírito do Deus-homem derramado sobre nós, dando-nos acesso ao
Pai e união uns com os outros).
(Se quiser estudar mais sobre este assunto da mistura do Espirito de
Deus oom o espirito do homem em Cristo veja a nossa apostila "A Restauração
da Palavra, Parte I, pgs. 30-32.)
Outro detalhe importante a notar na nossa síntese é que há duas menções
do Espírito, uma no último verso da segunda estrofe e outra no último verso
da terceira estrofe. Precisamos do acesso ao Pai pelo Espírito agora para
no fim chegarmos ã morada de Deus no Espírito. Através da nossa comunhão

-49-
com Deus e uns com os outros pelo Espirito seremos edificados juntos como a
casa permanente de Deus.

PERGUNTAS PARA REVISÃO

01. Como SatanÕA tina a. noAAa paz?


02. Pon que. a. me.hAa.gem ptu.ncA.paJt de. JeAuA de.poÍA da n.eAAunneicão e/ta "Paz"?
03. Qual a ligação e.ntn.e. OALLZ e. paz e. neAAunneição e. paz?
04. Pon. quz não temoA paz?
05. Vou que, a cnuz de. OU* to ganhou, a paz pana nÕA?
06. Pon. que. temoA podeA agana pana pesidoan noAAoA inimigoA?
07. Pon. que. a Aantiuic.aq.aa começa com paz? .
OS. Pon. que. Aempn.e. pe.nAamoA que. temoA que. noA Aanti^ican pana mesie.ceA a
paz?
09. Vou que. e. únpcAAZveZ te*. Aantí^icação Aem paz ou vi.c.e.-v&nAa?
TO. Quat a condição pana a união doA jude.uA com OA ge.ntioA?
1 1 . Pon. que.omeAmo p/ioblema doA jude.uA e. ge.ntioA (tegaliAmo e. iibeÃtinagem]
continua ate. koje.?
12. Como o novo homem produzido pe£a n.eAAunnei.cão de. OúÀto té/unina com a
inimizade. e.ntn.e. OA doib povoA e e.ntn.& amboA e. Peão? ;
13. Pon que. a n.e.conci£iacão doA doiò povoA i/em anteA da n,e.c.onciiiacão de.
todaA OA COÍAOA?
14. Pon. que. a ne.concitiac.ao de. todaA OA COÍ&OA não Aigni^ica a Aatvacão de.
SatanÕA e. de. to do A OA pesididoA?
15. Como a noAAa poAição em CniAto acima de. todoA OA pnincipadoA e. poteAta-
deA pode. A e. tonnan. pnática?
16. Como podemoA teA aceAAo ã Ve.uA?
17. QuaiA esiam OA duaA natune,zaA de. JeAuA e. quaiA etam OA e.vidê.nciaA de£aA?
1&. Pon que. JeAuA tinha eAtaA duaA natune.zaA?
19. Que. tipo de. eAptnito JeAuA tinha como novo homem e iniciadon. de. uma no-
va naca?
20. Pon que. e£e não podia dewiaman eAte. eApZnito Aobn.e. OA home.nA anteA de.
gtoni^icado a deAtna de. Peai?
21. Quat £oi o pnopÕAÍto de. Peão em A e. tonnon. canne.?
22. Porque. eA.a impoAAZvet o EApZnito de. Peai habitat no homem anteA do
deAÀamame.nto do EApZnito no dia de. Pe.nte.coAteA?
23. Pon que. Ae.ntimoA vontade, de. claman "Aba, Pai" quando n.e.c.&bemoA oEApLni-
to?
24. Pon. que. Ae.ntimo-noA unidoA com OA inmãoA quando n.e,ce.bemoA o EAptnito?
25. VeAcn.e.va a Aequlncia de. tneA paAAOA bÕAicoA na Aegunda
26. Como AomoA tnanA pontada A do qiíadno tÀiAte. da pnimeÁna eAtn.ofc pana
a ate,gnia da última?
27. Quat o Aigni^icado daA duaA me.nc.oeA do EApZnito n&Ata Aegunda metade, de.
2?

-50-
Vv. 19-22: "Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos
dos santos, e sois da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos
apóstolos e profetas, senão ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular, no
qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor,
no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de
Deus no Espirito. "

Estamos usando a síntese para estudar a segunda metade do capitulo e


agora chegamos ã parte dela que trata deste ultimo trecho (w. 19-22).

9. Concidadãos dos Santos. Membros da Família de Deus. Estes primeiros


versos da terceira estrofe contrastam a primeira estrofe. Antes estávamos
separados da comunidade de Israel. Agora somos concidadãos dos santos, isto
i,participantes da mesma cidade e nação e gozando os mesmos direitos. Antes
estávamos sem Deus no mundo. Agora não só temos Deus mas o temos ha igreja;
somos membros da sua família. No versículo 19 a palavra estrangeiro con-
trasta a palavra concidadão e a palavra peregrino, a palavra família. O es-
trangeiro não pertence ao país; ele mora numa nação alheia. O peregrino e
alguém que não tem lar nem família. Paulo está dizendo que_ pela obra_da
cruz os gentios não são mais estrangeiros e peregrinos mas são concidadãos
dos outros santos (os judeus) e membros da mesma família, filhos do mesmo
Pai, gozando os mesmos direitos.

10. Edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e Profetas. Cristo Je-


sus a Pedra Principal. Os últimos quatro versos da nossa síntese
tratam de um mesmo assunto: a casa de Deus. Estes dois falam do fundamento
que é onde toda casa começa e os outros dois falam do resto da construção
e do resultado final — a morada de Deus no Espírito. Depois de falar que
os gentios são incluídos na mesma cidade e família junto com os judeus; de
mostrar que ambos tem acesso a Deus pelo mesmo Espírito; e de concluir que
nenhum dos dois tem preeminência sobre o outro, Paulo quer agora mostrar o
glorioso e eterno plano de Deus — um templo santo formado por ambos os po-
vos com o fim de conter e expressar o todo-poderoso Deus.

APÓSTOLOS E PROFETAS

Este assunto é importante, pois vivemos em dias de restauração da casa


de Deus. Para restaurar uma casa é necessário começar com o alicerce. Se o
alicerce não for restaurado será inútil restaurar as paredes e o telhado.
Apóstolos e profetas são o fundamento da casa de Deus; portanto precisamos
estudar o seu ministério e interceder para que sejam restaurados à. igreja
do Senhor em nossos dias.

Paulo toca neste assunto três vezes no livro de Efésios:

Ef 2:20: "...edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas..."


Ef 3:5: "...como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profe-
tas, no Espírito,.. "
Ef 4:11: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profe-
tas..."
Por que o fundamento consiste dos apóstolos e profetas? Algumas pessoas
fazem uma separação entre os dois ministérios e consideram que os profetas
aqui são os do Velho Testamento. Isto pode ser verdade pois os profetas são
o ministério de revelação do Velho Testamento, os apóstolos são o ministé-
rio de revelação do Novo Testamento e a igreja é fundamentada sobre ambos.
Mas em Efésios 3:5 é bem claro que os dois ministérios pertencem ao Novo
Testamento. Paulo diz: "...agora...no Espírito..." Em Efésios 2:20 pode ser

-51-
apóstolos do Novo Testamento e profetas do Velho ou pode ser ambos do Novo,
mas nas outras passagens é evidente que existem os dois ministérios na
igreja do Novo Testamento.

Ef 4:8,11. Jesus concedeu dons aos homens — apóstolos, profetas, evan-


gelistas, pastores e mestres. Há dons espirituais (línguas, profecia, co-
nhecimento, cura, etc.) e há dons ministeriais (homens especialmente capa-
citados por Deus, apóstolos, profetas, etc.). Os dons espirituais são repar-
tidos pelo Espírito Santo a indivíduos, mas os dons ministeriais são homens
dados pelo Cristo glorificado a igreja, "com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos..."(v.12).
l Co 12:27,28. A prioridade dos ministérios na igreja é:"...primeira-
mente apóstolos, em segundo lugar profetas..." Mais uma vez vemos apóstolos
e profetas juntos na igreja do Novo Testamento. São dois ministérios inse-
paráveis. Precisam um do outro. Os profetas não são um ministério apenas do
Velho Testamento mas eram necessários no Novo Testamento também para funci-
onarem junto com os apóstolos.
i
Lc 11:49. Geralmente as Escrituras dizem: "apóstolos e profetas". Por
que aqui inverte a ordem e diz: "Profetas e apóstolos"? Porque cronologica-
mente os primeiros a serem perseguidos foram os profetas. Primeiro Deus en-
viou profetas e estes foram perseguidos e mortos; depois enviou apóstolos e
estes_também sofreram perseguição. Na maioria das vezes, porém, os apósto-
los são mencionados primeiro porque são mais importantes que os profetas na
igreja do Novo Testamento.
Ap 18:20. Mais uma vez, até no fim da Bíblia, encontramos apóstolos e
profetas. Talvez sua Bíblia fale "santos, apóstolos e profetas", mas no
grego é "santos apóstolos e profetas".

Vemos, então, a necessidade de apóstolos e profetas na igreja do Novo


Testamento. O profeta profetiza mas^e o apóstolo? Por que não existe o ver-
bo "apostolar"? Justamente porque o termo "apóstolo" não denomina um minis-
tério e sim uma comissão. "Apóstolo" no original grego significa "enviado".
Deus fala pelos profetas mas envia os apóstolos. Todo apóstolo é um profe-
ta enviado com uma missão específica. Todo apóstolo é profeta mas nem todo
profeta é apóstolo. Portanto o profeta profetiza e o apóstolo profetiza
também. A diferença é que o apóstolo tem uma comissão especial.

O profeta no Novo Testamento faz parte do fundamento, mas precisa tra-


balhar junto com o apóstolo e tê-lo como sua cobertura. O profeta tem capa-
cidade de ouvir de Deus, tendência mística, mas o apóstolo é um homem prá-
tico que é enviado com esta palavra para fundar igrejas. Um homem místico
precisa de um homem prático. O profeta corre o perigo de mudar de rumo fre-
qUentemente com revelações diferentes a cada semana. "Irmãos, Deus falou pa-
ra fazer assim. Vamos agir então." Na semana seguinte, ele fala: "Irmãos,
Deus falou outra palavra. Vamos fazer ao contrário." No final existem várias
palavras e muita confusão. Mas se o profeta trabalhar junto com o apóstolo e
conferir com ele muitos erros serão evitados. O apóstolo, como homem práti-
co, diz: "Irmãos, graças a Deus por esta revelação, mas vamos conversar um
pouco sobre o assunto e ver como colocá-la em prática." Por outro lado, o
apostolo pode se tornar prático demais e esquecer de ouvir mais de Deus. O
profeta é um equilíbrio para seu ministério. Os dois lados precisam operar.
Deus quer pessoas com os pés na terra e a cabeça nos céus. (Este assunto é
tratado com mais detalhes no nosso livreto "O Ministério do Apóstolo".)
Eu vejo muita necessidade disto acontecer nos nossos dias. Geralmente
temos primeiramente pastores, em segundo lugar evangelistas e depois pro-
fessores de escola dominical. As vezes temos profetas mas sua atuaçao é na
base de muita revelação sem vida prática e sem a cobertura de outros. Temos
muitos pastores que operam como apóstolos. É difícil encontrá-los no domin-
go em suas igrejas pois quase sempre estão viajando. São os chamados "gran-
des pastores". Hoje os pastores estão dirigindo a obra, mas os apóstolos e
profetas, cooperando juntos, precisam ser restaurados para tomar a frente
e dirigir a obra. Eles é que são o fundamento da igreja.

-52-
Nas igrejas do Novo Testamento os profetas eram o ministério mais des-
tacado no nível local (l Co 14:29-33). Os apóstolos não se fixavam numa
igreja mas cuidavam da obra extra-local. As reuniões naquela época eram bem
diferentes das nossas hoje. O centro era a palavra viva de Deus recebida
através dos profetas e não os sermões preparados por um pastor formado em
um seminário. A igreja por ter o fundamento certo era sadia e cada membro
tinha maturidade suficiente para esperar no Senhor e contribuir com algo de
Deus. O Espirito Santo era quem dirigia o culto. Hoje quem dirige o culto é
o pastor. Ele faz tudo: prega um sermão bem elaborado, ora, dirige os cân-
ticos e termina o programa na hora certa. Tudo é tão bem organizado que nem
precisa da presença espontânea do Espirito Santo. Mas quando a palavra viva
de Deus for restaurada haverá profetas em cada igreja e apóstolos serão en-
viados para levantar outras igrejas e edificar e orientar as que já existi-
rem. Haverá pastores também mas não enfatizarão a pregação da palavra nem a
direção dos cultos pois se dedicarão mais ao seu ministério de cuidar das
ovelhas. Precisa haver uma mudança drástica de mentalidade. Há muitos sécu-
los o pensamento dominante é que o pastor dirige tudo:visita, prega e evan-
geliza. Mas a palavra viva que alimenta as igrejas virá através dos após-
tolos e profetas.

MinÁAtéÂÁoA Px^e/teníeó no VeÂ.ko e Novo T&>tame.nto<!>


Hb 1:1,2; 3:1. Antigamente (Velho Testamento) Deus falava pelos profe-
tas e agora (Novo Testamento) ele fala pelo Filho. Quem foi o primeiro
apóstolo? Pedro? Não! Jesus foi o primeiro apóstolo. Já mencionamos que no
grego "apóstolo" significa "enviado". No latim esta mesma palavra é tradu-
zida por "missionário". O Pai enviou Jesus com uma missão específica para a
terra e depois Jesus enviou os doze para continuar esta obra que o Pai lhe
entregara. Antigamente Deus falava pelos profetas mas agora fala pelo após-
tolo Jesus e os outros apóstolos. Por isto o ministério principal do Velho
Testamento era o profeta e o do Novo Testamento era o apóstolo.

No Velho Testamento não havia apóstolos, só profetas. Os apóstolos só


aparecem no Novo Testamento onde há profetas também mas não muito destaca-
dos. No Velho Testamento não existiam apóstolos porque Jesus, o primeiro
apóstolo, ainda não viera. À palavra completa não se havia encarnado. Os
profetas eram como estrelas que brilhavam, porém com revelações parciais.
Jesus veio como o sol da justiça, a palavra total e completa; e depois ele
pôde enviar apóstolos com a mesma palavra. Jesus é a pedra principal da
igreja. Ele precisava vir como o primeiro apóstolo para depois enviar outros
com esta revelação. O apóstolo é enviado para lançar o fundamento que ê
Cristo e construir a casa de Deus. Só depois da vinda de Jesus é que houve
base para construir a igreja; dai a necessidade do ministério apostólico.

Há uma distinção entre Jesus e os demais profetas. Deus falava aos pro-
fetas muitas vezes e de muitas maneiras. Eles não tinham uma visão ampla e
suficiente para ser encarnada nas pessoas. Não transmitiam ao povo a força!
para cumprir a lei. Com esta visão parcial, apenas preparavam o caminho pá-*
rã a mensagem completa. Jesus é a palavra total de Deus que pode ser encar-
nada em nós pelo Espirito. Todos que foram enviados com essa palavra eram
apóstolos. Ê por causa dessa diferença fundamental na mensagem que os mi-
nistérios proféticos mais importantes do Novo Testamento são chamados
"apóstolos". Há profetas também na igreja do Novo Testamento mas estes vêm
em segundo lugar. Em primeiro lugar estão os apóstolos, que nada mais são
do que profetas enviados pelo Filho com a mensagem completa^ capaz de se
encarnar nas pessoas que a ouvem. Os apóstolos são mensageiros da revelação
de Deus, Jesus, o mistério oculto que foi revelado "agora" (no tempo dos
apóstolos) aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito (Ef 3:5). À
doutrina apostólica é esta palavra viva que revela Cristo e o encarna em
nos pelo Espírito. Não é apenas a revelação da vontade de Deus (como a lei
anunciada pelos profetas do Velho Testamento) mas é também a revelação da
graça de Deus em nós para obedecer a esta vontade (o evangelho anunciado
pelos apóstolos do Novo Testamento). Precisamos da restauração da palavra
viva em nossos dias, pois isto levantará apóstolos novamente, para anunciar
e implantar esta palavra completa de maneira prática nas pessoas, formando

-53-
assim a casa de Deus. Quando os ministérios atuais se unirem para ministrar
juntos a Deus, haverá uma explosão. Em Antioquia cinco homens (profetas e
mestres) se uniram para servir ao Senhor (não à igreja), em jejum e oração,
e isto resultou em dois apóstolos (At 13:1-4).

A Palavra de Deus pode ser di-


VELHO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO vidida - em duas dispensaçoes; a lei
e o e>ahgelho. O Velho Testamento e
a lei e o Novo Testamento o evange-
lho. O diagrama ao lado é um resumo
MOISÉS E JESUS E da Bíblia inteira baseado em
Jo 1:17: "Porque a lei foi dada por
OS PROFETAS OS APÓSTOLOS intermédio de Moisés; a graça e a
verdade vieram por meio de Jesus
Cristo."

Muitas vezes no Novo Testamento as pessoas referiam as escrituras do


Velho Testamento como "a lei e os profetas" ou "Moisés e os profetas"
(Lc 24:27; At 26:22). Moisés e os profetas representam o Velho Testamento e
Jesus e os apóstolos, o Novo Testamento. Moisés é diferente de todos os
profetas do Velho Testamento porque Deus o escolheu para escrever a lei. A
lei é a base de todo o Velho Testamento pois revela a_ justiça de Deus e
suas condições para aceitar o homem de volta ã. comunhão. Todos os outros
profetas tinham duas funções principais: a. Levar o povo de volta a lei
(justiça de Deus); b. Anunciar aquele que viria cumprir a lei (misericórdia
de Deus).
A lei revela a justiça de Deus e o povo se desviou dela porque não ti-
nha força para cumpri-la. Os profetas vieram pregando arrependimento (a ne-
cessidade do povo voltar ã lei) e graça (Jesus, aquele que cumpriria a lei
em nós). Sempre chamavam o povo para obedecer a lei, e anunciavam o Salva-
dor e Messias — Jesus, a única esperança para a lei ser cumprida. Portan-
to, o Velho Testamento consiste da i lei e dos profetas; a lei que expôs a
justiça de Deus,,e os profetas que confirmaram esta justiça mas também pre-
pararam o caminho para o evangelho de Jesus que a cumpriria.
Hb 3:1-3. Temos aqui dois homens: Jesus, o primeiro apóstolo, e Moisés,
o profeta principal do Velho Testamento. Moisés faz parte da casa, mas Je-
sus é quem a edificou. Como construtor ele tem maior honra e glória do que
Moisés e do que a própria casa que construiu.
Em Jo 1:17 encontramos um paralelo entre Jesus e Moisés. Moisés trouxe
a lei — Jesus, a graça e a verdade. Aqui em Hebreus 3:1-3 encontramos um
contraste entre os dois — a superioridade de Jesus sobre Moisés é ressal-
tada. Muitos acham que Deus enviou Moisés com a lei e porque isto falhou
ele se viu obrigado a enviar Jesus com a graça. Mas isto não é verdade^ A lei
de Moisés não foi desmanchada para dar lugar ã graça. Pelo contrário, a
chegada de Jesus com a graça revelou o verdadeiro sentido de Moisés e da
lei — a substância mostrou que a figura não era nada mais que uma figura.
Quando o construtor apareceu, ficou evidente que Moisés era apenas uma par-
te da casa e não um outro construtor. Portanto, com o aparecimento de Jesus
duas coisas ficaram claras: 1. A diferença entre a lei e a graça, entre o
ministério de Jesus e o de Moisés (Jo 1:17); 2. A graça como o pleno cum-
primento da lei e portanto superior a ela (Hb 3:1-3).
O diagrama acima ressaltou o paralelo entre Moisés e Jesus. O diagrama
seguinte (pg.55) mostra a superioridade de Jesus sobre JMoisés colocando-
os nos seus respectivos lugares de importância em relação ã Palavra escri-
ta. Jesus é o Verbo eterno, a Palavra de Deus que contém tudo que Deus tem
para falar. Por isto ele não pode ser limitado a representar apenas o Novo
Testamento. Ele é o Alfa e o Õmega, o "A" e o "Z" da Palavra de Deus
(Ap 1:8; 22:6). Ele pode ser encontrado em todo livro da Bíblia desde o
principio até o fim. É ele quem une a Palavra, tornando-a uma só e não uma
biblioteca desconjunta. Tanto os ministérios antes da sua vinda Cos profe-
tas do Velho Testamento) como os que vieram depois (os apóstolos do Novo

-54-
Testamento) falavam dele. A única diferença ê que os profetas o anunciavam
olhando para o futuro pois ele ainda não viera, enquanto os apóstolos o
anunciavam como uma realidade presente pois ele já tinha vindo. Ele é o as-
sunto de toda a Bíblia, do Velho Testamento e do Novo Testamento, dos pro-
fetas e dos apóstolos.

Jesus - O Princípio e O Fim


.0 Verlx)

Moisés Paulo
VT NT
Profeta Apóstolo
Promulgador da Lei Promulgador do Evangelho

Abaixo de Jesus (seguindo o diagrama) temos Moisés e Paulo. Ha um pa-


ralelo entre eles dois. Paulo é o homem principal do Novo Testamento (com
exceção de Jesus, o Verbo que engloba toda a Palavra de Deus tanto do Ve-
lho como do Novo Testamento). Enquanto Moisés recebeu a lei e a revelação
do tabernáculo, Paulo recebeu a revelação da graça e da igreja. Ele viu as
substâncias das sombras que Moisés recebera. Paulo é o Moisés do Novo Tes-
tamento porque assim como Moisés recebeu a lei, ele recebeu o evangelho.
Jesus não promulgou o evangelho — ele eva o evangelho. Pelas suas palavras
transmitiu uma lei muito mais apertada do que a lei de Moisés; mas pela sua
vida, morte e ressurreição ele nos deu vida para obedecer esta lei. Todos
os apóstolos tinham uma revelação deste evangelho, que é Jesus, mas Paulo
recebeu a revelação mais clara e completa. Ele dizia "o meu evangelho".

PERGUNTAS PARÁ REI/ISÃ0

07. QuoJL o ptopÓ4,c£o de. Peaá em UYÚA judeu* e. ge.ntío* em um 40 povo?


02. Vou que. o o*éunto de. apóstolo* e. pia^eta* e tão importante. pana 04 no&-
404 dato?
03. Vou. que. podemos a^-úmaA. que. kã apo*toto* e planeta* na. -újie/a do Novo
TeÁtame.nto 1
04. Qual a. di£eAe.nça e.nt/te. dom* núntiteAÁaL* e. don* eApÍAÁtu&i*?
05. Voi que. todo apó*toio é. planeta. ma* nem todo pto^eta. e. apõ&tota?
06. Von. que. o apostolo e. o pto^eía pt.ec/t4ani t^abatkan. junto*?
07. Vou que. a. babe. da* 4.Qti.e.ja* koje. e^tá. e/uiada?
08. Qual eAa o mivÚÁteJú.o mai& destacado na* igx.e.jat> £ocuu4 no tempo do No-
vo TeAtam&nto ? Von quê.?
09. Vou que. ao ie.uniõeA da /ájie/a daquela época eAam dAueA.ejnt.eA da* no44a4
hoje.?
10. O que. ptecx-4a acontece* pa^a mudai a 4-òtuação a£ua£ da xgie/af
11. Quaí eAjo. a tane-^a do* apostolo* na -ájte/a do Novo T&*tame.nto?
12. Quem jjo/c o pfújneÁno apÕAtolo?
13. O que. 4/újn/ó£tca a palavia "apo*tolo"?
14. Vou que. não havia apo*tolo* no VeJtho TeAtame.nto?
15. Qual a dl^eAe.nç.a en£t.e Je4u4 e 04 pt-o^eJa* do VeZho Tz*tame.nto?
16. Vou que. o* ptíoú&ta* no Novo TeAtame.nto vem em éegundo lugasi de. pt/to.>u.-
dade.?

-55-
77, Que &ã.o o* apÓAtotoA do Novo
H. Quat a tit (J elenco. pfu.ncA.pat eittte a doufru.na apo&tótLc.a e. a £eí do fe£/io

19. Como apÔ&totoA podeJião &UAQÂA novamente, m no&&o& diaò?


20. Po/z. que. Jeóaá e. &upesú,oti a Mo^cóéó t a Pauto?
21. Pon. que. Mo^úSá podo, &esi con&tdeAado o maio*. nomem do Vet.no TeAtame.nto e
Pauto o maiofi do Novo TeAtame.nto?
22. Pon que. MoÂ.àé.A í o& pfio^e.taí> ke.p-te.-ae.ntam o Vetho JeAtasne.nto e,
Jeáuó e. 04 apÕAtotoA /tepteien&wi o llovo?
23. Pofi que. Mo-cóEó eAa di.ueAe.nte. do A demaÂA
24. Quat eA.a a mensagem bãá-cca. do-ó planeta*?
25. Pofi que. Pauto pode. AeA ckamado o Mc£áé/s do Novo Testamento?
26. Poi que. JeAuò não expÔ-á o evangelho como Pauto?
27. tyeÂasi de. Jeóaó, a Patav^a da Ve.u&, &eA e.nc.ontnado tanto no VeZko como
no Novo TeAtame.nto, quat a dl^eAe.nça pfu.ncA.pat e.ntA.e. at> pataviab do&
pfio^ítaíi e. ao doí> apoàtotoA?

PROFETAS NO VELHO TESTAMENTO

Gn 15:1. Abraão i o primeiro homem a ser chamado "profeta" (Gn 20:7).


Esta é também a prime ira vez na Bíblia que aparece a famosa expressão: "Veio
a palavra do Senhor a..." Como Abraão recebeu a palavra do Senhor? Através
de uma visão. Portanto, o profeta é um homem de visão.

Nm 12:6. O profeta ouve a palavra de Deus em sonho ou visão. Moisés era


um profeta superior aos outros pois Deus não usava estes meios para falar
com ele. Ele lhe falava face a face, claramente, e não em enigmas. Moisés
tinha um relacionamento mais intimo com Deus do que os outros profetas.
Dt 34:10-12. Outro fator que coloca Moisés acima dos outros profetas é
que ele era o mais poderoso em sinais e maravilhas (v. 12).
l Sm 3:19-21; 4:1. No tempo dos juizes houve um grande declínio em que
a palavra do Senhor se tornou muito rara. Quase não havia profetas. Agora,
porem, Deus voltou a aparecer em Silo através da sua palavra ao profeta Sa-
muel. Samuel trouxe a presença de Deus de volta ao seu povo através da pa-
lavra de Deus na sua boca. "Crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e ne-
nhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra" (v. 19). A palavra de
Samuel e a palavra do Senhor eram uma sõ e por isso não caia em terra. A
palavra do homem cai, mas a palavra de Deus continua atuando e produzindo
efeito.

l Sm 9:9. O profeta era chamado vidente, porque via a palavra numa vi-
são. Ele era realmente um homem de visão. Quantas vezes nos profetas (Isa-
ías, Jeremias, Ageu, etc,) podemos notar que recebiam a palavra do Senhor
através de visões!

l Rs 17:1,2. Que autoridade tinha o profeta Elias! "Tão certo como vive
o Senhor, o Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva
haverá nestes anos segundo a minha palavra." Ele entra na cena sem nenhuma
apresentação e afirma estar continuamente na presença de Deus. Segundo a
sua palavra não choveria, porque a sua palavra e a de Deus eram uma só. Não
é brincadeira ser profeta!

Jr 7:23-25. Estes versículos constituem um refrão do profeta Jeremias.


Várias vezes através do seu livro podemos encontrar versículos semelhantes
pois Deus queria explicar o seu modo de agir com o povo. Ele tinha tanto
amor que todos os dias, começando de madrugada, enviava seus profetas ao
povo. "Levanta e vai falar com meu povo novamente; quem sabe se desta vez
não atenderão ã minha voz." Isto é o coração de Deus. Ele anseia pela volta

-56-
de seus filhos e todos os dias envia seus profetas para chamá-los de volta.
Ele tem a mesma expectativa que nos quando esperamos uma carta importante e
todos os dias a procuramos no correio e não a encontramos.

Ml 4:4-6. Nesta passagem temos Moisés e Elias juntos. As últimas pala-


vras do Velho Testamento falam sobre Elias e as primeiras palavras do Novo
Testamento (mais de 400 anos depois) falam sobre João Batista. João Batista
era o primeiro cumprimento da profecia de Malaquias sobre Elias. No versí-
culo 4 vemos uma das principais funções do profeta — lembrar o povo da lei
de Moisés. Esta profecia sobre Elias foi cumprida a primeira vez antes da
primeira vinda (João Batista) e será cumprida a segunda vez antes da segun-
da vinda (antes do grande e terrível dia do Senhor). A primeira vinda só
foi terrível para Jesus, mas a segunda vinda será terrível para o mundo.

Mt 16:28; 17:1-3,11, A transfiguração foi uma demonstração do reino de


Deus. Jesus havia falado que alguns dos seus discípulos não passariam pela
morte até ver o Filho do homem no seu reino. Por que Moisés e Elias apare-
ceram nessa pr-evisão do reino de Deus? Porque eles representam todo o Velho
Testamento (Moisés - a lei; Elias - os profetas) e são a base da Palavra de
Deus.No fim,porém, os dois desapareceram e só Jesus ficou (v.8). Ele não só
e^o evangelho que cumpre tudo que a lei e os profetas anunciaram ^mas tam-
bém e a Palavra encarnada de Deus que inclui tudo desde o principio até o
fim. Os três juntos representam toda a Palavra de Deus — a lei, os profe-
tas e o evangelho,Porem, dois desapareceram para mostrar que não precisamos
ouvir os três pois Jesus inclui tudo de que precisamos. Mas para obtermos a
visão de Jesus precisamos do ministério de Moisés e Elias, da lei e dos
profetas. Quando o enxergarmos não precisaremos mais do ministério deles
pois já terão cumprido a sua função.
V.11: "Então Jesus respondeu: De fato Elias virá e restaurará todas as
coisas." Elias tem o ministério de restauração. Antes da segunda vinda de
Cristo é necessário levantar-se novamente o ministério profético para res-
taurar a igreja. Esse ministério de restauração é a vinda de Elias antes do
grande e terrível dia do Senhor. Isto não quer dizer que ele virá em pessoa
ou se reencarnará em alguém. A doutrina da reencarnação não pode ser encon-
trada na Bíblia. Elias foi transladado e está com Jesus. João Batista não
era Elias, mas veio no espirito e poder de Elias (Lc 1:17) — com o mesmo
ministério. Da mesma forma, nos últimos dias muitos João Batistas se levan-
tarão para formar uma companhia profética que cumprirá o ministério de
Elias de novo, antes da vinda de Cristo.

Malaquias 4:6 fala sobre converter o coração dos pais aos filhos e o
coração dos filhos aos pais. Isto não aconteceu no ministério de Elias e
nem no de João Batista. Certamente esta profecia será cumprida só no minis-
tério profético dos últimos dias. Elias vai restaurar a família — a célula
básica da igreja e da sociedade.

Ap 11:3-6; Zc 4:1-14. Estas duas passagens mostram que Moisés e Elias


são as duas testemunhas.
Ap 11:4: "São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham
em pé diante do Senhor da terra." Este versículo se refere a Zacarias 4:14.
Zacarias teve uma visão de duas oliveiras dando azeite para o candelabro
(w.11,12). O candelabro representa Jesus no meio da sua igreja. Ao lado do
Senhor de toda a terra (Jesus) estão os dois ungidos que são as duas teste-
munhas. É a mesma cena do monte da transfiguração — Jesus, Moisés e Elias.
A prova de quê Moisés e Elias são as;duas testemunhas são os versículos 5 e
6 de Apocalipse 11. Os sinais descritos nestes versículos são claramente
ligados aos ministérios de Moisés e Elias — fechar o céu para não chover,
transformar água em sangue, etc. As duas testemunhas preparam o caminho pa-
ra revelar Jesus através da palavra da lei e dos profetas.
Nesses dias precisamos da restauração da palavra viva de Deus que le-
vantará esse ministério profético para restaurar todas as coisas. A pala-
vra profética não é uma coisa misteriosa; ela transmite vida porque a pala-
vra é Jesus e ele é vida. A palavra de Deus não é uma doutrina ou teoria,

-57-
mas vem por uma visão no Espirito. Quando falamos do que'vemos no Espirito
estamos falando a palavra profética. Esta palavra vai tocar em outras vidas
e produzir um efeito real — ela não cairá por terra. Não temos esta pala-
vra ainda. O reconhecimento disto vai produzir'em nós dores de parto e ge-
midos no Espirito para ouvir de Deus e trazer a palavra profética que vai
restaurar os ministérios que por sua vez restaurarão a casa de Deus.

APÕSTOLOS NO NOVO TESTAMENTO

Ef 2:19,20. Estamos estudando o versículo 20 em profundidade. Acabamos


de estudar sobre profetas e agora estudaremos sobre apóstolos. É interes-
sante notar como Paulo entrou nesse assunto. No versículo 19 ele fala sobre
a família de Deus e isto o leva a falar nos. versículos 21,22 sobre a casa
de Deus. Toda família precisa de uma casa, uma morada, um lugar para desen-
volver sua vida. Mas antes de tratar da casa é necessário falar do funda-
mento (v.20). Por isto estamos gastando tanto tempo com o assunto de após-
tolos e profetas.

J^óuA Env4.a. 04 Po z e
Mt 10:1-8. Esta passagem é a primeira referência a apóstolos no Novo
Testamento. Primeiro eram doze discípulos e após receberem poder e uma co-
missão foram chamados apóstolos (w.l,2). "A estes doze enviou Jesus..."
(v.5). O sentido da palavra apóstolo é enviado. Eles foram enviados com po-
der e autoridade (v.l) exclusivamente às ovelhas perdidas da casa de Israel
(w.5,6). Não podiam pregar aos gentios (os povos que não faziam parte de
Israel) e nem aos samaritanos (um poVo que era misturado com os judeus —
metade gentio e metade judeu). Eram doze apóstolos e foram enviados as doze
tribos. Tinham uma comissão especifica dividida em quatro itens: a. Ir só
para a casa de Israel; b. Pregar que está próximo o reino de Deus(v.7);
c. Curar enfermos, expulsar demónios e fazer outros sinais e milagres (v.8);
d. Não ter salário, não cobrar nada de ninguém, nãp levar provisão para o
caminho, mas depender da hospitalidade do povo (w.8-10). Foram enviados
a um povo especifico, com uma mensagem especifica, sinais específicos pa-
ra confirmar a mensagem e condições especificas para ò sustento do ministé-
rio. O apóstolo não pode fazer a sua vontade. È enviado para fazer aquilo
que o seu Senhor mandar e da maneira que ele mandar.

Á mensagem dos apóstolos só podia ser anunciada por eles pois diziam:
"Está próximo o reino dos céus". O Senhor lhes deu esta mensagem. Se o Se-
nhor não nos enviar não podemos pregar a mesma mensagem.Quando os apóstolos
se levantarem novamente em nossos dias, eles poderão anunciar esta palavra,
pois será verdade e terá a confirmação de sinais.

Mc 3:13-19. Aqui temos uma outra descrição da comissão apostólica, um


pouco diferente mas que complementa a passagem em Mateus. Os três passos
principais desta passagem são: a. Ser escolhido e chamado por Jesus para
estar com ele; b. Ser enviado a pregar; c. Receber poder para curar as en-
fermidades e autoridade sobre os demónios.

Quando pensamos sobre apóstolos, geralmente pensamos sobre o seu minis-


tério de pregar e fazer sinais e milagres. Pensamos que os apóstolos são
chamados por Deus e já saem imediatamente para agir. Mas aqui vemos que o
primeiro passo e o mais importante é ser chamado para estar com Jesus. Em
primeiro lugar o apóstolo é chamado para estar com Jesus e não para fazer a
obra do ministério. Este chamamento é da iniciativa de Jesus e não através
de votos ou ambição. Ninguém pode receber este ministério por sua própria
vontade.

Este primeiro passo desencadeia os outros. O apóstolo não terá a mensa-

-58-
gem de Jesus e nem os sinais que a confirmam se não gastar tempo para estar
com ele e conhece-lo. E ninguém pode gozar deste privilegio se Jesus não o
escolher e chamar para isto. Os dois últimos passos parecem mais atraentes
porque achamos difícil passar tempo com Jesus sem estar ocupados com alguma
obra ou projeto. Mas depende do nosso conceito do que Í estar com Jesus.
Estar com ele não é só ficar trancado num quarto em oração e jejum. Sem a
sua presença estas coisas não adiantam nada. Ê difícil ficar esperando para
encontrá-lo, mas uma vez que ele chega, o difícil é sair da sua presença! Uma
vez que realmente o conhecemos, consideramos o privilégio de estar com ele
o maior de todos.

Mc 6:7-13. Em Marcos 3 Jesus chamou os doze discípulos para estarem com


ele de uma maneira mais íntima e contínua do que os outros. Agora em Marcos
6 ele vai enviá-los.

V. 12: "Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse..." É


importante comparar os vários relatos porque cada um acrescenta um aspecto
diferente. Mateus diz que pregavam que estava próximo o reino de Deus. Aqui
afirma que a mensagem era arrependimento. As duas mensagens realmente são
uma só, pois a aproximação do reino requer arrependimento. João Batista e
Jesus pregavam: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus".

V. 13: "...expeliam muitos demónios e curavam numerosos enfermos, ungin-


do-os com óleo." Marcos é o único que fala que os apóstolos ungiam os doen-
tes com óleo. Antigamente, em algumas ocasiões, no lugar de água e sabão
usava-se óleo para lavar o rosto. Salmo 104:15 diz que é o óleo que faz bri-
lhar o rosto do homem. Este mundo material é uma figura do espiritual. O
óleo representa o Espírito Santo, a glória de Deus. Quando Moisés entrou em
comunhão íntima com Deus, seu rosto brilhava. Os apóstolos ungiam os enfer-
mos com óleo, figura do Espírito, e estes eram curados.

Lc 6:12-19. Esta passagem é a única que mostra que Jesus orou uma noite
inteira antes de escolher os doze. Ele precisava de oração para esta deci-
são — e ainda assim escolheu Judas. Por quê? Para cumprir as Escrituras e
o propósito de Deus (At 1:16; Jo 6:64).
Ê interessante notar que Mateus usa a palavra "apóstolos" apenas uma
vez e Marcos também, enquanto Lucas a usa seis vezes. João não usa esta pa-
lavra nenhuma vez no seu evangelho mas usa muito o verbo "enviar". Aliás,
ele não gosta de usar substantivos e sim verbos. Por exemplo, ele não usa
a palavra "fé" nenhuma vez no seu evangelho ao passo que é difícil encon-
trar um capítulo que não tenha o verbo "crer" várias vezes. Isto mostra a
sua ênfase. Ele não gostava de doutrina e sim de açao. Paulo é quem gostava
mais de doutrina e por isto usava substantivos.

Cada uma das listas dos nomes dos doze apóstolos nos quatro evangelhos
é diferente das outras. Deus queria dar muita dor de cabeça e complicação
para os teólogos! Outro exemplo deste tipo de humor divino está em Mateus
10:10 e Marcos 6:8. Afinal de contas, era para levar bordão ou não?

V. 17. Vemos representados neste versículo quatro grupos diferentes de


pessoas: Jesus, os doze, os outros discípulos e a multidão.

Isto termina o nosso estudo sobre Jesus enviando os doze. Ê importante


lembrarmos que houve três etapas da comissão apostólica: o Pai enviou Jesus
como o primeiro apóstolo (Hb 3:1). A sua comissão era o mundo e ele foi es-
colhido para isto antes da fundação do mundo. Depois Jesus enviou os doze
e mais tarde o Espírito Santo enviou Paulo e os demais. Cada pessoa da trin-
dade envia apóstolos. Agora vamos estudar sobre os apóstolos enviados pelo
Espírito Santo.

Õ E.ópZuxtc Envida OU&LOA A.pÓAtoto*


Ef 4:9-13. Jesus desceu o mais baixo possível, depois subiu o mais al-
to possível e lã, dos céus, deu os ministérios. Como ele fez isto? Através

-59-
do Espirito Santo que foi derramado depois da sua glorificação. O Espírito
ordena apóstolos porque Jesus opera do céu através do seu Espirito na ter-
ra.

V.11. Alguns acham que este versículo fala de quatro ministérios porque
consideram pastores e mestres como um só ministério. Não há problema pensar
assim porque Deus não é rígido e inflexível. Eu gosto de pensar que são
cinco porque acho que há diferença entre o 'ministério de pastor e mestre.
Alguns pastores são mestres mas há muitos mestres que não são pastores e
muitos pastores que não são mestres.

V.12.. Os cinco ministérios são para aperfeiçoar os santos para que es-
tes entrem nos seus respectivos ministérios e exerçam as suas funções. To-
dos os membros do corpo têm ministérios e funções e devem desempenhá-los
para a edificação do corpo, "até que todos cheguem à unidade da fé..."
(v.13). Cada expressão deste versículo 13 significa a mesma coisa — unida-
de da fé, pleno conhecimento do Filho de Deus, perfeita varpnilidade, a me-
dida da estatura da plenitude de Cristo. Todas são sinónimos e estão falan-
do sobre Jesus Cristo e o seu corpo.

Por que Paulo sempre menciona apóstolos em primeiro lugar? Porque eles
são o fundamento. Hoje os pastores vêm em primeiro lugar na instituição hu-
mana. Mas já vimos que o padrão bíblico é que o profeta seja o ministério
mais importante na igreja local e o apóstolo na igreja extra-local. O pro-
feta e o homem chave que recebe a palavra viva para a congregação e o após-
tolo e o homem que une todas as igrejas locais através do seu ministério.
Hoje os bispos ou superintendentes (dependendo da denominação) é que ligam as
igrejas numa só organização. Mas só há união denominacíonal; não há união
entre todas as igrejas porque não temos apóstolos. O plano de Deus é que os
apóstolos unam todas as igrejas numa só fé, num só corpo, num só Espírito,
e que na localidade os profetas recebam a palavra viva para a igreja.
O apóstolo é um homem enviado por Jesus para unificar a doutrina, e le-
var todo o povo de Deus a pensar a mesma coisa, a ter a mente de Cristo.
Ele não pertence a uma igreja local, pois seu ministério ê em prol da igre-
ja universal. Quando chega numa igreja, ele respeita o que Deus está falan-
do através do profeta,embora como apóstolo (um profeta extra-local) sua vi-
são seja mais ampla. Ele pode levar a igreja a uma visão maior porque tem
realizado a obra de Deus numa dimensão maior. Ele tem autoridade para falar
ao profeta: "Sua doutrina é muito importante, mas você está enfatizando-a
demais, e isto está causando divisão com outras igrejas." Por conhecer
Jesus intimamente e andar com ele, o apóstolo será enviado para curar as
discrepancias do povo de Deus, e introduzir-lhes a doutrina pura.
Não vai ser difícil aceitar ou discernir a autoridade apostólica, por-
que será espiritual e não por imposição humana.A palavra do apóstolo trans-
mitirá o espírito de Cristo ã igreja e isto trará amor e união. É impossí-
vel, então, que ele mesmo seja uma estrela errante, independente e insub-
misso. Se sua palavra traz união e submissão a outros, é evidente que ele
mesmo terá estas qualidades em sua vida. Ele será unido ao corpo de Cristo
e submisso a outros apóstolos. Por ser o fundamento da igreja, seu ministé-
rio será itinerante e o próprio fato dele ser apóstolo implicará numa comu-
nhão tão viva com Jesus que será reconhecido por onde passar. Pode aconte-
cer que os presbíteros de uma determinada localidade não reconheçam o seu
ministério; neste caso ele não será apóstolo para aquela igreja, porém ela
terá de arcar com as consequências. Mas o apóstolo terá tanto de Jesus na
sua vida que as pessoas verão Jesus nele e se submeterão com confiança ao
seu ministério. Paulo tinha tanta certeza da glória de Cristo em sua vida
que falou: "Sede meus imitadores como eu sou de Cristo" (l Co 4:16; 11:1).
O apóstolo poderá trabalhar com uma igreja já estabelecida ou poderá
evangelizar incrédulos e formar uma nova igreja. Como pai espiritual desta
igreja, reconhecerá os presbíteros e outros ministérios que surgirem. Ele
terá função tanto de restaurar como de fundar igrejas. Mas nunca se limita-
rá a cuidados permanentes com uma só igreja, pois seu ministério é com a
igreja universal, edificando a casa de Deus e unindo as igrejas entre si.

-60-
O alvo do seu ministério ê que o propósito de Deus se cumpra — a formação
de um povo separado do mundo, e o levantamento da casa de Deus para aben-
çoar todas as famílias da terra.

l Co 12:28-31. Sem dúvida em primeiro lugar vem os apóstolos e em se-


gundo lugar os profetas. Aqui temos uma lista diferente da que acabamos de
ver em Efêsios 4. Lá tem apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mes-
tres. Aqui tem apóstolos, profetas e mestres, não tem evangelistas e pasto-
res, e se acrescenta mais cinco dons ou ministérios (operadores de mila-
gres, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas). Teria Pau-
lo cometido algum engano? Na minha opinião Deus não pode ser limitado den-
tro de nenhum sistema rígido. Ele não tem um número determinado de ministé-
rios. O principal é a ordem de prioridade nos ministérios, que é primeira-
mente apóstolos e em segundo lugar profetas.
Outra dúvida que poderíamos levantar é que se os apóstolos.tinham tanto
poder para operar milagres, expulsar demónios, e falar em línguas, por que
Paulo acrescentou esses outros ministérios na lista? Realmente o apóstolo
tem poder para operar sinais e maravilhas, mas ele não pode ficar preso só
nisso. Seu ministério principal é a palavra de Deus por meio da qual esta-
belece e restaura as igrejas. E dentro do corpo de Cristo ha pessoas com
esses dons que não são apóstolos. O apóstolo opera milagres, mas este não é
seu ministério principal.

Uma coisa precisa ficar bem clara: antes da volta de Cristo a igreja
precisa ser aperfeiçoada (Ef 5:27). Por isso é necessário que nesses dias
haja a restauração do ministério apostólico. Que o estudo deste assunto
produza nas nossas vidas um peso no Espírito para gemer por esta restaura-
ção. Os apóstolos serão homens chamados primeiramente para estarem com Je-
sus, e depois para serem enviados com uma palavra viva a ser implantada em
nós pelo Espírito, aperfeiçoando os santos e consequentemente a igreja.

PERGUNTAS PARA VEVISlõ

01. Po* que. faxaão Õ. chamado


02. Como o* pM^etas <te.ceb.awi a pa&u/vta do Senho*.?
03. Pui que. Moisés eta supesiio*. aos demais p^o^etas?
04. Como SamueÂ. trouxe, a presença de. Véus de, vo&ta a I4iae£?
05. Poi que. os pna^etas etam chamado* "videntes"?
06. Poi que. Véus sempre. env-tava pfio^etas ao seu. povo no fe£no Teá<tamen£o?
07. Pon que. a pto^ec/ta de Maiaquias sabote. ELias tem dois cumptárnentos?
OS. Poi que. Moisés e Etias apa/tecetam com Jesus no monte. da. tnansúigunação?
09. Poi que. e£eá deáapa/iece/uwi e .i ó" Je-óaó petmaneceu?
10. Po/t que. o mínÍAfésiio ptojjétcco p/iec-úa teapa-tecet. aníeó da segunda uói-
da?
I J . Como Etiat> viria, ante* do glande, e. teMZveJt dia. do SennoA. e com que. jj-c-
natcdade?
12. Como Aabemoi que. ao daaó testemunham de. Apoca&tpóe 11 -óão

13. Como eAtaA duaó testemunham ptepaAoAÃo ocam^níio paAa a vu.nda do


14. Que. tipo de pa£au/ia ptie.c>i&a. *>eJi neAtausiado em nomoA dtaóf
15. Quais são os quafio Zte.ns da comissão dos doze. apóstatas?
16. Pon. que. e. únpossZveJt pne.QOfi a mensagem apostôtica sem seA. apostolo?
17. Quais são os tA.es passos da comissão apostôtica em MO/LCOS 3?
18. Quat e o p/tcmecAo chamamento e. a maco/i p/tto/Udade do apóstata? Vou quê.?

-61-
79. Vê. quem paAt.e. a lnA.C4jatA.va. pasia a encolha, de. apóstolos?
20. Vou que. nõí temos mocó atsiacao peto nún^teAlo de. pne.ga/i e opeAaA mtla-
gieA do que. m passa* tempo com Jeóoóf
21. Qual esia a me.nAa.gejn do* doze. apóstolos?
22. Vou que. os apóstolos -ungiam os en^eA/Mo.á cem õ£eo?
23. Como JeAuò soube. zscolheA. os doze.?
24. Quais tão as ;£iêá eíapaó da comissão
25. Como o OU&to _e.x.attado conce.de. e-ó Aua.
26. OUSÚA CK> fiuncoe* do^ a.pó&taioí> JL e. como 04 paAtafiu e.
te.nde.nteA ^de. hoje. têm &ub&t>ut(jã.do o& miYUAtO.tu.ci> ?
27. Como o apó&toío age na -cgi.e.j'a tocai?
28. Como o apá&tolo pode. un4.ui.casi a i.gJie.ja?
29. Como o apostolo teÂÓ. autoridade, pana e.x.eAceJi o Ae.u mi.nÁAtéAÁ.o na*

30. Qual o alvo do miníAfítio apostólico e. como o apostolo O.QVW. paAa al-
cançai ute. objztivo?
3 7 . Poi que. a ILòta de. minÁÂféstsioÀ em 7 CotántioA J 2 e. diúesie.nte. da Luta
em E^éáxço.0 4?
32. Se. o apaòtolo tem podesi pasw. opeAasi mílagtieA, ^alan. em LTnguaA e. e.x.pul-
&an dmôniob, pon que Paulo acte-ócenía eóíeó mini&tésú.o& na &ua
em l Cofu.ntio-0 12?
33. Que. leAultado prático deve á et produzido em noA^aò vida* atsuivéA
estudo &obn.e. apóstolos?

MINISTÉRIO PODEROSO

Pai envi-ou Je-sus, Je- sus enviou os doze. do- ze.


9..

Hoje oEspíríto San-to quer enviar outros homens quer enviar outroshomens,

Ministério po-de - roso .há de sur-gir, Com uma pala-vra vi-Vâ fa-
'
• 2.

zendo vi-das res-surgirem zendo vidas ressur-girem. Com l<grande autori-

-i
da-de o a-posto-lo vi -rã, Pois ele deixou o mun-do para com Jesus es-
}•

Homens prã com e lejinir Em per feita comunhão E su-a casa constru-ir

tr
sua casa construir.
O ESPIRITO DO APOSTOLO,

Vamos concluir este assunto de apóstolos e profetas estudando sobre o


espirito do apóstolo, concentrando principalmente na pessoa do apóstolo
Paulo. Muito mais importante do que estudos, regulamentos, princípios ou
palavras é o espirito do apóstolo. Se ele não tiver o espirito certo nenhu-
ma outra qualidade ou qualificação adiantará.

Rm 1:1. Antes de ser apóstolo e. necessário ser servo. Que outra defini-
ção de apóstolo encontramos neste versículo? Alguém que seja "separado para
o evangelho de Deus".

Rm 1:2,3. Deus prometeu o evangelho através dos profetas do Velho Tes-


tamento. O Velho Testamento foi escrito pelos profetas e o Novo Testamento
pelos apóstolos. O Velho Testamento é a preparação para o evangelho que vi-
ria no Novo. Através dos profetas Deus prometeu as boas noticias da vinda
do seu Filho que é o evangelho em pessoa.
Rm 1:4. O evangelho são as boas novas sobre Jesus que foi filho do homem
e também filho de Deus (w.3,4). "Espírito de santidade" — o que significa
isto? Por que diz isto ao invés de falar "Espírito Santo"? Porque está fa-
lando da sua ressurreição. Jesus ressuscitou por causa da sua santidade. Do
contrário a morte teria direito sobre ele por causa do pecado. Sem a res-
surreição não seria possível declarar e provar que Jesus era Filho de Deus.
Ele seria apenas o filho de Maria e não poderia nos salvar. Ele precisou
ressurgir dentre os mortos para ser designado com poder, pelo espírito de
santidade, Filho de Deus.
Rm 1:5: "...pelo qual recebemos a graça e o apostolado, por amor do seu
nome, para a obediência da fé entre todos os gentios..." (Tradução da Im-
prensa Bíblica Brasileira) Quando Paulo fala "recebemos" está se referindo
especificamente a si mesmo. Veremos no decorrer deste estudo quantas vezes
ele associa seu chamado apostólico à graça. Ele sempre menciona a necessi-
dade da graça de Deus para ser apóstolo e a ausência de virtude ou mereci-
mento humano para exercer este ministério.

"Obediência da fé" - esta é uma expressão muito importante e merece ser


analizada. A obediência evidencia a fé, é fruto da fé. Se não há obediência
é sinal que também não ha fé. Paulo recebeu seu apostolado para os gen-
tios e o objetivo do seu ministério era levá-los ã obediência da fé. No fim
desta epístola aos romanos ele repete a mesma expressão.

Rm 16:25,26. O propósito da pregação do evangelho é levar as nações ã


"obediência da fé".O que é a fé? A fé é o evangelho (Jd 3). A obediência da
fé é obedecer ao evangelho, ou ã palavra que é ouvida. Paulo quis usar uma
expressão mais forte do que "aceitar Jesus" ou "tornar-se crente". Ele quis
mostrar que o evangelho exige uma correspondência mais ativa da nossa par-
te. Se por um lado não estamos mais sob o jugo da lei, por outro lado não
estamos livres para sermos passivos e acomodados.
Num sentido fé é a palavra, o evangelho. Noutro sentido é a obediência,
ou a correspondência ã palavra. A palavra é viva e temos de corresponder em
vida a esta palavra para sermos vivificados por ela.Fe não é um assentimen-
to mental, é uma correspondência viva ã palavra de Deus, ouvindo, crendo,
obedecendo. A palavra, o mistério, o evangelho, a fé — todos, basicamente,
se resumem na pessoa de Jesus. Ele é o evangelho, a palavra, o mistério e a
fé. Obediência da fé, portanto, não é obedecer a uma lista de regras ou
concordar com uma série de doutrinas mas corresponder ativamente_a uma pes-
soa — Jesus. Sem corresponder a Jesus não temos fé. Fé é comunhão com Deus
através de Jesus. Se você não está conseguindo obedecer à palavra,é porque
falta-lhe relacionamento com Deus. Comunhão, ou relacionamento^ é uma bomba
atómica; é o segredo da vida. Comunhão com Deus abre comunhão com os ho-
mens. Esta é a vitória que vence o mundo — a nossa fé, o nosso relaciona-
mento com Deus (ouvindo a palavra, crendo e obedecendo).

-63-
O mundo está cansado de teorias, teologia, seminários, igrejas. O mundo
quer ver fé em realidade, amor, comunhão, amizade e confiança. Um verdadei-
ro relacionamento vertical e horizontal vai falar muito mais que qualquer
folheto ou pregação. O apostolo é uma pessoa que tem o coração de Jesus.
Ele não vai transmitir teologia, mas o conhecimento de Jesus. Seu apostola-
do e baseado no seu relacionamento com Deus através de Jesus Cristo. Por
isso ele se tornará a chave para entrar na família de Deus. Ele vai abrir
esse relacionamento que tem com Deus para outros, levando muitos à obediên-
cia da fé.

Quando a palavra é pregada sem vida não gera força para cumpri-la. Um
exemplo disto é a lei.A lei era a palavra de Deus mas o povo não tinha for-
ça para obedecer-lhe. Mas a palavra do evangelho, que é o próprio Cristo
vivo, uma pessoa, não é assim. Este (Cristo) não sõ nos mostra o que preci-
sa ser feito mas também nos transmite o poder para fazê-lo. A palavra é Je-
sus e Jesus é vida. A própria palavra do evangelho tem poder de se fazer
cumprir. Paulo disse "obediência da fé" porque ele transmitia fé na palavra
que pregava; o que cabia aos seus ouvintes (os gentios — os romanos) era
só obedecer. Esta obediência não é difícil pois o relacionamento vivo com
Jesus (fé) nos transmite o poder e a vontade de fazer o que agrada a ele.
Achamos a palavra "obediência" tão dura porque estamos acostumados com as
tentativas de fazer a vontade de Deus sem fé — não cremos que a sua vonta-
de e boa mas queremos segui-la como por uma obrigação. Porém, quando rece-
bemos fé, a obediência se torna tão fácil que é quase uma ação expontânea.
A palavra do evangelho é diferesnte da palavra da lei porque já vem com fé.
A fé já está no evangelho, a nossa parte é apenas corresponder e nos abrir
a ele - obedecer-lhe.

No livro de Atos as pessoas criam na pregação do evangelho e imediata-


mente suas vidas eram transformadas. Vemos, por exemplo, o eunuco que ouviu
a pregação, foi batizado, seguiu o seu caminho é talvez nunca mais encon-
trou com outro crente mais experiente que ele. Vemos Paulo pregando e le-
vantando igrejas, e depois deixando os crentes novos sozinhos para enfren-
tar situações que crentes com lideranças maduras e experientes hoje não te-
riam capacidade de enfrentar. A fé na palavra era tão poderosa que não ha-
via muita necessidade de ensino ou de regras. A pessoa cria em Jesus e en-
tão aprendia dele como ser liberto do pecado e andar na vida cristã. Tudo
isto acontecia porque os apóstolos pregavam a fé, o mesmo relacionamento
vivo que eles próprios tinham com Jesus (l Jo 1:1-4). Nosso evangelho será
poderoso também quando o centro da fé, o Cristo vivo, for restaurado na vi-
da de homens que serão os apóstolos de hoje. Estes homens pregarão a reali-
dade da comunhão íntima com Jesus que eles mesmos estão experimentando, e a
transmitirão para pessoas que vão ouvir e crer. Assim como o núcleo de uma
célula é responsável pelo desenvolvimento e reprodução de toda a célula,
esta comunhão viva com Jesus (a obediência da fé) vai produzir em cada um a
capacidade de crescer nos caminhos de Deus e transmitir esta Vida a outros.
Precisamos ter sede dessa realidade em nossos dias. Deus quer levantar mi-
nistérios para trazer a comunhão com Deus e implantar a vida de Deus em
nós, pelo Espírito.

Resumindo, podemos dizer que a fé é Jesus (pois ele é a palavra) e a


obediência é nossa correspondência a ele. A obediência da, fé, então, é
correspondência ou comunhão com Jesus. O objetivo do evangelho é levar to-
das as nações ã obediência da fé. O apóstolo é uma pessoa separada para o
evangelho de Deus. Sua missão é levar todos que quiserem ã comunhão viva
com Deus através de Jesus. À promessa para Abraão foi que Deus abençoaria
todas as nações através do seu descendente. Este descendente é Jesus e a
bênção para as nações é a possibilidade de entrar em comunhão com ele. Por-
tanto, os apóstolos têm a missão de cumprir a promessa feita a Abraão e le-
var a comunhão com Deus através de Jesus a todos que quiserem recebê-la.
01 1:1,10-12,15-17. A essência do evangelho e a ressurreição (v.l)_e
Paulo está tão empolgado com ela que a cita até no meio da sua saudação.
Em Romanos ele prega o evangelho por seis versículos antes de chegar na
saudação propriamente dita, e aqui não consegue falar do Pai e do Filho sem

-64-
pelo menos mencionar a ressurreição. Ele sabia que Jesus tinha ressuscitado
pois tinha ouvido a sua voz no caminho para Damasco.

O evangelho de Paulo foi uma revelação de Jesus Cristo que ele recebeu
de Deus. Seu apostolado não veio da parte dos homens (v.l), mas diretamen-
te de Deus (w.11,12). Deus o separou e o chamou desde o ventre da sua mãe
e pela sua graça revelou seu Filho nele (w.15-17). Mais uma vez ele menci-
ona que seu apostolado I pela graça de Deus.

No versículo 17 Paulo diz que quando recebeu esta revelação, teve tanta
convicção que era de Deus que hão se preocupou em consultar homens. Ele não
foi para uma escola bíblica ou para um seminário, mas partiu para o deserto
(Arábia) a fim de ficar sozinho com Deus e entender mais sobre esta revela-
ção. Mais tarde foi encontrar-se com os outros apóstolos, mas primeiro ele
teve um encontro pessoal com Deus.

A maioria das pessoas que vão para seminários sai de lá com a cabeça
cheia de teorias e ideias. Suas pregações são sermões teóricos e sem vida.
Não têm autoridade porque não têm o verdadeiro conhecimento de Deus, e não
receberam a revelação do evangelho diretamente de Deus. A autoridade do mi-
nistério vem através de um encontro vivo com Deus. O apóstolo tem a reve-
lação de Jesus e por isto tem autoridade. Seminários e escolas bíblicas não
transmitem autoridade, trazem apenas conhecimento.
^ . ,^-r •- -• ' - '•
A autoridade do apóstolo é a sua comunhão com Jesus, ou seja, sua fé
nele; porque já vimos que fé é comunhão com Deus através de Jesus. Até para
disciplinar crianças é preciso ter fé. A base da autoridade é a fé. A cri-
ança sabe quando uma pessoa tem autoridade. Ela vê Deus naquela pessoa e
sabe que está na hora de obedecer. Fé é autoridade que vem de Deus. O após-
tolo é pai e como pai precisa ter autoridade; mas para ter autoridade pre-
cisa estar com Deus. Por isso ele pode chegar no meio de pessoas doentes,
endemoninhadas ou fracas espiritualmente e trazer a autoridade de Deus so-
bre aquelas vidas, libertando-as e resolvendo seus problemas. Jesus fez is-
to e está nos chamando para agir da mesma forma. Pedro, quando encontrou o
coxo ã porta do templo, teve ousadia para dizer: "Não possuo nem prata nem
ouro, mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
anda!" (At 3:6). Ele tinha o nome e a autoridade de Jesus porque tinha uma
revelação viva e pessoal dele.

Gl 2:1,2. Estes versículos mostram um outro aspecto do assunto que Pau-


lo tratou no capitulo 1. Em consideração aos outros apóstolos, quatorze
anos depois, subiu a Jerusalém para confirmar seu ministério e sua mensagem
com eles. Ele queria confirmação do evangelho que pregava entre os gentios
para que de modo algum corresse em vão. Mesmo assim ele reafirma sua auto-
ridade direta de Deus dizendo que subiu devido a uma revelação e não porque
alguém lhe deu esta ordem.
Gl 2:6-9. Paulo ê incomparável! Nos dois primeiros versículos deste ca-
pitulo ele diz que precisava da confirmação dos outros apóstolos. Agora diz
que os doze nada lhe acrescentaram! Ele não está desfazendo o ministério
dos outros apóstolos,mas está mostrando que para ser apóstolo não é neces-
sário ter visto Jesus corporalmente; a revelação de Jesus que ele tinha no
Espirito não era inferior em nada ã revelação dos doze. O fato dele não ter
conhecido Jesus no corpo não o prejudicou em nada no seu apostolado, pois
quando subiu para Jerusalém para confirmar a sua mensagem com os doze, es-
tes não lhe deram nada que já não tivesse recebido através de revelação di-
reta de Deus. Estas passagens de Gaiatas mostram os dois lados da questão.
O apóstolo não é apóstolo se não receber a revelação diretamente de Deus,
mas é necessário confirmá-la com outros apóstolos. Esta confirmação não é
para acrescentar ou ensinar algo mais e sim para provar se a revelação re-
almente veio de Deus. Se tiver uma mensagem de segunda mão, aprendida dos
homens, não haverá autoridade e a palavra não terá poder. Por outro lado,
se não confirmar a mensagem com outros ministérios é possível correr em
vão.
O povo tinha uma estima especial pelos doze porque conviveram com Je-

-65-
sus pessoalmente e também porque eram testemunhas oculares da ressurreição.
Paulo, porém, está dizendo que ele recebeu pelo Espírito a mesma mensagem
que eles ouviram de Jesus pessoalmente. Na verdade Paulo recebeu uma reve-
lação bem mais clara do que a dos doze.Deus tinha um plano especial em usar
os doze como testemunhas oculares mas depois isto não se tornou uma condi-
ção para alguém ser apóstolo. Paulo tinha toda razão de falar com tanta au-
toridade devido à grandeza da sua revelação, e por ter sofrido mais do que
qualquer outro pela causa do evangelho. Num sentido ele é mais importante
que os doze. Estes tinham o apostolado para os judeus, um grupo pequeno mas
fundamental no plano de Deus, e eram testemunhas oculares da ressurreição.
Mas Paulo tinha o apostolado para os gentios, o resto do mundo inteiro. Se
não fosse ele, o tempo dos gentios não teria vindo e a promessa a Abraão de
abençoar todas as nações não teria se cumprido. Paulo tinha tanta convicção
de sua revelação que mesmo que os outros o combatessem, ele ficaria firme
na sua posição. Neste caso, porém, isto não foi necessário porque os outros
confirmaram a sua posição.

No versículo 9 Paulo novamente menciona que o apostolado é pela graça.

l Co 4:9-16. Aqui está um belo retrato da posição do apostolo — em úl-


timo lugar, como se fosse condenado a morte, espetãculo ao mundo, tanto a
anjos, como a homens, um louco por causa de Cristo, fraco, desprezível, so-
fredor, sem morada certa, injuriado, perseguido, considerado lixo do mundo,
escória de todos ... Este é o espírito do apóstolo. Paulo está falando de
experiência própria. O apóstolo tem autoridade porque em Cristo é quebran-
tado e humilde. Cristo tinha autoridade porque estava totalmente entregue
ao Pai. Da mesma forma o apóstolo é totalmente entregue a Cristo e por isto
tem autoridade. E tudo isso acontece pela graça de Deus. Só a graça traz
quebrantamento e humildade. ,

Fp 3:4-14. Humanamente falando Paulo tinha todos os requisitos para


confiar em si mesmo (w. 4-7). Mas jogou tudo fora por amor a Cristo. O
apóstolo é alguém que quer ganhar a Cristo e está disposto a perder todas
as coisas para esse fim (v.8).

Vv. 10,11. Sem conhecer a Cristo e o poder da sua ressurreição não po-
demos participar dos seus sofrimentos e nos conformar com sua morte, e nem
experimentar na realidade física a ressurreição dentre os mortos. O proces-
so começa e termina com a ressurreição. Para conhecer a Cristo é necessário
perder o mundo. Depois de conhecer a Cristo precisamos conhecer o poder da
sua ressurreição e com este poder podemos entrar na comunhão dos seus sofri-
mentos e nos conformar com ele na sua morte.Finalmente, então, experimenta-
remos a ressurreição do nosso corpo. Começa com o poder do Espírito da res-
surreição para poder sofrer e se conformar ã imagem de Cristo,e finalmente
ser ressuscitado no corpo. Sem conhecer a ressurreição de Cristo não temos
capacidade de sofrer por ele. O apóstolo Pedro foi um exemplo disto. Ele
disse que tinha coragem de morrer por Jesus (Jo 13:37,38) mas negou-o três
vezes. Mas depois que recebeu o Espírito da ressurreição tornou-se uma tes-
temunha ousada, e finalmente (de acordo com a tradição) foi crucificado
também. O apóstolo, então, é um homem que se conforma com a morte de Cristo
pelo poder da sua ressurreição para de algum modo alcançar a ressurreição
dentre os mortos.
Não devemos nos preocupar em ser apóstolos ou descobrir quem é apóstolo
hoje. Devemos, isto sim, procurar o espírito do apóstolo que é descrito
nestas passagens. O objetivo de Paulo deve ser o nosso também — conhecer a
Cristo, o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos...
| Vv. 12-14. Deus nos buscou, por isso nós o buscamos. Paulo foi alcança-
do por Jesus e prossegue para alcançar aquele que o alcançou. Isto é namo-
ro, amor(v,12). Nestes versículos vemos novamente o espírito do apóstolo —
Paulo está correndo e prosseguindo, olhando para as coisas celestiais e se
esquecendo das terrenas. O alvo é tão glorioso que ele nem se importa com
os obstáculos ou com o preço. Ele é totalmente conquistado por Jesus e dei-
xa tudo de lado com a esperança de alcançar este Jesus que o conquistou.

-66-
1 Co 15:9,10. Mais uma vez vemos que Paulo considera a graça de Deus a
chave do seu apostolado. Ele era o menor dos apóstolos, mas trabalhou mais
que todos os outros pela graça de Deus.

2 Co 12:11,12. O primeiro sinal do apostolado de Paulo era paciência e


o ultimo era sinais e milagres. Começa com paciência e termina com sinais
e milagres.

l Co 3:10,11. Esta passagem menciona a graça outra vez (v.10) e leva-nos


de volta a Efésios 2:20 — os apóstolos são o fundamento da casa de Deus.
Fizemos uma grande viagem pelas Escrituras e agora estamos de volta no pon-
to de onde partimos. O apóstolo é o fundamento e lança o fundamento.

Por que o apóstolo é o fundamento? Porque tem a revelação de Jesus


(Mt 16:16-19). E isto é essencial porque Jesus é o fundamento da casa. Se
Jesus é o fundamento, a pessoa que tem a revelação dele também o e. Ela se
torna o fundamento através de se identificar com o fundamento.

Por que o apóstolo lança o fundamento? Porque ele pode transmitir a re-
velação de Jesus a outras pessoas e assim edificar a casa. O fundamento ê
Jesus e o apóstolo lança este fundamento nas vidas das pessoas. Ele é o
fundamento porque tem a revelação, e lança o fundamento porque pode trans-
mitir a revelação a outros.

