#2360

45
ANO 45
22/03/2023
Semanal
anos
DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt

F1
GP ARÁBIA SAUDITA

PÉREZ VENCE,
‘DOBRADINHA’ RED BULL 1000 MILHAS DE SEBRING
WEC
DOMÍNIO
TOYOTA

RALI DO MÉXICO
OGIER VENCE PÁG. 42 PÁG. 38

E LIDERA WRC KTM 1290

SUPER DUKE RR
2023

OPEL
ASTRA 1.2.T 130 CV
 Cromwell 125 ABS
PVP:
3.099 €
PVP CAMPANHA:
2.399 €

Porque todos merecemos

uma Brixton
brixton-motorcycles.com
Ao PVP de campanha acrescem o ISV, Ecovalor e despesas de legalização e transporte.
 3
EDIÇÃO

SIGA-NOS EM
#2360
>> autosport.pt f f a c e b o o k . c o m /a u t o s p o r t p t l t w i t t e r . c o m / A u t o S p o r t P T 22/03/2023

José Luís Abreu

DIRETOR-EXECUTIVO
jabreu@autosport.pt

O
AutoSport vai parar a impressão da sua edição
em papel e dedicar-se somente ao AutoSport
Online. A última edição é a de 29 de março.
Chegou o momento em que decidimos deixar
de investir o nosso tempo e recursos numa pla-
taforma que há muito sabemos ser ‘finita’. Hoje
em dia, apenas cerca de 5% dos leitores do AutoSport o
fazem - também, ou somente - através do jornal em papel.
A grande maioria fá-lo há muitos anos através do site
www.autosport.pt, pelo que achamos ser este um bom
momento para passar a dedicar muito mais atenção a uma
plataforma que cresce todos os dias, o online, em contra-
ponto com outra que conta com cada vez menos leitores.
Nos seus quase 46 anos de existência, o AutoSport nunca
teve tantos leitores como hoje.
A grande diferença é que ao longo do tempo foram
migrando do papel para o online.
O site do AutoSport existe desde março de 2001, pelo
que já lá vão 22 anos em que os nossos leitores nos
acompanham nas duas plataformas.
Nos momentos mais atribulados da história do
AutoSport, na transição da Impresa para a FollowMedia
em 2012, e em 2020, quando a pandemia de covid-19,
pôs toda a gente em casa, o jornal em papel ‘parou’,
mas o Online não foi interrompido um único dia.
E assim queremos que continue para sempre…
No online, todos os dias sem exceção, passam pelo
nosso site muitos milhares de pessoas, e é por eles
que decidimos tentar fazer ainda mais e melhor em
todas as áreas relativas ao mundo automóvel, quer
seja desporto, ou comércio e indústria.
Numa fase em que o mundo passa por uma enorme
transição, para além de continuarmos a seguir o des-
porto, ainda melhor do que temos feito até aqui, pre-
tendemos ajudar os nossos leitores também a tomar
decisões mais ponderadas e refletidas, no que ao mundo
automóvel diz respeito, pelo que vai ser muito maior,
também, a nossa aposta nessa área tão específica.
Queremos continuar a transportar para si a emoção do
desporto automóvel, e também ajudá-lo na ponderação
e racionalidade das decisões relativas à mobilidade.
O AutoSport sempre se soube adaptar e reinventar. Esta
é só mais uma dessas vezes. Tal como já ouvi muitas ve-
zes, se há uma coisa que é permanente é a mudança…

O S E M A N Á R I O D O S C A M P E Õ E S N A E R A D I G I TA L

Siga-nos nas redes sociais e saiba

tudo sobre o desporto motorizado no
computador, tablet ou smartphone via
facebook (facebook.com/autosportpt),
twitter (AutosportPT) ou em
>> autosport.pt
 F1/
4

FÓRMULA 1

G P D A A R Á B I A S AU D I TA 2 D E 2 3

PÉREZ VENCE
E VERSTAPPEN
ABRE GUERRA
NA RED BULL
A Red Bull conquistou no Grande Prémio da Arábia Saudita mais
uma dobradinha, tendo sido deste feita Sérgio Pérez a vencer, mas
num momento em que as restantes equipas apenas podem aspirar
ao degrau mais baixo do pódio, começam a surgir alguns indícios de
algum mau estar no seio da formação de Milton Keynes

Jorge Girão mo quinto posto da grelha de partida. O mexicano assegurou a pole-position, promovia Alonso à primeira linha da
autosport@autosport.pt Subitamente, abria-se a possibilidade mas Charles Leclerc, com uma volta im- grelha de partida, seguido de George
FOTOS Oficiais de termos uma qualificação disputada pressionante, assinava o segundo tem- Russell, Carlos Sainz e Lance Stroll, ao

D
epois das três sessões de
treinos-livres em que Max
Verstappen parecia cami-
nhar para uma pole-posi-
tion esmagadora e para uma
vitória sem contestação, o
RB19 mostrou a sua primeira debili-
dade – a fiabilidade.
Já no Grande Prémio do Bahrein a Red
Bull tinha tido algumas preocupações
com a caixa de velocidades e até à
qualificação tanto o holandês como
o mexicano montaram um destes
componentes novo no seu monolugar.
Isto não significava qualquer pena-
lização, uma vez que cada piloto tem
direito a quatro caixas de velocidades
por temporada, estando qualquer um
deles longe do limite.
No entanto, na qualificação, quando
Verstappen se preparava para realizar
uma marca na Q2, o semi-eixo direito
cedia, deixando o Bicampeão Mundial
sem a possibilidade de avançar para a
fase seguinte, quedando-se pelo déci-
e, quem sabe, uma corrida, dado que
Pérez, até então, nunca mostrara o nível
de performance do seu colega de equipa,
ficando na região em que poderia ser
incomodado por Fernando Alonso, os
pilotos da Mercedes e os da Ferrari.
po, a apenas 0,155s. Contudo, a maior
esperança da Ferrari na obtenção de
um bom resultado tinha uma penali-
zação de dez lugares por ter montado
a sua terceira centralina eletrónica, o
que o atirava para décimo segundo e
passo que Lewis Hamilton não se en-
tendia com o comportamento do seu
Mercedes e não ia além de oitavo atrás
de Esteban Ocon, o que se transformaria
com a penalização de Leclerc em sétimo.
À partida para a corrida de cinquenta
voltas as questões que pairavam era
perceber se Alonso poderia ser uma
ameaça para Pérez e se Verstappen po-
deria ter uma possibilidade de recuperar
para se colocar em situação de lutar pelo
triunfo, esperando um Safety-Car no
momento certo para o fazer.
No arranque, o espanhol da Aston
Martin reagiu bem aos semáforos, as-
sumindo o primeiro lugar na travagem
para a primeira curva, liderando pela
primeira vez uma corrida de Fórmula 1
desde 2013, mas Pérez seguiu-o sem-
pre como uma sombra e, quando o
DRS entrou em acção, o piloto da Red
Bull reassumiu o comando para não
voltar a perder.
Por sua vez, Verstappen ganhava duas
posições, sendo cuidadoso nas primei-
ras voltas para evitar qualquer toque

num circuito bastante propenso a isso.
Contudo, assim que o DRS foi ativado,
começou a fazer a recuperação que se
esperava dele, chegando a sexto, a um
segundo de Leclerc, que com pneus
macios no seu Ferrari estava a ganhar
posições com alguma facilidade.
O holandês chegou ao quarto lugar com
as paragens dos pilotos da ‘Scuderia’,
mas então estava já a vinte e um se-
gundos do seu colega de equipa, o equi-
valente a mais de uma passagem pelas
boxes para troca de pneus, e a quinze
de Alonso.
Apanhar o espanhol era uma possibili-
dade no horizonte de Verstappen, mas
alcançar o seu colega de equipa só um
Safety-Car no momento certo poderia
ajudar o Bicampeão Mundial.
MAD MAX FAZ
TÁBUA RASA NAS ORDENS…
Foi então que, Stroll, que até à sua
paragem nas boxes rodou à frente de
Sainz, parou em pista com problemas
técnicos na unidade de potência do seu
Aston Martin, precipitando a entrada
em cena do Vantage pilotado por Bernd
Mayländer.
Sem que os quatro primeiros tivessem
ainda parado para trocar de pneumá-
ticos, todos rumaram às boxes, inclu-
sivamente Lewis Hamilton, que assim
suplantou Leclerc e Ocon, ficando todos
em igualdade de circunstâncias para a
restante corrida.
Verstappen tinha Alonso e Russell entre
si e Pérez, mas com vinte e nove voltas
pela frente e o ascendente que tinha
evidenciado nos treinos-livres, uma
vitória do holandês não estava fora de
cogitação.
O Bicampeão Mundial suplantou o
Mercedes e o Aston Martin com facilida-
de no espaço de cinco voltas, chegando
ao segundo posto a cinco segundos do
seu colega de equipa.
Era o momento de Verstappen eviden-
ciar a superioridade que mostrara na
sexta-feira e no sábado de manhã. O
titular do carro número 1 atacou com
todas as suas armas, mas Pérez respon-
deu sempre, mostrando que, em ritmo
de corrida, nada tinha a perder para o
seu colega de equipa, mantendo a sua
vantagem de cinco segundos.
A Red Bull, percebendo que a dobradinha
estava assegurada e que o ritmo dos
1959
ANO EM QUE A ASTON MARTIN TINHA PARTIDO
PARA UM GP DA PRIMEIRA LINHA DA GRELHA DE
PARTIDA, CORTESIA DE ROY SALVADORI NO GP
DA GRÃ-BRETANHA, EM AINTRE
27
CURVAS DO CIRCUITO DE JEDDAH, O TRAÇADO
DE TODO O CALENDÁRIO QUE TEM MAIS CURVAS
24
DOBRADINHAS DA RED BULL, DEPOIS DA ARÁBIA
SAUDITA. PARECE QUE ESTE ANO A EQUIPA DE
MILTON KEYNES ELEVARÁ BASTANTE ESTE ‘SCORE’.
>> autosport.pt
5
seus pilotos era semelhante, começou
a instruir os seus pilotos para man-
terem o ritmo por volta de 1m33,0s,
para proteger a mecânica dos seus
monolugares, até porque Verstappen
reportava um ruído estranho dos se-
mi-eixos, o componente que cedera
no seu carro no dia anterior.
Contudo, o holandês nunca respeitou
a ordens dadas pelo seu engenheiro,
rodando no 1m32 baixo, o que levou a
equipa a ceder e avisar os seus pilotos
que estavam livres para o dar o má-
ximo, para grande surpresa de Pérez.
Apesar de estar em ‘attack mode’,
Verstappen nunca conseguiu aproxi-
mar-se do seu colega de equipa, que
seguiu para uma vitória autoritária, a
quinta da sua carreira na Fórmula 1.
O neerlandês, desagradado e em rota
de colisão com as ordens emanadas
pela Red Bull, terminou em segundo,
conseguindo o ponto da melhor volta
na sua última passagem pela linha de
meta, apesar de a equipa o ter instruí-
do para não o fazer.
A equipa de Milton Keynes conseguia
a sua segunda dobradinha da tempo-
rada, em duas corridas, mas Christian
6
F1/ FÓRMULA 1

Horner poderá ter uma guerra para

gerir entre mãos, sobretudo se Pérez
continuar ao longo da temporada a
evidenciar o elevado nível que de-
monstrou na corrida de domingo.
Fernando Alonso ficou com o terceiro
posto, não tendo tido a sua segunda
subida ao pódio desta temporada nun-
ca em risco durante a corrida, apesar
de uma penalização de cinco segundos,
por ter alinhado na grelha de partida
ligeiramente fora do seu lugar.
No entanto, pouco depois da cerimónia
do pódio foi divulgado pela FIA que
teria uma nova penalização de dez
segundos, por um dos seus mecânicos
ter tocado com o macaco traseiro no
Aston Martin do espanhol, quando este
cumpria o castigo original.
A equipa de Silverstone, porém, con-
seguiu mostrar perante os comissários
desportivos que o macaco não era
considerado como um componente
para este tipo de penalizações, tendo
a decisão sido revista, o que permitiu
a Alonso coleccionar o seu centésimo
pódio na Fórmula 1.
Russell, que chegou a estar no terceiro
lugar por algumas horas, acabaria em
quarto, sem nunca conseguir inco-
modar verdadeiramente o espanhol
da Aston Martin, sendo seguido por
Hamilton.
O inglês ultrapassou Sainz depois da
intervenção do Safety-Car, tendo o
hispânico da Ferrari terminado em
sexto à frente de Leclerc num dia
de grande desapontamento para a
‘Scuderia’.

M/ MOMENTO

QUALIFICAÇÃO - Verstappen tinha tudo sob

controlo, rodando em tempos inalcançáveis
F/ FIGURA

SÉRGIO PÉREZ - O piloto mexicano não ar-

para os demais, inclusivamente para Pérez.
Porém, um semi-eixo travou o holandês, que
terminou na décima quinta posição da grelha.
Isto abriu o caminho para o mexicano que
aproveitou a oportunidade para assegurar a
primeira vitória da época, tendo demonstrado
um ritmo mais forte em corrida que em quali-
ficação, o que foi determinante para segurar a
aproximação do seu colega de equipa.
rancou bem da pole, perdendo a liderança para
Alonso, mas rapidamente recuperou para uma
prestação notável. Quando Verstappen chegou
a segundo, a 5s de Pérez, chegou a pensar-se
que seria uma questão de tempo até à lide-
rança, mas Pérez teve sempre resposta para o
holandês, mantendo uma vantagem estável e
determinante. O mexicano conquistou a quinta
vitória e, se mantiver este nível, poderá ser um
osso duro de roer para Verstappen.
8
F1/ FÓRMULA 1

G P D A A R Á B I A S AU D I TA 2 D E 2 3

2º PELOTÃO
‘DOBRADINHA’
DESAPONTANTE
DA ALPINE
A Alpine dominou completamente a luta pela primazia
do Segundo Pelotão durante o Grande Prémio da Arábia
Saudita, mas os homens da formação do construtor
gaulês esperavam lutar com os Mercedes, Ferrari e
Aston Martin, o que acabou por não se verificar

Jorge Girão A Alpine arrancava assim para a cor-

autosport@autosport.pt rida de cinquenta voltas na cauda do
FOTOS Oficiais grupo composto pelas cinco equipas

D
epois da prova inconsistente
no Bahrein, os responsá-
veis da equipa de Enstone
esperavam em Jeddah dar
uma ideia mais clara do seu
potencial, o que passava por
se assumir definitivamente como a
quinta força em pista, ‘roendo’ os cal-
canhares à Mercedes, que na primeira
prova da temporada tinha sido a menos
forte das, agora, ‘Quatro Grandes’.
Os treinos-livres animaram Pierre
Gasly e Esteban Ocon que se mos-
traram competitivos e capazes de in-
comodar os menos fortes dos pilotos
das equipas da frente, mesmo nas
simulações de corrida.
A qualificação confirmou as expecta-
tivas positivas da Alpine, tendo Ocon
se qualificado em sétimo, à frente de
Lewis Hamilton, não muito distante
de Fernando Alonso, o terceiro mais
rápido, 0,3s. Gasly, ainda em adaptação
ao seu novo ambiente e à filosofia do
A523, ficava em décimo, batido por
Oscar Piastri, que teve uma excelente
prestação para elevar o seu problemá-
tico McLaren até nono, ao passo que
Lando Norris ficava na Q1, depois de
um toque nas barreiras que danificou
a suspensão dianteira esquerda do
seu monolugar.
mais fortes, mas as expectativas con-
tinuavam a ser de melhorar e estar
envolvida na luta com os pilotos da
Aston Martin, Mercedes e Ferrari.
O arranque correu de feição a Ocon,
que manteve a sua posição, ao passo
que Gasly envolveu-se num toque
com Piastri na saída da Curva 2, mas
acabou por passar incólume, ao con-
trário do australiano, que com danos
na asa dianteira, foi obrigado a rumar
às boxes, vendo a sua prova comple-
tamente condicionada.
Qualquer desafio que pudesse surgir
de trás à supremacia da Alpine no
Segundo Pelotão desaparecia após
alguns metros de corrida. Ambos os pi- seguido por Max Verstappen, que ali- no de Lance Stroll com problemas na
lotos tinham pneus médios montados nhou em décimo quinto por não ter unidade de potência Mercedes do seu
no seu monolugar, numa estratégia realizado qualquer volta competitiva Aston Martin, estavam decorridas
esperada de apenas uma paragem na Q2 devido a problemas mecânicos. dezoito voltas.
nas boxes, e ao longo do início do A recuperação do piloto Red Bull era Este timing das paragens dos pilotos
Grande Prémio de cinquenta voltas uma inevitabilidade, tal a superiorida- da Alpine não ocorreram por questões
Ocon conseguia manter Hamilton, com de técnica actual do carro Milton Key- tácticas, mas antes por dificuldades
borrachas duras, no seu encalço, tendo nes, já a facilidade com que o jovem da com os pneus, que estavam a perder
o heptacampeão mundial Gasly no Ferrari, equipa com a qual a formação eficácia mais rapidamente que os dos
seu encalço. do construtor francês esperava lutar, pilotos da frente, podendo até Gasly
Mas o primeiro aviso às pretensões passou por Gasly e Ocon mostrava que, ficar em risco relativamente a Yuki
era evidenciado ainda antes da passa- para já, o A523 talvez não esteja em Tsunoda que rodava a seis segundos do
gem pelas boxes. Charles Leclerc, que condições de se bater com os carros francês, mas com os pneus em melhor
arrancava de décimo segundo devido da frente. estado, começava a ganhar-lhe tempo.
a uma penalização de dez lugares na Para agravar a situação dos franceses, Porém, o Safety-Car permitia ao japo-
grelha de partida, passou facilmente pararam ambos antes da situação de nês realizar uma paragem bem mais
pelos dois pilotos da Alpine, sendo Safety-Car provocada pelo abando- ‘barata’, suplantando os dois Alpine,

ao passo que Hamilton aproveitava
também a situação para passar Ocon.
Os franceses ficavam assim mais dis-
tantes dos seus anseios, tendo ainda
que lidar com o AlphaTauri para ci-
mentar a sua posição de perseguidora
às quatro equipas da frente.
A resistência do japonês durou três
voltas após a saída do Safety-Car,
vigésima quarta da corrida, com Ocon
a suplantá-lo, fazendo Gasly na pas-
sagem seguinte pela linha de meta.
Então, o veterano da Alpine estava a
apenas dois segundos de Leclerc, mas
o francês nunca conseguiu ser verda-
deiro ameaçador para o monegasco,
que se foi afastando paulatinamente
>> autosport.pt
9
sem que o gaulês nada pudesse fazer.
No final das cinquenta voltas, Ocon
cruzava a linha de meta no oitavo posto
a quase dez segundos de Leclerc – que
na última volta levantou o pé, rodando
a quatro segundos do seu ritmo –,
seguido de Gasly a 1,9s.
A Alpine vencia a sua ‘guerra’ sem
quaisquer dificuldades, mas ficando
aquém das expectativas criadas até à
qualificação, ficando muito longe das
‘Quatro Grandes.
No último lugar pontuável ficou Kevin
Magnussen que, depois de uma intensa
batalha com Tsunoda, garantiu o dé-
cimo posto, conquistando o primeiro
ponto da Haas esta temporada.
10
f1/ FÓRMULA 1

MAX VERSTAPPEN,
“NÃO FOI FÁCIL PASSAR PELO PELOTÃO”
Max Verstappen fez uma Max Verstappen reforçou
corrida de recuperação, no pós corrida as questões
como se antecipava, de- que foi levantando ao longo
pois de arrancar do 15º da corrida com o seu enge-
posto, mas sentiu alguns nheiro por causa da trans-

GETTY IMAGES / RED BULL CONTENT POOL

problemas com o carro que missão, dizendo que sentiu

GETTY IMAGES / RED BULL CONTENT POOL

já o tinha deixado mal na qualquer coisa de estranho
qualificação. Apesar disso, com o RB19 “até ao fim da
conseguiu sair de Jidá com corrida. Tínhamos uma boa
a liderança do campeona- vantagem para o resto do
to, graças ao segundo lu- pelotão, por isso considera-
gar conquistado e ao ponto mos que tínhamos de con-
extra da volta mais rápida. tinuar assim. Contentei-me
“Não foi fácil passar pelo com o segundo lugar, foi
pelotão. Tentei no primeiro uma boa recuperação.”
setor algumas ultrapassa-
gens, mas no início da corrida era complicado perseguir.
“Dei tudo o que tinha no
fim”, disse o neerlandês da Red Bull sobre o ponto extra SERGIO PÉREZ, “TÃO PERTO
Depois entramos num bom ritmo. Estou feliz por estar no
pódio”, explicou o bicampeão mundial de Fórmula 1.
da volta mais rápida, acrescentando que “correu bem,
isso foi o mais importante.” DA VITÓRIA NO ANO PASSADO
E FINALMENTE ACONTECEU”
FERNANDO ALONSO, Sergio Pérez voltou a estar forte nas ruas de Jidá, à semelhan-

“FOMOS O SEGUNDO CARRO MAIS RÁPIDO”
Fernando Alonso subiu ao pódio e fez a festa, mas
acabaria por ser penalizado em 10 segundos e teve de
adiar as celebrações do 100º pódio da carreira para
mais tarde, por uma decisão que viria a ser revertida
com o espanhol a voltar ao terceiro posto da classifi-
cação. Ainda antes de saber a decisão do Colégio de
ASTON MARTIN
Comissários Desportivos, o piloto tinha resumido a sua
corrida como um plano bem executado pela equipa e
que o AMR23 é um carro extremamente competitivo.
“Sinto-me bem. Gostei da cerimónia do pódio (risos)
e depois a equipa disse-me que podia ter uma pe-
nalização”, explicou Alonso após ter perdido por mo-
mentos o terceiro lugar. “Estamos a tentar perceber
o que aconteceu e se é o caso para ser penalizado
ou não. Se isso acontecer, são três pontos que per-
co, mas não muda o sentimento. Fomos o segundo
carro mais rápido na corrida, controlamos o ritmo da
Mercedes e somos mais rápidos que a Ferrari, por
isso sinto-me muito feliz.”
Alonso estranha toda a confusão provocada pelas de-
cisões da FIA. “Acho estranho só termos conhecimen-
to [da penalização de 10s] passado uma hora, quando
tiveram 35 voltas para aplicar a penalização e só de-
pois do pódio, com a presença dos meus patrocina-
ça do que fez em 2022. No entanto, mesmo com um Safety Car,
como aconteceu no ano passado, desta vez conseguiu manter a
liderança até ao final das 50 voltas da corrida do Grande Prémio
da Arábia Saudita e podia até passar para a frente da classifi-
cação do mundial de pilotos, mas o ponto extra pela volta mais
rápida foi conquistado por Max Verstappen, que mantém assim
o primeiro lugar.
“Foi mais difícil do que esperava. Consegui fazer um bom tra-
balho no primeiro turno. O Safety Car tirou-nos a vitória em Jidá
na última vez [em 2022], isso não aconteceu agora… estive tão
perto da vitória no ano passado e finalmente aconteceu. A equi-
pa fez um belo trabalho. Trabalharam muito porque tivemos al-
guns problemas mecânicos e eles conseguiram ultrapassar
tudo. Estou feliz por eles também e agora é altura de celebrar”,
começou por dizer Pérez após a vitória em Jidá. O piloto mexi-
cano está agora a um ponto do seu companheiro de equipa no
mundial de pilotos, mas promete “continuar a pressionar, mas
fico satisfeito por ter tido o carro mais rápido em pista hoje”.
Na partida, Pérez voltou a perder uma posição, tal como tinha
acontecido no Bahrein. O piloto mexicano fala em mudanças nos
procedimentos internos que terão de ser revistos. “Temos al-

dores e da minha equipa, é que decidiram. Não é um gum trabalho a fazer. Mudamos os procedimentos e temos que
bom trabalho por parte deles [FIA], mas isso não é alterar algumas coisas, para começar a ter melhores arranques
comigo”, concluiu o piloto da Aston Martin. nas próximas corridas”, concluiu.

CHARLES LECLERC, “NÃO HAVIA MUITO MAIS PERFORMANCE NO CARRO”

Era um Charles Leclerc resignado no fi-
nal da corrida. Apesar da boa recupera-
ção no primeiro turno de corrida, teve
o azar na troca de pneus que aconte-
ceu uma volta antes do Safety Car, não
aproveitando essa possibilidade e per-
dendo menos tempo para a concorrên-
cia. Mas o monegasco também admitiu
que não havia muito mais a tirar do
carro em Jidá, depois de ambos os pi-
George Russell e Lewis Hamilton, o que
não é bom.
“Tivemos um bom stint com os pneus
macios, mas infelizmente o Safety Car
entrou uma volta mais tarde para nós e
depois ficamos basicamente num com-
boio com o Carlos [Sainz]. É o que é. Não
havia muito mais performance no carro
hoje [na corrida] e temos de trabalhar
para nos aproximarmos das equipas da
FERRARI

lotos Ferrari terem terminado atrás de frente.”


