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CRIOTERAPIA

Profa. Luciane Cristina Moretto


 A crioterapia consiste da aplicação de gelo sobre uma superfície corpórea
visando efeitos terapêuticos a partir das consequências do resfriamento
do local
 A abordagem das lesões teciduais agudas com a aplicação de gelo é
prática rotineira, sendo indicada
 por especialistas na vasta maioria das vezes. O resfriamento dos tecidos
lesionados
 agudamente pode favorecer a redução do processo inflamatório adjacente
 pela vasoconstrição gerada pela diminuição da temperatura, amenizando,
dessa forma, alterações indesejadas como edema, dor e calor local
 Para que os efeitos da crioterapia sejam evidenciados,
uma tem
 peratura alvo é necessária. Há, descrito na literatura, que a
faixa ideal de resfriamento do tecido para a diminuição do
metabolismo local das células de modo a não gerar danos
adicionais está na faixa de 10 a 15°C.
 Essa temperatura deve ser alcançada não
 somente superficialmente, mas também nos tecidos mais
profundos, o que demanda que a aplicação de gelo tenha
uma duração maior.
Uso do frio como recurso
terapêutico, nas formas líquida
(água), sólida (gelo) e gasosa
(gases) com o objetivo
terapêutico de retirar calor do
corpo.
Hipotermoterapia

A temperatura da pele deve cair (13ºC)


para que ocorra redução do fluxo
sanguíneo local e analgesia.
 A aplicação do gelo desestimula os receptores que
enviam estímulos dolorosos, reduzindo a quantidade
de fibras que irão transmitir o estímulo doloroso.

 Portanto ocorre a diminuição da freqüência de


transmissão do impulso doloroso (diminuição da
sensibilidade dolorosa).

 Ou seja, quanto maior o tempo de aplicação; menor a


transmissão dos impulsos dolorosos; o que gera
analgesia ou redução da dor.
Resposta celular

O efeito mais importante


da aplicação do frio é a
redução da necessidade
de oxigênio na área sob
tratamento (↓metabolismo).

Durante um tratamento
de 20 minutos, o
metabolismo
celular é reduzido em 19%.
INDICAÇÕES

Traumatismo
Inflamação
Pontos gatilho
Redução de ADM
Dor aguda ou crônica
Edema pós-cirúrgico
Uso em conjunto com exercícios
CONTRA INDICAÇÕES

Ferimentos abertos
Pele Anestesiada
Diabete Avançada
Fenômeno de Raynaud
*crianças, idosos - geladura*
Técnicas de aplicação
FORMA DE CONTATO
COMPRESSAS FRIAS

BOLSAS PLÁSTICAS COM GELO MOÍDO


OU EM FLOCOS
BOLSAS DE GELO

1. PREENCHA A BOLSA COM GELO


SUFICIENTE PARA DURAR TODO O
TRATAMENTO, EVITE ENCHER DEMAIS.

2. REMOVA O EXCESSO DE AR DA BOLSA

3. ALGUMAS REGIÕES DO CORPO NECESSITAM MAIS DE 01 BOLSA

4. EM LESÕES AGUDAS, OU QUANDO A COMPRESSÃO É DESEJÁVEL,


UMEDEÇA UMA FAIXA ELÁSTICA E APLIQUE 01 CAMADA EM TORNO
DA ÁREA TRAUMATIZADA.

5. APLIQUE BOLSAS DE GELO E FIXE-AS COM A AJUDA DE UMA FAIXA


ELÁSTICA.
BOLSAS FRIAS REUTILIZÁVEIS

1 – DEVERÁ SER GRANDE O SUFICIENTE PARA COBRIR A ÁREA


LESADA OU UTILIZE VÁRIAS BOLSAS.

2 - CUBRA A ÁREA A SER TRATADA COM UMA TOALHA ÚMIDA OU


FAIXA ELÁSTICA UMEDECIDA

3 - FIXE A BOLSA COM UMA FAIXA ELÁSTICA

4- A BOLSA FRIA REUTILIZÁVEL PODE PERDER SUA TEMPERATURA


EFETIVA DE TRATAMENTO APÓS 20 MINUTOS DE USO
BOLSAS FRIAS INSTANTÂNEAS
1 - AGITE A BOLSA DE FORMA A DISTRIBUIR
UNIFORMEMENTE O CONTEÚDO

2 - FIXE A BOLSA COM UMA FAIXA ELÁSTICA.