O apóstolo é necessário para iniciar a construção da casa de Deus. Não


adianta todos concordarem unanimemente que Jesus é o fundamento se não hou-
ver um apóstolo para lançar a pedra principal e iniciar a construção. É ne-
cessário um homem que conheça Jesus para transmiti-lo a outros e orientar
o inicio da construção nesta base. Outras pessoas também podem transmitir
Jesus, mas o apóstolo é a pedra de medida da casa para ajudar os outros a
entrar na mesma revelação que ele tem. Ele pode falar como Paulo: "Sede
meus imitadores como eu sou de Cristo." Precisa haver pessoas com a medida
de Jesus para que outros baseiem suas vidas nesta medida. Depois que o ali-
cerce é lançado, cada tijolo pode transmitir ao outro a imagem de Jesus que
recebeu do tijolo abaixo dele, mas alguém tem que lançar os primeiros pois
estes vão determinar a forma do resto da casa.

Vamos voltar para Efésios 2:20-22. O versículo 20 corresponde aos ver-


sículos 10 e 11 de l Coríntios 3. Nesta passagem o apóstolo lança o funda-
mento que é Jesus enquanto em Efésios 2:20 o apóstolo é o fundamento e Je-
sus Cristo é a pedra principal. Estas duas afirmações no fim se tornam
idênticas. Ambas mostram que os apóstolos baseiam a casa sobre Jesus Cristo.
Gastamos muito tempo estudando o versículo 20 porque trata do fundamen-
to da casa de Deus e isto é mais importante que todo o resto da casa. Se
tivermos a planta da casa, os construtores, e o alicerce, não teremos muita
dificuldade para concluir as outras partes da construção. Por isto não va-
mos gastar muito tempo com os versículos 21 e 22. Vamos estudar rapidamente
as últimas duas linhas da nossa síntese e assim concluir o nosso estudo do
capítulo 2 de Efésios.

11. Bem Ajustado Cresce para Templo Santo. V.21. A expressão "bem ajus-
tado" é muito importante.Significa que cada tijolo está entrosado com o ou-
tro e não existe nenhum membro fora de lugar. A parede não pode ter nenhum
buraco ou parte que seja torta ou fraca. Mas esse ajustamento depende dos
ministérios fundamentais — apóstolos e profetas. Sem o fundamento a cons-
trução não tem firmeza e pode cair a qualquer momento. Os apóstolos e pro-
fetas proporcionam ajustamento e crescimento perfeitos ã casa de Deus.
V.22. Paulo tornou a falar "vós", voltando novamente a se referir aos
gentios. Os gentios estão sendo edificados juntamente com quem? Com os ju-
deus. Somos concidadãos com os judeus na nova família de Deus. Ele terminou

-67-
o capitulo com a mesma ênfase inicial.

12. Morada de Deus no Espírito. A finalidade de sermos edificados jun-


tamente com os judeus é formarmos a habitação de Deus no Espirito (v.22).
Ele já havia falado sobre o Espirito no versículo 18. É pelo Espirito que
temos acesso ao Pai e só através deste contínuo acesso ã sua presença é que
podemos formar uma casa para a sua habitação. A lei, a letra, ou a palavra
seca, não e suficiente para edificar a casa. Temos de entrar na presença
de Deus pelo Espírito e edificar a sua morada no Espírito. Ê só pelo Espi-
rito que os judeus e gentios podem ser unidos em uma só morada, e e só pelo
Espírito que Deus pode habitar no meio deles. Portanto, a ordem para cons-
truir a casa de Deus é: o fundamento dos apóstolos e profetas, ajustamento
de todas as partes da casa umas com as outras, crescimento e finalmente a
morada de Deus no Espírito. Temos que conhecer e seguir esta ordem. Muitas
vezes queremos um ajustamento uns com os outros antes de ter o fundamento e
isto não funciona. As vezes procuramos o crescimento da casa antes de nos
ajustarmos uns com os outros e isto também não prosperará.Em primeiro lu-
gar precisamos do fundamento — Jesus Cristo — lançado por homens de reve-
lação — apóstolos e profetas. Depois precisamos ser ajustados por estes
homens e ser colocados cada um no seu devido lugar com sua devida função e
seus devidos relacionamentos. Isto tirará um crescimento espontâneo e final-
mente Deus virá para habitar nesta casa gloriosa que foi levantada. E tudo
isto é pelo Espírito — começa com o acesso a Deus no Espírito e termina
com a morada de Deus no Espírito.

PERGUNTAS PARA REI/ISA0

O l . Que. definição de. apóstolo encontramos em Romanos 7 : 7 ?


02. O que. e. o evangelho?
03. Por que. diz "espirito de. santidade" e. não "Espirito Santo" em Romana*
7:4?
04. Ã quê. Pauto atribui o seu apostolado?
05. Qual era o objetlvo do apostolado de. Paulo aos gentios?
06. Por que. a atitude, passiva dos crl&tãos hoje. não é. certa?
07. O que. e. a fe?
OS. O que. e. a "obediência da &"?
09. Se não conseguimos obedecer ã palavra de. Peão, que. conclusão podemos

10. O que. o mundo pneclsa veA em nos?


77. Por que. o apostolo e a chave. que. traz esta "obe.die.ncia da fie." as nações?
12. Qual o resultado da palavra que. e pregada sem vida?
73. Quando o evangelho e pregado com vida o que, os ouvintes precisam £azen
pana serem salvos?
14. Por que. os novos convertidos no Hvno de. Atas não p/iec/cóavam de. tanta
assistência como os de. hoje,?
15. O que. pste.clsa aconte.ceA pana o e.vange£ho hoje. ptioduzln os mesmos /insul-
tados de. Ato*?
16. Como o& apóstolos contribuem pana o cumpnlme.nto da pnomzssa ú&lta pon
Peão a Afataão?
17. Como Paulo recebeu o s eu evangelho?
IS. Vepols que. Paulo lecebeu a revelação de Jesus o que ele.
19. Pon que o semlnãnlo não pode pnoduzln apóstolos?
20. O que e a base de autoridade esplnltual?

-68-
21. PO/L que. Paulo subiu a JeAusalém quatonze. anos depO<có de. -te/t /iece6>tdo a
/teveéação de. Jesus?
22. Quanto a ie.velação, quais são aá duaó condições pa/ia alguém sesi aposto-
lo?
23. Po/l que o povo tinha tanta estima pelo* doze. apóstolos?
24. Po/i que. Paulo, em cexto se.nti.do, pode. se*. c.onsideAado supesiioi a eles?
25. Õ que. e o espinito do apóstolo?
26. PO/L que. é. neceá-óãtto conhece/i o pode* da >LeÁSuviei.ção de OLCÒÍO awíeá
de -4 e conjJo/imíW. com 04 4eaá
27. Qaa£ o p/LOceó^o deóc^cto em F^tcpenóei 3:10,11 que. começa com a pe/tda
de -todíw a& COÍAOÒ e texmina com a /Le44uA^.e^.ção do co/tpoí
2S. í? que e o eApúiLto do apóstolo expA.eóiado em Ecttpexiieá 3:12-14?
29. í? que Pau£o conó^tde/Laua como a c/iaue do 4 eu apostolado?
30. Po/i que. não devemo-6 nos preocupo/L em seA apóstolos ou em deócofa/tc/i quem
é apostolo?
31. Com o que. devemos nos p/ieocupo/i?
32. PO/L que o apostolo é o ^undame-nto e lança o ^undomenío da caáa de Peuó?
33. PO/L que não ha mane/t/ia de s e edc^ca/i a ve/idade-t/ia igie.ja de. Véus sem
apóstolos ?
34. O que. significa a exp/ieá-òão "bem ajustado"?
35. Qual e a o/idem ce/i£a da coná^iução da caóa de Véus?
- ooOoo -

OUTRAS APOSTILAS DE RUBIATABA

UM ESTUDO MICROSCÓPICO DE EFÉSIOS (PARTE 1)


VISÃO PANORÂMICA DA BlBLIA
VISÃO PROFÉTICA
A RESTAURAÇÃO DA PALAVRA (PARTE 1)

O ALTAR NA BlBLIA (Série de quatro apostilas)

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SlNTESE DE EFÉSIOS 2

m Sem Cristo Se-pa - rã- do Úa co - mu-nx-da-de deis- ra-


\. a.
r
ÉÉÉÉ É
el. Sem el. Não tendo a pá- Ia - vra e sem esperança, Sem

JJ fl J*
W J
J
Em Cristo Je - sus Em
Deus no mundo, Sem mundo.

Cristo Je-sus Ma -tando a i-ni-mi-za-de da lei pelo sangue

a ii N P
da sua cruz, No corpo da su-a car-ne pe-la morte.


Trazen-do paz, paz, entre_ps dois povos, pelo no - vo ho - mem,
l
Jj
Reconci-liando em Deus todas as coisas por Cristo os dois tem a-

A K

-V-d

ees-so ao Pai em um es-pí-ri-to. Concida - daos dos santos

Membros da fami-lia de Deus, simmembros da família difiçados

sobre o fundamento dos apóstolos! e profetas a pé- dra principal Cristo Je-

cresce pa-ra templo santo,morada de Deus no Es

píri-to, mo-rada de Deus noEs-pirito.


EFÉSIOS 3

PRIMEIRA PARTE: O DESVIO SOBRE O MISTÉRIO (W. 1-13)

V^l: Por esta causa eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus, par ornar de
•008, gentios.

O capitulo^S contêm um dos grandes desvios de Paulo. Sua intenção era


fazer uma oração pelos gentios, mas ficou tão interessado no ministério aos
gentios que desviou 13 versículos (w.2-13) para explicá-lo. Só no versí-
culo 14 e que ele volta ao assunto inicial. Gramaticalmente esses desvios
são uma curiosidade^ mas espiritualmente são uma benção para nós, pois nos
proporcionam revelações muito úteis. Portanto, o versículo l sem desvio fi-
caria assim: "Por esta causa eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus, por
vos os gentios, me ponho de joelhos diante do Pai..." (w. l, 14).
A expressão "por amor de vós" não está de acordo com o original grego.
A palavra "amor" não aparece no original, diz apenas '^por causa" ou
"em favor de". Sem dúvida Paulo amava os gentios, porém não e correto usar
a palavra amor aqui.
Paulo era prisioneiro por causa do ministério aos gentios. Realmente
ele estava preso quando escreveu este e outros livros. Efésios foi escrito
da prisão em Roma. Enquanto esteve preso Paulo não perdeu tempo pensando em
si ou em como se ver livre daquelas cadeias, antes aproveitou o tempo es-
crevendo suas cartas que têm abalado o mundo.

V.2: ...se ê que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a


mim confiada para vós outros...

Paulo sempre liga o seu ministério à graça de Deus. Ele o recebeu pela
graça, a vida de Jesus em ação. Ele sempre dá testemunho que tudo foi pela
graça.Por isso seu ministério foi um dos mais poderosos que o mundo jã viu.
"Dispensaçao da graça de Deus". Dispensação vem da palavra grega
"oikonomia" que é a origem da nossa palavra "economia". Significa designa-
ção, comissão, administração, um favor especial concedido por Deus para de-
terminada época. Deus deu a Paulo uma administração especial de graça para
ser ministrada aos gentios.
Ê importante conhecer exatamente o que Deus quer. para cada um de nos.
Paulo não fez uma oração vaga para que a vontade ampla de Deus fosse reali-
zada. Ele orou de acordo com a revelação^clara e especifica de Deus para
sua vida — transmitir a revelação do mistério aos gentios.

Vv.3,4: ... pois segundo uma revelação me foi dado conhecer o mistério
conforme escrevi há pouco, resumidamente^, ^pelo qual, quando lerdes, podeis
compreender o meu discernimento no mistério de Cnsto,..

"Conforme escrevi há pouco, resumidamente". Por que Paulo falou isto?


Onde já havia falado sobre o mistério em Efésios? No capítulo 1:9,10, quan-
do explicou resumidamente o propósito eterno de Deus. Porém, agora ele quer
ampliar mais o conhecimento dos efesios sobre isto.Na apostila do capítulo l

-l-
de Efcsios estudamos os versículos 9 e 10,e vimos que o mistério da vontade
de Deus e^ fazer convergir em Cristo todas as coisas do céu e da terra, na
dispensaçao da plenitude dos tempos.

Podemos fazer um paralelo entre a "dispensaçao da plenitude dos tempos"


(Ef 1:10) e a "dispensaçao da graça de Deus" (Ef 3:2). Apesar de ser usada
a mesma palavra ha diferença de economia ou administração nas duas passa-
gens. Em Efêsio^ 1:10 é a administração de Deus não para um homem, mas para
cumprir o propósito eterno de Deus era todo o universo nos últimos dias. Em
Efesios 3:2 e a administração da graça de Deus para Paulo para que pudesse
cumprir o seu ministério em favor dos gentios.

"Segundo uma revelação me foi dado conhecer o mistério". A dispensaçao


da graça de Deus dada a Paulo em favor dos gentios foi a revelação do mis-
tério. Em^ outras palavras, o ministério de Paulo (concedido a ele por uma
dispensaçao da graça de Deus) foi revelar o mistério para os gentios. A
dispensaçao da graça de Deus, portanto, é o ministério e o ministério é re-
velar o mistério. Deus concede dispensações especiais de graça para homens
como Paulo para gradativãmente desenvolver a sua dispensaçao total para o
universo.
l Pé 1:5,13. Temos uma promessa para nós nesses versículos. No último
tempo, que e agora, ha uma salvação preparada para revelar-se. E o que é
esta salvação? A resposta está no versículo 13 - a graça que há de vir na
revelação de Jesus Cristo. Deus quer nos dar nestes últimos dias uma dis-
pensaçao especial da sua graça. Ele revelará sua graça como nunca antes. E
como ele fará isto? Através de nos conceder a revelação do mistério que é
Cristo.

Hoje não temos a revelação do mistério como na época de Paulo.Se tivés-


semos, teríamos a igreja de Atos que foi produzida por essa revelação. Por
ter a revelação do mistério ela tinha Jesus Cristo vivo em ação, revolu-
cionando a sociedade daquela época. Mas com a vinda da apostasia essa reve-
lação foi perdida e o mistério se tornou oculto. No entanto, em nossos dias
podemos esperar e buscar uma nova revelação do mistério.È isto que Pedro
promete para nós nos últimos dias - uma nova dispensaçao da graça de Deus,
uma salvação preparada, ou seja, a revelação do mistério oculto.
A revelação do mistério é-nos concedida pela graça de Deus e é a graça
de Deus. Então há duas maneiras de usar a palavra graça. Paulo recebeu a
revelação do mistério pela graça de Deus, mas esse mistério é Cristo que é
a graça de Deus.
~ * — ~
"Podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo" (tradução
corrigida). Paulo compreendeu o mistério de Cristo porque isto lhe foi re-
velado. O mistério é um segredo que precisa ser revelado pelo Espírito, pe-
la graça de Deus. Ele compreendeu o mistério, isto e, teve revelação dele,
e por isto teve ousadia para dar sua vida em favor desta revelação. Diante
do mistério de Cristo ele considerou todas as outras coisas como esterco
(Fp 3:8).
O ministério de Paulo foi a revelação do mistério. Sem revelação do
mistério não há ministério. A diferença entre o ministério de Paulo e os
ministérios atuais é que estes têm apenas carregado o mistério (a Bíblia, a
verdade, a lei) sem ter revelação. Mas os apóstolos em Atos tinham e os
apóstolos destes últimos dias terão a revelação e compreensão deste misté-
rio.
Não podemos ser extremistas e dizer que nunca houve qualquer revelação
do mistério durante a história. Por exemplo,; quando Martinho Lutero desco-
briu a justificação pela fé foi uma revelação parcial do mistério. Durante
os séculos alguns homens como Hudson Taylor e Watchman Nee tiveram revela-
ções parciais, que trouxeram apenas restaurações parciais. Indivíduos iso-
lados não podem ter toda a revelação^ Por isso nos últimos dias Deus quer
levantar a igreja com a plena revelação de Cristo. Desta forma teremos uma
igreja como a de Atos novamente na terra.
Num sentido a compr****ao de Paulo do mistério u
são dos doze .apóstolos, Coàsldere a promessa de Deus a
Deus prometera a Abraão um p oy o, uma terra, e uma benção a todas as
Os doze se envolveram com o povo e a terra mas não «JÍ^^Slíí
universo deveria ser abençoado por este povo. Paulo entrou «a ulti
da promessa e levou a revelação do mistério para os gentios. Os^doje convi
veram.com Jesus, foram testemunhas oculares da ressurreição, mas não enten
LrS! que a revelagão de ! Jesus abrangeria o mundo in^°; ^"V^* co°*o
tinham uma revelação perfeita de Cristo, mas não entenderam sobre o corpo
de Cristo e a «ntrada dos gentios.
Auesar de Pedro ter aberto as portas aos gentios na casa de Corne lio,
ele nK prosseguiu ne^ ministério/Paulo foi quem^recebeu a dispensaçao
da gr-aça de D^us aos gentios. Os doze^entenderam a to***»*»* ?or isso
judfus, mas Paulo entendeu a dispensaçao aos judeus e aos genros. Por i sso
seu ministério foi superior ao dos doze. Mesmo se° Y^maluncão dê tes-
teve uma revelação muito maior no Espírito. Os ^^^^^^o de testemu-
temunhar da ressurreição de Cristo, mas Paulo recebeu o encargo de testemu
nhar da revelação do mistério.
O diagrama ao lado ilustra melhor
a comparação que estamos fazendo en-
tre a revelação de Paulo e a dos do-
ze
Tudo e Cristo mas há uma diferen- Cristo
ça no grau de revelação. Os doze re-
ceberam revelação do fundamento da fé
cristã, o Cristo vivo e ressurreto. E
mais tarde os gentios puderam se ba-<
sear naquilo que eles pregaram. Mas entendeu o mistério do cor

importante.
Pauio teve uma revelação «ai. a*pla do ?ropÓ.ito de D.U. «'
«as os apóstolos_4os último, "«vão ter mar s « « « ° hole exi-
A
presbiterianos, metodistas, pentecostais, etc.

Toda revelação dos doze e de Paulo Velho


Velho Testamerto. Mas ainda há muitas

SK-5 ° "

visão do propósito de Deus que Paulo.
Porém, isto não significa^ vamosf
com um ministério tão sinSula^^° a Moisés um profeta singular do
Testamento que só pode ser comparado a «>" • J Jesus era a «raça
lho Testamento. Moisés promulgou a le j e J*"LJ ?aça. 0 cânon do Velho
de Deus mas Paulo foi q«».£on«loS^ *£*££ S.S2nto depende em grande
Testamento depende de Moisés e o cânon do Novo lês £l £ t. a ponto de
parte de Paulo. Seu ministério era ^^í"^.!*!-!^ WB afirmou "meu
não precisar dos outros apóstolos para complementa 10, P
evangelho" XG1 2:1-9; Fm 16:25;.

Os de hoje.«rlo
- *—
-3-
hoje recebera uma dispensaçao especial como Paulo recebeu.
Geralmente classificamos os apóstolos em três grupos — Jesus, os doze,
e os demais. O Pai enviou Jesus. Jesus enviou os doze. E o Espírito^envíou
Paulo e os demais. Outro motivo da singularidade de Paulo 6. que ele é mode-
lo, precursor de todos os outros apóstolos enviados pelo Espírito. Ele re-
cebeu a revelação pelo Espirito, abrindo caminho e dando exemplo^para os
..outros apóstolos que viriam depois. Hoje o Espírito Santo enviara outros
homens, mas estes vão sentir necessidade uns dos outros.

PERGUNTAS PARA KEV1SKO

01. Pon que. Pauto não começou *u& o fiação no ven*Zculo í ao -inve* do veA*<L-
cuto 14?
02. Pon que. a pnÁAao de. Pauto &*. mpontante. pana a <igne.ja?
03. O que. eAa a "dUpe.n*acÕo da gnaça" que. Paulo ne.ce.beu?
04. O que. e. "o mi*£vú.o da vontade, de. Vzu*" segundo Erf 1:9,10?
05. Qual l a detença e.ntne. a " di*pe.n*acao da ple,nitude. do* tempo*" e. a
" di*pe.n*acão da gnaça"?
06. Qual SÃO. a função pfu.ncA.pat do nú,ni& tento de. Paulo?
07. Como zle. con*e.guia £azeA À*to?
08. Como Veu& de* envolve. * eu plano pana o univeAAo?
09. Õ que. l a salvação pne.panada pana neveJjan-*e. no último tempo?
10. Como a gnaca de. Ve.u* 5 liberada pana o homem?
11. Poijue. podemo* a^irnoJi que. hoje. não temo* a M.v&lacão do mí&t&Uo como
na época de. Paulo?
12. Qual& *ao a* duo* maneÀAa* em que. o "mí&tíúo" l leJacÁonado com "gnaca"?
13. Como Paulo con*e.guiu comp/ieende/t. o mi*tvú.o?
14. Qual a detença pnA.ncA.pat cntne. o mÁjnU^ínlo de. Pauto e. o* mÚMAte,-
nÁ.o* atuaí*?
15. Quz tipo de njLveJjacão do mUtlnío tem havido dunante. a hÂAtÁnía da
újn&ja?
16. Em que. -òenttdo a compne.e.n*ão de. Paulo do mtetvúo uWiapa**ou a do* do-
ze.?
17. Pon que. o* apó*tolo* do* uUÁino* dia* pn.e.cL&anao tvi uma compreensão do
mi*teAÁo maion. que. a do pnÕpnJLo apo*toto Pauto?
1&. Em que *e.ntldo podesiâ *eA maion que. a ne.ve£acão de. Paulo?
19. Pon que. podejno* a^inman que. nunca maU *ung<inã um apõ*tolo companavtt a
Paulo?
20. Como o* apo*tolo* hoje. poderio alcançan uma vUãa rnaít» ampla do plano
de Peaá que Paulo?

ALGUMAS DEFINIÇÕES DO MISTÉRIO

Ef^3:9,10. "A multiforme sabedoria de Deus" é outra maneira de expressar


o mistério.
Cl 2:2,3. Cristo Í o mistério. O mistério de Cristo contem infinitos
tesouros de sabedoria e ciência. Não há fim a revelação de Cristo.
Cl 1:25,26.A palavra de Deus i o mistério. Ela não pode ser compreendi-
da sem revelação.

-4-
Cl 1:27. O mistério é "Cristo em nos, a esperança da gloria". Para en-
tender o mistério de Crisco em nos temos de entender que Cristo é o Espiri-
to, e pelo Espirito Cristo está em nos e nos estamos em Cristo. Por isso
temos a esperança da gloria. .
Ef 6:19. O evangelho é o mistério- Não se polé pregar o evangelho sem
revelação pois o evangelho é Cristo. A conversão das pessoas 5 proporcional
ã revelação que recebem.
Rm 16:25,26. A pregação de Jesus Cristo é uma^revelação do mistério.
Note que em cada passagem sobre a revelação do mistério hã^um "agora". Hoje
temos que ter um outro "agora", uma nova revelação do mistério.

Vamos reunir todas as definições do mistério:

1. Cristo (Cl 2:2)


2. Evangelho (Ef 6:19)
3. Riquezas -insondáveis de Cristo (Ef 3:8)
4. Multiforme sabedoria de Deus (Ef 3:10)
5. A vontade de Deus (o propósito eterno de Deus) (Ef 1:9,10; 3:11)
6. A palavra de Deus (Cl 1:25,26)
7. A pregação de Jesus Cristo (Rm^l6:25)
8. C.n.sto em rios* esperança da glória (Cl 1:27)
9. Os gentios são membros do mesmo oorpo (Ef 3:6)
Essas são definições do mistério, mas o conteúdo do mistério são os se-
te aspectos abaixo:
1. Trindade
2. Deus-Homem (encarnação)
3. Cri sto-Espírito
4. Corpo de Cristo
5. Israel-Igreja
6. Igreja-Noiva de Cristo
7. Glorificação do oorpo
(Se quiser estudar sobre as definições e os sete aspectos do mistério
peça c.apostila "ARestauração da Palavra", Parte I.)

V. 5: ... o qual (o mistério) em outras gerações não foi dado a Conhecer


aos filhos dos homens, como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e
profetass no Espirito...

O mistério era mistério porque ficou oculto por tantos séculos^ Foi
oculto em todo o Velho Testamento, porém naqueles dias foi revelado não só
a Paulo mas aos apóstolos e profetas.
Este versículo é paralelo a Efesios 2:20. Em Efesios 2:20 os apóstolos
e profetas são fundamentos da casa de Deus e em Efesios 3:5 eles são os
despenseiros da revelação do mistério. O mistério e Cristo, o fundamento da
casa de Deus (l Co 3:10,11). Os apóstolos e profetas são fundamentos porque
tem a revelação do mistério de Cristo. São fundamentos porque lançam o fun-
damento (Cristo).
"Como agora foi-revelado... no Espírito". O mistério não e revelado
por estudo, leitura ou curso mas pelo Espírito, em qualquer lugar que esti-
vermos. Note a palavra "agora". Este "agora" significa a época dos aposto-
los. Por terem a revelação naquela época tiveram uma igreja gloriosa. Se
quisermos uma igreja gloriosa nesta época o "agora" tenrque voltar a ser
realidade agora.Com o desaparecimento^dos apóstolos a revelação desapareceu
na história da igreja e hoje o mistério esta oculto assim como e st ava no
Velho-Testamento.Apóstolos com a revelação do mistério são essenciais ho3e.
Temos muitos materiais de construção, em maior quantidade do que em qual-

-5-
quer época anterior na historia da igreja» mas não ueiuos a planta nem
o arquíteto, pára pôr todas as coisas nos seus devidos lugares.

A revelação^ do mistério no Espirito formou o ministério dos. apóstolos,


pois a revelação é a essência do ministério deles. Então podemos orar por
uma revelação do mistério de Deus e isto vai produzir os apóstolos. É algo
pratico que pode começar conosco agora.

V. 6: .... a saber j que os gentios são oo-herdeiros, membros do mesmo corpo e


co-^participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.

Este versículo é uma definição do mistério (itens 4 e 5 dos sete aspec-


tos do mistério). O mistério é o corpo de Cristo formado de judeus e gen-
tios. Estudamos esse mistério em detalhes na segunda metade da apostila do
capitulo 2. Judeus e gentios formando um só corpo constituem o cumprimento
da promessa de Deus a Abraão de abençoar todas as nações no seu descendente
- Jesus (Gn 12:3; Gl 3:16).
"Co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho".
Que promessa é esta? A promessa de Deus feita a Abraão (Gn 12:3). Esta pro-
messa é o conteúdo do evangelho (Gl 3:8 diz que o evangelho foi preanuncia-
do a Abraão) e o começo do povo profético — o povo que* tem a herança e a
bênção para todas as nações. Os cristãos primitivos não entendiam isto per-
feitamente ate a revelação de Paulo. Paulo teve o ministério de levar os
gentios a participarem da benção de Abraão através do evangelho. O evange-
lho são as boas novas de que em Cristo Jesus a promessa a Abraão foi cumpri-
da. Sem Paulo o evangelho seria incompleto pois sem a compreensão da co-
participaçao dos gentios-com Israel não haveria o cumprimento da promessa
' de Deus a Abraão (porque esta falava especificamente que a benção era para
"todas as famílias da terra").
"Em Cristo Jesus" e "por meio do evangelho" são expressões equivalen-
tes, O evangelho proclama que em Cristo Jesus participamos da promessa.
Lembre-se que a expressão "em Cristo Jesus" é o tema básico do livro de
Efesios. '

V. 7: Do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de Deus, a


mim concedida, segundo a força operante do seu poder.

Mais uma vez Paulo declara que recebeu seu ministério pela graça e não
por merecimento próprio. Para dar ênfase a isto ele usou termos redundantes
— dom e graça. "A força operante do seu poder" é a graça de^Deus. Graça não
é teoria mas pratica,ação. (Veja a apostila do capítulo 2 páginas 21 e 22.)

Vv.8-10: A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pre-
gar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas â& Cristo, e manifes-
tar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos oculto em Deus,
que criou todas as cousas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de
Deus ee torne conhecida agora dos principados e potestades nos lugares ce-
lestiais...

"O menor de todos os santos". O versículo 8 expressa a humildade de


Paulo como apóstolo. No grego esta frase é muito mais forte. Ele afirma que
é o "menor dos menores de todos os santos". Considerava-se inferior a to-
dos. Se chegarmos a ser o menor dos menores talvez possamos anunciar as ri-
quezas insondáveis de Cristo.
l Co.15:9,10. O maior apóstolo se considerava o menor dos apóstolos.
Como o menor dos apóstolos pela graça de Deus ele trabalhou muito mais.
Achamos que conhecemos a graça, mas não a conhecemos porque a vida.de Jesus
que opera eficazmente não flui através de nós. Deus preparou Paulo para
ser o menor dos menores e desta forma ser um veículo da sua graça*

-6-
2 Co 11:5: "Porque suponho em nada ter sido'inferior a esses tais após-
tolos." 2 Co 12:11: "... porquanto era nada fui inferior a esses tais após-
tolos, ainda que nada sou." Paulo tem capacidade para falar,de conformidade
com a situação — quente ou frio.
Quando a graça de Deus se revela, sentimo-nos como o menor dos menores,
e o poder de Deus pode operar em nos. Hoje sentimos qi^e. somos alguma coisa,
porem nada conseguimos fazer. Mas quando conhecermos à g£aça de Deus vamos
nos sentir mais dependentes de Deus e menos confiantes eraiios mesmos, e is-
to, resultará em muito mais trabalho.
Ha duas frases paralelas nos versículos 8 e 9. São elas: "anunciar aos
gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo'1"^ "demonstrar a todos qual se-
ja a dispensação do mistério" (tradução corrigida). A palavra "todos" da
segunda frase se refere aos "gentios" da primeira frase. "Todos" significa
todos os P.OVOS,todas as nações que têm ouvidos; para ouvir. Na prime,ira fra-
se "as riquezas inescrutáveis de Cristo" são o mistério, e a segunda frase
fala sobre a "dispensação do mistério".

A DISPENSAÇÃO DO,MISTÉRIO

"Dispensação" significa administração, ordem, ou plano. E o que é a


dispensação dó mistério? O próprio versículo 9 juntamente com o versículo
10 explica istpi'?'... desde os séculos oculto em Deus, que criou todas as
cousas, para que, pela igreja, a multiforme, sabedoria de Deus se torne co-
nhecida agora dos principados e potestades nos 'lugares celestiais." Então
a dispensação do mistério ê ocultar o roistério^ps tempos passados até o
tempo do agora, nos últimos dias, quando ctiegàráva hora certa de revelá-lo
a todos.

Vamos fazer um gráfico sobre o "agora" para entender' melhor sobre os


nossos dias. .

DIAGRAMA DOS DOIS "AGORAS"

AGORA ! OUTRO AGORA l


T ^ T
I
Adão
Mistério Oculto r>q Apostasia ç>4 Milénio i
4000 a n o s ' j 2 0 0 0 anosp000 ano8\.

lã Vinda 2â Vinda Fim

O plano de Deus é contido em sete dias de-mil anos. Deus e uma pessoa
metódica, e tem seu plano organizado em sete épocas de mil anos» Isto não
significa que nada aconteceu antes destes sete mil anos'e nem acontecerá
depois. Deus sabe que nossas mentes são limitadas, por isso por sua miseri-
córdia organizou o tempo para nós, marcando os anos, meses, dias, horas,
etc., para entendermos o seu plano.

O. primeiro "agora" aconteceu no tempo dos apóstolos depois da primeira


vinda] de Cristo. Durou aproximadamente cem anos. Nesta época o mistério que
estivara oculto durante os séculos foi revelado e isto resultou no apareci-
mento dos apóstolos. Os apóstolos são homens com revelação do mistério. À
revelação do mistério produz apóstolos»

Os profetas do Velho Testamento anunciaram o mistério oculto e os após-


tolos anunciaram o mistério revelado. Os profetas indagaram e inquiriram
sobre Cristo (l Pé 1:10-12), e os apóstolos anunciaram a resposta daquilo

-7-
que aqueles procuravam. Os apóstolos tiveram ó privilegio de receber a re-
velação do mistério oculto que os profetas anunciaram sem entender (Mt
13511,16,17). .

Quando lemos o livro de Atos sentimos algo diferente porque eles tinham
o mistério revelado. Se queremos outra igreja poderosa antes da vinda de
Cristo, terá de haver uma nova revelação do mistério, um outro agora. O
primeiro agora foi logo após a vinda de Jesus, e o outro agora será logo
antes da sua volta. Um outro agora'produzira os ministérios de apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e mestres, quê aperfeiçoarão a igreja para
a volta de Jesus,

__ Dizer que é neceissãrio um novo "agora" é o mesmo que dizer que é neces-
sário uma restauração da palavra. No dia de Pentecoste quando o Espirito
foi derramado j>s apóstolos se levantaram-e começaram a citar as Escrituras
— Salmos, Isaías, Joel, Oséias* étcv -Seus olhos espirituais foram abertos
para entender as Escrituras e descobrir as coisas que estavam ocultas.
»i ' .v - , ;
Porem, o mistério revelado, o primeiro agora, não permaneceu e iniciou-
se um período de apostasia. No grego "apostasia" significa afastar-se, sair
do centro. A igreja primitiva se afastou da-doutrina dos apóstolos, saiu do
verdadeiro centro da igreja que é Cristo vivo.; A apostasia representa outro
período de silêncio semelhante ao período dos profetas do Velho Testamento.
E resultado do desaparecimento dos apóstolos com a revelação do mistério.
Num sentido, nesses dias estamos fazendo papel de profeta porque esta-
mos anunciando o mistério oculto novamente; isto é, se entendemos gue não
temos a revelação deste mistério, então somos profetas e a revelação está
mais próxima. Mas se pensamos que jã temos o que i necessário e basta agora
prosseguir, estudando a Bíblia, ganhando almas, ensinando esta palavra e
esperando a volta de Cristo — então somos como os fariseus, guias cegos de
outros^cegos. Se entendemos que não temos o mistério revelado, ele já não
esta tão oculto pois estamos começando a entender a sua verdadeira nature-
za.. Ê como se tivéssemos um gosto de revelação, mas ainda há um véu impe-
dindo uma compreensão maipr. Ê necessário um pouco de revelação para enten-
der que não temos o mistério revelado.
Nos versículos 9 e 10 que falam sobre o "agora" não há nenhuma indica-
ção de que haveria uma interrupção da revelação. Paulo não falou nada sobre
um intervalo entre o primeiro e segundo "agora". Mas dentro de mim surgiu
uma pergunta: "Se o "agora" foi tão importante para Paulo, por que, então,
não temos o mistério revelado hoje? O que aconteceu que nos fez distanciar
desta revelação?"
Apesar de Paulo não ter feito nenhuma alusão nessa passagem ao período
de apostasia que estava para vir, podemos concluir através de outras passa-
gens que foi isto que aconteceu, e que agora há necessidade de voltarmos
para esta revelação. -Vamos, então, examinar várias escrituras sobre á apos-
tasia. ,.:.-. ;;, ,• ' • _ • _ •' /"' '
2 Ts 2:1-4: "... porque isto (a vi.iida de Jesus, o dia do Senhor) não
acontecerá sem que primeiro venha a 'apostasia, e seja revelado o homem^da
iniqUidade..." Nesta declaração importante sobre a -apostasia Paulo^explicâ
que depois da revelaçãp do mistério haveria um período de escuridão com a
manifestação do homem do pecado.' Alguns tessalonicenses ficaram tão entu-
siasmados com a segunda vinda que pararam de trabalhai e começaram a andar
desordenadamente (2 Ts 3:6-12}. Paulo, então, escreveu-lhes exortando:
"Vocês devem trabalhar e andar corretamente, 'pois antes da vinda de Cristo
haverá um período de apostasia".
Essas escrituras foram parcialmente cumpridas na pessoa do papa romano.
Ele se assentou no santuário como Deus, e deu a si mesmo •nomes blasfemos —
vigário de Cristo, vigário de Deus, pcupante na terra do lugar do-Deus Oni-
potente. À igreja romana com suas filhas protestantes representam a aposta-
sia porque não têm a revelação do mistério. Elas consideram a igreja uma
instituição humana e misturam a palavra de Deus com filosofia e raciocínio

-8-
. • ~ „ i orei a tornou-se uma organização
humanos. Ao invés de um organismo vivo a igreja torno
sem liberdade para o Espírito atuar.

p
doutrina apostólica. As heresias mencionadas nes t^pas g
tas religiSes,mas especialmente podem ser identificadas na gr j
Católica.
u
2 Tm 3:1-5. Temos aqui ^uma profecia da igreja falsa que se levantaria
logo depois da época dos apóstolos.
2 Tm 4:3-4. A igreja falsa está cheia de fábulas e superstições.

2 Pé 2:1-3. IMa profecia.de ^ernismo ou liberalizo, ^«S^ Í5I


sus é Filho de Deus. Um movimento ^Iso ho J^J£J££ |os arianos.
os r'estemunhas de Jeová que se baseiam nos ensinameni.
2 Pé 3:1-4. Os apóstolos e profetas previram a apostasia.
l Jo 2:18. Se naquele tempo era a "última hora", quanto mais hoje quan-
do muitos anticristos já estão no mundo.

Jd 18,19= "Só Sltlmo haverá

sr .í
apostasia.

revelada nestes últimos dias.


. Para c .istério - r-lfo nova^nte
sica de Jesus, pois o primeiro agora não v H
poralmente Ms foi ^pelo ^-^^^^""^Jr-Trévelaçao de Jesus
três anos mas foi no dia de rencecosue H re _

pela primeira v 5 z : a u l ° ° ? U e n t ã o ter Revelação do mistério

Precisamos enfatizar agora a igreja. A • ala lgre ja.Is-


C itl, pirL e considerada
por mui-tos heresia.
u» s e e i a nesta

reva^rtod-oríulefr-eiar oevan 8 elho. vai produzir uma igreja


gloriosa para mostrar Cristo, a sabedoria de
tades.

-9-
Ef 6:12. Ha um grande exército rebelde nas regiões celestes que esta
contra o plano de Deus. Estão entre nos e Deus.
Ap 12:7-12. Aquietemos um quadro da batalha entre as forcas das trevas
e a igreja. Miguel ê o anjo que representa o povo de Deus lutando contra
Satanás. O diabo, a antiga serpente, que acusa os filhos de Deus dia e noi-
te vai ser vencido pela igreja gloriosa, pois esta vai travar batalha con-
tra os principados e potestades.
O alvo da batalha são as forças espirituais porque são estas que impe-
dem o poder de Deus para libertar as pessoas. O eterno propósito de Deus é
envergonhar Satanás pela igreja. A primeira mulher foi veículo do pecado,
mas a ultima mulher, a igreja, vai derrotar Satanás.
Então, a progressão para o cumprimento do propósito eterno de Deus B a
seguinte: 1. Restauração da palavra; 2. Apóstolos para anunciar a palavra ã.
igreja; 3. A igreja torna-se poderosa para manifestar a sabedoria de Deus
as forças das trevas; 4. Finalmente, Cristo vai ser entronizado e o plano
de Deus cumprido.
E necessário um outro agora., pois houve um agora, e depois a apostasia.
Como Cristo pode voltar se os principados ainda ocupam seus tronos? O mesmo
agora que houve na época de Paulo tem que voltar a ser realidade hoje para
trazer a volta de Jesus. Tem que haver guerra contra as potestades pela
igreja através de um outro agora. •

V,11: ...segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus nosso


Senhor...

O eterno propósito de Deus está em Cristo Jesus. A igreja precisa estar


em Cristo para cumprir o propósito eterno de Deus.

V. 12: ...pelo qual temos ousadia e acesso com Qonfiançatmediante a fé nele.

Acesso com confiança é céu aberto,passagem livre entre nós e Deus. Nos-
sa fé em Cristo é acesso com confiança. Fé produz ousadia e comunhão.

V. 13: Portanto vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por VÓst
pois nisso está a vossa glória.

Este e um toque paulino que aparece várias vezes em suas cartas. Suas
tribulações redundavam em glória para a igreja, por isto ele tinha regozijo
nelas.

RESUMO DAS REDAÇÕES SOBRE O MISTÉRIO

O mistério de Deus é a Palavra de Deus, Cristo, o Verbo. Esteve oculto


em Deus por muitos siiculos, mas tudo que Deus fazia na Velha Aliança era
uma sombra ou figura desse mistério. Foi anunciado ao povo escolhido desde
o princípio pelos profetas. Estes o anunciaram sem entender, por isto a pa-
lavra de Deus era um mistério oculto.
Jesus veio como a palavra viva de Deus para encarnar e tornar visível
esta palavra. No entanto, as pessoas tinham um véu sobre seus olhos que as
impediam de entender. Jesus ainda era um mistério ••- a Palavra em pessoa mas
um mistério em pessoa. Somente quando o Espírito foi derramado e que o mis-
tério foi revelado. Esta revelação produziu a igreja de Atos. A igreja glo-
riosa nada mais é do que p resultado da pregação de homens com a revelação
deste mistério.

-10-
.«ta. «. • *«*****- a si mesmo o menor do -ntos jece b.» «a
comissão ouTncargo especial que tornou ^u mn^terxo singuia e
ria. Recebeu pela graça uma ^spensaçao especxal de Deus para^ ^ ^ ^
anunciar o mistério de uma «*»«•«•" SíJSrio 5 a mesma p feita
tros apóstolos. Jle viu no Espirito que o ^"rio e a deP

-.. .-U- e os
pados e potestades envergonhados.

O mistério foi revelado a Paulo de


todos os apóstolos e profetas. O rjjultj^ « pre ^^ dg Deus
deste evangelho foi que as riquezas insondáveis aã egta palavrft>
em Cristo foram liberadas nas pessoas que pela te Q nhor e £
Desta forma, o mistério começou a operar dentro da p ^ perfeita
certeza da plenitude da sua -^^'"«^^SS-U que o Filho tem com o
união e comunhão com Deus, gozando a ^sma ?ooderosa e abundante torna-
Pài. E todos que receberam pela graça "" ^ ^" J ^judeus, quer gen-
ram-se igualmente participantes do corpo de Cristo, que j
tios, para cumprir o propSsito eterno de Deus.

Com o desaparecimento d o s a g o
novamente, e a apostasia veio^sobre a ^1*'™**° produzira apóstolos e
Precisamos de uma nova revelação, ™ '^EVS.SSo não hl ministé-
profetas para restaurar a igreja. Sem revelaão ao «u.
rios fundamentais.
O mistério ..ti oculto porque o lu— «t -
humana, com a teologia e ?o^e?in^nt° ^^/EspírUÓ vSo^produzir Jesus
homens com a revelação do mistério de Deus pelo Espirito vão Pr
vivo em ação como na igreja primitiva.

„.
rotar os principados e potestades.

cidade.
O mistério é-a união de Cristo com a igreja, pois ambos tornam-se um e
manifestam a plenitude de Deus. O mistério de Deus e Cristo em nós, a espe-
rança da comunhão °cpm a trindade, manifestando assim a natureza do Pai, c
seu éoderio e a sua glória. Portanto, o mistério ê a trindade em nós pois o
Pai Inão faz nada sem o Filho e o Espirito Santo. O mistério é o amor de
•-v-.-- — ~«4.Q,,Q nftuif.n antes da fundação do mundo e que Deus manifestou a
~ • " - - _ _ ! _

-11-
tarmos enraizados em Cristo Jesus, produzindo assim o amor qua £ o alicerce
da verdadeira comunhão que trará a gloria de Deus na terra.
O mistério e a multiforme sabedoria de Deus que ainda não está sendo
conhecida por falta de revelação. O mistério ê o evangelho de Jesus Cristo
— sua morte,^sepultamento e ressurreicao.fi algo muito simples que por fal-
ta de revelação se torna complicado.
1 O mistério é fazer convergir em Cristo todas as coisas.
O mistério e o eterno propósito de Deus para o homem. Ê a razão pela
qual ele foi criado, mas só é cumprido pela igreja nos últimos dias.
Vivemos em tempo de apostasia porque o mistério se tornou oculto nova-
mente. Mas podemos ter esperança porque Deus prometeu derramar sua graça
como nunca antes nos últimos dias.
^Precisamos de uma explosão da graça de Deus para derrotar toda oposição
satânica. Assim Cristo pela igreja vai sujeitar todas as coisas e cumprir o
plano de Deus. Então a igreja manifestara todas as incontáveis facetas da
sabedoria e dos tesouros de Cristo e realizara toda sua vontade na terra e
no universo.

PERGUNTAS PARA REVISft)

01. MoAtAe. como todoA OA de.uinic.oeA do miAteAio no &ún eAtão Boiando de, uma
coiAa 40.
02. QUOÁA Aão 04 A&te. aApe,ctoA do mi&teAio?
03. POA que. a palavAa "agoAa" e. too impoAtante. em AeZação ao miAteAio?
04. Como o mi&t&iio e. Ae.ve£ado?
05. Vou que. 04 apÕAtoloA e. pAo^etaA 4Õo 04 ^undame.ntoA da. CÔA a de. Ve.uA?
06. Po*, que. pAe,cÀAamoA ufLge.ntejme.nte, de. apÕAtoloA hoje.?
07. Como 04 apÕ4^to£o4 podem 4eA levantados?
OS. POA que. podemOA a^iAmoA que. Pauto £oi o in&tAume,nto que. Ve.u& UAOU pana,
cjumptáA a, úl&Lma paAte. da Aua pfiomeA&a a Abttaão?
09. Qual a condição principal pana, a g^aça de. Ve.ut> ^luiA a&taveA de, nÔA?
10. Qual a ptiova de, que. a gAaça de, Ve.u& eAta. opeAando em nÕ4f
17. O que. í. a "dÍApe.nAação do miAteAio"?
12. Quando o miAteAio eAte.ve. ocutto e. quando £oi ie.ve£ado?
13. Qual a dt^ença pAincÁpal e.nthe. ominit>téAÍo doA pAo^e^aA do VeJho TeA-
tame.nto e. doA apõ&toloA do Wovo TeAtatne.nto?
14. O que. e nece44Õ/úo paAa que. a igA&ja hoje. 4e toAne, fcAte. e. gloAioAa?
15. O que. eAa a "apoAtoAia"?
U. Que..atitude, em AeAação ao miAteAio podei, no4 tóAnaA QuLaA o.<ZgoA de. ou-
tAOÁ c.e.goA?
17. Que. atitude, pode, noA tAOM^oAmoA em pAo^&taA?
H. POA que. a igAe.ja Aomana e. AUOA tUhoA ptoteAtanteA Azp>ieAe.ntam a apoA-
taóia. p/tedótó noA EACAituAoi,?
19. Como 04 apÕ4^o^o4 Aabiam que. a apo&taAÁa. viAia?
20. Qua4A ACLO 04 AintomoA hoje, que, mo&tAW que. ainda não tdZmoA totaimínte.
da eAou>tidão da apoAtaAia-
21. POA que. podejnoA teA w pelanca que, o mUtÓAio AeAÕ.Ae.ve£ado novamente.?
22. POA que, não e, ne,c.eAAÕA<A a pAeÀençjí $AÍC& de. JeAUA paAa. haveA um outAo
"agoAa,"?

-12-
23. Po* que a Aaótau/tação da -tg/te/a e a ptiLoiidade. de Peuó hoje?
24. £ua£5 a àeqliênc^a de ação em E^éó-coi 3:3-J O?
25. Po>i que 04 À.YÚJIM.QO& ptiÁncÁpaú da. <ia.ie.ja. ião o-ó p^inc/cpado-ò e
deó?
26. Qua£ e a p/iog^ieáòão pa/ia o cump/ujnento do p£ano eterno de Peuò?
27. Po>t que Cu4*o não pode uotta/t aníeó de hauéA. tun oat^to ago/ia?
2S. Como a -ta/ie/a poderá amp^Ui o pA-opoó^óto etetno de Peuó?
29. Q.ua£ o A.eóattado da ^é em CnLt>io1
30. Quando o »vÚJtéVu.o ^o^. Aeve£ado pe£a pA^me*Aa yez?
37. Quo£ (JoÁ o 'kouu*xi«vv.w.
32. Que e>ia a dcápenáação eópeeúi£ da g/iaça de Peuó concedida, a Pau£o?
33. 0_ que acontecia naó ge64oaó que -tecektam a, Aeve&tção do míó.tê/M.o atm-
uêó da pregação apoí^o^tca?
34. PO/L que não ^temoá apó-4^o£o4 e p/io^eta* hoje?
35. PO/L que o evangelho de hoje não p/toduz 04 meímoi A.e4uttado4 que ptodu-
z^a no4 ,dcaó de Ato4?
36. O que é capaz de £aze/i o mci^Cé^ío A.eue£ado?
37. Como a u/cda afaundaw-te que eá^ã em CtíA-to pode 4eA. novamente colocada à
d^6po4/cção da -cg/teja e do mundo neó-teá dtaá?
38. () que e o mcó^éXío? (Pê cinco* A.eápo4ía6 dc^eA.ej«te6, J

-X3-
SEGUNDA PARTE: PAULO ORA NOVAMENTE (W. 14-21)

Finalmente Paulo, depois de um desvio de treze versículos, vai fazer a


oração que planejara fazer no início do capítulo. Graças a Deus por esse
desvio que^nos revelou muitas coisas sobre o mistério de Cristo. Note que
como no capítulo um, a primeira metade do capítulo é uma revelação dos mis-
térios de Deus e a segunda metade é uma oração. Ele declara a palavra e de-
pois ora sobre esta palavra.Nos também devemos fazer assim — estudar a pa-
lavra e depois orar.

Vv. 14,15: Por^ esta. causa me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o
nane toda família, tanto no céu como sobre a terra,.,

Paulo começa a orar e no versículo 15 ele para para falar sobre a pes-
soa a quem esta orando — o Pai. Este versículo explica a origem de toda
paternidade. Derek Prince escrevem sobre isto no livreto "Paternidade". Co-
mo não posso expressar melhor que o autor sobre o assunto vamos ler ô tre-
cho do livreto que fala sobre este versículo:
"O apostolo Paulo está escrevendo uma carta, e começa esta passagem por
uma oração. Não vamos tratar sobre o assunto da oração, mas a respeito da
pessoa a quem ela se dirige. A palavra traduzida no versículo 15 como
"família" poderia também ser "paternidade". No original a palavra grega é
"pátria", uma derivação direta da palavra "páter" que significa "pai". Por-
tanto o versículo seria assim: '". ..o Pai, do qual toda paternidade nos céus
e na terra toma o nome". Desta maneira estamos descobrindo que <o fator ori-
ginador da família é o pai.
"Estes versículos contém uma revelação tremenda. A paternidade de Deus e
eterna. Não só Deus é o Pai de Jesus Cristo, mas toda paternidade é deriva-
da e estabelecida a partir do ofício do Pai na divindade. O ofício de um
pai recebe com isto um significado tremendamente importante. A função de um
pai deriva sua santidade, autoridade e importância do fato dela ser uma
projeção aqui na terra da paternidade divina e eterna de Deus no céu.
"Eu pensava que Deus só se tornava Pai quando eu me tornava_seu filho^
Isto não esta correto. Deus i Pai eternamente. Antes da criação, Deus já
era Pai. Ele e o Pai do nosso Senhor Jesus Cristo. O relacionamento de Pai
para Filho dentro da divindade é eterno. Antes que qualquer coisa fosse
criada, Deus eternamente era Pai, e Cristo era eternamente seu Filho.
"Desta forma, todo pai, dentro da criação, recebe seu nome a partir da
paternidade eterna de Deus. Este fato concede importância e santidade enor-
mes ao ofício de pai. Ê na realidade uma projeção da própria natureza de
Deus para dentro da experiência humana, aqui na terra e no tempo.
"Em João 14:2 Jesus diz: "Na casa de meu Pai ha muitas moradas". Deus é
um Pai. Ele possui uma casa! Se estudarmos a palavra "casa" nas Escrituras,
iremos notar que seu uso não está ligado a um edifício material. "Casa" na
Bíblia quase sempre refere a uma família em primeiro lugar, e ao edifício
por ela ocupado apenas de maneira secundária.
"Portanto, quando Jesus fala da "casa de meu Pai", ele está dizendo que
Deus tem uma família celeste. Assim, há uma família no céu, Deus e eterna-
mente um Pai, e a vida e estrutura da família tem sua origem na eternidade.
É um retrato aqui na terra do relacionamento de Pai"para Filho dentro da
divindade. Vemos que vida no lar significa muito mais que o mero fato de
algumas pessoas morarem juntas debaixo do mesmo teto. É uma realidade liga-
da à natureza da própria divindade.

-14-
"Dizendo isto de outra maneirajdesde a eternidade ba duas coisas sempre

to "Paternidade".)
-
As ultimas palavras do Velho Testamento são sobre a restauração da fa-

rjaíiS-P^-.i °rr
ieçao dessa família divina. «"«

-
o e o descer como

rã a casa do Pai.
^^
nologia educação, • «" ern mantém erectas com profes-
ss.
só para restaurá-la.

esta de Paulo.
ÍST--ÍS: V

inicio e essa comunhão i o Espirito Santo.

V 16- vara que segundo a riqueza da sua gloria, vos conceda que sejais
^ + **» *ri*°™ homem ™t*nor...

"Riquezas da sua glSria". Vamos T e visar


tá sempre repetindo _ as expressões " r i q u a s da
sua graça'.
graça. Estas coisas
cosas _sao xmport antes n e r 8£)bre

e° ^ a a e v r s a r e l e o SSUT- expressas soVre -as rique


zás da gloria e da graça.
Ef 1.6: o Íí?wzJor áa glória da eua
Ef 1:7: as riquezas da sua graça
Ef 1:12: o louvor da sua gloria
Ef 1:14: o. louvor da^sua gloria
Ef 1:17: o Pai da glória ^ ,
Ef l : 18? as riquezas da gloria
Ef 2:7: a suprema riqueza da sua- graça •
Ef 3:16: as riquezas da sua glowa _ ^ <
Cl 1:27: riquezas da glória deste rmsteno

-15-
A glória vem da graça,a graça tem riquezas e a gloria tem riquezas e
•es
vamos louvar a sua gloria por causa disso. Por isto as nossas petiçoe. __se-
rão respondidas — segundo essas riquezas. (Veja paginas 9,11 e 12 da apos-
tila de Efêsios 1.)

O HOMEM INTERIOR

Paulo orou para que fôssemos fortalecidos com poder_ pelo Espírito no
homem interior. A palavra grega para poder é dinamite; então o Espirito San-
to e dinamite, Í Jesus explodindo no nosso homem interior. É o homem inte-
rior que precisa da dinamite pois ele controla o resto do nosso ser.

Utilizando o gráfico abaixo de Watchman Nee e algumas escrituras vamos


estudar sobre "o homem interior".

homem interior

homem exterior

homem mais exterior

2 Co 4:16: "Por isso não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nos-
so homem exterior se corrompa, contudo o nosso homem interior sejrenova de
dia em dia." Este versículo é um exemplo nas Escrituras de que não podemos
ser rígidos ao definir as partes do ser do homem. Temos aqui o homem exte-
rior e o homem interior. Contrariando o diagrama de Watchman Nee, o homem
exterior neste caso pode ser o corpo (note que o versículo 10 fala_ levan-
do sempre no corpo o morrer de Jesus") pois o corpo se corrompe e não a al-
ma; e o homem interior pode ser a alma ou o espírito ou os dois. Portanto,
nem sempre as Escrituras se referem ao homem interior como sendo só o espi-
rito; as vezes inclui a alma também.

Rm 7:22,23: "Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei


de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei
da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado^que esta nos meus mem-
bros." Paulo está comparando a lei de Deus que esta na mente com a lei do
pecado nos membros (no corpo). S5e o homem interior tem prazer na lei de
Deus e a lei do pecado guerreia contra ela na mente, podemos concluir que o
homem interior está na mente. E onde está nossa mente? Na alma. Logo, neste
caso o homem interior se refere a alma.

Embora não achemos esta expressão na Bíblia, Watchman Nee chama a alma
homem exterior. Ele tem uma posição bem drástica sobre a anatomia espiri-
tual do homem, ao ponto de separar rigidamente a alma do espirito. Esta po-
sição rígida perpetuou em seus seguidores um certo receio ao batismo no Es-
pírito. Consideram-no uma experiência emocional e falsa proveniente da alma.
Minha intenção não e criticar gratuitamente Watchman Nee. Estou querendo
mostrar os dois lados do assunto para que possamos ter comunhão e achar um
equilíbrio. Watchman Nee tem um método muito bom de delinear as coisas,Afa-
zendo-as pretas ou brancas; mas nesse assunto sobre o homem interior não e
muito fácil fazer uma separação rígida entre a alma e o espirito.

-16-
Na minha opinião o gráfico ao lado
expressa melhor o ser do homem. A alma
e a intersecção do fôlego da vida (es-
pírito) e o pó da terra (corpo) (Gn
2:7). É o campo de batalha, aparte
que decide quem vai dominar. Se a alma
S dominada pelo corpo faz parte do ho-
mem exterior; se é dominada pelo espi-
rito faz parte do homem interior.
Hb 4:12: "Porque a palavra de
Deus e viva e eficaz, e mais cortante _enetra ate ao ponto de dividir
do que qualquer espada de dois gumes, e p dÍ8cernir 08 pen8amentos e
alma e espírito, juntas>e medulas, et apta p espírito, fi toda uma
AíviAr a a m "^J^ -at- oculta. A
propósitos do do coração.
coração." É
É difícil dividir açaima
^«i1.^ £d2MV« a palavra esta oculta.
área nebulosa.
^ « ^i _ Por causa do domínio da alma^e que p ^
separação entre alma e espírito vai liberar o espirito

O coração tem pensamentos e >C|n«°^; ° J|£^tIiií»Tíl~"« o' que


espírito, e discernir as «^SJ^g "am^s saber o que vem de Satanás
>™vem 4:^í°i !T J^PcS-SEr pela palavra viva de Deus.

A dinamite do Espírito só pode nos ^l^^^l^!^ f,


para da influência da alma. O P-^/^^O ? Tmente e a consciência
interior cheio de sujeira e maldad e(Lc 11^«^ conaciSncia no espi-

IS? E^dh^^^^^^ contaminado. Precisa-


mós da dinamite do Espírito par á limpar o interior.

SI 51:6: "Eis que te comprazes na •


fazes conhecer a sabedoria^ A Deus deseja a verdade, a
(Jo 17:17; 1:1.2). O íntimo e no88a poesia consiste de
palavra, no
no íntimo, no »«» ^"Sl a ~ coisa duas^ezes,
d u a s e z e s , usando Pa-
versos rimados, a poesia hebraica faia ja^me
a maneira de dizer
lavras diferentes. "
"Sabedoria no recôndito e «•L o nag IQ e
"verdade no íntimo". Sabedoria ^^/^^^para para recôndito J "secreto da
11 da apostila de Efesiosos 1). ^ " " ^ no íntimo, no recôndito, no se-
1). ^"^"^e -
minha alma",
" Então precisamos te
te* ~*r*YpO88ível conhecer a verdade
creto da alma,_nc, Tl*r revelação no espírito. Neste
espírito o interior.

A divisão entre alma e espírito signif iça que


ouvir a voz da alma.

SI 64:6: "Projetam iniqUidade

sSó a palavra de Deus pode


- ter grande fo-

PV 20:27: "O espírito do homem e •
todo o mais íntimo do coração (Versão da _ £ 1-o do espírito,
final deste versículo é traduzido oração" inclui a alma e o
da alma (ou corpo), e do coração, ^vir e resolver a si-
espírito, e o homem interior. Só a e8pírito, Deus esquadri-

Deus vai escrever sua


•—
-17-
to domina a alma pela palavra de Deus - isto é a nova aliança. Temos que
dividir para entender a diferença entre o mundo e o reino de Deus para de-
pois unir tudo pelo domínio de Deus através da sua palavra.
Jr 17:9,10: "Enganoso e o coração... Eu, o Senhor, esquadrinho o cora-
ção, eu provo os pensamentos..." 50 conhecemos a nos mesmos quando conhece-
mos a Deus. Watchman Nee tem razão de falar que a alma e o homem exterior
no sentido que ela domina o espírito - homem interior. Mas o plano de Deus
i dominar o espírito do homem pelo seu Espírito. Assim o espirito vai domi-
nar a alma e esta vai dominar o corpo. No entanto, o plano de Satanás fun-
ciona inversamente - de fora para dentro. Ele usa as coisas do mundo para
contaminar o corpo. Assim ó" corpo domina a alma e esta domina o espirito,
que fica em rebeldia contra Deus. Por isso, o Espírito de Deus tem que ope-
rar de dentro para fora, esquadrinhando e discernindo o coração do homem,
colocando o espírito em controle.(Veja paginas 3-7 da apostila de Efesios 2.)
A oração de Paulo e que esta situação da alma dominar o espírito seja
corrigida, que o Espírito opere no homem interior e que Cristo habite nos
nossos corações (v.17). Portanto, acima de tudo precisamos entender que o
homem interior 6o lugar de batalha, o centro de decisão do domínio da alma
ou do espírito. Vimos que nem sempre o homem interior e só a alma ou só o
espirito; as vezes pode ser os dois. Acho que a melhor palavra para defini-
lo e "coração" pois inclui tanto a alma como o espirito. Precisamos, então,
da palavra viva j>ara discernir entre os dois e revelar os propósitos e in-
tenções do coração.

PERGUNTAS PÁRA RE UI SÃ)

01. Em que. 4wtido a* eAt*utuw> do capitulo / e. do capítulo 3 *ão teme.-

02. Que. e. o ^ator. originador da ^amZlia?


03. PO/L que. a função de. pai l tão importante.?
04. Vou que. Veu& "í pai eternamente.?
05. Qual e o significado e, importância da éamZUa terrena?
06. Por. que. uma dat> rfunçõeó principal* do pw^eta tliat> e
tia?
07. Como ele. vai fazer, i&to?
OS. PO/L que. Satanás que*. de^tnúr. á família?
09. PO/L que. Paulo uóa tanta* expuAtôu pata ^aUr. &ob*.e. a graça e. a a.
>tia de. Peuó?
10. PO/L que. p*.<LCÍt>amo* da dinamite, do topíxito no nauo Cornem ^tíe^o/i?
11. Õ que. e. o homem intertofil E o exíe/u.o/L?
12. PO/L que não é aconAe^áuee é«^ uma Aepa^ição miu*o rígida entte a al-
ma e. o eApZrtto?
13. õ que. e. a alma?
14. PO/L que. SÁ ve.ze* a alma. pode. *e* conúdeAada parte, do homem e.xterto*. e
ãó uezeó do homem intertoi?
15. Qual a única maneira de. 4epa/taA. a alma do
16. õ que. e o ao/uiçâo?
17. O que. o E&pZrtto pti.e.cií>a fazer, no no^o tornem
IS. Em que. parte, do no^o ter. Peuá quer. que. a Áua verdade., &ua
te.ja?
19. Por. que. não l ^iciznte. conhecer, a verdade, com a me*vte.?
ÍO. Por. que. e eAAejncial que. a alma Á e.j a dividida do

-18-
21. Onde. eó-íá a m&to/t dl&Lcutdade. do homem?
22. Como a. nova. atcança -Co-tna po.á.á2ve£. o te-óio de Peão?
23. Qua£ a díXetença en#ie o plano de. Peuá e o de Satanãó em /te&ição ao do-
mínio do homem?
24. Q.ua£ o ^ato ptúncÃp&t que, ptec-cáamo* temb/ian Aob/te o hcmej/n -tn-te/t/toi?
25. Poi que Pau£o o^ui 4ob^e a. aíaacão do Eájat/t-cío no homem

V. 17: ... g assim habite Cristo nos vossos corações3 pela fêt esteando
arraigados e alicerçados em amor ...

Este versículo juntamente com o versículo 16 tem três frases paralelas:


1. Fortalecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior (v.16).
2. Que Cristo habite pela fé nos vossos corações,
3. Estando vos arraigados e alicerçados em amor,
O poder do Espírito Santo no nosso homem interior é o mesmo que Cristo
habitar nos nossos corações pela fé. Fe é paralelo ao Espírito. Fe é o Es-
pírito em açlo. Se temos fé, temos o Espírito, e Cristo está em nosso cora-
ção. Fe é Cristo, a Palavra, operando dentro de nos. Outro paralelo é que
Cristo é o Espírito (2 Co 3:17,18), e o coração é o homem interior.
Fortalecer com poder é. o mesmo que habitar pela fé. Á habitarão de Deus
em nos e um mistério, e uma definição do mistério é Cristo em nos, a espe-
rança da glória. Então Paulo esta orando para que o mistério que é Cristo
seja revelado nos seus filhos (os gentios e toda a igreja).
À terceira frase também esta falando a mesma coisa que as duas primei-
ras. Cristo é paralelo a amor. Amor é simplesmente Deus em nós — não existe
outro meio de dar ou ter amor. Cristo pelo Espírito cria amor em nosso ho-
mem interior. Finalmente, arraigados e fundados (alicerçados) correspondem
a habitar em nossos corações.
Portanto, estes são os termos correspondentes:
Espirito — Cristo — amor
Fortalecidos — habitando — arraigados e alicerçados
Coração — homem interior
Os termos arraigados e alicerçados fazem uma analogia muito interessan-
te, "Arraigado" dá sentido de raiz e isto nos faz lembrar uma árvore cres-
cendo com suas raízes "arraigadas" na terra. "Alicerçado" fala de um edi-
fício e isto nos lembra Efésios 2:21: "... no qual todo o edifício, bem
ajustado, cresce para templo santo no Senhor" (Tradução Corrigida). Somos
uma árvore viva que cresce com suas raízes arraigadas no chão, e um edifí-
cio vivo que cresce para ser morada de Deus. Somos arraigados como uma
planta e alicerçados como um prédio. Às coisas de Deus são complexas e é
necessário usar'várias ilustrações para entende-las melhor.

À ESSÊNCIA DA FE

Cristo habita em nosso coração p«la fé. Gostaria de compartilhai, alguns


conceitos sobre fé que revolucionaram meu ^entendimento sobre isto. Vamos
citar,então, um pequeno trecho do livro "União através de Comunhão".

-19-
"Fe é o dom de Deus que produz em nos comunhão com Deus em Cristo. Ela
não pode ser criada nem mantida por esforços humanos. Quando o Espirito de
Deus nos governa diretamente, nos amamos uns aos outros e fazemos a obra_de
Deus pela nossa obediência a ele. Fe é apenas um outro nome para comunhão,
a koinonia com Deus. Neste relacionamento o poder de Deus opera através de
nós...Somente quando tomamos a nossa comunhão com Cristo como o centro da
nossa fé crista, e que todos os cristãos reconhecerão a suajanidade^..Pri-
meiramente, a fé, como ela é apresentada pelas Escrituras, não é a fé nesta
ou naquela doutrina, mas fé na pessoa do Cristo crucificado e ressuscitado.
E tal fé no Senhor Jesus nada mais i que esta comunhão com ele, pelo Espi-
rito que habita no crente. Não é apenas uma convicção mas um relacionamento
estabelecido."
Portanto, fé não ê uma convicção mental sobre uma doutrina e nem^sobre
a Bíblia, é ter um relacionamento com Deus pelo Espírito. Fé e comunhão com
Deus. E o Espirito Santo operando através de nos e liberando o poder de
Deus. E o poder de Deus é o amor de Deus.
Uma vez li a história de um homem que por muitos anos ficou enclausura-
do numa cela de prisão escura, sem ninguém com quem conversar. Naturalmente
deveria ter se enlouquecido, mas pela graça de Deus ele descobriu o amor de
Deus. Aquela cela escura se tornou para ele o próprio céu. Foi a contragos-
to que saiu dali transferido para o hospital da prisão. No hospital começou
a orar pelos enfermos e ao orar ele irradiava o amor de Deus descoberto na-
quela cela da prisão. Suas curas ficaram tão famosas que foi liberto para
transmitir o amor de Deus lã fora. O amor de Deus é o poder de Deus no qual
entramos pela fé.
Fé é o poder de Deus. Fé traz o Espirito de Deus que é Cristo operando
seu^amor através de nós. Isto é fé viva e não apenas algo mental. O mundo
esta cheio de pessoas que dizem ter fé e nada acontece. Mas fé verdadeira é
o poder de Deus em ação, pois estamos crendo numa pessoa que morreu e res-
suscitou — Jesus Cristo de Nazaré. Fé é uma pessoa em ação dentro de nós.

Vv.18.,19: ... a fim de poderdes compreender, oom todos os. santos, qual é a
largura, è o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor
de Cristo que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a
plenitude de Deus.

"Compreender com todos os santos". Quando Cristo habita no nosso cora-


ção começamos a ser arraigados e alicerçados em amor para podermos compre-
ender com todos os santos, ou seja, ser o edifício que cresce para^servir
de habitação para Deus que é amor. À frase "com todos os santos" é muito
importante porque o amor de Deus não pode ser compreendido sozinho.
Compreender é entender mas é também envolver, incluir, conter. E a mes-
ma palavra usada em João 1:5 para prevalecer — as trevas não prevaleceram
ou compreenderam a luz. Só que em Efesios o amor de Deus vai incluir, pre-
valecer e abranger tudo.
"Qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade". Pau-
lo está falando sobre as dimensões do edifício— sua largura, comprimento,
altura, e profundidade. Todo construtor se baseia numa planta para saber
as dimensões e como levantar um edifício em todos os sentidos. Só qi|e este
edifício de Efesios é vivo, com raízes no amor de Deus e alicerçado na pa-
lavra de Deus. Ele cresce para compreender o amor de Deus.
Então, depois que o edifício estiver levantado e finalizado podemos co-
nhecer o amor de Deus que excede todo entendimento (v.19), Conhecer o amor
que excede todo entendimento é conhecer pelo Espírito algo que a meqte não
entende. Por exemplo, amar nossos inimigos e algo que excede nosso entendi-
mento. Li sobre um coreano que conseguiu amar e ganhar para Cristo p homem
que matou seu próprio pai. SÓ o Espírito de Deus pode operar tal amor.