F1 RENOVA CONTRATO
COM ÁUSTRIA ATÉ 2027
A Fórmula 1 quer contar com o Grande
Prémio da Áustria durante muitos anos, mas
para já anunciou a renovação do contrato
com o promotor local durante quatro
temporadas, confirmando a presença desta
prova até pelo menos à temporada de 2027.
O Grande Prémio da Áustria desta tempo-
rada será o décimo a ser realizado após o
regresso da Fórmula 1 ao Red Bull Ring em
2014 e com o formato de Sprint.
Stefano Domenicali, Presidente e CEO da
Fórmula 1, quis deixar uma homenagem
a Dietrich Mateschitz. “Ao celebrarmos
o 10ª edição desde o nosso regresso
a Spielberg, gostaria de agradecer a
todos os envolvidos nesta renovação,
especialmente ao promotor e à Red
“EQUIPA DE TOPO” QUE PODE SER A ANDRETTI ESTÁ A CONTRATAR
Correm notícias que uma “equipa de
topo” está a contratar para posições
de chefia. Nomes como Nick Chester
assinaram em março por uma equipa de
topo, segundo a descrição no Linkedin, e
tudo aponta para que seja a Andretti.
Nick Chester foi diretor técnico da Lotus
F1, responsável de chassis na Renault
e era diretor técnico da Mercedes para
a Fórmula E. A sua vasta experiência é
fundamental para o arranque de uma eq-
uipa. John McQuilliam, ex-diretor técnico
da Manor e da Prodrive, e ainda Jon Tom-
linson, que foi chefe da aerodinâmica
na Renault e na Williams, foram também
apontados como contratações da dita
equipa de topo, que tudo indica ser a
>> autosport.pt
11
WILLIAMS
APRESENTA
O SEU NOVO COO
LDN COLLECTIVE
Williams Racing anunciou Frederic Brous-
seau como o novo Chefe de Operações, a
primeira contratação de relevo da equipa
depois da entrada de James Vowles. Após
Bull, e quero prestar homenagem a
Dietrich Mateschitz pelo amor, paixão NOVA TENTATIVA uma carreira de 26 anos na indústria
aeroespacial, Frederic juntar-se-á à
e visão que ele trouxe à Fórmula 1 que
garantiu o sucesso continuado do PARA O equipa em abril. Uma nova cara com uma
proveniência inusitada e diferente do que
evento e o enorme entusiasmo pelo
nosso desporto na Áustria e em todo GP DE LONDRES estamos habituados, mas que pode trazer
novas soluções à equipa.
o mundo.”
A pista do Red Bull Ring foi muito im-
portante para a F1 durante o período
NEGADA PELA F1 A carreira de Frederic começou com
a Pratt & Whitney Canadá em 1997 na
unidade fabril e avançou através de uma
marcado pela pandemia de COVID-19, É uma ideia que já tem algum tempo e variedade de funções operacionais e de
recebendo dois Grandes Prémios nos tem sofrido avanços e recuos. Há vontade gestão, incluindo iniciativas de projetos de
anos 2020 e 2021 – divididos entre de Londres receber uma corrida, e a nova sourcing internacional direto.
o GP da Estíria e da Áustria – o que proposta passa por fazer o circuito na Royal A reestruturação da Williams já começou e
permitiu à competição, assim como Victoria docks, num projeto que poderia ser esta é a primeira cara nova, faltando ainda
outras pistas como a do Autódromo concluído em 2026. um diretor técnico, lugar vazio desde a
Internacional do Algarve, apresentar Seriam instaladas bancadas flutuantes saída de François-Xavier Demaison.
um calendário para essa altura. capazes de receber 95.0000 espectadores.
O circuito teria 5.9 Km de comprimento e é
referido que houve conversações entre os
organizadores e a F1.
“Assim que tivermos o consentimento do
planeamento com tudo a favor, podemos
construir isto dentro de 24 meses”, disse
WILLIAMS
Max Farrell, fundador do LDN Collective,
responsável pelo projeto ao The Times.
“Portanto, na verdade, penso que há um
cenário em que podemos ter um Grande
Prémio de Londres em agosto de 2026. Se
todos apoiarem, isso seria viável.” CHRISTIAN HORNER
LUCAS PRIPFL / RED BULL CONTENT POOL
No entanto, e segundo um porta-voz da F1,
“não há planos para um Grande Prémio na MINIMIZA RUMORES
Docklands [local específico onde a pista
estará a ser planeada]. Temos uma relação
SOBRE ALPHATAURI
de longa data com Silverstone.” Surgiram recentemente rumores de que
Mais uma vez, os rumores de uma corrida a estrutura diretiva da marca de bebidas
em Londres surgem, mas perdem força energéticas Red Bull estaria a ponderar a
pouco depois. venda ou a deslocalização da AlphaTauri,
na qual investe mais do que na equipa
Red Bull. No entanto, Christian Horner
minimizou esses rumores.
“Como todos sabemos, há sempre muita
especulação neste paddock. É claro que
qualquer coisa do género seria, em última
análise, da responsabilidade dos acionis-
tas, e o seu empenho sempre foi absoluto.
FOTOGETTY IMAGES / RED BULL CONTENT POOL
[...] Tanto quanto sei, não há mudanças
planeadas. Como sabem, temos sinergias
e acordos de fornecimento com a Alpha-
Tauri, eles também partilham o nosso
túnel de vento, por exemplo. Portanto, não
há nada planeado.”
RED BULL CONTENT POOL
FOTOGETTY IMAGES /
Andretti. Se a Andretti está já numa fase na candidatura a uma vaga na F1. Do lado
de contratação é porque tem alguma do Grande Circo, a resistência à entrada
confiança que poderá ser bem sucedida de uma 11ª equipa persiste.
12
F1/ FÓRMULA 1

C/ CLASSIFICAÇÕES

GP DA ARÁBIA SAUDITA PROVA 2 DE 23

JEDDAH CORNICHE CIRCUIT PROVA

TEMPO/DIF.
19/03/2022

VOLTAS

VMR
6.174 KM 50 308.45 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO
1 SERGIO PEREZ RED BULL RB19/HONDA RBPT 1:21:14.894 50 1:32.188 2
PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL
2 MAX VERSTAPPEN RED BULL RB19/HONDA RBPT +5.355S 50 1:31.906 1
3 FERNANDO ALONSO ASTON MARTIN AMR23/MERCEDES +20.728S 50 1:32.240 3

TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA Q3

4 GEORGE RUSSELL
5 LEWIS HAMILTON
MERCEDES F1 W14
MERCEDES F1 W14
+25.866S
+31.065S
50
50
1:32.433
1:32.941
4
6
1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 6 CARLOS SAINZ FERRARI SF-23 +35.876S 50 1:32.822 5
1 SERGIO PEREZ
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. RED BULL RACING RBPT 7 CHARLES LECLERC FERRARI SF-23 +43.162S 50 1:33.056 7
1:28.265
1 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING RBPT 1:29.617 8 ESTEBAN OCON ALPINE A523/RENAULT +52.832S 50 1:33.222 8
2 SERGIO PEREZ RED BULL RACING RBPT +0.483S 2 FERNANDO ALONSO 9 PIERRE GASLY ALPINE A523/RENAULT +54.747S 50 1:33.392 10
3 FERNANDO ALONSO ASTON MARTIN MERCEDES +0.698S ASTON MARTIN MERCEDES 10 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-23/FERRARI +64.826S 50 1:33.374 9
4 LANCE STROLL ASTON MARTIN MERCEDES +0.960S 1:28.730
11 YUKI TSUNODA ALPHATAURI AT04/HONDA RBPT +67.494S 50 1:33.931 14
5 GEORGE RUSSELL MERCEDES +1.154S 3 GEORGE RUSSELL 12 NICO HULKENBERG HAAS VF-23/FERRARI +70.588S 50 1:33.780 12
6 LEWIS HAMILTON MERCEDES +1.170S MERCEDES
7 CARLOS SAINZ FERRARI +1.307S 1:28.857 13 ZHOU GUANYU ALFA ROMEO C43/FERRARI +76.060S 50 1:33.894 13
8 PIERRE GASLY ALPINE RENAULT +1.332S 14 NYCK DE VRIES ALPHATAURI AT04/HONDA RBPT +77.478S 50 1:33.609 11
4 CARLOS SAINZ
9 ALEXANDER ALBON WILLIAMS MERCEDES +1.413S FERRARI 15 OSCAR PIASTRI MCLARENMCL60/MERCEDES +85.021S 50 1:34.287 16
10 YUKI TSUNODA ALPHATAURI HONDA RBPT +1.493S 1:28.931 16 LOGAN SARGEANT WILLIAMS FW45/MERCEDES +86.293S 50 1:34.469 18
11 CHARLES LECLERC FERRARI +1.501S 5 LANCE STROLL 17 LANDO NORRIS MCLARENMCL60/MERCEDES +86.445S 50 1:34.122 15
12 ESTEBAN OCON ALPINE RENAULT +1.564S ASTON MARTIN MERCEDES 18 VALTTERI BOTTAS ALFA ROMEO C43/FERRARI +1 LAP 49 1:34.384 17
13 NYCK DE VRIES ALPHATAURI HONDA RBPT +1.833S 1:28.945
NC ALEXANDER ALBON WILLIAMS FW45/MERCEDES DNF 27 1:35.567 20
14 OSCAR PIASTRI MCLAREN MERCEDES +1.874S
6 ESTEBAN OCON NC LANCE STROLL ASTON MARTIN AMR23/MERCEDES DNF 16 1:35.140 19
15 NICO HULKENBERG HAAS FERRARI +1.935S ALPINE RENAULT
16 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.949S 1:29.078
17 LOGAN SARGEANT WILLIAMS MERCEDES +2.305S
7 LEWIS HAMILTON
18 VALTTERI BOTTAS ALFA ROMEO FERRARI +2.353S

EMILIA ROMAGNA
MERCEDES ARÁBIA SAUDITA

PAÍSES BAIXOS
GRÃ-BRETANHA
19 ZHOU GUANYU ALFA ROMEO FERRARI +2.369S 1:29.223
AZERBAIJÃO

SINGAPURA
AUSTRÁLIA
20 LANDO NORRIS MCLAREN MERCEDES +2.532S

ABU DHABI
LAS VEGAS
HUNGRIA
ESPANHA
BAHREIN

ÁUSTRIA
MÓNACO
8 OSCAR PIASTRI

BÉLGICA

MÉXICO
CANADÁ

BRASIL
MIAMI

ITÁLIA

QATAR
JAPÃO

TOTAL
MCLAREN MERCEDES

EUA
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1:29.243
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF.
1 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING RBPT 1:29.603 9 PIERRE GASLY
ALPINE RENAULT
2 FERNANDO ALONSO ASTON MARTIN MERCEDES +0.208S 1:29.357 Q2 PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
3 SERGIO PEREZ RED BULL RACING RBPT +0.299S
1. M. VERSTAPPEN 25 19 44
4 ESTEBAN OCON ALPINE RENAULT +0.436S 10 NICO HULKENBERG
HAAS FERRARI 2. S. PEREZ 18 25 43
5 GEORGE RUSSELL MERCEDES +0.467S 1:29.451
6 PIERRE GASLY ALPINE RENAULT +0.497S 3. F. ALONSO 15 15 30
7 LANCE STROLL ASTON MARTIN MERCEDES +0.507S 11 ZHOU GUANYU 4. C. SAINZ 12 8 20
8 NICO HULKENBERG HAAS FERRARI +0.578S ALFA ROMEO FERRARI 5. L. HAMILTON 10 10 20
1:29.461
9 CHARLES LECLERC FERRARI +0.738S 6. G. RUSSELL 6 12 18
10 CARLOS SAINZ FERRARI +0.989S 12 CHARLES LECLERC 7. L. STROLL 8 - 8
11 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.996S FERRARI
1:28.420 8. C. LECLERC - 6 6
12 LANDO NORRIS MCLAREN MERCEDES +1.118S
9. V. BOTTAS 4 - 4
13 YUKI TSUNODA ALPHATAURI HONDA RBPT +1.173S 13 KEVIN MAGNUSSEN
14 ALEXANDER ALBON WILLIAMS MERCEDES +1.207S HAAS FERRARI 10. E. OCON - 4 4
1:29.634 11. P. GASLY 2 2 4
15 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.217S
16 ZHOU GUANYU ALFA ROMEO FERRARI +1.234S 14 VALTTERI BOTTAS 12. K. MAGNUSSEN - 1 1
17 NYCK DE VRIES ALPHATAURI HONDA RBPT +1.318S ALFA ROMEO FERRARI 13. A. ALBON 1 - 1
18 LOGAN SARGEANT WILLIAMS MERCEDES +1.356S 1:29.668
14. Y. TSUNODA - - 0
19 OSCAR PIASTRI MCLAREN MERCEDES +1.361S 15 MAX VERSTAPPEN 15. N. HULKENBERG - - 0
20 VALTTERI BOTTAS ALFA ROMEO FERRARI +1.449S RED BULL RACING RBPT
1:49.953 Q1 16. L. SARGEANT - - 0
3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 17. G. ZHOU - - 0
16 YUKI TSUNODA
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. ALPHATAURI HONDA RBPT 18. N. DE VRIES - - 0
1 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING RBPT 1:28.485 1:29.939 19. O. PIASTRI - - 0
2 SERGIO PEREZ RED BULL RACING RBPT +0.613S 17 ALEXANDER ALBON 20. L. NORRIS - - 0
3 FERNANDO ALONSO ASTON MARTIN MERCEDES +0.998S WILLIAMS MERCEDES
4 LANCE STROLL ASTON MARTIN MERCEDES +1.024S 1:29.994
5 LEWIS HAMILTON MERCEDES +1.083S
18 NYCK DE VRIES
6 CHARLES LECLERC FERRARI +1.103S ALPHATAURI HONDA RBPT
7 LANDO NORRIS MCLAREN MERCEDES +1.205S 1:30.244 EQUIPAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
8 OSCAR PIASTRI MCLAREN MERCEDES +1.213S 1. RED BULL HONDA RBPT 43 44 87
19 LANDO NORRIS
9 PIERRE GASLY ALPINE RENAULT +1.216S MCLAREN MERCEDES 2. ASTON MARTIN MER. 23 15 38
10 CARLOS SAINZ FERRARI +1.276S 1:30.447
3. MERCEDES 16 22 38
11 GEORGE RUSSELL MERCEDES +1.326S
20 LOGAN SARGEANT 4. FERRARI 12 14 26
12 ZHOU GUANYU ALFA ROMEO FERRARI +1.432S WILLIAMS MERCEDES
13 NICO HULKENBERG HAAS FERRARI +1.448S 2:08.510 5. ALPINE RENAULT 2 6 8
14 ESTEBAN OCON ALPINE RENAULT +1.468S 6. ALFA ROMEO FERRARI 4 - 4
15 ALEXANDER ALBON WILLIAMS MERCEDES +1.498S
7. WILLIAMS MERCEDES 1 - 1
16 LOGAN SARGEANT WILLIAMS MERCEDES +1.550S
8. HAAS FERRARI - 1 1
17 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.646S
18 VALTTERI BOTTAS ALFA ROMEO FERRARI +1.832S 9. ALPHATAURI HONDA - - 0
19 YUKI TSUNODA ALPHATAURI HONDA RBPT +2.312S 10. MCLAREN MERCEDES - - 0

PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT. VOLTA MAIS RÁPIDA + 1 PT
V/ VELOCIDADE >> autosport.pt
13

FÓRMULA 2 JIDÁ
DUAS CORRIDAS ANIMADAS NA ARÁBIA SAUDITA
Foram duas corridas da Fórmula 2 muito discutidas no traçado saudita de Jidá,
com triunfos de Ayumu Iwasa (DAMS) e Frederik Vesti (PREMA Racing)

Pedro André Mendes Racing) logo após a partida, ficando a ultrapassagem e assumisse a vice- dição de bandeira verde, Bearman con-
pedroandre.mendes@autosport.pt apenas com o polessiter da sprint, Jak liderança na volta 17, terminando pouco seguiu uma vantagem segura para os seus
FOTOS Formula Motorsport Limited Crawford (Hitech GP) à sua frente. O depois a corrida. perseguidores, enquanto Martins tinha a
piloto da DAMS tentou ultrapassar o companhia de Doohan e Vesti. Estes dois

D
epois de conquistar a pole position
para a corrida principal, Victor
Martins (ART Grand Prix) iria
ter ao seu lado Oliver Bearman
(Prema Racing), na fila da frente da
grelha de partida, mas antes disso,
o piloto da ART Grand Prix foi muito
competitivo na corrida Sprint, apesar
de não ter triunfado. Ayumu Iwasa
sofreu pressão dos seus adversários,
mas conquistou a sua primeira vitória
na temporada de 2023 da F2, na corrida
de Sprint de Jidá. Largando da quarta
posição da grelha de partida, o piloto
japonês alcançou a liderança através
de algumas manobras de ultrapas-
sagem e mesmo com dois recomeços
depois de períodos de Safety Car (SC),
manteve os adversários distantes da
sua posição até ao final da corrida.
Também com uma corrida de trás para
a frente, Martins veio do décimo posto
para terminar no segundo lugar da
classificação, à frente de Jehan Daruvala
(MP Motorsport).
Iwasa ultrapassou Ralph Boschung
(Campos Racing) e Kush Maini (Campos
então líder uma primeira vez, mas só na
segunda tentativa, na curva 13, conseguiu
a ultrapassagem com sucesso. Depois de
passar por Crawford, Iwasa ganhou ter-
reno aos seus perseguidores, enquanto o
piloto da Hitech GP ia perdendo posições.
Já depois de um primeiro período de SC,
Théo Pourchaire (ART Grand Prix) ten-
tou ultrapassar Martins, mas exagerou
e levou o monolugar de Oliver Bearman
à sua frente, resultando no abandono
dos dois pilotos e nova entrada do SC
em pista. O líder aguentou a posição
no recomeço, mas atrás Daruvala e
Martins iam subindo na classificação,
alcançando Iwasa na parte final da
corrida. Daruvala pressionou e tentou
ultrapassar o primeiro classificado,
mas apenas fez com que Martins, que
seguia no terceiro posto, conseguisse
VESTI ARRANCOU
DE SEXTO PARA TRIUNFAR
Frederik Vesti venceu a sua primeira
corrida da temporada, depois de arrancar
do sexto posto da grelha de partida e
ter aproveitado os deslizes do polesit-
ter Martins e do seu companheiro de
equipa Bearman.
Jack Doohan (Invicta Virtuosi Racing)
conquistou um valioso 2º lugar e Jehan
Daruvala repetiu o terceiro posto da sprint.
Vesti partiu do sexto lugar da grelha, mas
ultrapassou Daruvala e Ayumu Iwasa
ainda na primeira volta da corrida, en-
quanto Bearman saltou para a liderança
do pelotão por troca com Martins, que
ficou pressionado por Doohan.
Um acidente ainda na segunda volta
obrigou a um período de Virtual Safety Car
(VSC). Quando a corrida regressou à con-
pilotos foram dos primeiros a parar para
a troca obrigatória de pneus, mas não
conseguiram tirar partido dessa jogada
estratégica, uma vez que voltaram a ficar
atrás do duo que perseguiam. No entanto,
estavam mais próximos e Martins tentou
por duas vezes ultrapassar Bearman, o
que acabou por não correr bem. Com esta
luta, Vesti, que tinha deixado Doohan para
trás graças a um pitstop mais rápido por
parte da sua equipa, conseguiu juntar-se
à dupla e aproveitou um pequeno desen-
tendimento entre ambos para efetuar a
ultrapassagem ao seu companheiro de
equipa. Em dificuldades, Bearman fez um
pião e perdeu 3 posições, acontecendo
o mesmo a Martins na volta seguinte,
permitindo a Vesti ser o melhor classifi-
cado dos que já tinham parado, seguido
de Doohan e Daruvala. Martins chegou a
bater nas proteções do traçado saudita,
desistindo da corrida e obrigando a novo
período de VSC, que terminou na volta 18
com Arthur Leclerc (DAMS), como líder,
mas ainda sem parar. O piloto da DAMS
parou na volta 24, regressando à pista
no nono lugar.
Depois de assumir a liderança, Vesti

C/
ficou sem contestação na frente e con-
CLASSIFICAÇÕES quistou a primeira vitória, com Doohan
e Daruvala a completaram o pódio.
Nas contas do campeonato, Ralph
CORRIDA 1 Boschung (Campos Racing) per-
1 AYUMU IWASA DAMS 42:21.514 manece na liderança da classificação
2 VICTOR MARTINS ART GRAND PRIX +0.700S com 33 pontos e a Campos Racing
3 JEHAN DARUVALA MP MOTORSPORT +1.186S
mantém a liderança na classificação
CORRIDA 2 por equipas, com 51 pontos.
1 FREDERIK VESTI PREMA RACING 50:45.587S A Fórmula 2 regressa entre os dias 31
2 JACK DOOHAN VIRTUOSI +3.959S de março e 2 de abril, para a estreia em
3 JEHAN DARUVALA MP MOTORSPORT +7.546S Melbourne.
 WRC/
14
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS - MÉXICO
57ª VITÓRIA
DE SÉBASTIEN OGIER,
7ª NO RALI DO MÉXICO
Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota GR Yaris Rally1) venceram pela sétima
vez o Rali do México, uma prova em que a Ford baqueou em quase toda a linha
e a Hyundai esteve na luta pela liderança até ao despiste de Esapekka Lappi/
O
Mundial de Ralis regressou ao
México e aos pisos de terra,
numa prova em que os Rally1
experimentaram pela primeira
vez os troços em altitude. Os
pilotos notaram bem as dife-
renças, mas isso não afetou em nada a
competição. É igual para todos.
Era grande a expetativa quanto à com-
petitividade dos Rally1 na terra, já que
é esse o tipo de piso da maior parte das
provas, mas se ficámos a saber que Toyota
e Hyundai estão a um nível semelhante, já
a Ford vamos ter que esperar, pois tudo o
que se passou deixou imensas dúvidas, e
alguma desconfiança ‘negativa’...
No rali, e aproveitando bem a sua ordem
na estrada, Ogier e Lappi depressa foram
para a frente, começando desde cedo a
cavar uma margem para os restantes
perseguidores. Ao cabo de dois troços na
sexta-feira já Elfyn Evans/Scott Martin
(Toyota GR Yaris Rally1), estavam a 9.3s
do líder, na altura, Lappi, com Ogier ape-
nas a 0.8s.
Esta tendência manteve-se, e acentuou-
-se à tarde, com Lappi e Ogier num jogo
do gato e do rato, ora se aproximando ou
afastando. Terminaram o dia separados
19º RALLY GUANAJUATO MÉXICO
Janne Ferm (Hyundai i20 N Rally1).
jabreu@autosport.pt
FOTOS @World/André Lavadinho
por 5.3s com o piloto da Hyundai na fren-
te, enquanto o terceiro lugar de Evans já
estava a 30.1s do líder.
Aí, já se desenhava também uma luta que
se manteve até ao fim do rali entre Evans
e Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe
(Hyundai i20 N Rally1), que depois de
começar mal o rali, com dificuldades na
tração, muito também devido à sua or-
dem na estrada, o belga foi melhorando
e depois de estender a luta durante todo
o rali, terminou em segundo…
Quem cedo se atrasou foram Kalle Ro-
vanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR
Yaris Rally1), cuja ordem na estrada, se-
gundos atrás de Ott Tänak/Martin Jär-
veoja (Ford Puma Rally1) no início do rali,
piorou quando o estónio teve problemas
com o turbo e se atrasou muito.
O piloto da Ford perdeu uma imensidão de
tempo e Rovanpera deixou logo claro que
este era um rali impossível de vencer, e
talvez até de um bom resultado. O quarto
lugar foi mesmo um mal menor...
A Dani Sordo/Candido Carrera (Hyundai
i20 N Rally1), sucedeu algo semelhante,
pois a dupla espanhola nunca conseguiu
andar bem, sempre com dificuldades em
agarrar bem o i20 Rally1 ao chão escor-
José Luís Abreu
regadio. Sordo perdeu confiança e foi-se
atrasando, terminando muito longe da
frente.
Com tudo isto, percebeu-se que os Toyota
e Hyundai estão equilibrados nos pisos de
terra, vai ser muito mais nos detalhes a
luta nas restantes sete provas em pisos
de terra do ano, na inspiração dos pilotos,
do que nas diferenças competitivas dos
carros, o que é bom sinal. Contudo, no
caso do Ford, fica para ver no Rali de Por-
tugal, porque nesta prova Tanak, para lá
do problema que teve, nunca deu grandes
sinais que o carro está competitivo, tendo
muitas dificuldades ao longo de todo rali, o
que é muito mau sinal para o campeonato.
O triunfo da Ford na Suécia foi prometedor,
mas a fiabilidade tramou a M-Sport e
Tanak no México.
OGIER A 100%
Dois ralis, duas vitórias para Sébastien
Ogier/Vincent Landais. A tática foi a mes-
ma de sempre que não abriu a estrada.
Bom ritmo na sexta-feira, ataque no sá-
bado, gerir no domingo. Isto já lhe valeu
imensas vitórias, esta é mais uma, a 57ª.
O francês terminou o primeiro dia em
segundo. Não correu riscos, mas manteve
sempre um ritmo alto, para não descolar
da frente. Lappi estava a andar bem e
Ogier conteve-se para não arriscar de-
mais. A luta terminou no início do se-
gundo dia, com o abandono de Lappi, e
Ogier ficou com o caminho aberto para
vencer. No início da tarde de sábado deu
a estocada final ao ‘dar’ 8.1s ao segundo
melhor nessa especial, deixando claro
que iria vencer o rali.
Thierry Neuville ‘roubou’ o segundo lu-
gar a Evans na PowerStage, e terminou
no segundo lugar por 0.4s. um belo final
de rali para o belga, que andou forte du-
rante todo o fim de semana, mas nunca
conseguiu recuperar do que perdeu no
primeiro dia de prova, em que terminou
a 39.8s da frente. Lutou muito na sexta
feira com uma má posição na estrada, teve
problemas com uma transmissão, subiu
ao terceiro lugar no segundo dia, foi-se
aproximando de Elfyn Evans e conseguiu
batê-lo mesmo no final.
Elfyn Evans terminou o rali triste, no ter-
ceiro lugar, mas um pódio, é um pódio.
Dobrou um braço de suspensão do Yaris,
já no último dia e isso foi decisivo. Até lá
fez uma boa prova, mas ainda longe do
ritmo que pretendia.

