#2334

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ANO 44
21/09/2022
Semanal
2,95€ (CONT.)
anos
DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt

diasjoao1962@gmail.com
AS CAUSAS
DO DIVÓRCIO
O DESTINO DA RED
BULL E DA PORSCHE

QUE FUTURO PARA

A PORSCHE NA F1?
WRX MONTALEGRE
KRISTOFFERSON E GRONHOLM
PÁG. 44 PÁG. 40

DIVIDIRAM TRIUNFOS
PÁG. 12

MAZDA DUCATI
CX-60 PÁG. 44
MONSTER SP 2023
diasjoao1962@gmail.com
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EDIÇÃO

#2334
I/
SIGA-NOS EM 21/09/2022

I N S TA N TÂ N E O >> autosport.pt f f a c e b o o k . c o m /a u t o s p o r t p t l t w i t t e r . c o m / A u t o S p o r t P T

José Luís Abreu

DIRETOR-EXECUTIVO
jabreu@autosport.pt

U
O AutoSport marca pre-
sença em todas as provas
do CPR e para lá das pro-
vas internacionais, Rali
diasjoao1962@gmail.com Vinho Madeira incluído,
público e festa são ‘coisas’
que não faltam’, mas infelizmente
falta noutras provas.
O que se viu no Constálica Rali
PLATEIA Ligar o Constálica Rali Vouzela e Viseu à Feira de São Mateus foi uma excelente ideia, e esta foto é uma boa prova disso. Vouzela e Viseu deste passado fi
de semana, como já se tinha visto no
Rally de Lisboa, foram eventos em
que o público não faltou, portanto,
parece-me que é importante olhar

S/
para as razões de haver ralis que ‘o’
SEMÁFORO EM DIRETO têm e outros não.
Muita coisa mudou na forma como as
“Na Ferrari, tudo parece maior, a marcas, os patrocinadores, chegam e
vitória é maior, o erro é maior. É comunicam com os seus potenciais
algo a que me estou a adaptar” clientes e ligarem-se a eventos com
Carlos Sainz a ‘descobrir a Ferrari… público é um dos segredos.
Os patrocinadores procuram even-
“Como Tifosi, acho que a Ferrari tos em que seja possível colocar os
pode ter uma abordagem mais seus produtos à frente dos olhos das
agressiva na estratégia, e na pessoas, e por isso quando vou a um
compreensão da afinação” rali e vejo um parque de assistência
Jean Alesi, sobre o momento da Ferrari no ‘cu de Judas’, longe de tudo e to-
dos, penso de imediato que se calhar
“Vou poupar dinheiro todos os devia haver um Plano, de Marketing
PARADO A ARRANCAR A FUNDO anos ao não investir em pilotos ou de outra coisa qualquer, com um
na academia, e depois apenas ‘Check List’ que toda e qualquer
Sem a Red Bull, a O Constálica Rali Miguel Nunes os contrato com o dinheiro que prova do CPR tinha que cumprir.
Porsche arrisca-se Vouzela e Viseu assegurou o seu poupei, é uma forma diferente. Não estive em Viseu, mas vi fotos
fortemente a não ter mostrou ser uma boa sexto título de Ralis Não tenho a certeza, portanto, de dos carros do rali a chegar à Feira
futuro na F1, e há o alternativa, e é bom madeirenses. Um
risco de todo o projeto aparecerem mais ralis piloto que merecia querer continuar a treinar esses de S. Mateus e uma coisa tenho
implodir a subir o nível, pois estar no CPR, onde pilotos” a certeza. Há ali muita gente que
‘obriga’ outros a fazer teria novos desafios à Laurent Rossi, CEO da Alpine F1. nunca tinha contactado com os ralis
o mesmo altura do seu valor que provavelmente ficou curioso e
“Vou ser honesto, não sabemos se há-de querer saber mais.
O S E M A N Á R I O D O S C A M P E Õ E S N A E R A D I G I TA L o Mick vai ficar ou não. Teve muito Eu sei que é mais fácil falar do que
boas corridas no Canadá, Grã- fazer, mas também sei que se calhar
Bretanha e Áustria, mas falta-lhe é preciso um bom ‘brainstorming’
consistência” para se pensarem melhor os ralis.
Siga-nos nas redes sociais e saiba Günther Steiner, patrão da Haas. É possível pensar-se e criar-se no-
tudo sobre o desporto motorizado no vos e bons eventos, é possível fazer
computador, tablet ou smartphone via diferente. Melhor.
facebook (facebook.com/autosportpt), E nem tudo tem a ver com dinheiro,
twitter (AutosportPT) ou em muitas vezes é mais pelas ideias…
>> autosport.pt
 F1/
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FORMULA 1