-20-
Novamente temos três frases paralelas nesta oração:
1. Compreender com todos os santos as dimensões do amor de Deus (v.18).
2. Conhecer o amor de Cristo que excede todo entendimento (v.l9).
3. Para sermos cheios ate toda a plenitude de Deus (v.19).
Compreender o amor de Deus é conhecer o amor de Cristo que excede todo
entendimento. E conhecer o amor de Cristo é ser cheio da plenitude de Deus.

UM ESQUEMA. DÁS DIMENSÕES

Precisamos de dois cubos para representar as quatro dimensões:

altura
(os céus)
largura
(judeus) comprimento
(gentios)
profundidade
(o inferno)

Apesar de termos apenas trea dimensões em nosso mundo (largura, com-


primento, altura ou profundidade), Paulo falou largura, comprimento, altura
e profundidade. Ele falou isto porque Cristo desceu o mais baixo possível,
Is profundidades do inferno, e subiu o mais alto possível, acima de todos
os céus (Ef 4:9,10), alcançando no mundo tanto gentios como judeus. Então
esta construção tem quatro dimensões porque descreve a cruz de Cristo, o
segredo do amor de Deus. Ela termina com a plenitude de Deus compreendendo
todos os santos. Note, porem, que estas dimensões não tem fim. Paulo entrou
no Espirito e as viu sem limite, infinitas.
Ef 3:18,19. Estes versículos falam da etapa final do plano de Deus -
todos os santos compreendendo e conhecendo o amor de Cristo, sendo cheios
de toda a plenitude de Deus. Não há mais nada para incluir, nada para co-
nhecer, nada para acontecer alem disso. Paulo apresentou o nosso alvo,a
esperança que nos leva a caminhar na nossa jornada. La na prisão em Roma
ele entrou numa visão do mistério de Deus, e esta orando para os efesios, e
para n5s também, entrarmos nessa visão. Desta forma o mistério de Cristo em
nos nos será revelado,.progressivamente e finalmente juntos com todos os
santos vamos compreender o amor de Deus. A revelação gradativa do ^te"°
produzira comunhão uns com os outros centrada em Jesus e não em costumes,
doutrinas e ênfases diferentes, que impedem o fluir do amor de ueus.

V. 20: Ora, aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo
quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nos...

Depois de chegar ao clímax da sul oração falando^sobre a inteira pleni-


tude dfe Deus em nos, Paulo entra numa outra dimensão e «"JJ
Deus.NiTte a presença de três superlativos neste versículo ~
mais e tudo - e duas palavras d* mesma raiz "dinamus" - pode
O Pai tem poder para fazer infinitamente mais do que tudo quanto
- •.••• le a ena
e capaz ae razer, na» *.=«.~*- — -»-=-„._
gundVo poder que opera 'em nos. O próprio Deus esta operado «t nos para
fazer coisas alem do nosso entendimento, pensamento e oração. Estas coisas

-21-
devem nos encorajar a orar. Se você se sentir sem assunto em seu tempo de
oração, não se preocupe. De lugar ao Espirito para orar em você pois ele
sempre tem assunto. Cinco minutos de oração no Espirito valem muito mais do
que uma hora de nossa oração. Deus e uma pessoa dinâmica que quer operar
muito alem de nossa força, religiosidade e oração.
Novamente temos a trindade nesta oração:Pai (Aquele),Espírito (poder),
e Cristo Jesus (v.21). Paulo começou e terminou sua oração com a trindade.

V.21: ...a ele seja a gloria, na -igreja em Cristo Jesus, por todas aã gera-
ções, para todo o sempre. Amém.

Algumas traduções falam "na igreja e em Cristo Jesus", mas o "e" não
está no original. A gloria (a comunhão entre o Pai e o Filho pelo Espírito)
está na igreja em Cristo Jesus. Se Cristo não está na igreja, de que adian-
ta ficar nela? Se a igreja não está em Cristo, a igreja não existe.^Portan-
to, estar na igreja é estar em Cristo; do contrário, não há propósito em
estar na igreja sem estar em Cristo.
A igreja & eterna — por todas as gerações,para todo o sempre. Deus vai
glorificar Cristo eternamente na igreja. Ela e o instrumento de Deus para
cumprir o seu eterno propósito e introduzir o reino de Deus na terra. Há
movimentos afirmando que o reino de Deus já chegou e a igreja acabou. Mas
neste contexto a igreja ê o reino de Deus* A última cena do Apocalipse é
uma cidade descendo dos céus para a terra. E isto se chama igreja ou reino,
tanto faz. Jesus falou muito sobre o reino e só duas.vezes sobre a igreja.
Mas Paulo enfatizou a igreja porque teve uma revelaçãojio mistério do corpo
de Cristo. Então no fim da jornada, por todas as gerações, para todo o sem-
pre a glória de Cristo vai estar na igreja.

PERGUNTAS PARA REl/ISÂ~0

01. Compafie. a& ttât, &&k><Lt> panaJLe&aA doA veJU>Zculo& 16 e 17 moA&uwdo como
tm 6e.ntido xtdéVtttco.
02. O que. a. expteá.áão "awaigada e. atice/içado" no& ^ala 4ofa/ie a natureza da

03. O que. l &?


04. Õ que. não é (Je?
05. õ que. é" o x.eAultado da operação da £í em nÕ4?
06. Se dizejnoé que. tema* fe e não na eá-te -teóutíado, o que podemos
07. Poh. que. o juno/i de. Veu& 40 pode -á e* compreendido "com .todo* o*
(Pé -áua px.Õptú.a JieApoAta]
OS. QuaJL o A4.Qnifcc.ado de "comp>t.eendeA"?
09. Qaa£ o •ó-tgnx.jj-ccado de "conhece/t o OWIOA. que. excede todo eníendónenío"?
10. Que. tipo de. edíficÃo Petu wía levantando na tewa. e. com qual finalida-
de.?
11. Qaaá 4ão OÁ ttât> <J-t&áeá paAale£aà doe veJU>ZcjuloA 1B e 79 f
12. ?on. que. Paulo £alou 4ofa/z.e quatro d^wieRóõeá ao -cnué* de tAÔt>?
13. Com que. ptopÕóXxto Paa£o deáCAeue ^ão e^oílieníemeníe o alvo fanal de.
Peaá wxó veAáZcjuloA 18 e,
14. MoAttie. como Paa£o começou e texminou a Aua o/tação mencionando toda*
da trindade..
15. POM que. podwoÀ aú&unaA. que. a ig*.e.ja é eíe/tna?

-22-
EFÉSIOS 1:1-16

PRIMEIRA PARTE: ANDAR DIGNO DA VOCAÇÃO (W. 1-3)

V. 1: Rogo-vos3 pois3 eu3 o prisioneiro no Senhor3 que andeis de modo digno


da voaação a que fostes chamados...

Existem quatro palavras neste versículo que merecem ser focalizadas


atentamente pelo nosso microscópio: prisioneiro3 andeis3 voaaçao e digno.

PRISIONEIRO

Paulo j ã havia mencionado esta palavra em Efésios 3:1: "Por esta causa
eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios..." Ago-
ra, no início do capitulo 4 ele escreveu "eu, o prisioneiro no Senhor".Pau-
lo usou esta palavra "prisioneiro" porque quando escreveu a carta de Efé-
sios realmente estava preso em Roma.A historia de sua prisão está registra-
da no livro de Atos. Decidido a ir para Jerusalém, em cada cidade que pas-
sava era profetizada a sua prisão. Mas ele disse: "Que fazeis chorando e
quebrantandp-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até
para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus" (At 21:13). Preso em
Jerusalém apelou a César, Imperador de Roma, pois como cidadão romano ti-
nha direito de ser julgado pelas autoridades romanas. Sua prisão em Roma
teve como resultado um dos melhores livros da Bíblia — o livro de Efésios,
considerado talvez o cume da revelação da palavra de Deus.
O plano de Paulo era ir para Roma pregar o evangelho e depois partir pa-
ra a Espanha. Isto teria sido muito bom para os espanhóis, porém os cami-
nhos de Deus eram diferentes. Preso em Roma ele pregou ao mundo inteiro
através de suas cartas. Lá escreveu os livros de Efésios, Colossenses, Fi-
lipenses e Filemom, que têm abalado o mundo(ver página 63). Deus não é li-
mitado. Ele usou as cadeias de Paulo para abençoar os crentes daquela época
e de todas as épocas subseqdentes.
Naturalmente Paulo era prisioneiro porque estava na prisão,mas note que
ele encarava isto numa outra perspectiva.Paulo não falou "eu, o prisioneiro
de César", mas "eu^ o prisioneiro de Cristo Jesus ou no Senhor". Suas ca-
deias eram cadeias do Senhor, porque mesmo não sendo livre para viajar era
livre para receber revelações tão úteis para nós hoje. Paulo foi preso pe-
los homens para ser prisioneiro de Cristo em nosso favor.
Duas outras epístolas de Paulo mencionam o fato dele ser um prisioneiro.
2 Tm 1:8: "Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor,
nem de mim, que sou prisioneiro seu..."(Tradução Corrigida).De quem Paulo
era prisioneiro? Do Senhor.
Fm 1:9: "... sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro
de (foisto Jesus." Apesar de ser prisioneiro de César e do governo romano
Paulo nunca escreveu isto em suas cartas. Não se considerava prisioneiro do
homem, mas de Cristo. Será que diante de circunstâncias difíceis nos nos
consideramos prisioneiros delas ou de Cristo? Se verdadeiramente podemos
falar que somos prisioneiros de Deus, então temos tido vitória sobre as
circunstâncias. Paulo como um servo exemplar de Deus, até morrer, mesmo en-
frentando situações dificílimas, considerou-se prisioneiro do Senhor. E a
prova disto foi a liberdade que teve para escrever a Palavra do Senhor.

-l-
ANDEIS

Para entender porque Paulo falou sobre "andar" vamos estudar um esquema
geral do livro de Efésios elaborado por Watchinan Nee. Este precioso irmão
também foi prisioneiro do Senhor durante vinte anos. Ainda jovem, com pouco
mais de vinte anos, era um grande homem de Deus na China, mas foi na prisão
que seu ministério floresceu. Antes de ser preso teve oportunidade de sair
do país alguns anos depois que os comunistas assumiram o poder, mas não
sentiu que era a vontade de Deus. Logo depois foi preso e enquanto estava
na prisão as anotações de suas mensagens foram organizadas e publicadas.
Seu ministério cresceu mundialmente através destes livros e até hoje ou-
tros livros continuam a ser publicados. O esquema a seguir foi extraído do
seu livro "Sentar, Andar e Permanecer em Pé". (O título em inglês é "Sit,
Walfc and Stand".)

UM ESQUEMA DE EFtSIOS

SENTAR A, DOUTRINAXcap.l-S) Teoria(Ênfase-Revelação)


(Ef 1:19,20; 2:4-6) 1. Nossa posição em Cristo POSIÇÃO

ANDAR B. PRATICA(4:l - 6:24)


(Ef 4:1,17; 5:1,2,8,15) 2. Nossa vida no mundo VIDA

PERMANECER EM Pt 3. Nossa atitude para


(Ef 6:11,13,14) com o inimigo MILÍCIA

De acordo com este esquema temos três posições em nossa vida^cristã:


sentar, andar,e permanecer em pé. Este esquema divide o livro de Efésios em
duas partes: doutrina e pratica; e incluído nisto temos três aspectos: nos-
sa posição em Cristo, nossa vida no mundo, e nossa atitude para com o ini-
migo.Posição, vida e milícia são outra forma de dividir o livro de Efésios.

Tirando os desvios podemos dizer que os primeiros três capítulos de


Efésios são doutrina e os últimos três pratica-Geralmente Paulo^inicia su-
as epístolas com doutrina e depois introduz a prática. Doutrina é a Palavra
de Deus, mas enfatiza revelação. Só com ^revelação conseguimos^ praticar a
Palavra de Deus.A revelação produz a palavra vivare .a palavra viva e Jesus.
Tentar praticar a Palavra sem revelação só produz suor é derrota. Por outro
lado, revelação sem prática não tem valor porque não passa de_algo contem-
plativo e místico. De que adianta ficar na torre dejrevelação enquanto^o
mundo perece lã embaixo? É preciso receber a .revelação no monte e depois
descer com o rosto resplandecente para -ministrar esta revelação ao mundo,

A ordem destas três posições — sentar, andar, e^ ficar^em pé — é de


tremenda importância em nossa vida cristã. Nossa^tendência é querer andar
para merecer sentar. Mas a ordem certa-é: posição(sentar), vida(andar), e
milícia(guerrear, ficar firme em pé sem cair).

7. Porção U&ntau}

Ef 1:19,20. Deus pelo seu poder ressuscitou Cristo dentre os mortos e


o fez sentar-se à sua direita nos lugares celestiais. Cristo sentou-se no
fim do seu ministério para esperar a igreja terminar a obra que ele começou.

Ef 2:4-6. Tudo que Cristo fez no fim do seu ministério precisamos fazer
no início* No fim do seu ministério Cristo se sentou e no inicio do nosso

-2-
ministério precisamos ncr; sentar. Começamos no ponto onde ele terminou.
Vemos nestes versículos que juntamente com Cristo Deus nos vivificou,
ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais. Por que podemos nos
sentar com Cristo nestes lugares celestiais? Porque ele já fez tudo — ele
já sentou-se. Lembre-se que a expressão chave de Efésios é "em Cristo". Se
estamos nele e ele já sentou-se, precisamos nos sentar com ele. Do contrá-
rio não estamos nele, e se não estamos nele estamos fora de Cristo. Estar
sentado em Cristo é como colocar uma folha de papel dentro de um livro. Tu-
do que acontece com o livro acontece com o papel. Portanto, se Cristo se
sentou no fim do seu ministério, precisamos nos sentar também, pois estamos
em Cristo.
Esta posição de sentar representa o descanso de todas as nossas obras e
o reconhecimento da obra completa de Cristo. Ele fez toda a obra e sen-
tou-se. Agora só nos resta nos sentar e reconhecer a obra que já foi feita.
Cristo fez todo o serviço: enfrentou o pecado por nós, nos redimiu e santi-
ficou, cumpriu a lei, venceu Satanás e nos livrou da morte. A única coisa
que precisamos é estar nele. Se ele está descansando temos de descansar,re-
conhecer sua obra, e entrar no território que ele já conquistou. Se não nos
sentamos estamos desprezando a obra de Cristo e não podemos andar. Muitos
de nós andamos e andamos, e não entendemos porque não chegamos a lugar ne-
nhum. Mas se nos sentarmos em Cristo, descansando e reconhecendo sua obra
consumada de uma vez para sempre, teremos força para andar.

2. \)Láa. (anda*.)
Andar representa nossa vida no mundo. Andamos no mundo através de sen-
tar-nos nas regiões celestes. Sentamo-nos no céu para andar na terra. Sem
nos sentarmos nos céus em Cristo não podemos andar na terra. Mas há mais
alguém que anda na terra — Satanás. No livro de Jó Deus lhe perguntou de
onde vinha e ele respondeu: "De rodear a terra, e passear por ela"(Jõ 1:7).
No entanto, Satanás não se senta. Desde que caiu de sua posição original
começou a andar. Você já percebeu que uma pessoa com muitos problemas não
consegue ficar parada? Ela não dorme, não descansa e nem se senta. Fica an-
dando de um lado para outro.Mas a pessoa que está em comunhão com Deus go-
za descanso, e por isso tem força para andar. Recebemos força para andar
a,través de descansar. Watchman Nee exemplifica isto usando a ilustração de
um homem dirigindo um carro. Não se pode dirigir um carro em pé. É preciso
sentar-se para fazê-lo andar.Outra maneira de exemplificar isto é um para-
lítico nuina cadeira de rodas — ele está sentado e andando. Se levantarmos
do nosso descanso em Cristo vamos tropeçar e cair. Temos que ficar sentados
em Cristo para andarmos em Cristo,
Vamos ver os versículos sobre "andar" em Efésios. Cinco vezes Paulo
exortou os efésios sobre "andar", depois de passar os três primeiros capítu-
los falando sobre "sentar".
Ef 4:1: MRogo^vos... que andeis de modo digno da vocação..."
Ef 4:17: "...que não mais andeis como também andam os gentios..." Este
versículo é o reinicio do assunto sobre "andar" depois de um grande desvio
que Paulo fez no capitulo quatro. Ele deixou o aspecto prático dos versícu-
los 1-3 e nos versículos 4-16 desviou o assunto para doutrina novamente,fa-
lando sobre corpo e Espírito, ministérios e o corpo de Cristo. Graças a
Deus por esse desvio que produziu uma das passagens mais importantes na Bí-
blia sobre os ministérios.
Ef 5:2: "... e andai em amor..."
Ef 5:8: "... andai como filhos da luz..."
Ef 5:15: "... vede prudentemente como andais..."
Portanto, estes versículos nos exortam a andar, mas baseados na nossa
posição em Cristo — descansando de nossas obras para fazer a obra do Espl-

-3-
rito, produzindo o fruto do Espirito. Nossa vitoria está em Jesus Cristo —
andando na terra mas sentados nos céus. Quando alguém estiver sentado em
Cristo o mundo vai correr para sua porta a fim de saber o que esta aconte-
cendo. Carlos Finney foi um exemplo vivo disto. Quando se converteu e foi
batizado no Espirito, estava tão cheio de Jesus que o primeiro homem com
quem falou se converteu. Ele realmente sentou-se e andou em Cristo. Deus
quer isto para cada um de nós.

3. m
Permanecer em pé representa nossa atitude para com o inimigo. Quatro
vezes em Efésios Paulo exortou sobre isso.
Ef 6:11: "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar
firmes contra as ciladas do diabo..."

Ef 6:13: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais


resistir no dia mau, e havendo feito tudo, fiaar firmes" (Tradução Corrigi-
da). "Resistir" e "ficar firmes" são expressões paralelas.
Ef 6:14: "Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade..."
Nosso inimigo e. Satanás e nossa guerra ê contra ele e seus domínios. Em
todas as vezes que Paulo exortou sobre nossa milícia ele usou palavras que
têm a mesma raiz no grego — st&nai. No grego "resistir" é "anti-stenai",
"ficar firme" é "stenai" e "estai firmes" é"steit". Paulo fez questão de
usar a mesma palavra quatro vezes para enfatizar que devemos ficar bem fir-
mes contra nosso inimigo, que não e. carne nem sangue mas são poderes celes-
tiais. Não estará ele exigindo demais? Como alguém pode ficar firme assim?
Somente sentado em Cristo. Cristo está firme e se estamos sentados nele
estamos firmes. Jesus está firme porque já venceu todas as coisas. Antes de
ir ã cruz ele já viu a vitória(Jo 16:33). E na cruz falou: "Está consumado"
(Jo 19:30). Portanto, se nos sentamos em Cristo e andamos em Cristo, pode-
mos então ficar firmes contra nosso inimigo. Se não nos sentamos nunca po-
demos ficar firmes, e se nos sentamos e não andamos nossa pregação não pas-
sa de teoria. O inimigo vai dizer: "Eu conheço Jesus, mas quem e você?" Mas
sentados em Cristo e andando segundo a Palavra o inimigo não tem poder con-
tra nós. A ordem certa, então, é sentar-se e andar para depois ficar firme.

Watchman Nee disse que há dois tipos de milícia: defensiva e ofensiva.


A nossa milícia é defensiva porque Cristo já venceu por nós. Se queremos
atacar para vencer estamos provando que não temos a vitória, pois quem quer
ganhar esta falando que não ganhou. Mas em Cristo já temos a vitória e não
é preciso fazer mais nada — basta ficarmos firmes na vitória de Cristo.
Paulo não falou para ataoccc firme e sim para psvmaneoeic firme.

Observe que toda a armadura é defensiva — escudo, capacete, couraça.


Apenas a espada é ofensiva, mas é usada para cortar a cabeça do inimigo
quando ele nos ataca. Não estou dizendo que devemos ficar sempre passivos,
esperando o inimigo atacar primeiro. Lembre-se que só vamos ficar firmes
depois de nos sentarmos e andarmos. Entramos no território do inimigo por-
que sabemos que em Cristo este território jã é nosso. No momento que o ini-
migo vem para nos atacar desembainhamos a espada e mantemos firmes nossa
posição em Cristo. Nosso papel ê permanecer firmes na vitória de Cristo até
que ele volte e estabeleça seu reino na terra que já conquistou.

Neste contexto louvor é muito importante porque declara a certeza da


vitória em Cristo. E isto desarma Satanás. Louvor no Espírito afugenta os
demónios. Certa vez numa reunião vi demónios èe ajuntando nos quatro cantos
para oprimir o ambiente. Houve, então, um louvor intenso e senti que eles
não queriam sair. Mas o louvor se intensificou mais ainda e tiveram que sa-
ir. Então a glória de Deus desceu e tomou conta da reunião. A seguir veio
sobre mim um peso do Espírito para interceder como nunca havia sentido. Po-
dia ficar dobrado no chão orando por muitas coisas. Esta é uma função mara-
vilhosa do louvor — derrotar os demónios baseados na nossa posição em Cris-
to. Desta forma o Espírito vem e concede peso para orar, interceder e gemer

-4-
no Espírito, usando-nos como instrumentos de Deus para entrar na brecha a
fim de aniquilar a força do inimigo. Nestes dias Deus quer levantar inter-
cessores que militem contra Satanás no Espírito através de declarar esta
posição de vitória. Cinco minutos de oração no Espírito é muito mais eficaz
que cinco dias de oração com nossa força. Jesus jã fez a obra mas a igreja
é chamada para expressar esta obra consumada. Ele quer que entremos nesta
posição com ele para compartilhar seu poder e amor conosco.

Concluindo, então, se nosso andar não estiver certo é porque nosso sen-
tar também não esta. Más se nos sentarmos certo conseqlientemente andaremos
certo» Somente desta maneira podemos ficar firmes contra o inimigo.

PERGUNTAS PAfW VEVISÃÕ

01. Vou que. a pti&ão de. Pauto em Roma fai muito importante. pata a igizja?
02. Com que. atitude. Paulo encartava &uat> pti&õeá e, pó*, que. Peuá não poderia
te.-to u&ado tão ÁÍngútame.nte, pata eíc^evet a tua Palavta 4 e não
atitude.?
03. Quaií> &ao ao ttà& poA4.cõeA bã&icaà da vida ctiAtã. deAcAitat no livro de.

04. Sem olhat no esquema da apostila procure. você. me4mo ao menções -áob-te
"Áe.ntat" (ou "a(>Ae.ntat") , "andai" .(ou " andeÂA" , "andai" ou "andais"} e.
"peAmane.ceA ^itme." (ou " rui&tit", " eAtai úirmeá" , ou "fccat
iivio de.
05. Von. que. Pauto g e^ialme.nte: inicia AUM e.pZÁtola& com douttiina e. termina
com prática?
06. Pon. que. doutrina &em ie.vetacâo não tm muito pswveÁto?
07. Pon. que. Cti&to 40 4 e. orientou no á-óu do &QJJL mi.ni&fítio e a igsie.ja tem
que. &e. àentat no inicio do
O B. Pon. que. uma pmoa que, não "te, af>&í,ntan eátã n&gando a &ua posição "em

09, O que. iep4.eoe.nia a posição de. sentar?


10. Pon. que, não de,vemo* te.ntat andar ptám&ito pata de.po<it> noe assentarmos?
11.0 que. tepieá e.nta a posição de. andar?
12. Qual a di£eAe.nca e.ntte. o "andat" de. Satanás e o "andat" de. um oúAtão?
13. O que. aconte.ce. com o no&Ao "andat" 4e patamoA de, deAcanbat em C^ii&to?
14. O que. tie.pt.eAe.nta a posição de. permaneoer em pé?
/5» Qual deve t>esi a no&Aa atitude, pata com Satanás e. ao &uat> hoAteA?
16. Como podmo& manteA. eAta atitude.? Em que. òaáe?
17. Pon que. além de. sentar em CtúAto e neceáiá^co andar em Cuitito pata po-
deA úi,cat úitme. contta o inimigo?
18. P 01 que. Pauto não no* e,wtóa a atacat o inimigo?
19. Pon. que, louvo*., e. uma atma podeJioàa na batalha confia Satanãò?
20. Vou que. a vitãHa de. JeAu& Aobie. Saíanáó ainda não £oi concretizada?
VOCAÇÃO

Esta i a terceira palavra do versículo l que colocaremos debaixo do mi-


croscópio. Vocação significa escolha, chamamento, predestinação.Temos muito
para aprender a respeito deste assunto. Vamos ver vários versículos no Novo
Testamento que falam sobre nosso chamamento ou vocação.
Ef 4:1: "...que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados."
Ef 4:4: "... como também fostes chamados numa só esperança da vossa
vocação,.."
Rm 1:1,6,7. Paulo era chamado para ser apóstolo e os santos de Roma
eram chamados para serem santoç e de Jesus Cristo.

Rm 8:28-30. Esta é uma das principais passagens sobre o assunto de cha-


mamento. Fomos chamados segundo o seu propósito(v.28). E qual é este propó-
sito? Sermos conformes ã imagem de Cristo. O propósito de Deus para nós é
sermos irmãos de Jesus e conformados ã sua imagem. Por isso ele nos conhe-
ceu antes da fundação do mundo, nos predestinou, chamou, justificou e glo-
rificou. Note que ele nem menciona santificação. (Você pode estudar mais
sobre este versículo na apostila do capítulo l, páginas 5-7.)

Rm 9:11. Antes dos gémeos nascerem, Deus escolheu Jacó para ser santo e
rejeitou a Esaú. Nos não gostamos disto, achamos que não é justo. Mas quem
somos nós para julgar Deus(vv.20-24)? Ele preparou vasos de ira para a per-
dição e vasos de misericórdia para dar a conhecer as riquezas da sua glória.
Nossa mente não consegue entender estas coisas, mas precisamos deixar a pa-
lavra penetrar em nós.
Rm 11:29. Os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento, irrevogá-
veis e irretratáveis. Ele falou: "Jacó, mesmo você sendo fingido e mentiro-
so, eu chamei voe? e não me arrependo!"

l Co 1:1,2.Paulo fez um paradoxo aqui. Primeiro ele falou "santificados


em Cristo Jesus" (tempo passado), e a seguir falou "chamados para ser
santos" (tempo presente). "Santificado" e o nosso sentar e "ser santo" é o
nosso andar.
l Co 1:9. Deus é fiel para cumprir o propósito para o qual fomos chama-
dos — ã comunhão de seu Filho Jesus. Nossa vocação é ter comunhão com Je-
sus Cristo.
l Co 1:23-31. Para os que são chamados, Cristo é o poder de Deus e a
sabedoria de Deus, mas os que não são chamados procuram força humana e sa-
bedoria humana.

l Co 7:15-24. Nove vezes nesta passagem encontramos a palavra "chamado"


e uma vez a palavra "vocação". Quando Deus nos chama devemos abandonar os
alvos da velha vida e dedicar-nos ao chamamento de Deus. Paulo enfatizou
que cada um deve permanecer na vocação em que foi chamado. Se era casado,
continue casado; se era solteiro não procure casamento. O alvo não são mais
as coisas do mundo, mas o chamamento. Geralmente o alvo do jovem é casar.
Por isso Paulo está alertando: "Cuidado! O alvo da sua vida em si não é
casar — mas a glória de Deus!" Se no chamamento de Deus para um rapaz ou
uma moça está incluído o casamento, Deus i o maior interessado nisto, pois
este casamento vai dar glória para ele.

Alguns pensam que é preciso abandonar tudo quando são chamados. Se estão
estudando ou trabalhando devem negligenciar estas atividades para evangeli-
zar e orar mais. É necessário agir com discernimento pois talvez Deusquei-'
rã usar a pessoa do modo em que foi chamada. Talvez a situação em si não
vai mudar, mas o mais importante é que os alvos sejam transformados. Paulo

-6-
esta dizendo que o escravo não deve pensar que a coisa mais importante e
ser liberto. Se Deus não o libertou deve continuar como escravo (w. 21,22]K
Ele mesmo, quando estava na prisão, não ficava pensando: "Puxa vidal Não
aguento mais ficar aqui, tenho que ser livre para evangelizar a Espanha!
Preciso urgentemente de um advogado"., Antes, considerou-se prisioneiro de
Jesus Cristo e aproveitou o tempo para escrever suas preciosas cartas. Por
outro lado, se o escravo se tornasse livre não precisava recusar a liberda-
de pensando que a escravidão o tornaria mais santo» Se Paulo fosse liberto
da prisão é claro que ele aproveitaria esta liberdadejpara a glõria_ de
Deus» Deus não nos ordena a procurar escravidão, prisão ou perseguição. O
importante não i o fato de sermos escravos ou não, mas se estamos ignorando
os alvos do mundo e prosseguindo para os alvos do reino de Deus.
0 problema da maioria dos novos convertidos(e dos velhos também) é que
quer continuar vivendo da mesma maneira sem mudar os seus alvos. Continua
com os mesmos objetivos de antes e o tempo que sobra dá para Deus.No entan-
to, depois que somos chamados precisa ocorrer uma mudança radical em nossos
objetivoso Temos de viver no mundo como se não fôssemos dele(w.29-31). O
chamamento vem de Deus e l a prova de que fomos escolhidos. Precisamos en-
tender sobre nossa vocação,crer e descansar nela, e prosseguir pela fé para
o alvo de Deus.

Gl 1:6: "..«daquele que vos chamou na graça de Cristo,.." "Daquele" se


refere a Deus. Deus e quem chama e Paulo é o instrumento para transmitir o
chamado pelo evangelho. Note aqui a ligação entre o chamamento e a graça de
Cristo. Você quer ser chamado na graça de Cristo?

Gl 1:15. Novamente o chamamento está relacionado ã graça — "chamou pe-


la sua graça".Há também uma ligação entre as palavras "separou" e "chamou".
Em Romanos 1:1 Paulo disse que era "servo de Jesus Cristo, chamado para ser
apóstolo, separado para o evangelho de Deus". Chamar é dizer: "Venha cã e
separe-se do mundo para ficar comigo"."Chamar" e "separar" são termos para-
lelos. Se somos chamados por Deus estamos separados do mundo. A igreja(no
grego eclésia) i uma assembleia chamada para fora do mundo. Somos um povo
chamado, escolhido para viver fora do mundo como luz no mundo.

Gl 5:8. Os legalistas queriam convencer os gaiatas da necessidade de


circuncisão. Mas isto era uma persuasão que não vinha daquele(se referindo
novamente a Deus) que os chamara. Deus chamara os gaiatas ã sua graça e
não para o legalismo.

Gl 5:13. "Chamados ã liberdade". Mas que tipo de liberdade? Não para


dar lugar ã carne,mas liberdade para fazer a vontade de Deus e cumprir a lei.

Fp 3:14. No grego a expressão "soberana vocação" significa literalmente


"vocação do alto". Nosso chamamento em Cristo Jesus vem do alto. Paulo dis-
se que o alvo dele era alcançar o prémio da vocação. A vocação é o alvo da
nossa vida e ela tem um prémio que podemos ganhar ou perder. O processo pa-
ra obter o prémio envolve muitas coisas, pois Paulo falou que se esquecia
das "coisas" do passado e prosseguia para as que estavam adiante. Mas o al-
vo é singular — Cristo. Até alcançarmos este alvo passaremos por várias
experiências. A vocação está em Cristo e prossegue através de Cristo.

Cl 3:15. Por que Paulo fala que fomos chamados ã paz em um só corpo?
Porque só alcançamos a paz de Cristo em um corpo. Não é possível ter paz
com dois ou três corpos, pois neste caso há divisão e controvérsia. Por
outro lado, é impossível estar em um corpo e não ter paz.

1 Ts 2:12. O prémio do chamamento é o reino e a glória de Deus. Por is-


to devemos andar de modo digno desta vocação.
l Ts 4:7,8.Este chamamento para santificação não é o fim da jornada, mas
o processo. Vimos em l Corintios 1:1 que nosso chamamento é ser santos.
E o mesmo Deus que nos chama ã santificação, nos dá o seu Espirito que é
santo. Se rejeitamos este chamamento estamos rejeitando o Espirito Santo.
Portanto, é o Espírito Santo que nos chama ã santificação. Ele nos chama
para ser santos como ele o é.

-7-
l Ts 5:23,24.Não ha necessidade de nossos esforços. O Deus que nos cha-
mou e fiel para cumprir este chamamento em nos. Isto é a graça de Deus.

2_Ts 1^11,12 (Tradução Corrigida). Paulo ora para sermos dignos danossa
vocação. Há um equilíbrio aqui. Deus tem "desejo de bondade" para conosco,
isto é, ele quer fazer-nos o bem; e nós temos de ter "obra de fé". A bonda-
de vem de Deus e a fé_opera em rios, mas tudo é feito pelo poder de Deus. Fe
e resultado da operação do Espirito Santo mas ê expressada através de nós.
Paulo orou: "... para que o nosso Deus vos torne dignos de sua vocação
e ownpTa. .." Então nossa vocação é Deus cumprir com poder a sua boa vontade
em nos através da fé. É a mesma coisa que dizer:"Deus chama e e. fiel para
cumprir este chamamento".

2 Ts 2^13,14. Ha duas definições de salvação nestes dois versículos:


19. Salvação consiste em santificação do Espírito e fé na verdade — Pala-
vra e Espirito operando juntos. Essa é a nossa vocação. 29. Salvação é a
glória de Cristo.

1 Tm 6:12. Outra coisa que devemos notar é que fornos chamados pelo evan-
gelho. Somos chamados para a vida eterna. Aqui Paulo esta enfatizando o la-
do humano — a peleja, o combate, a confissão.

2 Tm 1:8,9. Há uma ligação entre "salvou" e "chamou". Agora Paulo está


enfatizando o lado divino — uma santa vocação não segundo as nossas obras
mas conforme o seu propósito em Cristo Jesus antes dos tempos eternos. Por
que "antes dos tempos eternos"? Porque Cristo fez toda a sua obra antes da
fundação^ do mundo. Se estamos em Cristo, recebemos graça antes da fundação
do mundo, mas ela se manifestou na terra com o aparecimento de nosso Salva-
dor Cristo Jesus (v.10). E isso é a nossa vocação. Portanto, salvação é
igual a vocação, porque ele falou "salvou" e "chamou". Se tivesse falado só
"salvou" daria uma conotação de uma salvação futura (para a vida eterna),
mas o chamamento com uma santa vocação inclui uma vida santa agora. Deus
nos deu graça não só para herdarmos a vida eterna,mas para andarmos em san-
tidade e amor agora.

Vocação inclui o processo e o alvo. O alvo da vocação é o reino e a


glória de Deus, mas o processo — andar em santificação — também faz par-
te dela. Vocação inclui nosso andar e nosso prémio. Existe uma teoria no
mundo que diz que os fins justificam os meios. O alvo do comunismo, por
exemplo, é ter uma sociedade justa, e por este alvo eles matam e torturam
pessoas. Pensam que podem alcançar um fim certo através de meios errados.
O cristianismo, porém, é totalmente diferente — o meio de chegar e o fim.
Sem andar em amor não vamos alcançar o amor. Alguns acham licito matar e
roubar para ajudar os pobres. Li a história de um homem que se enriqueceu
ilicitamente, pisando nas pessoas para subir. Depois deixou um testa"-
mento doando toda sua fortuna para uma obra de caridade a fim de ter seu
nome perpetuado na história.Isto é um erro, pois o meio de chegar é o alvo.
As vezes temos tanto zelo para evangelizar, levantar igrejas e assim esta-
belecer logo o reino de Deus, que nos esquecemos de amar os mais fracos.Mas
cuidar dos mais fracos faz parte do reino de Deus. Se estamos andando no ca-
minho certo não precisamos nos preocupar demasiadamente com o fim, pois já
estamos chegando lá.
Hb 3:1. "Vocação celestial". A vocação vem dos céus, do alto.
Hb 9:13-15. Os "chamados" são os salvos ou escolhidos que receberam a
promessa da herança eterna.
Hb 11:8. Abraão foi chamado e pela fé obedeceu. Deus o chamou para her-
dar uma terra. Então há uma ligação entre chamamento e promessa. Deus sem-
pre chama através de uma promessa. Ele chamou Abraão e lhe prometeu dar uma
terra. Podemos dizer também que o chamamento é a promessa — o alvo, o pré-
mio da vocação. Se obedecermos ao chamamento alcançaremos a promessa e para
obedecer ê preciso ter fé. É possível ser chamado e não ser escolhido por-
que não obedeceu.
l Pé 1:14-16. O chamamento ê para santificação, para ser igual aquele
que nos chama.

-8-
l Pé 2:9. Somos a raça eleita, o sacerdócio real, a nação santa, que
está chamada das trevas para a luz, para anunciar as grandezas de Deus.
Anunciar as virtudes de Deus faz parte do chamamento.
l Pé 2:20,21» Agora temos uma música em tom menor — fomos chamados pa-
ra o sofrimento, para andar nas pisadas de Cristo.
l Pé 3:8,9. Fomos chamados para bendizer o* que nos estão maldizendo e
assim receber bênção por herança.
1 Pé 5:100 Deus nos chamou em Cristo ã sua eterna glória mas vamos en-
trar nela depois de sofrermos por um pouco.
2 Pé 1:2-4 (Tradução Corrigida).Somos chamados por sua glória e virtude.
2 Pé 1:100 Pedro está enfatizando também o lado humano da vocação —
ser diligente para tornar firme a nossa vocação. Note que vocação e eleição
são idênticos.
Jd Io Os chamados são amados por Deus e guardados em Cristo.

V<ínte, e. Ctnco lte.n& Sob/te NO&&O Ckamame.nto

01. Chamados no Senhor - l Co 7:22.


02» Chamados de.Jesus Cristo - Rm 1:6.
03., Chamou na graça de Cristo - Gl 1:6.
04o Chamados para a comunhão do seu Filho Jesus Cristo - l Co 1:9.
05. Soberana vocação de Deus em Cristo Jesus - Fp 3:14.
06o A vocação celestial - Hb.3:1.
07. A vocação de Deus é sem arrependimento - Rm 11:29.
08. A esperança da sua vocação - Ef 1:18.
09. Uma santa vocação segundo o seu próprio propósito - 2 Tm 1:9.
10. Chamados segundo o seu propósito - Rm 8:28.
11. Chamados para serdes santos - l Co 1:2.
12. Chamou para a santificação - l Pé 1:15.
13c Chamado e separado - Rm 1:1.
14o Chamados a liberdade - Gl 5:13,
15. Chamado à paz - Cl 3:15»
16. Chamado em um corpo - Cl 3:15.
17o Chamado para sofrimento - l Pé 2:21.
18. Chamado para bendizer - l Pé 3:9.
19. Chamou das trevas para ,sua maravilhosa luz - l Pé 2:9.
20. Os chamados para a .herança eterna - Hb 9:15.
21o Chamados para a vida .eterna - l Tm 6:12.
22o Chamados ao seu reina e glória - l Tm 2:12.
23. Chamou à sua eterna glória - l Pé 5:10.
24o Chamou por sua própria glória e virtude - 2 Pé 1:3.
25o Chamou pelo nosso evangelho para alcançardes a glória de nosso Se-
nhor Jesus Cristo - 2 Ts 2:14.

Para sermos chamadas i preciso alguém falar, e esse alguém è Deus. Para
Deus chamar ele precisa falar, e ele fala através da sua palavra. Como ele
fala pela sua palavra? Através da revelação do Espirito Santo. Podemos ter
a Bíblia e não estar ouvindo a palavra de Deus. Ha muitos falsos profetas
que usam a Bíblia mas não têm a palavra de Deus. Então Deus chama pelos
seus ministros que falam a sua palavra pelo Espirito Santo.
A vocação não é uma teoria ou ideologia, mas é uma voz chamando, falan-
do, algo pessoal e vivo. E Deus faz isto pelo seu Espirito usando sua Pala-
vra.. Não somos alcançados por mera teoria, mas através de um relacionamento
pessoal com alguém. Sem Deus sentimos frio e solidão no mundo. Precisamos
de um lar, uma família. E Deus é essa pessoa com quem podemos manter um re-
lacionamento íntimo — ele nos chama para sua casa e família.

-9-
Portanto, Deus chama através do Espirito Santo que é a sua própria pes-
soa em açao, falando a sua palavra. O chamamento e um processo pessoal —
Deus conclamando-nos para ele, com uma palavra definida, especifica, atra-
vés da instrument.alidade^do Espírito Santo. Fomos feitos para Deus e nossos
corações não repousam até achar nosso Criador. Nunca seremos realizados ate
encontrarmos a pessoa para quem fomos criados.

O CHAMADO DE DEUS ATRAVÉS DOS SÉCULOS

Através dos tempos a voz de Deus tem ressoado


Para chamar e separar os seus amados
Querendo ter um grande reino sacerdotal
E com muito amor o primeiro homem ele chama afinal:

Abrão, Abraol Sai da tua terra e da tua parentela


E vai a uma terra a qual te mostrarei
E eu serei contigo e te abençoarei e te multiplicarei
E farei de ti uma grande nação.
Em obediência Abraão respondeu ao chamado de Deus
Num ato de fé deixando assim Ur dos Caldeus
Sem rumo saiu apenas levando a promessa de Deus
Confiando que ele era fiel para cumprir o que prometeu

O povo cresceu e se multiplicou na terra do Egito


Cumprindo assim a promessa dada a Abraão
Grande escravidão o povo sofreu e então chorouí
Deus se comoveu, ouviu seu clamor e outro homem chamou:

Moisés, Moisés! Eu sou o Deus de Abraão,


Com ele fiz aliança
De lhe dar uma herança e levar meu povo a Canoa
EU SOU é o meu nome, não temas pois, contigo irei,
prodigios farei
Mostrando assim meu grande poder ao rei Faraó

Moisés foi chamado e separado ao serviço de Deus,


E foi enviado ao povo algemado em nome de Deus.
Do Egito os tirou e os conduziu, ã terra os levou
Do monte ele viu o prémio final, mas lá não entrou

Todos os profetas anunciaram um novo dia


Quando nosso Deus ia como Pai se manifestar
Isto aconteceu quando o Verbo eterno se encarnou
O Pai se alegrou com tal regozijo que do o&u gritou:
Israel, Israel! Este e o meu Filho Amado
A quem tenho enviado
E nele eu me comprazo e acho nele todo prazer
A ele dai ouvido, pois ele é a verdade
Que traz a, liberdade, manifestando a glória de Deus

Jesus ministrou a homens que ele a si chamou


Viveu ensinando e revelando o nome do Pai
E os preveniu da sua paixão e ascensão, __
Dizendo que ia do céu enviar a consolação.
Eles foram cheios com o Espirito do Cristo vivo
E testemunharam a esperança da ressurreição^
Muita comunhão no partir do pão e nas orações,
Mas logo depois sendo perseguidos, Cristo reagiu:

-10-
Saulo, Saulo,' Por que você me persegue,
ti duro recalcitrar± pois , foi da vontade do Pai, te escolher
e separar.
Meu nome levará a todas as nações
E então compreenderá a sublimidade desta vocação.
Então foi mudado de perseguidor a vaso escolhido
, Para revelar a todas -os nações o mistério escondido
, Com autoridade, e revelação ,ele nos declarou
Que estamos sentados nos lugares altos em nosso Senhor.
Estamos chegando na parte final da grande corrida.
Quando todas -as coisas se convergirão em Cristo Jesus.
Estamos rodeados de uma grande nuvem de testemunhas
Juntos com Jesus que é o dono da igreja, eles gritam assim:
Igreja, Igreja! Sede corajosos, calçai os vossos pés,
•Tomai toda amiàdura, crescei no amor e aumentai vossa fé,
Pois grande "e o prémio da vossa vocação,
Estamos aguardando para gozarmos grande comunhão.

RESUMO DAS REDAÇÕES SOBRE VOCAÇÃO

Em primeiro lugar, fomos chamados pela graça de Deus, antes dos tempos
eternos, por causa do propósito e predeterminação soberana de Deus. A ini-
ciativa partiu de Deus e não de nos.
*

Em segundo lugar, fomos chamados pelo evangelho, que é a revelação da


promessa de Deus aos homens.

Em terceiro lugar, fomos chamados para fora do mundo, separados daque-


les que têm outros alvos e que pertencem a este sistema atual.

Em quarto lugar,fomos chamados para uma terra, para uma herança eterna,
para o seu reino e glória, para alcançar o alvo ou prémio da nossa vocação.

Em quinto lugar, devemos andar, dignos desta vocação, crendo e obedecen-


do ao nosso chamamento,, e dedicando-nos inteiramente a ele.

Em sexto lugar, o, mesmo Deus que tomou a iniciativa de nos chamar, ha


também de nos levar ao seu cumprimento final.

Vocação I um chamamento do alto para os santos do Senhor. Para sermos


chamados Deus fala, è quem fala é o Espírito Santo através da sua Palavra.
E quem transmite a Palavra são os ministérios de revelação da casa de Deus.
A Palavra diz que Deus nos chamou por sua própria glória e virtude
(2 Pé 1:3). Se na pregação do evangelho não há uma revelação da glória de
Deus, ninguém.ouvirá o chamado de Deus. Mas se pela pregação alguém começa
a ver a gloria de Deus, automaticamente se sentirá chamado a participar de-
la. Somos chamados «pelo evangelho para alcançar a gloria de nosso Senhor
Jesus Cristo. .

Vocação é ser e estar em Cristo. Nele somos santos e irrepreensíveis e


nele estamos assentados nos lugares celestiais. Firmes nesta posição deve-
mos andar em santidade e amor aqui na terra, segundo é santo aquele que nos
chamou. A nossa posição natural nada é; tanto faz ser livre ou escravo, ca-
sado ou solteiro, rico ou pobre, porque estas coisas são passageiras. Mas a
nossa soberana vocação e^lma.posição .única e eterna;não importa a nossa si-
tuação natural — estamos em Cristo prosseguindo através de Cristo para al-
cançar a Cristo, Somos chamados e separados para andar com Deus. As coisas
visíveis deste mundo perdem o seu valor, e o mundo invisível, mas real,
torna-se o nosso alvo.

-11-
Nosso chamamento e o alvo e o caminho. Deus nos chamou para levantar a
sua casa. A casa de Deus é feita através de comunhão e para ter comunhão.

Fomos chamados à paz de Cristo em um só corpo, mas só temos esta paz se


estamos no corpo de Cristo no qual fomos chamados.

O fato de sermos chamados sem merecimento não significa que podemos en-
carar o chamamento com leviandade. Pelo contrario, ele implica em deveres e
obrigações da nossa parte tais coimo: ser diligentes ,e firmes com nossa vo-
cação, corresponder a ela com fé e obediência, ser santo como o autor da
nossa vocação, crer e viver agora a vida eterna em virtude, amor, liberda-
de, santidade e paz, bendizer mesmo diante do sofrimento, resplandecer nas
trevas a luz de Cr isto, combater o bom combate da fé e confessar Jesus Cris-
to perante os homens.

Jesus sofreu e nós fomos chamados para sofrer com ele e nele. Esta es-
pécie de sofrimento traz a glória de Deus a este mundo. É através do sofri-
mento que levamos o peso de Deus pelo mundo. Se entendêssemos isto nos ale-
graríamos no sofrimento.

Cada um de nós recebeu um chamado. Abraão, por exemplo, foi chamado pa-
ra sair de sua terra de origem e ir peregrinar para alcançar a terra prome-
tida. Outros exemplos:

Noé — chamado para construir a arca e salvar a humanidade.

Jó — chamado ao sof r imento.


Moisés — chamado para tirar o povo do Egito.

Davi — chamado para bendizer,,

Paulo — chamado para anunciar o evangelho aos gentios.

E todos nós fomos chamados ã comunhão de Jesus Cristo, para ser luz
no mundo.

Nosso chamamento inclui três aspectos: 19. Eternidade — um Deus san-


to nos chamou e santificou desde os tempos eternos; 29. Presente — somos
chamados para ser santos, ou seja, expressar aquilo que já está feito em
Cristo, para ser Jesus na terra; 39. Futuro ou fim — herdar a terra, alcan-
çar o prémio da soberana vocação, para sua glória e virtude, para seu reino e
glória. O primeiro aspecto nos dá fé e segurança de que pertencemos a Deus.
Baseado nisto o segundo aspecto nos desafia a manifestar a prática disto
agora. E o terceiro aspecto nos dá esperança e alegria para perseverar. E
tudo isto junto nos leva a cumprir dignamente a nossa vocação.

Com a revelação do nosso chamamento podemos entrar num grande descanso,


mesmo diante de nossas falhas e deficiências, pois se ele nos chamou, ele é
fiel para cumprir aquilo para o qual fomos chamados. Se ele tem fé para nos
chamar a uma posição tão alta e sublime, nós também devemos ter fé. Se ti-
vermos revelação de que realmente somos chamados por Deus, isto produzirá
em nós temor e descanso.

A igreja consiste de todos os chamados por Deus que estão correndo jun-
tos para alcançar a promessa que Deus fez ao chamá-los.

PERGUNTAS PARA
01. Pana que. piopó&<Uto Veuà noí> chama?
02, O chamamunto de. Ve.uA de.pe.nde. de. alguma qualidade. no&&a? ?on quê.?

-12-
03. PoA que podemos dízeA que, já fiomoA Aanti^icadoA e ao meámo tempo que.
ainda pAe.cÍAamoA AZA AantifaicadoA?.
04. O que. deve ac.onte.c.eA. em no-á4aó vidão como Aeóu&tado do chamamento de.
Peão?
05. POA que o chamamento de, Peai não implica ne.cUAaAi.ame.nte. num envo-êutmen-
to totat em atividadíA'"eÂpiAÍtuaÍA" domo evangelização, oAaçao, Aemi-
nÕA/co, pAe.gac.ao, etc. ?
06. Qua£ deve -6eA.ano2.aa atitude, em AeJLacão a pAovaçõeó, pAcóõei, e outto4
impe.dime.ntoA ã noAAa li.be.Adade. e con^oAto?
07. PoA que a matOAta do4 cAenteó ainda não eòtã vivendo de. acoAdo com o
chamamento de Peão?
OS. POA que "chamaA" e ".óepaAaA" 4 ao ttAmoA poAolel-pA?
09. PoA que a vocação implica numa coAAida, numa luta?
10. POA que não podemos Ae/e-ctaA o chamamento de. Peão pata a 4an£t.£tcaçã0
adegando que não conáeguímo4 a^cançoA. x^óto?
Í J . Qua£ a Ligação e.ntAe. "Aalvacão", e "chamamento"?
í 2. PoA. que e únpoAtànte. entendem que a vocação de Peuá inclui o pioceó-áo
e o a£vo?
J3. Qua£ -a ligação e.ntA.e. "chamamento" e "pA.omea.aa"?
14. POA. que uma peó-óoa pode ^eA chamada e não .óeA. eáco£hida?
15. Quem e que. no A chama? Como e£e no4 chama? Pata o quê e£.e no-6 chama?
16. Po A que. AO a PalavAa e^cAita não z Au&icie.nte. pata noA chamai?
77. Cite. AeÁÁ pontoA bÕAicoA AobAe. a noAAa vocação e pAocuAe. uma A.e.^eA.ê.ncia
paAa pAovaA cada um. (i/eja a pAÍ.meÂAa paAte. do AUumo daA Aedaçõeó.)
I S . Po A que. não podemoA ASA chamadoA Aem Ae.ce.beA. uma Ae.ve2acão da glÓAia de.
Peuó ? .
19. POA que o chamado de Peuó não depende de no^^aó cuAcunótãnciaó natuAxtóó?
20. CxJte 04 tA&> oApe.ctoA do no A AO chamamento e mo^t^te como todo4 coopeAam
pata que a£cancemo4 o obj&tivo pata o qua£ ^omo4 chamados.
21. POA que meómo apeAoA donoAAo chamamento AeAtão a£to e aparentemente XJM-
po44x,ve£ de atingiA, podmoA ducanAaA e teA ab^otuta certeza que e£e
4e-tã cumprido?
22. COMO podemoA de-^iniA- a igAe.ja neóte contexto de vocação?

UM DEUS SANTO NOS C HAMOU

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dig-no de su - a vo - ca - c ã o . Em 3. Pelo Es

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vês da P a - Ia - o chá- m a — d o de D e u s r e s - s o - a
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Pa - rã perfei - çao em u. —ni - da - de Na mesma comu-

nhao e a - mor que ha en -tre o Pai e o

>. - l . . ^p
. á ._ ..jL é-.--^
Filho revê - lando a glo-ría do Se - nhor. Em
., . (Volto.*..ao Cofio)

-14-
ANDAR "DIGNO"

Finalmente a ultima palavra a ser"analisada no versículo l e "digno".


"Digno" é a maneira que devemos andar diante de tão sublime vocação. Para
entender como andar digno da vocação precisamos estudar oS versículos 2 e 3
de Efestios 4, ••••••.

Vv. 2,3: .,. aom toda humildade.e mansidão, com longanimidade, suportando-
vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a
unidade do Espirito no vinculo da paz.

Andar digno da vocação é andar com humildade, mansidão, longanimidade,


amor e paz. E todas estas características lembram os frutos do Espírito de
Gaiatas 5.
Gl 5:16,22-23,25. A palavra "fruto" esta .no singular e amor e o primei-
ro fruto. Q fruto do Espírito é amor,-e os outros frutos são resultados dis-
to.Note que dos nove frutos de Gaiatas 5, quatro estão presentes em Efésios
4. Pqdemos^concluir, então, que para ser digno desta vocação é preciso an-
dar no Espírito, produzindo os frutos do Espírito.
O versículo 16 de Gaiatas 5 fala: "Andai no Espírito" e o versículo 25
fala: "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito". Iniciamos a vi-
da cristã vivendo no Espírito para depois andar-no Espírito. Isto quer di^-
zer que não bastja ter o Espírito - I preciso andar nele. Só receber o Es-
pírito (sentar) não é suficiente, 5-precistv andar no Espírito, praticar a
Palavra de Deus. Portanto, outra maneira de escrever Efésios 4:1 seriai-
"Rogo-^vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que.andeis no Espirito e as-
sim sereis dignos da vocação a que-fostes chamadas". Andar no Espírito é
produzir fruto do Espírito. O problema do cristianismo hoje é que muitos
tem a posição legal(recebem o Espírito) sem a posição experimental(não pro-
duzem fruto), devido a uma passividade espiritual. Ser digno da vocação é
andar no Espírito, produzindo seus frutos.
Como jã vimos, nosso chamamento vem de Deus pelo Espírito que fala sua
galavra. Se Deus nos chama pelo seu .Espírito, então andar digno da vocação
é andar no mesmo Espírito. O Espírito e o-agente de Deus que nos chama, e
andando neste Espírito vamos cumprir,a vocação.
Há duas alternativas para respondermos ã vocação, mas só uma nos capa-
cita a cumpri-la. Vamos representá-las nos dois gráficos abaixo.

Deus chama e exige. Homem Deus chama... Homem

O homem se esforça para cum- e cumpre o chamamento em


prir mas não consegue nós

LEI GRAÇA

A primeira alternativa e. o processo da lei — alguém dá uma determinada


ordem, outro escuta e tenta .obedecer. Deus chama e exige obediência ao cha-
mado. Para agradá-lo e ser digno da vocação, esforçamo-nos para cumprir o de-
safio; e se não coíiseguimos somos imerecedores desta vocação.

-15-
Mas se Deus chama, não só para exigir obediência, mas usa o mesmo Espi-
rito . ,xe íòi o agente do chamado ;~sra cumprir o cii.ins.io em nos, en-
tão isto e o processo da graça de Deus — é andar no mesmo Espírito que nos
chamou, produzindo o fruto do Espirito, ou seja, praticando a Palavra de
Deus,

O processo da lei revela um grande problema — a lacuna existente entre


Deus e o homem. Deus esta no céu e o homem na terra. Deus fala e o homem
diz: "Eu vou lutar e pelejar para obedecer tudo que Deus falou!" Alguns
quase conseguem, outros nem tentam e outros tentam e caem. Isto é a lei —
Deus fala mas não conseguimos cumprir o que ele falou. Então o desespero
vem e Satanás vem junto para nos acusar: "Está vendo como você não conse-
gue? Daus e exigente demais. Esqueça estas coisas e vã gozar suavi<".a no
mundo". Istq acontece por causa da lacuna que existe entre nós e Deus. Mas
a lei não veio para nos derrotar — mas para mostrar que não conseguimos
cumprir a Palavra de Deus sozinhos. É necessário o homem ser frustrado para
abandonar seu orgulho e esfprço próprios. Quando reconhecemos a nossa inca-
pacidade para cumprir as exigências de Deus, estamos prontos para aceitar a
sua graça. E esta e a alternativa que capacita o homem a cumprir sua voca-
ção — Deus fala pelo seu Espirito e esse mesmo Espírito entra em nós e nos
leva até Deus. Conseqllentemente, a lacuna entre o homem e Deus desaparece.

E muito importante saber que Deus chama. Chamar implica que uma pessoa
está falando, e esta pessoa e Deus que nos chama pela sua Palavra. E sua
Palavra diz que ele mandou seu Filho para morrer,ressuscitar, subir ao céu,
e enviar seu Espírito para habitar no homem. O mesmo Espírito pelo qual
Deus nos fala é colocado dentro de nós por meio de Jesus Cristo para reali-
zar o chamamento em nós. Então esta é uma vocação viva, vibrante e firme —
Deus fala e ele mesmo cumpre.

Deus esta na sua palavra. A própria palavra de Deus tem rsoder em si


mesma para se cumprir. Se não entendemos isto não entendemos a palavra de
Deus. Na criação Deus disse "haja" e "houve". Sua palavra ê criativa, o que
fala, acontece.Da mesma forma, quando Deus nos chama ele cumpre o chamamen-
to em nós. Porém, se ainda existe uma lacuna entre nos e a palavra de Deus
que nos leva a tentar agradá-lo com nossos esforços, uma de duas coisas po-
de estar acontecendo. Ou ainda não estamos entendendo sua palavra ou não a
ouvimos díretamente de Deus —recebemo-la através de mediadores. Mas se
puvirmos a palavra de Deus, falada díretamente a nós pelo Espírito, recebe-
remos dentro do mesmo pacote vida e poder para cumpri-la. Isto é a vocação:
Deus chama o homem pelo seu Espírito e esse Espírito entra nele e opera ne-
le "o quereç e o efetuar"(Fp 2:13) para andar digno da vocação. O mesmo Es-
pírito pelo qual Deus fala cumpre o que ele fala.

O Espírito Santo, porém, não ê um vento ou uma influência. Ê o próprio


Deus. Vem de Deus para operar em nós e nos levar de volta a Deus. Mas tudo
isto'acontece por meio da palavra, pois q Espírito fala uma mensagem espe-
cífica . — a palavra de Deus. Enta.o, se a palavra chega até nós pelo Espí-
rito, o próprio Espírito transmite poder para podermos entendê-la e pra^i-
cã-la.
Deus não fala coisas que não podemos cumprir. Por que, então, falhamos
em cumprir a Palavra escrita, a Bíblia? Porque, apesar da Bíblia ser a Pa-
lavra escrita de Deys, existem muitas interpretações humanas e distorcidas.
Precisamos receber a Palavra pelo Espírito, e ele mesmo vai iluminá-la e
dar força e gozo para cumpri-la e levar outros a cumpri-la também. Isto é o
evangelho. São as boas novas de que agora podemos cumprir a Palavra pelo
Espírito. Mas geralmente a Palavra de Deus não tem sido boas novas — a
maioria dos cristãos acha que nunca conseguirá cumpri-la. Ela tem sido ape-
nas um caminho para o céu — um seguro contra o fogo do inferno. Ao invés
de pensarmos que a misericórdia de Deus dura para sempre, pensamos que a
misericórdia de Deus é dura para sempre. Porém, nestes dias Deus vai res-
taurar sua palavra e as boas novas do evangelho. Muitos estão sendo chama-
dos para buscar esta restauração. Esta é uma vocação celestial. (Se quiser
entender sobre a restauração da palavra peça as apostilas "A Restauração da
Palavra", Parte I e II.)

-16-
Note que o versículo 3 fala "esforçando-vos". Isto não significa agir
com esforço próprio, mas esforçar para continuar no Espirito — andando no
Espírito e produzindo seus frutos. Os versículos 2 e 3 são uma exortação
dada pelo Espírito e por isso temos que recebe-la no mesmo Espírito. Não
adianta tentar fazer uma nova resolução para cumprir a Palavra de Deus. "De
agora em diante serei humilde e manso a todo momento." Logo falharemos e
ficaremos decepcionados conosco mesmo. Mas se ouvirmos esta exortação no
Espírito e procurarmos diligentemente andar no Espírito, teremos força para
,obedeeer a Palavra.
E preciso ter fé na Palavra, e a fé só vem depois do fracasso de nossas
forças. Graças a Deus pela lei que nos leva ao desespero por não conseguir-
mos cumpri-la. Neste momento deixamos Deus operar e misteriosamente nossa
fé nele começa a crescer. As vezes alguém busca uma cura por anos a fio e
nada acontece. De repente fica totalmente desesperado e recebe fé para ser
curado.

HUMILDADE

A primeira característica de um andar digno é humildade. Interessante


que humildade não esta mencionada na lista de Gaiatas 5, mas ê o primeiro
fruto do Espírito citado em Efésios 4:2.. .Isto significa que não precisamos
limitar os frutos do Espírito a nove. E o mesmo é válido em relação aos
dons. Por exemplo, em l Coríntios 12:8-10 encontramos nove dons, mas exis-
tem outras passagens que se referem a outros dons(Rm 12:6-8; l Pé 4:10,11;
Ef 4:8-11; l Co 12:28-30). Esta é uma grande decisão de hermenêutica (co-
mo interpretar a Bíblia) — será que existem só nove frutos e nove dons, ou
Deus tem flexibilidade sobre estas coisas? Não podemos discutir este assun-
to agora, mas acho interessante o fato de humildade não estar entre os nove
frutos de Gaiatas 5 e ser o primeiro requisito de Paulo em Efésios 4. Pes-
soalmente, apesar de considerar o número nove significativo,, penso que não
devemos ser inflexíveis na interpretação da Palavra,isto limita Deus e Deus
não. gosta de ser limitado. i' ..
Talvez o motivo de Paulo não colocar humildade na lista de Gaiatas 5
é porque no grego humildade e mansidão são intimamente relacionadas. As du-
as palavras são quase sinónimas. Talvez ele não quisesse incluir vários si-
nónimos em Gaiatas 5, mas em Efésios 4 aparecem as duas palavras e humilda-
de vem em primeiro lugar.
Humildade é a primeira característica porque é o alicerce para receber
e desenvolver os outros frutos do.Espírito. É muito perigoso entrar na vida
do Espírito sem humildade.Humildade expressa à natureza de Jesus assim como
orgulho expressa a natureza de Satanás. Andar no Espírito é andar com a na-
tureza de Jesus e isto começa com humildade.
Vamos ver várias Escrituras sobre humildade para entender como andar no
Espírito.
Is 57:15 (Versão da Imprensa Bíblica Brasileira). Isaías enfatiza o es-
pírito — "humilde de espírito", "vivificar o espírito dos humildes". O es-
pírito opera no coração e é ele que concede humildade.Ha um espírito humil-
de e um espírito de orgulho. Portanto, Deus habita no céu e também no cora-
ção humilde e contrito.
Pv 29:23. Aqui não vemos a mesma eloquência de Isaías, mas mais uma vez
vemos que a humildade esta no espírito.. Não podemos produzir'humildade mas
temos que possuir um espírito humilde. '
Mt 5:3. O significado da palavra "humilde" aqui é "pobre", no entanto
ambas as palavras tem o mesmo sentido — o pobre é humilde. Temos de nos
abaixar para herdar o reino dos céus. Note a ênfase np "espírito".
Mt 23:12. Esta é a fórmula ou lei do reino dos céus que Jesus deu quan-
do estava na terra.

Is 14:12-15. Esta é a famosa passagem a respeito de Satanás. Isaías usa

-17-
a figura do rei de Babilónia para falar sobre a queda de Lúcifer. Os reis
da terra representam as potestades espirituais. Nesta passagem temos o re-
sumo da carreira de Satanás que breve será cumprida. Por causa do orgulho
ele quis subir o mais aito-possível para ser semelhante ao Altíssimo. V.15r
Contudo serás precipitado par a o reino dos mortos,no mais profundo abismo."

Satanás incita o mesmo desejo em nós para subir. O homem sempre quer
subir e adquirir fama. As vezes 'uma mãe prepara a filha desde criança para
ser uma artista famosa; e no auge de sua carreira ela morre com excesso de
drogas ou coisa semelhante, e vai para o inferno. A história de Satanás —
sua subida e queda — está sempre se repetindo entre os homens.

Ef 4:8-10. Aqui vemos o caminho de Jesus Cristo que é totalmente con-


trario ao caminho de Satanás. Ele desceu dos céus, deixando toda glória que
tinha com o Pai, para habitar na terra sem ter um lugar para reclinar a ca-
beça. Foi crucificado como um criminoso e então desceu até as regiões infe-
riores da terra — que e o inferno. Este não deve ser um lugar agradável
para se estar, mas Jesus foi até lã. E o que aconteceu no terceiro dia? Ele
ressuscitou! Jesus cumpriu em sua própria vida esta lei do reino de Deus —
a si mesmo se humilhou e por isso Deus o exaltou. Na ressurreição ele subiu
das regiões inferiores para a terra e depois na sua ascensão subiu acima de
todos os céus, para encher todas as cousas (v. 10). Esta é a mensagem da
Palavra de Deus. Se podemos entende-la pelo Espirito estamos andando dignos
da vocação.

Mt 11;29. Novamente as palavras "manso" e "humilde" aparecem juntas.Por


que Jesus nos convida a ir a ele (v.28)? Para aprender mansidão e humildade
junto com ele. Humildade e mansidão fazem parte da natureza de Jesus, por
isso o Espirito de Jesus quer produzi-las em nós.
Fp 2:5-11. O mesmo processo de novo — Jesus tomou a forma de homem, se
humilhou até a morte de cruz e por isso foi exaltado sobre todo nome.Porque
provou o caminho da humilhação todo joelho se dobrará e toda língua confes-
sará o seu senhorio(v.10).

l Pé 5:5,6. Se queremos receber a graça de Deus precisamos servir, pois


ele só dá graça aos humildes. Quem quiser ser exaltado por Deus terá de
passar pelo processo de humilhação.

Em resumo,andar no Espírito é andar na natureza de Jesus que é humilde.

Cl 3:12-14; Ef 4:2,3. Para concluir este assunto vamos comparar estas


duas passagens que são paralelas. Vimos em Efésios que andar de modo digno
é andar no Espírito produzindo os seus frutos, pois os versículos 2 e 3 de
Efésios falam sobre humildade,mansidão, longanimidade, amor, e paz; e estes
são alguns aspectos do fruto do Espírito de Gaiatas S.Colossenses 3:12 diz:
"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deusf santos e amados, de ternos afetos
de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade."
"Eleitos" se refere a vocação — ser escolhido, chamado, separado. "Santos
e amados" é o propósito da vocação, ou seja, para ser santo em amor. E qual
é a exortação de Paulo aos eleitos de Deus? Eles devem se revestir de ter-
nos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de lon-
ganimidade. Todas estas características são frutos do Espírito, incluindo
humildade. Portanto, revestir é a mesma coisa que andar no Espírito produ-
zindo os frutos do Espírito. Tanto em Efésios quando fala "andar" como em
Colossenses quando fala "revestir", Paulo está enfatizando a prática da Pa-
lavra de Deus.
Prosseguindo na comparação destas duas passagens vamos nos ater agora
ao versículo 3 de Efésios 4 e aos versículos 14 e 15 de Colossenses 3. Note
as duas seguintes expressões:
"... a unidade do Espírito no vínculo da paz" (Ef 4:3).

"... o amor, que é o vínculo da perfeição (Cl 3:14 — e o versículo 15


inclui paz também).

-18-
O amor e o vínculo da perfeição e a paz ê o vínculo da unidade. Efésios
fala sobre paz em relação ã unidade do Espírito. Colossenses fala sobre paz
em relação ã unidade do corpo — "... a paz de Cristo... â qual também fos-
tes chamados em um só corpo..." (v.15). A paz é o vínculo, ou seja, o elo
que liga os que estão no Espírito. À unidade produz paz e paz produz unida-
de. E impossível ter paz sem unidade do Espírito e é impossível ter unidade
do Espírito sem paz.

UNIDADE DO ESPÍRITO X UNIDADE DA FÉ

EfEsios 4:3 diz que devemos nos esforçar dí Ingentemente para preservar a
unidade do Espíritp.No grego fala:"Usando de diligencia para guardar a uni-
dade do Espírito". Não precisamos procurar a unidade do Espírito mas pre-
servá-la, guarda-la, porque a unidade I um fato do Espírito. Se vamos guar-
dar alguma coisa, é porque já a temos. Se temos o Espírito, temos unidade,
porque o Espírito não esta dividido — ele é unido. Se entendermos isto va-
mos preservar a unidade que o Espírito já tem em si mesmo.