Foi cuidadoso no primeiro dia, que termi-
nou em 3º a 30.1s da frente. No segundo
dia andou na luta com Neuville, mas o
belga foi mais forte. Tem estado a fazer um
campeonato consistente, e ao fim ao cabo
este é para já o seu melhor resultado do
ano. Mas sente-se que queria estar mais
perto de quem luta na frente e ainda não
o está a conseguir.
Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota
GR Yaris Rally1) tiveram uma prova solitá-
ria, já que cedo se viram em terra de nin-
guém, sem possibilidade de chegar mais à
frente e sem ninguém atrás a pressionar.
No 1º dia, era grande a desvantagem da
ordem na estrada, e até Tanak lhe ‘saiu’ da
frente, nem isso ajudou. Fez o que podia,
e começou o segundo dia a mais de um
minuto do líder, e com quatro carros à sua
frente. Passou para quarto com o aban-
dono de Lappi, mas já não saiu daí. Ainda
por cima gastou mais pneus macios no
primeiro dia, para ter mais aderência, que
depois lhe faltaram mais à frente.
Dani Sordo foi quinto, fez uma prova
abaixo do esperado, mas ainda assim
assegurou bons pontos para a equipa.
>> autosport.pt
15
Não deslumbrou, mas também não com-
prometeu. Um furo na PE7 atrasou ainda
mais, até aí estava na luta pelo pódio, mas
o minuto perdido condicionou-lhe por
completo o resultado. Quando um piloto
se atrasa no 1º dia, tem uma má ordem na
estrada no segundo e isso não ajuda nada…
Gus Greensmith/Jonas Andersson con-
seguiram com o novo Škoda Fabia RS
16
WRC/
RALI DO MÉXICO 3 D E 1 3
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS
M/ MOMENTO
Sem dúvida, o abandono de Esa-
pekka Lappi na PE11. A luta estava
a ser fantástica e tinha tudo para
assim continuar. Nunca saberemos
até onde iria, se o desfecho seria
exatamente o mesmo que acabou
por suceder, mas o que o finlandês
fez até aquele fatídico momento,
fez bem, e mostrou que em determi-
nadas circunstância, Lappi é capaz
de andar nas lutas da frente. Não se
pode falar de sorte ou azar, mas a
verdade é que a fortuna tem sempre
um papel neste tipo de coisas, por
vezes, de centímetros, mas tudo
isso faz parte da beleza dos ralis.
F/
FIGURA
Inevitavelmente, Sébastien Ogier.
Vencer pela 57ª vez na carreira,
sétima vez no México, onde tudo
começou para ele há 15 anos, é
mais um dos muitos feitos que já
cumpriu ao longo da sua carreira. Já
não sente vontade de ‘fazer’ épocas
inteiras, o que se compreende, mas
gosto mais de dizer que o copo está
meio cheio em vez de meio vazio, e
por isso congratulo-me pelo facto
de ainda podermos testemunhar as
suas grandes exibições.
Rally2, uma posição que obtiveram muitas
vezes com o Fiesta WRC e o Puma Rally1,
o sexto lugar. Com isso venceram o WRC2,
bem na frente de Emil Lindholm/Reeta
Hämäläinen (Škoda Fabia Rally2 evo).
TANAK E FORD COM TRABALHO
Ott Tänak/Martin Järveoja (Ford Puma
Rally1) terminaram na 9ª posição, na
sequência de um rali complicado, que
começou muito mal com o problema no
turbo do Puma que os fez perder cerca
de 12 minutos e com isso toda e qual-
quer hipótese de um bom resultado.
E talvez pior do que isso, quando o carro foi
reparado, nunca conseguiram sorrir com
o que tinham nas mãos. Quando um piloto
diz no fim de um dia de rali que “estamos
com dificuldades de igualar alguns dos R5,
seria bom se conseguíssemos encontrar
algum ritmo” não é nada bom sinal. Tanak
e a M-Sport têm muito para trabalhar no
carro para o Rali de Portugal.Tal como dis-
se no final: “Não é um rali para esquecer,
mas para lembrar e não repetir…”
Takamoto Katsuta/Aaron Johnston
(Toyota GR Yaris Rally1) tiveram um
rali complicado. Terminaram muito
atrasados para lá do top 20. Na PE5,
um pião atirou-os para fora de estrada,
abandonando, regressaram no sábado,
mas com um atraso enorme, depois
disso limitaram-se a levar o carro até
ao fim sem mais ‘crises’.
DIFERENÇA FEZ-SE EM CENTÍMETROS…
Esapekka Lappi estava a fazer uma prova
fantástica, a dar muito que fazer a Ogier,
liderava o rali, mas um pequeno erro teve
grandes consequências. Um pião, bateu
num poste de eletricidade que caiu por
cima do carro, os danos foram grandes, o
Hyundai chegou a pegar fogo, mas tudo
correu bem, menos o abandono, claro. Foi
pena face à exibição que estava a fazer,
que os levaria, no mínimo, a um pódio.
Estava a ser, de longe, o melhor Hyundai.
Tal como Lappi disse, a sexta feira foi “um
dos melhores dias da minha carreira”.
Pierre-Louis Loubet/Nicolas Gilsoul
(Ford Puma Rally1) começou mal o rali
do México, prova que disputou pela pri-
meira vez. Acertou numa enorme pedra
logo no arranque do rali, tendo que ficar
pelo caminho. Tudo se passou logo no
primeiro troço de sexta feira, a pedra
estava no meio da estrada, provavel-
mente ‘atirada’ por um dos carros que
passou à frente, portanto não foi culpa
sua. Foi azar. Mas depois disso, cometeu
erros desnecessários. É claro que tem que
andar forte, pois sem isso não aprende,
mas ainda não encontrou o equilíbrio
certo, e por isso cometeu erros que lhe
‘roubaram’ quilómetros de experiência.
Mas não foram erros de monta, e o an-
damento esteve muito longe de ser mau.
Foi um bom rali, foi pena o despiste de
Lappi que acabou com uma luta pela
liderança que tinha tudo para se prolon-
gar até ao fim, Ott Tanak não conseguiu
juntar-se às lutas na frente e parece
estar já a ficar preocupado com o carro
e com a equipa, enquanto a Hyundai e
a Toyota têm pela frente, ao que tudo
indica um ano de “ora agora ganhas tu,
ora agora ganho eu”, ainda que para já só
a Toyota e a Ford já venceram ralis. E na
Toyota, ambos com o piloto ‘convidado’...
O Mundial de Ralis prossegue dentro de
um mês com o Rali da Croácia.
 >> autosport.pt
17

SÉBASTIEN OGIER/VINCENT LANDAIS TOYOTA GR YARIS RALLY1 1º CLASSIFICADOS

“GOSTAVA DE TER CONTINUADO
NA LUTA COM O ESAPEKKA (LAPPI)”
Segundo rali do ano, segunda vitória para
Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota
GR Yaris Rally1). Vão marcar presença no
Rali da Croácia
Seb, parabéns pela tua sétima vitória
no México, sabes sempre quando au-
mentar o ritmo ou gerir. Houve algum
momento na luta com o Esapekka
(Lappi) em que tiveste de forçar o
ritmo?
“Para ser honesto, no primeiro dia, con-
centrei-me em mim mesmo. Eu sabia que
com a minha posição de partida tinha
um bom pacote para ser competitivo.
Honestamente, mantive a calma, via os
tempos do Esapekka e sabia que o mais
importante era concentrar-me em mim
e ter um dia limpo. Ele foi mais rápido.
Nessa altura falei com o Vincent e
disse-lhe que não pensava que devíamos
mudar a abordagem porque ainda havia
um longo caminho a percorrer. Eu queria
controlar bem o carro e fazer mais.
Infelizmente, ele saiu no primeiro troço
da manhã de sábado. Não gostei disso
porque gostava de ter continuado na luta
com o Esapekka. Fomos companheiros
de equipa e gosto dele. É uma pena que
tenha acontecido assim, mas são assim
os ralis. Nesse momento, é claro, a minha
abordagem mudou. Tornámos-nos mais
cautelosos, mas ainda tinha de manter
um bom ritmo porque os outros pilotos
não estavam muito atrás e era muito
fácil perder tempo rapidamente. Penso
que o conseguimos fazer muito bem,
mas sabia que o dia de domingo era
difícil com o troço mais longo. Comecei
a sentir-me um pouco mais relaxado
quando cruzámos a linha de chegada
nesse troço.”
E quanto à Power Stage, não pre-
cisavas de atacar e agora lideras o
campeonato…
“Eu sabia que essa pergunta vinha aí!
Gosto muito desta Power Stage, é um
lugar de que eu gosto muito. Penso que
já ganhei aqui um par de vezes. Se for-
mos honestos, começar em último lugar
na terra dá-nos um pouco de vantagem.
Eu sabia que podia ter uma condução
decente e com um forcing ter a hipótese
de obter bons pontos. Não ia necessaria-
mente pelos cinco pontos, mas sabia que
ia participar no próximo evento e é bom
estar na frente do Kalle e do Thierry. Por
isso, pensei, por que não tentar alguns
pontos e ter uma boa posição de partida
para o próximo rali. Penso que também
para a equipa. Estou aqui para me
divertir, mas também para dar o máximo
de pontos possíveis à Toyota.”
O próximo evento é a Croácia. É um
evento asfaltado desafiante. Porque é
que selecionaste esta prova?
“Espero que desta vez seja um pouco
mais suave. Foi decidido assim depois de
uma discussão com a equipa. Decidimos
que poderia ser um evento em que eu
seria um bom trunfo para a equipa. Não
foi necessariamente a minha escolha,
mas tive o prazer de o fazer. Como digo,
tenho boas memórias e vou novamente à
Croácia. Isso é bom.”

JARI-MATTI LATVALA CHEFE DE EQUIPA TOYOTA GAZOO RACING WRT EQUIPA VENCEDORA
“NÃO ME LEMBRO DE UM CAMPEONATO TÃO EQUILIBRADO”
Jari-Matti, esta vitória é um bom passo em frente na
terra. Obviamente que a equipa está encantada com a
vitória, mas deves estar feliz pelo facto da equipa ter
dado esse passo?
“Sim, absolutamente. Os nossos engenheiros de desenvolvi-
mento fizeram um trabalho espantoso porque tínhamos
dúvidas antes deste evento. Não tivemos o desempenho
no ano passado na Grécia e na Sardenha. Não é fácil ter um
carro para lutar pela vitória aqui. Demos os passos certos,
na direção certa para obter estes resultados. É fantástico
estar aqui e o terceiro lugar para Elfyn é realmente bom, a
cereja no topo do bolo, também.
Além disso, o quarto lugar do Kalle é bom para o seu
campeonato.”
A classificação do campeonato está agora mais
equilibrada…
“Definitivamente, não me lembro durante muito tempo,
após três rondas, de ter um campeonato tão equilibrado.
Apenas mostra que temos um nível muito elevado de pilotos
e isso é muito interessante para todos.”
Voltámos ao México após três anos. Foi bom estar de menos gente do que nos anos anteriores. Talvez pela ausên- tem um bom ambiente e os pilotos apreciaram-no. Mas é
volta este fim de semana? cia de três anos. Eu sei que há muita paixão aqui no México. um evento difícil. Mas a verdade é que precisamos de ter
“De facto foi bom estar de volta. O que reparei foi que havia Além disso, tem sido um evento realmente agradável e eventos como este no campeonato.”
18
WRC/ CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS

THIERRY NEUVILLE/MARTIJN WYDAEGHE HYUNDAI I20 N RALLY1 2º CLASSIFICADOS

“ORGULHOSOS DO QUE FIZEMOS ESTE FIM DE SEMANA”
Thierry, foi uma boa luta pela segunda
posição. Uma batalha brilhante entre
tu e o Elfyn Evans. Como te sentes em
relação a isso?
“Como todos puderam ver o Elfyn nunca
desistiu da luta, e eu sabia que ia ser
muito difícil. Os troços eram muito
difíceis e alguns muito rápidos. Nuns
tivemos uma boa velocidade e noutros
lutámos para nos mantermos a par.
Sabíamos que iria chegar ao último troço
na luta, se ninguém cometesse um erro.
Foi isso que realmente aconteceu.
Quando entrei no troço longo, sabia que
só havia mais dois troços e conhecia-os
muito bem. Sabia que seria difícil criar
uma margem, mas depois, obviamente,
Elfyn teve problemas e eu vi uma opor-
tunidade para voltar a atacar. Porque,
nessa altura, eu estava a pensar em
poupar os pneus para a Power Stage.
Mas havia essa oportunidade, Ele estava
em apuros por isso ataquei e valeu a
pena…”
Só soubemos do problema do Elfyn
quando nos contaste no final do troço. a sua sorte e ele fê-lo, e funcionou bem, Estes resultados tornaram as coisas mente a vitória. Mas, obviamente, com
Tinhas ‘espiões’ no final do troço? levou a luta até ao fim. Podemos estar realmente interessantes nas clas- o line-up das outras equipas não vai ser
“Quando vi que ele ainda estava a voar, orgulhosos do que fizemos este fim de sificações do campeonato, qual é o fácil, isso é certo.
disse que este tipo tem mesmo umas semana. Sabíamos que estávamos a com- teu desejo para o próximo evento na Estou ansioso por um desafio realmente
‘grandes bolas’. O braço da direção estava petir contra o Sébastien (Ogier) este fim Croácia? emocionante. Adoro as estradas ali. São
dobrado e ele arranjou-o como pode. de semana. Esperava que o Dani (Sordo) “Já estou ansioso. Duas vezes neste rali realmente desafiantes, realmente diver-
Descobri no final que ele não estava e o Esapekka (Lappi) dessem luta ao Séb. e cada vez que liderava, numa a escolha tidas. Se nos sentirmos tão confortáveis
tão confiante. Mas, se eu estivesse na Em geral, foi um fim de semana divertido dos pneus, na outra, problemas com o como este fim de semana, vai ser mais
mesma posição, precisava de jogar com para mim e gostei muito deste rali”. alternador, por isso o alvo é definitiva- uma bela luta.”

ELFYN EVANS/SCOTT MARTIN TOYOTA GR YARIS RALLY1 3º CLASSIFICADOS

“FELIZ, MAS NÃO TOTALMENTE SATISFEITO”
Elfyn, terceiro da geral. Perdeste a posição na Power
Stage, mas tiveste uma manhã interessante. O que se
passou com a questão do braço de direção? Quando
reparaste nisso?
“Tivemos um impacto numa travagem
a três quilómetros do fim do troço
mais longo. Eu sabia então que a
direção estava um pouco fora da linha,
mas não esperava que algo como isso
sucedesse, foi um pouco desencora-
jador. Só tive que fazer o que podia
com o que tinha…”
Sabemos que és um bom mecânico.
Isso é bem conhecido, pensaste que
talvez não aguentasse?
“Tive receio, sim. Estas coisas podem
dar para qualquer um dos lados.
Pensámos em ver o que acontecia,
eu não diria que andámos a fundo na
Power Stage, tínhamos um prob-
lema e tínhamos de ter cuidado. Se
houvesse um mau ‘mergulho’ ou um
mau salto, era complicado, tivemos de
ter um cuidado. Estávamos a tentar
não ceder tempo, mas num bom equilíbrio entre tentar
ficar em segundo e não sair daqui sem pontos. No final,
faltaram-nos 0,4 segundos!”
Como resumes o teu desempenho este fim de semana?
“Estou relativamente feliz, mas não totalmente satisfeito.
Obviamente, tenho um colega de equipa que ainda é mais
rápido do que nós, pelo que nunca
se pode estar totalmente satisfeito.
Dizendo isto, as coisas parecem estar
a avançar na direção certa em termos
da condução e da sensação com o
carro. Os rapazes têm trabalhado muito
desde a Grécia para encontrar melho-
rias nos pisos de terra, muito obrigado
a eles por isso. É claro que o trabalho
não está terminado. As coisas estão
sempre a melhorar.”
Agora vem aí o asfalto da Croácia.
Qual é a tua opinião sobre isso?
“Gosto do rali. Há alguns grandes
troços, mas não é um rali fácil. A
aderência muda muito, especialmente
se o tempo não for muito amável e
com isso pode ser um rali muito de-
safiante. É um evento em que sempre
me portei muito bem. Esperemos que
possamos desfrutar deste também…”
 >> autosport.pt
19

GUS GREENSMITH VENCE WRC2

Gus Greensmith estreou-se da melhor forma
esta época no WRC2 com o seu novo Skoda
Fabia RS Rally2, ao triunfar de forma clara
no Guanajuato Rally México, com três Skoda
a terminar nos três primeiros lugares da
prova, ainda que Adrien Fourmaux (Ford
Fiesta Rally2), tenha sido durante muito
tempo o principal perseguidor do líder, o
seu ex-colega na M-Sport, Gus Greensmith.
Emil Lindholm (Skoda Fabia Rally2 evo)
começou por ser o primeiro líder nas super
especiais de Guanajuato, no dia seguinte, Lin-
dolhm manteve-se na dianteira, mas com uma
curta margem face a Gus Greensmith, que no
primeiro troço da tarde de 6ª feira foi para a
frente, para não mais de lá sair, até ao final do
rail, embora a margem tenha demorado um
pouco a subir: “A partir da PE6, todo este rali
esteve sob controlo para mim. Quando pre-
cisávamos de andar mais depressa, podíamos
fazê-lo e depois disso, tratou-se apenas de
controlar e não cometer erros. Esta é a forma
perfeita de começar o ano”.
Emil Lindholm conseguiu aguentar o
segundo lugar final, apesar de um susto no
domingo de manhã. Adrien Fourmaux, que
era segundo, numa boa luta com Lindholm, o problema. No final do dia de 6ª feira esta- para Oliver Solberg (Skoda Fabia RS Rally2) novo líder do campeonato.
foi o primeiro a sofrer no domingo, quando va a 8.5s de Greensmith, a meio de sábado a que na PE4 fez um pião e ficou a 15.1s da Solberg terminou o rali com um avanço
teve de parar e substituir uma correia a 17.7s, e no final a 31.6s. A luta com Lindholm frente, recuperou mas na PE15 um furo fê-lo de mais de dois minutos sobre o quarto
meio do segundo troço, Otates. O revés estava ao rubro, o finlandês chegou ao final ficar a 1m48s da frente, margem que não classificado Kajetan Kajetanowicz. Diego
custou-lhe mais de 17 minutos, caindo de de sábado 6.0s segundos atrás, mas com o mais recuperou na totalidade. Teve ainda Dominguez assegurou o máximo de pontos
segundo para sétimo. problema da PE21, o resultado ‘foi-se’... outros problemas, com o motor do seu na categoria WRC3, bem como o 15º lugar
Até aí e desde que chegou ao segundo lugar Desta forma, Emil Lindholm terminou em se- Skoda a funcionar apenas em três cilindros. na geral. O paraguaio lidera agora a clas-
na PE6, por aí ficou até à PE21, quando teve gundo lugar, com uma vantagem confortável Curiosamente, com o terceiro lugar, é o sificação com o seu Ford Fiesta Rally3.

SERÁ DESTA QUE O WRC

REGRESSA AOS EUA?
CHATTANOOGA, TENNESSEE…
Há muito que o Promotor do WRC tenta uma prova nos
Estados Unidos da América do Norte e pelos vistos está a
consegui-lo, já que depois de se ter falado na hipótese de
uma prova candidata ao WRC 2024 ainda este ano, o Rally
dos EUA parece estar a dar passos.
Tal como sucedeu com a Arábia Saudita, também os EUA terão
que realizar uma prova candidata antes de poder entrar no
WRC, e nesse contexto os esforços do Promotor prosseguem.
Que ninguém tenha dúvidas que levar o WRC para os EUA é
muito difícil, os ralis não têm tradição nos EUA, embora isso
tenha vindo a mudar aos poucos. Mas mesmo muito devagar…
Há muito que o WRC quer ir para os EUA, desde 1988 que não
é possível, mas a verdade é que as tentativas têm sido várias.
Tal como tem sucedido na F1, o trabalho para ali realizar
eventos é grande e a F1 já terá este ano três corridas no EUA,
o WEC está lá este fim de semana, em Sebring, a Fórmula E neste momento já se sabe qual é: Chattanooga, localizada ajuda da ARA, Associação Americana de Ralis, o Turismo de
E também tem lá corrida, em Nova Iorque, mas a segunda no sudoeste do Tennessee, foi selecionada para acolher um Chattanooga, Estado do Tennessee, governos regionais e
disciplina da FIA, a seguir à F1, não o consegue desde 1988. evento de demonstração, o Rally Tennessee que se realiza patrocinadores privados.
Continua a ser absolutamente fundamental para o WRC a 7 e 8 de abril, no que será seguido de um rali candidato Caso o evento candidato, o Rally Tennessee, corra bem,
que os norte-americanos ‘acolham’ a disciplina e que em setembro, em data exata ainda a definir. De acordo com a prova pode entrar no calendário de 2024 do WRC. A
esta se desenvolva nos ‘States’. informações locais, o evento terá sede em Chattanooga e Arábia Saudita vai realizar este ano uma prova candidata
O diretor de eventos do WRC, Simon Larkin, revelou recente- utilizará estradas de terra localizadas na Floresta Nacional e o Reino Unido também está a trabalhar para regres-
mente que as conversações têm progredido entre o Promotor de Cherokee, à volta da região do rio Ocoee, no condado sar. Neste caso, só falta o dinheiro para uma prova na
do WRC e um governo regional dos EUA, dos 50 existentes. de Polk. O comité de planeamento do projeto conta com a Irlanda do Norte.
20
WRC/
RALI DO MÉXICO 3 D E 1 3
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS

ESAPEKKA LAPPI
PERDE LIDERANÇA EM ACIDENTE
Esapekka Lappi (Hyundai i20 N Rally1) despis-
tou-se ao Km 10,01 da PE11, quando liderava
com 5.3s de avanço para Sébastien Ogier. A
dupla nada sofreu no embate, mas acabou
ali a sua prova. O carro bateu num poste de
eletricidade que caiu sobre o Hyundai. O carro
teve um princípio de incêndio, apagado por
Lappi: “Batemos num poste de eletricidade,
cortei demais a curva anterior e na saída
fomos à barreira do lado direito, batemos com
a traseira direita e carro entrou em pião e
acertamos em cheio no poste com a traseira.
Por vezes estas coisas acontecem quando
se luta com pequenas margens, só tenho
que engolir e seguir em frente”, começou
por dizer o finlandês que explicou o que se
passou logo após o acidente: “No princípio
não havia nada, saímos do carro, demos o OK
pelo sistema, mas passado um minuto alguma
coisa começou a arder na zona do motor.
Descarreguei o nosso extintor, mas não resul-
tou. Entretanto o Gus (Greensmith) chegou,
emprestou o extintor e com isso apaguei o
fogo”, disse o piloto. O troço teve que ser
interrompido e nem sequer foi realizada a
segunda passagem pelo troço, pois as autori-
dades locais tiveram de recolocar a funcionar
o poste de eletricidade.
CHUVA DE ESTRELAS
NO AZORES RALLYE
A 57ª edição do Azores Rallye contará com nomes de peso. Sébastien Loeb,
Andreas Mikkelsen, Ole Christian Veiby, Erik Cais e Nil Solans são os cabeças
de cartaz, um conjunto de pilotos que vai dar grande animação à prova do
Grupo Desportivo Comercial, que tem lugar a 31 de março e 1 de abril.
Esta será a primeira vez que Loeb, nove vezes campeão mundial, alinhará
na prova que marcará também a estreia de Loeb aos comandos de um
Skoda, a mais recente evolução do modelo checo, um Fabia RS Rally2, cuja
preparação está entregue à equipa Toksport WRT.
Ole Christian Veiby será outro dos pilotos presentes, vai correr com um
Skoda Fabia RS Rally2 da espanhola Race Seven, estrutura que apoiou o
vencedor da última edição do evento, Efren Llarena. Esta será a estreia
do piloto no arquipélago dos Açores, apesar de já ter vencido um rali em
Portugal, o Terras d’Aboboreira de 2021.
Nil Solans, piloto que em Portugal já venceu uma prova, o Rally Serra de
Fafe de 2022, estará ao volante de um Skoda Fabia Rally2 Evo, uma viatura
cujo cuidado estará a cargo da equipa Race Seven. Solans já alinhou no
evento organizado pelo GDC em 2021 e com uma viatura idêntica à que
tripulará este ano, mas desistiu devido a acidente.
O piloto checo Erik Cais guiará na ilha de São Miguel o Skoda Fabia RS Rally2, da
equipa Orsak Rally Sport, que já utilizou nas duas provas em que esteve este
ano. Em 2023, Cais alinha pela terceira vez no rali açoriano em que esteve pre-
sente em 2019 com um Ford Fiesta R2T e em 2021 com um Ford Fiesta R5 Mk II.