Compressa Fria ou Panqueca

Toalha molhada em água fria.

Panqueca - gelo moído dentro da toalha.


Banho frio ou de Imersão

Reducão da temperatura
corporal geral.

Precede exercícios
terapêuticos;

Em áreas pequenas
(extremidades) por 30 min.

Pode ser aplicada com


água parada ou em
movimento
(Turbilhão).
Criomassagem
Sob forma sólida - cubos, sobre a pele com a
finalidade analgésica e relaxante
(movimentos lentos) ou estimulante da
contração muscular (movimentos rápidos).

 Indicações: lesões superficiais (Contusões);


Lesões nervosas periféricas.

 Técnica: movimentos de varredura por 5 a 10


minutos.
Pacote de Gelo
 Utilização do gelo em
saco plástico;

 Mais utilizado da Crioterapia;

 Indicações – Contusões,
Distorsões, Distensões, Luxações,
Fraturas,etc.

Técnica: aplicação local, com isolante térmico, por 20, 30 a 60 min.

 Associada à compressão local e elevação do segmento.


Unidade de Resfriamento

Permite a manutenção da temperatura constante


durante toda a sessão de tratamento.

Mantém a temperatura de 4º C a 10º C, muito utilizado


na fase hospitalar ou ambulatorial.
Spray
 Técnica de resfriamento e flexibilidade
associados, que permite o alívio rápido da dor.

 Indicações: contusões, fraturas, torsões,


luxações.

 Técnica: Aplicar Spray em varredura


sobre o local por 5 a 7 segundos.

 Manter o alongamento por 30 segundos.

REPITA ATÉ QUE O GRAU DE ALONGAMENTO


DESEJADO SEJA ALCANÇADO.
Unidade de Resfriamento: Criocuff
 Aparelho Vaporizador de névoa
gelada a cerca de 4º C a 10º C.

Indicações: dor por Contusões,


Fraturas, Entorses, Luxações.

 Técnica: Aplicar Spray em


varredura sobre o local.
TÉCNICAS COMBINADAS

 Criocinética: uso do frio para analgesia local


permitindo o exercício ativo progressivo.

 Técnica - Imersão ou Pacote de Gelo,


alternado com exercício ativo.

 15 minutos de frio; 5 minutos de exercícios.


 7 minutos de frio; 5 minutos de exercícios.
 Finalizar: 30 minutos de frio. (Rodrigues,2000)
Crioflexibilidade

 Uso do frio associado ao alongamento.

 Objetiva a Redução do Espasmo Muscular e a recuperação


do movimento.

 Indicações: Espasmo e Contratura Muscular.

 Técnica: Pacote frio e postura ativa de flexibilidade.

 20 minutos de frio + alongamento por 10 minutos.

 Finalizar: 30 minutos de frio.


Criocirurgia
 Congelamento da lesão* que resulta em
morte celular.
Crioestimulação

 Utilizada para tratar pacientes com lesão


neurológica, para obter alguma contração
muscular.

 Indicada em graus de força Ø.

 Técnica: passar o gelo longitudinalmente até


encontrar o ponto motor, neste momento
ocorre uma leve contração muscular.
PERÍODO DE APLICAÇÃO GERAL:

 VARIA DE 20 A 30 MINUTOS

Depende da área

 MÍNIMO DE DUAS HORAS DE INTERVALO

MANTENHA A PARTE DO CORPO ENFAIXADA E


ELEVADA ENTRE OS TRATAMENTOS
PRECAUÇÕES GERAIS

 CUIDADO COM A TENSÃO DA FAIXA

VERIFICAR SE O PACIENTE APRESENTA LESÕES


POR CONGELAMENTO

REAVALIAR O PACIENTE REGULARMENTE


OBSERVANDO O SURGIMENTO DE SINAIS DE
ALTERAÇÃO DE SENSIBILIDADE.
Obrigada
a todos,

pela
presença
e pela
atenção!

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