O capítulo 4 de Efisios se refere a dois tipos de unidade: unidade do


Espírito no versículo 3 e unidade da fé no versículo 13. Nossa vocação co-
meça com unidade do Espírito e termina com unidade da fé. Esta ordem é de
suma importância — a unidade da fé nunca deve vir em primeiro lugar. Toda
igreja que começa com unidade da fé termina em confusão e divisão. Os lí-
deres estabelecem suas doutrinas e só têm comunhão com aqueles que concor-
dam com eles. "Você crê nisto ou não?" "Crê no batismo por aspersão ou por
imersão?" "Crê na trindade ou só em Jesus?" "Que você acha disto?" Se dis-
cordar em um ponto a pessoa está fora da comunhão. Este é o processo do ho-
mem. Mas o processo de Deus é começar com unidade do Espírito para chegar ã
unidade da fé. Se procurarmos o Espírito de Cristo em cada um e guardarmos
a paz nessa base, terminaremos com unidade da fé, ou seja, em um sõ corpo.
Começa com um só Espírito e termina com um só corpo. Este processo de uni-
dade é baseado no Espírito e na Palavra(na fé). O processo termina com a
unidade da Palavra mas ê preciso inicia-lo no Espírito.

Portanto, temos que procurar diligentemente guardar o que temos em uni-


dade. Cada um que pertence a Cristo, tem o Espírito de Cristo. Precisamos olhar
para o Espírito que está em cada um e preservar e cultivar o que temos no
Espírito. Se procurarmos guardar a unidade da fé sem ter unidade do Espíri-
to, teremos doutrina sem realidade. Por exemplo, posso falar "Paz do Senhor"
sem transmitir paz nenhuma. Mas se procurarmos preservar a unidade do Espí-
rito vamos achar Cristo, a palavra viva, e chegar a unidade da fé.

Outra maneira de ver este processo é substituir o termo "unidade da fé"


por "unidade do corpo de Cristo". De que adianta começar com a unidade do
corpo de Cristo sem ter a unidade do Espírito de Cristo?Se falamos: "Nós
somos o corpo de Cristo nesta cidade", não temos o Espírito de Cristo, por-
que estamos excluindo os outros irmãos da comunhão com Cristo. Isto não é
unidade do Espírito. Precisamos preservar a unidade do Espírito para produ-
zir a unidade do corpo. Se começarmos com doutrina teremos divisão. Se co-
meçarmos com amor (de Deus e não de homens) teremos união.
Outro fator importante é humildade. Se andamos dignos da vocação com
toda humildade estamos prontos para prosseguir rumo ã unidade do corpo. Se
procurarmos unidade do Espírito com humildade, iremos achá-la. Uma pessoa
humilde tem união com qualquer membro do corpo, com qualquer pessoa que
tem Jesus. "Se ela tem o mesmo Espírito que eu, posso ter comunhão no Espí-
rito com ela e assim guardar a unidade do Espírito." Mas se ao invés disto
procurarmos a unidade da fé, perderemos tudo; pois mesmo tendo o Espírito
de Jesus basearemos nossa unidade em outras coisas e não no Espírito. Vamos
discutir e ficar irados, e não chegar a lugar nenhum. Tudo isto porque es-
tamos procurando a unidade da fé antes da hora. Primeiro vem a unidade do
Espírito, depois a unidade da fé.
O aspecto que gostaria de enfatizar é que nós temos o Espírito. E se

-19-
temos Q Espírito (Jevemos guardar a unidade dele. Geralmente não conseguimos
entender isto. Para nos é mais fácil entender unidade na base do que cremos
ou não. Sabemos que cada um tem o Espírito, mas não entendemos que é o mes-
mo Espírito.Portanto, se deixarmos de olhar para a doutrina em si, e olhar-
mos para o Espírito de CrisÇo etn cada vida, veremos que já temos unidade e
por isso devemos preservá-la. O Espírito em si tem o potencial de unidade,
mas enquanto não o reconhecermos em cada pessoa não teremos a unidade em rea-
lidade. Para ter unidade do Espirito precisamos reconhecer que o Espírito
que habita em nos é o mesmo que habita em nosso irmão. Isto faz com que as
outras coisas se tornem insignificantes.

Sem andar no Espírito não ha possibilidade do corpo ser restauradora


sua verdadeira união. Qualquer obra ou movimento de "restauração" que não
começa com esse andar no Espírito em humildade, mansidão, guardando a uni-
dade do Espírito, acabará produzindo apenas mais uma denominação. Se quere-
mos uma igreja do Novo Testamento temos que ter homens do Novo Testamento,
que andem no Espírito, com a natureza de Jesus — em humildade.

l Co 12:4,7-11. Paulo enfatiza que há um só Espírito. Os dons são di-


versos mas o Espírito é o mesmo(v.4). Há muitas manifestações mas um só e o
mesmo Espírito opera todas as coisas(v.11). Em Efésios 4 Paulo está falando
sobre andar no Espírito produzindo os seus frutos. Para andar no Espírito é
preciso guardar a unidade do Espírito, pois é o mesmo Espírito que realiza
todas as coisas.

Fp 2:1-4. O versículo 2 i a mesma exortação de Efesios 4:3 em outras


palavras. Ele representa a unidade do Espírito — pensando a mesma coisa,
tendo o mesmo amor,sendo unido de alma, tendo o mesmo sentimento. E os ver-
sículos 3 e 4 são os frutos do Espírito resultantes de um andar no Espírito.
P próprio andar no Espírito leva-nos ã unidade da fé. E impossível achar o
corpo de Cristo sem andar no Espírito. Ao invés de procurarmos o corpo de-
vemos procurar o Espírito e guardar a sua unidade — desta forma o corpo
vai aparecer.

PERGUNTAS PAR* REI/ISJ0

01. Como podemos andon. dignou do. vocação de.


02. Qual a di^eAmca e.ntne. "viveA. no E&pínito" e. "andaA no
03. QuaiA -óão 04 duaò alteAnativai\ tieApondeAmoA ao chamado de. Peaá?
04. Qual a única que. funciona?
05. ?oi que. a giaca de. Peaá 40 opeAa atAavéá do
06, Qual é. a pfiova de. que. entorno* ke.alme.nte. optando peJLa alteAnativa da
giaca de. Peita?
07. POA que. Peão deu a .óua leÀ, me^mo Aabe.ndo que. ncnpuem c.ont>e.a,uÂAÁa che.qa>i
a eJie. apiavéá de.£a?
0&. Como o pttohtejma da lacuna e.ntAe. Peão e. o homem que. é H.e.ve.lada pe.la leÂ.
e ieAolv<ido peJta g>iaç.a?
09. Se ainda eAtamoA te.ntan.do atandeJi ao chamado de. Peão em no&&aí>
foiçai, o que. podemo-á concluiu àobtie. no-i-òo ieJtacioname.nto com Peão?
70. Qual e a p>iova de que. eAtamob ouvindo uma palavra din.etnme<nte. de. Peão
pe£p EApZiito?
H. ?on. qua. a Palavia -4 em o E.ápZtcío não ptioduz neAultadob m no^-óai vidão?
12. Vou que. o e.vange.lko hoje. não -ião ^ie.alme.nte. "boai, nova&"?
13. Que tipo de. eò^o^ço devemo-6 faizoA. vota andaAmoA diano* da vocação?
14. Qual e um do& maio AU <unpe.dime.nto& ã •(,$. na PalavAa de. Peão? Como pode.
Aemovido?

-20-
75. Vou que. Pauta ,co£oca hmttda.de. como o ptumeÂmo tequiAÍto paxá anda*.
digqo da vocação?
16. Qual e. o leAumo çla cavieÀÂa de. Satanâò?
17. Qual e. o JiejtMó da 'cÀAsi&itta de. Je*u&?
18. Como nÕt podeA-emoÁ Ae,guÂt o exemplo de.
19. Vou que. não pie.cÂ4mo& buscou. a unidade, do
20. Po/i que. não podemos comaçaA a notta vocação com a unidade, da
21. Como Peiu que*, que. alcanc.emo4 a unidade, da
22, Po*, que. a unidade, do toipo de. ChÀÁto é. praticamente, o último item no
de. Veta?
23. Vou que. múJbob movimento* de. "leAtausiação" têm úsiaca&Aado? (Vê. a
rieAte. c.onte.vtô de. unidade, do t&pbiLto e. unidade, do cotpo. )
24. Vou que. a humildade, é eÂ4ential pana Qwvidan. a unidade, do
25» Po/i que. temo* tanta di£i.c,uldade, em guando* a unidade, do
26. Qual a única maneÁJia que. o co/tpo de. C^i&to podestá apate.c.eA unido e,
na

-21-
, j
SEGUNDA PARTE: O DESVIO SOBRE O CORPO (W. 4-16)

V. 4: Ha somente um aorpo e um Espevito3 como também fostes chamados numa


só esperança da vossa vocação...

Temos neste versículo o início de um grande desvio de Paulo. Ele vinha


faiando sobre andar no Espírito produzindo os seus frutos, guardando a uni-
dade do Espírito, e de repente desviou o assunto como que dizendo: "Espere
ura momento! É maravilhoso reconhecer- que há somente um Espírito mas é ne-
cessário saber uma outra coisa também: Há somente um corpo!" Quando se tra-
ta do assunto completo não se pode falar do Espírito sem falar do corpo.A
unidade do Espírito exige que se fale sobre a unidade do corpo. É impossí-
vel andar no Espírito apenas num nível individual sem ter nenhuma ligação
ou entendimento do corpo. Por outro lado também é impossível entrar no cor-
po ou se relacionar com ele sem andar no Espírito, fi um programa sem fim e
sem começo — tem que andar no Espírito para andar no corpo, e tem que an-
dar no corpo para andar no Espírito.
Paulo tinha terminado de dar a visão e agora neste capítulo estava co-
meçando a falar sobre a parte pratica, o dia a dia, o "andar". Quando, po-
rém, topou na unidade do Espírito ele desviou treze versículos para
falar sobre a visão gloriosa do corpo de Cristo. Temos que ter a prática
mas não podemos nos esquecer do alvo, da vocação, do propósito desta práti-
ca. Não podemos nos contentar em preservar a unidade do Espírito e depois
aguardar passivamente a vinda de Jesus como o próximo item no programa de
Deus. Qual o objetivo da unidade do Espírito? Chegar â unidade do corpo. Há
um sÓ Espírito. Muito bem. Mas há um sÓ corpo também. fi maravilhoso receber
exortações sobre andar no Espírito, em humildade e quebrantamento, reconhe-
cendo que temos muitos irmãos em outras denominações com o mesmo Espírito,
no entanto isto não é o suficiente. Deus nos deu o seu Espírito para atra-
vés de andarmos nele chegarmos a ser um corpo. Temos que ter esta visão
mesmo que não chegamos à unidade da fé ainda.
Ha três coisas importantes neste versículo: um corpo, um Espírito e uma
só esperança da nossa vocação. Nunca entendi porque Paulo falou sobre a es-
perança da nossa vocação nesse contexto. Depois do nosso estudo sobre voca-
ção, comecei a compreender a lógica dele. Nossa vocação e entrar no corpo
pelo Espírito Santo. Deus nqs chamou para andar na unidade do Espírito ago-
ra, para alcançar a unidade do corpo depois. E porque isto aiúdá não foi
realizado nossa vocação é uma esperança. O corpo e o Espírito unidos são
uma esperança. A esperança é realizar o mesmo corpo com o mesmo Espírito.
Ninguém gosta da ideia de um espírito sem corpo — faz-nos lembrar um
fantasma. Quando os discípulos viram Jesus ressurreto não viram um espíri-
to, mas um corpo ressurreÇo. Jesus falou: "Apalpai-me e verificai, porque
um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho... Tendes aqui
alguma coisa que comer?... E ele comeu na presença deles"(Lc 24:39-43). En-
tão, Paulo ao falar sobre a unidade do Espírito não pôde deixar de falar
sobre a unidade do corpo. Há um sÓ corpo e um só Espírito e estas duas coi-
sas funcionando juntas são a esperança da nossa vocação. S uma esperança
porque pela fé vamos andar no Espírito para entrar no mesmo corpo. E este
corpo é Jesus e #ste Espírito é Jesus. Nossa vocação e entrar no mesmo cor-
po e no mestaç Espírito, e assim ser participantes da divindade.
Jo 17:21-23. Deus quer ter a inesma unidade com seu povo que ele já tem
com seu Filho através do Espírito Santo. A glória é comunhão, a união entre
o Pai e o Filho, produzindo o Espírito Santo que nos leva à mesma glória. O
Espírito Santo não é só para curar,.profetizar, evangelizar — é para levar-
nos ao corpo de Cristo, ã plena comunhão com Deus, recebendo assim a glória
que Jesus tem com o Pai. Aleluia! Não existe outra alegria maior neste mun-
do do que ter comunhão com o Pai. É como voltar para casa e encontrar as

-22-
luzes acesas, a mesa do jantar pronta, e todos felizes ao redor da mesa
porque para sempre terão o Pai junto com eles.

UMA PROGRESSÃO NO PLANO DE DEUS

1) DEUS É A PALAVRA.

Jo l si: "No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o


Verbo eva Deus." As Testemunhas de Jeová não gostam deste versículo. Eles o
modificaram dizendo que o "Verbo era wn Deus". Mas a Bíblia fala claramente
que o Verbo é Deus. Que é o Verbo? A Palavra. Se o Verbo é Deus e a Palavra
é o Verbo, podemos dizer, então, que a Palavra ê Deus.

2) A PALAVRA SE FEZ CARNE OU DEUS SE FEZ HOMEM.

Jo 1:14: "E o Verbo(a Palavra) se fez carne, e habitou entre nós,cheio


de graça e de verdade..." Jesus é a Palavra de Deus, que se fez carne, ou
seja, tornou-se homem. A Palavra se tornou visível.

3) O HOMEM SE FEZ ESPÍRITO.

2 Co 3:17: "Ora o Senhor(Jesus) i o Espirito..." Deus é Espirito (Jo


4:24) e é a Palavra. Deus que I Espírito e que é a palavra viva, invisível,
tornou-se homem, ou seja, tornou-se visível. Este homem é Jesus que se fez
Espírito. Jesus morreu, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia. Depois
subiu eorporalmente aos céus e encontrou com o Pai que é Espírito e mistu-
rou seu Espírito de homem-Tfeus com o Espírito de Deus. É este Espírito de
homem-Deus que foi derramado no dia de Pentecoste sobre a igreja. Então,
ao ser glorificado Jesus, o homem, se fez Espírito e desde o dia de Pente-
coste temos a sua vinda no Espírito(Jo 7:39; At 2:32,33). Ele se tornou
Espírito para entrar no coração de todo homem que nele crê. Quem cré que
ele se fez homem, morreu e ressuscitou, recebe o Espírito deste homem-Deus
dentro de si.(Se quiser estudar esta mesma progressão com mais detalhes,ve-
ja a apostila "A Restauração da Palavra" Parte I,paginas 26-34.Sobre a mis-
tura do espírito do homem com o Espírito de Deus através de Jesus,vêj a a
segunda apostila desta série de Efésios, paginas 48,49.)

O entendimento disto deve produzir temor em nós. Não é brincadeira.' Se


temos o Espírito temos a pessoa de Jesus dentro de nós. O Espírito não é só
para nos fazer cantar, curar, evangelizar e levar-nos ao céu. Ele não é uma
sensação ou emoção gostosa — é Jesus em nós. O mesmo Jesus que andou pelas
estradas de Jerusalém, Judéia e Samaría habita em nosso coração pelo Espí-
rito (Jo 14:17,18).

4) O ESPIRITO ESTA NO CORPO.

Note a progressão através de cada item. A Palavra é Deus e ela se tor-


nou homem. O homem se fez Espírito e todo homem que recebe este Espírito
forma o corpo. Portanto.,, este homem que era visível (encarnação) se tornou
invisível (ascensão) e depois se tornou visível de novo(Pentecoste)porque o
Espírito esta no corpo.
O Espírito foi derramado para habitar no corpo. Jesus morreu e ressus-
citou e o seu Espírito de homem misturou-se com o Espírito de Deus e foi
derramado sobre nós. O homem Jesus não podia habitar em cada vida. Ele pre-
cisou tornar-se Espírito para morar em nós. Portanto, temos o Espírito do
Deus-homem que pode habitar no corpo. Corpo sem Espírito lembra-nos um ca-
dáver e o Espírito sem corpo ê muito perigoso. Por isso Paulo falou "há um
só corpo e um só Espírito".
5) O CORPO É A MANIFESTAÇÃO DE DEUS NO MUNDO.

O Espírito que está no corpo é o Espírito de Cristo; então esse corpo é


o corpo de Cristo.A união do corpo com o Espírito é a manifestação de Deus,

-23-
pois o corpo e de Jesus Cristo e Jesus é Deus. O corpo é a manifestação do
Deus invisível no mundo visível. Deus sempre quis manifestar a sua glória,
e ele a manifesta através do corpo. Portanto, este corpo de Cristo que tem
o Espírito de Cristo manifesta a plenitude de Deus no mundo. Cristo habi-
tando no corpo leva o corpo a manifestar Deus. A importância disto levou
Paulo a afirmar que existe somente um corpo e um Espírito. Um sem o outro é
muito perigoso — dá lugar a espíritos enganadores. Mas há um sõ Espírito
de Deus para morar num só corpo, e esta é a nossa vocação. A esperança da
nossa vocação I morar na casa de Deus — em um Espírito e um corpo, na es-
tatura do homem perfeito que é Cristo. Somos chamados para participar da
divindade, sendo participantes deste corpo.

BATISMO NO CORPO

l Co 12:12,13. Jesus se tornou Espírito através da sua morte e ressur-


reição para poder habitar num corpo de muitos membros. O corpo de Cristo é
um mistério que depende da habitação do Espírito no corpo — os dois ele-
mentos são necessários para ter Jesus vivo na terra.
V.13. "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo,
quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi da-
do beber de um só Espírito." Sem o Espírito não podemos ser batizados no
corpo e sem o corpo não podemos ser batizados. Uma pessoa não pode batizar
a si mesma. Materialmente falando somos batizados na água, mas espiritual-
mente falando somos batizados no corpo e no Espírito. Se temos o Espírito,
então fomos batizados no corpo, pois o Espírito só habita no corpo. As
pessoas precisam entender sobre o corpo antes de serem batizadas, porque é
o batismo que nos introduz no corpo.

O corpo e Jesus e o Espírito é Jesus. Se somos batizados em um sõiispl-


rito somos batizados no corpo. No batismo somos imergidos na água, e isto é
a figura da nossa imersão no Espírito e no corpo. E esse Espírito no qual
somos imergidos é Jesus, pois Jesus é o homem que se tornou Espírito. Se
somos batizados no Espírito que é Jesus, também somos batizados no corpo
que ê Jesus. Ser batizado no Espírito de Jesus é ser batizado no corpo de
Jesus. Estas coisas são difíceis de entender. Certa vez um pastor das As-
sembleias de Deus nos EUA tentou ajudar-me dizendo assim: "O ministro ba-
tiza a pessoa na água, Jesus a batiza no Espírito, e o Espírito a batiza no
corpo". Mas acho melhor entender que se somos batizados em um só Espírito
e o Espírito é Jesus, então somos batizados no mesmo corpo, porque o corpo
é Jesus. Aleluia! Batizados no Espírito de Jesus estamos batizados no corpo
de Jesus. Ê essencial entender isto porque não fomos batizados para ficar
independentes. Pelo batismo morremos para o mundo e nascemos no corpo de
Cristo. Não estamos mais soltos para fazer a própria vontade; agora fazemos
parte do corpo de Cristo.
A falta de entendimento destas coisas tem produzido muita desunião na
igreja. Infelizmente não temos um sÓ Espírito num só corpo — temos um es-
pírito em cada denominação. O movimento pentecostal, por exemplo, e o movi-
mento que mais enfatiza o Espírito Santo e é mais dividido que qualquer ou-
tro. O plano de Deus não é batizar no Espírito para dividir, mas batizar no
Espírito para entrar no corpo. Entrando no corpo pelo Espírito temos união
em Jesus para manifestar Deus no mundo. Este é o propósito de Deus e a es-
perança da nossa vocação — entrar no corpo pelo mesmo Espírito que é Jesus.
Por isso, precisamos entender esta progressão sobre o corpo e o Espírito.
Deus se tornou homem, este homem se tornou Espírito para habitar no corpo,
e assim este corpo vai manifestar Deus no mundo.

Ao dizer que há somente um corpo e um Espírito e uma só esperança da


nossa vocação, Paulo está dizendo que nossa vocação é entrar no corpo, isto
é, entrar em Jesus, o homem perfeito, pela unidade do Espírito. Não podemos
ter unidade do Espírito sem a espe;rança de entrar no mesmo corpo. Senão va-
mos ter uma unidade falsa — um ajuntamento herético ou uma união em qual-
quer espírito, menos o Espírito de Deus. A união no Espírito de Deus certa-

-24-
mente nos levara & união no corpo. Á união verdadeira é baseada em algo so-
lido — no Espírito e no corpo de Jesus.

SEM QUEBRANTAMENTO A UNIDADE DO CORPO NUNCA APARECERA

Quebrantamento e humildade são extremamente necessários para entrarmos


no corpo. Entrar no corpo implica em relacionamento com pessoas e pessoas
sempre trazem problemas. Sempre digo que o maior problema da igreja são as
pessoas. Seria melhor se pudéssemos ficar só no Espírito, louvando a Deus,
sem nos relacionarmos com ninguém, pois desta forma evitaríamos muitos pro-
blemas. Mas são exatamente estes problemas que produzem quebrantamento,pos-
sibilitando assim a entrad'1 do Espírito de Jesus no corpo. Precisamos des-
tes problemas para entrar :na unidade dó Espírito que nos levará ã unidade
do corpo. Por isso, bendita patrola cujo motorista é o Espírito SantoíA pa-
trola é necessária para destruir nossa vida a fim de que Deus possa recons-
trui-la.

Paulo queria que oscoríntios entendessem que há um só corpo.Eles enfati-


zavam os dons do Espírito mas tinham orgulho e divisões. Precisavam enten-
der que o batismo no Espírito implicava no batismo no corpo. Não se pode
valorizar o Espírito e desprezar o corpo. Por isto Paulo explicou que a di--
visão entre eles era a prova de que não estavam andando no Espírito e sim na
carne (l Co 3:1-4). O Espírito leva ã unidade do corpo porque é um, mas a
carne provoca divisão. Deus envia, a patrola para acabar com nossa carnali-
dade. Desta forma entramos no Espírito e temos união, pois como já vimos, a
unidade ê um fato do Espírito.

O mistério de Jesus é que ele não é apenas um Espírito, mas um Espírito


num corpo — uma nova humanidade, um novo homem. Isto significa que não de-
saparecemos para ficar só no Espírito, mas participamos de uma união práti-
ca, num corpo visível, de uma nova humanidade. Por isso, o fato do Espírito
estar no corpo é tão importante. Deus sempre foi Espírito, mas foi preciso
tornar-se homem e este homem tornar-se Espírito para estar no corpo. Isto
deu origem a uma nova humanidade(diferente da humanidade da carne, adâmica)
que tem uma nova maneira de se relacionar um com o outro no corpo.

O corpo não é apenas um grande mistério (a igreja universal, todos os


salvos de todas as épocas unidos de uma forma invisível e mística), ele re-
presenta uma prática diária no serviço, em casa, na escola, etc. O Espírito
de Jesus precisa se manifestar em nossas vidas práticas para que o corpo se
torne uma realidade visível. O Espírito é uma pessoa prática — ele atua em
nós tendo em vista nosso encaíxamento no corpo. Isto implica em relaciona-
mento com nossos irmãos no lar, na igreja e em qualquer lugar. O Espírito
nos leva a entrar no corpo e a guardar a unidade do Espírito, produzindo
assim a unidade do corpo. A visão disto deve nos animar diante das provas,
pois através dos problemas e humilhações nos ligamos mais ao corpo. Se en-
tendermos que esta é a esperança da nossa vocação iremos aceitar com mais
alegria os tratamentos de Deus em nossa vida.

As coisas do Espírito são profundas e a vida no Espírito complexa. Os


movimentos que mais enfatizam o Espírito deveriam estar manifestando mais e
mais a unidade do corpo — mas não estão. Parece que quanto mais recebem do
Espírito, ao invés de se humilharem, se exaltam. As pessoas tendem a se or-
gulhar pelos resultados dos seus dons e ministérios e acham que estão aju-
dando Deus a realizar sua obra. Estes ministérios têm até bons resultados —
curas, milagres, visões, numerosas conversões, grandes igrejas — mas não
estão produzindo a unidade do corpo.Cada pessoa começa um movimento em tor-
no do seu próprio nome, funda sua própria igreja, cria sua revista e assim
por diante. Porém, alguma coisa está faltando porque quando ouvimos aquele
ministério, pensamos mais no homem do que em Jesus — não sentimos aquela
doçura da presença de Cristo. No entanto, através de humilhação, quebranta-
mento, perdão e submissão aos tratamentos de Deus, experimentaremos a pró-
pria personalidade e natureza de Jesus, que nos levará a rejeitar todo or-

-25-
CU".LO e exaltação.Renome e um grande ministério não mais nos atrairão, por-
que entenderemos que é necessário sermos quebrantados e diiúinuidos para que
Cristo seja glorificado. Este espírito de humildade e quebrantamento trará
a presença de Jesus e formará o corpo, porque este e o Espírito de Jesus.
Ninguém tem condições de avaliar se uma pessoa orgulhosa tem ou não o
Espírito de Deus, mas e possível discernir algo anormal. Tenho presenciado
grandes ministérios de curas e campanhas maravilhosas que abalaram minha
vida. Mas depois comecei a ver muitas coisas perigosas e nada edificantes —
diiiheiro, fama, estadia no melhor hotel da cidade, o retrato da pessoa em
cada página de sua revista,etc. Isto me trouxe tristeza porque não vi o es-
pírito de Jesus e nem a unidade do corpo. Quando o mover do Espírito produ-
zir não apenas sinais e milagres mas humildade e submissão aos tratamentos
de Deus, então o corpo de Cristo aparecerá. O que vai formar Jesus na terra
e o espírito de humildade, que é fruto do Espírito. Por isso os quatro pri-
meiros versículos de Efésios 4 são essenciais no assunto da formação do
corpo e dos ministérios, pois descrevem o espírito quebrantado e humilde
que perdoa e suporta os irmãos em amor. Antes eu começava .T.S-:IK; T .só-.r:
os ministérios a partir do versículo 11, mas Deus me revelou que não adi.ir-
ta falar sobre apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres sem
primeiro entender estes quatro versículos. Os ministérios que edificarão o
corpo de Cristo terão o Espírito de Jesus que é humilde e quebrantado. A
operação do Espírito de Deus automaticamente formará o corpo de Cristo. Mas
como ele opera? Pela Palavra, e a Palavra nos exorta a humilhar e quebran-
tar. Vimos que Jesus desceu e Satanás quis subir. O corpo de Cristo será
formado pelo Espírito de Cristo que e humilde. O apóstolo ou profeta verda-
deiro terá o Espírito de Jesus que nunca quer elória para si. E Deus é
fiel para fazer esta obra, pois Jesus se tornou Espírito e esse Espírito
habitando em nós é totalmente capaz de produzir humildade e quebrantamento
em nós,

O Espírito e à própria pessoa de Jesus, mas o temos associado mais com


poder, dons e coisas que ele faz,do que com a sua pessoa. Enfatizando mais
os atributos do Espírito temos orgulho e divisão, porque Bordemos a pessoa
de Jesus. Por isso aos que disserem: "Senhor em teu nome fizemos milagres,
profetizamos e expelimos demónios", Jesus dirá: "Nunca vos conheci"(Mt 7:
22,23). Conhecer a pessoa de Jesus é diferente de realizar milagres.
Não estou dizendo que quem f-z estas coisas não tem o Espírito de
Deus, mas falta-lhe algo essencial — o caráter de Jesus. O equilíbrio en-
tre dons e caráter é uma linha muito fina.(Estude olivreto "Caráter e Dons".)
Neste ponto sempre teremos uma escolha — prosseguir para mais e mais po-
der ou passar pela cruz e quebrantamento. O caminho da cruz e quebrantamen-
to produzirá um fogo e poder verdadeiros que produzirão a unidade do corpo
e uma grande revolução no mundo. Através deste caminho, devagar mas inevi-
tavelmente, o corpo de Cristo será formado.

"... NO VINCULO DA PAZ ..."

Que possamos experimentar em nossa vida diária o processo de formar o


corpo de Cristo através da unidade do Espírito. Entendendo este processo
aceitaremos os tratamentos de Deus com mais esperança. Interessante que
Paulo falou "unidade do Espírito no vínculo da paz"(Ef 4:3).Se não cumprir-
mos o propósito de Deus em cada situação perderemos a paz. Mas se aceitar-
mos cada prova com humildade, receberemos paz e satisfação interiores. Des-
ta forma, transmitiremos paz aqueles que não a tem. Este é um ministério
maravilhoso porque a maioria do mundo não tem paz, só insegurança e medo.
Por exemplo, muitas pessoas não entendem a necessidade c\\- c-*.an.r.a ter
paz. Facilmente mentem a ela, inventam histórias cruéis como: "Se você não
obedecer,o bicho mau vai pegá-la". Estas coisas prejudicam muito uma crian-
ça, pois fazem com que ela cresça medrosa e insegura. Mas se falarmos so-
mente a verdade com ela, e lhe transmitirmos segurança, firmeza, e amor na
hora certa, estaremos construindo um alicerce permanente em sua vida. E se
pudermos transmitir paz a uma criança poderemos fazer omesmo com um adulto,

-26-
pois todos nós somos como crianças neste mundo. Portanto, podemos ser em-
baixadores da paz que o mundo não dá e nem tira.

A cada passo de nossa vida vamos ter uma escolha — humilhar, submeter
aos tratamentos de Deus ou rejeitá-los. Porém, se entendermos o propósito
da operação de Deus vamos nos animar e o poder de Deus crescerá em nós. As-
sim teremos mais e mais paz para transmitir ao mundo, e cumpriremos o pro-
pósito do reino de Deus que é transmitir paz. No entanto, a cada tratamento
de Deus temos que optar ou pelo nosso direito ou por procurar a paz. Um ho-
mem de Deus, fundador da JOCUM(Jovens com uma Missão), descobriu um princí-
pio fundamental — nós não temos direitos, não temos nada para defender. Pre-
cisamos ter fé que Jesus pode operar isto em nossa vida, pois faz parte do
Espírito do homem-Deus que habita em nós. Muitas vezes pensamos que nossas
justificativas vão defender a obra de Deus, mas estamos simplesmente defen-
dendo a nossa posição.Isto não edifica ninguém e não traz paz para nós ou
para outros.
Uma coisa precisa ficar bem clara: A operação do Espírito de Deus sem-
pre produz esperança, mas o espírito do inimigo tira nossa paz e esperança.
As vezes os tratamentos de Deus são duros, mas nos edificam interiormente e
nos deixam quase alegres. O método de Satanás é fazer com que nos defenda-
mos para perdermos a paz. E muitas pessoas espirituais caem nesta armadilha
do inimigo. Mas o método de Deus nos dá esperança e paz para compartilhar
com outros.

PERGUNTAS

07. Por que. Paulo começa a. ^alar sobre, o corpo no versículo 4?


02. Por que. não podemos enfatizar 4õ a prática da vida cristã?
03. POA. que. VauJLo ^ala sobre "uma. SÕ esperança da. nossa vocação" no con-
tex.to de. haver um só catpo e um Á õ Espirito?
04. Vou que. nossa uocação JL uma esperança?
05. Qual o alvo do ministério do Espirito Santo?
0ó. Cite. 04 aótco ponto* da progressão do piano de. Peão.
07. Qual 5 o objetlvo de. toda^esta progressão?
OS. Po*, que e. de suma Importância entendermos que na somente wn Espirito e.
que. este Espirito SÓ pocíe habitat em um corpo?
09. Como cornos batizadoÁ no co/tpo?
10. Poi que é. eMado pen&an. apenas em no&&a &atva$ao <indiv<iduat ao &e/mo&
batizadoA?
11. Que i&&uttadot> &ao produzido* quando fie.c.ebemo& oEbpZrúta mat> não enten-
demos Aobtie o c.oA.po?
12. Corno uamo4 atingi*. apeA^eÁta vanonítidade, a medida da eAtatusia compíe.-
ta de C&i&to, o novo homem?
13. Pai que é pefiigo^o tentou pfieÁeJvjafi a unidade, do EápZt^to 4em &aben
quat ê. a eópe/iawça da no&&a vocação?
14. Vou que quebrantamento e neceA&ã>ú.o pana o coipo &ex. ^ofmado na teAfial
15. Como que-biantamento é produzido em wo^áaó u^cíaóf
16. Por que podemos afirmar que Véus está -tão Interessadojem nossos rela-
cionamentos uns com os outros na vida tíÀJãrla como está em nossa adora-
ção a ele nas reuniões da Igreja?,
17. Que base temos na Palavra para crer que, e possível surgir uma nova so-
ciedade, que realmente pratique as leis do reino de Véus na vida dlána?
H. Como podemos passar pelos tratamentos de. Véus com mais alegria?
19. Por que os dons do Espirito sem o espirito de quebrantamento'e. humilda-
de não contribuem para a unidade, do corpo?
20. Por que não adianta ^alar sobre E^íslos 4'-11 sem entender. Eféslos 4:1-4?
21. Pol que a operação do Espirito em nossos dias tem produzido multo orgu-
lho e divisão?
22. Qual a relação entre, paz e a ^unidade do Espirito?
23. Como podemos transmitir paz às pessoas do mundo?
24. Vê. que maneiras diferentes podemos reagir aos tratamentos ou dlsclpli-'
nai, de. Véus?
25. Como podemos distinguir entre as repreensões de. Véus e. as acusações do
Inimigo?

-27-
O CORPO DE CRISTO E O MUNDO

Vamos meditar sobre ò corpo de Cristo e o mundo. Quando falamos sobre a


existência de "um só corpo e um sõ Espírito" estamos nos referindo â uma
coisa invisível — o Espírito -<- e outra visível — o corpo. Estas coisas
me levaram a pensar sobre este mundo que é visível e Deus que é invisível.

Gn 1:1-4. Vemos aqui a criação do mundo. O Deus invisível fez os céus


também invisíveis, e a terra que e sólida e visível (v.l). O Espírito do
Deus invisível pairava sobre as aguas visíveis(v.2)T Vv.3,4: "Disse Deus:
Haja luz, e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre
a luz e as trevas." A . luz é uma coisa boa, por conseguinte as trevas sne
más.Deus fez separação entre uma coisa boa(a luz)e uma coisa mã(as trevas).
Vemos nestes versículos os quatro elementos que os antigos diziam ser a ba-
se da criação: ar(çius), terra, fogo(luz) e água.

Jo 1:1-5. João começa seu evangelho fazendo um naralelo com Génesis


1:1. Sõ que Moisés escreveu "No princípio Deus criou os céus e a terra", e
João "No princípio era o Verbo". E o versículo 3 diz que todas as coisas
foram feitas por intermédio dele, do Verbo. Portanto, a diferença entre os
dois relatos sobre a criação é que João introduziu o Verbo, a Palavra de
Deus. Tudo (todas as coisas, o mundo) foi criado por meio desta Palavra que
estava com Deus e era Deus.

Vv, 4,5: "A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens. A luz res-
plandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela." Temos aqui
luz e trevas novamente. As trevas foram vencidas pela luz e por isso houve
.separação. No entanto, a luz aparece aqui de uma maneira diferente. Nele
(na Palavra) estava a vida, e a vida era a luz.

Hb 1:2,3: "... nestes últimos dias nos falou pelo Filho... pelo qual
também fez o universo... sustentando todas as cousas pela palavra do seu
poder..." Deus aviou todas as .;;. " sãs p; Io.: i..'.hr>,e sustenta tudo por ele tam-
bém. Ele é a palavra da vida, a luz que prevaleceu contra as trevas.

Hb 11:3: "Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de


Deus, de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem."
Aqui está bem claro que o mundo foi criado pela palavra de Deus. O dom de
milagres, é uma prova de como o invisível é superior ao visível. Ele traz o
invisível para o visível — transforma água em vinho, faz aparecer órgãos no
corpo, providencia alimento miraculosamente, etc. Não só no início da cria-
ção do mundo, mas até hoje, a palavra de Deus (invisível) pode criar emodi-
ficar as coisas visíveis.

•''... o visível veio a existir das cousas que não aparecem." O visível
(o mundo) foi feito pelo invisível (Deus). Estamos estudando estas coisas
para entender porque Deus fez algo visível e descobrir o que é esta coisa
visível. Os filósofos antigos e muitos modernos crêem no panteísmo
("pan" — tudo, "teísmo" — Deus) -- Deus e a criação são idênticos, o mundo
é Deus. Além disso eles e talvez inconscientemente a maioria dos habitantes
da terra pensam que o mundo e eterno; salvo algumas mudanças tudo permane-
cerá para sempre. Para os panteístas o mundo não pode acabar porque é Deus
e por isso cultuam a criação. Mas a Palavra de Deus diverge totalmente des-
ta filosofia.A Bíblia mostra que Deus aviou o mundo — ele não é o mundo —
e que ele fez isto através da sua Palavra que é ele mesmo. Só através desta
Palavra, Cristo, o Filho de Deus, podemos ver Deus na criação, pois ele é o
meio pelo qual todas as coisas foram criadas.

2 Pé 3:5-7. Pedro confirma que os céus e a terra foram criados pela Pa-
lavra, são preservados (entesourados) pela Palavra e serão destruídos pela
mesma Palavra.

Rm 1:20. Os atributos invisíveis de Deus são claramente visto desde o

-28-
princípio pelas coisas visíveis criadas por ele. O mundo não é Deus mas po-
de manífestá-lo.
Rm 11:36: "Porque dele e por meio dele e para ele são todas as cousas."
Tudo veio de Deus, ç. sustentado por Deus e existe '-ara Deus.

Cl 1:15-19. O versículo 15 refuta a filosofia panteísta que diz que o


mundo é a imagem de Deus. Cristo é a imagem de Deus. Então a chave para en-
tender a ligação entre Deus e o mundo é Cristo, pois Deus criou o mundo por
meio de Cristo que é a sua imagem.
É muito perigoso adorar algo que não seja Deus. Quando isto acontece
há abertura para que um espírito contrário a Deus domine a pessoa através
do objeto adorado. Se adoramos a criação somos dominados por um espírito
que opera por meio daquilo que adoramos, mas se adoramos a Deus somos li-
vres porque Cristo e superior a todas as forças e demónios.
Satanás é o príncipe deste mundo e está sempre fazendo uma lavagem ce-
rebral nas mentes das pessoas para que dêem valor ao mundo em si, para que
busquem as suas coisas e se conformem com o seu sistema. Mas se o homem
adorar o mundo e as suas coisas, logo será dominado por outros espíritos. O
Espírito Santo é um só mas há milhares de espíritos falsos. Há espíritos de
luxúria, de religiosidade, de braveza, de sujeira e de idolatria. Sempre
penso que existem duas religiões — a verdadeira revelação de Jesus Cristo
e o espiritismo. Toda religião que não é dominada pelo Espírito de Jesus o
é por outros espíritos. O catolicismo, por exemplo, e cheio de espiritismo.
Através do culto aos santos e ídolos, espíritos falsos são liberados para
operar. No entanto, a salvação verdadeira vem por meio de Cristo — o
Logos, a Palavra de Deus que salva o homem criado a imagem de Deus.

Ha uma diferença entre a maneira que Cristo manifesta Deus e a maneira


que a criação manifesta Deus. A criação manifesta Deus mas não é a sua ima-
gem. Jesus e a imagem de Deus e foi por meio dele que a criação veio a exis-
tir. Cristo não somente revela Deus, mas ao mesmo tempo ê Deus.

V.15: "... o primogénito de toda a criação..." Cristo é o primogénito


porque nasceu — ele não foi criado.Ele e antes de toda a críaçao(v.17). Te-
mos visto três elementos até agora: Deus (invisível), o mundo (visível) e a
chave que liga os dois: a Palavra, Cristo, o Filho de Deus. O mundo não é
Deus mas foi feito através da Palavra que é Deus. Esta Palavra que é a ima-
gem de Deus criou, sustenta, e é o alvo de todas as coisas criadas(v.16).

V.18: "Ele é a cabeça do corpo, da igreja". Vemos aqui a introdução de


um outro elemento. Esta Palavra que liga o Deus invisível ao mundo visível
tem um corpo.' A igreja são as pessoas chamadas para f ora do mundo para cons-
tituir o corpo daquele que fez todas as coisas e por quem todas subsistem.
Isto explode nossas mentes.' Se Cristo manifesta Deus, o corpo dele também
tem esta função.

Vamos revisar rapidamente os cinco princípios da progressão(vêj a pági-


na 23) sobre o corpo e o Espírito para entender melhor o que é o cor-
po de Cristo.Vimos que Deus é a sua Palavra, e essa Palavra se tornou homem
ou se tornou visível.Depois este homem visível, gerado pelo Deus invisível,
se tornou Espírito, ou seja, se tornou invisível novamente. Mas depois vol-
tou a ser visível,pois o quarto princípio é que o Espírito habita no corpo.
Finalmente, este Espírito, que é Jesus, habitando no corpo manifesta Deus
no mundo. O corpo é a manifestação de Deus no mundo. Podemos concluir, en-
tão, que neste mundo visível existe algo visível que representa o invisí-
vel. E este al^o visível ê o corpo de Cristo onde habita o Espírito desse
homem que é a Palavra que é Deus. Portrirto, o corpo de Cristo é a manifes-
tação visível do Deus invisível.
Cl 2:9,10. O versículo 9 confirma Cl 1:19 — em -"r i R--.o habita
earpoTatmente toda a plenitude da divindade. Toda a divindade habita em
Cristo e conseqUentemente em seu corpo. E o corpo é formado de muitos mem-
bros, que são chamados para fora do mundo.

-29-
V.10: "Ele ê o cabeça de todo principado e potestade." Alem de ser o
cabeça da igreja, Cristo é o cabeça de todo principado e potestade. Isto
significa que sua autoridade não é somente sobre a igreja mas sobre todas
as coisas. Precisamos crer na Palavra de Deus e receber esta autoridade pa-
ra dominar todos os espíritos imundos. A sua autoridade é nossa pois faze-
mos parte do seu corpo.

Ef 1:10. No fim toda a criação vai convergir naquele que a__criou no


inicio — Cristo. Deus quer usar a mesma Palavra que deu origem às coisas
para terminá-las. Tudo começou com a Palavra e tudo terminará com a mesma
Palavra.

Ef 1:22,23: "E pôs todas as cousas debaixo dos seus pis..." "Seus pés1
se referem ao corpo de Cristo(a igreja), pois todo corpo tem pés. A igreja
e o corpo de Cristo e debaixo dos seus pés todas as coisas serão sujeitas^
E todas as coisas estando sujeitas a igreja, estão sujeitas a Cristo que ê
o seu cabeça que por sua vez sujeitará tudo a Deus. No fim tudo voltará pa-
ra Deus.

V.23: "... a qual (a igreja) e o seu corpo, a plenitude daquele que a


tudo enche em todas as cousas." O plano de Deus é fazer com que através da
•igreja Cristo seja tudo em todos. O corpo é a plenitude de Cristo que cum-
pre_ ou enche tudo em todas as coisas. Todas as partes de todas as coisas
serão cheias de Cristo. No plano de Deus Cristo será tudo em todos através
do seu-aorpo>--a igreja. Podemos ver, então, a seguinte progressão:

DEUS (invisível)

CRISTO (invisível)

A IGREJA (visível)
(o oorpo de Cristo)

TODA.A CRIAÇÃO (visível)


".as' .QQÍS,CÍ.S .nos .àê.us e na tevra)

l Co 15:24-28. Temos aqui o final da história sobre Deus e o mundo.


Primeiro Cristo reinará através da igreja até sujeitar todas as coisas de-
baixo dos seus pés(v.25)."O último inimigo a ser destruído é a morte"(v.26).
A morte é uma potestade que domina toda criatura mas que será destruída por
JesusrQuando todas as coisas estiverem sujeitas a Cristo, por meio da igre-
ja, esta entregará o reino ao Pai para que Deus seja tudo em todos. O Filho
sempre se sujeita ao Pai, do contrário não é Filho. Portanto^ no final do
trama todas as coisas estarão sujeitas aos pés de Cristo, que é a igreja, e
Cristo sujeitará todas as coisas ao Pai que será tudo em todos.

Vendo em Efêsios 4:4 sobre um corpo e um Espírito senti-me atraído a


estudar sobre o corpo de Cristo e o mundo. Por que o Espírito precisa de um
corpo? Qual o propósito do corpo? Pelo nosso estudo agora sabemos alguns
aspectos da resposta. O corpo de Cristo está no mundo visível manifestando
o Deus invisível com um propósito — sujeitar toda a criação a Cristo,
aquele que criou tudo e para quem tudo existe. O Espírito invisível precisa
do corpo visível para envergonhar e dominar os principados e potestades
(morte, medo, mentira, etc.) e assim devolver o reino e a glória para Deus.

No início Deus criou o mundo unicamente através da Palavra mas agora no


fim ele quer reunir todas as coisas novamente nesta Palavra(Cristo) através
do corpo(a Palavra encarnada em muitos membros). Se Deus terminasse o mundo
apenas com a Palavra com que o criou, frustraria o propósito pelo qual fez
o mundo e no fim não teria nada diferente do que tinha quando começou. No
início ele tinha comunhão com o Filho e no fim teria comunhão com o Filho,
mas o mundo que criou deixaria de existir sem acrescentar nada a esta comu-
nhão. Mas Deus tem um propósito que não será frustrado. Ele tem planejado

-30-
um enriquecimento e multiplicação da sua comunhão e da sua família e para
isto marcou um casamento. O Criador irá casar-se com a criação e assim pro-
duzirá algo novo,uma nova dimensão de comunhão,que até então nunca existiu.
Ele quer usar a Palavra(que ê ele mesmo) para chamar pessoas do mundo (que
não são ele, são criação dele) e assim formar um corpo visível cheio do seu
Espírito invisível. É por isto que ele enviou Jesus, a Palavra que criou o
mundo, não para destruir o mundo, mas para levantar um corpo que será o
instrumento para lhe sujeitar o mundo, devolver tudo a ele e começar umano-
va era.
Não se pode ter o Espírito de Deus separado do corpo. Os espíritos en-
ganadores não tem corpo •— entram e saem de outros corpos. Mas o Espírito
de Deus tem corpo — o corpo de Cristo. Por isso Paulo nos exorta a guardar
diligentemente a unidade do Espírito e logo a seguir nos lembra que ha um
sõ corpo e um só Espírito. Por que precisamos do Espírito de Cristo? Porque
quando o recebemos,automaticamente formamos o corpo de Cristo, pois o Espí-
rito está no corpo. O Espírito de Cristo quer formar o corpo porque Cristo
tinha um corpo — ele nasceu no corpo, morreu no corpo, ressuscitou no cor-
po, derramou seu Espírito nos corpos dos homens, voltará dos céus no cor-
po e ressuscitará os nossos corpos no último dia. Portanto, o objetivo do
Espírito entrar no homem não é apenas para nos santificar individualmente e
no final levar-nos a uma existência eterna no céu. O Espírito vem para nos
santificar no corpo, nos unir em um corpo com nossos irmãos e preparar-nos
para o dia do casamento quando seremos um só corpo com Cristo.
É responsabilidade da igreja se o Filho ainda não sujeitou todas as
coisas ao Pai, e por isso Deus ainda não é tudo em todos. Depois que a
igreja se sujeitar a Cristo inteiramente,ele voltará para receber sua noi-
va perfeita e gloriosa. Então virá o processo do milénio — a igreja unida
com Cristo sujeitará todas as coisas a ele. Terminado este processo Cristo
sujeitará tudo ao Pai e tem início as aventuras da vida eterna sobre as
quais não sabemos nada a respeito.
A única coisa visível que tem futuro é o corpo de Cristo. Através dele
todas as coisas serão sujeitas a Cristo,^tanto no céu como na terra e em-
baixo da terra. Cristo e seu corpo dominarão sobre todas as coisas na cria-
ção. O futuro do homem e do mundo depende do corpo de Cristo.
A ligação entre o visível e o invisível é muito importante — um não
existe sem o outro. Jesus se tornou Espírito mas sõ habita no homem que cré
que ele veio em carne. O Espírito invisível só faz morada naquele que crê
na sua vinda visível. Enfatizando só o visível nos tornamos materialistas,
idólatras e abertos para operação de outros espíritos. Enfatizando só o in-
visível perdemos a solidez da palavra e nos tornamos místicos. E desta for-
ma também há abertura para operação de espíritos estranhos. Por isso ao
falar sobre a unidade do Espíritojio versículo^S, Paulo fez questão de
afirmar no versículo 4 que há um sõ oovpo e um sõ Espírito. Ele não falou
"há um sõ Espírito e um sõ corpo", mas "há um sõ corpo e um sõ Espírito11. O
corpo vem em primeiro lugar para enfatizar que Espírito sem corpo é here-
sia. Às vezes, o movimento pentecostal entra em heresia, fanatismo e imora-
lidade porque enfatiza demais o Espírito sem se importar com o corpo. Deus
se importou tanto com o Espírito no corpo que seu próprio Filho veio em car-
ne para manifestar sua natureza num corpo humano. E depois de vencer a mor-
te, o último problema do corpo, ele subiu a destra de Deus para unir seu Es-
pírito de homem com o Espírito do Pai. E ao derramar este Espírito de homem-
Deus sobre os homens, Deus se tornou visível novamente através do seu corpo
na terra. Este é o assunto do livro de Efésios — o corpo de Cristo mani-
festando Deus no mundo.

PERGUNTAS PARA WEVISfõ

01. Quot e. o. faoóe de todcu> 00 co-cóaò


02. Quo£ a cic^e/tença ejtfie o. ponto de, viAta panteZ&ta. e. cr fonto de.
cAÁ&tão .áob/te o mando?

-31- -v. •
03, Qual a chave. paAa e-ntínaz-tma* a tigacâo en-fie Peoó ínviàZveJL e o mundo
v<ti>Zy<it'( ?on que,?
04. Pct que. a adoração de. COÍÁOÁ vi&ZveÁA abie. o komm ã operação de demo-
05. Qual a di{,e,ie,nca en-fie a maneÂia. que. C>út>to maniata. Peo<s e a
que a c-u.ac.ao o maniata?
06, Q.ual a função do cohpo de CiÁ&to no ie.lacAoname.nta en#ie o Peão -t
veZ e o mundo vií,lve.l?
07 . Se C-Ú4.ÍO é a lÃgação en#ie Peão e o mando, poi que. a /újie/a tombem é
necei-áãVéa pa/ia -çá^to?
0£. Como Pea4 plane.ja AujeÁtat novamente, a &i meámo toda* at> co-óáaó cuia-
daá?
09. PO/L que o E^pZ^cto pieacáa de am cotpa?
/ O . Po-t. que Peão csiiou o mundo? õ que. e.le. e^tá e^pe^ando ac.onte.coA pana
teAminan. .ó eu ptiopõ&ito com o mundo?
1 1 . MoAttie. a& ligações e.ntte. o EÁpZtito e o co/ipo na vida de Je4aó e na vi-
da da ^g/ie/a.
72. POA. que. todaí, aí> co-úaó ainda não eAtão AujeÂta* a Peão ape^at de.
j ã íe-^ consumado a obua na CMLZ?
73. Qual e a única coi&a vibZve.1 que. tem £utufio? Pot que.?
14. õ que. aconte.ce. quando 4e e.n£atiza 40 o v.cáZve£? t quando 4e en^at
o invi^Zv^l?
75. Como a pe^^oa pode 4aòe/L -áe recebeu o EApÍAito Santo e não oaíto
A^cíod Jo 4 : 2 ) ?
7 ó. Qual o at>í>unto principal do livuo de.

AS PRINCIPAIS CITAÇÕES DE PAULO SOBRE O CORPO DE CRISTO

As trê*s revelações principais de Paulo são: A graça de Deus, os judeus


e os gentios são membros do mesmo corpo, e a igreja é o corpo de Cristo
(veja pagina 64). Na verdade estas três revelações podem ser resumidas em
uma sõ — a graça de Deus. A lei separava judeus e gentios de Deus e um do
outro, mas a graça os libertou da lei e assim os dois povos se tornaram
membros do mesmo corpo, que é a igreja, o corpo de Cristo,

Paulo foi chamado para receber e compartilhar estas revelações. Jesus


não falou sobre o corpo, ele formou o corpo. Ele também não falou sobre a
graça, ele eica a graça de Deus em pessoa. Paulo foi escolhido para ter re-
velação e escrever sobre estes assuntos para que nós também tivéssemos re-
velação. É quase impossível achar uma referencia sobre o corpo de Cristo
que não seja escrita por Paulo. Se queremos entender sobre a lei devemos
estudar os escritos de Moisés,e se queremos entender sobre o corpo de Cris-
to devemos estudar os escritos de Paulo. Vamos, então, examinar algumas es-
crituras de Paulo sobre o corpo de Cristo.

l Co 10:16,17. Jesus ao partir o pão disse: "Isto e o meu corpo"


(Lc 22:19). E Paulo está acrescentando que além do pão ser o corpo de Cris-
to, nos somos o mesmo pão e o mesmo corpo porque participamos do único pão
que é Cristo,Há um ditado que diz: "Você é aquilo que você come". Portanto,
ao comermos do corpo de Cristo na ceia, nós nos tornamos seu corpo. Somos o
corpo de Cristo porque comemos do seu corpo.

l Co 12:12,13. Esta é a passagem mais conhecida sobre o corpo. Paulo


está ligando o natural com o espiritual. "Porque, assim como o corpo é um,
e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um
só corpo, assim também é Cristo." (Versão da Imprensa Bíblica Brasileira) O
corpo natural é um só — seus membros não são divididos entre si. A mão es-
querda coopera com a direita e vice-versa, o pé direito não faz questão de
andar sempre na frente do esquerdo. O corpo é sadio porque é um. Da mesma
forma, o corpo de Cristo é um só com muitos membros. Quando ele fala "assim
também é Cristo" podemos entender que a igreja é Cristo. Porém devemos sem-
pre lembrar que há uma distinção — Cristo é a cabeça e a igreja é o seu
corpo. A igreja em si não é o corpo de Cristo. O corpo Completo tem que in-
cluir a cabeça. A igreja sõ é Cristo através de estar unida com ele, em co-
munhão com ele, dentro dele, "em Cristo".

-32-
V.13, Parafraseando este versículo, não ha distinção entre americanos e
brasileiros, pobres e ricos, cultos e incultos. Todos nos fomos batizados
em um só corpo e nos foi dado beber àeion só Espirito, Batismo significa
imersão.Ser imergido no Espirito significa que ele nos envolve exteriormen-
te, e beber o Espirito significa que o recebemos interiormente. Este versí-
culo nos da um quadro do Espírito nos envolvendo por fora e nos enchendo
por dentro.
0 corpo é um porque há um só Espírito. O Espírito recusa-se a agir em
dois ou mais corpos. Se fomos batizados em um só Espírito formamos um só
corpo. O motivo porque temos tantas profecias falsas e heresias é a falta
de proteçao do Espírito pelo corpo. Sem a proteçao do corpo, espíritos en-
ganadores tem liberdade para atuar, mas protegido pelo corpo, o Espírito
tem condições de falar a palavra pura de Deus. Isto e a nossa herança e es-
perança — ter um só corpo e um só Espírito, Paulo falou que há Um sÓ corpo,
um só Espírito e uma só esperança. E esperança porque ainda não alcança-
mos isto, mas com paciência aguardamos o cumprimento desta promessa — o
corpo e o Espírito trazendo a palavra viva(Jesus) ao mundo e o governo de
Deus na terra. Se isto é a nossa esperança não podemos aceitar outra coisa.

Portanto, batizados em um só Espírito formamos um só corpo. É difícil


acreditar, mas mesmo agora na sua posição ã destra do Pai Jesus tem um cor-
po. A Bíblia não diz que ao subir aos céus ele se despiu do corpo. Do mesmo
modo como subiu, voltará(At 2:9,11). Depois da sua glorificação ele derra-
mou o Espírito para formar seu corpo na terra. Este corpo é a igreja, a sua
noiva, para a qual voltará a fim de casar-se com ela. Ele transformará os
nossos corpos para serem semelhantes ao seu(Fp 3:20,21; Cl 3:4; l Jo 3:2) e
assim seremos de fato, de uma maneira visível, um só corpo com ele. Portan-
to, o corpo para Deus i de grande valor, tanto o corpo material como o es-
piritual, a igreja. Sem o Espírito o plano de Deus não'pode ser cumprido
mas sem o corpo, também ficará frustrado, O Espírito de Cristo exige um
corpo,
Atualmente não temos um entendimento perfeito sobre o batismo. Batiza-
mos as pessoas e quase nada acontece.Não entram de uma forma real no corpo,
entram em algo parcial. Sabemos muita coisa sobre o batismo mas no nível
intelectual. Aprendemos as doutrinas nas escolas bíblicas e seminários, mas
não temos uma revelação no nível do Espírito do que acontece naquele momen-
to. Se tivéssemos, começaríamos a entrar no corpo de uma maneira prática.
Mas Deus quer restaurar a palavra do batismo e abrir nossos olhos espiritu-
ais para ver p tamanho do tesouro que ele já nos deu em Cristo através do
batismo.

Na igreja de Atos não podia nem se considerar salvo sem o batismo. As


pessoas tinham tanto entendimento que procuravam ser batizadas o mais rá-
pido possível, até no meio da noite. Hoje as pessoas se "convertem" e espe-
ram até meses para se batizarem. Mas a culpa não é tanto das pessoas, o
problema é que não temos a mesma palavra que a igreja de Atos tinha. Preci-
samos voltar para a doutrina apostólica para obter a prática apostólica. As
pessoas devem ser batizadas no momento da conversão não porque queremos co-
piar o exemplo de Atos e sim porque foram levadas pela palavra a ver a ur-
gência do seu estado diante de Deus e a crer no batismo como a solução divina.

Na minha experiência, quando vi estas coisas na Palavra de Deus, incen-


tivei as pessoas a serem batizadas logo, e muitas pessoas erradas foram ba-
tizadas. Vi que temos, por enquanto, de aceitar as condições atuais e
esperar para batízar. Não adianta querer cumprir a Palavra de Deus no nível
intelectual.Por exemplo, partir o pão de casa em casa todos os dias, batis-
mo imediato, etc. Isto pode ter uma aparência boa, mas aplicado como método
se torna uma estrutura sem vida. Não temos a palavra viva de Atos, e nem
a revelação de Jesus, por isso não temos apóstolos e nem a igreja apostóli-
ca e gloriosa. Mas vivemos em dias de restauração e Deus vai restaurar to-
das estas coisas. De uma coisa eu sei: Quando recebermos a revelação do ba-
tismo não vamos esperar, pois as pessoas serão realmente salvas no batismo.
1 Co 12:27: "Ora, vós sois corpo de Cristo; e individualmente, membros
desse corpo." Não adianta só falar: "Somos o corpo de Cristo" sem ter a re-
velação disto e a prática. Muitos grupos saem das denominações, cheios de

-33-
orgulho e doutrina neo-testamentaria, e começam a pregar que são o corpo de
Cristo. Isto naq traz resultado. O corpo de Cristo é ligado com Jesus e seu
espirito e manso e quebrantado. Com este espirito é possível ter muito mais
revelação verdadeira sobre o corpo de Cristo dentro da denominação do que
fora da denominação com orgulho e exaltação espirituais.

Ef 1:22^23. "Todas as coisas" são toda a criação. Toda criação será su-
jeita aos pés de Cristo que ã a igreja — o seu corpo. Isto estoura a mente J
Deus criou o mundo através de Cristo para sujeitá-lo a Cristo através do
seu corpo, a igreja. Sujeitar significa governar totalmente, não haverá ou-
tra autoridade nem principado ou potestade — Jesus Cristo dominará acima
de todo nome, tudo convergirá nele. Os poderes malignos vão se enfraquecer
e^sujeitar-se ao governo de Cristo. Todo joelho se dobrará e toda língua nos
céus, na terra, e debaixo da terra, confessará o senhorio de Jesus.Isto se-
rá o inferno para a,queles que não confessarem Jesus como Senhor agora.

V.23. O corpo, a igreja, ê a plenitude de Cristo que enche tudo em to-


das as coisas. O plano de Deus é encher tudo em todos através do corpo. Ve-
mos assim a relação entre a criação e o corpo. Nosso futuro não está nesta
criação mas está no corpo de Cristo. Através do corpo de Cristo veremos a
nova criação. Podemos ter milagres hoje se crermos de fato que o mundo está
sujeito ao corpo de Cristo. Que é milagre? É trazer o invisível para o vi-
sível. Muitas religiões falsas mexem cqm milagres(espiritismo por exemplo),
mas for$ do plano de Deus. O corpo de Cristo vai realizar milagres, mas não
para demonstrar poder — para cumprir a vontade de Deus na terra.

Um milagre que achamos difícil de acontecer é a submissão dos demónios


a nos. Jesus já triunfou s,obre eles na cruz, mas agora está esperando que a
igreja os vença baseada na vitoria de Cristo. As potestades serão sujeitas
através da fé do corpo no nome de Jesus. Esta fé produzirá Jesus no corpo
e a sujeição de todas as coisas. Quando Pedro curou o coxo que ficava ã por-
ta do templo ele disse que não tinha nada, só a fé no nome de Jesus(At 3:6).
Em nome de Jesus ordenou a cura, e imediatamente um homem de mais de qua-
renta anos, aleijado de nascença,, levantou-se, andou, pulou e louvou a Deus.

Ef 2:14-18. Novamente vemos um sõ corpo (v. 16) e um só Espírito (v. 1.8).


Por meio de Cristo os jude;us e os gentios formam um só corpo e tem acesso
ao Pai no mesmo Espírito. Jesus; abriu um novo caminho pelo qual podemos
chegar a Deus através do corpo e do Espírito.

Ef 3:4-6. Os gentios, são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-par-


ticipantes da promessa em Cristo Jesus» Que promessa é esta? A promessa que
Deus fez a Abraão de que nele todas as nações da terra seriam abençoadas. E
todas as nações são os gentios. Através do descendente de Abraão, Jesus que
e o cumprimento da figura de Isaque, esta promessa foi cumprida.

O ministério de Paulo é de suma importância. Num sentido os gentios sõ


foram alcançados por meio do seu ministério. Deus deu a promessa a Abraão
que foi cumprida em Jesus. No entanto, Paulo foi quem recebeu a revelação
disso e proclamou o evangelhq aos gentios.

Ef 4:4. Este é o versículo base de onde partimos para todo este estudo
sobre o corpo. Paulo desviou do assunto sobre a prática da vida crista para
falar sobre o corpo e nos tivemos; que fazer o mesmo.

Ef 4:12,13,15,16;5:28-32. Comentaremos sobre estes versículos mais adi-


ante nesta apostila. É importante, porém, notar como Paulo enfatiza este
assunto do corpo no livro de Efésios.
Cl 1:16-18. Além de criar e sustentar todas as coisas, Cristo é a cabe-
ça do corpo. Vemos, então, aqui duas coisas — a criação e o corpo.
Cl 2:19. O corpo ligado ã cabeça.

-34-.-.'. •
PERGUNTAS PARA KEVISKO

01. Como pademoA x.eÂum<Ui at> &(&> sie.ve£aç.õeA psu.ncu.paLi> de. Pauto em uma AO?
02. Poft que. Jeiu4 não falava Aobte. a g/iaça e o cotpo de. CsúAto?
03. Com que. objectivo Véu* tie.ve£ou &t>tat> co-óóoó a Pauto?
04. Como noÁ towiamoA o coipo de Cií&to segundo 7 Cotântioé 7 0 : 7 6 , 7 7 ?
05. Po*, que. não ha c-túme, -mve/a ou contenda en£te OÁ membro* do costpo na-
tural?
06. Em que. Ae.ntA.do podemoé dtzet. que. a lg^ce.ja é Ctvti>ta'(
07. O que. iaz o coipo de CsúAto &eA um 40?
OS. Pofi que. há tanta* p/io^ec-óaá ^atóaó e neteá-caò na lgfie.ja hoje.?
09. Qual é. a eápetança^da no44a vocação? Pon. que.?
10. Quando 4 e con4umatã a peA^e^itajinlão do coi.po( enfie 4-t e com o cabeça)?
77. Quem e o agente dePeu4 que. eAta agindo na tesna pata que. <it>to aconteça?
72. Pói^ que. podemos aúiAman. que. o nÓAÀo e.nte.ndMne.nto atuai Aobie. o bati&mo
13. O que. piec-cáa aconíeceA pata o bati&mo hoje. &eJi como e/ta no4 d^ai de A-
/^. PO/Í ^ue não adianta coplanmoÁ o padtiao de. AtoA?
75. POA. que. 40 o ^ata de. p^egat e jja£at Áobtie. o coA.po de CA/CÓÍO não adianta
nada?
76. Poi que Peu4 concedeu podcA ã x.gA.ej'a pa^a Aeattzat m-t&ujteá?
77. í^ çue e um mllagie.?
18. P 01 que. o& podeAeó doo tsie.va& e o-á demónios ainda atuam Livn.eme.ntje. no
mundo apeóat de Jeóuó teA. t^iiun^ado Aobie. e£e4 na CAUZ?
79. Que pa/Líe Pauxo -teve no comp/uuiento da p-tomeó4a de Peuó a Aò/iaão?

Vv. 4-6: #á somente um corpo e wm Espírito> aomo também fostes chamados nu-
ma só esperança da vossa vocação;há um só Senhor, uma só fe3 um só batismo;
um só Deus e Pai de todos3 o qual ê sobre toáos3 age por meio de todos e
está em todos.

SETE "UM SÕ"

Há sete "um só" nestes três versículos. Três no versículo 4 — um sõ


corpo, um sõ Espírito e uma só esperança; três no versículo 5 — um só Se-
nhor, uma só fé, um só batismo; e um no versículo 6 — um só Deus e Pai de
todos. O último "um só"(v»6) subdivide-se em três para evidenciar a trinda-
d e — o qual é sobre todos (Pai), age por meio de todos(Filho), e está em
todos (Espírito). Desta forma temos os números sete e três. Sete é o número
da perfeição e três é o número da divindade.

Podemos ver Deus em vários aspectos nestes versículos. Alem dos aspec-
tos mencionados acima podemos observar que o versículo 4 fala sobre o Espí-
rito, o versículo 5 sobre o Senhor(Jesus) e o versículo 6 sobre o Pai. O
diagrama abaixo é uma tentativa de representar estes aspectos diferentes.

SETE "UM SÓ"


Versículo 4 - 3 - 0 ESPIRITO
VersTculo 5 - 3 - 0 FILHO
Versículo 6 - l - O PAI (com 3 subdivisões representando a trindade)
7

Os três "um só" do versículo 4 e os três do versículo 5 não estão agru-


pados desta forma por acaso — cada conjunto de três está intimamente in-
terligados. E o "um sõ" do versículo 6 abrange tudo. Não sei se Paulo pensou
sobre todas estas coisas antes de escrever,mas de qualquer maneira podemos ad-
mirar como o Espírito o inspirou a escrevê-las de uma forma tão perfeita.

-35-
Já temos comentado bastante sobre as três coisas do versículo 4. Um só
corpo e um só Espírito são a nossa esperança. O corpo e o Espirito juntos
formam Jesus na terra. E isto é a nossa esperança porque não a atingimos
ainda, mas estamos caminhando nesta direçao.
Quando nossa esperança for realizada(um só corpo e um só Espirito for-
mando Jesus na terra) vamos ver não dois senhores, mas um só Senhor. Um só
corpo e um só Espírito(v.4) formam um só Senhor(v.5), e nossa relação com o
Senhor é através da fé, e fé leva ao batismo.
É "uma só fé" porque nosso contato com o Senhor Jesus é através da fé.
Sem fé Jesus se torna algo histórico, uma teoria ou doutrina. Mas o que é
fé? Eu descobri através do livro "União através de Comunhão" que fé não é
uma doutrina, é um relacionamento com Jesus. Não é uma coisa teórica e men-
tal, é uma confiança na pessoa que amamos e conhecemos. Fé é um dom de Deus
que produz em nós comunhão com ele» Ê um outro nome para comunhão. Fé é
contato vivo com Jesus. É um relacionamento intimo com Deus através de
Cristo pelo Espírito. A trindade toda está envolvida. A causa e efeito da
fé é conhecer a Deus através do Espirito para revelar Jesus — a Palavra, o
Verbo que se fez carne.
Paulo falou "um só Senhor, uma sõ fé, um só batismo" porque entramos em
contato com o Senhor Jesus pela fé e através da fé somos batizados, isto é,
identificados com ele. Batismo é resultado da nossa fé. Identificamos com
Cristo pela fé e pelo batismo.
Vamos ver dois versículos quei mostram a ligação intima entre batismo e
fé.

Gl 3:26,27: "Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cris-


to Jesus;porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos re-
vestistes,"Ser filho de Deus pela fé e ser revestido de Cristo pelo batismo
são a mesma coisa. Cristo é o filho de Deus e se sou revestido dele também
sou filho. Se sou filho de Deus pela fé em Cristo também sou revestido de
Cristo. Fé e batismo são unidos e produzem um só resultado.
Cl 2:12: "... tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no
qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o
ressuscitou dentre os mortos."
Portanto, há uma relação intima entre fé e batismo. É inútil batizar
sem fé, isto não passa de um banho na agua. Por outro lado não adianta di^
zer que tem fé e não passar pelas águas, porque o batismo é a primeira obra
da fé. A água é a maneira visível de expressar nossa fé invisível em Cris-
to, Ha um só batismo mas ele se realiza em três aspectos — na água, no Es-
pírito e no corpo.
Nosso microscópio não pode passar por cima da palavra "todos" no versí-
culo 6. Deus é o Pai de todos. Não só dos que concordam com nossa doutrina
mas de todos os que crêem em Jesus Cristo. Como já vimos temos as três pes-
soas da trindade neste versículo — sobre todos(Deus, o Criador), por todos
(Jesus, o Verbo), e em todos (o Espírito).