“É UM DESASTRE”, DIZ RICHARD

MILLENER, DA M-SPORT/FORD
Não correu nada bem o Rali do México
à M-Sport, já que teve um carro no
top 10… mas um Rally2, o de Adrien
Fourmaux no WRC2. Ott Tänak/Martin
Järveoja (Ford Puma Rally1) tiveram
problemas com o turbo do seu carro,
logo no início do rali, terminaram o
primeiro dia a 14m05s da frente, recu-
peraram, mas em termos de resultado o
piloto pouco pode fazer a partir daí.
Pierre-Louis Loubet/Nicolas Gilsoul
(Ford Puma Rally1) bateram numa pedra
na PE3, e danificaram a direção do Ford,
abandonando no primeiro dia. Regres-
saram no segundo, sem muito mais
para fazer do que rodar o mais possível
e levar o carro até ao fim, mas bateram
na PE17, danificando a suspensão do
Ford. Loubet percebeu da pior maneira
que tem de ir evoluindo, mas ‘desis-
tir’ duas vezes no mesmo rali não é o
caminho.
Por fim, Jourdan Serderidis/Frederic
Miclotte tiveram também problemas
mecânicos no seu Ford Puma Rally1
logo no primeiro dia. Regressaram e
levaram o carro, com muita calma, até
ao fim. Azar a mais para uma equipa
que tinha grandes esperanças que, pelo
menos, Tanak obtivesse aqui um bom
resultado.
Para Richard Millener, diretor da equipa
M-Sport Ford: “Não podia ficar pior
do que isso para nós. Este é um dos
ralis mais difíceis do ano, já cá não É um desastre, mas não há muito que Rali de Portugal para perceber como
vínhamos desde 2020. O Ott teve um possamos fazer. Desta forma é difícil está o Puma nos pisos de terra face à
problema com o turbo, o Pierre bateu saber onde estamos neste momento”, concorrência. Tendo em conta o que se
numa rocha e danificou a suspensão. disse Millener, tendo que esperar pelo viu no México, as notícias não são boas.
 >> autosport.pt
21

C/ CLASSIFICAÇÕES

RALI DO MÉXICO
3 DE 13
312.09 KM
23 TROÇOS
1.º DIA 2.º DIA 3.º DIA

TEMPO/DIF.
PROVA

CARRO
1 OGIER SÉBASTIEN - LANDAIS VINCENT TOYOTA GR YARIS RALLY1 3:16:09.4
2 NEUVILLE THIERRY - WYDAEGHE MARTIJN HYUNDAI I20 N RALLY1 +27.5
3 EVANS ELFYN - MARTIN SCOTT TOYOTA GR YARIS RALLY1 +27.9
4 ROVANPERÄ KALLE - HALTTUNEN JONNE TOYOTA GR YARIS RALLY1 +1:55.3
5 SORDO DANI - CARRERA CÁNDIDO HYUNDAI I20 N RALLY1 +2:58.8
6 GREENSMITH GUS - ANDERSSON JONAS ŠKODA FABIA RS RALLY2 +12:31.5
7 LINDHOLM EMIL - HÄMÄLÄINEN REETA ŠKODA FABIA RALLY2 EVO +13:04.4
8 SOLBERG OLIVER - EDMONDSON ELLIOTT ŠKODA FABIA RS RALLY2 +13:37.7
9 TÄNAK OTT - JÄRVEOJA MARTIN FORD PUMA RALLY1 +15:19.6
10 KAJETANOWICZ KAJETAN - SZCZEPANIAK MACIEJ ŠKODA FABIA RALLY2 EVO +15:56.6
23 KATSUTA TAKAMOTO - JOHNSTON AARON TOYOTA GR YARIS RALLY1 +1:04:34.5
25 SERDERIDIS JOURDAN - MICLOTTE FRÉDÉRIC FORD PUMA RALLY1 +1:34:55.6
27 LOUBET PIERRE-LOUIS - GILSOUL NICOLAS FORD PUMA RALLY1 +1:54:02.0

Europa Central
Monte Carlo

Finlândia

Acrópole
Portugal
Croácia

Estónia
México

Quénia
Suécia

TOTAL
Japão
Itália

Chile
PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
S. OGIER 25 + 1 - 25 + 5 56
T. NEUVILLE 15 + 2 15 18 + 3 53
K. ROVANPERÄ 18 + 5 12 + 3 12 + 2 52
O. TÄNAK 10 + 4 25 + 2 2+4 47
E. EVANS 12 + 3 10 + 4 15 44
C. BREEN - 18 + 1 - 19
D. SORDO 6 - 10 + 1 17
E. LAPPI 4 6+5 R 15
T. KATSUTA 8 R 0 8
P. LOUBET R 8 0 8
G. GREENSMITH - - 8 8
O. SOLBERG - 4 4 8
E. LINDHOLM - - 6 6

MARCAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
TOYOTA GAZOO RACING WRT 51 29 47 127
HYUNDAI SHELL MOBIS WRT 27 39 34 100
M-SPORT FORD WRT 16 35 22 73

WRC2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
O. SOLBERG - 25 + 3 15 43
Y. ROSSEL 25 + 3 - - 28
E. LINDHOLM - 6+2 18 + 2 28
G. GREENSMITH - - 25 + 1 26
N. GRYAZIN 18 + 2 - - 20

WRC3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
D. DOMINGUEZ - 12 25 37
R. KORHONEN - 25 - 25
W. CREIGHTON - 18 - 18
J. BAILEY - - 18 18
L. PELLIER - 15 - 15
CAUSA

FOTOS
PE

LÍDERES
E. LAPPI PE11 ACIDENTE
LÍDERES
O. TANAK PEC 1-2
E. LAPPI PEC 3-10
S. OGIER PEC 11-23

VENCEDORES DE PE
T. NEUVILLE 6
E. LAPPI 5
S. OGIER 5
O. TANAK 4
D. SORDO 1
E. EVANS 1
 WEC/
22

SEBRING

TOYOTA
DOMINOU
AS 1000 MILHAS
DE SEBRING
A Toyota controlou as operações na primeira corrida da

C/
temporada do Campeonato do Mundo de Resistência da FIA
(WEC) e venceu as 1000 Milhas de Sebring, com a Ferrari CLASSIFICAÇÃO
a conquistar um excelente pódio na estreia do 499P. Filipe
Albuquerque foi o segundo classificado na classe LMP2 POS PILOTOS CARRO CLASSE TEMPO/DIF.
1 MIKE CONWAY/KAMUI KOBAYASHI/JOSE MARIA LOPEZ TOYOTA GR010 HYBRID HYPERCAR 8:00:19.877
2 SÉBASTIEN BUEMI/BRENDON HARTLEY/RYO HIRAKAWA TOYOTA GR010 HYBRID HYPERCAR 2.168
3 ANTONIO FUOCO/MIGUEL MOLINA/NICKLAS NIELSEN FERRARI 499P HYPERCAR 2 VOLTAS
4 EARL BAMBER/ALEX LYNN/ CADILLAC V-SERIES.R HYPERCAR 2 VOLTAS
5 DANE CAMERON/MICHAEL CHRISTENSEN/FRÉDÉRIC MAKOWIECKI PORSCHE 963 HYPERCAR 4 VOLTAS
6 KÉVIN ESTRE/ANDRÉ LOTTERER/LAURENS VANTHOOR PORSCHE 963 HYPERCAR 4 VOLTAS
7 DAVID BECKMANN/YIFEI YE/WILLIAM STEVENS ORECA 07 - GIBSON LMP2 9 VOLTAS
Pedro André Mendes e Fábio Mendes dois Porsche 963 ficaram em sexto e sé- 8 FREDERICK LUBIN/PHILIP HANSON/FILIPE ALBUQUERQUE ORECA 07 - GIBSON LMP2 9 VOLTAS
autosport@autosport.pt timo, à frente dos dois Peugeot, com o 9 DORIANE PIN/MIRKO BORTOLOTTI/DANIIL KVYAT ORECA 07 - GIBSON LMP2 9 VOLTAS
10 JAKUB SMIECHOWSKI/FABIO SCHERER/ALBERT COSTA ORECA 07 - GIBSON LMP2 9 VOLTAS
FOTOS Oficiais, FIA WEC/ Glickenhaus e o Vanwall a ficarem nas 11 RUI ANDRADE/ROBERT KUBICA/LOUIS DELÉTRAZ ORECA 07 - GIBSON LMP2 9 VOLTAS
FocusPackMedia e Philippe Nanchino últimas posições da classe Hypercar. 12 DAVID HEINEMEIER-HANSSON/P. FITTIPALDI/OLIVER RASMUSSEN ORECA 07 - GIBSON LMP2 9 VOLTAS

A
Em LMP2, Oliver Jarvis, no Oreca #23 13 SEAN GELAEL/FERDINAND HABSBURG/ROBIN FRIJNS ORECA 07 - GIBSON LMP2 9 VOLTAS
14 FILIP UGRAN/BENT VISCAAL/ANDREA CALDARELLI ORECA 07 - GIBSON LMP2 10 VOLTAS
Toyota desde cedo comprovou (J. Pierson/T. Blomqvist/O. Jarvis) fez 15 ALESSANDRO PIER GUIDI/JAMES CALADO/ANTONIO GIOVINAZZI FERRARI 499P HYPERCAR 11 VOLTAS
que o seu projeto, mais ama- a pole pela United Autosports. Com o 16 MATTHIEU VAXIVIERE/JULIEN CANAL/CHARLES MILESI ORECA 07 - GIBSON LMP2 11 VOLTAS
17 BEN KEATING/NICOLAS VARRONE/NICKY CATSBURG CHEVROLET CORVETTE C8.R LMGTE AM 18 VOLTAS
durecido do que qualquer ou- tempo 1:49.974s, Jarvis ficou à frente de 18 CHRISTIAN RIED/MIKKEL PEDERSEN/JULIEN ANDLAUER PORSCHE 911 RSR - 19 LMGTE AM 20 VOLTAS
tro na classe Hypercar, tem o Pietro Fittipaldi por 0,093 segundos no 19 TAKESHI KIMURA/SCOTT HUFFAKER/DANIEL SERRA FERRARI 488 GTE EVO LMGTE AM 20 VOLTAS
que é preciso para continuar #28 da JOTA (D. Heinemeier-Hansson/P. 20 STEFANO COSTANTINI/SIMON MANN/ULYSSE DE PAUW FERRARI 488 GTE EVO LMGTE AM 20 VOLTAS
21 THOMAS FLOHR/FRANCESCO CASTELLACCI/DAVIDE RIGON FERRARI 488 GTE EVO LMGTE AM 20 VOLTAS
a triunfar no WEC, lideran- Fittipaldi/O. Rasmussen). Atrás de 22 CLAUDIO SCHIAVONI/MATTEO CRESSONI/ALESSIO PICARIELLO PORSCHE 911 RSR - 19 LMGTE AM 20 VOLTAS
do todas as sessões de treinos reali- Fittipaldi ficou Robin Frijns no #31 da 23 MICHAEL WAINWRIGHT/RICCARDO PERA/BENJAMIN BARKER PORSCHE 911 RSR - 19 LMGTE AM 21 VOLTAS
24 SARAH BOVY/MICHELLE GATTING/RAHEL FREY PORSCHE 911 RSR - 19 LMGTE AM 21 VOLTAS
zadas antes da corrida de sexta-feira. WRT (S. Gelael/F. Habsburg/R. Frijns), 25 RYAN CULLEN/MATTHIAS KAISER/GABRIEL AUBRY ORECA 07 - GIBSON LMP2 21 VOLTAS
No entanto, a Ferrari entrou bem na enquanto o #22 (F. Lubin/P. Hanson/F. 26 AHMAD AL HARTHY/MICHAEL DINAN/CHARLIE EASTWOOD A. MARTIN VANTAGE AMR LMGTE AM 22 VOLTAS
classe principal do mundial de resis- Albuquerque) de Filipe Albuquerque 27 SATOSHI HOSHINO/CASPER STEVENSON/TOMONOBU FUJII A. MARTIN VANTAGE AMR LMGTE AM 22 VOLTAS
28 PAUL DALLA LANA/AXCIL JEFFERIES/NICKI THIIM A. MARTIN VANTAGE AMR LMGTE AM 23 VOLTAS
tência, mostrando-se sempre consis- ficou-se pela sétima posição. 29 PJ HYETT/GUNNAR JEANNETTE/MATTEO CAIROLI PORSCHE 911 RSR - 19 LMGTE AM 24 VOLTAS
tente e com um bom desempenho nos Sarah Bovy fez a pole em LMGTE-AM 30 TOM DILLMANN/ESTEBAN GUERRIERI/JACQUES VILLENEUVE VANWALL VANDERVELL 680 HYPERCAR 24 VOLTAS
31 PAUL DI RESTA/MIKKEL JENSEN/JEAN-ÉRIC VERGNE PEUGEOT 9X8 HYPERCAR 26 VOLTAS
solavancos da pista norte-americana, no Porsche 911 RSR – 19 #85 (S. Bovy/M.
ao contrário da Peugeot, por exemplo. Gatting/R. Frey)da Iron Dames ficando
Este facto ficou comprovado na ses- à frente de Ben Keating no Corvette #33
são de qualificação, quando o 499P #50 (B. Keating/N. Varrone/N. Catsburg).
(A. Fuoco/M. Molina/N. Nielsen) con- AF Corse chamou os dois Ferrari 499P No final das 1000 milhas foi o Toyota #8
quistou a pole position, com o registo PRIMEIRA HORA DECIDIU MUITO ao muro das boxes - quando o #50 ti- que triunfou, seguido do #7, mas foi a luta
em 1:45.067s, e ficou à frente do Toyota O resultado final das 1000 Milhas de nha mantido o primeiro posto na par- pelo terceiro posto que ainda manteve
GR010 Hybrid #8 (S. Buemi/B. Hartley/R. Sebring na classe Hypercar foi marca- tida da corrida - permitindo que os dois a emoção. O Ferrari #50 conseguiu se-
Hirakawa) por 0.214s, enquanto o #7 (M. do fortemente pelos acontecimentos na Toyota GR010 Hybrid passassem para a gurar o terceiro posto sobre o Cadillac
Conway/K. Kobayashi/J. Lopez) ficou primeira hora de corrida. Num período liderança do pelotão. Desde aí e até ao fi- V-Series.R #2, depois de ter recuperado
com o terceiro lugar da grelha de partida, de Safety Car, devido a acidente de Luis nal da prova inaugural da temporada, os de um ‘drive-through’ e uma paragem
seguido do Ferrari #51 (A. Pier Guidi/J. Perez Companc no Ferrari 488 GTE Evo nipónicos passaram a dominar a corri- adicional de cinco segundos para uma
Calado/A. Giovinazzi) e do Cadillac #02 #83, apenas com cinco voltas concluídas da, com trocas na liderança entre os dois infração durante o reinício após uma
(E. Bamber/A. Lynn/R. Westbrook). Os ao traçado norte-americano, a Ferrari carros e a Ferrari a tentar alcançá-los. fase de Safety Car e outra durante uma

paragem nas boxes. Quanto ao Ferrari
#51, uma colisão quando Alessandro
Pier Guidi estava ao volante causou
um furo e danos na parte inferior da
carroçaria ao regressar às boxes, com
o pneu irremediavelmente danifica-
do, terminando no sétimo posto da
classificação.
Ainda antes do Safety Car entrar em
pista na primeira hora, o Peugeot 9X8
#94 (L. Duval/G. Menezes/N. Müller)
teve de parar na box da equipa fran-
cesa e só regressou pouco antes da
corrida regressar à condição de ban-
deira verde. Também o Glickenhaus
007 #708 (R. Dumas/R. Briscoe/O. Pla)
teve alguns problemas, mas continuou
em pista até que, 62 voltas depois do
arranque da prova, o carro teve de de-
sistir com problemas técnicos.
O Porsche 963 #5 (D. Cameron/M.
Christensen/F. Makowiecki) fechou
os cinco primeiros classificados da
classe Hypercar.
CORRIDA AGRIDOCE
PARA A UNITED AUTOSPORTS
Nos LMP2 era Oliver Jarvis no Oreca #23
da United Autosports quem liderava a
classe ainda no final da primeira hora,
enquanto o #22 de Filipe Albuquerque,
ainda que o piloto luso não estivesse
ao volante, era segundo classificado. A
United Autosports dominou cerca de
metade da prova de estreia de 2023 do
WEC com o Oreca #23, mas devido a um
problema com uma câmara de TV, que
não foi instalada pela equipa, o carro
perdeu potência e obrigou à desistência
daquele que era o protótipo líder desta-
cado nesta classe. Assim, a discussão
ficou entregue ao #48 (Will Stevens/Ye
Yifei/David Beckmann) da Hertz Team
Jota, que competiu nos LMP2 por não ter
sido ainda entregue o Porsche 963 da
classe Hypercar, ao #41(Rui Andrade/
Louis Delétraz/Robert Kubica) da WRT,
o #63 (Mirko Bortolotti/Daniil Kvya/
Doriane Pin) da Prema e o segundo car-
ro da United, o #22, cuja tripulação es-
perava alcançar o pódio depois de uma
corrida feita a recuperar terreno.
A vitória ficou entregue ao #48 da Hertz
Team JOTA, enquanto Filipe Albuquerque
conseguiu levar o #22 da United ao se-
gundo lugar da classe no seu turno fi-
nal, após uma paragem tardia, a cerca
de três minutos do final da corrida por
parte do #63 da Prema Racing, que per-
deu a liderança da classe e terminou no
terceiro lugar da classificação.
CORVETTE FOI O MAIS
FORTE NOS GTE-AM
Nos GTE-Am era o Aston Martin Vantage
AMR #777 (S. Hoshino/C. Stevenson/T.
>> autosport.pt
23
Fujii) que liderava no final da confu-
sa primeira hora, mas apenas porque
Tomonobu Fujii não parou na box du-
rante o SC, enquanto todos os outros
o fizeram. Com o passar da corrida, o
Chevrolet Corvette C8.R # 33 passou
para a liderança quase isolada da corrida
depois de um problema com o Porsche
911 RSR-19 #85 da Iron Dames, que foi o
seu adversário direto durante parte da
prova. O #85 da Iron Dames sofreu um
contratempo complicado, quando Rahel
Frey danificou a carroçaria traseira do
carro, depois de sair mais largo na curva
1. Assim, a vitória foi conquistada pela
tripulação do Chevrolet Corvette C8.R
# 33, com o Porsche 911 RSR - 19 #77
(Julien Andlauer/Christian Ried/Mikkel
O. Pedersen) e o Ferrari 488 GTE Evo
#57 da Kessel Racing (Scott Huffaker/
Takeshi Kimura/Daniel Serra) nos res-
tantes lugares do pódio.
24
WEC/ SEBRING

FILIPE ALBUQUERQUE É LÍDER DA CLASSIFICAÇÃO DOS LMP2

Depois de ter conquistado o segundo lu-
gar no final das 1000 Milhas de Sebring,
Filipe Albuquerque e os seus companhei-
ros de equipa do Oreca #22 da United
Autosports são líderes da classificação
de pilotos da classe LMP2, uma vez que a
tripulação vencedora da prova de
abertura do WEC não pontua para o
troféu desta classe, isto porque a Hertz
Team JOTA espera o Porsche 963 para
competir na Hypercar.
A tripulação do #22 fez uma corrida de re-
cuperação, depois de arrancar da sétima
posição da grelha de partida. Passaram
para o segundo lugar da tabela da classi-

C/
ficação dos LMP2 quando Frederick Lubin, CLASSIFICAÇÃO
estreante no campeonato, entrou nas bo- DO TROFÉU LMP2
xes sem ser permitido. Perderam um minu-
to com o lapso que os colocou na cauda do
1 FILIPE ALBUQUERQUE
pelotão, mas não se deram por vencidos. 1 FREDERICK LUBIN
Os pilotos regressaram ao ataque e o anda- 1 PHILIP HANSON
2 DANIIL KVYAT
mento que o Oreca apresentava permitiu- 2 DORIANE PIN
lhes recuperar grande parte do tempo 2 MIRKO BORTOLOTTI
3 ALBERT COSTA
perdido para ficarem a dois segundos do 3 FABIO SCHERER
primeiro classificado no final da prova de 3 JAKUB SMIECHOWSKI
4 LOUIS DELÉTRAZ
resistência, já depois da equipa ter ficado 4 ROBERT KUBICA
sem o segundo carro, o Oreca #23, que teve 4 RUI ANDRADE
de desistir por problemas técnicos numa 5 DAVID HEINEMEIER-HANSSON
5 OLIVER RASMUSSEN
altura em que liderava o pelotão da classe. 5 PIETRO FITTIPALDI
38 PTS
38 PTS “É um segundo lugar com sabor a vitória. as próximas corridas”, explicou Filipe
38 PTS Fizemos uma grande corrida e isso deve- Albuquerque que mais uma vez esteve ao
27 PTS
27 PTS se sobretudo ao andamento do carro, seu melhor nível num circuito exigente e
27 PTS mas também ao andamento do Phil e do com características muito particulares.
23 PTS
23 PTS Frederick. Temos pena daquele erro do O piloto luso não concluiu o trabalho
23 PTS Fred, mas compreensível para um estre- agendado para o Sebring International
18 PTS
18 PTS
ante. O importante é que no final levamos Raceway com o final da corrida do WEC,
18 PTS a pontuação máxima para o Campeonato. voltando a entrar em pista para dispu-
15 PTS E saímos daqui com o sentimento de tar a corrida do campeonato da IMSA na
15 PTS
15 PTS dever cumprido e entusiasmados com classe rainha.

FERRARI COMEÇOU BEM

Apesar do resultado, a Ferrari
começou muito bem neste regresso
ao endurance. A equipa italiana alcan-
çou a primeira pole na primeira cor-
rida, o que mostra bem da velocidade
do 499P, mais ainda num traçado tão
específico quanto o de Sebring, mas
as corridas de endurance são muito
mais do que a qualificação.
TOYOTA DOMINOU, É certo que a Ferrari optou por uma
quanto os Toyota se afastaram na
frente. Enfrentaram também alguns
contratempos (um incidente do carro
#51 e uma penalização do #50) que os
afastaram da luta pela vitória, sem
contar com a maior força dos Toyota.
Mas um pódio na primeira corrida é
um bom resultado.
Melhor que o pódio, foi a Ferrari en-
tender que fez um excelente tra-

COMO ERA ESPERADO

A formação nipónica respondeu afirma-
tivamente ao desafio de correr contra
concorrência mais forte. Se até agora
a era Hypercar tinha sido um passeio,
tal como foi o fim da era LMP1, a partir
deste ano a Toyota tem de mostrar mais
e melhor. E no primeiro teste de fogo,
não desiludiu.
A Toyota foi a melhor no prólogo e nos tre-
inos livres, sendo esta onda de domínio
apenas interrompida pela Ferrari em qual-
ificação. Mas na corrida, a “normalidade
foi reposta”, com os GR010 a imporem-se
à concorrência.
Motivo para isso? Os Toyota são carros
que já têm dois anos de competição e
apesar desta ser uma nova versão, os car-
estratégia diferente, chamando os balho de casa. Comparando com as
dois Ferrari para as boxes aquando do restantes estreantes na categoria
primeiro Full Course Yellow, o que os Hypercar do WEC, a Ferrari apresentou-
colocou no meio das lutas dos LMP2 se melhor e com mais argumentos,
ros já passaram pelas dores de cresci- e, por conseguinte, os atrasou, en- dando motivos de ânimo para os tifosi.
mentos que a concorrência sente agora.
No ano passado a pole em Sebring caiu
para a Alpine, com o tempo de 1:49.217.
Este ano a pole foi para a Ferrari com
o registo de 1:45.067. Não se trata das
novas equipas virem mal preparadas.
É um processo normal de evolução em
que a Toyota colhe frutos da experiên-
cia que adquiriu ao longo das duas últi-
mas épocas, enquanto as restantes
ainda percorrem o caminho. Será pre-
ciso aguardar mais algum tempo até
vermos mais equilíbrio na frente. Mas a
Toyota fez o que se esperava e começou
com nota positiva. Mas cuidado com a
Ferrari, que deu excelentes indicações.
 >> autosport.pt
25

BOA ESTREIA DA CADILLAC

Foi uma boa corrida do Cadillac V-Series.R na pro-
va de abertura do WEC, apesar de não terem con-
seguido alcançar o Ferrari 499P #51 e assim, con-
quistar o pódio. Foram o melhor LMDh da classe
Hypercar, batendo os Porsche neste particular. Só
pode ter sido uma estreia positiva para a equipa
da Cadillac Racing, uma vez que perderam tempo
para os carros da frente quando tiveram de cum-
prir um ‘drive through’ na segunda hora de corrida.
No final ficaram a cerca de 10 segundos do pódio,
numa corrida em que a estrutura ficou satisfeita
com o que fizeram e com os dados que recolheram,
que servem não apenas para o desenvolvimento
do carro no campeonato do Mundo, mas também
na competição da IMSA. A Cadillac parece ter fi-
cado convencida com o resultado alcançado, mas
Sebring é uma pista onde este LMDh testou muito
e “conhece” bem, ao contrário do que acontecerá
em outras pistas do mundial, por isso seria expec-
tável poderem alcançar um bom resultado. O quarto
posto não o deixa de ser, mas a Ferrari surpreendeu
com o desempenho do 499P na pista da Flórida. A
equipa norte-americana quer experimentar mais
circuitos europeus para perceber melhor o compor-
tamento do seu carro em traçados com outras ca-
racterísticas.
O RESULTADO POSSÍVEL
PARA A PORSCHE
Apesar de terem terminado com os seus dois Porsche 963 no
quinto e sexto posto da classificação, a estreia do LMDh da
Porsche Penske Motorsport no WEC correu melhor do que ti-
nha acontecido na prova inaugural do campeonato da IMSA
em Daytona. A equipa não passou por problemas de fiabilidade
como aconteceu em janeiro, o que quer dizer que houve muito
trabalho entre uma corrida e outra. O resultado foi o possível,
porque ficou comprovado alguma falta de performance nos car-
ros alemães, sendo percetível a diferença para os Toyota, Ferrari
e para o Cadillac, que usa também um LMDh no WEC.
O #6, após sete horas de corrida, teve um problema elétrico
de rápida resolução durante uma paragem nas boxes, mas que
custou tempo à tripulação e os colocou uma posição atrás do
Porsche #5. A tripulação do #5 teve de cumprir um ‘drive through’
na quarta hora de corrida, sendo estes os únicos problemas que
a equipa teve de solucionar.
No final da prova do WEC, Thomas Laudenbach, Vice-Presidente
da Porsche Motorsport, afirmou que, “em comparação com a con-
corrência, falta-nos performance. Temos de trabalhar sistema-
ticamente e com intensidade nisto durante as próximas sema-
nas”. Prova que, apesar da melhoria em termos de fiabilidade
entre Daytona e Sebring, o Porsche 963 ainda não é um produto
acabado e tem ainda muito para dar nas corridas de resistência.

FLOYD VANWALL
PODE FICAR SATISFEITA
COM RESULTADO
A Floyd Vanwall Racing Team
levou o Vanwall Vandervell
680 até ao final das 1000
Milhas de Sebring sem prob-
lemas de fiabilidade no
Hypercar não-híbrido, sem-
pre na retaguarda do pelotão
da classe principal do WEC, a
Hypercar e embora se registe
um incidente com um dos
Peugeot na curva 17, que cau-
sou danos na retaguarda do
protótipo e o atrasou, ao con-
trário dos seus concorrentes
mais diretos, a Glickenhaus,
conseguiram terminar a cor-
rida na primeira prova de
fogo. É por isso que o resul-
tado não foi o mais interes-
sante para a equipa, mas sim
o facto de ter ultrapassado
o primeiro grande desafio
do WEC. Veremos como será
daqui para a frente se a trip-
ulação, constituída por Tom
Dillmann, Esteban Guerrieri
e Jacques Villeneuve, terão
meios técnicos necessári-
os para se baterem com a
Glickenhaus e as estruturas
privadas que vão aparecer
mais à frente na temporada e
que aumentarão o pelotão da
Hypercar.
26
WEC/ SEBRING

RESSALTOS E FALTA DE FIABILIDADE

COMPROMETERAM A PEUGEOT
Ir contra a corrente quase sempre resulta
em esforços redobrados para chegar ao
objetivo. E a escolha arrojada da Peugeot
deu dores de cabeça em Sebring, palco da
primeira corrida do ano, pouco consegui-
da por parte dos franceses.
O conceito aerodinâmico do 9X8 deixou
todos de queixo caído e a ausência de
asa fez correr muita tinta. Mas em
Sebring, a “brincadeira” não resultou. Os
ressaltos comprometiam o apoio aero-
dinâmico gerado pelo fundo do carro e
com isso a performance ressentiu-se. Os
Peugeot tiveram dificuldades em colocar
tração em pista e, pior ainda, motivou
problemas na caixa de velocidades, que
deu problemas em ambos os carros.
A Peugeot sabia do problema, que ten-
tou resolver, mas Sebring exacerbou as
fragilidades. Segundo Olivier Jansonnie,
responsável do projeto, as soluções para
os problemas não estavam ainda dis-
poníveis para esta corrida. Mesmo do
lado da suspensão, há ainda muito tra-
balho pela frente, com a equipa a reco-
nhecer que esteve também mal nesse
capítulo. A equipa diz não ter ficado sur-
preendida com o que aconteceu e afir-
ma ter soluções para implementar em
Portimão e Spa. Mas a fiabilidade parece
ser o calcanhar de Aquiles do 9X8. Uma
fraqueza fatal em corridas de longa du-
ração. Será capaz a Peugeot de respon-
der afirmativamente e aproximar-se da
frente, mas parece ser a equipa em pior
forma nesta fase.

KAMUI KOBAYASHI, 1º HYPERCAR,

“NÃO SUBESTIMAMOS OS OUTROS CONSTRUTORES”
O chefe de equipa da Toyota Gazoo Racing
e piloto do GR010 Hybrid #7, vencedor das
1000 Milhas de Sebring, Kamui Kobayashi,
salientou a união necessária à equipa
para vencerem a prova norte-americana
de abertura do WEC.
“É uma sensação fantástica ganhar esta
corrida e eu gostaria de agradecer a todos
pelo seu grande apoio, particularmente
a todos no Japão, incluindo Toyoda-San
e o Presidente Sato-San. A família Toyota
Gazoo Racing trabalhou arduamente para
estar pronta para esta temporada. Ontem
[na qualificação de quinta-feira] tivemos
um momento difícil, mas recuperamos
com força e na corrida mostramos a nos-
sa filosofia de ser uma só equipa, com to-
dos a trabalharem muito em conjunto. O
um-dois foi o melhor resultado que podía-
mos esperar, mas este é apenas o início
de uma grande luta nesta época.”
O piloto/chefe de equipa chamou atenção
das hostes da Toyota para não subesti-
mar os adversários. “Merecemos ganhar,
mas não subestimamos os outros cons-
trutores. A nossa experiência ajudou-nos,
mas vamos enfrentar um grande desafio
esta época, pelo que temos de nos tor-
nar mais fortes e lutar ainda mais. Este
campeonato está a tornar-se realmente
emocionante e estou feliz por fazer par-
te dele.”

WILL STEVENS, 1º LMP2, “SABÍAMOS

QUE TÍNHAMOS UM BOM CARRO”
A Hertz Team Jota colocou em pista o Oreca
Gibson #48 enquanto espera para lhe ser en-
tregue o novo LMDh Porsche 963 para com-
petir na classe Hypercar do WEC. Contando
com António Félix da Costa para as 8 Horas
de Portimão, a segunda ronda do ano, a tri-
pulação foi composta em Sebring por Will
Stevens, Ye Yifei e David Beckmann, que ven-
ceu a corrida na classe LMP2 mas não conta
para a classificação geral da categoria.
“O início foi bastante agitado. Obviamente,
sabíamos que ia ser a nossa primeira corri-
da e todos estavam sem mantas de aqueci-
mento de pneus. Na verdade, foi uma cor-
rida mais limpa do que eu pensava que
ia ser”, explicou Stevens depois da prova
norte-americana. “Sabíamos que seria uma
corrida longa e sabíamos que tínhamos
um bom carro, por isso precisamos apenas
de ser pacientes e trabalhar em direção à
frente. Conseguimos abrir uma grande van-
tagem, mas sempre soubemos que eles
[Prema] estavam numa estratégia ligeira-
mente melhor do que nós. Sabíamos que
estavam muito perto de não terem de abas-
tecer no final, por isso tivemos de tentar
abrir a diferença, por isso pressionamos
forte nas duas últimas, três turnos da corri-
da. Precisávamos de 40 segundos e estáva-
mos quase a conseguir, mas não tínhamos a A Prema necessitou mesmo de parar no- “Ficamos muito contentes porque na
certeza se eles iam parar ou não e fizemos vamente, perdendo a posição ainda para o primeira corrida como a Hertz Team Jota
a nossa paragem mais cedo.” Oreca #22 de Albuquerque. conseguimos esta vitória”, concluiu o piloto.
 >> autosport.pt
27

GLICKENHAUS POUCO MOSTROU

O projeto Glickenhaus é daqueles que deve ser des- 62 voltas depois do arranque (depois de já terem
tacado. Uma iniciativa privada que pretende derrotar evidenciado dificuldades antes). É um projeto quase
as grandes marcas, com argumentos diferentes. Mas romântico, de tentar fazer o que se fazia no passado,
o regresso à competição da equipa americana não mas o mundo mudou e a Glickenhaus, apesar de ter
correu da melhor forma. prometido um carro competitivo, apenas mostrou
Sem qualquer teste feito durante o defeso, a alguns laivos. O facto de não poder correr no IMSA
Glickenhaus chegou a Sebring para fazer o melhor (organização mantém-se irredutível e a marca tem
possível. Evitou o último lugar na qualificação, fican- de produzir 2500 veículos por ano) tem prejudicado
do a mais de quatro segundos da pole, e na corrida a entrada de novos parceiros no projeto que poderá
um problema terminal levou ao fim da participação terminar em breve se nada for feito.
FERRARI SATISFEITA
NICOLAS VARRONE, 1º LMGTE-AM, COM RESULTADO DA
“O MELHOR QUE TEMOS PRIMEIRA CORRIDA
É A NOSSA EQUIPA DA CORVETTE RACING” É o ponto de maior destaque na primeira corrida do ano, em
Sebring. A Ferrari espantou com os seus níveis de competitivi-
dade e fiabilidade e no final da prova estava visivelmente satis-
A vitória nos LMGTE-Am feita com o resultado obtido.
foi conquistada pelo O chefe da Ferrari para competição GT e Sportscar, Ferdinando
Chevrolet Corvette C8.R Cannizzo, disse aos jornalistas que os objetivos principais foram
33 da Corvette Racing. alcançados e que a Ferrari procura agora analisar a primeira cor-
“Penso que foi uma cor- rida e entender o que pode ser melhorado.
rida difícil para mim. “Este era o objetivo da primeira corrida para nós, o máximo que
Tive de fazer um turno conseguimos alcançar na nossa opinião”, disse ele sobre o pódio.
triplo. Fiz um triplo stint “O segundo objetivo era levar dois carros até ao final da corrida,
em Le Mans, mas tenho de modo que a fiabilidade foi muito boa. Dois carros sem proble-
de dizer aqui que é mui- mas [mecânicos], primeiro alvo. Segundo, o pódio. Temos de es-
to mais difícil”, disse tar felizes. Definitivamente foi uma corrida muito dura. A Toyota
Nicolas Varrone, piloto provou que a experiência tem valor, por isso precisamos reagir a
da tripulação vence- isso, recolher mais experiência e analisar os dados para ver o que
dora entre os GTE-Am. podemos fazer melhor. Penso que há muitas coisas que podemos
“Ben [Keating] fez a partida e fez um trabalho mui- melhor que temos é a nossa equipa da Corvette melhorar, mas isto era algo que esperávamos. Penso que se olhar-
to bom. Foi bastante difícil porque o carro estava Racing. Fizeram um excelente trabalho durante mos para os outros estreantes, eles tiveram mais alguns proble-
a escorregar um pouco e a aderência na frente es- toda a semana e os meus colegas de equipa fize- mas do que nós. Por isso eu diria que, como primeira corrida, não
tava a mudar muito toda a corrida. Tinha que se ram um trabalho espantoso. É um sonho tornado foi mau e, provavelmente, houve coisas que podíamos ter feito
descobrir o que estava a acontecer. Quer dizer, o realidade”, concluiu o piloto argentino. melhor e que vamos melhorar no futuro.”

CHASSIS DO 499P
#51 FOI SUBSTITUÍDO
De forma preventiva a Ferrari
AF Corse decidiu substituir
o chassis do Hypercar 499P
número 51, depois de um aci-
dente durante o Prólogo na
mesma pista onde decorreu
a ronda de abertura do WEC
e ainda antes do início do
fim de semana da prova de
Sebring.
Em comunicado, os italianos
informaram que “após o aci-
dente na curva 1 no domingo
[no Prólogo], tendo comple-
tado a análise, a equipa de-
cidiu substituir o chassis do
número 51”, que é pilotado por
Alessandro Pier Guidi, James
Calado e Antonio Giovinazzi.
O acidente deu-se quando
James Calado saiu para a
pista e com pneus frios – a
não utilização das mantas de
aquecimento no WEC é uma
das preocupações de alguns
pilotos – perdeu o controlo do
novo Hypercar da Ferrari, em-
batendo a cerca de 70km/h
nas barreiras de proteção do
traçado norte-americano.
 V/
28

VELOCIDADE - IMSA EM SEBRING

ACIDENTE TIRA
FILIPE ALBUQUERQUE DO PÓDIO
Foi um final inglório para Filipe
Albuquerque. Em mais uma
corrida tremenda do piloto
luso e da sua equipa, a vitória
esteve ao alcance, mas um
acidente a vinte minutos do
fim deitou por terra o sonho
de vencer em Sebring

Fábio Mendes
autosport@autosport.pt
FOTOS Michael L. Levitt, Jake
Galstad, Richard Dole

N
a qualificação, Pipo Derani,
no #31 da Whelen Enginee-
ring Racing Cadillac (P. Derani
/ A. Sims / J. Aitken) bateu
Sébastien Bourdais no #01 da
Cadillac Racing (S. Bourdais
/ R. van der Zande/ S. Dixon). Derani,
registou o tempo de 1:45.836s, 0.087s
mais rápido do que Bourdais. A fechar os
três mais rápidos da sessão ficou Ricky
Taylor, companheiro de equipa de Filipe
Albuquerque no Acura ARX-06 #10 da
Wayne Taylor with Andretti Autosport
(R. Taylor / F. Albuquerque / L. Deletraz) ,
Na corrida, o favoritismo dos Cadillac
parecia confirmar-se. Poucos espe-
ravam que a Porsche estivesse na luta
pela vitória, mas a sucessão de inter-
rupções na corrida trouxeram a marca
germânica para as primeiras posições,
depois da Cadillac e a Acura controlarem
as primeiras horas da prova. A luta final
ficou a cargo dos dois Porsches e do
Acura #10 de Filipe Albuquerque, mas
um acidente nos minutos finais tirou
da luta o piloto luso e os dois Porsches.
CADILLAC E ACURA
NA FRENTE NAS PRIMEIRAS HORAS
Os Cadillac começaram a instalar-se na
frente com o Acura #10 sempre por per-
to. A luta entre os candidatos à vitória em
Daytona repetia-se com o Acura #60 (T.
Blomqvist / C. Braun / H. Castroneves)
sempre por perto, tal como os Porsche e
os BMW que não pareciam candidatos
tão fortes ao triunfo.
A meio da corrida, a liderança per-
tencia a Filipe Albuquerque, com uma
paragem bem orquestrada por altura
de mais uma interrupção, seguido pelo
Cadillac #31, depois do #01 ter tido
problemas com um pião.
Mas à passagem da nona hora, e quando
estava na liderança, o Cadillac #01 regres-
sou às boxes com um princípio de incên-
dio. Era o fim da corrida para a máquina
americana e o fim do sonho para a Chip
Ganassi. Foi nessa altura que o Acura
#10 regressou à liderança, isto depois
de uma penalização (Drive Through)
por exceder a velocidade permitida na
via das boxes. Taylor recuperou bem e
regressou ao topo, entregando o carro
a Deletraz, que por sua vez entregou a
máquina na liderança a Albuquerque,
que assumiu as duas últimas horas de
corrida. O Porsche #7 (M. Campbell /
F. Nasr /M. Christensen) seguia em
segundo, seguido do BMW #25 (C. De
Phillippi / N. Yelloly/ S. van der Linde), o
único carro bávaro ainda em pista, com o
#24 (P. Eng / A. Farfus / M. Wittmann) a
desistir com problemas, na sétima hora
 >> autosport.pt
29

CADILLAC VOLTA
A VENCER EM SEBRING
Mais uma corrida louca. Cadillac parecia favorita, mas suou muito
para vencer. O Acura #10 foi sempre forte e conseguiu andar sempre
na frente, mas a noite trouxe muitas surpresas e a Porsche (ainda
não têm o ritmo da Cadillac e da Acura, mas souberam aproveitar
as oportunidades) aproximou-se dos primeiros lugares. Ninguém
esperava uma luta Porsche vs Acura, mas aconteceu e terminou
prematuramente, num incidente de corrida. Aproveitou o “Caddy”
#31 que teve uma corrida com altos e baixos, sabendo aproveitar
os azares alheios, tal como o BMW #24 que consegue um pódio
surpreendente, apesar da melhoria na competitividade. O Cadillac
#01 parecia ser um dos mais fortes candidatos, mas o azar tirou-o
de prova. Sebring esteve mais uma vez tão perto para Albuquerque, ACIDENTE ROUBOU O SONHO
mas o incidente final deitou tudo a perder. Fica na retina mais uma
prestação “à Albuquerque”, sem medo, agressivo e no limite.
FILIPE ALBUQUERQUE A luta para a vitória seria entre Albu-
querque no Acura #10, Mathieu Jami-
“APESAR DOS EMBATES FORTES, net no Porsche #6 e Jack Aitken no
ESTOU BEM FISICAMENTE” Cadillac #31, e o Porsche #7 (graças aos
sucessivos FCY não perdeu o comboio
Ingrata. Assim se para os primeiros lugares, apesar de
pode adjetivar a noite uma penalização).
de Sebring para Filipe O #10 e o #6 foram às boxes e o Pors-
Albuquerque. Depois che saiu à frente do Acura e Albu-
de uma corrida de alto querque teria de passar Jaminet em
nível, um incidente com pista, com Jack Aitken na liderança.
os dois Porsches tirou o A luta era tremenda, mas Jaminet
português da rota para mantinha-se na frente, pressionado
a vitória que parecia ao por Albuquerque, que por sua vez era
alcance. O andamento perseguido por Felipe Nasr.
e a competitividade do O drama aconteceu nos últimos mi-
Acura #10 assim o indicava. Ficou o susto e a desilusão pelo nutos da prova. Albuquerque atacou

C/
CLASSIFICAÇÕES
GTP
1 P. DERANI / A. SIMS / J. AITKEN
2 C. DE PHILLIPPI / N. YELLOLY/ S. VAN DER LINDE
3 N. TANDY / M. JAMINET / D. CAMERON
LMP2
1 J. FARANO / S. MCLAUGHLIN / K. SIMPSON
2 S. THOMAS / M. JENSEN / S. HUFFAKER
3 D. MERRIMAN / R. DALZIEL / C. RASMUSSEN
LMP3
1 G. ROBINSON / F. FRAGA / J. BURDON
2 O. FIDANI / M. BELL / L. KERN
3 T. BECHTOLSHEIMER / T. VAN DER HELM / D. GOLDBURG
GTD PRO
1 K. BACHLER / P. PILET / L. VANTHOOR
2 J. HAWKSWORTH / B. BARNICOAT / K. KIRKWOOD
3 D. JUNCADELLA / J. GOUNON / M. ENGEL
GTD
1 B. SELLERS / M. SNOW / C. LEWIS
2 P. GALLAGHER / R. FOLEY / M. DINAN
3 D. BRULE / A. UDELL / J. ANDLAUER
de prova. O Acura #60, o Cadillac #31 e
o Porsche #6 (N. Tandy / M. Jaminet / D.
Cameron) ainda tinham também hipóte-
ses de conseguir um bom resultado. Mas
resultado que podia ter sido bem melhor que o quarto posto:
“Foi uma corrida muito intensa ao longo das 12 horas. O carro
estava muito bom e acho que o tempo que estive ao volante
estive sempre na frente. Levámos uma penalização por
excesso de velocidade nas boxes, mas nem isso nos roubou
CADILLAC V-SERIES R 322 VOLTAS o objetivo porque recuperámos sempre o tempo perdido. A
BMW M HYBRID V8 + 2.940
CADILLAC V-SERIES R + 7 VOLTAS
última paragem nas boxes não foi das melhores e regressei à
pista em terceiro”, começou por explicar.
ORECA LMP2 07 318 VOLTAS “O pior estava então para vir. Recuperei para segundo e só a
ORECA LMP2 07 +0.834
vitória nos interessava. E na primeira oportunidade procurei
ORECA LMP2 07 +3.322
o primeiro lugar. Naquele momento estávamos a ultrapassar
LIGIER JS P320 309 VOLTAS os carros mais lentos, fui agressivo na ultrapassagem ao
DUQUEINE D08 + 1 VOLTA
Porsche, ele não me viu quando me coloquei ao lado dele e
DUQUEINE D08 + 1 VOLTA
bateu-me de lado duas vezes e não consegui evitar o acidente.
PORSCHE 911 GT3 R (992) 303 VOLTAS Apesar dos embates fortes, estou bem fisicamente e isso é o
LEXUS RC F GT3 +2.706 mais importante. Foi pena a corrida ter terminado assim, mas
MERCEDES-AMG GT3 7 +4.328
o IMSA é isto, imprevisível e no limite, e desta vez não correu
BMW M4 GT3 301 VOLTAS bem para os três da frente. Agora é ficar focado na próxima e
BMW M4 GT3 +1.532 voltar a dar tudo em pista”, concluiu Filipe Albuquerque.
PORSCHE 911 GT3 R (992) +1.830
Acura #60 que na 11ª hora de prova ficou
parado em pista, o que provocou mais um
Full Course Yellow, após ter perdido uma
roda. Era o fim da luta pela vitória para o
segundo Acura. O BMW ficou mais tempo
parado nas boxes para uma reparação,
uma troca de travões no eixo traseiro e
com isso caíram da volta do líder.
Num dos vários recomeços perto do final,
Albuquerque manteve a liderança, apesar
da ameaça constante do #6 da Porsche.
A luta foi dura entre os dois carros, com
as sucessivas interrupções nas últimas Albuquerque a ser muito agressivo nesta
horas trouxeram a Porsche para a luta fase, mas a manter a posição. Minutos
pela vitória. depois, nova interrupção com mais uma
A tarefa ficou muito dificultada para o saída de pista.
Jamniet, que tentava passar por uns
GT´s e houve um toque entre ambos (a
luta entre os pilotos já tinha aquecido
anteriormente), que atirou o português
contra as barreiras. O Acura regressou
à pista, já fora de controlo e tornou-se
numa barreira para os dois Porsches,
que embateram na máquina nipónica.
A corrida ainda foi novamente interrom-
pida com um FCY, mas ainda tivemos
cinco minutos de corrida com Aitken
na frente com via aberta para a vitória
do Cadillac da Whelen Engineering Ra-
cing Cadillac, confirmada pouco depois,
com o BMW#24 da BMW M Team RLL
em segundo. O terceiro lugar na geral
ficou entregue ao LMP2 #8 da Tower
Motorsports (J. Farano / S. McLaughlin
/ K. Simpson), vencedor em LMP2. A
vitória nos GTD Pro foi para o Porsche
#9 da Pfaff Motorsports (K. Bachler /
P. Pilet / L. Vanthoor) enquanto o BMW
#1 da Paul Miller Racing ( B. Sellers / M.
Snow / C. Lewis) venceu em GTD. Em
LMP3, vitória para Ligier #74 da Riley
(G. Robinson / F. Fraga / J. Burdon), com
uma corrida para esquecer para o #33 de
João Barbosa. Foram vários os inciden-
tes em que o #33 esteve envolvido, um
dos quais logo nas primeiras voltas da
prova. Daquelas corridas em que nada
corre bem. O #04 da Crowdstrike Racing
by APR (G. Kurtz / B. Hanley / N. Siegel),
com o apoio da Algarve Pro Racing,
andou sempre na luta pelos lugares do
pódio mas no final contentou-se com
um positivo quinto posto.
 CPM/
30