V. 7: Mas a oada wn de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de


Cristo (Versão da Imprensa Bíblica Brasileira).

Paulo iniciou o capítulo 4 falando sobre andar no Espírito — produzir


fruto (w. 1-3). Nos versículos 4-16 ele desviou o assunto para falar sobre
a formação do corpo através dos ministérios, mas volta ao assunto de andar
no versículo 17. No início deste desvio ele fala sobre o corpo e o Espirito
e a trindade (w. 4-6). E agora o versículo 7 entra no assunto dos ministé-
rios e dons.
O versículo 6 termina com o clímax de Deus como Pai de todos, sobre to-

-36-
dos, por todos, e em todos. Mas no versículo 7 Paulo usou a expressão
"cada um" para contrastar com a palavra "todos" do versículo anterior. Ê
bom ter uma visão geral sobre "todos" mas também é preciso ter uma visão
particular de "cada um".

Podemos destacar quatro palavras ou expressões chaves neste versículo í


cada um, graça, medida e dom de Cristo.

Graça,Estudamos muito sobre este assunto em Efésios 2(veja especialmen-


te paginas 21-23 da apostila de Efésios 2). As frases seguintes resumem o
que temos visto sobre graça: "Essência do coração de Deus. Vida e virtude
que fluem de Jesus. Poder de ação da Palavra. Processo interior dó fé que
produz a vida de Cristo em nós. A vida de Jesus em ação".

Graça é Jesus em ação pelo Espírito em nós. Não basta dizer a vida de
Jesus em nós, pois graça e o próprio Jesus em nós — a vida é Jesus. Não
temos a vida de Jesus, temos Jesus como vida. Dizendo "a vida de Jesus"
tem-se a impressão que temos um elemento de Jesus em nós,o que não é verda-
de. A graça é Jesus e isso significa que temos Jesus como vida — uma pes-
soa dentro de nós, A graça é Jesus em ação em nossas vidas.

Dom de Cristo. Graça e dom de Cristo são a mesma coisa. Graça é o dom
de Cristo.

Em 5:15: "... porque se pela ofensa de um só, morreram muitos, muito


mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo ..."
Este versículo liga graça com dom e com o homem, Jesus Cristo.

Há três palavras equivalentes em Efésios 1:7: graça, dada (ou conce-


dida) e dom. A graça dada é um dom — Cristo. Cristo é a graça que nos foi
dada.

CADA UM TEM UMA MEDIDA

 palavra "medida" é muito importante. Cada um não tem tudo, tem apenas
uma medida. Cada um tem uma parte no corpo. A graça foi dada a cada um con-
forme a medida do dom de Cristo. Se Cristo só opera na terra hoje através
do Espírito, então o dom de Cristo é o Espírito. Portanto, se o dom de
Cristo é a graça, uma medida da graça é igual a um dom do Espírito. Cristo
é a graça de Deus sem medida, mas graça por medida representa os dons do
Espírito. Há muitos dons do Espírito porque há muitas medidas.

Graça = Cristo
Graça por medida = dom do Espírito

Paulo está entrando no assunto dos ministérios — homens que são dons
dados por Deus para formar o corpo. Mas antes destes homens serem concedi-
dos ã. igreja, cada um precisa participar de uma medida de graça. O corpo
não será formado por um grande dilúvio do Espírito. O derramamento do Espí-
rito levanta os dons e o exercício dos dons levantará homens como dons para
edificar o corpo. Por exemplo, o dom de cura é uma medida da graça de Cris-
to, mas a prática deste dom do Espírito pode levantar um ministério de cura.

Então, depois de dizer que todos nós formamos um só corpo pelo Espírito
e todos temos um só Senhor, Paulo está dizendo que coda um tem uma medida
deste Deus maravilhoso. Cristo é um dom, mas não podemos recebê-lo de uma
vez. Ele precisa ser distribuído a nós através dos dons. Cada dom é uma me-
dida de Cristo em ação no seu corpo na terra. Depois de se tornar Espírito
ele precisou repartir suas maravilhas para cada pessoa por medidas. Cada um
tem uma medida das riquezas insondáveis de Cristo.

-37-
Os dons não são propriedade nossa, são transmissões de Cristo para edi-
ficar o corpo a fim de abençoar o mundo. Se pensarmos que os dons são nos-
sos, vamos ficar exaltados ou derrotados, alegres ou tristes, de acordo com
os resultados. Mas se reconhecermos que os dons são medidas da graça que é
Cristo, vamos depender inteiramente nele para fluir nos dons, e assim dar
toda glória a ele.

O entendimento de que cada um tem uma medida de Cristo e não a sua ple-
nitude produz uma atitude de reconhecimento e valorização dos dons dos ou-
tros. Ao invés de querermos sobressair com nosso dom vamos dizer: "Eu quero
ver meus irmãos operando^ nos dons. Aquela irmã podia dar seu testemunho
mais uma vez. Aquele irmão podia cantar aquela musica novamente". Precisa-
mos preservar a unidade do Espírito para ter os dons operando com riqueza e
variedade. O corpo de Cristo é vivo. Cada membro exercendo sua medida vai
trazer a plenitude de Cristo no corpo. Do contrário teremos uma igreja mor-
ta onde o pastor é o centro de tudo. Ele dirige os cânticos, faz os anún-
cios, ora, prega, batiza, levanta a oferta, e no final do culto o povo o
cumprimenta e diz: "Obrigado pastor, o culto foi uma bênção".
Portanto, Deus & sobre todos e em todos, mas ele precisa ser transmiti-
do através de dons ou medidas individuais.

Em 12:3: "... não pense de si mesmo, além do que convém, antes, pense
com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. .."Não
pensar de si mesmo além do que convém é não pensar que você tem tantos dons
que não precisa dos outros irmãos. Você não é o recipiente dos dons do Es-
pirito para abalar o mundo e fazer a obra de Deus sozinho. Você precisa de
outros.

A cada um Deus repartiu uma medida de fé. Agora temos a palavra "fé".
Temos acesso a graça de Deus pela fé(Em 5:1,2). Fé é a maneira para receber
graça, pois fé e comunhão com Deus pelo Espirito. Através da comunhão com
Deus, que é fé, recebemos graça. Precisamos vitalizar as doutrinas de graça
e fé. Graça é Jesus e fé é relacionamento com Jesus, então através do nosso
relacionamento com ele, recebemos Jesus. E tudo isto opera pelo Espírito.

De acordo com a medida de fé(contato com Deus) será a nossa medida de


graça. Paulo esta nos exortando a exercer os dons segundo a medida da graça
que nos foi dada(Rm 12:6). Um exemplo disto é não orar pela cura de um en-
fermo sem ter fé. Li um livro de uma mulher que disse: "Ore conforme a me-
dida de sua fé. Não exija algo muito grande se não tem fé". Por outro lado,
conheci uma irmã que tomou uma posição contrária: "Ore, quem sabe alguma
coisa acontecerá. Jogue a oração para o alto, e talvez ela alcançará resul-
tado". Você pode optar por esta posição, mas é bom saber que talvez nove ve-
zes em dez nada acontecerá. Mas se quiser ser animado com a resposta de sua
oração, ore segundo a medida de sua fé. Muitas vezes em nossa família quan-
do orávamos por um membro que estava doente, quase nunca tinha fé para uma
cura instantânea. Minha oração era: "Deus abençoa meu filho e faze com que
esteja curado amanha para ir à escola". E a cura acontecia na medida da mi-
nha fé. No outro dia ele levantava em forma para ir ã escola.Mas outras ve-
zes acontecia de alguém ser curado na hora, porque Deus dava uma medida
maior de fé. Não só para curas, mas para qualquer coisa devemos orar segun-
do a medida da fé.
Porém, não é errado querer ter uma fé maior. Os discípulos certa vez
pediram a Jesus: "Aumenta-nos a fé"(Lc 17:5). Podemos orar para que Deus
aumente nossa fé, mas nunca ultrapassaremos a esfera ou medida que Deus nos
concede. Romanos 12:3 diz que a fé é segundo a medida que Deus deu para ca-
da um. Se fé é relacionamento com Deus, a medida de minha comunhão com ele
será a medida de minha fé; mas o fato de aumentar minha comunhão não signi-
fica que terei uma fé fora da medida que Deus deu a cada um. Por exemplo,
às vezes alguém tem um relacionamento maravilhoso com Deus e não tem fé pa-
ra curar enfermos, mas tem fé para outra coisa. Deus deu uma medida para
cada membro a fim de evitar exaltação e orgulho. Ao invés de dizermos:"Vou
aumentar minha comunhão com Deus para ter mais e mais dons do Espírito,"
devemos dizer: "Vou aumentar minha comunhão com Deus para ter uma medida
mais pura e perfeita dos meus dons".

_ Q 0_
— Jo—
As vezes Deus pode nos colocar em situações onde flexibilidade é muito
importante. Por exemplo j; o que fazer se alguém nos procura dizendo: "Ore
por mim porque quero ser curado," e não temos fé? Devemos rejeitar esta
pessoa? Pode acontecer da pessoa ter uma fé tão grande que cobre a parte
dela e a nossa. Conta-se que uma índia procurou um missionário presbiteria-
no aqui no Brasil com um filho completamente cego e pediu que orasse por
ele. O missionário quase desmaiou porque não cria em cura divina de espécie
alguma. A mulher, porém, era tão simples e insistente, que não viu como re-
cusar seu pedido. Então ele orou totalmente sem fé: "Deus, cura esta crian-
ça em nome de Jesus". E na mesma ora a criança foi curada. Àquela mulher
tinha uma medida de fé que cobria a parte dos dois.

Jesus antes de atender ao pedido da mulher samaritanã falou: "Traga seu


marido". Ele queria discernir a atitude interior dela, se havia sinceridade
ou não. Quando ela respondeu que não tinha marido, ele usou o dom de conhe-
cimento e falou que ela já vivera com cinco homens e;por isto o atual não
era seu marido. Isto começou a produzir fé nela. Então, ao invés de agir
precipitadamente ou de conformidade com algumas regras rígidas, devemos
olhar para Deus, ouvir a pessoa e assim receber alguma direçao de Deus.
Rm 12:6: "De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos
foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medids da fé...(Versão da Im-
prensa Bíblica Brasileira).Graça é repartida com outros através dos dons do
Espírito. O dom de profecia, por exemplo, faz parte da graça de Cristo, e
deve ser exercido segundo a medida da fé. Se alguém profetiza fora da medi-
da da fé, profetiza de si mesmo. As vezes a pessoa começa profetizando no
Espírito, conforme a medida da fé dada por Deus, mas ao ultrapassar esta
medida sai do Espírito e começa a profetizar na carne.

Vv.7,8: "... se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensi-


na, esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que con-
tribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce mise-
ricórdia com alegria." O que é ministério? É servir, lavar pratos, pintar,
limpar, consertar,etc. O servo deve ter iniciativa própria e estar sempre
pronto a ser útil em qualquer coisa. O dom de profecia é maravilhoso, mas o
de ministério também. Nesta passagem Paulo relacionou vários dons, mas o im-
portante é que cada um seja exercido segundo a medida da fé. Desta forma ha-
verá abnegação ao servir,esmero ao ensinar,dedicação ao exortar, liberali-
dade ao contribuir, diligência ao presidir, e alegria ao exercer misericór-
dia.
l Pé 4:10,11: "Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que rece-
beu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus." O dom faz parte
da multiforme graça de Deus. Os dons aqui são de falar e de servir(v.11).Se
alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém serve, sirva
segundo a força que Deus concede. O exercício de cada dom depende da graça
que Deus concede a cada um.
Jo 1:16: "Porque todos nós temos recebido .da sua plenitude, e graça só-"
bre graça." A plenitude é Jesus, a graça total, e nós recebemos da sua ple-
nitude graça sobre graça. É como se ele fosse uma grande represa de água, e
saindo desse reservatório houvesse muitos canais que distribuíssem água por
medida. Isto é graça sobre graça — graça por medida para cada um.

Jo 3:34: "Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não
dá o Espírito por medida." Este versículo contrasta o anterior. NÓS recebe-
mos graça sobre graça, partes da plenitude de Cristo, mas Jesus é a pleni-
tude. Ele não recebe o Espírito por medida — ele é o Espírito total. Algu-
mas pessoas usam este versículo para afirmar que o Espírito não precisa ser
dado a alguém por medida. Isto produz uma espécie de ambição para possuir
todos os dons do Espírito. Há homens que afirmam ter os nove dons do Espí-
rito e ensinam que quanto mais dons alguém possuir, melhor é. O resultado
disto é exaltação, heresias e muitos outros problemas. Ê importante enten-
der que Jesus tem todos os dons do Espírito, o Espírito total,mas cada um
de nós tem uma medida — graça sobre graça. Paulo nos exorta em Romanos a
pensar sobriamente sobre nossa função na igreja (Rm 12:3). Fazemos parte de
um corpo e precisamos das outras partes do corpo para receber as outras me-
didas.

-39-
l Co 12:11: "Mas um só e o mesmo Espirito realiza todas estas cousas,
distribuindo-as, como lhe apraz, a.oada wn* individualmente." Todos os dons
são distribuídos pelo Espirito como ele quer. Deus nos escolheu antes da
fundação do mundo para exercer uma função especifica no corpo, segundo nos-
sa personalidade^ cultura e formação. Isto não tira nossa liberdade de bus-
car com zelo os melhores dons pois até o nosso querer vem dele. Deus não é
uma maquina rígida ou inflexível. Ele é uma pessoa que pode ser tocada emo-
vida pelo relacionamento com outras pessoas a mudar as coisas. Não recebe-
mos dons porque nós queremos, pois é o Espirito que "concede como e 1e quer,"
mas se nosso querer o mover a querer também, podemos receber aquilo que bus-
camos.

Hb 2:4: "... dando Deus testemunho juntamente com eles (os apóstolos),
por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições do Espirito
Santo segundo a sua vontade." As distribuições do Espírito Santo são os
dons do Espírito. Deus confirmou que Jesus era verdadeiramente seu Filho
pelos, milagres que fez.Depois confirmou a palavra dos apóstolos por sinais,
prodígios e milagres, e também por distribuições do Espírito Santo, Em Atos
os apóstolos impunham as mãos e as pessoas recebiam o Espírito. Isto é a
graça de Cristo operando em sua igreja, no seu corpo.

Portanto,Cristo é o Espírito sem medida. Ele age na terra, porém, atra-


vés das medidas que concede a cada um. Estas medidas são os dons do Espíri-
to que consistem não apenas de cura e profecia, mas incluem também serviço
ao corpo, exercer misericórdia, contribuir, etc. É importante cada um pro-
curar seu dom e começar a funcionar na graça de Cristo.

Nossa capacidade aumenta ã medida que damos mais controle de nossa vida
ao Espírito.Por exemplo, o fluir da água num cano aumenta ã medida que lim-
pamos o cano. Não podemos culpar a água de não fluir e sim o cano. A água
é o Espírito que vai fluir na proporção que dermos abertura a ele. Cada pes-
soa tem uma medida, mas quanto mais abertura ao Espírito, maior e mais pura
será sua medida.

PERGUNTAS PARA REI/ISÍ0

01. Cite. de con 04 4eíe "um 40" de. E^eÂio* 4:4-6.


02. Viga quaiA & e ne.ue.nem ao E&p*AÁ£ot ao filho e ao Pai.
03. MoAtne. como o veAáZculo 4 le.va logicame.nte. ao veAáZculo 5.
04. O que. é fé?
05. Pon que. Paulo ^ala "um 4o faatámo" £ocjo depois de ^alan "uma 40" fé"?
06. O que. e a g^aça de Peão?
07. Õ que. e o dom de CniAto?
O B.Que. neA.ac.ao ha e.ntne. 04 dono do E^pZtcto e a_cjA.aça de Pea-4?
09. Pon que. o AimpleA deAnamame.nto do EúpZnito não e •òu^icie.nte. pana £on-
man o conpo?
10. Com que. finalidade. 04 dona do EàpZnito no4 4ao conce,dido&?
11. Com que, atitude, deuemoi exe^ceA 04 doni?
12. POA. que. e impontante. ente.nde.nmoi> que. cada um tem apemtá ama medida de
13. Como a p£e.nítude. de. CiÂAto apfiAeceiã no &e.u coipo na te.Wia?
14. Vou que. fie. e. o meto pasia tie.ce.bejn a glaca de. Peão?
15. ?on que. não é bom te.ntaA exetceA 04 dom> num nZveÂ. que. excede a
me.dida de. $.1
16. Von. que. e. poMÍveÂ. te-tunoA um n.eJiacÀ.0name.nto muito pioúunda com VeuA e.
meAmo a&AÀm não te.1 fé pana cantai, cox^oó?
17. Po-t que Peoó -iÕjuwcecíe uma medida de. $• P&& cada um?
IS. O que. aconte.ceMã com o nob&a funcioname.nto no& dom, do E&pZnito a mzdi-
da que. a noAAa comunhão com Véu* 4e apno^unda?
19. ?on que. não de,vemoà *eA iZgidoà ou inúle.x.ZveÍA no 000 cio-ó dont>?
20. Como podemos nepantin a glaca de. Vuu> com owtfio&1
21. Vê. onde. pn.oce.de. uma pn.ohe.cia que. é ciada atem da medida da fé concedida
pon Peão a cada um?
22. Pon que, íemo-ó de dependem de Peão 4ej'a quat faon o no44o dom?

-40-
23. Pé onde. gfioce.dem 04 don& do
24. POA que. e. Ámpotáante. e.nte.ndeA que. •do Jeáut, tem a. ple.nitu.de. do
25. Como nõ& podemoá teA. aceAÁo a toda ple.nitude. do EàpZtáto? (Como podemos
•áe/z.:bejne.6-Lciado& pe£ai> me.dLda& de. giaca que. não Aecebenio^ peAAaa£ine.nte.?)
26. Se. o Eàp&Uto dÁÁ&UJbuui 04 dona como Mie. apiaz, poi que. em l
12:31 Paulo no& e.x.oita a bu&caA com ze.to 0-6 meJttioneA don&?
27. Como o* ojpó&toJLoÁ "d,Lt>pe.ns>avam" a giaca de. Peão a OU&IOA?
2S. Como CsúAto pode. agÍA. na teAAa koje.?
29. POA, que. e eÂtado m^atízafi algufà don* (como psu>6e.cia e cusia, pon. exem-
plo) e e^que.ceA outnoAlcomo AeA.vÍAt cont/U-buiA, exe-tce^z.
30. Como a noMa medida de jje e de gtiaca pode. AeA. aume.ntada?

_V^.8; Por isso diz: Quando ele subiu às dltwcas^ levou cativo o
Concedeu dons aos homens."

Do versículo 6 ao versículo 8 ha uma seqllência. O versículo 6 fala a


respeito de Deus que é sobre todos(visão global). O versículo 7 fala sobre
cada um recebendo um dom ou medida de graça(visão individual). E agora no
versículo 8 vamos ver de onde e como vem os dons.

A expressão "por isso diz" se refere ao Salmo 68:18: "Subiste as altu-


ras, levaste cativo o cativeiro, recebeste ttbmens por dadivas.,* para que o
Senhor Deus habite no meio deles". Interessante que o salmista termina o
versículo dizendo: "...para que o Senhor habite no meio deles". Temos nes-
te salmo uma profecia sobre a formação do corpo de Cristo através dos dons
do Espirito. Os dons são dados aos homens para que o corpo seja formado e
Deus habite no nosso meio.

"Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro..." O que é este


cativeiro? É Satanás, e todo resultado da queda — o pecado e a morte.

"...e concedeu dons aos homens." Quando Jesus subiu ao alto


var 'cativo o cativeiro, eie tez outra coisa — concedeu dons aos homens. Po-
demos concluir, então, que os dons vieram pela ascensão e não pela ressur-
reição. Ressurreição e ascensão são duas coisas diferentes. Jesus ressusci-
tou e depois de quarenta dias subiu ã destra do Pai para receber o Espírito
e derramá-lo sobre a igreja, e desta forma conceder os dons do Espírito, a
medida de graça para cada um.

Estudando esteversículo lembrei de examinar minhas anotações de um es-


tudo dado por Witness Lee em 1963, sobre os quatro passos principais de
Cristo. Resolvi compartilhá-los nesta apostila para entendermos mais sobre
a ascensão e a descida dos dons.

OS QUATRO PASSOS PRINCIPAIS DE CRISTO

(ij EncarnaçãoL» Ê Deus se misturando com o homem.Witness Lee usou a pa-


lavra inglesa "mingle" para expressar esta união.É como colocar um pacoti-
nho de chá numa xícara de água quente e misturar para virar chá."Mingle" é
muito mais que misturar, é misturar sem poder separar. Na encarnação a na-
tureza divina e a natureza humana de Jesus foram perfeitamente misturadas
para se tornar homem-Deus.Cristo i o Deus-homem.Deus se expressou no homem.
A encarnação, tem implicações para nos hoíe. O Espírito que recebemos
através da nova aliança e o Espirito do Deus-homem. Por isto a verdadeira
espiritualidade não e algo artificialou estranho ã natureza humana. Para
ser espiritual tem que ser natural. Uma pessoa espiritual I sobrenatural-
mente natural. Ser espiritual não é ter "uma casca de espiritualidade". Ê
ser você mesmo,as vezes até com raiva e explosões, mas com disposição de
quebrantar e prosseguir, porque Deus está operando. Podemos ter muitos pro-
blemas mas temos que ser reais e crer que Deus está em nós. '
Cruaifiaação„ Por que Cristo precisava morrer?

-41-
l Por causa do pecado Deus precisava julgar o homem e a criação. Cris-
to Èomou sobre si este juízo.

Para terminar com toda a velha criação a fim de que a nova criação
pudesse ser produzida.
Para se tornar nossa comida. Ele precisou morrer para que pudéssemos
participar do seu corpo e sangue na ceia.
Através de sua morte Cristo destruiu Satanás e todo o mal(Hb 2; 14-15).
Sp é possíve.1 participar da morte de Cristo através do Espirito. Não e
possível entender sua morte pela mente ou pelas emoções, porque Cristo foi
oferecido pelo Espirito (Hb 9:14).
Ressurreição
Todas as coisas foram criadas por Cristo.

Todas as coisas foram levadas ã morte por Cristo.

Todas as coisas^ fpram ressuspitadas por Cristo.

Cristo foi o último Adão que pôs fim ã raça humana, terminando toda a
vê lha criação. Ele também toi õ segundo homem que deu inicio ã nova cria-
ção (l Co 15:45,4;; '2 Co ò!l/J. --- ~~
A história de Cristo e a minha historia. Tudo que aconteceu com ele
aconTSceu comigo. Morri com cristo e ressuscitei com Cristo. A vida que te-
mos hoje é Cristo. " "
^Cristo ressuscitou para ser nossa vida.

Cristo transfigurou-se de homem para espirito para viver em nós.

Cristo é o Espirito. Nossa vida é Cristo através da ressurreição^Rm 6:4).

 morte de Cristo é a nossa morte e não há jeito de pecar mais. :Sua


^ressurreição é nossa vida pelo seu Espírito. O Espirito de Cristo e vida em
,nos para vivermos segundo o novo homem e não segundo o velho.

Na criação Deus criou todas as coisas.

Na encarnação ele se uniu com a criação.

Na crucificação ele matou a criação.

Na ressurreição ele introduziu a nova criação. Na ressurreição somos


regenerados paranos tornar membros do corpo, mas ainda não formamos o corpo.
Na ascensão Cristo formou o corpo pelo batismo no Espirito, a promessa
do Pai.

Na ressurreição os membros do corpo foram regenerados e na ascensão o


corpo foi formado e recebeu os dons do Espirito. Recebemos vida através da
ressurreição. Recebemos dons do Espírito através da ascensão para formar
e edificar o corpo.
rl Há dois aspectos da obra do Espírito Santo:

a) O Espírito da vida para habitar em nós (ressurreição).


b) O Espírito de poder para descer sobre nós (ascensão).

\o habita em nós através do Espírito de ressurreição, e está sobre

-42-
nós para formar o cprpo por meio dos dons do Espírito e ministérios através
da ascensão. Witness Lee utiliza estes dois aspectos — Cristo em nos e Cris-
to sobre nós — para fazer distinção entre vida e poder. Cristo em nós pela
ressurreição^ nos vivifica individualmente como membros do corno — 'er-
ma nosso caráter. .Cristp sobre nós pela ascensão forma o corpo através dos
dons e ministérios. .

0 l Cp 12;13. Temos os dois aspectos neste versículo. "Pois, em um só Es-


pírito, to4os nós fomos batizados em um corpo ..." Ist<j se refere ao Espí-
ritode poder que,desce sobre nos pela ascensão e forma o corpo. Batizados
no Espírito somos cobertos pelo Espírito assim como ao ser batizados nas!
águas somos cobertos pelas águas. O corpo é formado através de sermos
submergidos no Espírito.

"E a todos nós foi dado beber de um só Espírito." Bebendo do Espirito


temos (Jristo vivo em nós. K isto vem pela ressurreição.

Cl 2:12,13; Em 6:4,5. Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela


glória do Pai(o Espírito). Note nestas passagens a ligação entre a ressur-
reição de Cristo e a nova vida que recebemos pelo Espírito. O Espírito tam-
bém concede dons e ministérios mas isto não é mencionado em ligação com a
ressurreição.

l Pé 1:3. "... nos vegeneTQU... mediante a vessuw&i-ção de Jesus Cristo


dentre os mortos..." Aqui não vemos menção dos dons ou do corpo e sim a re-
generação que v'e'm pela ressurreição de Cristo.

Rm 8:2. Antes tínhamos pecado e morte mas agora temos vida pelo Espiri- ^
to da vida em Cristo Jesus. A ênfase mais forte deste versículo é vida den-
tre os mortos. No início o novo convertido não é impressionado com a impor-
tância do corpo, mas com a vida que acabou de receber.

Rm 8:11T Todo nosso serreceBevlda através da ressurreição de CriátoVo


processo começa no espírito mas aqui diz que até o nosso corpo mortal será
ressuscitado pelo mesmo Espírito que ressuscitou Jesus.

A ressurreição não é relacionada com o corpo de Cristo e sim com a vida


individual.Isto e importante porqneantes de fazer parte~ do corpo cada à
membro tem de se identificar com Cristo. Cada tijolo tem de ter a vida de 1
Cristo para depois fazer parte do templo. Cristo teve de suoir e vencer to- *
das as potestades para nos conceder poder para formar o corpo. Mas o corpo
é formado de pessoas que tem vida réssurreta do pecado e da morte.

Dentro deste contexto,porém, ainda que seja válido fazer esta distinção
entre vida e poder, ninguém deve se contentar em ter o primeiro sem o se-
gundo. O fim da história não é receber vida para escapar do inferno — isto
é só o começo. Cada um deve ter vida e também poder, dons, medidas de fé,
para edificar o templo de Deus.
É difícil entender como Jesus podia dar seu Espírito para ser vida em
nós sem subir ao alto e derramar o Espírito. Witness Lee usa o versículo de
João 20:22 para explicar isso. Jesus depois da sua ressurreição soprou so-
bre os discípulos para receberem o Espírito Santo.O fôlego de^ Uristo trans-
mitiu vida. Mas depois ele subiu ao Pai e derramou o Espírito sobre eles
para formar o corpo através dos dons.
Esta é uma explicação interessante e pode'ser válida. É difícil, porém,
acreditar que esta ação de Cristo foi mais do que uma figura ou símbolo
para os discípulos entenderem o que estava acontecendo no dia de Pentecoste
quando o Espírito realmente desceu. Não há prova de que os discípulos tive-
ram uma vida interior diferente após este acontecimento. Mas podemos ter
certeza de que depois de Pentecoste eles foram transformados tanto interior-
mente como exteriormente.
De acordo com a Palavra(como vimos em algumas passagens acima) recebe-
mos vida pela ressurreição e não pela ascensão. Esta vida vem pela nossa
identificação com a morte e ressurreição de Cristo e não por uma evidência

-43-
histórica. A ressurreição l um fato eterno — na sua morte nós morremos, na
sua ressurreição nos ressuscitamos.

Cronologicamente falando, tudo foi dado na ascensão — tanto a vida in-


terior do Espirito como o poder""— pois tudo è recebrdo pelo derramamento
do Espirito, jspiritualmente falando f porem, ha uma distinção; recebemos
vida individual pela ressurreição e vida coletiva no corpo pela ascensão.
Espiritualmente a ressurreição e n o s s a v i d a ê a ascensãonossopoder. A
ressurreição representa nossa salvação da morte, nossa vida interior, mas
esta vida só pode ser transmitida através do poder do Espirito que vem pela
ascensão, Em outras palavras, a vida da ressurreição só ê ativada espiritu-
almente porque a ascensão aconteceu historicamente. Uma prova disto é que
os discípulos mesmo vendo o Cristo ressurreto só tiveram poder para testi-
ficar sobre ele depois que receberam o Espirito no dia de Pentecoste.

De fato,e d i f í c i l entender como recebemos vida interior de maneira di-


ferente que recebemos o Espirito Santo, mas diariamente acontece de pessoas
receberem Cristo sem receber o batismo no Espirito. Eu mesmo fiquei cinco
anos regenerado s,em ao menos saber que existia o batismo no Espirito. Fi-
quei vivo(espiritualmente) cinco anos sem ser batizado nas águas ou no Es-
pirito. Hoje há muitas pessoas que têm vida dentre os mortos e não são ba-
tizadas no Espirito. Mas mesmo essa vida é graças ao fato de um dia Jesus
ter subido ao céu e derramado seu Espírito na terra.

Portanto, há dois aspectos: Cristo habitando interiormente em nós pelo


.Espírito e Cristo derramado sobre nós para levantar os ministérios que for-
mam o corpo.

É bom dividir os dois aspectos para adquirir uma melhor compreensão,


mas é errado enfatizar um aspecto mais que o outro. Os próprios seguidores
de Witness Lee e os grupos tradicionais enfatizam só a vida interior e ne-
gam o batismo no 'Espirito é õS dons. Put' ou Lio lado, os pencecosfcais enta-3
tizani ã Vida exterior (poder e dons J em detrimento 3ã vida interior (.santícTã-
d g e caráterJ. Nenhum dos dois"gruposesta tòrntagao ó~ cõrpõTe Cristo, fi
preciso não só y união dos dois aspectos más um tiuir de todos os passos —
Incarnação. crucificação, ressurreição, e ascensão — para formar o corpo
de (JristcT.

PERGUNTAS PAR*. REl/ISA"0

01. Poi que. Pauto começa a ^atai Aobie. a aAce.nAão de. CiiAto em EfizA-ioA 4: B?
Que. Ligação há e.ntíe. e.AAe. aAAunto e. o aAAunto do ve.u>Z.cuto anteiioi?
02. Com que. ^natidade. o CliAto gtoii&cado concede donA aoA nomeiti?
03. QuaiA OA duaA COÁAOA que Je.AÍu> £e.z ao Aubi.1 OA attuiaA?
04. Quat a co-iba maÍA importante, que. aconteceu na encarnação?
05. õ que. ÍAto tem a ve.1 conoàco hoje.?
06. QuaiA ao quatsio pa&AoA p/tótcx-pítcó de. CxÁAto?
07. ?ofi que. C^L&to pie.cA.Aav a moWA?
OB. Quat o AlgnÁfacado da ie.AAuMje.Á.ç.ão de. CtúAto paia no*?
09. Ve.Acie.va o pioce.AAo_ do ie.tac-ioname.nto e.ntie. Peai e. a Aua ciLacão.
70. Quat a dí^eA.e.nç,a bãó^cca e,ntie. o A-Lgn^i.cado da leAÁuiieÁção e. o da aó-
cen^ão de. Ciú>to?
11. Quat a di.^eie.nca e.ntie. be.be.1 do EàpZiito e. òeA batizado no E&pZi<ito?
12. Poi que. e. _e.iiado e.n^atizai &õ a v-ida do EApZlito que. ie.ce.be.moA puta.
13. Poi que. e. e.nado enfatizai AO o pode.1 do E&p&ito que. i&ce.bemõA pe£a
14. Como Ae. e.x.ptica o ^ato doA dtácZputoA apaie.nteme.yvte. ie.ce.be.iem tanto a
v-ida como o Qode.1 do EApZiito apÕA a aAce.nAão?
15. Poi que. não e. bom divúiii eAteá do-iA OApe.ctoA do EAp^ito com muita iL-
g-ide.z naA noAAOA e.x.p&iiê.ncÃaA hoje.?
16. Poi outio todo, poi que. e. bom e.nte.nde.1 a cUAtlnção ou dc^e^ença e.ntie. oA
doía?

-4A-
OITO PASSOS DE 'CRISTO E O SEU CORPO

Abaixo segue um diagrama que além de revisar os quatro passos dados por
Wj.tness Lee acrescenta outros quatro.

(1) UNIÃO(Pai-Filho) (5)ASCENSÃO (muito (7) GLORIFICAÇÃO


Jo 17:5 aaima de todos /\ CORPO
os oéus)

/ RESSURREIÇÃO FORMAÇÃO DO CORPO SUJEIÇÃO DA TERRA


PELO ESPÍRITO (milénio) ou IM-
PLANTAÇÃO DO REI-
NO
(3) CRUCIFICAÇÃO
(Lugares mais baixos da terra)

O primeiro passo de Witness Lee é a encarnação, mas para fazer este di-
agrama re$olvj, começar com a união entre o Pai e o Filho desde a eternida-
de. Todo o capitulo de João 17 trata deste assunto. O Filho tinha glória
(comunhão, união) com o Pai antes que houvesse mundo (v. 5), e o desejo de
ambos^é que entremos nesta mesma comunhão pelo Espírito (w. 22-24) que nada
mais é que esta união. do Filho com o Pai. (Veja o lívreto "Espaço para Deus"
paginas 16 e 17. )

Na encarnação Jesus abriu mão desta união para se tornar homem. Deixou
a glóría(a união que tinha com o Pai) para unir com o homem na terra.

Na crucificação ele desceu para os lugares mais baixos dá terra. Ninguém


sabia nada sobre este lugar sti ele ir lá e voltar. No versículo 9 de Efé-
sios 4 vamos estudar mais sobre isto.

O quarto passo do diagrama é a ressurreição. Ao invés de sair dos luga-


res mais baixos da terra e ir direto para o Pai, Jesus preferiu fazer uma
escala de quarenta dias na terra. Ele freou seu foguete para não passar di-
reto j?ela terra, senão ninguém veria seu corpo ressurreto. As Escrituras
não dão um relato lógico e completo do que aconteceu neste período de qua-
renta dias, mas sabemos que várias vezes se apresentou aos discípulos, co-
mendo e bebendo com eles, e também apareceu ressurreto a algumas mulheres.
Portanto, a principal razão dele ter permanecido quarenta dias na terra foi
para provar sua ressurreição. Mais tarde os apóstolos puderam testificar
sobre Jesus porque foram testemunhas oculares da sua morte e ressurreição.

Depois de se mostrar vivo e ressurreto ele continuou sua viagem que foi
a mais longa da história do homem — desde os lugares mais baixos da terra
até muito acima de todos os céus. A ascensão tem dois aspectos. Primeiro,
ela é a consumação de todos os passos de Cristo. Sua encarnação^ crucifica-
ção e ressurreição culminaram com a ascensão. Desta forma ele pode derramar
o Espírito que nos permite identificar com todos os passos pelos quais pas-
sou — sua morte, sepultamento, ressurreição e inclusive a ascensão — pois
Efésios 2:6 diz que Deus nos fez assentar nos lugares celestiais em Cris^
to Jesus. Em segundo lugar, ela representa um passo em si mesma como os ou-
tros três passos representam. Representa o senhorio e domínio de Cristo so-
bre todas as autoridades e potestades. Quando se sentou a direita do Pai
recebeu um nome sobre todo nome. Sem a exaltação de Cristo não teríamos au- .
toridade, porque ele não poder i aj derramar o Esp_irito e qs dons para formar í
cv corpo que reinara com ele e subjugara os domínios espirituais^ .Os dons
"são a representação da autoridade de Cristo na terra para sujeitar os ini-
migos.

-45-
l Pedro 3; 21.22 mostra este segundo aspecto da ascensão^ Jjo versículo
21 -'"vemos ainda sobre a ressurreição que nos dá boa consciência para ^com
TTéus, ou seja, vida dentre os mortos. E o versículo 22 diz que Cristo—de_-
pois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados an-
" I U S . H potestades, e poderes". Na ascensão ele recebeu autoridade sobre as
potestades e poderes.

Mas graças a Deus Jesus, não parou na ascensão, senão estaríamos perdi-
dos. Pelo Espírito desceu dois céus novamente e distribuiu dons aos homens.
Isto e a formação do corpo na terra pelo Espírito derramado da destra do
Pai. .
O sétimo passo é a glorificação do corpo nos ares. A noiva preparada e
gloriosa vai subir para se casar com Jesus nos ares e depois descer para
morar na Nova Jerusalém. A Bíblia descreve a Nova Jerusalém descendo do céu
ataviada como noiva adornada para seu noivo a fim de repousar na terra^Nes-
te ponto chegamos ao oitavo passo - a sujeição da terra ou a implantação do
reino. A igreja juntamente com Cristo restaurará toda a criação.

/•
\Vv. 9,10: Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até cus
J regiões inferiores da terra? Aquele fque desceu é tombem o mesmo que sub^u
} acima de todos os aéus, para encher todas as cousas.

Na progressão dos versículos 6-8 vimos que da plenitude de Deus todos


precisam receber uma medida. Por isto Cristo subiu a destra de Deus para
derramar as medidas - os dons do Espírito. Mas o prSximo passo e que antes
de subir ele precisava descer. É isto que vemos nos versículos 9 e 10.

Is 14:12-15. A historia de Satanás e totalmente contrária ã" histSria de


Crist-q. Satanás qUeTiã" subir o mais alto possível e caiu uu mais profundo
abismo. Cristo desceu aos lugares mais baixos da terra e foi elevado acima
; de todos os céus.
w
Foi neste contexto de descer para depois subir que Cristojleu os dons.
Ao tentar subir, Satanás desceu para contaminar o mundo comdemonios^E__Cris-
to, através de descer, subiu aò~"ãTto para conceder os dons que são a sua
graça para seu corpo. Portanto, os dons toram aaaos porque eie desceu pri-
meiro para depois subir.

Is 57:15. Deus habita no alto lugar, mas também no coração dos contri-
tos ~7~humTdes. Por ser alto e habitar nó lugar alto ele poderia escolher
pessoas semelhantes a ele e desprezar os humildes. Mas isto não e a nature-
za de Deus.Ele saiu da sua habitação nas alturas para habitar com os humil-
des e conceder-lhes graça para subir e entrar no mesmo lugar onde ele esta.
O caminho para o alto lugar é através da humildade - descer ao invés de su-
bir. ;

T^_4j_6: l Pé 5:5. Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes. A


lei do Espírito é descer,, quebrantar-se. f

r Fp 2:Jjrii Cristo estava no alto, unido com o Pai desde a eternidade -


e Satanás queria chegar lá. Cristo, ao invés de se julgar com o direito de
tomar o lugar de Deus, quis voluntariamente descer para jaós salvar e com-
partilhar o amor do Pai. Todo joelho se dobrará e toda língua confessara o
senhorio de Cristo porque ele desceu e Deus o exaltou. Isto explica Efesios
4:9,10 - ele podia subir para ser exaltado porque quis descter. Os dons vi-
eram pela ascensão de Cristo, mas sua ascensão dependia da sua descida. En-
tão os dons se originaram da humildade - a descida de Cristo. Vemos assim
algo que estudaremos depois com mais profundidade - a relação entre dons e
fruto. Deus da graça (dons do Espírito - veja página 37) aos humildes
(fruto do Espírito). Através de descer andamos no Espírito e recebemos os
dons. Por isto o capítulo 4 de Efesios começa com humildade.

-46-
CRISTO NO INFERNO

l Pé 3:18-20. Estes versículos nos dão um quadro de Jesus pregando as


almas que morreram no diluvio. Ele foi vivificado no espirito primeiro, de-
pois pregou aos espíritos em prisão, e depois foi ressuscitado. Ele foi no
espirito pregar a outros espíritos. Lá embaixo da terra ele não tinha corpo
porque o versículo 18 diz "morto, sim, na carne, mas vivificado no espiri-
to," mas quandp subiu ã terra tinha um corpo ressurreto. Foi nesse corpo
que ele subiu aos céus e está ate hoje ã desfra do Pai e é nesse corpo que
ele voltará para a terra outra vez. Estas coisas são um mistério,, só podem
ser compreendidas no Espírito e não com a mente.

Por que Cristo pregou aos espíritos quê morreram no tempo de Noé? Para
lhes dar uma outra chance de salvação? ,NaoJ Os universalistas crêem nisto
porque acham que todos vão ser salvos. Mas Cristo pregou aos espíritos para
confirmar a palavra de Deus(que é o próprio Jesus) que já Noé havia pregado,
a fim de selar a condenação deles. Estas pessoas foram perdidas e ficaram
perdidas, mas Jesus foi testemunha da salvação que perderam. Ele foi lá pa-
ra dizer:"Vocês ouviram apalavra de Deus através de Noé e não quiseram acre-
ditar. Vim aqui para provar e confirmar a pregação dele". Hebreus 11:7 diz
que Noé pregou para condenação. Sua fé condenou o mundo, e Cristo confirmou
isto. Noé e a arca eram uma figura de Jesus. Quem não quis entrar na arca
não quis entrar em Cristo.

l Pé 4:4-6. Enquanto a passagem anterior se refere aos perdidos, esta


se refere aos justos que creram antes da vinda de Cristo. Eles não o conhe-
ceram mas creram na palavra de Deus, e assim como foi necessário Jesus con-
firmar a perdição dos que ouviram Noe e não creram, também foi necessário
confirmar a salvação dos que creram sem vê-lo na carne. Cristo pregou a to-
dos, confirmando a salvação dos justos e a condenação dos ímpios. Ele se
revelou a todos e mostrou a consequência da decisão que já haviam tomado.

O que Jesus fez no corpo foi tão importante, que foi preciso mostrar
aos mortos, que agora estavam no espírito, para haver um testemunho. Jesus
foi no espírito mostrar aos que já não estavam mais na carne, o que ele fez
na carne. Isto é um escândalo de particularidade — até os mortos precisa-
vam entender tudo que Deus fez em Cristo na terra.

No'contexto do versículo 5 o testemunho de Jesus aos mortos foi uma


preparação para o juízo final. Pregando o evangelho aos mortos ele se tor-
nou competente para julgar vivos e mortos. Então, se Jesus desceu as re-
giões inferiores e confirmou a perdição dos ímpios e a salvação dos justos,
é inútil orar pelos mortos agora para que tenham uma última chance no juízo
final.

Efésios 4:9,10 não explica muito o que Jesus- fez lã embaixo mas escla-
rece o motivo porque ele desceu até o lugar mais baixo possível e subiu
até o lugar mais alto possível — para encher todas as coisas(v.10). Para
encher todas as coisas ele teve de descer e ser vitorioso sobre todas as
esferas e níveis, e depois subir levando cativo todas as coisas — a morte,
as potestades e poderes. Depois que subiu ele concedeu dons aos homens,' is-
to é,o mesmo Espírito de Cristo que encheu todas as coisas foi dado ã igre-
ja para que pudesse exercer a mesma autoridade — expulsando demónios, cu-
rando enfermos, profetizando, etc. . .

PERGUNTAS PARA REI/ZSÍ0

O?. Q.U.CUÓÓ Á ao oí> oÁJLo paí>Ao& de. CftÃAto e. õ


02. O que. Je,AuA &zz na encarnação f
03. O que. &£e &e.z na csiu.dLfac.aç.ão?

-47-
04. Vou que. e.le. não &oi ditieta do4 £uqoAe4 mót4 6o^xo4 da teAJia pata o Pa-t?
POA. que a te44uA&e>tção e a a^cenião não fatiam uma expeA-taneta 40?
05. ÇUCÚA 4ão o4 do-có a4pec£o4 da O4cen4ão? *
06. O que Je4u4 ^z depo-ú.da a4cen4ão?
07. Em qua£ de44e4 o-tío pa44o4 no4 encon.ta.amo4 oMalmínte. e quut4 atnda vão
08. O que Je4uó ptee<.4ava ^azet. outte4 de 4ubx>. ã deAtna de Peu4 pata deAna-
mat 04 don4 do E^pZiito?
09. Mo4^te o confiante. en-t*e a4 hÀÁtôfiiiU de Sa&wÓá e Cfrú>to.
10. Qual fioi o ti&Áultado da expiação de OúAto? E da queda de Satanás?
11. Qual o c.aminho pata o £ugaA aJLto onde Peu4 habita?
12. Po-t que OiÍAto £oi exaltado poi Peu4 4o6/te iodo nome que pode 4eA nome-
ado tantofl.e.Ate.4ecu|.o como no v-indoitio?
13. Vou que. Eáe4^.o4 4 começa com num^Cdade?
14. ?on. que. Ovl&to ^OÁ. v-ivi.6-ic.ado ante-& de, Í><LH ^e44u4citado?
15. QuaiA 04 do^ mo£t.uq4 po^tque Cfii&to p^eaou ao4 e4p£tX£o4 da4 pe44oa4
que moAA.eA.am anie4 da 4ua vinda?
16. Como uta p/tegajão de CxÃáto ao4 mo^o4 A.e44atta a imvotáãncia da 4ua
u-tda num__coAgo ^4-cco na te.HAa?
17. Vou que. e inútil otati pe.ioA mo^,to4?
7á. Qua£ é o motivo dado em E^é4^o4 4' poA Je4u4 ieA descido ao lugaSL maià
baixo po44Íue£ e Aubido ao tuciasi mai£ .alto po&tâvzl?
19. Vou que. e£e podca concedei O4^don4 depox.4 d'e

A RELAÇÃO ENTRE DONS E FRUTO

Paulo começou o capítulo 4 falando sobre o fruto do Espírito — andar


no Espirito (yv.1-3ji. Depois passou a falar sobre o corpo de Cristo e os
ions (vy T 4-1hL» e do versículo i/_em diante volta a talar sobre o truto^ Os
R>ns são nece s sírios para, edificar o corpo para produzir o f ruto7Â Árida
interior que vem pej.a res^urrgtçito e o fruto — o carater do cristão, E o
poder que vem pela ascensão são os dons para edificar o corpo. O propósito
de Deus é equilibrar os dons com o fruto para produzir santidade com poder.
Mas Satanás está sempre tentando dividir os dois, fazendo com que se ia en-
fatizado só o frutõ~(sántiJadB esTerii) ou_jS,o os dons (poder com fanatismo).
Ele l u t a p a r a separar os dois porque sabe ^ue a união dos dons com o fruto
pode libertar a igreja.

Os dons do Espírito precisam operar no contexto do fruto do Espírito.


Jesus desceu(humildade) a n t e s 3 ê s u b i r . A fonte dos dons não esta em nós e
nem estava em Jesus — foi pecessário que ele descesse e se esvaziasse a si
mesmo para que Deus o exaltasse e lhe concedesse dons para dar aos homens.

Ha uma relação bem definida entre dons e fruto porque não é por acaso
que temos nove dons em l Coríntíos 12 e nove frutos em Gaiatas 5. Não que
devamos limita-los a nove. mas parece que o Espírito Santo dirigiu mencio-
nar nove de cada um para mostrar a relação entre os dois.

Os dons representam o serviço^o ministério do corpo, e são temporários,


p fruto representa o carater de Cristo no corpo e e permanente^ Os dons não
levam tempo para se manifestar; vem instantaneamente, q u a n d o U e u s quiser
concede-los. Exigem uma cprresppndencia imediata — se houver demora para
profetizar, é arriscado perder a profecia. O fruto se desenvolve num pro-
cesso demorado de crescimento. A_formaçao do fruto do Espírito e semelhante
ã. formação de um fruto da terra, que não e produzido de um dia para outrq.
È" precisp plantar a semente, eu J, ti vá-1 a diariamente, protege-la de todos os
inimigos, e esperar até quê a planta floresça e finalmente produza fruto.O
Espírito Santo usa esta analogia para mostrar que a implantação do carater
de Cristo em nós é um processo lento e demorado. O dom vem como um relâmpa-
go, manifesta a beleza de Cristo e desaparece; e o fruto no entanto demora,
mas é permanente. Os dois juntos representam Cristo na terra — um com ser-
viço e açao e outro com carater.

Nosso destino é torna:)—r-, o s semelhantes a Cristo, ter a sua natureza e

-48-
_carãter (Rm 8;J9)^ Ser conformado à imagem de Cristo e possuirão seu carã-
e rsto e~algo permanente. Mas os dons são os instrumentos~p'ara to'dõ~o
corpo entrar na natureza de JeSús. São um ministério ou^servíço
^ara entrarmos no cariter permanente de Cristo. Devem edificar o corpo para
permanecer na natureza de Jesus. Por isto os dons são temporários e o fru-
to permanente, porque quando alcançarmos o que e permanente o temporário se
tornará desnecessário, l Corlntios 13 mostra claramente que quando vir o
que é perfeito(o amor, o fruto do Espirito, o caràter de Cristo) o que é em
parte(os dons) desaparecerá.
Os dons devem produzir o fruto e o fruto deve produzir os dons, pois há
uma'interação entre eles. Os dons e o fruto vem do Espírito no corpo, ma s
não se sabe qual vem primeiro. No entanto, por serem ..instantâneos, geral-
mente os dons vêm primeiro. Muitas pessoas são Batizada« no Espirito e na
mesma hora falam em línguas, profetizam, ou tem visões. Não & preciso ser
um crente maduro para atuar nos dons, mas eles devem produzir mais união,
amor e edificação no corpo, para haver dons mais puros e fruto mais forte.
Por exemplo, um dom do Espirito pode liBertar alguém-de um vicio ou há-
bito errado, e assim ela começará a produzir fruto em sua vida. Uma palavra
de sabedoria pode resolver os proBlemas de uma pessoa-e-li&erá-la a viver
uma vida santa. Através do dom de cura alguém pode ser-curado, e depois de-
dicar sua vida ao ministério e produzir muito fruto e operar nos dons.
A interação de dons e fruto e essencial no evangelísmo, Muitas vezes
evangelizamos anos e anos num determinado lugar e nada:acontece. Uma coisa
pode estar faltando: sinais e maravilhas. Uma manifestação poderosa do Es-
plrito(uma cura por exemplo) pode atrair uma cidade toda para ouvir o evan-
gelho* Isto acontecia muito no livro de Atos. Pedro curou paralíticos e
ressuscitou mortos(At 3:1-26; 9:32-43). Paulo curou um aleijado de nascença
e deixou cego um mágico(At 14:8-11;13:8-12). Por causa dos sinais, multi-
dões afluíam para ouvir a pregação deles, e havia um grande número de con-
versões. O povo respeitava os apóstolos e a palavra deles"tinha autoridade
porque era confirmada pelas manifestações do Espirito. Qs dons e o fruto
^funcionando juntos são a melhor campanha puBlicitaria para um evangelismo
eficiente.
Porém, se um começa a funcionar sem o outro, logo surgem proBlemas gra-
ves. Os dons sem o fruto dão abertura E operação de espíritos estranhos,que
causam heresias, divisões, exaltação do homem, imoralidade, etc. Existem
igrejas que são cheias do poder do Espirito, cheias de profecias e maravi-
lhas, mas lã dentro todo mundo sabe que há írregularidades acontecendo.
Certa vez conheci uma irmã preciosa nó movimento pentecostal que realizava
campanhas de avivamento e cura.Fiquei impressionado ao vê-la pregando, pro-
fetizando e curando enfermos. Porem, quando fui ã sua casa percebi que algo
estava errado ao ver o tratamento dela com os filhos, e falta de vida espi-
ritual neles. Foi então que percebi que os dons sem o fruto são insuficien-
tes. Por outro lado, o fruto sem os dons produz uma santidade sem vida, sem
ação. A igreja pode estar toda certinha e sem proBlemas, mas não tem vida.
A pessoa pode parecer muito consagrada mas não tem poder para reproduzir a
vida de Cristo em outros. Portanto, precisamos ter os dons no contexto do
fruto para que o corpo cresça em amor, vida, unidade, e santificação.
No dia de Pentecoste o Espirito desceu e derramou dons sobre a igreja,
e logo começaram a praticar a vida de Jesus e a viver em comunidade. Este e
um exemplo que mostra os dons iniciando à obra de santificação^ 0~""processo
de santitícaçao ealgo sobrenatural Que depende do poder de Deus e não dos
nossos esforços. A ênfase no fruto sem os dons produz justiça própria e uma
santidade natural. A graça que vence o pecado ê o poder sobrenatural de Je-
sus em nós, e isto vem pelos dons. Mas a nossa tendência carnal é sempre
pegar o que Deus fez e fazer: de conta que é nosso. Por isso Deus envia pro-
vas e tribulações para anular nossa vida natural, para que Cristo aja em
nós através dos dons, e o resultado seja só a vida abundante de Cristo — o
fruto do Espirito em nós.
Outra coisa que devemos notar é que os dons do Espirito e os dons de
ministério muitas vezes são confundidos. Por exemplo, o dom de profecia -é

-49-
um dom do Espírito e o ministério de profeta é um dom de Cristo ã igreja. A
própria pessoa do profeta é um dom. Ele opera no dom de profecia mas sua
vida tem que ser provada pelos frutos. Em outras palavras, o ministério e
uma pessoa provada que tem fruto do Espirito. Vemos, então, a ligação en-
tre dom e fruto na própria pessoa, no próprio ministério. Que adianta ter
um dom sem ter uma pessoa adequada, preparada para exerce-Io2 Muitos minis-
térios poderosos(de cura, por exemplo) foram desqualificados por falta des-
te equilíbrio entre dons e fruto, Não perseveraram humildes(fruto) e entra-
ram em orgulho e exaltação própria. Então, os dons têm de operar na vida
das pessoas para produzir fruto e carater j^fim de que elas sê ForaglD^"!!!!?
jjiisterios, dons para a igreja..

l Co 12:4-6. Assim como temos a trindade em Efésios 4:4-6 o mesmo acon-


tece" nestes versiculosro Espírito(v.4), o Senhor Jesus(v.5), Deus Pai(v.6).
~tím fítesíos 4 temos a unidade do corpo para os dons operarem, e aqui temos a
unidade da trindade — o mesmo Espirito, o mesmo Senhor e o mesmo Deus. Po-
rém, esta unidade inclui diversidade nos dons, serviços(ministérios) e rea-
JLizaçôes. peus gosta de unidade mas com variedade. Variedade s e m u n i d a d e
produz liberdade da carne(todo mundo fazendo o que quer) e divisão do cor-
po. A tendência do homem é levantar uma outra denominação ou formar um gru-
po diferente, para que possa agir da maneira que ele quiser. Por outro la-
do, a unidade sem variedade produz uniformidade — todo mundo falando e fa-
zendo a mesma coisa. Mas isto também não agrada a Deus porque não expressa
sua natureza que é multiforme e rica. Deus quer pessoas diferentes mas uni-
das em um só corpo. Ele quer unidade na variedade, com cada um respeitando
e valorizando o dom do outro. Ê o mesmo Espirito, o mesmo Senhor, o mesmo
Deus e o mesmo corpo, mas com manifestações diferentes.

Note que o versículo 4 fala sobre dons e o 5 sobre ministérios. Os dons


têm de jrgerar para produzir ministérios que se tornam dons para a igreja. Õ"
dbm de ministérioeproduzido pelo exercício dos dons do Espírito e a prã-
tica do fruto do Espirito. O ministério é a ligação entre os dois aspectos.
Não se pode ter ministério^sem "os aons do Espírito, mas tambéttTnãó Sê pode
ter ministério sem o fruto do Espirito. Se um ministério começa a se exal-
tar e perde o fruto,ele pode até continuar exercendo o dom, mas ao invés de
ser um dom ã igreja se torna um perigo. Então,_o dom de ministério tem que
combinaj^-«-4om do Espirito com o caráter de Crismo, o frutcTdO Espiai.Lu;

l Co 12:7: "A manifestação do Espirito é concedida a cada um..." Começa


com unidade e depois cada um recebe uma manifestação do Espirito. Isto faz
um paralelo com Efésios 4:7 onde cada um recebe uma medida do dom de Cristo.

l Co 12:8-11, Temos aqui nove dons do Espirito que podem ser divididos
em três classes: .,
Dons de revelação; palavra de sabedoria, palavra de conhecimento e dis-
cernimento de espíritos. Estes dons são relativamente quietos, interiores.

Dons de poder; fé, cura, e milagres.

Dons orai s; profecia, línguas,e interpretação.

Ha muitos livros sobre este assunto. Poderíamos gastar muito tempo es-
tudando as manifestações dos dons através da Bíblia, mas não vamos fazê-lo
agora. Por exemplo, Elias e Eliseu operaram nos dons de sabedoria, conheci-
mento, cura, profecia e milagres. Só não falaram em línguas porque elas não
aparecem no Velho Testamento. Outra grande figura do Velho Testamento,Moi-
sés, também exerceu dons do Espirito. Jesus operou nos dons. Ele tinha to-
dos os dons do Espirito. Quando os discípulos lhe perguntaram sobre onde
tomariam a ceia, ele disse: "Ao entrardes na cidade encontrareis um homem
com um cântaro de água; segui-o até ã casa em que ele entrar..."(Lc 22:10).
Que dom é este? Dom de conhecimento. Antes de acontecer ele sabia que o ho-
mem entraria numa casa com um jarro de água na cabeça.Depois disse aos dis-
cípulos: "Ele vos mostrará um espaçoso cenáculo mobilado; ali fazei, os pre-
parativos" (v. 12). Aqui ele usou a palavra de sabedoria. A palavra de conhe-
cimento revela as coisas que são desconhecidas(que aconteceram, estão acon-
tecendo, ou ainda acontecerão). A palavra de sabedoria revela o que deve

-50-
ser feito, como devemos agir em determinadas situações.
Tenho pensado muito por que Paulo colocou o dom de discernir espíritos
entre profecia e variedade de línguas (l Co 12:10). Minha conclusão ê* que
precisa discernir os espíritos para julgar a profecia, se ela é de Deus, do
homem, ou do maligno.
l Co 12:28. Neste versículo temos uma mistura entre dons do Espírito
(milagres, curas, socorros, governos, variedade de línguas) e dons de_míj
nisterio(apóstolos, profetas, mestres). Isto mostra que o Espírito não é
muito rígido na distinção entre os dois.
Paulo fez um sanduíche maravilhoso' com os capítulos 12-14 de l Corín-
tios; capítulo 12 — sobre dons; capítulo 13 — sobre fruto; capítulo 14 —
sobre dons. No capítulo 13 ele compara o amor com quase todos os dons dó
Espírito, e termina dizendo que no final estes vão passar e o amor vai per-
manecer. No capítulo 14 ele vplta a falar sobre os dons para orientar sobre
o uso de línguas e profecia na igreja.
l Co 12:31; 14:1. Sem o amor(fruto do Espírito) nenhum dos dons tem va-
lor mas não podemos buscar só o amor. Temos que "procurar com zelo" os dons
e "seguir" o amor também. É através dos dons(parciais, l Coríntios 13:9)
que vamos chegar ao amor(que é perfeito, l Coríntios 13:10). Se não passar-
mos pela fase de meninos nunca chegaremos a ser homens (l Coríntios 13:11).
Ao falar sobre os dons em iCoríntios 12 Paulo sentiu uma forte necessidade
de enfatizar o amor em l Coríntios 13. Ao terminar de falar sobre o amor,
porém,ele sentiu necessidade de voltar a falar sobre os dons(l Coríntios 14).
Isto mostra que não se pode desprezar nenhum dos dois mas temos que crescer
neles em equilíbrio.
Gl 5*22,23. A palavra fruto esta no singular porque o amor é o primeiro
fruto e inclui tudo. Em l Coríntios 13, a passagem clímax sobre fruto do
Espírito, Paulo mostra como tudo depende do amor. Não se podef ter gozo sem
amor, bondade sem amor, longanimidade sem amor, etc. Aqui temos também no-
ve frutos para comparar com os nove dons de l Coríntios 12.
JR.omanos 12_. Depois de tratar sobre doutrina nos capítulos 1-11, Paulo
inicia a parte prática do livro de Romanos neste capítulo 12. Então este
capítulo é semelhante a Efésios 4 e 5 que também tratam do andar no Espíri-
to, a prática da igreja. Geralmente as epístolas de Paulo possuem a mesma
estrutura de Efésios — primeiro doutrina e depois a prática.
Note como Romanos J.2 tem um esquema semelhante a Efésios 4 e l Corín-
tios 12-14. Q, início do capítulo fala sobre andar no Espírito — produzir o
carater de Cr£sto(w.l-2). Os versículos J-a talam soore os membros do cor-
po e os dons do Espirito. E do versículo 9 em diante volta a falar sobre
f,ruto, exortando sobr« uma vida de santidade e a prática do amor não fingi-
do.
Em l Coríntjíos 12-14 Paulo fez um sanduíche com o fruto no meio e agora
em Romanos 12 assim cpmo em Efésios 4 acontece o contrário — os dons são o
recheio e o fruto o pãdé Tudo isto mostra que os dons têm que operar junto
com o fruto para edificar d corpo. O propósito do corpo de Cristo é manifes-
tar a natureza santa de Deus e a vida de Cristo na terra através da opera-
~gao conjunta dos dons e fruto do Espírito. Não se pode ter santidade sem
poder (fruto sem dons) e nem poder sem santidade (dons tje.ni fruto) .
Pqrtanto, os dons vem sempre no contexto de humildade(fruto). Os dons
são dados para'produzir fruto. Se isto_ não acontece há perigo de entrar em
outro espírito, em orgulho e exaltação. Por isso Paulo exorta em Romanos
12:3 a não pensarmos que somos indispensáveis ã igreja(o homem de Deus para
esta hora!); antes, devemos ter sobriedade e agir conforme a medida da fé
que Deus repartiu a cada um. Cada membro do corpo tem um dom diferente que
deve ser exercido com humildade e quebrantamento.

Vv. 6-8. Temos aqui uma lista de dons bem diferente de l Coríntios 12:
profecia, ministério(servir), ensinar, exortar, repartir, presidir, e exer-

-51-
cer misericórdia. Isto mostra que não é preciso limitar os dons a nove e
nem fazer uma distinção rígida entre dons do Espírito e dons de ministério,
porque mais uma vez vemos os dois misturados. Portanto, em Romanos 12 exis-
tem dons do Espírito que não se encontram em l Coríntios 12, e dons de^mi-
nistêrio que não se encontram em Efésios 4:ll(onde vemos cinco ministérios)
e nem em l Coríntios 12:28.Podemos ver,então, que não precisamos ficar pre-
sos num esquema rígido.O Espírito Santo é. flexível e livre na sua operação.
^Em Romanos 12:6-8 encontramos a diversidade de dons, ministérios e ope-
rações mencionada em l Coríntios 12:4-6. Podemos profetizar, dar dinheiro,
visitar os doentes, ser professor numa escola, curar os enfermos, liderar,
etc. Cada um tem de saber seu papel no corpo e agir com responsabilidade
no seu dom. Deus criou cada pessoa para fazer uma coisa específica no corpo
que ninguém mais pode fazer. Esta coisa específica é diferente de dar o di-
zimo, freqlientar as reuniões, louvar a Deus juntos, e ler a Bíblia — que
são coisas importantes mas que todos devem fazer. É algo^que nascemos para
fazer a fim de glorificar a Deus de uma maneira que ninguém mais sabe. E se
não descobrirmos e. valorizarmos isto entristeceremos o coração de Deus.
Você sabia que cada floco de neve é totalmente diferente dos outros, e
que^cada impressão dTgital—é única no mundo 'l Da mesma torma cada um de nos
íoí' feriado para fazer uma obrã~especifica a fim de glorificar a ueus. t^or
isso ninguém deve se achar inferior no corpo, porque assim estará despre-
zando a obra de Deus em sua vida. Você não pertence mais a si mesmo, e pro-
priedade de Deus e deve valorizar isso e procurar fazer com alegria o que
Deus lhe deu para fazer. Mesmo que seja algo difícil, ele lhe dará forçada
alegria para realizá-lo. A revelação destas coisas evitará de ficarmos imi-
tando ou comparando nossos dons com os de outros. Muitas vezes não contri-
buímos numa reunião grande porque achamos que existe outro irmão que age
melhor naquele dom. Outras vezes nos frustramos porque tentamos praticar um
dom que não é o nosso, só para imitar alguém. Temos, então, de descobrir e
valorizar nosso dom, e agir com liberdade do Espírito para que a riqueza
multiforme de Cristo se manifeste no corpo. Que Deus nos ajude a ser fiéis
e a operar nos dons com diversidade e humildade.

PERGUNTAS PÁ1W. REt/TS/W

01. Qual o alvo do, Ve.u& pasia a Igie-ja m delação ao* dono e o fruto do E*-
pltuto? E o de. Satanás?
02. Qual a di6e.ie.nca e.nPtn dons_e. fruto m telação ao tempo ga*to pana *e.u
deAe.nvolv-ane.nto e manifestação?
03. Qual do* dói.* *ão p&fwan&nteÁ? Vou quê?
04. Qual a Canção principal do* don* e poi que. *ão tempo fiãnio*?
05. Vou que. o* don* muita* ve.z&* uêm phÁjneÀAo na expet-têncxa do cAÁAtão? .
06. Vou que. não pod&mo* ie.jeÃtaA. como ^alía uma pfto^e.cia *implc*me.nte. por-
que, fioi. e.ntte.gue. pon uma. p&t>6oa que. tm muÁtoA de.£eÁJ:oJ> de. caAÕteA?
07. Como ot> dono podm pioduzJJt o &tiuto? (VÍ e.xemploA oiÂ.g<inaÀA)
0&. Vou qun oàdom â o fruto do EipZtòto pie.cÂAam úaxcÂ.onaA. junto* paAa. ka-
veA um ívangatíÂmâ e.^cÂ.e.nte.? •
09. õ que. ac.onte.c.e. quando a -cg^ie/a 40 e.n^atiza o* dono? E quando dn^atiza
éÓ o fruto?
10, Qual a e^t^atíg^a de. Ve.u4 pena a no-ó-òa vítõiia. t>obfi<i o pecado?
H. Quat a di^eAe.nç.a e.n&ie. um dom do Eàplsúto e. um dom de. nú.nlt>téAÁ.o?
12. Vo>i que. £>eaá goàta de. unidade, com va>ú.é.dade.?
13. Como é pa.oduz4.do um wLnlbfíuLo, um dom de. CJiÁAto pata a Á.Qfie.ja?
14. Q.tHtiò ao ttóA cloAbeA naí> quaÂA podem AeA bubdiv<idÂ.do& 04 naue dona
me.ncÁ.onadoA m 1 CotântioA .11?
15. õ que. o sanduíche, de. Paulo de. 1 Cotu.ntA.oi, 12-14 mottna &obn.e. a fietaçao
e.ntn.0, dono <L fruto?
16. ?aft que. aúÁAmamoA que. o amofi .incidi oí> fruto* do E&pZnito?
17. Como o* AanduZckeá de. E^ãó-cai 4 e. Romano* 12 *ão di^eAe.nte* de. 1 Cosu.n-
tio* 12-14?
18. Como G conpo de. CnÂAto podeAa maniueAtasiple.name.nte. a natute.za de.
na

-52-
79. Posi que. não de.vejmo* únútciA. o& don& de. OU&IOA ou compo/tat o HOAAO dom
com o de. OU&LOA?
ÍO, Po-t que, a. deAc.obeAta n exe^clc-co do YIO&&O dom e. eÂÁzndiat paAa. quz todo
o coipo c.he.Que. 5 --•*•"-•'-'--'-''

( Vv. 11-13: E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas,
\ para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vistas ao
J aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edifi-
4. cação do corpo âe Cristo,. até que todos cheguemos à unidade da f é e do ple-
\ conhecimento do Filho de Deus, â perfeita varonilidade, à medida da es-
I batura da plenitude de Cristo... ^
\
Estes três versículos são o alvo do ministério e os próximos três
(w. 14-16) são o processo para chegar a este alvõl
No versículo 11 temos os cinco ministérios(apóstolos, profetas, evange-
listas, pasfores e mestres), que são homens que receberam dons do Espirito
(medidas da graça de Cristo), e através de desenvolvê-los juntamente com o
seu caráter se tornaram dons, ministérios para edificar a igreja.
V.12 (Tradução Corrigida). Para um fluir melhor vamos ler este versícu-
lo sem as vírgulas. Vemos nele o alvo dos cinco ministérios: "O aperfeiçoa-
mento d,os santos para a obra do ministério para edificação do corpo". Os
santosjião são aperfeiçoados pára se sentirem alegres por irem para o céu.An-
tes, são aperfeiçoados para uma obra ou serviço — a edificação do corpo.
Não são três alvos(aperfeiçoamento, ministério, e corpo de Cristo) mas um
só: o aperfeiçoamento dos santos e para a obra do ministério, que por sua
*vez é para edificar o.porpo. O alvo é a edificação do corpo e o meio são
os santos no ministério —' cada um tem um ministério. Então o ministério de
edificação do corpo não é só para os apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres, "mas para todos os santos, Neste contexto os cinco mi-
nistérios são os meios que preparam os santos(todos os membros do corpo)
para desempenhar seu serviço ou ministério a fim de edificar o corpo. Por-
tanto, para cada membro aprender a desempenhar seu ministério não é preciso
se,r trginado num seminário, instituto bíblico ou faculdade de teologia. São
necessários os cinco ministérios.
i Podemosfazer uma analogia interessante entre a nossa mão e os cinco
ImiuistiríosT^nada mtntSCéno corresponde a Hm JeJu Jg mãol '
Dedo polegar — apóstolo. Atinge todos os outros ministérios assim como
o dedo polegar atinge; todos os outros dedos. O apóstolo é profeta, evange-
lista, pastor, e mestre. Uma boa definição para um apostolo seria: Um homem
com missão de evangelista, mensagem de profeta, jom de mestre, e coração de
pastor. " '
Dedo índex — profeta. Aponta a vontade de Deus.
Dedo méd;.o — evangelista» Ê" o dedo mais comprido. Da mesma forma o
evangelista alcança o maior número dê pessoas. É um ministério que aparece
em todo lugar.
Dedo anular -* pastor. É o dedo da aliança. O pastor ama a igreja e a^
prepara para o casamento. Trata das coisas da casa de Deus^
Dedo auricular — mestre. E o dedo usado para limpar o ouvido. O mestre
limpa o ouvido do povo para ouvir e entender a palavra de Deus. ^ ^ " ~
Assim como a mão lava todo membro do corpo natural, os cinco ministé-
rios^TãvãnTjítrãveFj^ Desta
formatodosião aperfeiçoados no seu ministério respectivo para edificar o
corpo de Cristo.
V. 13. Neste versículo vemos o alvo completo, o quadro perfeito do pró-

#^

-53-
posíto de Deus com a igreja. As sieguintes expressões — unidade da fes ple-
no conhecimento do Filho de Deuss perfeita varonilidade(ou homemjperf eito)3
e medida da estatura da plenitude de Cristo — são todas expressões parale-
las. Estão falando a mesma coisa em outras^nfl1 avra*-~ Quando chegamos a uni-
dade da fé chegamos ao pleno conhecimento dcTFilho de Deus. Quando chegamos
ao pleno conhecimento do Filho de Deus chegamos ao honem perfeito, e assim
por diante.