C A M P E O N AT O D E P O R T U G A L D E M O N TA N H A - R A M PA P O R C A D E M U R Ç A

HÉLDER SILVA
DOMINA
EM MURÇA
O bicampeão nacional absoluto entrou em 2023 a vencer,
começando da melhor forma a defesa do título absoluto
conquistado em 2022 e 2021 no Campeonato de Portugal de
Montanha JC Group. Mesmo perante a acesa concorrência de
José Correia e António Rodrigues, o piloto da Power House foi
mais forte nos momentos decisivos de uma rampa que contou
com uma bitola organizativa forte por parte do CAMI Motorsport

autosport@autosport.pt “barchetta”. Falamos do regressado

Zoom Motorsport, Ricardo
FOTOS Nuno Pinto, que levou a sua ADR Sport
Soares/Veddacom II ao 2º posto da Divisão, na frente de
Victor Bessa, terceiro aos comandos

C
uriosamente, Hélder Silva
não venceu nenhuma das
duas sessões de treinos de
sábado, vendo a sua Osella
PA2000 EVO PA.30 ser su-
plantada pelo Silver Car EF
10 de António Rodrigues, embora sem-
pre com muito equilíbrio entre os dois.
Mas no domingo, jornada em que se
disputariam as três subidas de prova,
Hélder Silva foi sempre o mais rápido
e concluiria a primeira prova da tem-
porada com um sólido triunfo, com
2,9 segundos de vantagem sobre José
Correia, com o piloto bracarense do
Norma FC20 da JC Group Racing Team
a paulatinamente melhorar os tempos.
Seria recompensado com um 2º lugar
final, na frente de António Rodrigues
que, na primeira subida de prova, deu
um toque já na parte final dos 4200
metros da rampa, ficando a partir daí
condicionado no andamento.
Logo atrás, no 4º lugar, aparece Nuno
Guimarães, colega de equipa de
Rodrigues. O “Capitão da Montanha”
e o seu Silver Car S2 foram claramen-
te os mais fortes entre os Protótipos
B, divisão em que outro piloto da NJ
Racing estreou da melhor a sua nova
de um PRM RC.
Um dos candidatos a “piloto da jorna-
da” é Luís Delgado. O flaviense estreou
em Murça o novo Cupra TCR de últi-
ma geração, integrando os quadros da
Nunes Sport e, logo na sua estreia com
a estrutura, conquistou o 5º posto da
geral, vencendo a Categoria Turismos
e a Divisão 2.
Logo atrás de si, o seu colega e líder de
equipa, Luís Nunes, levou o Skoda Fabia
R5 ao 6º posto da geral, vencendo e con-
vencendo na estreia da nova categoria
Super Challenge, na qual, logicamente,
também dominou o Grupo SC A.
Gabriela Correia esteve imperial aos
comandos do seu Mercedes AMG GT4,
que levou ao triunfo entre os GT, su-
plantando Vítor Pascoal (Porsche 991
GT3 CUP), que começou assim a defe-
sa do título de 2022 com um 2º posto
na categoria e o 8º na geral. O pódio da
categoria ficou completo com a pre-
sença de José Carlos Magalhães, na
estreia do seu novo Porsche 997 GT3
CUP da MNE Sport.
Logo atrás, em 9º, ficou Joaquim
Teixeira. O piloto do Cupra TCR da JT59
Racing Team/Bompiso apareceu em
Murça limitado por uma intervenção
cirúrgica realizada poucos dias antes,
mas logrou andar rápido, garantindo
ainda o 2º lugar na Categoria Turismos
e na Divisão 2. Nesta divisão, o 3º pos-
to ficou para Miguel Gonçalves, num
Punto R3D.
O Top 10 absoluto de Murça ficou
completo com a presença de Bruno
Carvalho. O lisboeta colocou ainda o
seu Citroen Saxo no 2º posto entre os
Super Challenge, categoria em que

venceu o Grupo SC C.
Nos Turismos, Divisão 3, Parcídio
Summavielle não teve oposição e,
guiando com a mestria habitual o seu
Renault Clio RS R3, assegurou o pri-
meiro triunfo na temporada, a que
adicionou um excelente 3º lugar na
Categoria Turismos, comemorando
da melhor forma a sua entrada para a
estrutura da MNE Sport, equipa que
celebrou ainda a presença no pódio
desta divisão de Eva Laranjeira, com a
“Dama de Aço” a conquistar o 3º posto,
na estreia do seu novo KIA Picanto GT.
Quanto à Divisão 1, o triunfo pertenceu
ao Mitsubishi Lancer EVO X de Carlos
Gonçalves.
O Campeonato de Portugal de
Montanha JC Group, ruma agora a
Guimarães, para disputar a Rampa
da Penha Paisagem Protegida. A se-
gunda prova da temporada está apra-
zada para os dias 1 e 2 de abril e será
organizada pelo Demoporto.
PEDRO ALVES AUTORITÁRIO NOS LEGENDS
O piloto de Vila Real esteve im-
perial ao longo de todo o fim
de semana, necessitando ape-
nas das duas primeiras subi-
das de prova para assegurar
a vitória na prova inaugural
do Campeonato de Portugal
Legends de Montanha JC Group.
Senhor de uma andamento po-
deroso com o Citroen Saxo VTS,
Pedro Alves “limpou” a tabela
de tempos dos Legends em
todas as subidas em que par-
ticipou, resolvendo a questão
do triunfo logo nas duas primeiras subidas, conseguindo uma
vantagem de quase 16 segundos que aumentou para 20 após a
CLÁSSICOS FLÁVIO SAÍNHAS IMPÔS A SUA LEI
EM MURÇA PERANTE PLANTEL MUSCULADO
Flávio Saínhas levou de vencida a luta que
travou sobretudo com José Pedro Gomes.
O primeiro dia revelou uma alternância na
liderança dos tempos entre José Pedro
Gomes (Ford Escort RS 1800) e Flávio
Saínhas (Ford Escort MKI), com o primeiro
a superiorizar-se na subida inaugural de
treinos e Saínhas a retribuir na segunda.
Depois, na subida de prova saturnina, José
Pedro Gomes imprimiu um ritmo avas-
salador que o fez guindar-se à melhor mar-
ca, concluindo a subida com 1,3 segundos
de vantagem.
No domingo, deu-se a reviravolta. Flávio
Saínhas “abriu o livro” e, na segunda subida,
retirou 3,2 segundos ao seu tempo, apesar
de ter visto a caixa do seu Ford ceder na par-
te final da rampa. Mas o “crono” que regis-
tou colocou-o na liderança e com um avanço
de 1,5 segundos sobre Pedro Gomes.
CPM 1300 ARMANDO FREITAS VENCE EM MURÇA
APÓS DUELO DISPUTADO A TRÊS
Ao longo do fim de semana, o campeão nacional em título,
Armando Freitas, enfrentou oposição musculada por parte de
João Diogo Santos (Fiat Punto) e Tiago Santos (Citroen AX),
com os três pilotos a protagonizarem uma refrega intensa.
>> autosport.pt
31
derradeira subida, onde esta-
beleceu o seu melhor tempo do
fim de semana. E foi no “braço”
que José Coimbra colocou o
seu Opel Astra no 2º lugar final.
Problemas no carro germânico
fizeram-no estar ausente na
primeira subida de prova mas
respondeu à altura nas subidas
seguintes. Já Carlos Oliveira não
teve tarefa fácil para garantir
o 3º lugar na prova. Problemas
técnicos no seu Ford Sierra RS
Cosworth afetaram-no sobretu-
do no sábado, mas a Power House conseguiu resolver e apesar
de novas complicações, alcançou um lugar no pódio.
O problema da caixa foi
solucionado, mas sem
dar tempo a Sainhas
de participar na última
subida, ficando a ver o
que José Pedro Gomes
conseguiria fazer. Este
andou bem, mas sem
conseguir fechar a des-
vantagem, garantindo,
mesmo assim, um bom
2º posto final.
Outro piloto em evidên-
cia neste arranque da
temporada foi Paulo
Teixeira. Detentor de um Ford Escort MKI viria a prejudicar a sua candidatura ao pó-
bem preparado, o piloto assumiu o 3º lugar dio, pois, na terceira e última vez que subiu
logo no sábado e, nem um arreliador prob- os 4200 metros do traçado a contar para a
lema mecânico que o impediu de concluir classificação, repôs a sua posição e garan-
a segunda subida de prova, já no domingo, tiu o merecido pódio final.
No dia de sábado, João Diogo Santos foi o mais forte, con-
seguindo um avanço de 1 segundo para Freitas (Toyota
Starlet). O murcense Tiago Santos foi o mais rápido numa
das sessões de treinos e esteve sempre muito forte na ram-
pa “da casa”, terminando o dia no 3º posto a 3,2 segundos da
liderança.
Mas a manhã de domingo trouxe “outros ventos” e Armando
Freitas cedo deu a perceber que estava com outro andamen-
to. Nas duas subidas de prova de domingo, rodou sempre
mais de cinco segundos abaixo do tempo realizado no sába-
do, distanciando-se dos seus dois adversários, concluindo a
prova com 6,9 segundos de vantagem sobre Diogo Santos,
quedando-se Tiago Santos pelo 3º posto, a 8,3.
Na competição reservada aos Clássicos 1300, Carlos Delgado
(Ford Escort MKI) foi um justo vencedor, sendo de realçar
que Domingos Fernandes (Autobianchi A112 Abarth) venceu
uma das subidas de prova e bateu-se de forma firme com o
seu adversário, assegurando o 2º posto final.
 CPK/
32

C A M P E O N AT O D E P O R T U G A L D E K A R T I N G T O Y O TA - V I A N A D O C A S T E L O

ARRANQUE
PROMISSOR
Tomás Dias, José Diogo Martins, Francisco Iglésias, Gustavo
da Silva, Martim Meneses, Frederico Peters, Santiago
Ribeiro, João Pedro Rodrigues, Guillermo Hevia, Rodrigo
Ferreira, Henrique Cruz, Hugo Marreiros e Paulo Martins
venceram na primeira jornada dupla do Campeonato de
Portugal de Karting Toyota, disputada este fim de semana
no Kartódromo de Viana do Castelo, sob a organização do
Núcleo de Desportos Motorizados de Leiria (NDML)

Filipe Cairrão Francisco Macedo revelou-se no início

autosport@autosport.pt o mais forte e assumiu a liderança, na CATEGORIA JÚNIOR
FOTOGRAFIA HelloFoto qual se manteve até à 17.ª e penúltima

O
Campeonato de Portugal
de Karting Toyota contou
na prova inaugural com 91
participantes distribuídos
por diferentes categorias.
A extensa caravana pro-
porcionou corridas intensas durante
dois dias, deixando antever mais uma
época bem animada.
CATEGORIA X30
Considerada a classe-rainha, a X30
apresentou uma grelha de 33 pilotos.
Na Final do primeiro dia de competi-
ção, disputada em 18 voltas, Frederico
Peters arrancou bem e manteve-se na
frente do pelotão, mas à passagem da
terceira volta foi Diogo Pinto a assu-
mir o comando, que foi alternando com
Francisco Macedo. A corrida acabou por
ter um final muito emocionante, sendo
exemplo disso o facto dos cinco primei-
ros classificados terem ficado separados
por 0,294s! Frederico Peters acabou por
ver a bandeira xadrez na primeira po-
sição, seguindo-se Francisco Macedo,
João Dinis, Diogo Marujo e Diogo Pinto.
Henrique de Oliveira viu a bandeira xa-
drez na sexta posição (‘colado’ a Diogo
Pinto), mas o piloto de Vila Nova de Gaia
viria a ser penalizado e caiu para a 13.ª
posição, tendo Diogo Castro sido pro-
movido ao sexto lugar, com Francisco
Serôdio, Pedro Cachada, Rodrigo Vilaça
e Rafael Rajani – que arrancou da 31.ª
posição e recuperou 21 lugares – a fe-
char o top-10! Na X30 Master, vitória
para João Pedro Rodrigues.
Na Final do segundo dia de competição,
volta, altura em que Santiago Ribeiro
assumiu o comando e não mais o lar-
gou até final, festejando assim mais uma
vitória e com a volta mais rápida em
43,960s. Francisco Macedo conseguiu
manter o segundo lugar, praticamen-
te colado à traseira do kart de Santiago
Ribeiro, mas viria a ser penalizado e
caiu para o quinto lugar. João Miguel
Oliveira (Tonykart) e Frederico Peters
(FA) foram assim promovidos às segun-
da e terceira posições, respetivamente,
fazendo ambos uma excelente corrida,
terminando muito perto do vencedor.
Após muita luta, Pedro Cachada ga-
rantiu o quarto lugar, seguindo-se
então Francisco Macedo, Diogo Castro,
Francisco Serôdio, João Faria, Rafael
Rajani e Rodrigo Vilaça no top-10. O
espanhol Guillermo Hevia venceu na
X30 Master.
CATEGORIA X30 SUPER SHIFTER
Na Final do primeiro dia de competição,
disputada em 17 voltas, Rodrigo Ferreira
esteve muito forte. O piloto do Porto ar-
rancou muito bem da pole-position e
à passagem da terceira volta já dispu-
nha de uma margem muito confortável
para a concorrência. Rodrigo Ferreira
entrou em ‘modo de gestão’ e acabou
por vencer com naturalidade à geral e
na Sénior, tendo também rubricado a
volta mais rápida em 42,766s.
O ‘rookie’ Henrique Cruz também fez
uma corrida muito positiva e foi um
tranquilo segundo classificado à ge-
ral e na Sénior, enquanto que a luta
pelo terceiro lugar foi muito intensa
entre Joseph Oliveira, Rodrigo Lessa e
Luís Alves, tendo o primeiro acabado
por levado a melhor e Lessa segura-
do o quarto lugar, enquanto que Alves
acabou por ser penalizado e caiu para
o sétimo lugar da geral e sexto entre os
seniores. Hugo Marreiros fechou o top-
5 à geral e venceu na Master, enquanto
Paulo Martins triunfou na Gentleman.
Na Final do segundo dia de competi-
ção, Hugo Marreiros fez um excelente
arranque e assumiu a liderança na qual
se manteve até à derradeira volta, altura
em que, devido a um incidente, caiu em
definitivo para a terceira posição e para
primeira da classe Master, tendo sido o
autor da volta mais rápida em 42,574s.
Rodrigo Ferreira acabou por ser o pri-
meiro a ver a bandeira xadrez, mas
uma penalização fez com que caísse
para o sétimo lugar. Henrique Cruz,
que fez uma corrida fantástica, dado
que largou da 13.ª posição, conseguiu,
com a penalização atribuída a Rodrigo
Ferreira vencer à geral e na Sénior. Por
sua vez, Lucas Vieira garantiu o segun-
CATEGORIA CADETE 4T
do lugar à geral e na Sénior.
Rodrigo Lessa assegurou o quarto lugar
à geral e o terceiro na Sénior, na frente
de Paulo Martins, que assim foi quin-
to classificado à geral e o primeiro da
classe Gentleman.
CATEGORIA JÚNIOR
Na Final do primeiro dia de competi-
ção, disputada em 18 voltas, Santiago
Alves largou da pole-position e lide-
rou até à passagem da 11.ª volta, altura
em que Martim Marques passou para
o comando, tendo depois, na 15.ª volta,
sido a vez de Tomás Gomes assumir a
liderança. Contudo, no decorrer na 17.ª
volta, Martim Meneses, que arrancou
da 13.ª e penúltima posição, passou
para o comando e não mais o largou
até final, fazendo uma corrida para
mais tarde recordar… e com a volta
mais rápida em 45,158s.
A indefinição dos lugares seguintes
manteve-se até à bandeira xadrez, ten-
do, no entanto, Tomás Gomes garanti-

CATEGORIA X30
do o segundo lugar e Santiago Alves
completado o pódio. Gabriela Teixeira
cruzou a meta na quarta posição, mas
uma penalização levou-a para o oita-
vo posto, pelo que foi Martim Marques
o quarto classificado e João Barros
fechou o top-5. António Macedo fez
uma boa corrida e garantiu o sexto lu-
gar, seguindo-se Maximiano Radeck,
Gabriela Teixeira, Diogo Caetano e
Afonso Azevedo no top-10.
Na Final do segundo dia de competição,
Martim Meneses largou da pole-posi-
tion e liderou de princípio a fim, mas
sempre muito pressionado por Tomás
Gomes que foi um meritório segundo
classificado. Santiago Alves também
esteve até meio da corrida na discus-
são pela liderança, mas depois pas-
sou a travar uma luta pelo terceiro lu-
gar com Gabriela Teixeira, tendo esta
acabado por ser quarta classificada,
com a volta mais rápida em 45,447s.
Martim Marques encerrou o top-5, com
forte oposição da João Barros, sexto
CATEGORIA X30 MINI
CATEGORIA INICIAÇÃO
classificado, seguindo-se Maxiamiano
Radeck, António Macedo, Diogo Caetano
e Afonso Azevedo que fechou o top-10.
CATEGORIA X30 MINI
Na Final do primeiro dia de competi-
ção, disputada em 17 voltas, Gustavo da
Silva tirou o melhor proveito da pole-
-position para liderar a corrida de prin-
cípio a fim e entrar assim a vencer no
Campeonato de Portugal de Karting de
2023. Contudo, o piloto de Cascais não
teve tarefa fácil, dado que Guilherme
Morgado, seu colega de equipa, deu ex-
celente réplica rodando durante toda a
corrida praticamente colado à traseira
do seu kart. O piloto de Loures foi assim
um honroso segundo classificado, en-
quanto que o derradeiro lugar do pódio
ficou definido na última volta, a favor
de Afonso Lopes, tendo Romeu Mello
e Leonor Rocha – autora da volta mais
rápida em 49,914s – fechado o top-5.
Jan Rodrigues terminou na sexta po-
sição, seguindo-se Francisco Correia –
que arrancou da 15.ª posição –, Vicente
Capela, Mario Silva Lora e Vicente
Rodrigues no top-10.
Na Final do segundo dia de competição,
Afonso Lopes largou da pole-position,
mas foi Vicente Capela que liderou a pri-
meira volta. Logo depois formou-se um
trio na luta pelo comando, com Gustavo
da Silva, Romeu Mello e Afonso Lopes,
juntando-se pouco depois Francisco
Correia e Vicente Capela.
Contudo, à passagem da 10.ª volta,
Gustavo da Silva, Vicente Capela e
Afonso Lopes foram os pilotos que
passaram a discutir o triunfo, tendo
terminado por esta ordem. Mais um
triunfo para Gustavo da Silva, um ex-
celente segundo lugar para Vicente
Capela e uma meritória terceira posi-
ção para Afonso Lopes. Romeu Mello
foi um tranquilo quarto classificado,
com a volta mais rápida em 49,849s,
enquanto que na luta pelo quinto pos-
to, Jan Rodrigues levou a melhor so-
bre Mário Silva Lora. Francisco Correia
terminou na sétima posição, na frente
de Leonor Rocha, Vicente Rodrigues
e Teo Peltrene que fechou o top-10.
CATEGORIA CADETE 4T
Na Final do primeiro dia de competi-
ção, disputada em 11 voltas, Francisco
Iglésias dominou todos os aconteci-
mentos e venceu com uma expressi-
va vantagem para o resto da concor-
rência, tendo ainda rubricado a volta
mais rápida em 53,534s.
A indecisão quanto ao segundo clas-
sificado manteve-se até final, ten-
do Artur Loureiro acabado por levar
a melhor sobre Martim Gomes, que
completou o pódio. Diogo Baptista foi
um tranquilo quarto classificado e
Lourenço Antunes também rodou na
quinta posição desde o início até ao fi-
nal da corrida. Luís Fernandes garan-
tiu o sexto lugar, na frente de Miguel
Baião e de Martin Rodrigues, enquanto
Tiago Caetano foi forçado a abandonar
à passagem da segunda volta.
Na Final do segundo dia de competi-
ção, Francisco Iglésias tirou o melhor
TODAS AS CLASSIFICAÇÕES EM WWW.CPKARTING.PT/RESULTADOS/
>> autosport.pt
33
CATEGORIA X30 SUPER SHIFTER
proveito da pole-position para assu-
mir a liderança e construir uma van-
tagem confortável para assim garantir
mais uma vitória de forma clara e com
a volta mais rápida em 53.373s. Martim
Gomes foi um honroso segundo clas-
sificado e Artur Loureiro completou
com mérito o pódio, depois de arran-
car da 8.ª posição. Lourenço Antunes
foi um tranquilo quarto classificado e
Miguel Baião fechou o top-5.
Diogo Baptista terminou no sexto lu-
gar, seguindo-se Martin Rodrigues
e Tiago Caetano, enquanto Luís
Fernandes foi forçado a abandonar à
passagem da quinta volta.
CATEGORIA INICIAÇÃO
Na Final do primeiro dia de competição,
disputada em cinco voltas, Tomás Dias
arrancou bem e assumiu a liderança,
sendo, contudo, bastante pressionado
pela concorrência. Enzo Santos ainda
passou pelo comando no decorrer na
quarta volta, mas na última Tomás
Dias recuperou a primeira posição
e acabou por ser o primeiro a ver a
bandeira xadrez. Miguel Barbosa foi
um meritório segundo classificado e
Enzo Santos completou o pódio, com
a volta mais rápida em 1m20,803s.
José Diogo Martins, que rodou ‘colado’
aos três primeiros classificados, ga-
rantiu o quarto lugar e Tomás Fontes
fechou o top-5.
Na Final do segundo dia de competi-
ção, Tomás Dias (Birel ART) liderou a
primeira volta, mas depois José Diogo
Martins revelou-se mais forte e con-
servou o comando até à bandeira xa-
drez, para somar a sua primeira vitória
esta época. Tomás Dias e Enzo Santos
– que voltou a rubricar a volta mais
rápida em 1m19,946s – completaram
o pódio, enquanto Miguel Barbosa e
Tomás Fontes fecharam o top-5.
A segunda jornada dupla do Cam-
peonato de Portugal de Karting Toyota
está agendada para 29 e 30 de abril e
será disputada no KIRO-Kartódromo
Internacional da Região Oeste, no
Bombarral.
 CNTT/
34

CA MPEO NATO NAC I O NA L DE TO D O - O -T ERRENO - RAID E PARAÍ SO D O TOD O-O-T ER R ENO GÓI S - AR GANI L

ROBERTO BORREGO
REGRESSA ÀS VITÓRIAS
A dupla Roberto Borrego/André Lopes em Can-Am foi a grande
vencedora do 30º Raide “Paraíso do Todo-o-Terreno” Góis- Arganil,
segunda etapa do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno.
A jornada organizada pelo Góis Moto Clube contou com mais
de uma centena de concorrentes que tiveram pela frente um
prólogo e duas PEC num total de 300 km cronometrados

D
e forma algo surpreendente, foi
Vasco Martins do Bitracing, um
dos últimos pilotos a disputar
um prólogo muito enlameado,
quem averbou o melhor tempo
diante do consagrado Hélder
Rodrigues e com Nelson Caxias da SGS
Car Racing a realizar o 3º melhor tempo.
Nos 150 km da PEC 1 Vasco Martins
furou logo nos primeiros quilómetros,
e passou a ser Hélder Rodrigues a abrir
a pista até final da corrida.
Também Luís Cidade do Team Can-Am
Off Road Portugal furou cedo sendo
ultrapassado por Sergio Batista da Be-
nimoto que viria a terminar o dia em
3º lugar. Os mais rápidos do dia foram
dois pilotos que partiram para a PEC 1
em posições mais atrasadas. Roberto
Borrego (SGS Car Racing) foi o mais
rápido tendo conseguido uma vantagem
de 1m para João Monteiro (Sharish Gin
South Racing) o vencedor da prova de
abertura desta temporada. Sérgio Batis-
ta terminou o dia com uma desvantagem
de 1m45s para o líder da prova e 10s à
frente da Luís Cidade que depois do furo
encetou uma excelente recuperação. vantagem para João Monteiro o vence- O também veterano Arnaldo Monteiro
5º lugar para Hélder Rodrigues à frente dor da prova de abertura em Beja. As (Mundimat Racing Team), André Carita
de Herlander Araújo (Team Can-Am posições seguintes foram ocupadas por (SGS Car Racing) e Paulo Rodrigues (Rio
Off Road Portugal). Todo o Top 10 era dois pilotos que mantiveram um aceso Seco Racing) completaram o Top 10 desta
composto por pilotos que tripulavam duelo ao longo de toda a jornada. Sérgio corrida que teve em Paulo Fernandes
SSV Can-Am com Marco Pereira (BRM Batista foi 3º tendo ainda triunfado entre em Yamaha o vencedor das Classes TT2
Racing Team) e Ricardo Sousa 1º e 2º dos os veteranos e Luís Cidade, o mais rápido e Stock. Tomás Antunes em Can-Am
veteranos a ocuparem o 7º e o 8º lugar. na PEC 2 foi 4º. Marco Pereira em 5º e venceu entre os Juniores.
No dia seguinte a dupla Roberto Borrego/ Ricardo Domingues em 7º completaram Roberto Borrego passou para a liderança
André Lopes manteve a liderança até o pódio dos veteranos tendo ficado en- do campeonato com um ponto de van-
final terminando a corrida com 52s de tre eles o consagrado Hélder Rodrigues. tagem para João Monteiro.