"...até que todos cheguemos ã unidade _da fé... " Vimos no versículo 3
flue o^ caminho pyid chegar a unidade da té é guardando a unidade do Espiri-
to. Não adianta querer chegar à unidade da fé discutindo e fazendo confe-
rências sobre o assunto. O Espirito é o Espírito da verdade e a verdade e a
base da nossa fé. Para alcançar a unidade da fé precisamos guardar a unida-
de do Espirito da verdade. Ao invés de escolas e conferências precisamos
enfrentar as patrolas da escola da vida que produzem em nós o fruto do Es-
pirito e assim caminhar na unidade do Espírito.
"...pleno conhecimento do Filho de Deus..." O ponto desvista de Deus
sobre "conhecer" ê diferente do nosso. Para nos conhecimento é algo fora de
nos — estudar, ler, ser treinado até saber uma coisa. Mas na Bíblia guando
o homem conhece sua esposa um filho é gerado! Não é um processo mental mas
uiílil união íncímae real que produz uma nova vida. Conhecer Jesus, então, e
fazer parte dele, unir com ele. Conhecer a verdade de Deus ê participar da
verdade, tê-la dentro de nos ou estar dentro dela. Por isso, para conhecer
Jesus participamos do seu corpo e sangue na ceia. E através de conhece-lo
Cdestajnaneira) nos tornamos no "homem perfeito" (Cristo). E ser homem per-
feito é alcançar "a medida da estatura da plenitude de Cristo" — a maturi-
dade. E aqui o ciclo se Completa porque chegar k maturidade e o mesmo quê
chegaria unigãSe da ±é — a igreja unida em comtiflháo com Deus e com os ir-
mãos, tJristo em sua plenitude incluindo a cabeça e o corpo, a igreja glo-
riosa, a casa de Deus. Este é o alvo dos cinco ministérios.

Porém, este alvo só será alcançado em plenitude no fim com a volta de


Cristo. O "homem perfeito" é casado — a cabeça com o corpo, o noivo com a
nqiva. Isto inclui tudo — a unidade, o pleno conhecimento, a estatura com-
pleta, a perfeição. Então, se a unidade da fé só será alcançada plenamente
no fim, isto quer dizer que a tarefa antes da vinda de Cristo é aprender a
guardar a unidade do Espírito, praticando humildade e quebrantamento, e
produzindo fruto do Espírito. De fato, Deus não está tão interessado em que
todos concordem e pensem da mesma forma como está interessado em que todos
cresçam em amor e paciência no meio de diferentes opiniões. Ele está mais
interessado em nosso quebrantamento e humildade do que em acharmos as dou-
trinas certas, A falta da unidade da fé agora pode contribuir para o desen-
volvimento do fruto do Espírito que acabará produzindo a unidade da fé!

Entretanto, não se pode ser inflexível, pois antes da segunda vinda te-
remos um prazo curÇo para gozar uma amostra ou penhor desta unidade da fé.
Tudo que Deus fez tem vida e movimento. Unidade da fé, pleno conhecimento,
homem perfeito, medida total, não descrevem algo rígido ou estático como
uma fotografia, mas algo em movimento como uma fita de cinema. Por exemplo,
temos que entender a expressão "pleno conhecimento" como algo progressivo e
em constante movimento, porque durante toda a eternidade continuaremos a
conhecer o Deus infinito. Será uma aventura sem fim, pois nunca chegaremos
a um ponto final no conhecimento de Deus. Observe que o verdadeiro mundo
esta movendo — as árvores balançam e batem palmas, as ondas do mar cantam,
as flores conversam entre si, os morros pulam e rompem em cânticos. Deus
criou o mundo em movimento, tudo envolve música e dança, flores e cores.
Satanás foi quem prostituiu o mundo e agora a criação geme ã espera de li-
bertação (Rm 8?20-22). Mas quando chegarmos ao estado de homem perfeito, a
criação será liberta para cantar, dançar e glorificar a Deus. A unidade da
fé, então, é uma coisa dinâmica com ciclos e progressos. Deus não gosta de
monotonia, ele está sempre progredindo e desenvolvendo seu plano. Da mesma
forma a edificação da igreja, do homem perfeito, o desenvolvimento do pleno
conhecimento de Deus, é algo dinâmico e progressivo.
De acordo com a Palavra de Deus esta medida total,o homem perfeito, se-
rá alcançado durante os últimos três anos e meio. Assim como Jesus, o homem

-54-
perfeito, exerceu seu ministério durante três anos e meio na terra, assim
também a igreja, como homem perfeito, terá um período semelhante de tempo
para manifestar a graça de Deus as potestades. Cristo se manifestou como
homem humilde, desafiando as potestades, e no fim a igreja se manifestará
como igreja gloriosa, a noiva de Cristo, para demonstrar a multiforme sabe-
doria de Deus aos principados e domínios nos lugares celestiais(Ef 3:9,10).
Este período de três anos e meio será o clímax de Satanás e o clímax da
igreja, e ambas as forças se confrontarão mas Satanás será derrotado. (Se
quiser estudar sobre os últimos três anos e meio peça a apostila "Visão
Profética".)
Para o alvo do versículo 13 ser alcançado precisamos dos cinco ministé-
rios do versículo 11 para aperfeiçoar e edificar a igreja. A restauração da
igreja depende da restauração dos ministérios. E como estes serão restaura-
dos? Através da restauração da palavra, pois todos eles lidam com a pala-
vra.
A RESTAURAÇÃO DA PALAVRA

Vamos fazer, então, um esquema para entender sobre a restauração da pa-


lavra e dos ministérios.
lê VINDA — 2Í VINDA

APijSTOLOS—• • APÓSTOLOS

ESPÍRITO SANTO-—-—^__ ——"•—PALAVRÍ VIVA


(Pentecostes) """""""^^fc^^^""" (Nova Reforma)
__ PALAVM VIVA — "" ~~ ^~—-ESPIRITO SANTO
(Apóstolos \heios do Espírito) .(Chuvy Serôdia)
FALAVA ESCRITA ——PALAVRA/S CRI TA
(Novo TeVtamento) (Rejfcrma)

À igrea sestas ou com Raios deJfuz anunciam


o mun ovo dia

1000 anos
Deus estabeleceu na igreja primeiramente apóstolos (l Co 12:28). Os doze
foram levantados pela presença viva e pessoal de Jesus. Paulo e os demais
se levantaram depois da morte de Jesus. Os doze frequentaram a escola de
Cristo durante três anos aproximadamente. Mas só depois que receberam o Es-
pírito Santo é que se levantaram com a palavra viva, o evangelho puro. Ve-
mos em Atos vários exemplos da palavra viva fluindo de Pedro e Paulo. Com
suas próprias línguas, inspirados pelo Espírito Santo, citando versículos
do Velho Testamento, produziram o Novo Testamento. Pedro não pensou que es-
tava fazendo o livro de Atos quando pregou no dia de Pentecoste ou quando
disse ao coxo da porta Formosa: "Ouro e prata não tenho mas em nome de Je-
sus Cristo, o Nazareno, anda" (At 3:6). Então a palavra viva que saiu da
boca de Jesus e dos apóstolos foi registrada para produzir a palavra es-
crita do Novo Testamento.
Com o desaparecimento dos apóstolos e da presença anti-séptica do Espí-
rito Santo veio a apostasia. A igreja passou por mil anos de escuridão sem
apóstolos, palavra viva e nem palavra escrita. A Bíblia só não desapareceu
porque foi guardada nos mosteiros, mas em língua ininteligível ao povo — o
latim. Este foi um período onde a superstição e a idolatria prevaleceram na
igreja.
Por volta de 1300 surgiram homens como John Wyclif f (Inglaterra) e John
Huss(Tchecosldváquia) que se preocuparam em restaurar a Palavra escrita pa-
ra o povo. O primeiro traduziu a Bíblia para o inglês e o segundo foi quei-
mado por afirmar que a autoridade da Bíblia está acima da autoridade da
igreja e por transmitir a Palavra de Deus ao povo. Todo este processo teve
seu clímax com a Reforma de Lutero em 1500. A partir daí a Bíblia começou a

-55-
ser traduzida e impressa em diversas línguas, permitindo assim o acesso do
povo ã Palavra escrita.

A restauração da Palavra escrita produziu o mover do Espírito Santo ^por-


que o Espírito testifica da Palavra.E claro que houve operação do Espírito
na igreja durante toda a historia e especialmente depois da Reforma. No tempo
de João Wesley,por exemplo, houve grandes manifestações do Espírito. Mas no
início do século XX houve uma restauração muito maior e mais completa dos
dons, sinais, prodígios e milagres que ele opera. A experiência pessoal
do batismo no Espírito foi restaurada tal como era no livro de Atos —
acompanhada pelo dom de línguas, profecia, visões, etc. Desde então a pala-
vra esta sendo mais e mais revelada, saindo de uma maneira nova.

Atualinente estamos neste ponto — esperando a restauração da palavra


viva que vai levantar apóstolos novamente, e estes vão edificar o corpo de
Cristo e preparar a igreja para receber a volta de Jesus.

l João 5:8 diz que há três testemunhas — a Palavra, o Espírito e o


Sangue. A palavra viva é o próprio Jesus, e para. o termos vivo em^nosso
meio ê necessário estas três testemunhas funcionando juntas em equilíbrio.
Hoje temos a Palavra escrita e o Espírito Santo, mas ainda não temos a pa-
lavra viva que levantara os ministérios que aperfeiçoarão a igreja. Temos
provas evidentes de que a ênfase em uma só dessas testemunhas produz divi-
são^ orgulho e sectarismo. Os pentecostais, por exemplo, enfatizam tanto o
Espírito e os dons,que não entendem quase nada sobre a Palavra de Deus. Por
outro lado, os tradicionais só enfatizam a Palavra escrita e rejeitam a
obra do Espírito. Precisamos da restauração do testemunho do Sangue — obra
da cruz, quebrantamento — que une a Palavra e o Espírito e produz o verda-
deiro equilíbrio. Desta forma, teremos Jesus, a palavra viva, em ação em
nosso meio. (Se quiser entender mais sobre as três testemunhas e principal-
mente sobre o Sangue peça a apostila "Visão Panorâmica da Bíblia" e o li-
vreto "O Sangue e a Ceia".)

Analisando o esquema da página anterior podemos ver que começa e termi-


na com apóstolos. A Palavra escrita terminou a primeira fase antes do milé-
nio de escuridão e iniciou a segvmda fase depois desse milénio. Após ficar
mil anos escondida voltou a cena para libertar o povo e produzir o mover do
Espírito Santo. Note, então, que há um processo inverso entre as duas fases.
Na primeira fase apóstolos cheios do Espírito Santo produziram a palavra
viva que foi registrada como Palavra escrita. E na segunda fase a Palavra
escrita revelada pelo Espírito(junto com o testemunho do Sangue) vai produ-
zir a palavra viva que vai restaurar os ministérios fundamentais da casa de
Deus. Este esquema mostra, então, a necessidade da restauração da palavra
hoje. Quando ela sair exigirá mensageiros para transmiti-la, e estes_serão
os apóstolos que prepararão a igreja que atrairá a vinda de Cristo. Não po-
demos falar que não temos nada da palavra viva.Em vários lugares, em^alguns
livros e revistas, tem-se ouvido o início deste novo som que trará Jesus
vivo, um outro "agora", uma nova revelação do mistério. Como falamos, equi-
líbrio é muito importante. Precisamos da Palavra escrita e do poder do Es-
pírito, de santidade e amor, de todos os dons e frutos do Espírito, para
produzir a palavra viva. Precisamos nos localizar no plano de Deus porque
fomos criados para viver e entrar nesta obra em nossa geração.

O período em que vivemos é semelhante ao período de três anos que os do-


ze tiveram com Jesus. Estiveram pessoalmente com ele,ouvindo sua palavra,
mas não receberam uma revelação pessoal dela; a palavra ainda não se torna-
ra vida dentro deles. Só depois que receberam o Espírito é que se tornaram
ministros do evangelho vivo, com a palavra encarnada em si mesmos. Seme-
lhantemente, estamos ouvindo a Palavra escrita quê nos tem sido vivificada
pelo Espírito, mas ainda não entendemos muita coisa. Essa palavra ainda não
se tornou vida dentro de nós,parte integrante de nosso ser. Quando tudo que
temos ouvido for aberto e revelado a nós, a palavra fluirá de dentro de nós
como um rio, e uma revolução religiosa, um novo pentecoste, uma nova re-
forma ocorrerá. (Se quiser fazer um estudo mais detalhado sobre a restaura-
ção da palavra, peça as apostilas "A Restauração da Palavra I e II".)

-56-
PERGUNTAS PÁRA REI/ISÃ0

01. Qual. o alvo da* cinco miniòt&u.o& e como alcanço/ião e4te atvo?
02. Como toddÁ 04 ctenteó poderão de4cob/uA 4uaá ^unçÕeA e começa a
CO/L o co/ipo? . . •
03. Pat que a eAtfiutuAa da maioria doa igx.e.jaí> Ho/e não peJunite, a edifica-
ç ã o d o coipo? • • . . , :
04. Como podemo4 compa/ufz. no44a mão com 04 cinco mini&teAÀ.oé?
05. Ccte quafio expA.e44Õe4 que. Pau£o uA o u pasta. expte^a*. o quadro pet^eito
do pswpÕAito de. Peão pata a igJie,ja.
06. Como podet.emo4 aJLc.anc.aA. a unidade, da $,? Poti quê.?
07. Como o ponto de. v-i&ta de. Peuá 4obie "conhecimento" di^eAe. do no4-òo?
OS, Como chigasiemoà ao pte.no conhecimento do f^itko de. Peão?
09. : Quando & via pie.nwe.nte. cump^Ldo o ptiQpÕ&itQ de. Peão pa/ia a /tgte/a;?
10. õ; que. pizcÀAomoA aptiendeA. a ^azvi agoia? ^ ; '' i
11. 'Po*, que. Peão não tem como pfú.ofú,dade. ie.vaA toda <igtie.ja a c.on.c.ofudaA AO-
Ò4e' ao 'doutrina* c.eAtaA? _ .' ; '
72. Poi'que não cíeuemoi penócw. que "a unidade, da £é." e "o p£eno conhecxwien-
-to" e "o nomem peA^eÀto" e.x.pie£Aam algo que. 4o podeJiã éeA. expe/t/ónentado
no xjn?
73. O que. Peai quet ijaze^. at^auéó da igie.ja no& últúnoÁ fite ano* e meio?
14. Como a igtie.ja AeAã sieAtauttAda? ^ . .
15. Como 04 mini&£ínioí> AeAão •ne^taufia.doé? Von. quí?
16. Como a palavra viva pkoduziu a patavna eóc^cía?
77. Como a igie.ja começou a úain dot> mit ano& de. apoAtaAia?
18. Mo pA.oce64o de neAtauAação o que. veÂ.o de.poi& da JieAtautiaç.ão da Patavna
79. A£ua£mente onde entorno* no p-^ocei^o de
20. Pofi que. não tewoA apÕ&totoí> epA.o^eíaó hoje. como havia no tivtio de. Atoa?
27. Quaiò 4 ao ao ttài> teAtemunkai>?
22. O que. acontece quando &e. enfatiza apenaó uma teòtemunna?
23. PO/L que uma doo ne.ceAAÍdade mai& utge.nte koje. é a/ieátau/uição do teóte-
munno do Sangue?
24. Mo^tA.e como líã um p.tóceá.áo ^.nweAóo na /teótau^iação em legação ao p/toceó-
4o que. kouve. na p/tóiexAa ($aòe da igie.ja. __
25. Em que &e.ntido o pejúodo em que uivemo-á é AejmeÂhante. ao tempo em que 04
doze andaram com Jeóuó?

APÕSTOLOS E PROFETAS

Apesar de ser uma epistola comparativamente curta, ha três referencias


em Efésios sobre apóstolos e profetas. Estão relacionadas nos três lugares
com o corpo de Cristo.
^Ef 2;20;"...edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas,sen-
do ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular..." Apóstolos e profetas são o
fundamento da casa de Deus.
-''JEf 3;4-6; "...no ministério de Cristo,o qual em outras gerações não foi
dado a conhecer aos filhos dos homens, como agora foi revelado aos seus
santos apóstolos e profetas, no Espirito..." Apóstolos e profetas recebem a
revelação do mistério que ele prossegue no versículo 6 a definir como a
união dos gentios e judeus em um só corpo.
. Ef 4:11; "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profe-
tas..." Apóstolos e profetas são dons para aperfeiçoar os santos e levantar
o corpo.
O ministério principal que Deus usou no Velho Testamento foram os pro-
fetas. O ministério principal do Novo Testamento são os apóstolos. Juntos
formam o alicerce da casa de Deus.
O apóstolo não tem um ministério diferente do profeta. O ministério do

-57-
profeta e profetizar, ser o porta-voz de Deus. Ele fala no lugar de Deus na
terra. O ministério do apostolo não ,'è apôs to lar (não existe esta função
apostólica) - ele também profeti:?a,f>ois é nada mais que um profeta com uma
comissão, é enviado com uma mi 9 são específica. Q título do profeta se refe-
re a sua função. Más o título do apôs to lp se refere ã sua missqo^ou 'eornseao.
(Apostolo no grego significa " "envíaidd'-.) "Fórt^ato, tanto^o apostolo como o
profeta tem o ministério de profetizar, mas o apóstolo é chamado apostolo
porque é um profeta enviado para uma determinada missão. Em resumo, o apos-
tolo é um profeta enviado. Precisamos de profetas para faiar a palavra de
Deus. Mas quando são enviados para levar esta palavra numa missão especi.fi.-
ca, são apóstolos.
Todo apóstplo é profeta, mas nem todo profeta é apóstolo. O profeta de-
clara apalavradeDeus mas não e enviado para levantaria obra de Deus em de-
terminado lugar. Porém, pode trabalhar junto com o apostolo, porque a Pala-
vra de Deus fala "apóstolos e profetas". Ambos os ministérios se complemen-
tam, pois o apóstolo é pratico e o profeta é místico. Um homem pratico esta
sempre mais envolvido com a obra e pode se esquecer de buscar revelação ç
discernimento espiritual. Um homem místico esta sempre mais envp^vfdp cop
revelação e pode se esquecer das coisas práticas. Um tem a cabeça nas nu-
vens e o outro os pés no chão. Os dois juntos são o alicerce da igreja por-
que são homens de visão e ação. Então, apóstolos e profetas precisam traba-
lhar juntos.
Por que não houve "profetas enviados" ou apóstolos no Velho Testamento?
Porque Deus estava tratando com um povo apenas, e não havia necessidade £ç
enviar pessoas como apóstolos. Israel era um país muito pequeno, bastava ao
profeta abrir a boca e declarar a palavra de Deus. Mas quando Jesus (o pr^-
meiro apóstolo - Hb 3:1) veio, os apóstolos foram comissionados a levar a
palavra ao mundo inteiro. Um outro fator a ser considerado e que os aposto-
los têm uma palavra mais completa do que a palavra dos profetas do Vejho
Testamento (Hb 1:1,2). Os apóstolos não falam em figuras como os profetas
falavam, mas claramente mostrando a realidade das coisas.
Os apóstolos vêm em primeiro lugard Co 12:28) porque são o ministério
principal da igreja universal. Os profetas vem em segundo lugar porque são
a origem dos apóstolos (todo apóstolo é profeta) e são a complementacap dos
ótolos Além
apóstolos. A unão mais destacaa
disso é a função destacada da a ipreja_local.
i p r e j _ . O minis-
tério principal da igreja local não é o pastor, pois este não tem a palavra
viva para a congregarão. Sem o ministério do profeta para receber •?*£«"£
viva, a igreja se torna uma mera organização. (Se quiser estudar *£?$>»
apóstolos e profetas peça o 2ivro "Primeiramente Aposto*^ , os livreto? ^0
Ministério do Apóstolo" e "Profetas e Profecia I -V, e a folha O que e a I-
greja?".)
Vamos fazer alguns Esquemas para entender mais sobre os ministérios e o
seu funçipnamentp no corpo.

NO NOVO TESTAMENTO A I PRÉJÁ HOJE

19 APÓSTOLOS A PALAVRA
29 PROFETAS P ASTOR
VIVA
39 MESTRES

DEPOIS:CURAS, SOCORROS> DEPOIS:

GOVERNOS, ETC, A

Em l Coríntios 12:28 Paulo fez questão de falar "pnmeiramentei^ apósto-


los, em segundo lugar profetas, e em terceiro lugar mestres . E depois
acrescentou operação de milagres, curas, socorros, governos, e variedade de
línguas. Já em Efésios 4:11 falou sobre apóstolos, profetas, evangelistas,

-58-
pastores e mestres. Não sabemos porqne o Espirito dirigiu^, aa^a^^ ^ ^
co ministérios em Eféaos: 4 e a J^^/SIL mencionados por serem mais
talvez os três ministérios de l Cofint^°V importante e que estes três pro-
envolvidos com a palavra. Seja como ror, o F produzem a palavra viva,
duzem a palavra viva para a ^«^Ka o"£í com esta palavra. Os mi-
o evangelista a espalha e o pastor aiimen F duzir muitOs dons e muitos
nistérios fundamentais com a P^avra ^va vão p _^
ministérios, isto é, cada membro do corpo operando * rílBÍt:iva
. t. • ' ' i, m diferente do quadro da igreja primitiva.
Q quadro da igreja hoje e bem diferente Q H Interessante que com a

istp mostra a necessidade da - ^ ^ f ^ ^ f ^^urado com os dons. Mas


palavra viva, governo vem em plano secuna* , e temos pag _

sem a palavra viva governo se torna Primord^;ue^P


tores em primeiro lugar. Sem o Cristo vivo alguém liturgia e a encerra.
dirigir tudo. O pastor abre a reunião, cumpre tod p^rque ele já fez
E depois resta a congregação, que não precisa isto acontece
tudo. Estou exagerando, mas de^alguma forma, e movimento, mas tudo
nas igrejas hoje. Existem igrejas que tem ate superintendentes, esco-
é baseado numa estrutura e organização huma^'d^ovens e de adolescentes,
Ias dominicais, sociedades de senhoras, uniões de jovens
liga juvenil,etc.
os resultados eramjru-
A igrela primitiva enfatizava
rãs, socorros e governos, A de Existem bons pastores
São estou contra o financeiro ou pes-
que realmente amam o rebanho e cuidam SSTe.tr«tur.P.r-
soai, mas apesar de serem homens dedicados a
rada, fora do plano de Deus.

PAI
4
FILHO
- *
APÓSTOLOS

MINISTRAR
IGREJA
AO
SENHOR
V /.
DONS MINISTÉRIOS

Temos aqui um ciclo dinâmico. Os apóstolos fundam


alicerce -Jesus, a palavra viva - e são ° a^ce"*íP°^
vidas 840 o poder e a mar^— ** ^sus. Esta igreja vai
das pessoas! junto con, o

o apóstolos e, u±o estes


darem outras igrejas, o processo todo vai se repetir outra vez.
iiSr^na natural do dom e tornar-se um minis-
^ É fácil entender. que * -?n5^e^^'Uque o objetivo do ministério é
tério, no entanto e mais dlfic^r^a^jeqnao t?m fundamento apostólico,
ministrar ao Senhor. Porque as ^reJ^Qh°ÍnigtIrios. Toda igreja local de-
nio tSm visão deste papel P^^^f^enhor a fim de receber a palavra
vê ter um grupo de pessoas ^ « ' ^ ^ ^^^Stos não entendem. A maioria
viva para ^ igreja. Este e um^^gredo <£ ^ necessidades do povo,
dos ministérios esgota toda sua força ^isc palavra
ã casa, e se esquecem de ministrar ao Senhor. Entao^ por P
viva a igreja fica estagnada, sempre cantando o ^mesmos ^^ . ^&
mesmas oraçSes, e repetindo ^^ ^^or^o^ir diretamente de-
nos livros. Sem um núcleo l^ * Também nunca serão levantados
e a igreja gloriosa nunca

será formada.

-59-
At^13;1-4; Havia na igreja de Antioquia(localidade) profetas e mes-
tres ^ministérios)... servindo eles ao Senhor(ministério ao Senhor)... disse
aspeito Santo(palavra viva fluindo) .-Separai-me agora a Barnabé e a Sau-
10 ...enviados(apóstolos), pois,pelo Espírito Santo..." O plano de Deus é
q sste processo de Anfcioquia" seja praticado na igreja local. Por muito
pensei que para esperar no Senhor era preciso reunir ministérios de
lugares. Mas através desta passagem e de outros fatores entendi que
ministério ao Senhor deve ser praticado na localidade. E quando a palavra
omeçar a. sair não ficará presa só naquela localidade.Vai fluir para outros
ugares, pois o mundo está sedento por ouvi-la. (Se quiser estudar mais so-
re ministério ao Senhor estude a última parte do livro "Primeiramente Após-
tolos e o livreto "Ministério ao Senhor".)

APÓSTOLOS ;KJÍ.
IGREJA

VIDA

DO
J
IGREJA BR.
OBRA
EXPANSÃO

DO

CORPO
L MINISTÉRIOS

SERVIÇO DO COUPO
CORPO

Temos três aspectos distintos neste esquema: a vida do corpo, o serviço


dp corpo, e a expansão do corpo. A igreja é a vida do corpo. Os ministérios
representam o serviço do corpo. O lar é uma figura disso. Toda a atividade
diária de um lar representa sua vida. É a mãe que reina sobre o lar, pois é
ela que permanece lá constantemente, dirigindo as atividades internas da
casa. Ela cuida das crianças, faz a comida, limpa a casa, lava a roupa,etc.
Mas quem faz o serviço? É o homem, o pai, que trabalha fora de casa. Os
dois aspectos são importantíssimos para ter um lar equilibrado.

A obra representa a expansão cio corpo. A vida da igreja tem a finalida-


de de produzir ministérios capazes de sair para ajudar^e estabelecer outras
igrejas em outros lugares. Mas como os ministérios vão entrar nesta obra?
Através de ministrar ao Senhor. Por isso, é preciso entender o esquema nú-
mero 2 para entender o esquema número 3. Os ministérios tem que ministrar ã
igreja(a casa,a família), mas não podem se esquecer d,e ministrar ao Senhor.
Através de ministrar ao Senhor vão receber a palavra viva de Deus e sair
para a obra, e essa obra resultará em outras igrejas. É preciso esperar no
Senhor a fim de receber a palavra de Deus para levar, e ter a comissão de
PÔUS para saber se deve ir, quem deve ir e para onde deve ir.

A passagem de Atos 13 mostra estes três aspectos; a igreja, os ministé-


riog e a obra._Em pr-i m.^ i-n T»ga^;—Tpmns no versículo 1; "Havia na igreja de
"Antioquia profetas e mestres..." O primeiro ponto a notar era a igreja. Em
segundo lugar, temos, os profetas e mestres, ou seja, os ministérios. E le-
mos no versículo 2 que enquanto ministravam ao Senhor o Espirito disse:
"Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado".
Os próximos versículos explicam este terceiro aspecto — eles viajaram para
outros lugares, promovendo assim a expansão do corpo de Cristo. Em Atos
J.4; 26 vemos que terminaram a obra e voltaram ã igreja local para serem con-
firmados e fortalecidos para a próxima viagem.

Então, a igreja tem que ter uma obra, mas para isso é preciso esperar
no Senhor, e para esperar no Senhor tem que ter ministérios treinados na
igreja local. A diferença entre a igreja e a obra é que a igreja se envolve
com a vida do corpo, e a obra se preocupa em espalhar a palavra para outros
lugares. Mas essa palavra tem que ser produzida na igreja local comminis-
térios esperando no Senhor.

-60-
Ef 4:11-13. Agora podemos ler esta passagem com mais entendimento.Estes
versículos, então, são o alvo dos cinco ministérios.Os cinco ministérios
liberam os santos para entrar nos dons, e os dxms operando em conjunto com
o fruto do Espírito vão produzir mais ministérios para edificar o corpo.
O corpo será edificado até que todos cheguem ã unidade da fé, ao pleno co-
nhecimento do Filho de Deus, ao homem perfeito, a medida da estatura da
plenitude de Cristo. Como já vimos, estas frases são paralelas e são o clí-
max do alvo — não há nada além disto para ser apresentado.

r Vv.» 14-16: ... para que não


( - mais sejamos como meninos3 agitados
. de um lado'")
l
\ outrot e levados ao redor por todo vento de doutrinat pela artimanha y
J dos homensj pela astúcia aom que induzem ao erro. Mas3 seguindo a verdade (
^/em amorj cresçamos em tudo .naquele que é o cabeça. Cristot de quem todo o \3 bem
J justa cooperação de cada parte3 efetua o seu próprio aumento para a edifi-
( cação de si mesmo em amor.

Estes versículos descrevem o processo para chegar ao alvo que vimos nos
versículos anterlÕrêS":—No iníõiô somos—como meninos {.no- gitígu nenés) mas
não devemos permanecer assim. Algumas traduções usam a palavra "inconstan-
te" para qualificar "meninos",no entanto não é a palavra adequada. Em Tia-
go 1:6 achamos o sentido correto da palavra grega usada em Efésios 4:14:
"... pois o que duvida é semelhante i onda do mar, impelida e agitada pelo
vento". O sentido literal em Efésios 4:14 seria: "... para que não sejamos
mais como meninos agitados pelas ondas do mar, e levados ao redor por todo
vento de doutrina". Paulo fez uma analogia com dois fenómenos da natureza:
as ondas do mar e o vento. Você já observou alguns meninos brincando na
praia? Eles vão e voltam impelidos pela força das ondas. Mesmo que caiam e
encham suas bocas de areia, levantam-se prontos para enfrentar outra onda.
Ou, então, já viu as folhas sendo carregadas pelo vento? Estão sempre se
deslocando de um lugar para outro na díreção que o vento sopra. Hoje em dia
há muitas doutrinas esquisitas e muitas heresias sendo pregadas. Paulo está
nos exortando a não agir como meninos, envolvendo-nos com qualquer movimen-
to e seita falsos que aparecem.
"... pela artimanha dos homens, pela astúcia como que induzem ao erro."
Paulo, como sempre, usou várias palavras para falar sobre o perigo de enga-
no. Satanás atinge seus objetivos através de falsificação e astúcia e não
através de uma coisa abertamente errada. Ele usa as coisas de Deus, até a
Palavra,para enganar e desviar as pessoas. No processo de atingir o alvo de
Deus temos que vigiar contra suas maquinações.
O versículo 14 mostra, então, o aspecto negativo do processo. Não deve-
mos ser como meninos jogados pelas ondas do mar, levados por todo vento de
doutrina, e induzidos ao erro pelo engano dos homens. E nos próximos dois
versículos vemos o aspecto positivo.
V. 15. Ao invés de agirmos com imaturidade e sermos enganados pelos ho-
mens devemos seguir a verdade em amor. Seguir a verdade não é sõ contemplá-
la ou usá-la para matar os outros. Muitos se aproximam de outras pessoas co-
mo se fossem os donos da verdade e dizem: "Você cré nisto? Não? Então você
não sabe nada". A verdade usada desta maneira é um instrumento de morte. Há
um ditado :que diz: "É melhor falar uma coisa errada com um espirito certo do
que falar a verdade com o espirito errado". A pessoa com espirito certo tem
humildade e abertura para ser corrigida, mas nem adianta discutir comapes-
soa com espirito errado porque acha que já tem a verdade.
"... seguindo a verdade em amor..." o equilíbrio entre verdade e amor e
muito importante.Um sem o outro não funciona. Amor sem verdade produz aque-
la atitude que diz: "Temos de ter amor por nosso irmão e não julgá-lo. Mesmo
que ele esteja em pecado e imoralidade temos de aceitá-lo e não falar nada".
Isto é amor falso e não edifica ninguém. Por outro lado, a verdade sem amor
diz: "Fulano errou e deve ser cortado de nossa comunhão. Não ha mais perdão
para ele." As duas atitudes .são erradas, precisamos da verdade que as vezes
fere e do amor que cura. A verdade deve ser dita com amor, e o amor deve
ser praticado baseado na verdade.
-61-
"... seguindo a verdade em amor cresçamos..." As palavras "seguindo e
"cresçamos" dão a entender que "verdade em amor" i um processo continuo.
Nunca podemos dizer que já alcançamos a verdade completa, porque estamos
sempre prosseguindo, procurando-a maiís e mais. Se quisermos conhecer a ver-
dade não poderemos ficar sentados contemplando-^ ou estudando livros. Temos
que nos levantar e segui-la cada dia em nossas^ decisões e açoes e como já
foi falado, temos que busc£-la não com inteligência mas com amor.
"...cresçamos em tudo naquele que é o aabeça, Crissto..." Todo nosso
crescimento tem que ser em Cristo - totalmente nele. Não podemos crescer
fora dele. No versículo 15 temos a cabeça e no versículo^16 temos o corpo.
A cabeça e o corpo formam o homem perfeito. O homem perfeito e Cristo casa-
do com seu corpo.
V.16. Paulo se expressou de uma maneira maravilhosa nesse versículo,
usando várias palavras para descrever o processo milagroso do crescimento
e aperfeiçoamento do corpo de Cristo. O corpo inteiro deve estar bem ajus-
tado (toda junta no lugar certo) e ligado (com ligamentos, em aliança uns
com os outros), pelo auxilio de toda junta (o meio para ajustar_o corpo)...
segundo a justa cooperação de cada parte..." Isto i uma exortação. Será que
você está funcionando de maneira justa?Esta justa cooperação e semelhante ao
funcionamento de um carro.É preciso saber quando deve usar os freios, quan-
do está faltando Óleo ou água, quando o motor está quente demais, etc. Um
bom mecânico só de ouvir o barulho do motor do carro sabe na hora se ele
tem problemas ou se está bem ajustado,com tudo no seu devido lugar. Da mes-
ma forma, cada membro do corpo tem que operar de maneira justa na sua fun-
ção. Muitas vezes, reuniões pesadas e oprimidas podem se transformar em re-
uniões abençoadas porque duas ou mais pessoas resolvem agir no seu dom.
Justamente aquelas pessoas estavam faltando para produzir o mover de Deus.

O versículo 16, então, mostra o que os ministérios conseguiram fazer -


colocar cada parte em seu lugar para funcionar e assim edificarão corpo de
Cristo.Este versículo termina falando sobre o alvo visto no versículo 12
a edificação do corpo de Cristo. O corpo efetuando o seu próprio aumento e
edificação a si mesmo em amor ê o clímax do processo. Voltando a figura do
carro, é como se o mecânico depois de gastar muito tempo consertando-o,
fizesse a checagem e ficasse satisfeito, pois tudo - o motor, as rodas, a
embreagem, os freios, etc. — está em ordem.
Os cinco ministérios operam em tudo isto - protegendo os meninos de
serem levados por ventos de doutrinas; ajustando-™s_ a crescer em tudo
que procede da cabeça; e colocando-nos nas nossas funções devidas no corpo
de Cristo para crescermos e alcançarmos a maturidade.

PERGUNTAS PARA REI/ISA0

01. Qual a dA.heAe.nca e.ntne. um apÕAtolo e. um pnofieta?


02. Pofi que. apÓ&toloí> í pJiofi&taA pn<Lcú>am &iabathaA junto*?
03. PC/L que. não havi.a apostolou no Ve.lho TeAtame.nto?
04. Po/i que. Paulo diz que. Ve.uí> colocou na , -igreja "pfu.meAAame.nte. apostolou"?
05. Po/i que. c-ó p/io^etoó vw m *e.gundo IUQOA?
06. Vou que. o-ó p/io<$etaó tm uma atuacão mau* <impoitante. que. a do& pabtoieA
na í.g.ie.ja local?
07. Po/i que. quando ha a palavra \j-iva pfioduzÁ.da po/i apoàtoloà , ptiofietai, e.
mei^/te^, o goveA.no na -íg/ie/a uem am plano &nc.undanÁ.o no meAmo riZveÂ. que.
o-ó dono?
OS. Pofi que. o goveAno na& 4,gsie.ja!> hoje. ocupa a poA-icão principal?
09. Po/i que. a malotiia daí> peÂAoaA nat> <ig>ie.jaí> não &az nada a não &eA "a&-
..
10. Qual a dL.fieAe.nca e.ntx.e. ab ê.nfiaA eá da Á.gie.ja pnÁjmitÂ.va e, da *.QH<Lja atual?
Qual a difieAe.nça nn&ie. o&
11. VeAcAe.va o ciclo dinâmico que. começa e. teAmina com apostolou e. que. pro-
duz a expansão de. uma 4.gJie.ja fiofite. e. Aadía bobue. a fiace. da teAAa.

-62-
12. Que. elo deAte. ciclo eAtã quz.bia.do hoje. impedindo o levantamento de.
toloà e. inteAAomptndo o uuncA.onatne.nto dinâmico do cicto?
13. Qual o papel ptiimotidial doe miniAtÍAio* le.vantadot> poi Ve.ui> em qualquer.
14. Poti que._geAalme.nte. não cumpiem eÂte. papeZ?
15. Quaúi Á ao o& &intoma& da fiatta da palavia viva numa igie.ja?
16. PfcócAeua o "piocçAéo de. Mtioquia" que. produziu doÁÁ apÕ* to Io* (Paulo e.
Bcw.no.6e) .
17. VeÂCAe.va 00 -fieó aApe.ctoA diòtintoA do f,uncioname.nto da igie.ja que. Ae.
e.ncon&uw no esquema núm&io 3.
18. õ que. E eAAe.ncial pafia kaveA a e.xpaní>ão do coipo? Pon que.?
19. Qual a di£eAe.nca principal eaíte a igie.ja e. a ob-tcif
10. Como deve. &ÇA produzida a patavfia viva ntLceA&ánia tanto pato. a vida da
ÍQfie.Ja como paAa *ua e.x.pant>ao?
21. Quait> 4ao 04 p&nigoÁ que. coviemoA no ptioceÁ&o de. alcançou o alvo de.
Peoá paAa a igsie.ja?
22. O que.Paulo_noA e.wita a fiazeA pata AexmoA bem &u.ce.dido& neAte. p^toceá^o?
23. POA. que. não podemos Ae.guíA &ô a veAdade. e. também não podemos &e.QUÁA &ó
o amoi?
24. Como podeAe.moà cke.gaJi a conhe.ceA a veAdade,?
25. O que. e. ne.ceÂ*ãAÍo pana o coipo e-di^icoA. a &i me^mo em amoi?

CRONOLOGIA DAS EPÍSTOLAS' DE PAULO

A ordem em que Paulo escreveu suas epistolas é diferente da ordem que


encontramos na Bíblia. Na Bíblia elas se encontram mais na ordem de tamanho.

Há quatro grupos ou períodos em que as cartas de Paulo foram escritas:

19 Período. A Segunda Viagem Missionaria — l e 2 Tessalonicenses. Es-


tas são as primeiras epistolas de Paulo. Um dos assuntos principais é a se-
gunda vinda de Cristo. Ao lê-las note que no fim de cada capitulo de l Tes-
salonicenses ele menciona a segunda vinda e depois em 2 Tessalonicenses vol-
t^ novamente para esse assunto.

29 Período. A Terceira Viagem Missionária — l e 2 Coríntios, Gaiatas e


Romanos. Você já notou como Gaiatas e Romanos são semelhantes? Ambas comba-
tem o legalismo. Gaiatas é curta mas aguda. Romanos é um dos melhores li-
vros do mundo. É uma obra prima de teologia.

39 Período. Na Prisão em Roma — Efésios, Colossenses, Pilemom e Fili-


penses. Efésios, Colossenses e Filemom foram levadas pelo mesmo mensageiro
— Tiquico. Filipenses foi escrita na segunda etapa da prisão, quando estava
preso com mais rigor, acorrentado a um guarda. Apesar de ter sido escrita
num período mais difícil é a epistola mais alegre. Ele escreveu em Filipen-
4:4: "Alegrai -vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai -vos".

49 Período. Em Liberdade e Preso Novamente — Hebreus, Tito, l Timóteo,


e 2 Timóteo. As três primeiras cartas foram escritas no período que esteve
viajando em liberdade. Depois foi preso novamente e escreveu 2 Timóteo, sua
ultima carta. Ele sabia que estava para morrer, pois escreveu em 2 Timóteo
4:6-7: "Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da
minha partida i chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guar-
dei a fé".

RESUMO DA VIDA DE PAULO

Ninguém sabe os fatos exatos, por isso usamos apenas dados aproximados.
Paulo viveu mais ou menos trinta anos entre sua conversão e sua morte. Ele
se cçnverteu com quase trinta anos de idade e morreu com sessenta anos
(aproximadamente). Depois da sua conversão Paulo teve um período de prepa-
ração, de uns dez anos* quando ficou em Damasco, Arábia, Tarso e Antioquia.

-63-
Depois entrou num ministério ativo, viajando durante mais ou_ menos quinze
anos. E os últimos seis a oito. anos foi o período de prisão incluindo um
período de liberdade no meio, O primeiro encarceramento foi na cidade roma-
na de Cesareia onde ele ficou doiís anos. De lã ele foi enviado a Roma e foi
solto depois de um tempo de prisão lã.Depois de uns quatro anos de liberda-
de foi preso novamente e morto por Nero, um dos imperadores mais^crueis de
Roma. Parece que foi no período dei prisão em Cesareia que Lucas pode confe-
rir com Paulo e outros e assim conhecer os fatos necessários para escrever
o evangelho de Lucas.

TRÊS REVELAÇÕES PRINCIPAIS DE PAULO ,

1. A graça de Deus (Ef 2;8-10).


Jesus não falou sobre a graça — ele era a graça. Mas Paulo recebeu a
revelação da graça e elaborou sobre ela de uma maneira muito mais ampla que
os outros apóstolos.
2. Os judeus e gentios são membros do mesmo aorpo (Ef 3:6).
3. A igreja ê o corpo de Cristo*
Este último e um dos assuntos principais de Efésios. Paulo falou sobre
isto seis vezes neste livro. É sobre este assunto que estudamos em Efé-
sios 4:4-16,

PERGUNTAS PARA REl/ISA"0

01. QUCÚA í»ão ot> qua&io pe.x2.odoe m que. Paulo ucAe.ve.u t>uat>
quaiá úoifw eAcfiitai, w cada pe.fu.odo (t pana. AabeA. de. cot.')
02. Em que aspecto Gaiata* a Romano* tão <òeme£hanteA?
03. Vou que. a ale.Qiia e.*psieAAa m ?Hipe.ni>eA não podia &2A uma ale.g>ú.a. na-
tunal ou caAnal?
04. Com que, idade., apJioúmadame.nte., Pauto .ó e. canveAte.u?
05. Quanto* ano$ 4 e po^banam e.n&ie. úua conveA&ao e. & e.u miniáteAio atcvo?
06. Quanto tmpo duAou Ae.u mLnL^tê.fú.0 ativo? . _
07. Quanto Atempo duAou o último peslodo de. Aua vida (o tmpo de. ptiií>a.o com
um pe.táodo de. libeAdafa no meÁol?
OB. Onde. Luc-Oò e4c.ie.ve.u. o *e.u e.vangeJLko (ptwvaveÂjne.nte.}?
09. Quaú> tão^a* tsiib fKiveJLaçãeA pfiincipaiA de. Paulo?
10. O que. você. acha que. tejfiia aconte.ci.do com a igie,ja 4 e não ^o^&e. Paulo e.
11. E*c/Le.va uma ie.dacão expA.aó4antío aquilo que. você. achou maú> impontante.
apostila, e. e.nvi.e.-noA.
-ooOoo-

Para fazer o seu pedido das outras apostilas desta série ou de


outras publicações, peca a nossa lista de preços ao endereço
•abaixo. Enviamos livretos menores também àqueles que nos es-
crevem pedindo assinatura.

Este ministério é sustentado pelas ofertas


voluntárias do povo de Deus no Brasil. Seu pa-
gamento ou oferta pode ser enviado por Va-
le Postal^ cheque nominal ou Ordem de Pagamen-
to (pelo Bradesco, conta nQ 5182/9) em nome de
John Walker, ao endereço abaixo.

JOHN WALKER
CAIXA POSTAL 65
76710 RUBI AT ABA, GOlAS
FONE (062) 725-1282
UM E ST U
MICROSCÓPICO

DE EFES l O S

PA RTE 5: CAPITULO 4:17-6:24

por John Walker


NOTA EXPLICATIVA
Finalizando um processo que tem durado três anos, estamos apresentando
a quinta e última. apostila da serie "Um Estudo Microscópico de Efêsios" (a
primeira apostila foi publicada em dezembro, 1982). Esta série foi elabora-
da a partir de aulas ministradas por John Walker durante os anos de 1982 e
1983 em Rubiataba.
O propósito principal deste estudo intenso e detalhado do livro de Efe-
sios não e apenas conhecer a fundo esta obra prima de literatura inspirada,
mas conhecer o_plano de Deus para sua igreja na terra hoje. O Espírito San-
to elevou o apostolo Paulo além das limitações da prisão, do mundo e cultu-
ra contemporâneos e até mesmo além do milénio de apostasia e confusão reli-
giosa que viria sobre o mundo, para ver nitidamente o propósito glorioso de
Deus para a igreja em Cristo Jesus. Cremos que mais do que nunca'esse "pico
do Everest" de revelação profética a respeito da ipréjá é necessário para
aqueles corações sinceros que no meio de tantas ideias conflitantes estão
procurando a expressão perfeita para a igreja no século XX. As coisas que o
Senhor nos falou através deste estudo tem modificado e ainda estão modifi-
cando nossa prática^ tanto individual quanto coletiva. Esperamos que você
também estude esta serie, não apenas com o intuito de aumentar seu gabarito
intelectual, mas com uma sede intensa de ouvir de Deus coisas definidas que
mudarão sua vida e a vida de sua igreja.
Um outro_propõsito destas apostilas é despertar o seu interesse para o
valor desse método microscópico de estudar a Palavra. A Palavra de Deus tem
tremendo potencial para despertar e ativar a interação entre nós e o Espí-
rito Santo„ t importante, porém, ter instrumentos para desenvolver este po-
tencial. A_medida que você perceber o método que foi usado neste estudo po-
derá aplicá-lo com grande proveito em outros livros e trechos da Bíblia. Em
contraste com o sistema panorâmico que procura obter uma visão global,des-
cobrir os propósitos finais e achar o "fio dajneada" que liga todas as di-
versas partes, o estudo microscópico procura não sÕ descobrir a importância
e razão de ser de cada palavra e tema usados mas também perceber a ligação
e significado deles através de toda a Bíblia. Ambos os sistemas são neces-
sários se queremos realmente entrar no pensamento de Deus e entender o que
ele quer nos falar através da Bíblia.
Esta quinta apostila trata da parte prática de Efêsios. Paulo queria
começar isto no início do capítulo 4 mas entrou num glorioso desvio de de-
zesseis versículos sobre o corpo de Cristo. No versículo 17, porem, ele re-
começa firme e vai até o fim do livro. Por isso incluímos_toda esta parte
em uma apostila. Pelo mesmo motivo, o estilo desta parte é um pouco dife-
rente das outras - mais ilustrações pessoais.são usadas e não se entra em
tantos detalhes nem em estudos tão profundos. E importante ressaltar também
que quase metade da apostila ê dedicada ao assunto de guerra espiritual e a
armadura de Deus.
Como sempre, queremos alertar o leitor que não receberá o proveito ne-
cessário se apenas ler esta apostila como uma mensagem qualquer.^Para real-
mente assimilar a matéria nela contida, você deve estar com sua Bíblia aber-
ta, lendo cuidadosamente todas as referencias (como foram lidas nas aulas),
pois você não entenderá bem o assunto sem meditar nos versículos. Alem do
mais, se você. fizer assim4 Deus poderá revelar-lhe muito mais do que esta
contido nesta apostila. Você pode também usar as perguntas de revisão para
fixar melhor a matéria ou para ajudar a participação de todos num estudo em
grupo. Sabemos que serão raros os casos quando um grupo de estudo seguirá
todas estas apostilas para fazer um estudo completo de Efêsios mas espera-
mos que obreiros e líderes sejam despertados a compartilhar trechos e par-
tes específicas para suas congregações, escolas dominicais e grupos de es-
tudo bíblico, A nossa oração é"que estas apostilas não fiquem encostadas na
prateleira, mas que sejam manuseadas, sublinhadas, discutidas, meditadas,
pesquisadas e vivificadas pelo Espírito para mudar conceitos humanos e pro-
duzir mudanças drásticas na vida e prática cristã de muitos irmãos.
"Paz seja com os irmãos, e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Se-
nhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus
Cristo com amor incorruptível." (Ef 6:23,24)
H.W.
Rubiataba, 07 de novembro, 1985.
EFÉSIOS 4:17-6:24

ESQUEMA DOS ÚLTIMOS TRÊS CAPÍTULOS DE EFÊSIOS

4:1-3, Andar digno da vocação.


4:4-16. O corpo e os ministérios.
4:17-24. Anatomia e fisiolooia do homem interior.
(Aqui começa a tarefa desta apostila)
4:25-5:6. Os detalhes práticos e problemas do velho homem.
5:7-14. Comparação entre luz e trevas.
5:15-21. Andar sábio.
5:22-6:9. Os deveres dos diversos componentes da fam?Ha e
da sociedade.
6:10-20, A armadura (ficar em pé contra o inimiao).
6:21-24. Conclusão.

ANATOMIA E FISIOLOGIA DO HOMEM INTERIOR

V. 17: Isto, portanto, digo, e no Senhor testifiootque não mais ondeie oomo
tanbém andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos...

Neste versículo (depois de um desvio de treze versículos para falar so-


bre o corpo e os ministérios) Paulo esta voltando ã sua intenção original
de nos instruir sobre como andar (Ef 4:1). Temos nos assentado nos lugares
celestiais nos capítulos l-4a e agora nos capítulos 4b-6:9 vamos ver sobre
nosso andar e depois nos versículos restantes sobre como ficar em pé contra
nosso inimigo. (Veja a quarta apostila de Efésios, pgs. 2-5.)

Note que em Efésios 4:1 Paulo exorta de uma forma positiva("Rogo-vos...


que andeis de modo digno dá vocação") e agora no versículo 17 está exortan-
do de uma forma negativa ("Portanto, digo ... que não andeis como também
andam os gentios").

"E no Senhor testifico." Paulo falou assim porque tinha autoridade vin-
da do Senhor. Suas palavras se tornaram a palavra de Deus.

"Não mais andeis como também andam os gentios." Os efésios não eram
mais gentios porque agora faziam parte do corpo de Cristo e por isto não
deviam mais andar como os gentios. Em Efésios 2:12 vimos a situação deles
antes de fazerem parte do Israel de Deus. Estavam sem Cristo, separados da
comunidade de Israel, estranhos as alianças da promessa, sem esperança e

-l-
sem Deus no mundo. Mas agora circuncidados no Espirito e aproximados a
Deus pelo .sangue de Cristo fa?iam parte da comunidade de Israel.

"Na vaidade dos seus próprios pensamentos." Outra maneira de falar isto
seria vaidade na mente. Com esta frase Paulo cosieça a descrever o modo.de
andar dos gentios. EJ.es têm vaidade na mente. Isto significa pensar que é
alguma coisa sem ser. Para provar isto aos outros e a si mesmo a pessoa usa
uma mascara queesconde ar4ãlidad<i.Por exemplo, a pessoa feia que quer ser
bonita utiliza recursos artificiais para disfarçar seus defeitos. Vaidade
pode ser também dar substância a uma coisa que não tem. Há pessoas que dão
tanta importância a títulos que toda vez que ouvem seus nomes precedidos de
um "doutor", "reverendo", ou "pastor", ficam renovados na sua vaidade.

V. 18^ , o. obscurecidos de entendimento3 alheios à vida de Deus por oausa da


ignorância em que vivem, pela dureza dos seus corações...

"Obscurecido (ou entenebrecido) de entendimento" ê paralelo â vaidade


na mente. Ê pensar que sabe alguma coisa sem àaber, é achar que determinada
coisa é de Deus sem ser. Até nas igrejas temos esse tipo de vaidade. Pode-
mos fazer muitas atividades(como cantar no coral!,construir um templo, etc.)
pensando que estamos fazendo aquilo para Deus,mas na realidade estamos ali-
mentando nossa vaidade pessoal.

"Alheios â vida de Deus." Sesr alheio ou separado da vida de Deus é uma


coisa muito seria, pois não existe algo mais importante do que a vida de.
Deus. . .

Jo 1:4: "A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens." A vida de
Deus é Jesus — a luz dos homens!. Ser separado da vida de Deus é ser sepa-
rado de Jesus. Como? Pela ignorância e dureza de coração. Mais uma vez Pau-
lo usou termos equivalentes. Ignorância equivale ã vaidade e ao entenebre-
cimento do entendimento. Ê a terceira palavra que expressa o contraste ã
verdade.

"Dureza dos seus corações." Paulo .começou com a mente e depois foi para
o coração onde se processa a ,separação da vida. Dureza de coração produz
ignorância.Ninguém e ignorante por falta de estudo ou conhecimento mas pela
dureza de coração.

Então Paulo esta citando duas.áreas importantes do nosso ser — mente e


coração. Jesus é a vida e esta vida rroduá luz—conhecimento, entendimento.Luz
relaciona-se com a mente e vida com o coração. Precisamos desta luz na men-
te, mas ela depende da condição do nosso coração. Sem a vida de Deus no co-
ração temos vaidade é obscurecimento na mente.Por exemplo, não adianta dis-
cutir com as pessoas sobre o evangelho; tem que alcançar o coração e depois
a luz vai entrar na mente. Isso funciona até no aprendizado de uma criança
problemática. Alcançando seu coração, sua mente começa a assimilar os ensi-
namentos. Muitas crianças quando se. convertem mudam seu comportamento no
lar e na escola, porque têm seu coração consertado.

Sem a vida de Deus no coração o homem não tem a verdadeira luz na mente.
Ha homens cheios de conhecimento e sabedoria humanos mas que são capazes de
deixar um bebé morrer â míngua no hospital. Gostamos de falar das atrocida-
des que Hitler,Stalin e outros cometeram,mas cientistas e médicos hoje fa-
zem coisas semelhantes (em menor escala). O mundo está dominado por homens
com muito conhecimento mas .sem a verdadeira luz na mente.'Suas mentes estão
entenebrecidas e seus corações endurecidos,

-2-
V. 19: ...os quais j tendo-se tornado insensíveis,se entregaram â dissolução
para, oom avidez, cometerem toda sorte de -impureza.

"Tendo-se tornado insensíveis." Insensível é sinónimo'de dureza de co-


ração» A pessoa insensível pode fazer qualquer coisa errada sem sentir a
consciência culpada* pois seu coração esta endurecido.
"Entregaram-se ã dissolução(lascívia) para, com avidez, cometerem toda
sorte de impureza." Isto se refeçe as "paixões da carne". O problema começa
no coração, vai para a mente, e desce' para as paixões da carne, que são uma
porta aberta para o domínio de Satanás.' Em toda parte 'do ser do homem há
uma luta entre as forças de Deus e as de Satanás. Depois de ser dominado
pelas paixões da qtarne, o próximo passo é ficar endemoninhado, pois a car-
nalidade está dominando seu coração e obscurecendo sua mente. E isto é o
começo do inferno. Portanto, precisamos ouvir a palavra de Deus e não ficar
separados da vida de Deus que é Jesus. Jesus é a palavra viva que precisa
transformar nossa mente através de uma mudança no coração. Através da con-
versão da mente pelo quebrantamento do coração podemos dominar as paixões
da carne e assim derrotar Satanás. Por que muitas vezes expulsamos demónios
de alguém e logo ele está endemoninhado novamente? Porque o problema do seu
coração ainda não foi resolvido. Porém, quando a vida de Deus transformar
seu coração, sua mente será iluminada, as paixões da carne serão dominadas,
e os demónios não poderão voltar mais.
*
"Cometerem com avidez." Avidez é uma palavra interessante. É encontrada
diversas vezes na Bíblia e traduzida de várias maneiras. Significa forte
desejo, ter sede ou desejar ardentemente alguma coisa. Cometer algo com
avidez é passar por cima da consciência e de qualquer impedimento para sa-
tisfazer as paixões da carne. Por.exemplo, dois cachorros por causa de um
pedaço de carne brigam e mordem um ao outro porque desejam com avidez ou
Voracidade comer a carne. O homem age da mesma forma. Um viciado é capaz de
matar e roubar o próprio pai para conseguir a droga que seu corpo incontro-
lavelmente deseja. Quando as paixões da carne dominam o homem sua avidez
por bebida, sexo,dinheiro, posição, etc., não tem limite.
••

"Toda sorte de impureza." Hoje em dia há um avivamento dê toda sorte de


impureza. Bilhões têm sido gasto em revistas, livros e filmes para incenti-
var a pornografia e toda sorte de imoralidade.

Vv. 20,21: Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que de fato o
tendes ouvido, e nele fostes insttwdos, segundo'è a verdade em Jesus...

"Vós não aprendestes assim a Cristo" (Versão da Imprensa Bíblica Brasi-


leira) „ "Vós" se refere aos efésíos que não eram mais gentios. Em outras
palavras Paulo está dizendo:, "Vocês — Israel de Deus, circuncidados no Es-
pírito — não aprenderam assim a Cristo." Desta forma ele colocou um voto
de confiança neles — vocês, não são mais assim.

Aprender a Cristo não ê só uma questão de aprender a Bíblia ou doutri-


nas, mas aprender Cristo, a palavra viva» Então a escola dos efésios era
Cristo.
"Se é que de fato o, tendes ouvido." Aprendemos a Cristo se o ouvimos
com ouvidos espirituais. Não adianta ler a Bíblia e assistir reuniões sem
ouvir Cristo.
"Nele fostes instruídos." Note a palavra "nele". Ê a mesma expressão
"em Cristo" que temos estudado. Precisamos ser instruídos em Cristo e não
sobre Cristo.
"Segundo é a verdade em Jesus." Ouvimos Cristo e somos instruídos nele

-ã-
segundo a verdade em Jesus, que e" esta verdade? 6 a verdade que Jesus i a
vida que^dá luz aos homens.Não e a verdade sobre Jesus mas a verdade em Je-
sus (o próprio Jesus dentro de nós e nós dentro dele). Isto é a nova ali-
ança e tira a lacuna entre nós e Deus. Ha muitos pregadores cuja pregação
deixa um espaço entre nós e o objeto de conhecimento(Jesus), pois falam de
Jesus sem estarem em Jesus. Poriam, aprender a Cristo segundo a verdade em
Jesus é tê-lo fdentro de nós, instruindo-nos e fazendo-nos entrar na vida
eterna.

PERGUNTAS PÁR4

O h Em que. ve**Zcuto de. EÁC*ÍO* Pauto pa**a do a**unto de. "*e.nta*" pasta o
de. "anda*"?
02. Qíiat a diúe.*e.nca erWfae, a* e.núa*&* do* ve**Zcuto* 1 e. 17 de. Enteio* 4?
03. Sob*e. o quê. Pauto estava faiando na. pa**age.m que. fiica e.nt*e. eáte* dói*
ve**Zcuto* ? •
04. Po* que. Pauto não con*ide*ava o* e.6<L*io* como ge.ntio*?
05. O que. *igni£ica anda* na vaidade, do* pn.Õpsu.o& pe.n*ame.ntp*?
06. P01 que. Ve.u* não <&e. agrada de, muita* coi*a* boa* e. *eJtigio*a* que. &aze,-
mo*?
07. Po* quajo* ge.ntio* *ão *e.pa*ado* da vida de. Ve.u*?
OS. Quait, *ao a* t*è* e.x.p*eA*õeA pasiatetaA que. Pauto u&ou no* ve*í>Zc.utoA 17
e n?
09. O que. cau&a ignorância ou e.ntene.b*e.cime.nto na mznte.?
10. Po* que. o fiato da peAAoa te* muito conhe.cime.nto ou intetigència não
Aignifiica que. eta tem a ve*da.dei*a tuz na me.nte.?
11. Quat é. a única fionte. da ve.*da:de>í*a tuz?
12. Po* que. tanga* di*cu**õe com inc*é.duto* a *e*.peÀto do e.vangetko não
adiantam?
13. V&*c*e.va o p*oc&**o que, começa com o e.ndu*e.cime,nto do co*acão e. te*mina
com o in£&*no.
14.- Como podemo* *e* tibe*to* deA*e. p*oce**o te**Zvet?
15. Quat o *ignif,icado da patav*a. "avide.z"?
16. Como podemo* ap*e.nde* a C*ii,to?
17. Quat, a di£e*e.nca e.nt*e. *<i* in*t*uZdo sobre C*i*to e. * e* in*t*uZdo em
C*i*'to?
18. Po* que. muita* p*e.gacõeA hoje não t*an*mitem. &o*ca pa*a o povo de. Peai
dei.x.a* de. anda* como o* ge.ntio*?

Vv. 22-24: .„. no sentido de que, quanto ao trato passado3 DOS despojeis do
velho homem, que se corrompe segundo as aoncupiseênoias do engano3 e vos
renoveis no espírito do vosso entendimento3 e vos revistais do novo homem3
criado segundo Deus3 em justiça ô retidão procedentes da v&rdade.

"...vos despojei-s do velho homem ... e vos revistais do novo homem." A


verdade em Jesus e despojar-se do velho homem e revestir-se do novo. Não é
doutrina da mente, mas transformação de vida. Precisamos decidir entre o
velho homem (Adão) e o novo homem (Cristo), pois fomos criados para ter os
dois pés em um ou outro. Pertencendo a Adão vamos fazer as obras do velho
homem "que se corrompe segundo as concupiscências do engano".Mas pertencendo
a Cristo vamos fazer as obras do novo homem que são totalmente diferentes
pois ele foi "criado segundo Deus em justiça e retidão procedentes da ver-
dade".

A verdade é uma ação ou vida. Se conhecermos Jesus que é a verdade va-


mos nos despojar do velho homem, que é dominado pelas paixões de Satanás, e
nos revestir do novo homem, que tem a mente iluminada, o coração transfor-
mada pela palavra de Deus, e as paixões canalizadas da maneira certa. Quan-

-4-
do controlada pelo Espírito a paixão e uma coisa importante e boa. É muito
bom ter paixão pelo reino de Deus, pelas almas, etc.
"Trato passado" (ou procedimento anterior) i o modo de andar do velho
homem — cheio de mundanismo, dominado pelas paixões carnais, com a mente
obscurecida e o coração endurecido.
"As concupiscencias do engano." O velho homem se corrompe pelas concu-
piscencias do engano. Concupiscencias são desejos fortes por bens ou gozos
materiais, ou avidez por sexo e coisas ilícitas. Elas destroem a própria
pessoa e a levam a prejudicar outras. São enganosas porque nos fazem dese-
jar coisas que parecem boas mas não são. Por causa delas o velho homem se
desintegra até ã morte.
V. 23: "... a vos renovar no espírito da vossa mente..." (Versão da Im-
prensa Bíblica Brasileira). Este versículo é muito importante porque nos dá
uma noção da fisiologia (função) e anatomia(estrutura) do homem interior.
(Veja mais sobre o homem interior na terceira apostila de Efesios, pgs. 16,
17 e 18.) O gráfico abaixo nos ajudará a entender melhor sobre isto.
O ser do homem é composto por três par-
tes interligadas entre si. Não são três par-
men£e tes isoladas,mas cada parte afeta a outra. Á
alma é a intersecção do espírito com o corpo.
É um tipo de entroncamento rodoviário, o es-
pírito tem que passar pela alma para influ-
enciar o corpof e o corpo tem que. passar pe-
la alma para influenciar o espírito. Á alma
é o campo de batalha entre as forças de Deus
e as forças de Satanás.
Então, o que é p homem interior? As vezes a
Bíblia se refere ao homem interior como sendo o espirito e as vezes como
sendo a alm^ (Rm 7:22,23;'Ef 3:16,17). À palavra mais , usada na Bíblia para
o homem interior i "coração", pois o coração se refere tanto ã alma como ao
espírito. O homem exterior é o corpo e o homem-interior é o coração que in-
clui tanto a alma como ò espírito. Só a palavra viva, pode dividir a alma
do Espírito(Hb 4:12). Se tentarmos dividi-los usando qualquer outro método
ou sistema sempre acabaremos sendo enganados. '
No gráfico acima relacionei três coisas que temos estudado —(mente,
coração e paixões — com as três partes do ser do homem. Mas isto não quer
dizer que devemos identificar sempre a mente com o espírito, ou o coração
com a alma, pois o ser do homem é vivo e não algo estático. Muitas pessoas
afirmam categoricamente que a alma está na mente e o espírito no coração.
Porem, contrariando isto o versículo 23 -diz "renovar o espírito da vossa
mente", mostrando que. a mente pode funcionar'tanto na alma como no espíri-
to.
Rm 12:2. Este século é propriedade de Satanás.Se nos identificarmos com
este século, nossa mente será dominada por ele. Renovação da mente, então,
'é a não conformação com este século.
O espírito que atua neste século é. muito forte e facilmente somos leva-
dos a nos conformar com ele. Gostamos, por exemplo, de sempre seguir a moda
porque todo mundo está usando isto ou fazendo aquilo. Temos que ter cui-
dado porque as modas seguem p curso deste mundo,Elas vêm de lugares satâni-
cos como Hollywood e Paris. São criadas por pessoas que para ganhar dinhei-
ro incentivam o consumismo e a rotatividade.As modas mudam muito para esti-
mular a lascívia, a vaidade', e a superfluidade. Por exemplo, o comprimento
dos vestidos sobe e desce como um elevador, os modelos dos sapatos mudam em
poucos meses, e uma nova coqueluche surge de um dia para o outro. Por outro
lado,temos que ter cuidado para não nos tornarmos legalistas e extremistas.
Tenho visto pessoas com vestes brancas até o chão e Bíblia na mão porque
não querem se conformar com nada. Mas fazem isto com espírito religioso que

-5-
não agrada a Deus» O importante nisso tudo não,é a coisa em si mas o espi-
rito que está por trás do qbjeto que produz em nós aquela febre por adqui-
ri-lo, para não ficarmos por fora. Por isso é preciso coragem para não se-
guir a multidão e dizer: "Não tenho isto e nem quero, pois não quero me
conformar com este século". No entanto,, devemos sempre entender o que se
passa em nosso espírito para que mostremos Jesus em nossas atitudes e não
apenas um espírito religioso.
Ef 2:2a Ha um espírito que opera nos filhos da desobediência. Romanos
12:2 fala sobre a mente,esta passagem fala sqbije o espírito, e Efésios 4:23
sobre o espírito da mente. Então há uma ligação entre espírito e mente. A
mente do gentio e dominada pelo espírito de Satanás. Por isso Paulo nos
exorta a renovar o espírito da nossa mente e a não seguir o curso deste
mundo. Mas infelizmente a maioria dos cristãos tem renovado o espírito do
mundo^ em suas mentes. A televisão, por exemplo, é uma das.,maiores armas de
Satanás para contaminar a igreja com pensamentos e conceitos totalmente con-
trários ã Palavra de Deus. Sentados diante dela assimilamos passivamente o
espirito . de$te mundo que está por trás de suas programações. E tão logo
saímos dali praticamos na vida diária o que nossa mente assimilou.

Cl 3:9,10: ".,. e vos revestistes do novo homem que se refaz para o


pleno conhecimento ..." Pleno conhecimento e um processo na mente mas que
começa no coração. Por ser um processo precisamos orar e ler a Bíblia todo
dia0 Precisamos ser inundados pelo Espírito para vivificar o que lemos e
assim"mantermos nosso espírito e mente renovados. O entendimento da Palavra
depende do espírito que está operando em nossa mente. Quando recebi o Espí-
rito Santo comecei a entender a Palavra de Deus num novo nível. Muitas ve-
zes não obedecemos a Palavra porque falta mais do Espírito em nossa mente.
A mente precisa do espírito de revelação. Tendo isto, até a pessoa mais
simples é capaz de entender as coisas mais profundas.