MOTOS
TRIUNFO DE ANTÓNIO MAIO
Daniel Jordão em Husqvarna foi o mais
rápido no prólogo seguido de Bernardo
Megre em KTM e do regressado Bruno
Santos em Husqvarna, pilotos que
lideravam respetivamente as classes
TT2, TT1 e TT3. Da parte da tarde, nas
pistas serranas de Góis e Arganil,
Martim Ventura e António Maio (Sharish
Gin South Racing), ambos em Yamaha
travaram animado duelo que pendeu por
escassos cinco segundos para o jovem
Martim Ventura o também vencedor da
prova de abertura.
Nas posições seguintes terminaram os
colegas de equipa Fábio Magalhães e
Gustavo Gaudêncio do Offroad Center
Bianchi Prata – Honda) que terminaram o
dia separados por 9’’, mas já a mais de 5’
dos dois primeiros classificados. Fábio
Magalhães liderava entre os concorrentes com
motos da classe TT3. 5º lugar para Daniel Jordão,
o vencedor do prólogo, enquanto Bernardo Megre
mantinha a liderança entre as motos da Classe TT1
com uma vantagem de 12’’ para Fernando Ferreira
(AN#123 Moto Gardunha J3LP Bau) em Fantic. O Top
10 incluia ainda o campeão TT3 Micael Simão, Bruno
Santos, ambos em Husqvarna, e o campeão do
mundo de veteranos Mário Patrão em KTM.
Depois do domínio, pouco expressivo de
Martim Ventura no primeiro dia, a segunda
etapa viu António Maio triunfar terminando a
corrida com uma vantagem de 25,29s para o
vencedor da prova de abertura.
O 2º lugar de Martim Ventura, vencedor entre os
QUADS
VITÓRIA DE LUÍS FERNANDES
Fábio Ferreira (Team Adega
Camponesa/ATV Racing/
Emoove) em ATVRacing foi
o mais rápido no prólogo
seguido de Flávio Gonçalves
e do jovem Tiago Ferreira (JB
Racing), ambos em Yamaha.
Luís Fernandes (Bitracing) foi o
mais rápido na PEC 1 e no final
do 1º dia liderava a prova com
uma vantagem de 1m27s para
Filipe Martins. 3º lugar para o
líder do campeonato o jovem
Rafael Carvalho (Racestar
Racing/TSMotrracing) que
gastou mais 18’’ que o 2º
classificado. Um pódio integralmente Yamaha.
O Top 5 completava-se com o campeão europeu
Luis Pimenta em MotoStar e Fábio Ferreira o
vencedor do prólogo.
No dia seguinte Luís Fernandes confirmou a
liderança e triunfou na PEC 2 terminando a
corrida com uma vantagem de quase quatro
minutos para Rafael Carvalho. O 2º lugar
alcançado pelo Júnior Rafael Carvalho permite-
lhe, todavia, manter-se à frente o campeonato.
Filipe Martins regressou às competições após
juniores, permite-lhe, todavia, manter a liderança do
campeonato com um escasso ponto de vantagem.
O pódio absoluto ficou completo com Gustavo
Gaudêncio a quase 12 minutos do vencedor. A luta
pelos lugares da frente foi muito animada.
Menos de 3 minutos separaram no final o quarto
do oitavo classificado. Fábio Magalhães venceu a
Classe TT3 e Bernardo Megre triunfou entre as TT1
entre os dois terminou Daniel Jordão. Micael Simão
e Bruno Santos completaram o Top 8 e o pódio
da Classe TT3. Fernando Ferreira e João Duarte
completaram o pódio da Classe TT1.
Bruno Borrego em KTM foi o vencedor da Classe Trail,
Mário Patrão triunfou entre os Veteranos e José Luis
Rijo em KTM foi o mais rápido da Classe Promoção.
mais de um ano de paragem e mesmo assim
subiu ao pódio nesta corrida onde brilhou o
jovem Rodrigo Alves (AN#123 Moto Gardunha
J3LP Bau) que, na sua segunda corrida do
CNTT, já conseguiu levar a sua Yamaha ao 2º
lugar PEC o que lhe permitiu ascender ao 4º da
classificação absoluta. O campeão europeu Luís
Pimenta encerrou o Top 5 desta corrida. Carlos
Reguinga em Yamaha venceu entre os Veteranos.
O Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno
regressa de 21 a 23 de Abril quando se disputa
o Raid TT da Ferraria.
>> autosport.pt
35
A PALAVRA DOS VENCEDORES
ROBERTO BORREGO (SSV)
Já andava à procura desta vitória há algum tempo. O ano passado as duas
últimas corridas do Campeonato não me correram bem, mas felizmente
conseguimos ultrapassar os contratempos e conseguimos vencer. Espero que
daqui para a frente as coisas continuem a correr bem. Hoje arrancámos com
os mesmos pneus de ontem e talvez tenha sido um erro particularmente na
parte final em que tivemos de fazer uma gestão muito grande da corrida para
não cometer nenhum erro e não ter nenhuma saída de estrada. Mas, tínhamos
alguma vantagem e deu para a manter e chegámos ao fim com uma vitória.
ANTÓNIO MAIO (MOTOS)
É bom regressar às vitórias. Góis é uma prova bastante divertida, mas a chuva
acabou por estragar um bocadinho a diversão porque o percurso ficou mais
perigoso e qualquer falha podia sair cara. Acabei por cometer dois pequenos
erros, mas ainda assim conseguimos sair daqui com uma vitória. Consegui
imprimir um bom ritmo e foi um excelente treino, que é o meu principal objetivo
este ano. Estou satisfeito porque o problema que tive em Beja com a mota ficou
resolvido e nesta corrida não tive qualquer problema mecânico e fico muito feliz
por sair de Góis com uma vitória.
LUÍS FERNANDES (QUADS)
Foi uma vitória suada. No sábado fui rebocado desde o final da etapa até
ao parque fechado. Tive de resolver um problema do motor e meti a mota
em parque fechado mesmo em cima da hora. Não consegui trocar nada. No
domingo, cheguei ao final e a mota calou-se novamente. Já vinha sem gasolina.
Se fosse mais dois quilómetros se calhar não terminava a especial. O que
interessa é que terminei, ganhei, estou satisfeito e preciso disto para animar
um pouco porque até aqui as coisas não estavam a correr muito bem. Quero
agradecer à minha equipa que incondicionalmente está sempre comigo, apoia-
me em tudo, ao meu mecânico que fez um trabalho excelente para que a mota
pudesse terminar a corrida, ao Luis que me rebocou até aqui e foi este conjunto
de pessoas que fez com que eu concluísse esta prova com sucesso.
BREVES
>> SHARISH GIN SOUTH RACING VENCE NAS EQUIPAS
Na classificação por equipas as mais pontuadas nesta jornada de Góis-
Arganil foram a Sharish Gin South Racing com 46 pontos, seguida da SGS
Car Racing (35), Bitracing (30) e AN#123 Moto Gardunha J3LP Bau (29).
>> JOÃO DIAS EM GÓIS
Foram vários os pilotos dos SSV que agora correm na FPAK que marcaram
presença em Góis para acompanhar a corrida. O campeão T3 não escondeu
que teria gostado de participar e não seria de espantar se o víssemos na
próxima prova, o Raid TT da Ferraria, a outra jornada do CNTT que não é em
conjunto com as provas da FPAK.
>> VÁRIAS PENALIZAÇÕES
De entre as penalizações atribuídas o mais penalizado foi Luís Cidade a
quem um excesso de velocidade retirou o 2º lugar. O regressado Sérgio
Batista também penalizado por atraso à partida acabou subir um lugar face
à penalização de Luís Cidade.
>> ARMINDO NEVES RECORDADO
A Moto Gardunha quer manter viva a imagem do piloto Armindo Neves que no
ano passado perdeu a vida no Africa Eco Race e o nome da equipa que congrega
pilotos como Fernando Ferreira, David Megre, Paulo Cardoso, Cristiano Mira,
Peter Lackner nas motos e o jovem Rodrigo Alves nos Quad começa por AN#123.
>> BRUNO SANTOS REGRESSOU
16 meses depois de um acidente no Rally de Marrocos quando preparava
a sua participação no Dakar, Bruno Santos, ex-campeão nacional de Rally
Raid regressou às competições nacionais. Um regresso que já tinha sido
antecedido de uma participação por sinal muito bem sucedida na prova do
campeonato de mundo em Abu Dhabi, onde foi 5º GP2 porque “que começar
onde tinha parado”. O Dakar continua na mira do piloto de Torres Vedras.
 N/
36

NOTÍCIAS

SUPER-
-ESPECIAL
DA FIGUEIRA
A
final, a super-especial da Figueira da Foz já pilotos a rumarem ao Mercado Municipal e Marina,
não vai ser no local inicialmente planeado pelo de onde partem. Depois rodam entre a rotunda do

DA FOZ MUDA
ACP e pela Câmara Municipal da Figueira da Clube Náutico da Figueira da Foz e a Avenida de
Foz, e já não vai ter ‘tanto’ Oceano Atlântico Espanha. Em frente ao Forte de Santa Catarina, a
como pano de fundo como esteve inicialmente cerca de 100 metros da Torre do Relógio, voltam para

DE ‘SÍTIO’
previsto, o que é uma pena pois em termos cénicos
as coisas vão ser bem diferentes.
O percurso que se iria realizar na ‘marginal’ entre a
Figueira da Foz e Buarcos alterou-se, com Buarcos
a sair por completo do ‘mapa’.
Agora, e segundo o autolook.pt, o troço disputa-se
entre o Mercado Municipal/Marina e o Forte de
Santa Catarina, tudo na Figueira da Foz.
A super-especial, que arranca às 19h05 do dia 12
de maio, inicia-se depois de um reagrupamento no
Relógio do Sol, em frente à Câmara Municipal, com os
trás, entrando à direita para o Parque das Gaivotas,
com um salto junto ao Parque das Autocaravanas.
Os concorrentes regressam à Avenida de Espanha, fazem
duas vezes a rotunda do Clube Náutico da Figueira da
Foz, passam junto à Câmara Municipal e cruzam a linha
de chegada em frente ao Mercado Municipal e Marina.
Tal como a que esteve inicialmente prevista, a super-
-especial da Figueira da Foz terá várias zonas para os
espectadores, sendo agora a foz do rio Mondego e o
Oceano Atlântico a servir de pano de fundo, de fio a
pavio. O Rally de Portugal realiza-se de 11 e 14 de maio.

FRANCISCO CARVALHO FAZ DUPLA CYAN RACING COMPLETA

COM NUNO BATISTA NO CPV
Mais uma dupla confirmada para a próxima
época do Campeonato de Portugal de
Velocidade by Hankook e na competição
ibérica Supercars Endurance, organizada
e promovida pela Race Ready. Foi agora
a vez de dois dos nomes mais fortes do
automobilismo português garantirem a sua
participação. Francisco Carvalho e Nuno
Batista é a mais recente dupla a confirmar
a sua presença nestas competições,
dividindo um McLaren 570S GT4 inscrito
pela Araújo Competição.
Francisco Carvalho, natural da cidade da
Guarda, é um dos pilotos mais conhecidos
do panorama luso, tendo conquistado
diversos títulos ao longo da sua carreira,
entre os quais os de Campeão de Portugal
de Velocidade GT4 2012, de GTS 2014 e
GT4 Bronze em 2022. Venceu ainda o cetro
da Categoria 4 em 2007, o que faz dele
Tetracampeão de Portugal de Velocidade,
e o da categoria Bronze das GT4 South
European Series 2020.
Nuno Batista é outro dos nomes sonantes
do automobilismo português, tendo no
seu currículo os títulos do Campeonato de
Portugal de Velocidade na classe GT 2015,
GT Cup 2013 e ainda nos Turismos em 2011,
2010 (Categoria 2) e 2009 (Categoria 3),
ou seja, é Pentacampeão de Portugal de
Velocidade. O portuense ostenta ainda no
seu currículo o cetro de Campeón de España
de GT 2018.
A dupla da Araújo Competição está
determinada em lutar pelo triunfo na
divisão GT4 Bronze.
A temporada do Campeonato de Portugal
de Velocidade by Hankook e do ibérico
Supercars Endurance têm o seu início a 6
e 7 de maio no Autódromo Internacional do
Algarve, realizando-se o último evento em
novembro.
ALINHAMENTO PARA
O TCR WORLD TOUR
Yann Ehrlacher e Santiago Urrutia
completam o alinhamento de quatro
carros da Lynk & Co Cyan Racing para
a temporada inaugural do TCR World
Tour, juntando-se aos já confirmados
Thed Björk e Ma Qing Hua.
Os quatro pilotos estarão aos comandos
da nova geração do Lynk & Co 03 TCR,
que foi revelada na semana passada, um
carro projetado e construído pela Geely
Group Motorsport.
“Yann e Santiago são sem dúvida
dois dos melhores pilotos de carros
de turismo do mundo e esperamos
continuar a nossa estreita e bem
sucedida cooperação com eles”,
disse Fredrik Wahlén, Team Manager
da Lynk & Co Cyan Racing. “Temos um
forte alinhamento para a primeira
temporada do TCR World Tour, um
pré-requisito para o que será um dos
campeonatos mais difíceis que alguma
vez enfrentamos. Estamos orgulhosos
de embarcar nesta viagem com o novo
TCR Lynk & Co 03, marcando o quinto
ano do nosso bem sucedido programa
da Lynk & Co Cyan Racing.”
A temporada inaugural do TCR World
Tour terá início em Portimão, entre
29 e 30 de abril, num total de nove
fins de semana de corridas na Europa,
América do Sul, Oceania e Ásia.
 >> autosport.pt
37

‘CARTÃO BRANCO’ PARA

BERNARDO SOUSA E HUGO MAGALHÃES
A Direção da FPAK em sintonia com o Presidente
do CCD do Rally Serras de Fafe, que decorreu nos
dias 10 a 12 de março, entendeu distinguir com o
‘Cartão Branco’ a Bernardo Sousa e Hugo Magalhães.
Esta distinção prende-se com a conduta humana
eticamente correta, no que diz respeito ao auxílio
prestado aos concorrentes acidentados Armindo
Araújo e Luís Ramalho.
O acidente cuja gravidade necessitou de uma
intervenção médica urgente teve especial
importância a atuação do piloto Bernardo Sousa
e do navegador Hugo Magalhães que, sendo os
concorrentes que os seguiam na estrada, prestaram
um imediato auxílio aos sinistrados, efetuando
imobilização cervical, manobra que se revelou
essencial e importante como primeira atuação.
O Cartão Branco é um recurso pedagógico que visa
enaltecer condutas eticamente corretas, praticadas
pelos intervenientes na atividade desportiva. O
Cartão Branco resulta de uma parceria entre o PNED
– Plano Nacional de Ética no Desporto (Instituto
Português do Desporto e Juventude, IPDJ) e a FPAK.
CIRCUITO BARCELONA SEM
CHICANE PARA CORRIDA
INAUGURAL DO ELMS
O Circuito de Barcelona-Catalunha regressará ao antigo traçado
sem a chicane antes da reta da meta, no último setor, depois de
aprovada a alteração pela FIA e homologadas as duas versões
da pista catalã. Este facto tinha já sido anunciado para o Grande
Prémio de Espanha de Fórmula 1, mas ainda antes do mundial de
monolugares, a prova inaugural do calendário de 2023 do European
Le Mans Series (ELMS) vai ter como palco o traçado sem chicane.
A ronda de abertura de 2023 do ELMS terá lugar no Circuito de
Barcelona-Catalunya no dia 23 de abril, antes da prova de F1.
Mudando em relação às três ocasiões anteriores que o principal
campeonato europeu de resistência visitou o circuito catalão, o
traçado da pista utilizado será sem a chicane final, reduzindo o
número de curvas de 16 para 14 e o comprimento da pista em 18m
para 4.657 metros.
A chicane foi introduzida em 2007 antes da curva final, mas com
melhorias nas infraestruturas de segurança, incluindo novas
barreiras TECPRO nas duas últimas curvas à direita, o circuito voltou
ao seu traçado original.

REGULARIDADE
HISTÓRICA
ARRANCA
A 1 DE ABRIL
O Campeonato de Portugal de
Regularidade Histórica, vai iniciar-se nas
competitivas estradas da Beira-baixa, já
no dia 1 de abril, com a realização do XI

Rali Histórico Vila da Sertã, organizado
pelo Lusitânia Automóvel Clube.
Uma competição que se renova de ano
para ano, apesar da Regularidade não ser
das disciplinas do desporto motorizado,
que reúne maior consenso entre as
equipas, patrocinadores ou espectadores.
De qualquer forma, a grande diversidade
de propostas que constituem o conjunto
das sete provas que compõem o CPRH
tem garantido muita competição
entre os participantes, cada vez mais
especializados e equipados, com muitos
a serem já verdadeiras referências
mundiais nesta categoria.
No ano passado houve luta até final,
com três vencedores diferentes nas
sete provas, saindo vencedora a equipa
do BMW 2002, Luis Carvalho / Sancho
Ramalho, à frente de José Segarra
Marques / José Carlos Figueiredo,
enquanto na categoria 1300, os melhores
seriam António Costa/Sónia Costa, com
as diferentes organizações a garantirem
uma média de 30 participantes, o que
significa que há um interesse crescente
por esta competição tão particular.
De norte a sul do país, a caravana
C/
da regularidade nacional vai de novo
para a estrada, com justas ambições CALENDÁRIO
de crescimento, cabendo agora aos DE 2023
organizadores, apresentar provas
aliciantes, principalmente no que diz
1 ABRIL XI RALI HISTÓRICO VILA DA SERTÃ (LAC)
respeito à competitividade dos traçados
e à necessária promoção das respetivas 6 MAIO RALI QUEIMA DAS FITAS (AAC)
provas, pontos fundamentais para que a 26/27 MAIO RALI STA. JOANA (VMCF)
disciplina possa evoluir no panorama do 17 JUNHO 7º RRH ADA – VILA DO CONDE (ADAVC)
automobilismo desportivo nacional.
7/8 JULHO RALI RAINHA SANTA (CAC)
O campeonato de 2023 começa no dia 1
de Abril, com o XI Rali Histórico Vila da 9 SETEMBRO RALI A.C.T. HISTÓRICO DE TOMAR (ACT)
Sertã, encerrando com o Camélias Classic 3 / 4 NOVEMBRO CAMÉLIAS CLASSIC RALLY –
Rally – by bilstein group, em novembro. BY BILSTEIN GROUP (CMS)
 >>motosport.com.pt

KTM
» 1290 SUPER DUKE RR 2023
JOGO PERIGOSO... 180 CV E 180 KG!
Após o sucesso retumbante da KTM 1290 Super Duke RR
em 2021, 500 unidades da KTM 1290 Super Duke RR
serão construídas em 2023, prometendo os mesmos níveis
de ferocidade, mas com um visual ainda mais ameaçador
e sombrio. E pode encomendá-la agora? Sim, pode!

Ricardo Ferreira Com acabamento em preto brilhante e

motosport@motosport.com.pt carbono fosco, gráficos contrastantes

A
hyper-naked austríaca vol-
tará a deixar as suas marcas
de borracha preta no asfal-
to, como se pode constatar
pelos números: 1301cc, 180
cv, 180 kg e 140 Nm. Sim, leu
corretamente, para cada quilo de peso
há um cavalo de potência do motor.
em branco e detalhes marcantes em
laranja, a KTM 1290 Super Duke RR
lança uma sombra sinistra com in-
tenção ameaçadora. Isso é ampliado
ainda mais por vastos componentes
exclusivos e específicos que adicio-
nam à RR ainda mais agressividade
e carisma.
Em termos de peso a KTM 1290 Super

Duke RR é 11 kg mais leve que a KTM
1290 Super Duke R Evo. Para conseguir
isso, muito carbono foi usado. A estru-
tura traseira monolugar também é feita
de carbono leve. As luzes traseiras de
LED estão integradas nos indicadores
de LED e a moto vem de fábrica com a
luz de travão adaptável da KTM.
Um sistema de escape completo da
linha Akrapovič EVO está disponível
como acessório opcional. Com uma ba-
teria leve de íon-lítio e rodas forjadas
leves, mais peso pode ser retirado. A
KTM 1290 Super Duke RR não impres-
siona apenas no hardware, uma vez
que inclui a mais extensa eletrónica
de corrida já vista numa moto KTM, e
os sofisticados modos de pilotagem
em pista e desempenho são equipa-
mentos de série.
A 1290 Super Duke RR nasceu para
proporcionar grande satisfação, tanto
nas curvas de uma sinuosa estrada de
montanha como num circuito, e os mo-
dos de pilotagem Track e Performance
foram adicionados ao seu pacote ele-
trónico para torná-la ainda mais eficaz.
Os elementos da suspensão também
foram atualizados.
À frente, uma forquilha de cartucho fe-
chado WP APEX PRO 7548 totalmente
ajustável foi ajustado especificamente
para a RR, enquanto um amortecedor
39
WP APEX PRO 7746 personalizado as-
sume a secção traseira. O amortecedor
de direção WP APEX PRO 7117 mantém
as coisas sob controle, oferecendo 30
cliques de ajuste para configurá-lo de
acordo com as suas necessidades.
Para reforçar a exclusividade da KTM
1290 Super Duke RR, limitada a 500
unidades, os compradores recebem
uma caixa de carbono feita sob medida
contendo as chaves da moto como
40

>> motosport.com.pt

um pequeno extra. Uma ampla gama

de KTM PowerParts especialmente
desenvolvidas e uma seleção de KTM
PowerWear estão disponíveis para
essa finalidade. Isso inclui um fato
de couro especialmente criado com
logotipos e design exclusivos da KTM
1290 Super Duke RR.
As encomendas para a KTM 1290 Super
Duke RR de 2023 estão abertas desde
o dia 13 de março. Estará disponível
apenas na Europa e no Reino Unido.
As encomendas só podem ser obtidas
mediante solicitação na rede oficial
de concessionários KTM. O preço é
digno de uma moto exclusiva: 26.990
euros.
BMW
41

» R 18 B ‘HEAVY DUTY’
ESTRELA DA BIKE WEEK
DE DAYTONA
Fred Kodlin customizou
com o seu filho a BMW R
18 Heavy Duty, para brilhar
na famosa Bike Week de
Daytona, e o resultado
não poderia ter sido mais
supreendente

Q
ualquer pessoa que fale sobre a partir de plástico reforçado com fibra novo – mais longo do que o original, fluindo malas laterais, são completamente feitas
o cenário da customização nos de vidro e a extremidade traseira baixa. em forma e com reentrâncias nos lados. à medida. E por falar em malas laterais,
EUA, menciona Fred Kodlin qua- De resto, a R 18 B Heavy Duty é caracte- A ligação do depósito à estrutura traseira os altifalantes R 18 B da Marshall e um
se no mesmo instante. Há mais rizada por uma forte cintura na zona do foi também modificada para este fim. O amplificador foram montados no interior.
de 40 anos que este homem se assento e uma ligação fluida às malas compartimento de carregamento original As chamadas winglets acima dos cilindros
dedica à costumização de motos, laterais. Finalmente, o destaque técnico é do smartphone da R 18 B foi mantido. Um são outro elemento de desenho. Também
desde criações radicalmente modificadas um sistema de suspensão pneumática à spoiler frontal, incluindo um sistema de são feitas de metal, mas não cumprem
a novos designs sofisticados. Desde os frente e atrás, apoiado por um compres- iluminação de três cores sob o pavimento qualquer função no verdadeiro sentido.
anos 90 tem sido incrivelmente bem su- sor pouco visivel colocado atrás da mala – uma característica popular, não só em A pintura foi elaborada pelo tatuador
cedido com as suas motos personalizadas lateral esquerda. Isto permite que a R 18 Daytona – e um guarda-lamas frontal Marcel Sinnwell. Este já pintou outras
e foi capaz de ganhar regularmente vá- B Heavy Duty baixe ou levante numa são também feitos de chapa de metal, motos de exposição Kodlin no passado,
rios Bike Shows em Daytona. Fred Kodlin fração de segundo. Isto é tão útil como o guarda-lamas encaixa-se conforta- mas agora só raramente pega numa pis-
foi o primeiro cidadão não americano a espetacular: Para estacionar, baixar o velmente à volta da roda dianteira de 21 tola de pulverização para trabalhos muito
ser admitido no Hall da Fama de Sturgis. quadro e repousar em pontos de apoio polegadas. Finalmente, a Kodlin criou uma especiais. Por exemplo, quando pinta iates
Pela primeira vez, Fred Kodlin começou escondidos, deixando a moto agachada contrapartida correspondente para a roda ou a R 18 B Heavy Duty. Para este projeto,
a personalizar uma BMW juntamente apenas alguns centímetros acima do traseira a partir de dois guarda-lamas os gradientes de cor eram completamente
com o seu filho Len, a R 18 B. “A R 18 B asfalto. A equipa da Kodlin também se traseiros R 18 B unidos entre si, nos quais aerodinâmicos com tinta translúcida. O
Heavy Duty foi um verdadeiro projeto debruçou não menos profundamente as luzes indicadoras traseiras e laterais são resultado vai muito bem com a Bike Week
pai-filho. Houve muita criatividade por sobre o tema da construção da carroçaria integradas de uma forma muito discreta. de Daytona, onde esquemas de pintura
parte de Len, o que também mostra que durante uns bons três meses. Foi criado As duas tampas laterais feitas de chapa, complexos e coloridos são sempre muito
a próxima geração na Kodlin Bikes já está um depósito de chapa completamente que formam uma transição suave para as apreciados.
na grelha de partida”, diz o chefe da Kodlin
Bikes em Borken, alegremente.
O maior desafio na personalização des-
te ano para a Bike Week de Daytona,
na Florida, foi sem dúvida o quadro.
“Remodelámos completamente os tubos
superiores, baixámos o tubo central e as-
sim a altura do assento da R 18 B. Também
retocámos a cabeça de direção e as pinças
triplas para que a moto ande bem”, explica
Fred Kodlin. O resultado foi a R 18 B Heavy
Duty, uma moto em estilo típico Kodlin.
Vista de lado, a linha cai acentuadamente
para trás a partir do pára-brisas mais
curto, retirado da gama de acessórios
BMW, e depois corre harmoniosamente
para as malas laterais feitas pela Kodlin

QJ MOTOR SRV 125 NO MERCADO

Depois da apresentação no final de 2022 da SRV 300, a
gama Custom/Cruiser da QJ Motor tem agora uma outra
novidade, a SRV 125. Este é o primeiro modelo 125cc
da QJ Motor (para os “encartados” com a licença de
condução A1/B), estando ainda previsto o lançamento
de dois novos modelos 125cc no início do Verão.
A SRV 125 está equipada com um motor monocilíndrico
de quatro válvulas com refrigeração líquida,
“debitando” uma potência de 14,9 CV. Incorpora
sistema de travagem ABS (um “plus” importante
quando uma grande parte dos modelos Custom/
Cruiser 125cc incorporam o sistema CBS), contando
ainda com um ecrã LCD e iluminação Full LED.
A nova 125cc da QJ Motor encontra-se já disponível nos
concessionários da marca nas cores preto, laranja e
amarelo. A SRV 125 chega ao mercado com um PVP de
3.390€ e com os aliciantes seis anos de garantia que
só a QJ Motor oferece. Conte também com oferta da
matrícula (295€) – campanha promocional válida até
31 de março para toda a gama QJ Motor.
42

AUTO+

mais

MITSUBISHI
André Mendes relações, oferece uma potência máxi-
andre.mendes@automais.pt ma de 90 cavalos e um binário de 160

A
Nm, que conseguem deixar as médias
nova geração do Mitsubishi de consumo nos 5,7 litros.