Paulo está muito interessado em sermos renovados pela Palavra de Deus.


Mas só uma palavra viva (palavra vivificada pelo Espírito) pode entrar na
mente e mudar o coração. Vemos, então, que a mente é o ponto de contato pa-
ra iniciar o processo de conversão.Começamos a entender a Palavra na mente,
mas depois o Espírito tem que vir e vivificá-la no coração. Portanto, sem o
Espírito operando e dominando nossa mente nunca vamos conseguir cumprir as
palavras de Paulo sobre não se conformar com este século e nem seguir o cur-
so deste mundo.

V.24: "... e a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi criado
em verdadeira justiça e santidade." (Versão da Imprensa Bíblica Brasileira)

"Que segundo Deus foi criado." O novo homem(Jesus) foi criado na imagem
de Deus, pois o primeiro homem (Adão) caiu desta imagem original. A expres-
são "segundo Deus" significa, então, ã imagem de Deus.
"Verdadeira justiça'e santidade." Algumas traduções aplicam a verdade
só para santidade, mas' tanto a justiça como' a santidade têm que ser verda-
deiras. Isto implica que ha falsa justiça e falsa santidade. A falsa vem do
velho homem (aparência exterior) e a verdadeira vem do novo homem (realida-
de interior). A justiça e santidade falsas se manifestam em forma de lega-
lismo, religiosidade, justiça própria.
Porém, qual a diferença entre justiça e santidade? Justiça é minha po-
sição diante de Deus (mais objetiva). Santidade é o que realmente possuo
diante da minha prática real (mais subjetiva). Mas ambas são aspectos da
mesma coisa.

Outra maneira de explicar esta diferença é dizer que justiça são atos
exteriores, e santidade é um estado interior. Desta forma justificação e
perdão de nossos atos e santificação é purificação do nosso interior. Li um
diálogo numa novela sobre escravos que exemplifica i,sto. Uma menina pergun-
tou a um escravo: "Você não pode ir para b céu se 'fizer isto, pode?" Ao que
ele respondeu: "Eu não tenho interesse no que Deus fará comigo se eu prati-

-6-
car algo errado, mas no que irá acontecer no meu interior". Em outras pala-
vras,a menina estava preocupada com justificação e o escravo com santifica-
ção.

Portanto, ha falsa justiça e falsa santidade mas o Espírito Santo quer


operar em nosso ser (corpo, alma e espirito) para produzir verdadeira jus-
tiça e santidade. No final de tudo podemos concluir que o novo homem é a
verdadeira justiça s e santidade.

Este quadro dá um resumo do que temos es-


O VELHO E O MOVO HOMEM ^uãaâo *obre os *oís.hbmens' ° Yelho e °novo
homem tem anatomia (espirito, alma e corpo —
Anatomia - E*t*.utu«.a mei*e> c°JaçÍ° e Paix°es> e fisiologia (a
justa operação ou função de cada parte —
Ef 4:16). O velho homem é dominado por Sata-
nás através do mundo e do corpo. O novo homem
Co/tJiupção X EdA.fa-ic.Oic.ciO é dominado por Deus através da sua palavra.
Quando o novo homem funciona anatómica e fi-
siologicamente certo ele está se edificando»
*•
alcançando um nível mais alto. Porém, o velho homem está inevitavelmente
se corrompendo.Não só aquele qpe é simples, mas, o mais culto e entendido
também.

PERGUNTAS PÁRA REt/IS/fó

01. O que. e a veA.do.de. emJeóuá que. no& LLbeAta do pecado e le.va ã santidade.?
02. Vou que. noMoà ei^o^jo^ nunca noí> le.vaAao a AantLda.de.?
03o O que. AÕ.O "concupii>ce.ncLat>"?
04, O que. é. "faUiologia"? E "anatomLa"?
05, Que. ponte, do -á et. do homem faaz a ligação e.nfie. o eApZtáto e. o conpol
06. Vou que. e. dL^lcLl dLt>tLv\.QuÁA. e.níAe. a alma e. o eAp&iLto?
07. Quando a BZbtLa aóa a patavMi "colação", a que. pa/ite. do komejn
OS. O que. é. a ie.no vação da me.nte.?
09. Poi que. noàAoò manter pie.cú>am &eA ie,novadafi con&tantejne.nte.?
10. Que. atLtude. de.ve.mo* teA pasia com a& modat> do mundo? QuaiLA 4ão o& do<Lt>
e.y&imoj» que. pie-cLAomoA e.v£tan?
11. CLte. vãsiLaA maneÁAaA que. a& peó^oaó, Á.nclut><Lve. o* cAÍÁtiio4, <ie.navam
4uo6 me.nteA com o eAp&iLto do mundo?
12. ?on que. dcvemoA OMVL e. leA a BlbtLa todo dia?
13. Como podmoí, e.nte.ndeA a Palavra de. Peão?
14. Como a me.nte. e. o colação pie.cÃAam coopeAo*. pata naveA conveA&ãò?
15. O que. &ao ju&'tLca e., AantLdade. úatí>ai>?
16. Como pode.moA teA veAdadeÁAa juttLca e. ^antLdade.?
17. Qual a dL£eAe.nca e.ntne. jubtLca e. AantLdade.?
H. Qual e. a anatomia do veZho e. do novo komm? Há dL^eAe.nca de. anatomLa
e.ntAe. eÂ.eá?
19. Qual <i a dL£eAe.nca e.ntsie. a Biologia do ve£ko homem e. a do novo homem?
20. õ que. o ^uncLoname.ntQ- do novo komm produz?
21. PaAa onde. o ve£ho home.m ine.vÁtave^me.nte. caminha?

OS DETALHES PRÁTICOS E PROBLEMAS DO VELHO HOMEM

Depois de dar Um quadro sobre como devemos andar e sobre a possibilidade


que temos de despojar-nos do velho homem e revestir-fnos do novo,Paulo pros-
segue para os detalhes práticos e problemas do velho homem.Os próximos ver-
sículos são uma exortação ã santidade. Esta exortação é um apelo ao novo
homem para se levantar e agir. O velho homem não pode obedecer, mas* o novo
ouve ie corresponde o

-7-
V. 25: Por isso, deixando a, mentira, f ale aada im a verdade com o seu próximo,
porque somos membros uns dos outros.

1. Mentira. O velho homem mente, e o novo não. Paulo está citando Zaca-
rias 8:16 — "... falai verdade cada um com o seu próximo..." Se mentimos
pára um irmão prejudicamos a nos mesmos, porque somos membros uns dos ou-
tros, fazemos'parte , da mesma família, do mesmo corpo,. É como se a mão di-
reita batesse na esquerda, ferindo o próprio corpo.

A mentira é o pior dos pecados porque encobre todos os outros.Para sus-


tentar a primeira mentira precisamos mentir sempre. A mentira leva para o
inferno porque o diabo é o pai da mentira. Blasfemamos contra Jesus quando
mentimos, pois estamos indo contra a verdade que é Jesus.

Nossa cultura é baseada na mentira e nosso mundo inundado nahipocrisia.


Os médicos mentem para seus pacientes, os pais para os filhos, os empregar
dos para os patrões,e vice-versa. Ha pessoas que mentem como respiram. Nos,
porém, devemos tomar posição contra a mentira. Devemos criar nossos filhos
falando a verdade e exigindo que falem a verdade. Se mentirmos para nossos
filhos eles vão seguir nossos passos e set dominados pelo pai da mentira. É
um grande projeto tirar o hábito de mentir de uma criança. Durante os anos
tenho descoberto o seguinte processo. Primeiro, perguntamos à criança: "Vo-
cê fez isto?", e ela responde: "Não". Se a pressionarmos mais-um pouco ela
vai dizer: "Não sei, esqueci-me". Já há algum progresso. Ela não diz mais
que não fez aquilo, mas que não se lembra. Se continuarmos a pressioná-la o
próximo passo dela é começar a chorar, pois esta se sentindo apertada de-
mais. E fazendo mais um pouco de pressão vamos conseguir tirar a verdade
dela. É preciso ter força e ajuda de Deus para praticar isto, mas a criança
vai se converter nesta base de verdade e"sinceridade, Se prosseguir na men-
tira vai se tornar filha do diabo,enganando seus pais^ amigos e a si mesma.
• *-
*•' ., »

Vv. 26,27: Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o-lsol sobre a vossa ira,
nem deis lugar ao diabo.

2. Ira, Apesar de aparecer duas vezes no versículo 26 como ira, no ori-


ginal são duas palavras diferentes. Talvez pudéssemos traduzir assim: "Fi-
quem com raiva e não pequem; não se ponha o sol sobre a. sua ira". Vemos,
então, uma progressão — raiva, ira, e lugar ao diabo. Se a raiva crescer
vai se tornar em ira, e depois a ira vai dar lugar ao diabo. Desta vez Pau-
lo está citando Salmo 4:4.

Raiva é uma coisa espontânea e momentânea, mas ira é algo guardado que
queima no interior. Ouvi sobre um homem que ao se desentender com alguém
num posto de gasolina, entrou no carro, foi pata casa trocar seu terno por
uma roupa velha, e voltou para o posto onde começou 'a bater na pessoa com
ira. Sua raiva se transformara em ira. E quando damos lugar ã ira o diabo
entra mesmo. Muitos criminosos ao serem interrogados acerca de seus crimes
dizem: "Não sei o que aconteceu. De repente deu um branco em minha mente e
eu fiz isto na hora da raiva". 'Muitas vezes essas pessoas têm uma ira acu-
mulada contra alguém e o diabo aproveita determinada ocasião para levá-las
a cometer o crime. Portanto, sé não consertarmos a raiva no mesmo dia, ela
vai crescer e se tornar em ira.

Porém, é possível ficar com raiva e não pecar. Não precisamos ficar
condenados se sentimos raiva, pois ela faz parte da natureza de Deus
(Êx 32:9-14; Dt 9:8, 19-22). O próprio Jesus ficou enraivecido contra os
cambistas no'templo(Jo 2:14-16) e contra os'fariseus' (Mt ,23:l-39;Mc'3:5).
Na disciplina dos filhos um pouco de raiva ,faz até bem. Se o pai disciplina
o filho com raiva por causa de algo muito errado, o filho sente um senso de
justiça. E depois sente segurança quando a raiva passa e o pai brinca com
ele novamente. Ele pensa: "Apanhei porque mereci, mas agora tudo acabou,po-

-8-
car algo erraáo, mas no que ira acontecer no meu interior". Em outras pala-
vras,a menina estava preocupada com justificação e o escravo com santifica-
ção.

Portanto, ha falsa justiça e falsa santidade mas o Espirito Santo quer


operar em nosso ser (corpo, alma e espirito) para produzir verdadeira jus-
tiça e santidade. No final de tudo podemos concluir que o novo homem é a
verdadeira justiça-e santidade.

Este quadro dá um resumo do que temos es-


tudado sobre os dois hbmens. O velho e o novo
O VELHO E O MOVO HOMEM homem têm anatomia (espírito, alma e corpo —
mente, coração e paixões) e fisiologia (a
Anatomia — EAtiutuJia justa operação ou função de cada parte —
Ef 4:16). O velho homem é dominado por Sata-
F •..;; ato n < t — fun" ?o nás através do mundo e do corpo. O novo homem
X Edificação é dominado, por Deus através da sua palavra.
Quando o novo homem funciona anatómica e f i-:
siologicamente certo ele está se edificando,
alcançando um nível mais alto. Porém, o velho homem está inevitavelmente
se corrompendo.Não só aquele que é simples, mas o mais culto e entendido
também.

PERGUNTAS PÁÍ& KEVÍSKO

01, O que, e a veAdade. emJeáu* que. no A LibeAta do pecado e. £eva ã" santidade.?
02. Pofi que. noí>í>o& eA^oticob nunca no* le.vaAÕ.0 ã 4 antidade.?
03* õ que, *ão "concupi(>ce.ncia!>"?
04, Õ que, é" "^i&iologia"? E "anatomia"?
05, Que. ponte. do &_eA do homem £a.z a tigacão enfie o etyuAito e. o coipo?
06. POA que. e. áL^LoÀJL díAtinguíA. tn&ie. a alma e. o ZApViíto'?
07. Quando a &u>£út u&a a patavha. "colação", a que. ponte, do homem eó-tã 4e
OS. O que, e a ne.no\>acão da me.nte?
09. ?ofL que. noà&OÁ menteó p^ec^òam -áet fie.novadafi conóíaníemeníe?
J O, Que. atitude. de.vmo& teA paha com OÁ moda* do mundo? Q,uaÁ& &CLO o&
e.xtsimo& que. pAe.cl&amoA evita*.?
11. Cite. vásiíoA maneÃAoA jque. 00 peó^oaó, *Lnc£ut><ive. 04 cAi&tãoA, ie.no vam
&uai, me.nteA com o eApZsúto do mundo?
72o ?ofi que. de.ve.mot> oMJi e. leA a BZbtia todp dia?
13. Como podemoí, e.nte.ndeA a Patavia de. Peão?
14. Como a mectte e o colação pteocáam coopeAaA pasta haveA conveA&ão?
/5o Õ que. *ao jui>'tíca e. santidade. ^aJUaí>?
16 o Como podemos teA veAdadeÁAa / ao tica e. 4 antLdade.?
11. Quat a dí£eAe.nca e.ntAe. ju&tica. e, santidade.?
15. Qual e a anatomia do veZko e. do novo homem? Há di^eAe-nca de. anatomia
79. Quat e. a di£eAe.nca e.ntAe. a ^.i&iologia do veÂ.ho homem e. a do novo homem?
20. õ que. o Uunc4.oname.nto do novo homem produz?
21, PaAa onde. o ve£ho home.m 4.ne.v.ítave£me.nte. caminha?

OS DETALHES PRÁTICOS E PROBLEMAS DO VELHO HOMEM

Depois de dar um quadro sobre como devemos andar e sobre a possibilidade


que temos de despcpar-nos do velho homem e revestir-^nos do novo,Paulo pros-
segue para os detalhes práticos e problemas do velho homem.Os próximos ver-
sículos são uma exortação ã santidade. Esta exortação é um apelo ao novo
homem para se levantar e agir. O velho homem não pode obedecer, mas o novo
ouve ie corresponde.

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demos rir e brincar juntos". Mas a disciplina'envolve justiça. Se o pai es-
ta sempre ir,ado com o filho, batendo nele por qualquer coisa, sem um motivo
justo, ele está estragando o futuro da criança. Ela crescera complexada e
traumatizada, podendo ate se tornar um ladrão ou assassino. Por outro lado,
há pais que nunca batem (porque o medico ou a televisão proíbe) mas estão
sempre irados com os filhos. Diante de suas artes e malcriações chegam a
ranger os dentes para controlar sua vontade de castigá-los. Tem medo de ba-
ter, porém transmitem tanta ira que a criança pensa que o mundo está contra
ela, e quando cre!scer Vai dar um jeito de sair dali. Se podemos disciplinar
sem raiva tanto melhor, mas as vezes um pouco de raiva é necessário.

V. ^28: Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as
próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.

3. Furto. O que rouba, geralmente não trabalha. Ele dorme de dia e sai
à noite para roubar. Devemos trabalhar para sustentar a nós mesmos e ajudar
outros. O próprio Paulo fez isto. Quando necessário trabalhava para susten-
tar seu ministério e sua equipe de viagem (At 18:1-3; 20:33-35).

Vv* 29,30: Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e, sim, unicamente
a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e assim transmita
graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes
selados para o dia da redenção.

4. Palavra torpe. Palavra torpe pode ser uma palavra suja ou obsdena e
também uma palavra que magoa e ofende alguém. Em ambos os casos não traz
nenhuma edificação. Antes de falar temos que pensar que efeito nossas pala-
vras produzirão aos que ouvem. Ate na hora de brincar precisamos* discernir
o propósito de nossas brincadeiras — transmitir graça ou derrotar nosso
próximo de maneira "agradável". Tiago 3 nos oferece bons conselhos sobre
como agir com nossa língua. Devemos ser tardios para falar, isto é, pensar
bem antes de abrir a boca. Há pessoas que só falam coisas que derrotam ou
atrapalham. Quando abrem a boca o ambiente muda. na hora — todo mundo fica
triste ou com raiva. Precisamos, então, usar nossas palavras para construir
e edificar para Deus.

"E assim transmita graça aos que ouvem." Provérbios 15:4 diz que uma
língua suave é árvore de vida. Tenho visto pessoas que nunca falam nada pa-
ra ferir, contrariar ou discutir com alguém. Quando falam, ministram graça.
Podemos sentir o Espirito de Deus em suas palavras, pois falam coisas cer-
tas na hora certa. Se deixarmos sair de nossa boca palavras que não trans-
mitem graça vamos entristecer o Espírito Santo de Deus(v.30).

"No qual fostes selados para o dia da redenção." Paulo está repetindo
uma frase de Efésios 1:Í3,14 — "fostes selados com o Espírito Santo da
promessa, o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de
Deus..." (Versão da Imprensa Bíblica Brasileira). O dia da redenção e o dia
da glorificação do nosso corpo.Se entristecemos o Espírito Santo com nossas
palavras estamos o impedindo de fazer a obra de aperfeiçoamento em nós, e
atrasando nossa redenção ou glorificação. Ser selado pelo Espírito é ser
fechado para as coisas do mundo e entregar-se a Deus para que apeffeiçoe o
nosso interior até o dia da glprific'ação do nosso corpo.E esse processo de
aperfeiçoamento exige que entreguemos nossa língua ao controle do Espírito
Santo.

V. 31: Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e bta&fê-


mias, e bem assim toda a malícia.

5. Vários problemas. Paulo cita agoira vários problemas: amargura, cóle-


ra, ira novamente, gritaria, blasfémia e malícia. Todas essas coisas pare-

-9-
cem pecados violentos. Malícia é um Sentimento mais frio e perigoso. Amar-
gura e algo mais profundo — a pessoa não.'fala è nem mostra nada. Gritaria,
cólera, ira e blasfémia são sentimentos mais- quentes.Porém,quente ou frio,
tudo é manifestação da carne. Devemos* f içar, longe destas 'coisas, pois fa-
zem parte do velho homem.

V. 32: Antes sede uns para oom os outros benignos, compassivos, perdoando-
vos uns aos outros, aomo também Deus em Cristo vos perdoou.

Este versículo contrasta o anterior. Um é preto e o outro é branco. O


primeiro fala sobre o velho homem e este sobre o novo homem. O novo homem
tem os frutos do Espirito — bondade, compaixão, perdão.

"Como também Deus vos perdoou em Cristo." Deus não nos perdoou porque
somos bons, mas porque estamos em Cristo. Podemos perdoar porque Cristo nos
perdoou. Se não perdoarmos uns aos outros Deus não nos perdoara. Mas a for-
ça para perdoar vem do fato de esitarmos em Cristo.

Chegamos ao fim do capitulo 4, mas podemos prosseguir para o capítulo 5


sem prestar atenção a esta divisão porque Paulo continua com o mesmo alvo —
de nos exortar sobre as obras dó velho homem.

V. 1: Sede, pois, imitadores de Deus, c.0m& filhos amados...

"Imitadore^s de Deus. Pôr causa da ênfase da igreja católica sobre isto,


nós, os evangélicos, somos cpndicionados a não imitar a Deus. Os cat.3licos
crêem firmemente que é preciso iniitar os sofrimentos de Cristo e os evangé-4-
licos reagem contra isso -com medo. Porém, este versículo fala claramente
que devemos imitar a D.eus. Paulo, não está inventando uma doutrina; ele usou
precedentes bíblicos para declarar isso.

Gn 17:1: "... anda na minha presença, e sê perfeito..." Ser imitador de


Deus é ser perfeito como ele e. Abraão andou com Deus para ser perfeito.
Então o segredo de imitar a Deus é andar com ele.

Lv 11:45: "... portanto vós sereis santos, porque eu sou santo."

Mt 5:48: "Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai


celeste."

Lc 6:36: "Sede misericordiosos,como também é misericordioso vosso Pai."

Deus é perfeito e quer que o imitemos. Há dois extremos nesse assunto:


uns se esforçam com zelo humano para imitar a Deus, e outros caem na passi-
vidade achando que isto é impossível. Mas a base certa ê andar com ele de-
pendendo totalmente da sua graça. Devemds imitá-lo com zelo, poljém não com
nosso zelo; com força, porém não com nossa forç*a..

"Como filhos amados." Temos aqui outra chave muito importante.Como fi-
lhos amados podemos ter um relacionamento de amor, de confiança e discipli-
na com Deus que nos levará a ser perfeitos e santos como ele é'. A família
natural reflete este princípio.O filho está sempre imitando o pai -trabalhar
!e a filha a mãe cozinhar. Então, se nbs .sentirmos filhos amados dê Deus não
nos será difícil imitá-lo.

-10--
V. 2: .. a e andai, em amor, oomo também Cristo vos amou, e se entregou a si
mesmo por nós3 oomo oferta e sacrifício a Deus em aroma suave.
\i emamor,como tambémCristovos amou." Ha um contraste entre es-

sa afirmação e o mandamento do Velho Testamento. Levítico 19:-18 diz:


"... amarás o teu próximo oomo a ti mesmo «..", e aqui diz para amar como
Cristo amou, João 13:34 diz: "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns
aos outros; assim como eu VOS amei..." Amar' o próximo como a nós mesmos é
algo tremendo, mas amar como Cristo amou é um nível muito mais alto. fi dar
nossa vida como Cristo deu a sua. Então o novo mandamento é muito mais exi-
gente que o velhb, porém é muito mais fácil de ser cumprido, pois se esta-
mos "em Cristo" vamos amar como Cristo.
"E se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em
aroma suave»" Por que Paulo se refere ã entrega de Cristo como oferta e sa-
crifício aDeus em aroma suave?Porque ele se entregou pornós por amor a Deus
e não simplesmente porque éramos bonzinhos ou merecedores de algo. Ele se
entregou por nos; dando sua vida a Deúsi. Isto ê a chave para amarmos uns
aos outros. Se você acha difícil amar alguém, comece a amá-lo por amor a
Deus e tudo se tornará bem mais fácil.Podemos amar uns aos outros em Cristo
porque ele deu sua yida a Deus, em nosso favor. Precisamos nos identificar
com o aidpr de Deus e assim esse amor vai fluir de nós para os outros. Foi
isto que aconteceu com Jesus. Deus amou o mundo e Jesus amou o mundo por
amor a Dleus. Desta forma ele entrou no amor r de Deus « dele também fluiu
amor para o mundo. ,

Uma coisa que nos impede de amar uns aos, outros éj a falta de fé no amor
de Deus por nós. Isto nos deixa inseguros e'nos leva a gastar nossas forças
defendendo nossos direitos e posições. "Vcjcê está] errado. Você não vê que
eu sou alguma coisa e que não pode me tratar assim? ' Porém, se crermos que
o amor de Deus é igual e sem.limite para todos, vamos parar de nos defender
e começar a amar também.

Vv. 3-5: Mas a impudidcia(prostituição) e toda sorte dk impurezas, ou cóbi-


ças nem sequer se nomeie entre vós, como- convêm, a -santos; nem conversação
torpe,nem palavras vãs, ou ohocarriaes, cousas, essas inconvenientes, antes,
pelo contrário, ações' de '-graça. Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou
impuro, ou avarento, que e idolatra, tem herança 'np reino de Cristo e de
Deus, '•'.'•.'

"Mas." Com este "mas" do versículo 3 Paulo contrasta o amor carnal com
o amor de Deus mencionado nos dois versículos anteriores. Após falar sobre
o amor de Deus ele diz: "Mas cuidado com o amor carnal que tem perigos e
enganos".
Os pecados mencionados no versículo 3 (prostituição e cobiça) poderiam
ser os próximos itens (6 e 7) na lista dos problemas do velho homem. São
diferentes dos pecados do item 5 no sentido de que aqueles eram pecados
mais violentos e estes são pecados sexuais. Violência e sexo retratam nosso
mundo cotídíano.A televisão e o cinema, por exemplo, oferecem duas atrações
principais — violência e sexo.
. O amor carnal é um pecado muito enganoso, mas fundamental pois fez parte
do primeiro pecado — Adão amou mais ã sua mulher do que a Deus.
"Cobiça." No grego é a mesma palavra usada para "avidez". Aparece três
vezes no livro de Efésios. Já a vimos em Efésios 4:19, mas em Efésios 5:3
é traduzida como "cobiça" e em Efésios 5:5, como "avareza" ou "idolatria".
Avidez começa com um forte desejo por coisas materiais e termina com peca-
dos sexuais. A pessoa se torna idólatra porque prefere a criatura ao invés
do Criador. Tais pessoas não têm herança no reino de Cristo nem de Deus.

-11-
Então ninguém precisa pensar que se não puder entrar no reino de Cristo vai
entrar no reino de Deus, porque são o meamo reino.
"Nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos." Note que Paulo
chamou os efésios de santos. Ao invés de agir com legalismo' e dizer: "Vocês
não são santos porque cometem prostituição e outros pecados", ele falou:
"Por favor, porque vocês são santos não façam mais isto e nem sé nomeie es-
tas coisas entre vocês".
"Nem baixeza, nem conversa tola, nem gracejos indecentes... mas antes
agões^de graças" (Versão da Imprensa Bíblica Brasileira). Estas três coisas
não são citadas em nenhum outro lugar do Novo Testamento. São três coisas
parecidas — todas se referem a conversas sujas. É melhor ficar calado do
que falar coisas inconvenientes, e melhor ainda é dar ações de graças.

V. 6: Ninguém vos engane oom palavras vãsjporque por estas cousas vem a ira
de Deus sobre os filhos da desobediência.

"Palavras vãs" são religiões falsas, heresias. Por exemplo, há um movi-


mento que diz que o espírito pode ser salvo mesmo se a alma não é. Então a
pessoa pode entrar 'em prostituição e impurezas aqui porque o espírito jã
está seguro com Jesus. Mas Paulo está exortando contra qualquer tipo de en-
gano porque a ira de Deus vem sobre aqueles que praticam, estas coisas. Tais
pessoas são "filhos da desobediência",ou seja, fitlhos do, diabo — .o primei-
ro rebelde ou desobediente.

PERGUNTA PARA REI/ISÃO

01. Poi que. uma e.xoitacão pana. a santidade. &Ó &esá pioveÁto&a. 4e enten-
de/uno4 a di.6e.ie.nca entte o veÀlho e o novo homem?
02. õ que. o fiato do. &&wo& membiok un& do4 outioà tem a. v&i com a. e.witação
paia não me.ntii?
03. Poi que. a me.ntíia é. o p-ioi do& pecado-ó?
04. Que. e um do-ó maÂ.on.iLí> deóa^óxó na citação do4 &itho&?
05. Quat a di^eAe.nca ç.n&ie. laiva e tia?
06o Õ que. ac.onte.c.e. quando peAmttimoA iia. acumutai em nÕ4?
07, P01 que. não e nece44aA^,awiente pe.cJado fccaA com JLOÍV&?
OS, Poi que. MuLva é. <zó uezei ne.c.&í>AÕsú.a na dú>cÁptina dn. ^ÁJ,ko&1
09. Vou. que. sie-piím-íA a táiva paUM. não bateA no* ^itho& pode. pte/uctccoA 04
faclnoA AeAA.ame.nte.?
/ O » Quat cíeue 4eA a ba&e. ciavuu.ua pa>ia que. não &e.ja pecatío?
H. Quat o com>eÂ.ko de. Pauto pata 04 -fttckõeá que. & e. zonveAtem?
12. Quat deue ÀeA o pnopõíxUjo de. todaò ao no^aá patawuu?
13. O que. ac.onte.ce, quando ^atomo* pataviat> toupoÀ, que. não tdifaçam nem
tsian&nútw gtaça aoé que. ouvejni?
14. Como o EàpÍAÍto Santo eAtã no& pie.paha.ndo pana o dia da -tedewçãof
15. Cite, noue pt-òblemaá do ve£ho homem que. Pauto menciona neAta paó^agem.
76o Como podemos peJidoan ano ao4 owúio&l ' *
17. Poi que. o& e.vang<ític.ÒA 'tm'mè.âo da exp^.eá4ão "ímitadoieA de Peaó'(?
18. Cite. atgimaÁ quatídadeA de. Ve.i\Á que. ite. queA que. 4m£emo&.
19. Qualò &ao o& do-cá ex^iemo^ nu te. ao A unto?
20. Quat a chave, pana Ae/uno* AMLta.dox.eA de. Peão?
21. Quat a dL^eAe-nça e.n&ie. o tipo de amo*. e.xÁ.gí,do de-nÓó na vztna. atLanca e
na nova atianca? \
22. Poi que. o mandamento da nova aLLanca e.muito maÂA Çãcit de &eA cumprido?.
23. Quat a chave, paia amatimob ano ao-6 outio& como OúAto no4 amou?
24. Como Jeóaó recebeu amoi pe£o mando? ,
25. £aa£ o glande. empe.citko paia amaunoA, un& ao4 outioà?

-12-
26. QuaiA -òã.0 CLÁ dueto cuttaçõeá pfu.ncA.pcUA do cxnema e da.
27. PO/L que a peá-áoa que £em avareza, au-cdez ou cobiça pode -áet cJvwada de.

28. O que ÁÕ.O paLa.\}HaÁ VÕÁ?


29. ?on que o& que p-ta£ícam ao ob/taá do ue£foo tornem &ÕJQ chamado* "^LtkoÁ da.
deò o b edóê naúi" f

COMPARAÇÃO ENTRE LUZ E TREVAS

Depois de descrever as obras do velho homem, Paulo começa a falar sobre


a diferença entre luz e trevas. Entre os versículos 7 e 14 ele usou cinco
vezes a palavra "luz" e duas vezes a palavra "trevas".

Vv. 7,8: Portanto não sejais participantes aom eles.Pois outrora éreis tre-
vast porém agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz..t

"Não sejais participantes com eles." "Com eles" se refere aos ímpios,
os filhos da desobediência.Não devemos participar do espírito de rebeldia e
desobediência que há no mundo, pois este é o espírito de Satanás.

"Outrora éreis trevas, porem agora sois luz no Senhor." Note que Paulo
não fala: "Outrora andáveis nas trevas e agora andais na luz". Antes, ele
identifica os efesios com dois substantivos — trevas e luz. Mais uma vez
Paulo exorta de uma maneira positiva. Ele fala: "Vocês são luz, então andem
como filhos-da luz".

As trevas existem porque Satanás que era Lucifer (a estrela da manhã)


caiu, e Deus teve que separar as trevas da luz.

Vv. 9-11: (porque o fruto da luz consiste em toda a bondade, e justiça, e


verdade)3 provando sempre o que é agradável ao Senhor. E não sejais owapli-
aes nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reproVai-as.
• . . *

"Fruto da luz" versus "obras infrutíferas das trevas". A luz tem fruto
e as trevas têm obras'infrutíferas. Fruto é um resultado natural, espontâ-
neo dos filhos.da luz, e obra e produto de nosso esforço humano. (Gaiatas 5
também fala "obras da carne" e "fruto do Espírito".)Algumas traduções falam
"fruto, do Espírito" rio versículo 9, mas de acordo com o original grego a
expressão certa é "fruto da luz".O fruto da luz consiste em toda a bondade,
justiça e verdade (verdadeira justiça e santidade).

• "Provando, sempre o que é agradável ao Senhor." Os filhos da luz agradam


a Deus porque andam na luz.

"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas;antes, porém,
reprovai-as." No grego "cúmplice" é a palavra "koinonia" que usamos para
comunhão. "Koinonia" tem vários sentidos: comunicar, associar, participar,
etc. Não podemos, então, ter comunhão com as obras das trevas. Antes, de-
vemos condená-las, tomar posição contra elas. Não precisamos rir de uma pi-
ada suja e nem ficar indiferentes diante de coisas erradas. É difícil ser
diferente, mas andando na luz vamos reprovar as obras das trevas com nossas
palavras e açoes.

-13-
Vv. 12-14: Porque o que eles fazem em oculto, o só referi? é vergonha. Mas
todas as cousas,^ quando ^reprovadas pela luz, se tornem manifestas; porque
tudo que se manifesta é luz» Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, le-
vanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminava.

Jo 3:19-21. Paulo diz "que todas as cousas, quando reprovadas pela luz,
se tornam^manifestas" e João diz "que todo aquele que faz o mal, aborrece a
luz, ^e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas"
(Versão da Imprensa Bíblica Brasileira). Então, a luz manifesta, revela to-
das as coisas erradas, e conseqllentemente ela condena. Por isto os que pra-
ticam as obras das trevas não gostam da luz,

l Ts 5:4-9: "Mas, vós, irmãos, não estais em trevas... porquanto vos


todos sois filhos da luz, e filhos do dia; nos não somos da noite, nem das
trevas»c. Ora, os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam é de
noite que se embriagam. Nos, porem, que somos do dia, sejamos sóbrios...
porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação medi-
ante nosso Senhor Jesus Cristo." Você já observou que os que aborrecem a
luzt trocam o dia pela noite? Geralmente os pecados grosseiros são cometidoá
a noite. As pessoas saem ã noite pela cidade para dar, evasão as obras da
carne — prostituição, roubos, crimes, etc. Mas nos devemos ser sóbrios e
amar a luz. Nossa luz é Cristo, a palavra de Deus. Se temos Cristo, a luz
do mundo, temos luz para revelar as obras das trevas e condená-las.

"Pelo que diz." Ao falar isto Paulo está anunciando que vai citar uma
escritura para terminar o assunto. O texto que mais se aproxima do versícu-
lo 14 é Isaias 60:1: "Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a
glória do Senhor nasce sobre ti". Paulo teve muita liberdade para colocar
este versículo nos termos da nova aliança. Parafraseando ele disse: "Já que
vocês são santos, levantem-se da morte e comecem a viver na luz. Jesus.res-
suscitou e vocês devem ressuscitar também". Outra passagem semelhante a
Efésios 5:14 é Romanos 13:11,Í2: "... já é hora de vos despertardes dó so-
no... Vai alta a noite e vemj chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das
trevas, e revistamo-nos das armas da luz".

Portanto, a luz é que manifesta as coisas. E quando as coisas erradas


são reveladas pela luz, são condenadas e reprovadas por ela. Quando a luz
de Deus mostra os pecados de uma pessoa convertida, ela sente muitoornais:
tristeza do que o incrédulo, pois este não tem luz. Então quando alguém re-
conhece seu pecado é sinal que j ã recebeu luz.

ANDAR SÃBIO

V. 15: Portanto, vede prudentemente eomo andais, não como néscios, e, sim,
oomo sábios...

Esta é a ultima referência de Paulo em Efésios sobre andar. As outras


foram em Efésios 4:1 (andar de modo digno da vocação), 4:17 (não andar como
os gentios),5:2(andar em amor), 5:8 (andar como filhos da luz) e agora ele
nos exorta a andar como sábios e não como néscios. Nos próximos seis versí-
culos vamos enumerar cinco Itens que nos mostram como andar como sábios.

Vv, 16-21: .... remindo o tempo, porque, os dias são maus. Por esta razão não
vos torneis insensatos, mas procurai compreender qua.1 CL vontade do- Senhor.
E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do
Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao
Senhor, com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a
nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-*vos uns
aos outros no temor de Cristo o

-14-
Io Remir o tempo. Remir p tempo e comprar o tempo, da mesma forma como
fomos comprados de volta pelo sangue de Jesus. Outra ,tradução fala "usando
bem cada oportunidade". O tempo é algo precioso que Deus nos deu e precisa-
mos aprender a usa-lo bem.Na criação de meus filhos fiz questão de observar
se não estavam gastando tempo ã toa. Logo que possível tinham um horário
certo para tudo — brincar, ler um livro, estudar, trabalhar, dormir, co-
mer, etc. Nunca gostei daquele espírito que as crianças naturalmente têm
de ficar gritando e rolando pelo chão quando não'tem nada para fazer. Ensi-
nei também que se é hora de fazer determinada coisa tem que fazer só aquilo
e Jnão se -envolver com outra coisa. Se é hora de trabalhar deve trabalhar,
se, ê hora de brincar pode brincar mesmo, mas nada de ficar brincando na ho-
ra de trabalhar. Uma pessoa que aprende a organizar bem seu1 tempo sempre
prospera na vida.
Paulo falou que era, necessário remir o tempo porque os dias eram maus.
Se eram maus naquele tempo quanto mais agora. Os dias são maus e vão piorar
mais ainda, por isso devemos andar como sábios remindo o tempo.
i:5: "Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aprovei-
Cl 4:
tai as oportunidades." Esta passagem é paralela a Efésios 4:16. "Portar-se
com sabedoria" significa "andar como sábios". E isto inclui estar atento
para não perder nenhuma oportunidade de manifestar aos incrédulos em pala-
vra e ação a nova vida que temos em Jesus.
2. Entender a vontade de Deus. Deus tem um plano, uma vontade para cada
vida. Devemos procurar entender esse plano e como melhor nos encaixar nele.
Rm 12:2: "... para que experimenteis qual seja a boa, agradável e per-
feita vontade de Deus". Existem coisas em nossa vida que não são a vontade
perfeita de Deus. Há dois tipos de vdntade: a vontade perfeita e a vontade
permissiva.Esta última é quando insistimos tanto com Deus sobre determinada
coisa que ele acaba permitindo que aconteça. Mas muitas vezes sua vontade
permissiva nos leva a dar voltas ao redor da montanha sem alcançar opropósi-
tp de Deus. Por isso, e importante entender a vontade de Deus para que não
nos tornemos insensatos. (Se quiser estudar mais sobre este assunto peça os
íivretos "Como Achar A Vontade De Deus" e "Visão".)
Cl 1:9', 10: ''... que sejais cheios do conhecimento da sua vontade... pa-
ra que possais andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo..."
(Versão da Imprensa Bíblica Brasileira). Se queremos andar de maneira dig-
na e agradar ao Senhor em tudo, devemos ser cheios do conhecimento da von-
tade de Deus.
3. Não emb)>iagar-se com vinho mas encher-se do Espírito. Este item
equilibra o item anterior. Entender a; vontade de Deus é uma coisa mais sé-
ria e calma — é preciso ter comunhão com Deus, orar e ler a Bíblia. Porém,
não 'é necessário ficar1 tão sério o tempo todo. Podemos nos embriagar do
Espírito e nas reuniões ("falando.entre vós") louvar a Deus com salmos,hi-
nos e cânticos espirituais. O mundo, por exemplo, se embriaga para esque-
cer os problemas e ficar alegre. Numa festa todos riem, gritam, dançam e
cantam. Nos também podemos nos embriagar do Espírito e extravazar nossa
alma para que o Espírito restaure e limpe nosso interior, tirando todas as
trevas e teias de aranha.
Por que ele diz "saímos,-hinos e cânticos espirituais"? Porque o Espí-
rito quer mover em nosso meio de muitas formas. Ãa vezes podemos cantar
salmos como Davi e outros fizeram. Mas não podemos ficar só nisto senão vi-
ra um costume, uma tradição. Existem igrejas que só cantam no livro de Sal-
mos. No entanto; há lugar para hinos também. Um hino antigo canfado na hora
certa eleva nosso espírito .a Deus. E ainda podemos ter cânticos espiritu-
ais. São cânticos espontâneos que o Espírito inspira quando entramos em lou-
vor. Portanto, o Espírito S.anto é vivo e criativo, e .quer se expressar atra-
vés de nós de forma criativa. .
i ! i
Cl 3:lê. Este versículo também mostra os dois lados da moeda. Vamos mu-

-151-
dar um pouco a sua ordem para entendê-lo melhor. "A palavra de Cristo habi-
te em vos ricamente, ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros em toda a
sabedoria; louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com
gratidão em vossos corações ".(Vê r s ao ;da Imprensa Bíblica Brasileira). A pri-
meira parte do versículo ê mais séria pois se refere ã busca da Pal'avra pa-
ra entender a vontade de Deus. Mas a segunda parte é mais alegre e descon-
traída pois se refere ao mover do Espírito em nosso meio. Portanto, os dois
aspectos são necessários para servirmos a Deus.

Note que enquanto Efésios 4:30 fala "não entristeçais o Espírito de


Deus", Efésios 5:18 fala "não vos embriagueis com vinho, mas enchei-vos do
Espírito". Há um contraste entre os dois versículos. Um fala num sentido
negativo — o que não devemos faizer com o Espírito — e o outro num sentido
positivo. Então ao invés de entristecer o Espírito com as obras da carne,
devemos nos embriagar com ele para ter um andar sábio.

4. Dar graças por tudo sempre. Cheios do Espírito vamos dar graças ao
nosso Deus e Pai- em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Paulo envolveu a
trindade para falar sobre dar graças. Isto foi algo prático em sua vida.
Quando ele e Silas foram açoitados e lançados no cárcere com os pês presos
num tronco, eles não murmuraram que tudo tinha dado errado. Mas deram gra-
ças a Deus pela situação. E os anjos gostaram tanto dos seus louvores que
vieram libertar-lhes da prisão (At 16:23-26).

5. Sujeitar-se uns aos outros no temor de Cristo. Há uma ligação entre


ser cheio do Espírito e ser submisso uns aos outros .Infelizmente ha muitos
crentes cheios do Espírito que não se submetem a ninguém. Mas isto não ê o
plano de Deus. Quando fui batizado no Espírito não sabia o que fazer com
tanta força e alegria que sentia. Cheguei a correr de minha casa até a
igreja para extravazar minha energia. No entanto, ao deitar-me Deus falou
seriamente comigo para consertar publicamente com uma pessoa. Foi algo di-
fícil, mas eu me sujeitei porque tinha entregado minha vida ao controle do
Espírito Santo. Portanto, não somos cheios do Espírito para ficarmos inde-
pendentes e rebeldes, mas para nos submeter uns aos outros. Note que a sub-
missão é no temor de Cristo, isto é, com humildade e quebrantamento e não
olhando as pessoas segundo a carne e aparência humana.

PERGUNTAS PAB4 REI/IS/Í0

01. O que. e. ptiodu.z4.do puta luz? U pe£oi


02. O que ^giii;iic.a AZA "cúmptóce" naí> obxM In^utX^eAaò da&
03. Poi gue ~oí> que andam naó tAe.va& ocí&tam a luz?
04. Oue e um b-Lnal .!>e.guAo de. que. algum eátá andando na luz?
05. Matize, ao cinco le^e/tênc^u» que Paulo $az em EiJeá/úxá &obfuí "andai" e
e-icA.eva um paAãgiaúo deAcAe.ve.ndo o tipo de. pftoce.dime.nto que. e£e eAtâ
no* exo/ttando a te.fi como ctiií\tão&.
06. O que. •txigni&ica "lemA o tempo"?
07. POA que. de.ve.moA Ae.miA o -tempo?
OS. Como a noéàa atitude, pana com 04 IncAzduloA Ô. <incluZda heAta exp/te44ão
"sie.mindo o tempo"?
09. O que. e. a vontade, peAmUA-iva de. Ve.uA?
10. Qual a úncca maneÁAa de. não no& toHnatuno* <Lnl>e.n&ato6?
11. Como podemoA andan de. uma manêÃia que.^aciiadejnoA ao Se.nh.oA em tudo?
12. Como o teAceÀAo £tem &obfie. um andafi t>ak>i.o equilibra o Ae.gundo?
13. Pon. que Pau£o ^ala bobfie. "-òatmo*, kino* e. c.antic.o& tepúuAuaÁA" ligado*
com a exotíação pata no* embAiaganmoA com o EApZíito?
in* Como podemos enttcó-íece^o EípZiito?
15. Vou. que. &eA chefio do EàpZALto e. ^submete^-^e ao& outio* 4ão do-ii>
4.ni>e.paAãveÃA? (O que acontece quando kão .óepatado-ó?)
16. QuaL& o& cinco £te.m> àobfie. um ancíat

-16-
OS DEVERES DOS DIVERSOS COMPONENTES DA FAMÍLIA E DA SOCIEDADE

O último item para um andar sábio é sujeitar-se uns aos outros no temor
de Cristo (v.21). Neste contexto, no resto do capítulo 5 e nos nove primei-
ros versículos do capítulo 6 Paulo vai falar sobre os deveres de cada ele-
mentq da família e da sociedade - mulheres e maridos, filhos e pais, ser-
vos e senhores.

Õ MISTÉRIO W CASAMENTO

A próxima passagem (w. 22-33) trata de um assunto muito sublime -


casamento. Este é. o tema principal da Bíblia. Ela começa e termina com ca-
samento; Toda esta passagem .está comparando o casamento natural com o casa-
mento espiritual de Cristo'com a sua igreja. O casamento natural revela o
propósito de Deus na terra. Por isso, este é um assunto sagrado que exige
sobriedade de nossa paste. Sempre ensinei minha família a não brincar com o
assunto de namoro e casamento. Acho horrível ver adultos brincando sobre
isto com as crianças, corrompendo suas mentes desde cedo e ensinando-as a
encarar essas coisas com leviandade. Mas infelizmente todo mundo acha isto
natural e necessário. Não estou dizendo que isto deve ser um assunto proi-
bido. Mas que por ser algo tão sublime e sagrado deve ser tratado com so-
briedade e temor.
Precisamos ter uma'visão global destaj>assagem antes de estudá-la mais
microscopicamente. Seria recomendável, então, lê-la cuidadosamente antes de
começarmos a analisar os principais versículos e expressões.

V. 22:As mulheres sejam submissas a seus pr-Óprios maridos,como ao Senhor...

É tão difícil se submeter! Muitas vezes eu penso: "Será que eu me sub-


meteria se fosse mulher?" Mas as mulheres não devem ficar desanimadas por-
que este versículo dá uma chave para a submissão. Elas devem^se submeter a
seus próprios maridos como ao Senhor. Submeter por submeter é difícil, mas
se for como ao Senhor se tornará fácil. .

V. 23: ...porque p marido é o cabeça da mulherscomo também Cristo ê o cabe-


ça da igreja, sendo este mesmo, salvador do corpo.

"Salvador do corpo." Esta e uma expressão singular — não é encontrada


em nenhum outro lugar na Bíblia.. Cristo alem de ser o cabeça da i-greja I o
salvador do .corpo. Nós somos ò corpo e Cristo é o nosso salvador. Até no
sentido natural, sem cabeça nosso corpo está perdido. A mente e o juízo es-
tão na cabeça e o corpo precisa obedece-la para se proteger de perigos.
*
O termo "salvador do corp^B" pode ser aplicado no casamento natural tam-
bém. Num sentido o marido é o salvador da esposa. Ê claro que a salvação
pessoal dela depende de sua fé em Jesus, mas o marido pode salvar a esposa
de muitos problemas e perigos. Por ser a mulher a parte mais frágil, ele é
responsável j?elo seu estado físico, mental e espiritual. JPor exemplo, em
certas ocasiões difíceis quando a esposa diz: "E agora? Não sei o que vai
acontecer!", o marido pode lhe transmitir fé: "Calma", ele diz, "eu sei o
que deve ser feito. Tudo vai dar certo". Desta forma ele se torna o salva-
dor de toda a família, pois até seus filhos se sentem seguros por saberem
que têm um pai que realmente resolve todos'os problemas. Então assim como
Cristo é o salvador do corpo(da igreja), de certa forma o marido é o salva-
dor da esposa.

-17-
V. 24: Como, porém, a igreja esta, sujeita a Cristo, as sim também as mulheres
sejam em tudo submissas a seus maridos,

Como a igreja se submete a Cristo, seu cabeça e salvador, também a mu-


lher deve se submeter a seu marido,seu cabeça e salvador. Se o marido exer-
ce sua função de cabeça e salvador,sua esposa tem uma motivação positiva pa-
ra se submeter com alegria.Geralmente a submissão da mulher é mais enfatizada
que o dever do homem. Note, porém, que há três versículos sobre o dever da
mulher, e muito mais sobre a responsabilidade do homem.

V. 25: Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a
si mesmo se entregou por

A parte .da mulher é isubmeter-se e a parte do homem é amar.Não que a mu-


lher não deva amar, mas Paulo esta enfatizando aquilo que é mais difícil
para cada um, Geralmente a mulher tem mais dificuldade parai se submeter(e
mais facilidade para amar), e o homem por causa de orgulho tem mais difi-
culdade para amar. Mas nenhum dos dois deve esperar pelo outro — a mulher
não deve esperar o homem amar para se submeter e nem o homem deve esperar
a mulher .submeter-se para amar. O casamento não funciona na base de cada um
fazendo os seus 50%. Diante do Senhor tanto o marido como a mulher deve fa-
zer sua parte.

'"Como também Cristo," Esta expressão aparece várias vezes nesta passa-
gem (w. 23,25,29). Paulo está sempre fazendo um paralelo entre o casamento
natural e o casamento espiritual. O marido' deve amar sua esposa como também
Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela. Este é um amor que
exige renúncia.Cri sto amou tanto a igreja que morreu por ela. Da mesma for-
ma o marido deve' amar sua esposa dando sua vida por ela. Para nós é impos-
sível amar assim, mas se fizermos "como Cristo" ou "como ao Senhor" conse-
guiremos» . .

Vv. 26,27: ..,para que a' santificasse, tendo-a purificado por meio da lava-
gem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito,
'-•*' . •

. * ' .• e

Cfem 'que propósito Cristo amou • a igreja e a si mesmo se entregou por


ela? Para à santificar.A santificação da igreja é responsabilidade de Cris-
to. Precisamos corresponder a ele em fé, mas a iniciativa é dele. E para
quê Cristo santificou a igreja? Para a apresentar a si mesmo igreja glorio-
sa. Então são -três passos: 1. Cristo dá sua vida pela igreja 2. Com o pro-
pósito de santificá-la 3. Para a apresentaria si mesmo igreja gloriosa. Tu-
do foi feito por ele,por meio dele e para ele. Não com propósitos egoístas,
mas para glorificar a Deus. • • •
•,

O versículo 27 é muito importante. Foi usado para transformar minha vi-


são espiritual.Jesus voltará para uijia igreja gloriosa, sem mancha nem ruga.
Como nenhum homem quer se casar com uma mulher maculada, Cristo também não
quer — ele quer uma noiva perfeita. Porêiji, ele se responsabiliza por san-
tificã-lã. Será que realmente cremos que a igreja será gloriosa, sem mácu-
la, santa e irrepreensível antes da vinda de Cristo? Temos que ter fé, pois
a obra que* ele fez na primeira vinda ê capaz de preparar a igreja para a
segunda vinda. (Estude mais sobre a igreja gloriosa lendo o livreto ."O Se-
gredo, da Igreja Gloriosa".)
• ,

Vamos ver alguns versículos sobre santificação.


Jo 17:15-17. Santificação é ser separado do mundo. Ê estar no inundo sem

í -18-
participar dele (w. 15,16). Somos santificados pela verdade, pela palavra
(v. 17).
Jo 17:19: "E a favor deles eu me sant-ifi-oo a min mesmo, para que eles
também sejam santificados na Verdade." Como Jesus santi'ficou-se a si mesmo?
Cumprindo a vontade do Pai através de dar sua vida voluntariamente na cruz.
Jesus "criou" a palavra' de Deus pela sua obediência ao Pai. E esta palavra
é â verdade na'qual somos santificados (v.17). Então o que é a verdade? É o
fato de Deus ter se tornado homem para morrei por nós. Ele não só nos amou
lá do céu mas veio para ver nossa situação e se identificar com nossa mi-
séria. Não só falou à verdade: mas a cumpriu pela obediência ao Pai, tornan-
do-se assim a verdade em ação que nos santifica. Para nos santificar Jesus
deu sua vida na cruz, e deppis ressuscitou e derramou seu Espírito que é
santo e nos faz santos. Ele se santificou para santificar a igreja. Em ou-
tras palavras, sua santificação santifica a igreja. l
. , . • ' • «. '
Hb 10:9,10: "Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade... Nessa
vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta pelo corpo de Je-
sus Cristo, uma vez por todas." Jesus cumpriu a vontade do Pai oferecendo
seu corpo na cruz uma vez por todas. E nessa vontade é que temos sido san-
tificados. Mais uma vez, então, vemos que Jesus se santificou para produzir
nossa santificação. Durante os anos a teologia tem ensinado que santifica-
ção consiste de ; um processo doloroso para unir nossa vontade com a vontade
de Deus o Mas is'to SÓ tem produzido esforço e condpnaçao. Este versículo
mostra que a santificação é uma obra sobrenatural pela palavra ou verdade —
a obra de Jesus Cristo feita uma vez por todas. O homem Jesus já uniu sua
vontade com a de Deus; ele cumpriu a vontade de Deus. Nossa vontade foi
aniquilada na cruz. Não precisamos mais repetir o processo pelo qual Jesus
passou. Pela fé podemos ter a vontade do novo homem que já passou por ^sse
processo de negar sua vontade.

Hb 10:14: "Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos
estão sendo santificados." Este versículo mostra os dois aspectos da santi-
ficação. Por um lado, do ponto de vista de Deus, é um fato consumado — com
uma única oferta fomos aperfeiçoados para .sempre — mas por outro lado é
um processo — na medida que cremas no fato consumado estamos sendo santi-
ficados. Então pela oferta de Cristo una vez para sempre estamos sendo
progressivamente}, santificados.

Satanás tenta nos convencer que é impossível sermos santos. Porem, a


força do pecado e! a mentira. Jesus cumpriu a verdade como homem e quebrou a
mentira. Ele é a verdade que venceu o poder do pecado, e crendo nesta ver-
dade somos vencedores por meio de Jesus Cristo.

Portanto, a Igreja não precisa se esforçar para se santificar, porque


Cristo já fez tudo que era necessário. Crendo na obra de Cristo temos des-
canso de nossas obras porque tudo já está feito! Voltando ao casamento na-
tural, este ê o espírito que o marido deve transmitir ã esposa. "Pode des-
cansar que eu vou cuidar de tudo." A obra|*de Cristo é salvar a igreja e a
obra do marido é salvar a esposa. Ele deve lhe transmitir fé, autoridade e
amor, porque foi desta forma que Cristo amou a igreja. O marido deve cum-
prir seu dever para com sua esposa no mesmo espírito e poder que Cristo se
entregou pela igreja. i
"Tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela,palavra"(v.26).
Agua simboliza a palavra. Santificar é lavar. Note mais uma vez que é res-
ponsabilidade de Cristo purificar a igreja pela palavra. Ele é a palavra
que se tornou eficaz porque ele mesmo a cumpriu entregando-se posr nos. Sem
a palavra de Deus a igreja não será gloriosa para se casar com Jesus. Por
isso, ela precisa ser restaurada. Então, o versículo 25, se refere ã primei-
ra vinda (quando Jesus deu sua vida na£Jte.ruz), o versículo 26 à época da
igreja (quando ela está 'sendo lavada petíPpalavra), e o versículo 27 S se-
gunda vinda (quando ele vai apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa).

-19-
Vv^ 28-30: Assim também os maridos devem amar as suas mulheres como a seus
próprios corpos. Quem ama a sua esposo, a si mesmo se ama. Porque ninguém
jamais odiou a sua, própria carne, antes a alimenta e dela cuidas corno tam-
bém Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo.

Quando fala sobre o mistério do casamento Paulo usa três figuras —


cabeça e corpo, Cristo e a igreja, marido e esposa. Assim como o marido
cuida do próprio corpo,deve cuidar da esposa, pois foi assim que Cristo fez
com a igreja.Ele a deve alimentar, nutrir, cuidar, e prezar. Tudo isto por-
que a finalidade do casamento é revelar na terra o amor de Deus.
Se entendêssemos mais no plano natural o papel do marido de assumir to-
da a responsabilidade de salvar e cuidar da esposa, teríamos mais revelação
do tipo de relacionamento que Cristo tem conosco. Como a mulher, a única
coisa que precisamos fazer e nos submeter e confiar na graça de Cristo.

V. 31: Eis por que deixara o homem a seu pai e a sua mãe3 e se unirá à sua
mulher3 e se tornarão os dois uma. só carne.

Este versículo é uma citação de Génesis 2:24. Mostra o que acontece de-
pois do casamento. O homem e a mulher deixam seus antigos lares para formar
um novo lar. O mundo faz muitas piadas sobre sogras, mas isto é algo sério.
Ao se casar o homem não precisa mais da influencia da mãe, porque agora tem
uma outra mulher para cuidar dele.

V. 32: Grande é este mistério3 mas eu me refiro a Cristo e ã igreja.

Este versículo é chave para toda esta passagem sobre casamento. Grande
e o mistério do homem e da mulher se tornando uma só carne,_e produzindo
filhos que poderão ter vida eterna ou condenação eterna. É tão misterioso
que as crianças nem entendem. De repente sua mãe engordou tanto e um dia
voltou do hospital com um irmãozinho. Inventaram até uma história sobre ce-
gonha para explicar este mistério. Paulo diz, então, que este mistério é
grande, porém ele esta se referindo a Cristo e^sua igreja. Em outras pala-
vras, o casamento natural é uma figura do mistério de Cristo com sua igre-
ja. Casamento na terra é provisório mas o casamento de Cristo com a igreja
é permanente. Portanto, Paulo não escreveu todas essas coisas só para ter-
mos um casamento feliz, mas para mostrar uma verdade espiritual.
O mistério é um dos assuntos principais do livro de Efésios. Tem sete
aspectos e um deles se refere a Efésios 5:32. Vamos, então, relacionar os
sete aspectos do mistério:

1. Trindade(2 Cp 13:13) 5. Israel-Igreja(Rm 11:25,26)


2. Deus-Homem(Jo 1:14) 6. IGKEJA-NOIVA DE CEISTO(Eí 5 :32)
3. Jesus-Espírito(2 Co 3:17,18) 7. Glorificação do Corpo (l Co 15:
4. Igreja-Corpo deCristod Co 12:12,13) 50-52)
(Estude sobre o mistério nas apostilas "A Restauração da Palavra",
Parte 1; e "Um Estudo Microscópico de Efésios", Parte 3.)

Quando o casamento de Cristo com sua igreja for consumado teremos um


corpo glorificado. O propósito eterno de Deus é unir o corpo de Cristo
(a igreja) com a cabeça que é Cristo. E o casamento natural é uma figura
disto. Todo mundo gosta de falar sobre casamento, mas poucos entendem que
ele é uma coisa sagrada, um mistério de Deus. O entendimento do propósito
de Deus com o casamento dará ao marido força para amar como Cristo amou e a
mulher força para submeter-se como a igreja deve submeter-se a Cristo. Am-
bos devem ter o céu como modelo, pois Cristo e a igreja ilustram como deve

-20-
ser o lar terreno. Se compreendermos essas coisas vamos ter uma nova menta-
lidade sobre o casamento. Veremos que não nos casamos só para ter um casa-
mento feliz, mas para manifestar na terra o casamento celestial.

Vamos prosseguir agora para o último capitulo de Efésios — o capitulo


6, Até o versículo 9 veremos ainda os deveres de mais alguns membros da fa-
mília e da sociedade — filhos e pais, servos e senhores. Depois estudare-
mos o último grande assunto do livro de Efésios — a armadura de Deus.

PERGUNTAS PARA REI/IS&)

01. Von. que. devemos e,ncanaA o casame.nto natuAat com glande. leópe-cto e. so-

02. Qual a chave, pana a mulheA conse.guin. seA submissa a se.u manido?
03. P o n. que, a cabeça e o "s alvado n. do conpo"?
04. Como o inanido pode. seA o "salvadon. do conpo" em se.u lan?
05. Qual a motivação positiva pana. que. a mulheA se. submeta. a Síu. marido?
06. Po A que. Paulo não e.wnta as mul.heA.eA pana amanem a Ae.ua moAidos?
07o Von. que. a submissão da mulheA não de.ve. de.pe.ndeA. do amo>i do marido e.

OS . Que. tipo de. amofi Pauto diz que. o mouiLdo deve teA, poi ÁUO.
09, Como podeAmo* teA eAte. amoi?
10. Como CsúAto Aanti&icou a -cg^e/a? Pata quê. a 4aRtt£tc,ou?
n. Que. baóe te,mo& paxá. oieA, que. a <igie.ja. éesia— -c-t/tep^eeni^ue-C,
-r £>a.n£a e
QJLonÁ.o&a ante da vinda de.
12. O que. ê"
13. Como Jeóuó AantL&icou-Ae. a &i meAmo?
14. O que. a Áanti^Lcação de£e. -tem a veA com a
15. Õ que. e. a veAdade. que. no-ò
16. Poi que. Jeóaó tinha que. moM,eA. pata que. rió& (JÔ44emo4 Áa.nti&icadoA na
veA-dade.?
17. P o n. que. o conceÀto comum .óobA.e santificação é eAAa.do?
IS. Como podemos ^ecebe^. a santificação?
19. QuaÃA são os do-có aspe.ctôS dá Santificação?
20. Von. que. estamos cooperando com Satanás quando eternos que. é <únpossZve£
se.nmos santos?
21 . POA. que. a ÍQ?ie.ja não pmicisa se. eAfaicaA. pana. se.
22. Como o manido O.QÁAÃ. no tan. se. tiveA. a meóma atitude, que. Clisto tem pau
com a
23. Von. que a patavna. te.m podeA. pana. santi&icaA a ign.e.ja?
24. Relacione os ve.nsZcutos 25-27 c'om a ptá.meÃsia e, se.gunda vinda de.
25. QuaZ a ^inatidade. do casame.nto?
26. Em que. sentido pnÀ.ncipaJL a maionÀ,a das ^amZtias natuMÚA não <teve£a o
de ie£ac£oMameiráo que. Cnisto tem com a -ígie/a?
27. Qual o propósito pnÀ.ncipat de. Pauto ao eAcne.veA, esta. passagem sobn.e.
casamento?
28. Qual deve se.n. o pn.opõs^to de. todo casamento natural?
29. Como a mulheA. teAa ^on.ca. pana. se. submeteA. e. o moAido paAa amoA?

-21-
FILHOS E PAIS

Vv. 1-3: Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto ê justo. Honra
a teu pai e a tua m%& (que é o primeiro mandamento oom promessa), para que
te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.

"No Senhor." Mais uma vez encontramos esta expressão em Efesios. E a


*w «^ • fí

mais importante de todo o livro. É a variação de "em Cristo , nele , etc.


(veja a primeira apostila, pg.16). Não temos nada e nem podemos fazer nada
fora de Cristo. Somente na força do Senhor temos o espirito de submissão
para obedecer a nossos pais.
Nesses versículos Paulo não esta querendo ensinar todos os mandamentos;
mas esta focalizando o assunto dê submissão as autoridades. O espirito ao
mundo hoje e de independência e anarquia. Por qualquer motivo ^as pessoas
fazem greves e revoluções para brigarem por seus direitos. Mas no jenftor
podemos voltar a sua palavra e_cumpri-la. Paulo citou o quinto mandamento
porque vai falar sobre a submissão dos filhos aos pais.
Êx 20:12: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus
dias na terra que o Senhor teu Deus te da." Que terra e esta. Uma terra ma-
terial prometida a Abraão e a sua descendência. Por que o quinto mandamento
e essencial para prolongar a vida na terra? Porque a permanência na terra
dependia do cumprimento da lei, e os pais eram responsáveis por ens^a-la
aos filhos (Dt 6:1-7). Se os pais não a transmitissem aos filhos,e os ti
lhos não honrassem os ensinamentos dos pais, a lei não seria guardada e o
povo pereceria na terra.
Dt 5:16,33: "Honra a teu pai e a tua mãe... para que se prolonguemos
teus dias, e para que te Va bem na terra que o Senhor teu Deus te da. An
dareis em toà o carrinho que vos manda o Senhor vosso Deus.para que vivais,
bem vos sucU, e prolongueis os dias na terra que haveis de possuir. O
quinto mandamento e o primeiro mandamento com promessa.E o que e esta pró
messa? É o prolongamento dos dias na terra. Isto significa que geração agos
geração permaneceria na terra. Note que a promessa do quinto ^-"S£°V
mesma promessa para quem guarda todos os mandamentos (v. 33). Mas na hora de
dar os dez mandamentos ela foi dada especificamente para o quinto mandamen
to. Por que"? Porque o centro de g;uardar a lei e ajamilia. Por ser a unida
de básica da sociedade e do povo de Deus, se não estiver integra * fxrme
toda a sociedade se desintegrara. E foi neste ponto que ^ra^ PffU°
propósito de Deus - eles não ensinaram seus filhos. Consequentenente a gê
ração seguinte abandonou o Senhor e no fim foram expulsos da terra.
Em Êxodo e DeuteronSmio, Moisés esta se referindo a terra V*™^*'™3
em Efésios Paulo esta se referindo a terra toda. _ Desde o inicio o Pl«ode
Deus era dominar toda a terra e este plano foi iniciado com um homem (Adão)
em um peoueno lugar (Éden). Adão falhou, mas com ^«M. ^ ' «^«£ ° £°a
cesso novamente prometendo-lhe uma terra que serra a base para Alcançar a
terra toda(Gn:12:3). Então as promessas de Deus são valiaas de» «icio ^o
fimeestão sempre sendo ampliadas.Paulo falou que osefesiosCge""os) teriam
suas vidas prolongadas na terra porque o povo da nova ^^^^^^^
terra no reino de Deus. O processo começou com Abraão mas será consumado na
volta de Cristo.
Se a promessa de Deus e prolongar nossa vida na terra, então ele não
estS interessado em apenas levar-nos para o céu. Ele quer que «Conquiste
mós a terra que foi perdida para o diabo. E a base «Vri^fSíuI
na terra e a obediência aos pais,, a estrutura fundamental da família.

V. 4: E vos, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na


disciplina e na admoestação do Senhor.

Os pais tim sua tarefa também. Não devem provocar seus filhos a ira.mas

-22-
antes criá-los na disciplina e na admoestação do Senhor. Esta palavra
"disciplina" pode ser traduzida como "doutrina" ou "ensino". Então a função
dos pais não é só corrigir os filhos, mas doutrina-los desde o início sobre
o caminho de Deus.
Os pais provocam os filhos ã ira quando os disciplina para a vantagem
deles e não para o bem dos filhos.Por exemplo, se o pai grita para o filho:
"Saia daqui!", só porque esta nervoso e não quer ninguém por perto, o filho
se sente injustiçado na hora. A criança tem um senso de justiça muito gran-
de, e quando disciplinada injustamente sente-se insegura e cresce sabendo
que o mundo Í dirigido por condições injustas. Ela se tornará amargurada e
tratará seus irmãos e as pessoas ao seu redor do mesmo modo que os pais a
tratam.
Por outro lado, a criança aglienta muita disciplina quando sabe que a
merece. Quando a disciplina é justa a criança se torna alegre e segura por-
que toda criança gosta de firmeza e segurança. A criança que faz o que quer
se torna infeliz porque pensa que ninguém lhe da importância,não sente amor
e proteção. Ao me casar tomei posição de nunca deixar meus filhos fazerem
birra, ficarem gritando e rolando pelo chão. Graças a Deus isto nunca acon-
teceu. Nunca permiti que meus filhos olhassem para mim com ira e insolên-
cia. Eu olhava nos olhos deles e dizia: "Tire esta expressão do seu rosto,
você fez uma coisa errada e estou agindo certo ao discipliná-lo".Mas alemde
disciplinar tem o lado de mostrar amor e segurança»Muitas vezes eu exage-
rei ao disciplinar meus filhos, mas depois conversava com eles e pedia per-
dão por ter brigado ou ficado irado demais. Os pais e todos que são respon-
sáveis pela criança devem transmitir disciplina e doutrina, e também amor e
justiça.
Muitos pais deixam seus filhos irados porque não discernem suas reações
e sentimentos.Ordenam alguma coisa taxativamente, viram as costas e vão em-
bora sem discernir como a criança se sentiu com aquela ordem. Os pais não
devem aceitar rebeldia e insolência, mas devem se comunicar com os filhos e
explicar-lhes certas exigências. Se exigirem coisas injustas a criança vai
guardar amargura e deduzir: "Meus pais não se importam comigo, só pensam no
bem deles".Muitas vezes não é necessário explicar antes de disciplinar, mas
depois pode se sentar e conversar sobre aquilo com a criança.
Então, ira nos filhos é um sintoma de injustiça. Não estão em harmonia
com seu mundo. Precisam saber o que está acontecendo, e ser disciplinados
com justiça. Os filhos terão um conceito verdadeiro de Deus se os pais agi-
rem com justiça e verdade. O propósito da família natural é mostrar os
princípios da família divina (Pai, Filho e Espírito Santo). Deus vai formar
uma sociedade alternativa, uma nova ordem, começando com os relacionamentos
no lar.
Passagem paralela — Cl 3:20,21.

SERVOS E SENHORES

Vv. 5-8: Quanto a vós outros , servos, obedecei, a- vossos senhores segundo a
carne oom temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não
servindo ã vis ta, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fa-
zendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor,
e não como a homens , certos de que oada um, se fizer alguma cousa boa, rece-
berá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, q-uev livre.

A palavra "servo" geralmente significa "escravo" na Bíblia. Paulo sentiu


peso pelos escravos e dedicou-lhes quatro versículos para os consolar e en-
sinar. Naquela época muitos cristãos eram escravos e a maioria dos_que se
convertiam pertenciam a esta classe. Os pobres e oprimidos sempre são mais
abertos para Deus. Os ricos não sentem tanta necessidade de Deus porque tem

-23-
seus próprios planos e projetos. Note que Paulo ao escrever para os escra-
vos ensinou-lhes submissão e não fomentou uma revolução.

O servo deve servir-—-a Cristo através de obedecer e servir aos homens


(v»5). Paulo repete e enfatiza que deve obedecer não sõ por aparência, mas
de coração (w.6,7 — note a expressão "como ao Senhor"). Quando obedecemos
como ao Senhor, somos alegres e livres. A recompensa não vem na hora, mas
certamente vem porque Deus não gosita de ser devedor (v. 8).