» ASX ASX terá uma missão algo

UM SUV (MUITO) FAMILIAR
O novo Mitsubishi ASX é um dos dois modelos que
resultam da Aliança com a Renault e a Nissan. Já se
encontra disponível para encomenda no mercado
nacional, com preços que começam nos 23.430 euros
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT
dificultada para desempe-
nhar, uma vez que o seu an-
tecessor conquistou alguns
fiéis clientes para a marca e
com um caráter mais ou menos per-
manente. A chegada desta nova opção,
no entanto, é uma boa hipótese de su-
cessão, uma vez que se trata de uma
base proveniente da Aliança Renault-
Nissan-Mitsubishi com provas mais
que dadas e que inclui tecnologias mo-
dernas e soluções que estão de acordo
com as atuais tendências de mercado.
A gama de motorizações terá três
opções a gasolina disponíveis para
o mercado nacional, começando com
o motor térmico de apenas um litro
e três cilindros (1.0 MPI-T), que está
acoplado a uma caixa manual de seis
No patamar seguinte está a motoriza-
ção de 1,3 litros que inclui um sistema
mild-hybrid, ou seja, um gerador de
arranque por correia em conjunto com
uma bateria de iões de lítio de 12V,
que permite a recuperação de energia
durante a desaceleração e a travagem,
mas também a assistência eletrificada
de binário ao motor térmico. No total,
esta configuração consegue oferecer
uma potência máxima de 160 cavalos
e 270 Nm de binário, usando uma caixa
de velocidades automática de dupla
embraiagem com sete relações para
dar uma ajuda a conseguir médias
de consumo em torno dos 5,8 litros.
No topo da oferta estará a versão hí-
brida plug-in (PHEV), que combina um
motor térmico de quatro cilindros e 1,6
litros de capacidade, em conjunto com

dois motores elétricos e uma bateria
de 10,5 kWh. Nesta opção será possível
circular em modo 100% elétrico até um
máximo de 62 quilómetros, sendo que,
se o motor térmico for utilizado, as
médias de consumo poderão ficar em
1,3 litros para cada 100 quilómetros a
julgar pelo valor que a marca declara.
GAMA E PREÇOS EM PORTUGAL
Os preços do novo ASX começam nos
23.340 € (com campanha de financia-
mento) do 1.0 MPI-T Inform, culminan-
do nos 37.390€ do 1.6 PHEV Intense.
Para este último, a Astara desenvolveu
uma campanha para empresas que co-
loca o valor de aquisição em 27.490€ +
IVA, posicionando-se assim no primei-
ro escalão de Tributação Autónoma.
Os níveis de equipamento são três -
> > a u t o s p o r t . p t /a u t o m a i s
43
Inform, Invite e Intense -, sendo que
logo a partir do nível intermédio (Invite)
é possível encontrar dotações de série
como o arranque sem chave, ar condi-
cionado automático, barras no tejadilho
e vidros traseiros escurecidos, entre
outros. Comum a todas as versões são
os faróis LED dianteiros e posteriores, o
leque de equipamentos de segurança e
de sistemas avançados de assistência
ao condutor (apenas o sistema de alerta
de ângulo morto e o sistema de má-
ximos automáticos ficam reservados
para a versão de topo, a Intense), assim
como elementos de bem-estar a bordo,
incluindo o monitor central de 7” ou de
9,3” (consoante a versão) e conexão
Android Auto ou Apple CarPlay.
O novo ASX está disponível em seis
cores: Crystal White, Sunrise Red,
Onyx Black, Royal Blue, Steel Grey
(metalizadas) e Charcoal Blue (sólido).
Nos níveis de equipamento mais eleva-
dos é possível optar pelo tejadilho em
Onyx Black metalizado, que confere
à carroçaria um efeito de dois tons.
Tal como a grande maioria dos modelos
da Mitsubishi, estão incluídos cinco
anos de garantia ou 100 mil quilóme-
tros, e uma garantia para a bateria de
oito anos ou 160 mil quilómetros.
44

AUTO+

mais

OPEL
» ASTRA 1.2.T 130 CV
O MELHOR ASTRA DE SEMPRE
Este é mesmo, para mim, o melhor Opel Astra de
sempre, falando da gama, claro. Esta 6ª geração
do Opel Astra mantém todo o seu ‘charme’ alemão,
especialmente na dinâmica, ainda que esteja agora
mais confortável. Influência familiar, francesa...

José Luís Abreu

jabreu@autosport.pt

LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT
D
epois do Mokka e do Corsa, foi
a vez do Opel Astra se juntar à
Stellantis. A dianteira ‘Vizor’,
a iluminação LED Intellilux,
e o painel de instrumentos
totalmente digital ‘Pure Panel’
são das principais novidades, mas há
muito mais que fica bem neste Astra.
Depois de ter ensaiado esta nova gera-
ção L, o Opel Astra 1.2 Turbo 130 cv, a
primeira sensação é que muito mudou
no que ao conforto dos ‘Astra’ diz res-
peito. É certo que a Opel sempre foi
mais amiga da dinâmica, sempre que
estávamos com pressa o Astra aguen-
tava quase tudo, e isso não mudou, mas

a nova fórmula também encontrou um
ponto-doce de equilíbrio...
Em primeiro lugar, adorei o design. Não
me surpreendi porque o Astra já não
foi dos primeiros Opel a ’conhecer’ a
frente Vizor, que por acaso fica bas-
tante bem no Astra. O design do carro
é uma completa quebra com o passado
da Opel, e este é para mim ainda mais
apelativo que o ‘mano’ Peugeot 308.
Gostos não se discutem, há detalhes
que para mim não são perfeitos, mas
este carro está muito bem conseguido
em termos estéticos. É um design com
algum arrojo, mas com linhas fluidas
e bem conseguidas. A dianteira Vizor
fica muito bem no Astra, a traseira
está também muito bem conseguida.
Gosto do habitáculo, tanto no aspeto
estético como ergonómico. Gosto tam-
bém da sobriedade, e há muito que sou
adepto das linhas mais retas, pelo que o
‘Pure Panel’ salta-me logo à vista. Outra
coisa que se nota é que estamos bem
sentados. A posição de condução é boa,
mais baixa que no modelo anterior. O
conforto nota-se também no contacto
com a estrada, algo em que o Astra
sempre ficou longe da perfeição.
Esta versão GS Line tem tudo o que é
preciso neste segmento, mas há ainda
a Edition (entrada) e Elegance (média).
A diferença da versão Edition para a
Elegance é de 2.650€, desta para a GS
Line, mais 2350€.
Os consumos dos motores nunca fo-
ram o ponto mais forte da Opel, mas
sim outros atributos, mas isso mudou
com a Stellantis. Mesmo não sendo
um ‘supra-sumo’ a esse nível, o 1.2
Puretech 130 cv faz consumos que não
variam praticamente nada de versões
equivalentes em outros grupos.
O Astra 1.2 Turbo ‘faz’ 5,5 l/100 km,
em condições ótimas. Consegui, num
dia de utilização normal, semelhante
à que faço atualmente, 6,3l/100 Km, o
que acho muito bom.
É verdade que a aptidão dinâmica des-
te carro ‘convida-nos’ sempre para
algo mais no pedal, mas pode ter a
certeza que vai notar isso no consumo,
que facilmente passa dos 7l/100 km,
ou mesmo 7,5/100 km.
A afinação do chassis continua tipica-
mente Opel, mas desta feita a Stellantis
aligeirou-a um pouco. Continua ‘firme’,
mas nunca tinha guiado um Astra tão
confortável.
Em termos dinâmicos, este Astra faz exa-
tamente o que esperava dele. É muito
ágil, tem uma boa capacidade dinâmica
e o carro dá muito gozo guiar em curvas
médias, ou mesmo percursos mais sinuo-
sos. Agrada-me a dinâmica, mas 90% da
utilização do carro vai ser feita em ‘modo
família’, pelo que se agradece o conforto.
De resto, o carro é muito equilibrado,
estável em travagem, a direção é in-
formativa, mas podia ser mais, tem boa
assistência, é precisa e direta.
Este motor 1.2 Turbo de 130cv é perfei-
> > a u t o s p o r t . p t /a u t o m a i s
45
FT/ FICHA TÉCNICA
1.2 / 130 CV
GASOLINA
9.7 S
0-100 KM/H
5.5 L / 6.3 L (AUTOSPORT)
100 KM
125
G/KM- CO2
35 205€
PREÇO DA VERSÃO ENSAIADA
DESIGN / EQUIPAMENTO /
PAINEL DE INSTRUMENTOS
CONSUMO / VISIBILIDADE TRASEIRA
MOTOR 3 CIL. LINHA, INJEÇÃO DIRETA, TURBO,
GASOLINA CILINDRADA (CM3) 1.199
POTÊNCIA MÁXIMA (CV/RPM) 131/5.500
BINÁRIO MÁXIMO (NM/RPM) 230 TRAÇÃO
DIANTEIRA TRANSMISSÃO MANUAL
6 VELOCIDADES DIREÇÃO ASSISTIDA
ELETRICAMENTE SUSPENSÃO (FT/TR)
INDEPENDENTE, TIPO MCPHERSON / EIXO DE
TORÇÃO TRAVÕES (FR/TR) DISCOS VENTILADOS /
DISCOS VELOCIDADE MÁX. (KM/H) 210 PESO (KG)
1.341 CAPACIDADE DA BAGAGEIRA (L) 422
tamente adequado a este Opel Astra,
sendo que ‘funciona’ desde bem mais
cedo e a caixa manual aproveita-o bem,
embora a ache ‘longa’ demais.
O mercado hoje em dia está bem dife-
rente, mas no passado foi um ‘best-sel-
ler’, das cinco gerações umas tiveram
mais sucesso que outras, mas nenhuma
delas foi um fracasso, muito menos
será esta pois é um automóvel que está
num nível totalmente diferente do carro
que substitui. É bonito, o motor chega
e sobra, não consome demais como
alguns irmãos mais velhos, os preços
estão dentro do esperado, pelo que tem
tudo para ser bem-sucedido.
Parece-me ter agora mais argumentos
para se chegar mais num segmento
que liderou muitas vezes no passado.
Deste teste, só me resultou uma dú-
vida final, que é a caixa, pois já estou
a chegar a uma idade que se calhar a
caixa automática é mais indicada, mas
isso fica para ver depois...
AUTO+

mais
NOTÍCIAS

NOVO GLC COUPÉ ESTÁ “PARECIDO” experiência de condução e o comportamento dinâmico

deste modelo em diversos tipos de piso.

COM O SEU ANTECESSOR,

A bordo, o sistema MBUX é o mais recente, com um monitor
muito semelhante ao que encontramos de série no Classe
S, com um formato mais vertical e com uma resolução

MAS QUASE TUDO É NOVO

Depois de ter renovado o formato mais tradicional do GLC,
a Mercedes-Benz mostra agora a versão atualizada do GLC
Coupé, de cariz mais desportivo, que inclui um desenho
mais aproximado dos restantes modelos da marca com
este formato, mas com uma elegância que continua a ficar
perfeita nas proporções deste modelo. Seguindo algumas
das ideias estreadas com o GLE Coupé, também o GLC Coupé
conta agora com um novo desenho do sistema de iluminação,
mais visível na assinatura das luzes de condução diurna
das óticas dianteiras ou na linha vermelha em LED que
assume o protagonismo dos farolins traseiros. Em termos de
dimensões, o novo GLC Coupé está mais comprido, mais alto,
com vias mais largas e com uma maior distância entre eixos.
Apenas a largura se manteve inalterada.
ELETRIFICAÇÃO CHEGA A TODA A GAMA
Numa vertente mais mecânica, todas as versões do GLC
Coupé são agora híbridas, seja através de um sistema
mild-hybrid (MHEV) de 48V ou de um mais completo sistema
híbrido plug-in (PHEV). Além disso, todas as versões contam
com tração às quatro rodas (4Matic) e estão equipadas com
uma caixa de velocidades automática de oito relações, com
um sistema de quatro rodas direcionais e com a suspensão
pneumática Airmatic, que melhora consideravelmente a
bastante elevada, além de uma experiência de utilização muito
mais intuitiva e um sistema de navegação que até já inclui
ajudas com realidade aumentada. E em opção, poderá ser
disponibilizado em conjunto com o sistema de som surround
Burmester, que inclui 15 altifalantes premium e fornece uma
potência total de 710 W. E já que falamos em equipamento,
no novo GLC Coupé também pode estar presente, em opção, o
sistema de iluminação Digital Light com matriz de LED, além de
diversos outros elementos, como o teto panorâmico em vidro,
que também é um pouco maior que o do seu antecessor.
Com a maior dimensão da distância entre eixos, fica agora
disponível um habitáculo ainda mais amplo e uma bagageira
com mais capacidade, chegando agora aos 545 litros nas
versões híbridas parciais e aos 390 nas versões híbridas plug-
in devido ao posicionamento da bateria do sistema híbrido por
baixo do piso deste compartimento.

SEGUNDO TEASER DO NOVO MODELO DA dianteira, onde se encontram os

elementos estruturais capazes de

LAMBORGHINI É DEDICADO AO CHASSIS absorver energia em caso de impacto.

O chassis do novo desportivo de Sant’Agata
Bolognese é totalmente produzido em
fibra de carbono e totalmente inspirado na
aeronáutica. Até o nome parece ter a mesma
origem: “Monofuselage”.
Rouven Mohr continua a apresentar-nos
alguns dos detalhes mais técnicos do novo
modelo de Sant’Agata Bolgnese. E depois
do sistema híbrido com o motor V12, é o
momento de conhecermos o “monofuselage”,
o monocoque do novo “LB744” que é inspirado
na aeronáutica e produzido em fibra de
carbono.
A Lamborghini já trabalha com componentes
em fibra de carbono há muito tempo, mas
neste momento foram ainda um pouco mais
longe, usando diferentes tecnologias. Com a
grande maioria dos componentes produzidos
neste material foi possível obter um conjunto
que tem uma rigidez torsional cerca de 25 por
cento superior à do seu antecessor, além de
um peso bem mais reduzido.
Toda a estrutura principal, que a marca
designa por “Rocker Ring” é composta por
diversos elementos principais produzidos em
fibra de carbono, formando um conjunto único,
incluindo, pela primeira vez, toda a secção
Esta solução apresenta um ganho
de peso em torno dos 20 por cento e
consegue duplicar a capacidade de
absorção de energia, além da rigidez
estrutural muito mais elevada.
Em conjunto com o sistema híbrido e com
um novo conjunto de jantes, travões e
suspensões, o chassis do novo “LB744” é
agora um Rolling-Chassis, mas esta é uma
parte que fica para o próximo teaser, no
qual Rouven Mohr nos vai falar mais sobre a
condução e os diversos modos disponíveis.
 >> autosport.pt
47

DIGITAL, DINÂMICO
E 100% ELÉTRICO,
É ASSIM QUE A BMW
ANUNCIA O NOVO SÉRIE 5
Uma das principais novidades da conferência anual do BMW
Group foi um primeiro teaser da oitava geração do BMW Série 5
que será apresentado oficialmente em outubro com uma versão
100% elétrica, o i5.
Na conferência anual do BMW Group, em que se faz um
apanhado de tudo o que foi feito nos últimos doze meses, mas
também se revelam muitas das novidades que estão previstas
para o próximo ano e para o futuro, Oliver Zipse (Chairman of
the Board of Management of BMW AG), destacou o trabalho que
as marcas do grupo têm feito nesta era de eletrificação, que
inclui a chegada de novos modelos.
Zipse começou por referir o crescimento da percentagem de
vendas dos modelos totalmente elétricos, como o i4, o iX, o
iX3 ou os mais recentes iX1 e i7. Mas grande novidade desta
categoria, no entanto, será apresentada em outubro, em
conjunto com a oitava geração do BMW Série 5.
Desde que chegou ao mercado, em 1972, o Série 5 já viu
produzidas mais de dez milhões de unidades, um número
histórico que a marca alcançou no início deste ano. E agora,
com a oitava geração e tal como já acontece em outras
gamas da BMW, o novo Série 5 terá uma versão totalmente
elétrica, o i5, mas também uma i5 Touring, que está prevista VOLVO CARS VAI CRIAR UM TECH HUB
para a Primavera de 2024 e será a primeira carrinha 100%
elétrica deste segmento. Mas há mais. Tal como a BMW M
deu uma ajuda no desenvolvimento do i4 M50 e do iX M60,
NA CIDADE DE CRACÓVIA, NA POLÓNIA
também o novo Série 5 terá uma versão assinada por este Focada na missão de ter apenas automóveis da Volvo Cars, a nova equipa de engenheiros
departamento de automóveis desportivos com prestações que elétricos no seu portefólio até ao ano 2030, terá a missão de acelerar o desenvolvimento de
vão certamente dar que falar. a Volvo Cars acaba de apresentar o plano de software para áreas tão fundamentais como a
abertura de um novo Tech Hub em Cracóvia, que segurança, baseado em todo o conhecimento
deverá ser inaugurado até ao final deste ano. que a marca tem sobre, por exemplo, as causas
O mundo automóvel tem atualmente o software dos próprios acidentes, mas também na vertente
como o ponto mais importante e, por essa razão, dos algoritmos de perceção e assistência ao
os maiores construtores estão a criar autênticos condutor, além do desenvolvimento de software
centros tecnológicos com engenheiros de específico para a condução autónoma.
software, que possam desenvolver as melhores Para o novo Tech Hub de Cracóvia está prevista a
soluções para os futuros automóveis, mas contratação de 120 engenheiros de software no
também para ir atualizando os modelos atuais. E momento da inauguração, que deverá acontecer
desta vez é a Volvo Cars que anuncia a criação de ainda antes do final deste ano, mas nos planos da
um novo Tech Hub em Cracóvia, a segunda maior Volvo Cars está uma equipa entre 500 e 600 pessoas
cidade da Polónia. em Cracóvia, que trabalhará diretamente com os
Em conjunto com a equipa global de talentos outros Tech Hub da marca espalhados pelo mundo.

Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-

E/
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro,
Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto
Editorial da publicação periódica AutoSport:
1. O AutoSport é um semanário dedicado
ao automóvel e aos automobilistas, nas
suas mais distintas vertentes: desporto e
competição, comércio, indústria, segurança
E S TAT U T O e problemática rodoviária. O AutoSport
EDITORIAL edita, semanalmente, conteúdos sobre as
tomóvel disputadas em território nacional
e no estrangeiro, relata acontecimentos
ligados à competição automóvel, bem como
temas que versam o automóvel como bem
de consumo, tanto na área industrial como
comercial.
2. O AutoSport está comprometido com
o exercício de um jornalismo formativo e
informativo e procura oferecer aos seus
e de qualidade, opinando sobre tudo o
que se passa na área do automóvel e dos
automobilistas, numa perspetiva plural,
recusando o sensacionalismo e respeitan-
do a esfera da privacidade dos cidadãos.
3. O AutoSport pauta as suas opções edito-
riais por critérios de atualidade, interesse
informativo e qualidade, procurando apre-
sentar aos seus leitores a mais completa
ciosos, com total abertura à interativi-
dade com a sua comunidade de leitores.
4. O AutoSport pratica um jornalismo pau-
tado pela isenção, sem comprometimentos
ou enfeudamentos, tendo apenas como
pressuposto editorial facultar a melhor
informação e a melhor formação aos seus
leitores, seguindo sempre as mais elemen-
tares normas deontológicas.

PROPRIEDADE E EDIÇÃO MMG-MEDIA, UNIPESSOAL LDA - MOTORMEDIAGROUP - NIPC 510430880 SEDE DO EDITOR ESTRADA DE TALAÍDE Nº3, LEIÃO - 2740-167 PORTO SALVO REDAÇÃO EDIFÍCIO STARTUP SINTRA, RUA RETIRO DOS PACATOS N° 50, SALA 10,
2635-224 RIO DE MOURO DETENTORES DE CAPITAL PEDRO CORRÊA MENDES PCORREAMENDES@AUTOSPORT.PTGERÊNCIA PEDRO CORRÊA MENDES DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES DIRETOR-EXECUTIVO JOSÉ LUÍS ABREU JABREU@AUTOSPORT.PT
DIRETOR COMERCIAL JOÃO MOTTA GUEDES J.MOTTA.GUEDES@AUTOSPORT.PT REDAÇÃO FÁBIO MENDES FABIOM@AUTOSPORT.PT, PEDRO ANDRÉ MENDES PEDROANDRE.MENDES@AUTOSPORT.PT COLABORADORES ANDRÉ MENDES, JOÃO F. FARIA,
JORGE GIRÃO, JORGE REIS, NUNO BRANCO, RICARDO FERREIRA FOTOGRAFIA AIFA/JORGE CUNHA, ANDRÉ LAVADINHO, ZOOM MOTORSPORT/ANTÓNIO SILVA DESIGNER GRÁFICA ANA SILVA ASILVA@AUTOSPORT.PT IMPRESSÃO LIGAÇÃO VISUAL, CASAIS DE SÃO
MARTINHO - JERUMELO - 2590-429 SAPATARIA DISTRIBUIÇÃO VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES, S. A., TIRAGEM 15 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC 105448 DEPÓSITO LEGAL Nº 68970/73 – COPYRIGHT© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS DE ACORDO
COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR. EM VIRTUDE DO DISPOSTO NO ARTIGO 68 Nº2, I) E J), ARTIGO 75º Nº2, M) DO CÓDIGO DO DIRETOR DE AUTOR E DOS DIREITOS CONEXOS ARTIGOS 10º E 10º BIS DA CONV. DE BERNA, SÃO EXPRESSAMENTE PROIBIDAS A REPRODUÇÃO,
A DISTRIBUIÇÃO, A COMUNICAÇÃO PÚBLICA OU A COLOCAÇÃO À DISPOSIÇÃO, DA TOTALIDADE OU PARTE DOS CONTÉUDOS DESTA PUBLICAÇÃO, COM FINS COMERCIAIS DIRETOS OU INDIRETOS, EM QUALQUER SUPORTE E POR QUAISQUER MEIOS TÉCNICOS, SEM A
AUTORIZAÇÃO DA MMG-MEDIA, UNIPESSOAL LDA . A MMG-MEDIA NÃO É RESPONSÁVEL PELO CONTÉUDO DOS ANÚNCIOS. EDIÇÃO ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO. CONTACTO AUTOSPORT@AUTOSPORT.PT
 VERSÃO A2
DISPONÍVEL

4 ANOS +
DE GARANTIA
OFERTA MALAS LATERAIS
DE FÁBRICA E SEM LIMITE DE QUILOMETRAGEM

Saiba mais em: triumphmotorcycles.pt TRIUMPH LISBOA: 218 292 170 TRIUMPH PORTO: 224 108 000 TRIUMPH ALGARVE: 289 090 366 TRIUMPH CENTRO: 236 023 404