Ao^falar sobre os deveres de cada membro da família e da sociedade,Pau-


lo esta ensinando uma coisa básica para os relacionamentos dentro do corpo
de Cristo — submissão. Este espírito de que somos iguais porque somos ir-
mãos não é certo. Somos um em Cristo mas temos que respeitar nossos irmãos
e cumprir nossas obrigações. Muitos crentes não pagam suas dívidas no dia
certo porque fulano e irmão e ele pode esperar. Alguns nem pagam e quando
cobrados alegam falta de amor crisitão por parte do credor. Infelizmente es-
ta se tornando comum dizer que é melhor fazer negócio com incrédulo do que
com crente. O patrão cristão geralmente tem problemas com empregados cris-
tãos, pois estes acham que ele não tem direito de corrigi-los ou mandar ne-
les porque é irmão. Porém, os ensinamentos de Paulo vão contra este espíri-
to de igualdade e de insubmissão. A esposa que se converte tem que conti-
nuar obedecendo o marido, da mesma forma os filhos devem obedecer os pais,
e os empregados os seus patrões.

V. 9; E vós,, senhores, de 'igual modo procedei para oom e1es3 deixando as


ameaças, sabendo que, o Senhor, tanto deles como vosso, esta nos oéus, e que
para com ele não há acepção de pessoas.

Os senhores devem ter araesmaiatitude de tratar os servos "como ao Se-


nhor". Devem deixar as ameaças e não criar um ambiente tenso, de ira. Deus
não faz acepção de pessoas, ele é Senhor dos servos e Senhor dos senhores
dos servos.

Cl 4:1. Os senhores devem tra:tar os servos com justiça è eqUidade, sa-


bendo que vão prestar contas a Deus.

É interessante o fato de Paulo nunca ter incentivado os escravos a pro-


curarem libertação e nem aconselhado os senhores a solta-los. Em l Corin-
tios 7:20-24 ele exorta a cada um a permanecer na vocação em que foi chama-
do. Se foi chamado como escravo nã!o precisa se preocupar com isso pois no
Senhor tal pessoa é livre. Mas se tiver oportunidade de se tornar livre po-
de aproveita-la.Esta atitude de Pa.ulo revela um princípio do reino de Deus.
Ele não é implantado através de mudarmos a estrutura exterior. O reino de
Deus é produzido através de uma mudança interior de atitude. Se tanto os
servos como os senhores demonstra.rem o reino de Deus nos seus relacionamen-
tos, a conseqliência futura será uma mudança na estrutura exterior.

PERGUNTAS PARA REl/ISÂ*0

01. Pon que. oi> encanamento* de. Paulo Aobne oi> de.veM.eA do& diveAAOA compo-
nenteA da fiamítia e da &ocÁ.edade *ão eApe.cA.alme.nte. apsiapúadoA pana o&
YIO&&O& diaA?
02. A que. tenna o quinto mandament.0 te. siefieiia?
03. Vou que. o cumprimento do quint:o mandamento era eAAe.ncA.at pata o& failkoí>
de. l&nael tenem AeuA diaA prolongado* na tenna?
04. ?ofi que a pnomeAAa do quinto mandamento e a meAma pana quem guatda OA
mandamento*?
05. Po A. que. o* &ilko* de. lAftael não puderam peAmaneceA na teM,á?
06. Qual a eAtnatégi.a bÓA^ca de VeuA pana neAtabeleceAteudomínio"Aõbne
toda a tenAa?
07. ?on que o meAmo pAÍncZp<io de obediência aaá pau que eAa valido pana o
povo de VeuA na velka aliança Aenve pana nÕA gentioà hoje?

-24-
08, Qual a n.<L&pon&abÀJiLdade. do* pcu.ó paAa com o&
09, O que. AlgnífaLca "provocou, oó faithoA ã *.;&"?
10, O que. de. vê. -ó et a boóe de, toda dÍAcÂ.ptÂ.na de. cfLÍanca?
1h O que. aconte.ce. quando a criança ê" dÍAcíptínada AM. j ut>tame.nte.?
H, Pofi que, a ciianca que. não é ciló ctptínada é" -tn^e&cz?
73, ?oft que. JL dí&cLpLina A em Áe.níiÀ.bLtidade. aoA &e.ntun<Lnto& e. •te.açõeá da
csú.anca e. ptej udícÂ.at?
I 4 C Se. a ctiÃ.anca eAtã Ae.mpfLe. Âxada í amah.QUiM.da o que, podwoà deduz-ót éobfte.
0-6 paio ?
75o Qual a chave, pana 04 ÁeAvoÁ AeA.vlA.em com ate,gtiuL e. de. todo o colação
ao-ó .áeuá &e.nkoneA naturais,?
76 0 Vou que. a e.KOitacão de. Pauto jpafLa o& eá&LavoA cAt&£ão& piava que. a atu-
at atitude, de. de.le.nde.fL o& phop}LÍoí> dilecto* não í. etáAtã?
77. Poi que. oj> ctáÁtãoA Aewpx.e. tlm ptLobtemat, no& tLe£acÂ.onawe.ntoA e.ntne. &Â.
4 o b/te. ne.gõdo-0, dZvÃ,d<u <L e.irfípne.QOA?
18» Como eAtu pfLobte.maÁ AeJiíaw tieAotv<idot> &<i todo* &e.Qu£(>&&n 04
de. Pauto?
19, Como OÁ .òen/iote/ó cAÃAtão* de.ve.rn tratai &£&£> &<L>WQ&?
20. PO/L que. Pauto não e,n£atLza a mce^ÁÍdade. da emancipação do& é

• A ARMADURA DE DEUS

Esta é a terceira etapa do livro de Efésíos e o terceiro passo de nossa


vida cristã — permanecer em pé» Vimos na quarta apostila(pg.2) que Efésios
se d i v i d e em três p a r t e s : sentar (descanso — capítulos l-4a) , andar
(prática — capítulos 4b, 5 e metade do 6) , e ficar em pê (guerra — capi-
tulo 6:10-20). A ordem desses passos ê muito importante. Geralmente gosta-
mos de lutar primeiro e descansar por último, mas Deus nos ordena em pri-
meiro lugar a nos sentarmos em Cristo. Isto ê tão importante que Paulo gas-
tou mais da metade da epístola neste assunto. Só depois de nos sentarmos que
podemos andar. Andamos para provar que estamos descansando. Se não andamos
ê porque não aprendemos a nos sentar. Mas se nos sentarmos corretamente
certamente vamos andar.

Então, a terceira etapa do livro de Efésios ê a guerra. Enquanto nas


duas primeiras etapas Paulo gastou vários capítulos, na terceira ele gastou
apenas dez versículos. Por quê? Porque se nos sentarmos em Cristo e andar-
mos na prática, não ê necessário gastar muito espaço ou atenção na guerra.
Através de descanso -e prática estamos suficientemente preparados e a guerra
vai acontecer naturalmente. E também precisamos entender que o inimigo gos-
ta de atenção e não devemos lhe dedicar mais atenção do que merece.

V« 10: Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.


"Quanto ao mais" significa finalmente, no fim do assunto. Então no fim
do assunto, depois de nos sentarmos e andarmos, precisamos ser fortalecidos.
Como? No Senhor e na força do seu poder. Note que são três palavras com o
mesmo sentido: fortalecidos, força e poder.

Ef 1:19: " O o . e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que
cremos, segundo a eficácia da força do seu poder." Aqui também temos três
palavras: poder duas vezes e força. Na tradução portuguesa deste versículo
temos apenas duas palavras (força e poder) para descrever o poder de Deus,
mas no grego além destas duas há uma terceira: "dinamite". "Suprema grandeza
do seu poder" traduzido literalmente seria: "suprema grandeza da sua
dinamite"^

Estas três palavras são as mesmas usadas em Efésios 6:10. Ser fortaleci-
do no Senhor e na força do seu poder é o mesmo que ficar cheio de dinamite.
Em Efésios l Paulo está orando para que os efésios tenham uma revelação da
grandeza desse poder que ressuscitou a Jesus e lhe deu um nome acima de to-
do nome, e em Efésios 6 ele está afirmando que depois de ter a revelação,
podemos praticar este poder.

-25-
Por que Paulo enfatiza tanto a necessidade de poder em nossa vida espi-
ritual? Porque estamos jiuma guerra e sem poder vamos perdê-lat Somos viti-
mas de Satanás quando não usamos este poder. E isto não deve acontecer por-
que em Cristo somos muito mais fortes que nosso inimigo, pois Cristo foi
exaltado acima de todo nome.

V. 11: Revesti-vos de toda a armadura de Deus3 para poderdes ficar firmes


contra as ciladas do diabo...

"Toda a armadura." No grego isto é uma palavra composta. Temos que pe-
gar a armadura inteira, não só uma parte ou uma peça de nossa preferência.
A^armadura é a força do poder de Deus. Se não nos revestimos dessa dinamite
não estamos preparados para a guerra. Não adianta falar sobre poder sem re-
vestir-se da armadura. Não adianta o soldado querer exercer força na bata-
lha se não tiver proteçao. Precisamos de toda a armadura pois ela nos traz
poder para resistir ao inimigo.
"Ciladas do diabo." Cilada é algo sutil. Significa engano, armadilha,
emboscada. Numa guerra os soldados armam ciladas e emboscadas para pegar o
adversário de surpresa, e na guerra espiritual Satanás age da mesma forma.
"Para poderdes ficar firmes." O objetivo de nos revestirmos de toda a
armadura S para podermos ficar firmes contra o inimigo. Paulo repetiu a ne-
cessidade de ficarmos firmes mais três vezes: V. 13 (resistir) , v. 13 (permane-
cer firmes ou inabaláveis), v.!4(estar firmes). Todas estas palavras têm a
mesma raiz grega com alguma variação. (\er: -apostila n9 4, pg. 4 - § 59)
Nossa guerra é defensiva, porque já estamos no nosso direito. Paulo não
falou: "Revesti-vos de toda a armadura de Deus para poderdes invadir o ter-
ritório do inimigo", mas: "Revê sti -vos. .. para poderdes ficar firmes contra
o inimigo". Guerreamos para defender a terra que Deus nos deu. Satanás é
como um ladrão que invade uma casa — o chefe, da casa precisa expulsar o
ladrão pois ele está fora do seu direito. Então, ficar firme em pé é defen-
der o direito de permanecer onde estamos. Por isto é necessário sentar-se
primeiro (ter revelação de nossa posição), para depois andar (praticar essa
revelação), e finalmente ficar firme na posição em Cristo.
A armadura protege toda parte do corpo, menos as costas. Por quê? Porque
temos que enfrentar o diabo de frente, não podemos fugir dele. A armadura
é o poder de Deus e este poder nos dá condições de resistir-lhe com firmeza
seir. lhe vir?rinos as costas — senão seremos vitimados por ele.

V. 12: . „ ,-ooTcue a. nossa luta não ê contra o sangue e a carnete sim3 contra
os principados e_ potestades3 contra os dominadores deste mundo tenebrosot
contra" as forces espirituais do ma13 nas regiões celestes.

Derek Prince escreveu sobre a armadura de Deus e traduziu este versícu-


lo ;da seguinte forma: "Nossa disputa de luta livre não ê contra pessoas com
corpos, mas contra governadores com esferas de autoridade, contra os domi-
nadores mundiais destas trevas atuais, contra as forças espirituais do mal
nos céus". Em seguida faz o seguinte comentário: "Assim estamos envolvidos
num embate total com pesáoas espirituais invisíveis dotadas de tremendo po-
der, altamente organizadas, e que se opõem totalmente a nós e a tudo que
representa Deus, os propósitos de Deus e o povo de Deus. Sua sede está nos
lugares celestiais e exercem toda espécie de pressão espiritual contra nós
a fim de, por alguma forma, nos destruir". (Extraído do livreto "Defesa
contna Desânimo".)
» •
~ 'ii - ~
Nossa luta não e contra pessoas com corpos. Satanás não tem corpo mas
Jesus tem. Temos luta no nosso corpo com aquele que não tem corpo. Jesus
venceu Satanás corporalmente, e através de Jesus nós também temos vitoria
sobre aquele que não tem corpo. Se ficarmos fora do corpo de Cristo não te-

' -26-
remos vitória, pois Satanás terá acesso ao nosso corpo para nos subjugar.
Porém, se ficarmos no corpo de Cristo esses poderes sem corpos não terão
poder sobre nós.
Note que a palavra "contra" é usada muitas vezes (uma vez no versículo
11 e cinco vezes no versículo 12), pois a batalha é contra o nosso inimigo.
"Regiões celestes." Os lugares celestiais tem três níveis principais:
1. O céu visível — atmosfera e estrelas;
2. Os lugares celestiais onde Satanás fica, sua sede;
3. O lugar onde Cristo está — a habitação de Deus.

PERGUNTAS PAR* KEVISKO

01. Vou que. a oAdw do& ttât> pab&oÁ da. vida cAi&tã deACAitoA em t^eAioA e
de. suma importância?
02. Po* que. Pauto gá& ta. tanto eápaço com o assunto de. szntaA. e tão pouco
com o assunto de. gueAAa espiAituai?
03. Vou que. Pauto enfatiza tanto a. ne.c.essidade. de, pode/t em no-ó^a v-tda espi-
ritual?
04. Como podemos tecebeA pode.fi su&icÂ,e.nte. pata. uenceA o 'inimigo?
05. Que. conceito ou estimativa. Paulo ^az do podar de, Ve.ut>?
06. Vou que. pre.cisamos de. "toda. a. armadura de. Veut," pata ve.nc.eA o diabo?
07. Que. tipo de. estratégia o diabo ubá contra nÕó na gue.ina eApitátuat?
08. Vou que. a no&&a QU&MJO. é de.£e.ní>iva e. não ofensiva?
09. Vou que. não ha ne.nhumajpe.ca de. aninaduna paAa de.6e.nde.tL ao c.oAta&?
10. Com que. tipo de. adveAAcuúo temoà que. lutoA?
11. Como Jeáaá uenceu Satanãó?
12. Em que. po&ição p>ie.cÍÁamoA eátasi paAa t<2A. vitória &ob)i&. OÁ ataquem de.
Satanáá em no&&o& coipo*?
13. Quaiò 4ao o& tn.êá nZveÂA do* iugoAeA c.e.leAtiail>?

A VITÓRIA DE CRISTO SOBRE AS POTESTADES

Paulo não disse simplesmente que nossa luta é contra Satanás; ele deu
quatro títulos aos poderes malignos: principados, potestades, dominadores
deste mundo e forças espirituais do mal. Vamos, então, ver várias escritu-
ras para entender as potestades melhor.
Cl 1:16-18. Vemos quatro termos aqui também: tronos, soberanias, prin-
cipados, e potestades. Todos estes principados foram criados originalmente
por Cristo e para Cristo, mas depois se revoltaram contra Deus e se torna-
ram maus. Cristo e . o cabeça do corpo, da igreja, que vence sobre estas for-
ças sem corpos.
Cl 2:9,10. Cristo e o cabeça de todo principado e potestade. Hoje eles
governam ilegalmente mas no fim Cristo, através do seu corpo, a igreja, vai
recuperar estas posições de autoridade. Nossa plenitude está em Cristo.
Cl 2:15. Note uma sequência nessas passagens. Vimos que as potestades
foram criadas por Cristo e ele é o cabeça delas. Agora vemos que ele entrou
em batalha contra elas e as derrotou na cruz, porque haviam se rebelado
contra Deus. A própria morte é uma potestade, mas Cristo venceu sobre ela e
assim tirou toda força dos principados rebeldes.
Ef 1:19-21. Passamos agora da cruz a ressurreição. Através da sua morte
e ressurreição Jesus subiu acima de toda potestade epoder—doenças, peca-
do, morte, desânimo,etc. Pelo nome de Jesus todo demónio tem que sair, por-
que Cristo tem autoridade.

-27-
_ Pp 2:5-11. Usar o nome de Jesus tem-se tornado umhábíto entre os cris-
tãos, mas precisamos entender o tremendo poder que há neste nome e o quanto
custou a Cristo alcançar este poder. Ele se dispôs a deixar sua posição de
igualdade com Deus para sofrer a ignominia da cruz. Por isso, Deus o exal-
tou, dando-lhe um nome sobre todo nome. Ele foi exaltado porque desceu ã
posição inferior, mais baixa posiílvel. Agora todo demónio, todo poder, tem
que se dobrar diante do nome de Cristo.

Hb 1:4. Hebreus l e 2 mostram a diferença entre Jesus e os anjos — que


são potestades, sejam bons ou mauss. Cristo herdou um nome mais excelente do
que os anjos«

Hb 2:5-11. Quem vai dominar o mundo vindouro? Serão os anjos? Não I Ape-
sar de serem mais baixos que os anjos porque são sujeitos ã morte, no fim
os homens vão ter uma coroa de glória superior a eles.

Jesus tomou a forma de homem e nesta posição venceu sobre todas as po-
testades, através da morte do seu corpo (v.9). Os anjos não fizeram isso e
por isso são inferiores a Cristo.

l Pé 3:22. Jesus subiu ao céu, ã destra de Deus, e tomou domínio sobre


anjos, potestades e poderes. As potestades estão por trás de todos os males
e problemas que atrapalham nossa vida. Mas temos vitória sobre estas coisas
porque Jesus subiu acima de todas as potestades.

Rm 8:31-390 Satanás nos acusa constantemente (v.33). Mas Cristo morreu


e ressuscitou e agora intercede por nos (v.34). Por isso se você se sente
derrotado ou desprezado,lembre-se que Jesus esta intercedendo por você. Por
meio dele somos mais que vencedores(v.37),porque vencemos através de derrota.

Vvo 38,39. Paulo não deixou nada de fora. Ele incluiu tudo que nos dá
medo e insegurança. As potestades não podem nos separar do amor de Cristo.
Estamos em Cristo numa posição superior, pois ele j ã venceu sobre elas.
Ef 3:10,11.Os principados e potestades são uma coisa' séria, mas a igre-
ja é algo mais sério ainda. Ela vai lhes revelar a multiforme sabedoria de
Deus que é a palavra viva. Então, através da palavra viva a igreja vai do-
minar as potestades.

Ef 6:12. Agora este versículo tem mais sentido para nós. Sem entender o
propósito de Deus não há muito sentido em lutar contra as potestades. Cris-
to já derrotou Satanás na cruz, mas Deus quer usar a igreja para manifestar
esta vitória na terra. As potestades governam agora e são responsáveis pe-
las trevas atuais. Nosso chamamento é investir contra elas e exercer o do-
mínio de Deus sobre elas — mudar este controle.

O propósito de Deus em nos dar a armadura não é apenas para nos prote-
ger do inferno, mas para podermos cumprir seu plano de envergonhar as po-
testades. Devemos mós revestir de toda a armadura para podermos ficar fir-
mes neste propósito de lutar e vencer Satanás.

V« 13: Portanto,tomai toda a armadora de Deus, para que possais resistir no


dia mau, e depois de terdes Vencido tudo, permanecer inabaláveis.

Estamos numa guerra contra seres sem corpos. Por isso pela segunda vez
Paulo nos ordena a tomar toda a armadura de Deus, porque nel~ ha proteçao
para todo o corpo, menos as costas pois não vamos fugir. ^,-^
"O dia mau."Isto não significa a "grande tribulação". O dia mau é qual-
quer dia quando o inimigo está nos atacando. Por enquanto parece que temos
mais dias maus que bons, mas graças a Deus que no dia do Senhor só haverá
dias bons» Porém, devemos nos alegrar pelos dias maus, pois só assim pode-
mos aprender certas coisas que de outra forma não aprenderíamos. Eles ser-
vem para nos refinar assim como o fogo refina o ouro. Alguém falou que so-

-28-
mente agora temos oportunidade para sofrer por Jesus, e é só através de so-
frimento que certas coisas podem ser operadas em nos para a eternidade.
"Depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis." Outra tradução
diz "havendo feito tudo, permanecer firmes". Então naó há opção para desis-
tir, correr ou 'fugir da batalha. Uma vez que tomamos a armadura e entramos
na guerra temos que ir até o fim.

PERGUNTAS PARA REVISÃO

01, Qual £oi a. origm e. propósito doo principados <L potestades?


02. Po/i que. agora í>ão inimigo* de, Ve.u&?
05, Por que. Pauto a&úma w (AloAÁe.m>es que, Cristo é á c&beça doí> princÀ.-.
padoÁ <L potestades?
04. Como Cristo rtc.onquÂStará de. ^ato estas posições An autoridade.?
05. Po*, que. o nome. de. Jesus traz autoridade. Aobre. o& principado* e. potesta-
des?
06. Vou que. komzn&jz. não anjo* dominarão o mundo vindouro?
07. Por que. Jesus e Áupe,rior ao* anjo* (no *e.ntido da luta contra a* potes-
tades ) ?
08. Qual ajutividade. principal de. Jesus agora 5. destra do Pai?
09. Como nó* agora pode.mo* gozar ima po*içJão *upesu.or ãí> potestades mesmo
estando ainda e.m c.orpo* materiais que, *ão mais friac.o* que. ela*?
10. Como a j.gre.ja vai re.ve£ar a multiforme, éabe.doria de. Ve.ut> ãá potestade*?
11 o Qual z o propósito de. Ve.uí> em no& dar a armadura?
12. Por que. o& dia* maaó •&ao importantes e. ne.c.eAAarLo& para não?

AS PEÇAS DA ARMADURA

Depois de descrever o tipo de guerra que vamos enfrentar e de nos exor-


tar duas vezes a tomar toda a armadura de Deus (w. 11,13),Paulo enumera
vários aspectos da armadura» :

Vv. 14-18: Esta-ij pois, fixmeSj dirigindo-vos aom a verdade, e veatincb-vos


da couraça da Justiça. Calçai 08 pés oom a preparação do evangelho da paz;
engraçando sempre o escudo da fé, oomj) qual podereis apagar todos os dar-
dos inflamados do maligno. Tomai também o oapaoete da salvação e a espada
do Espírito, que ê a palavra de Deus; oom toda oração e súplica, orando em
todo tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e súpli-
ca por todos os santos...

Nesta passagem Paulo se refere a três partes do nosso corpo. Em Efesios


4:17-19 ele falou sobre a mente,o coração e a carne(dissolução e impureza),
e aqui temos a cabeça, o coração e os lombos (partes inferiores). As peças
da armadura que correspondem a essas áreas são:.capacete (pára a cabeça),
couraça (para o coração) e cinto (para os lombos — v.14: "Cingindo os vos-
sos lombos" — Versão da Imprensa Bíblica Brasileira). Estamos chamando os
lombos de partes inferiores porque são a região na altura dos rins. Antiga-
mente os homens tinham de cingir os lombos para correr ou batalhar, pois ao
invés de calças usavam um tipo de túnica larga. Portanto, colocando um cin-
to na área dos rins eles podiam entrar em ação com mais desenvoltura.
O fato de Paulo ter relacionado partes da armadura com áreas de nosso
ser mostra que ele é maravilhosamente formado, e revela segredos da opera-
ção e natureza de Deus. Nosso corpo pertence a Deus e cada parte dele é um
mistério que precisa ser entendido. Um médico ou cientista com revelação do
Espírito pode perceber muitas coisas que o homem natural não compreende,
pois cada aspecto da criação visível contém segredos e mistérios espiri-
tuais. (Para um exemplo disto, peça o livreto "O Sangue e a Ceia" escrito
por um médico que revel.a muitas verdades espirituais escondidas no sangue.)

-29-
Vamos estudar, então, cada peça da armadura.
1. O Cinto da Verdade (v. 14)
Is lis5: "A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cin-
to dos seus rins," Lombos^ e rins são a região da cintura. Em Isaías temos
justiça nos lombos e em Efésios no coração. • • '
SI 51:6: "Eis que te comprazes na verdade no Intimo, e no recôndito me
fazes conhecer a sabedoria." É preciso ter a verdade no íntimo, no recôndi-
to ou secreto da alma.

Então, Paulo fala sobre a justiça no coração e«Isaías sobre a justiça


nos lomboso Efésios fala para cingir os lombos com a verdade e Salmos para
colocar a verdade no intimo. Essas variações mostram que Deus não ê rígido,
inflexível e sistematizado. O homem é que gosta de fórmulas e regras para
poder manipular e dominar tudo. lias Deus sempre pula fora quando o homem
tenta fazer isto com ele. Deus é uma pessoa viva, carismática e dinâmica, e
cheia de surpresas.

Agora, qual a diferença entre verdade e justiça? Verdade é sinceridade,


transparência, viver na luz. De acordo com o Salmo 51 é trazer ã luz o que
se passa no nosso íntimo, seja algo errado ou não. Justiça é conformidade
com a natureza de Deus. É integridade, irrepreensibilidade, inculpabilida-
de o O contrario da verdade e mentira, e da justiça é pecado. Deus é justo e
verdadeiro (SI 19:9) e nele temos verdadeira justiça e santidade(Ef 4:24).
Quando conhecemos a Deus que é a verdade, desistimos de nossa justiça pró-
pria e recebemos a verdadeira justiça.
A justiça de Deus é baseada na verdade e o pecado se baseia na mentira,
pois Satanás é o pai da mentira e do engano. Por isso a armadura começa com
verdade nos lombos (nos rins, nas entranhas, no íntimo), para depois subir
para justiça no coração.
2c A Couraça da Justiça (v.14)
A couraça protege o órgão mais: vital do corpo — o coração.

l T s 5:8. Este versículo faz um paralelo interessante com Efésios 6:14.


Em Efésios Paulo fala "couraça da justiça" e em l Tessalonicenses fala
"couraça de fé è amor".
Is 59:17; Is 11:50 A primeira passagem de Isaías concorda com Efésios
6:14, mas a segunda coloca a justiça nos lombos. Então Isaías tem dois lu-
gares para a justiça e Paulo tem a couraça da justiça e â couraça de fé e
amor»
Por que em l Tessalonicenses Paulo falou "couraça de fé e amor"? Para
mostrar mais especificamente o que. é essa justiça. É a justiça de Cristo
que vem pela fé (Rm 10:4) e a fé opera pelo amor (Gl 5:6). Não é a justiça
que vem das nossas obras, mas a justiça de Deus que é Cristo, e esta vem
pela fé. A couraça é fé porque fé é justiça, pois recebemos Cristo pela fé
e ele ê a nossa justiça. Porém, fé não é doutrina, teoria ou teologia. 6
comunhão com Deus através de Cristo. É confiança constante e viva numa pes-
soa* E se temos este contato com Deus temos amor, pois fé não funciona sem
amor. Se não temos amor, temos uma doutrina e não temos fé.
Podemos fazer as seguintes equações:
Justiça de Deus = fé + amor.

Justiça humana = lei + esforço humano.

Temos que optar por uma dessas justiças. Se temos a justiça de Deus em
nós, nosso coração tem proteção contra o inimigo. No entanto, a couraça da
* *

-30-
justiça humana é furada, e Satanás aproveita suas brechas para nos atacar
com condenação, orgulho e justiça^própría. No final de tudo, nossa couraça
é comunhão com Deus, pois isto é fé verdadeira que produz amor.
Efésios 4:24 diz que o novo homem foi criado segundo Deus em verdadeira
justiça e santidade (Versão da Imprensa Bíblica Brasileira). Então,se a ar-
madura de Deus começa com verdade e justiça, logo vestir-se do novo homem ê
estar protegido e armado para a guerra,

3. O Calçado da Preparação do Evangelho da Paz (v.l5)


Efésios 6:15 (e também Romanos 10:15) foi tirado de Isaías 52:7: "Que
formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz
ouvir a paz, que anuncia cousas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a
Sião: O teu Deus reina!"
Pregar o evangelho faz parte de nossa armadura. Se não pregamos, Sata-
nás tem acesso ã nossa vida, pois estamos escondendo o que temos de mais
precioso. E nas parábolas de Jesus vemos que é perigoso enterrar nosso ta-
lento. Deus não se interessa em nos salvar para que fiquemos de braços cru-
zados esperando o dia de ir para o céu. Ele quer que demos fruto para seu
reino, para seu propósito. Não podemos ficar apenas em contemplação nos lu-
gares celestiais. Temos que descer e nos relacionar com as pessoas — levar
a mensagem de paz e amor aos outros. Se não testificamos aos nossos colegas
e vizinhos, a tendência é tomar atitudes semelhantes Is deles. Mas a prega-
ção dapalavra de Cristo nos dá responsabilidade como representantes de Deus.
Tanto Isaías como Paulo citam os pés porque é necessário andar para pre-
gar o evangelho. Os pés nos levam a ter contato com o mundo. Então eles tem
de estar calçados com a preparação do evangelho para que ao nos relacionar-
mos com as pessoas transmitamos a palavra de Deus. Nossa melhor defensiva é
a ofensiva. Se não queremos ser contaminados pelo inundo devemos levar o
evangelho ao mundo.
Por que Paulo falou "preparação do evangelho da paz"? Porque temos de
estar preparados com sinceridade no-intimo e justiça de Deus no coração pa-
ra aproveitar cada oportunidade que tivermos com resultado e efeito. Além
de pregar o evangelho temos que vivê-lo. Devemos estar sempre prontos, pre-
parados para responder qualquer pergunta a qualquer hora.
A pregação do evangelho é a melhor terapia espiritual que existe. Quan-
do estamos repartindo a palavra de Deus,esquecemo-nos de nós mesmos e fica-
mos alegres por poder ajudar outros.Não temos mais tempo para autopíedade e
preocupação com coisas desnecessárias.
O evangelho da paz é o evangelho de Jesus Cristo. São as boas novas de
que temos paz com Deus através do sangue de Jesus (Km 5:1; Ef 2:13,14). São
as boas novas de que a guerra com Deus se acabou,pois agora temos paz atra-
vés de Jesus.

4. O Esondo da Fé (v.16)
O versículo 16 também é traduzido como "tomando sobretudo ou ao-ima de tudo
o escudo da fé". Isto significa que o escudo é a peça mais importante da
armadura. Por que? Porque ele protege o corpo todo; se ele falha é hora do
resto da armadura funcionar. Fé é algo que deve ser usado acima de tudo e
de forma constante para podermos apagar os dardos inflamados do maligno. E
fé não é apenas dizer "eu creio em Jesus"; é contato vivo e constante com
Deus.
O escudo é vima arma defensiva usada na mão esquerda, e na mão direita
fica a espada, uma arma ofensiva. Temos assim as -duas mãos ocupadas com
dois tipos de armas, uma defensiva e outra ofensiva. Mas na hora da batalha
as duas funcionam juntas.

-31-
A fé da couraça é uma fé passiva — o coração deve estar sempre confi-
ando na justiça de Deus. Mas a fé do escudo S uma fé atíva — ela funciona
ativamente quando os dardos do maligno vem. Esses dardos podem ser pensa-
mentos, doenças, problemas de relacionamento, etc. Os dois tipos de fé são
importantes, mas fé ativa é fé vencedora contra os dardos do inimigo. Por
exemplo,no meio da tempestade Jesus dormia tranquilamente nobarco(fé passiva)
mas ao ser despertado pelos discípulos apavorados, ele se levantou e repre-
endeu o mar (fé ativa).
5. O Capacete da Salvação (v.17)
2 Ts 5:8;Rm 8:24;Ef 2:12. De acordo com 2 Tessalonicenses 5:8 é o capa-
cete da esperança da salvação porque como diz Romanos 8:24 somos salvos pe-
la esperança. Sem esperança não temos salvação e nem temos Deus(Ef 2:12).
Mas tendo Cristo em nós temos a esperança da glória,ou da salvação(Cl 1:27).

Gl 5:5,6. Nossa salvação é a justiça de Deus em nós. Pelo Espírito


esperamos a justiça que vem pela fé, que opera pelo amor. Temos, então, a
trindade paulina — fé, esperança e amor.

Que parte do corpo é protegida pelo capacete? A cabeça ou mente. Ê a


terceira área do nosso corpo.Muitas vezes nossa mente nos impede de ter fé,
Por isso as pessoas simples têm mais facilidade para crer do que os inte-
lectuais. Nossa mente analisa as coisas de uma forma lógica e natural; por
isso ela precisa de esperança que vai contra o raciocínio lógico da mente.
A esperança nos protege do pessimismo e de racionalizar demais as coisas.

Hb 11:1: "Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam.,." Esperança


é fundamentada na fé. Não uma fé mental, mas fé que vem do coração.

Rm 15:13. Temos aqui uma boa definição de esperança. Ê encher-se de go-


zo e paz na fé, pelo poder do Espírito. Note que não tem nada a ver com a
mente„

Nossa cabeça é cheia de pensamentos que não nos dão descanso dia e noite.
Por isso ela precisa de proteção contra os ataques constantes de Satanás
nesta região. Se nossa mente é liberta, nosso espírito pode ter comunhão
com Deus e nosso coração pode ter fé. Sempre tive muitos pensamentos ruins,
mas quando recebi o Espírito Santo desctsbT?^ que podia derrotá-los falando
em línguas frequentemente. Falar em línguas não depende da mente, é o meu
espírito em contato com o Espírito de Deus. Desta forma desligo minha men-
te dos pensamentos naturais e entro em comunhão com Deus.

Portanto, Deus quer usar nossa mente, mas ela precisa ser santificada
pelo capacete da esperança da salvação. E o capacete é esperar Jesus e não
depender de nossa mente lógica.

2 Co 10:4,5. Como vamos levar todo pensamento cativo a Cristo? Através


de ter uma esperança viva na palavra de Deus.Esperança é visão, alvo, voca-
ção, e sem isto não há salvação e nem direçao para nossa vida. Ela protege,
expulsa pensamentos errados, pois enche nossa mente com algo firme e segu-
ro. Os cristãos primitivos tinham tanta esperança na vinda de Jesus que en-
frentaram todo tipo de problema e sofrimento com alegria. Então, assim como
a cabeça dirige nosso corpo, a esperança deve dirigir nossa vida.

PERGUWDkS PÁR4 REl/IS/W

01. QuaÍA Aão a&tft&A patáeA do coApo mencionado* poiPaulo m E$A<io& 4 e. 6?


02. Que. peça da a/unaduta co-tteáponde a cada uma deá-tai pai/teá?
03. POA que não podemoA AÇA í.nú£e.XAveÁA ou AtgJ,doA na. ^inteApAetação da OA-
maduAa e na tlgação intAe. ao AuaA di\jeAAaA peçaá e 00 paAteA do coipo?
04. Qual a di^eAença entAe vetdade e ju&tiça?
05. Vou que. a oAmaduAa começa com a verdade noA tomboA pata deporá faataA de
/uá-ttça no cotação?

-32-
06. Vou que_o ^oto de Pau£o dizeA. "couraça de fê e amo-t." em 7 Teó.óa£oiu.cen-
4eó, MÃO con£>tadcz a 4ua de^níção de coutaça como 4endo /uá-ttça em
EjJéó-coA 6:14?
07. O que e áe?
0S. Quacá .áão ao duaó equações que podemo-á ^azet pa^a dLt>tingUúA. enteie a
juÁtLç.a de Peuá e a ju&tLça humana?
09. Vou que a coutaça da /uó-ttça humana não AeAve. pata no& px.ote.geA contra
04 ataque* do inimigo?
10, Pon que. podemos dizeA que 4 e eátíveAmoÁ ie.v&>tido& do novo homem eòía-
mo4 cobetío.4 com ioda a oAmaduAa de Peuá?
71. POA. que a pregação do evangelho tombem ^az ponte. da. no&&a aAmaduna?
12. Po*, que. a pregação do evangelho e fieJtacÁ.onada com 04 peá?
í 3. PoA. que Pau£o dÍ44e "prepararão do evangelho da paz"?
74. Pê £>iêò moicuoA dtóeteníeá po-t que. devemos pie.gaA o e.vangeÂho.
75* Po i que o eicudo é a peça ma£á -cmpo-tíante da atmadusia?
16. Como ao duaá mão4 |{uncxonam na batalha confia o inimigo?
17. Qual a di^eAe.nç.a e.ntn& a fé da couAaça e a fé do eócudo?
5S. Po^ que o capaceíe da AaCuação não ^cxona 4em eópeAanca?
19. Qual a ligação en^ie a eópeAança da 4a£uação e a no44a mente?
20. £ua£ é a baòe da eópelanca? Como podemos Aecebê-£a?
27. Como a eópeAança no4 p>uxíege de penóomenío^ et/tado4?

UMA SlNTESE DA ARMADURA

l Ts 5:8: "Nos,porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos


da couraça de fé e amor,e tomando como capacete,a esperança da salvação..,"
Agora podemos analisar este versículo melhor. Aqui a armadura consiste de
duas peças — a couraça de fé e amor, e o capacete da esperança, da salva-
ção. Fe, esperança e amor são um tema constante nos escritos de Paulo. Po-
demos relacionar esta trindade paulina com a trindade divina:
Fe — Pai

Esperança — Filho
Amor — Espírito Santo

Fé é o fundamento de tudo (Hb 11:1). Ê a base da esperança. Sem fé não


temos nada para esperar. Esperança é algo vivo, jubiloso, cheio de expecta-
tiva (Rm 15:13). Esperança é Jesus Cristo porque ele ê a nossa esperança
(Cl 1:27). Assim como o Pai gera o Filho, fé produz esperança. Se temos fé
devemos ter esperança. Sem esperança a fé é estéril.

O amor é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5:5).Amor


é o relacionamento entre o Pai e o Filho. Temos em l Corintios 13 uma reda-
ção sobre o amor. Ele tudo ore e tudo espera (v.7). Assim como não conhece-
mos o Pai nem o Filho sem o Espírito, sem amor não temos fé nem esperança.
Amor é a expressão pratica da fé e da esperança.

Então, a armadura é o próprio Deus, a Trindade, manifesto por fé, espe-


rança e amor. Essas três virtudes tem que funcionar juntas. Temos fé naqui-
lo que Deus fez no passado, esperança em Cristo para o futuro (na segunda
vinda) e amor produzido pelo Espírito no presente.
Fé é contato com Deus. Através da fi recebemos o poder de Deus que ope-
ra pelo amor. Quando comecei a buscar o batismo no Espírito fiquei um_pouco
receoso. Eu tinha algum conhecimento sobre poderes sobrenaturais que podem
controlar as pessoas, fazendo-as passar pelo fogo sem se queimar, beber
sangue de animais, etc. (Exemplos disto podem ser encontrados nas religiões
orientais e no espiritismo.) Eu pensei: "Não quero dispor meu corpo para
nenhum poder sobrenatural". Foi então que entendi que tanto Deus como o di-
abo têm poder, mas a diferença está no amor. No espiritismo, por exemplo,
as pessoas recebem poder e cometem coisas horríveis. Mas o poder de Deus
deve ser recebido na base da fé que opera pelo amor. Infelizmente há movi-

-33-
mentos hoje cheios de dons do Espirito que não funcionam na base do amor, e
por isto produzem tantos problemas e carnalidades. O que devemos fazer? Re-
jeitar os dons porque são perigosos? Não. Não é pelo fato da faca ser peri-
gosa que vamos rejeitar todas as facas. Devemos entender que o poder de
Deus opera pelo amor e orar pela restauração dos dons nesta base.
Portanto, temos em l Tessalonicenses 5:8 uma síntese da armadura de
Deus nestes três elementos de fé, esperança e amor. A armadura e o próprio
Deus e ele opera por estas três virtudes. Em Efesios 6 não fala sobre amor
mas fala sobre justiça. E a justiça vem da fé que opera pelo amor.
6. A Espada do Espírito (v.17)
Vimos que não basta ficar se defendendo com o escudo na mão esquerda;
tem que ter a espada na mão direita. A espada do Espírito é a palavra de
Deus, Mas não é a Bíblia em si. A Palavra de Deus tem de ser revelada pelo
Espírito para ser espada. Do contrário, torna-se uma coisa morta e perigo-
sa, porque^causa divisões e problemas. Ê a espada do Espírito — não do in-
telecto, não uma coisa material. Para a Palavra de Deus ser eficaz, assim
como foi escrita pelo Espírito precisa ser lida, interpretada e entendida
pelo Espírito.

Tanto o Espírito sem a Palavra como a Palavra sem o Espírito são peri-
gosos,, O primeiro produz fanatismo, espiritismo (Gl 1:8). E_o segundo pro-
duz intelectualismo, morte (2 Co 3:6). Mas os dois juntos são uma combina-
ção potente e importante (Jo 6:63). É como o pássaro que precisa das duas
asas para voar.

Entender que a Palavra e o Espírito juntos produzem a palavra viva e


que a Palavra escrita em si é uma palavra morta, foi vital para minha con-
versão. Criado num lar protestante liberal, não cria que a Bíblia era^a
Palavra de Deus e nem conhecia o Deus de quem ela f alava. Cheguei até a estudá-
la na faculdade como uma obra literária. Na minha procura por Deus me in-
teressei pelo catolicismo, pois eles falavam de Jesus como Filho de Deus, e
também sobre a cruz, o pecado e o sangue. Mas não encontrei Deus no ritua-
lismo católico» Depois entrei em contato com os fundamentalistas que criam
firmemente na divindade de Jesus e na inspiração da Bíblia. No entanto, tu-
do era tão seco e rígido, tão intelectual, que desanimei mais uma vez e fui
procurar Deus nas religiões orientais e no ocultismo. Porem, um dia, reco-
mendado por um amigo, li a autobiografia de George Fox. Para encontrar
Jesus, ele disse, e preciso entender a Bíblia pelo mesmo Espírito que a
inspirou. Só assim o Jesus da Bíblia pode entrar no coração. O entendimento
destas coisas me levou a encontrar Deus e a ver que a palavra viva (a Pala-
vra + o Espírito) é Jesus vivo.. Quando entendemos a Palavra pêlo Espírito
achamos Jesus de quem a Bíblia fala.
Hb 4:12a No grego "palavra" em Efesios 6:17 é "rhema" e em Hebreus 4:12
e "logos". >íuitos ensinam que "rhema11 é uma palavra específica de Deus e
"logos" é uma palavra geral. Mas com Deus não há teorias rígidas e nem dis-
tinções sistemáticas, pois ambas as passagens se aplicam a palavra viva.
Então, a palavra de Deus é viva e eficaz."Eficaz" pode ser traduzido coco
"enérgica", "dinâmica". Um# palavra viva e eficaz é como uma espada flame-
jante que revolve (como a espada do jardim do Éden que guarda o caminho da
árvore da vida — Gn 3:24),' que mexe, opera, toca e transforma. Não pode-
mos, então, satisfazer-nos com una palavra morta.
A palavra de Deus é uma espada de dois gumes. Dois gumes representam o
positivo e o negativo. A palavra de Deus corta para matar e curar. Ela fere
e restaura. A única maneira de dividir a alma do espírito é pela palavra
viva de Deus. Ela penetra no mais interior possível e discerne se o^que es-
tamos fazendo é da alma ou do espírito. A medula, por exemplo, esta no in-
terior do osso — é o lugar onde os glóbulos vermelhos do sangue são produ-
zidos. A palavra revela os pensamentos e intenções do coração. Sem a pala-
vra cortando e dividindo, matando o velho homem e levantando o novo, esta-

-34-
mós perdidos. Isto faz parte da nossa armadura. O próprio Jesus usou a pa-
lavra para se defender de Satanás na tentação.

Àp 1:16: "... e da boca saia-lhe uma afiada espada de dois gumes." Da


boca de Jesus sai a palavra viva de Deus que é uma espada de dois gumes. É
a mesma espada de Efésios e Hebreus. Ê uma palavra viva que vem de uma
pessoa viva.

Ap 19:15: "Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as
nações..." No final dos tempos Jesus vai ferir as nações com a palavra que
sai da sua boca.

Agora, podemos fazer um resumo da armadura:

1. Luz no Intimo — sinceridade


2. Justiça pela fé e amor
3. Pregação do evangelho da paz
4. Fé vencedora :

5. Esperança da salvação :

6. Palavra viva :

Ê impossível vestir essa armadura sozinho. Nosso inimigo é tão forte


que nestes últimos dias vamos precisar vesti-la coletivamente, no corpo. O
plano de Deus agora não é levantar gigantes na fé como Hudson Taylor, George
Fox,George Mliller, etc., mas formar o corpo de Cristo onde todos vão depen-
der um do outro para ser protegidos. Então, para entrar nesta guerra e per-
manecer firme contra o inimigo é preciso mais do que uma peça da armadura,
é preciso uma cidade, um exército preparado, a armadura de Deus no corpo.

PERGUNTAS PAB4 REl/IS*0

01. Quocó .óão 00 duoó peçoá da asunadusui menatonadaó poi Pauto um 1

02: O que. é a trindade. pau&óna?


03. Pox. que, $. pode. &eA ie£acxonada com o Pai, eópetança com o fttko e.
amo A. com o pínito Santo?
04, Como a tnA.nda.de. paattna &e. neJlM.cA.ow. com o tempo (p^eníe, paó-óado, e

05. Como podemos di&c&urUA. 4e um pod&i &obJie,natuA<Lt p-tovem de. Ve.uA ou. de.
oatta
06 „ POA. que. podímoÁ dlzeA que. a atmaduAa e. o ptiÕptáo Peuó?
07. O que. é. a empada?
OS. Pofi que. e. P<LKÁ.QO&O teA o E&pZtúto *vm a Pa£au/ta?
09. O que. acontece quando ternos a Pa&íuta ò em o E&pZúto?
70. O que. e. a pa£avia u-cua?
H. Como podemos conhecei Je^uó ho/e?
í 2. POA. que. não podemos a&iAmaA. que, "togo*" e. &ó uÁado paia 4 e te^et^t. ã
e "A/tema" ã pa£avM u^.ua e
13. Poi que a pa£aut.a deócAÍta em Hebieuá 4'r 1 2 não pode -áei entendida como
iendo a Patavia
14 c Q.ae ião OA doXò- gumeá da eópada que e a pa£auia de Peuó?
1 5o QuaÂ. a. única manzita. de. no-á fm.veÁtLfvn\o& de. to da a, aimaduia de Peuó koje.?

-35-
A LIGAÇÃO ENTRE ORAÇÃO E ARMADURA

Ef 6:18: "...com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espíri-


to, e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os san-
tos..." Note que_ ha ligação entre a palavra viva (palavra vivificada pelo
Espirito) e oração. Depois de falar sobre a espada do Espírito, Paulo pode-
ria ter encerrado o assunto e dito: "Agora vamos falar sobre oração". No
entanto, sem fazer pausa entra no assunto de oração. Devemos tomar a espada
do Espírito corri toda oração e súplica. A oração depende da palavra viva;
precisamos orar de acordo com a palavra. Por outro lado, precisamos da ora-
ção para ter a palavra viva, para saber como usar a espada.

Agora, temos uma opção a fa.zer: ou consideramos a oração como parte da


espada, ou de toda a armadura; ou seria ainda a sétima peça da armadura.
Esta ultima possibilidade e mais remota porque enquanto fé, justiça, etc.,
são relacionadas com peças específicas, isto não acontece com a oração. Eu
acho que além de ser ligada com a palavra viva, a oração faz parte do resto
da armadura. Toda a armadura precisa ser usada em conexão com a oração.

O versículo 18 é um dos; melhores da Bíblia sobre oração.Quatro vezes apa-


rece a palavra "todo(a)" — toâa oração e suplica, todo tempo, toda perse-
verança, e por todos os santos — e duas vezes a palavra "súplica".

"Toda oração" significa todo tipo de oração. Derek Prince enumera no


lívreto "Procuram-se Sacerdotes" sete tipos _^de oração: adoração, louvor,
açoes de graças, petição, suplica, intercessão, e ordenar.

Orar em "todo tempo" é orar sem cessar, sem parar — a qualquer momento
e lugar podemos estar praticando um tipo ou outro de oração.

Para orar em todo tempo no Espírito é preciso vigiar com "toda perseve-
rança". Nosso inimigo está ativo, por isso precisamos vigiar e perseverar.
Vigiar & discernir o que está acontecendo — o que é de Deus e o que não é.
Por exemplo, tem que tomar cuidado para orar fora da Palavra e entrar num
outro espírito. Perseverar é não desanimar. Georpe Mtlller orou cinqllenta
anos pela conversão de dois amigos, e isto só aconteceu depois de sua mor-
te. Trabalhei num jornal cristão onde orávamos todos os dias. Havia uma mu-
lher que todo dia fazia, a mesma oração, citando os mesmos versículos e fa-
lando as mesmas palavras. Ela-e eu discordávamos sobre as coisas do Espíri-
to, mas tinha admiração por sua forca e perseverança. Porém, precisamos uns
dos outros para vigiar e perseverar. Quando um começa a desanimar, outro
ajuda a perseverar.

Na Tradução Corrigida o versículo 18 tem uma simetria melhor: "Orando


em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com
toda a perseverança e súplica por todos os santos". Súplica aparece duas
vezes — súplica no. Espírito e súplica por todos os santos. Súplica ê ora-
ção intensa e fervorosa. Esdras e Daniel são exemplos de homens que oraram
desta forma (Ed 9 e Dn 9). Oração perseverante é importante mas oração no
Espírito é um outro nível de oração que nos leva a profetizar a palavra de
Deus. É algo que move o coração de Deus e muda os acontecimentos. Cinco mi-1-
nutos de oração no Espírito valemmuito mais do que cinco horas de oração na
carne. Ao citar súplica duas vezes Paulo quis enfatizar a intensidade na
oração.
Porém, não devemos suplicar somente a favor de nós próprios, mas por
"todos os santos". Existem pessoas que têm uma lista de oração que inclui
parentes, amigos, líderes, etc. Orar pelos outros é uma proteção assim como
pregar o evangelho o é. Quando oramos pelos outros, deixamos de nos preocu-
par conosco mesmos e nossos problemas.
Portanto, há fronteiras imensas na oração, mas devemos vigiar e perse-
verar porque Satanás luta contra isto mais que tudo. Ele permite que pre-
guemos, cantemos, etc., mas se sente ameaçado quando oramos.

-36-
V. 19: ... e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca,
a palavra, para com intrepidez fazer conhecido o mistério do evangelho...

Num fôlego só Paulo ligou oração com a palavra viva, depois passou para
oração por todos os santos e sem fazer pausa ainda pediu oração também por
ele, para que pudesse falar a palavra viva. Paulo foi um grande homem por-
que sentia grande necessidade de Deus. Quanto mais incapazes nos sentirmos,
maiores seremos diante de Deus; pois mais dependeremos dele. Paulo não dis-
se: "Graças a Deus, eu me qualifiquei como apóstolo e agora vou orar por
vocês" o Antes, pediu que os efésios orassem por ele. E para quê? Para ser
liberto da prisão e voltar para sua família? Não. Para pregar a palavra de
Deus e com intrepidez fazer conhecido o mistério do evangelho. Não e fãcil
pregar a palavra porque ela é um mistério. Dependemos cons t ant emente de re-
velação e de comunhão com Deus.

"No abrir da minha boca." Paulo queria abrir sua boca e ter a palavra
de Deus fluindo dela. Precisamos mais disso hoje do que de tanto estudo,
tantos versículos e referências. Precisamos nos levantar e falar com unção
a palavra de Deus,

Paulo pediu oração porque queria anunciar o mistério do evangelho com


intrepidez , sem medo. Então, a intrepidez vem de Deus.

V. 20: ... pelo qual (o evangelho) sou embaixador em cadeias, para que em
Cristo eu seja ousado para falar, como me cumpre faze-lo.
t
"Embaixador em cadeias" é uma expressão contraditória. Um embaixador
tem que ser livre para cumprir sua missão. Como Paulo podia ser um embaixa-
dor em cadeias? Em Cristo essas cadeias não ò limitavam porque podia ser
embaixador da palavra viva até na prisão. Lã ele testemunhou diante de reis
e aproveitou para escrever suas cartas que chegaram até nos. Como embaixa-
dor, mesmo estando em cadeias, ele cumpriu sua missão de transmitir a pala-
vra de Deus.

PERGUNTAS PÁR4 REI/IS&)

01. Vou que. ká uma tigação eápecxa£ enfie a ao pada do EágZt^to e ona.ca.o1
02. Pon. que. não devemos conó-tdetat. oração como &o,ndo a btáim. peça da aAma.-
03. P0'i que. o-tação e neceá.áã>tto pata atciut toda. a a^imadim? (£e 4ua
p/tía opinião)
04 . C que. A<lgnL&Lcja a expA.ea.aao "toda otação"?
05. Como podemos QWJI em "todo -tempo"?
06. O que. AJLgni&ica. "v-Lg-LaA"? E
07. Õ que. & -áúp&tca?
08. Pon. que. e 4.mpoxtante, OMA pon "todo* o* &a
09. Pon. que. Pauto .óen-tta rcecew^tdade doa o-taçoeá do-á
W. Como Pauto podia, .áet emba^xadoí de CttÁÁto meámo eóíando em cade/caá?

RESUMO DAS REDAÇÕES SOBRE ARMADURA

A nossa luta não é contra inimigos carnais mas contra forças espiri-
tuais muito mais fortes e astutas que nós. Por isto não podemos lutar^con-
tra elas de qualquer maneira ou com qualquer tipo de armadura. Ha vários
princípios importantes a serem observados na guerra espiritual:
1. Jesus já derrotou todas as potestades e todo nome que possa ser no-
meado neste século ou no vindouro. Por isto em Efésios Paulo não enfatiza a
guerra espiritual e sim a nossa posição era Cristo — estamos assentados com
ele muito acima de todo nome e poder, numa vitória plena, eterna e já con-
sumada. Do nosso ponto de vista, Paulo deveria ter gasto a maior parte da

-37-
epístola para nos exortar e dar estratégias sobre como acabar de vencer
nosso terrível inimigo <> Porém, ele quis que entendêssemos que a chave prin-
cipal para ter vitoria em nossa luta diária é compreender esta posição de
estar assentado com Cristo compartilhando sua vitoria consumada* Nossa luta
não é ofensiva e sim defensiva — devemos ficar firmes na posição em Cris-
to, não cedendo nunca para as dúvidas, mentiras e armadilhas do inimigo.
2. Não podemos nos armar contra o inimigo utilizando nossas próprias
forças ou recursos naturais — temos que nos fortalecer no Senhor e na
força ao seu poder, A armadura de Deus é o próprio Deus se colocando ã nos-
sa disposição na pessoa de Cristo, o novo homem. Revestindo-nos do novo ho-
mem temos acesso a força do poder de Deus e assim temos a armadura perfeita
para nos defender contra todos os ataques do inimigo.
30 Nossos inimigos não têm corpos, mas eles nos procuram derrotar atra-
vés das paixões e desejos do nosso corpo. Não teríamos condições de lutar
contra eles se Cristo jã não os tivesse derrotado no seu próprio corpo de
carne e sangue » Porque Cristo veio e venceu as paixões da carne não preci-
samos mais ser escravos delas. Satanás faz tudo para que não acreditemos
nisto, mas o homem Jesus jã condenou o pecado na carne. Por isto, através
do corpo de Cristo temos vitória contra esses inimigos sem corpos que pro-
curam agir através de nossos corpos. Se estamos no corpo de Cristo eles não
têm poder contra nós .
4, Temos de tomar toda a armadura e não somente algumas partes dela;To-
do o nosso corpo precisa ser protegido, menos as costas porque não vamos
fugir da luta» Cristo é a nossa armadura e ele não pode ser partido ou se-
parado» Tendo-o como nossa pessoa, o novo homem, temos toda a armadura em
funcionamento»
5 .Sem oração a armadura não funciona. Temos que tomar cada peça da ar-
madura "aom toda oração e súplica". Oração em todo tempo no Espírito é a
respiração da vida espiritual, é o que mantém a armadura em operação.
6. Se nossa proteçao contra esses inimigos sem corpos está no corpo de
Cristo, então esta é uma armadura coletiva. Ninguém consegue vesti-la sozi-
nho» Como indivíduos podemos ter algumas peças da armadura, mas no corpo de
Cristo temos toda a armadura ã disposição. Se tentarmos vencer o inimigo
sozinhos poderemos ganhar algumas batalhas, mas nunca ganharemos a guerra.

PERGUNTAS PÁR4

07. ?oi que. não d&vzmoA AubeÁtimVi n04404 i.nimigoA <L ne.m bataíliaA. contra
ntUÁ de. quaZque-t maneÂJta?
02 c Cxtíe ieAumidame.nt& 4exl4 ptáncZpioà úmpotóante a. 4etem ob&eAvado* na.
030 Pot que. Paulo e.n£atiza tanta a. porção e.xa£tada de. CtúAto wc4
e.<itej>tiaÁA e. a no^&a. porção neJLe,?
04, Como podamos tie.c.e.beA ÚOSLÇ.CL ÁU&ícÁ<inte. pato. vencem o podeA. do inimigo? _
05. Vou que. o ^ato de. ChÁAto teA. vtndo m c&tne é. a. ba&e. pata a w?44a
iú,a. Áobtie. o -inimigo koje.?
06o Como o cotipo de. Ctá&úo n04 dá. vitâsiía. ago^a. Aobte. 04 a&tqaeá e.m
404 coipo4? (Vt 4ua phóptiia. sieÂpoAta)
07. Po-t que. não pode.moA pe.g<ui patáe da a/tmaduta?
OS. libe. o <inve.Jii>o cí£44e4 4exLó pftA.ncZ.pioi> pana moà&wA. atgun& cío4 motivo*
pó*, que. muitas uezaá 4om04 de,t>iotadoA em M044O4

RESUMO DAS REDAÇÕES (continuação)

O livro de Efésios começa com as regiões celestes e termina com as re-


giões celestes. Temos que começar sentados em Cristo Jesus(Ef 1:3) porque
ele foi exaltado vitorioso no lugar mais alto possível do universo (Ef 1:
20-21) e nós fomos incluídos nele (Ef 2:6). O propósito de Deus é que atra-
vés desta posição em Cristo a igreja revele e demonstre na prática os de-
sígnios misteriosos de Deus, exercendo a autoridade da vida de Cristo sobre

-38-
os principados e potestades nas regiões celestes (Ef 3:10). Mas isto só vai
ser possível se nos fortalecermos ré vê s t indo -nos de toda a armadura de
Deus(Ef 6:12). Agora não é apenas uma questão de estar em Cristo como posi-
ção, t nem, de nos revestirmos de Cristo para o nosso andar no mundo(Ef 4:24)
mas de nos revestirmos dele para enfrentar a guerra espiritual e permanecer
firmes.
Paulo não fala muito detalhadamente sobre cada item da armadura, pois
na verdade são elementos que recebemos por revelação (no primeiro estágio de
sentar) e que aprendemos a aplicar na pratica (no segundo estágio de andar).
1. O oínto da verdade. Recebemos o evangelho, a palavra da verdade que
acaba com toda a mentira do diabo (Ef 1:13); aprendemos a verdade em Jesus
(Ef 4:21) e passamos a falar a verdade uns com os outros (Ef 4:25). Deus e
luz e não pode operar onde não há sinceridade e abertura.
2. A couraça da justiça. Recebemos a revelação de que não temos justiça
nenhuma, e que somos salvos não por nossas obras, mas pela graça por meio
ida fé (Ef 2:8,9). Depois aprendemos a nos revestir do novo homem em verda-
deira justiça, que são as obras que Deus preparou para nós (Ef 4:24;?.:10).
3. A preparação do evangelho da paz. A posição de sentar é passiva, ê
receber. Ouvimos o evangelho da nossa salvação e fomos aproximados a Deus
através de Cristo que é nossa paz. Toda condenação da lei foi desfeita pela
cruz, e toda separação e inimizade entre judeu e gentio (Ef 2:14-18). Agora
devemos usar este mesmo evangelho at í vãmente, como parte da nossa armadura.
4. O esaudo.da fé. Usamos a fé para receber a salvação (Ef 1:13;2:8), e
para ter acesso e ousadia continuamente na presença de Deus (Ef 3:12). O
resultado da fé é o Espirito Santo da promessa (Ef 1:13), ou seja Cristo
habitando nos nossos corações (Ef 3:17). Ê pela mesma fé no mesmo Senhor que
.fazemos parte do mesmo corpo e recebemos uma medida de graça para contribuir
para o aperfeiçoamento deste corpo (Ef 4:5,7,13). Agora precisamos usar es-
ta fé 4e maneira ativa para nos defender contra todos os dardos do inimigo.
É uma* fé especifica, não só a fé geral e constante de confiança em Jesus,
mas uma fé que precisa ser exercitada na hora da batalha e que é eficaz pa-
ra apagar os dardos inflamados do maligno.
5. O capacete da salvação. Salvação é uma obra completa, não só a ga-
rantia de ter vida eterna. Ouvimos o evangelho da salvação e cremos nele,
mas este evangelho é uma promessa (Ef 1:13). O que recebemos é vim penhor
(o Espírito), e então esta salvação depende da esperança. Quando estávamos
separados de Deus, não tínhamos esperança (Ef 2:12) e nossa mente estava
obscurecida (Ef 4:17,18). Recebemos uma esperança quando cremos e andamos
nesta esperança, ou nesta visão (Ef 1:18 e 4:1). De acordo com a visão ou
esperança que temos, será a nossa prática ou maneira de viver. E é esta
esperança que protege a nossa mente de negativismo, de depressão e outros
ataques de Satanás.
6. A espada do Espírito. Toda essa proteçao é para permitir que exerça-
mos o juízo de Deus contra seus inimigos sem nós mesmos sermos atingidos.
A espada é uma arma ofensiva. É a união da palavra e do Espírito. Foi esta
união que nos salvou (Ef 1:13,14). Foi esta união que desvendou o mistério
de Deus aos apóstolos e profetas(Ef 3:5,6). Agora será esta união que mani-
festará a sabedoria escondida de Deus e sujeitará a ele todas as coisas
(Ef 3:10; 1:10).

PERGUNTAS PAR* REI/ISÍ0

01. Vou que. o pnopÓ&ito eieA.no de Peoó ottavéá da. ^.g/te/a 4eA.ã friu&tsiado
não no& HJL\)<u*tJifmoí> de. toda a, asunaduna de. VÇ.UÁ?
02. Von. que. Pauto não £a£a muito detalhadame.nte. Áobne. cadaí-tm da. anmadusia.?
03. MOA&UL como a verdade é utada nout> áaáeá de. Ae.ntasi e andou ante* de.
apticada na anmadusia. como cinto.

-39-
04. Mo-0-fz.e como a juá-tíça aparece naó &&(>&> de ^eia&tt. e andoA anteò de
uáada como cou/iaça.
05c Awteá depAegoA. o euange£ho qua£deve tet á-cdo no<i.4a experiência com e£e?
06. Como a $í atua em no4AOó uídaá cAcitãá wai áaáeó de -óentflA. e anda* an-
teá de -áeA. uáada como eócudo?
07. Em que áeRtódo a jjé como escudo e dx^eAente da jje que no& Ádiva. ou. que
no* &iaz aceá^o ã pieáewça de Peão?
05. Como a eópeAança da Aàivação aparece MOO (Jaieó de Aetów. e andat. anteó
de ÁCA uáada como capacete pata YIO& p-toteget do debato ucò mo e dept.e6.aao?
09. Mo.á.tt.e aá d-tvet-óaá ^ançõeò da união da Pa£auta e do E-òpZtito de*c>útaò
no &GV/Z.O de E^éóZo^,
100 ^aa£ o pAopÓáXxto de toda p^oteção que a aAmadata noi ptopo^cu-ona? E
apenaá poAa no-6 p/totegeA do

RESUMO DAS REDAÇÕES (continuação)

Se nossa luta não é contra pessoas com corpo, então precisamos estar
revestidos da armadura de Deus em nossos corpos, e esse revestimento vem
através do contato vivo com Deus através de Jesus Cristo — a palavra viva
de Deus,

A armadura é apenas uma descrição dos vários aspectos da nossa proteçao


que é Cristo. Porém, tudo é baseado no nosso sentar e andar.

A armadura é ser fortalecido no Senhor e na força do seu poder. Por is-


so, precisamos cultivar comunhão com Deus., orando sempre, vigiando, supli-
cando e perseverando em todo tempo no Espírito.

A armadura pode ser resumida nestas três virtudes: fé, esperança e amor.
Se temos fé, temos esperança, pois a fé produz esperança. Sem o amor de
Deus não podemos dizer que temos fé, pois fé é relacionamento com Deus. Te-
remos apenas uma doutrina sem vida. Portanto, estes três elementos funcio-
nando juntos são a proteçao para nossa luta diária.

Um soldado sozinho não pode vencer o exército do inimigo. Por isso, te-
mos que pertencer ao exército de Deus que é a igreja, o corpo de Cristo. No
corpo podemos nos revestir de toda a armadura de Deus que é constituída de
verdade, justiça, paz, fé, salvação, e a palavra de Deus. Enquanto essas
são as armas da nossa milícia, as armas do inimino são mentira, justiça
própria, confusão; incredulidade, desânimo, perdição, etc.

Sabendo que o nosso inimig;o é o pai da mentira devemos estar cingidos


com a verdade, para -podermos dizer como Jesus: "O diabo nada tem em mim".
Tendo a verdade no nosso íntimo não temos justiça própria, pois não fingi-
mos ser o que não somos. O nosso coração precisa ser protegido pela justiça
de Deus que ê Cristo, pois é a parte mais vulnerável do nosso corpo. Essa
justiça vem dá fé que opera pelo amor. Pela fé Cristo habita em nossos co-
rações e assim temos amor. Nossos pés nos levam a ter contato com o mundo,
por isso precisamos calça-los com a preparação do evangelho da paz, isto ê,
as boas novas de que temos paz com Deus por meio de Jesus. Temos de estar
sempre preparados para respond.er aqueles que nos pedem razão da esperança
que há em nós. Se não pregamos, negligenciamos nosso testemunho perante o
mundo; porém se fazemos nossa luz conhecida, temos que andar de acordo com
ela. O escudo da fé protege o corpo todo mostrando que toda nossa vida deve
se basear na fé. Fé não Q doutrina mental, é relacionamento vivo com a pes-
soa de Cristo pelo Espírito. Na área da mente temos que usar o capacete da
esperança da salvação. A esperança é baseada no invisível que Deus prometeu
trazer à luz. Sem um alvo firme nossas mentes começam a vagar com pensamen-
tos carnais. Finalmente, temos a arma ofensiva que é a espada da palavra
viva» Esta espada é o próprio Jesus agindo na nossa vida pelo Espírito, ar-
rasando com tudo que é da alma e edificando o que é do Espírito.

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Atentai bem ao que vou vos dizer Por onde andardes
Temos um grande inimigo Proclamai vossa esperança
Que possui um certo poder Calçado em vossos pés
Ele naó tem um corpo Levai o evangelho da paz
Que nos faça acreditar E assim estareis protegidos
Mas e uma força espiritual Contra toda armadilha de
Que quer nos derrotar Satanás
Não temais, ficai em pé sem vacilar Embraçai o escudo da fé
Pois Jesus do céu desceu Com o qual apagareis
Tomou a forma de homem Os dardos inflamados do
E numa cruz ele morreu inimigo
Jesus ressuscitou e ao Pai subiu Firmes sempre firmes
em glória E do reino de Deus
Derramando o seu Espirito Tornando-vos dignos
Que nos traz completa vitoria
Tomai também o capacete da salvação
Cingi-vos com a verdade Sempre esperando Jesus
Ou mesmo com a sinceridade Vossa mente terá proteção
Buscai a fé e o amor Tomai a espada do Espírito
E tereis justiça no coração Que é a palavra viva de Deus
E estareis assim revestidos Com toda oração e súplica
Com uma grande proteção Por todos os santos de Deus

CONCLUSÃO

Vv. 21,22: E para que saibais tombem-a meu respeito, e o que faço, de tudo
vos informará TÍquioo, o irmão amado, e fiel ministro do Senhor. Foi para
isso que eu vo-lo enviei, para que saibais a nosso respeito e ele console
os vossos corações.
Tíquico é o mensageiro que levou esta epístola de Roma a Êfeso. Assim
ele pode levar notícias pessoais de Paulo para confortar e animar os efé-
sios.

Vv. 23,24: Paz seja oom os irmãos, e amor oom'fé, da parte de Deus Pai e do
Senhor Jesus Cristo. A graça seja som todos os que amam sinceramente a
nosso Senhor Jesus Cristo,
"Amor com fé." Amor e fé vão juntos. Amor_cria fé, e vice-versa. Amor
vem de Deus e fé é nosso contato com Deus. Um não funciona sem o outro.
Temos "paz" no versículo 23 e "graça" no versículo 24. Então temos gra-
ça e paz no início da epístola e paz e graça no fim. Paulo considerava es-
tas coisas indispensáveis a todo discípulo.
A trindade está presente no versículo 23 — "Deus Pai^e Senhor Jesus
Cristo", e o Espírito está implícito porque traz amor com fé.
A graça vai estar com aqueles que amam ao Senhor com sinceridade, isto
é, sem motivos falsos, sem segundas intenções.

PER6UWTAS PAB4 KEVI&Õ


01. Vou que. oração z comunhão com Peaá e" c/uiue pata t>Vi ie.ve*tido de. toda.
a atmadu/ia?
02. MoAttie. como o. únpo**Zve£ teA um e£emen£o da trindade. pauLina &w o* oa-
ttw*. (Poi exemplo, moA&ie. como não 4e pode. tvi eApeAanca 4em $.e. amo/t.)
OS. MoAtne. o c,on&taAte. en£te not>&a anmduAa e a* OAWOÁ do Inimigo.
04. Vou que. a verdade, no Zntímo no4 tibetáafiã da juAtíça pMpxÁa?
05. Qual deue 4ei a no^a atitude, em todo contato que. tivvwot, com 00
.áoaá do mundo?
06. O que. e ^2 £ ° íae não é. ^ . ,
01. Como ai co-còaó da a£ma em no* AeAao Áe.paAadat>_daí> cox^aá do
OS. Como Paulo começa e te.xmi.na a e.pZAtola ao& E^éó-coá? Poi quÂ?
-ooOoo-
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