QUE
FUTURO diasjoao1962@gmail.com
PARA A
PORSCHE
NA F1?
Já existiram muitos ‘divórcios’ na Fórmula 1, e ‘namoros’ que não
deram em casamento, mas há muito que não existia um caso
com tanto impacto quanto este da Porsche com a Red Bull…

Jorge Girão
autosport@autosport.pt
FOTOS Sean Bull Design/RedBull Contentpool

T
udo parecia encaminhado para
que a Porsche e a Red Bull pu-
dessem protagonizar um ca-
samento de sonho, mas pouco
antes da cerimónia os noivos
voltaram estranhamente as
costas, surpreendendo o paddock.
Desde que se começou a falar do ingresso
da marca alemã na Fórmula 1 que esta foi
dada como certa nos braços da equipa de
Milton Keynes, que não precisava, nem
precisa, de um motor para a entrada em
vigor do novo regulamento para unidades
de potência, em 2026, mas tinha interesse
em ter um construtor do seu lado, por uma
questão de prestígio e, claro, de fi anças.
As negociações estavam a decorrer de
forma positiva e chegou a ser dado como
certo um anúncio oficial da relação no
Grande Prémio da Áustria, num circuito
e evento da Red Bull, assim como foi
dado como provável a revelação em
Zandvoort de uma edição especial do
Porsche 911, com a assinatura de Max
Verstappen.
Nada parecia ser capaz de se intrometer
na atração das duas partes que acabariam
nos braços uma da outra.
No entanto, o tempo foi passando sem
que nada fosse dito, primeiro porque os
regulamentos de 2026 não eram oficial-
mente publicados, o que aconteceu no dia
17 de Agosto, abrindo a porta para que o
casamento fosse anunciado, como era
exigência dos responsáveis máximos
do Grupo Volkswagen.
Porém, a Audi revelou oficialmente que
estaria na Fórmula 1 a partir de 2026
no Grande Prémio da Bélgica, deixan-
do Markus Deusmann (presidente do
conselho de administração da marca
de Ingolstadt) até escapar que a Porsche
teria o seu motor construído pela Red
Bull, mas sem que o construtor de
Zuffenhausen se chegasse à frente.
Subitamente, os homens da Red Bull, prin-
cipalmente Christian Horner, colocavam
água na fervura, sublinhando que não
havia um acordo entre as duas partes,
até que na sexta-feira do Grande Prémio
de Itália a Porsche, tentando salvar a sua
face, distribuiu um comunicado onde afi -
mava que “as duas companhias (n.d.r.:
a própria e a Red Bull) chegaram agora
conjuntamente à conclusão de que estas
conversações não serão continuadas.
A premissa foi sempre que uma parce-
ria seria baseada em circunstâncias de
igualdade, o que incluía não apenas uma
parceria ao nível do motor, mas também
ao da equipa. Isto não pôde ser alcançado.”
E esta é a questão que afastou as duas
partes, frustrando um casamento que
esteve perto de acontecer.
A Red Bull, catalisada por Dietrich
Mateschitz, via como uma boa possi-
bilidade uma parceria a todos os níveis
com a Porsche, que se iniciava na Red Bull
Techonology – o departamento respon-
sável pela concepção e construção dos
chassis da equipa e da Alpha Tauri – e
seguia até à divisão de motores – a Red
Bull Powertrains.
Porém, esta visão foi perdendo força à
medida que as negociações iam avan-
çando e Christian Horner e Dr. Marko

se apercebiam do peso da organização
que a Porsche pretendia implementar, o
que tiraria agilidade a toda a estrutura,
algo que sempre foi um ponto forte da
equipa de Milton Keynes.
Um dos casos mais evidentes foi a incapa-
cidade da marca de Zuffenhausen poder
anunciar o seu projecto de Fórmula 1 sem
a publicação do regulamento de motores,
uma exigência do Grupo Volkswagen.
Esta era uma indicação clara do peso de
uma grande organização e da burocracia
que caracteriza o grupo.
Com a Porsche a deter 50% das ações
de toda a estrutura, sempre que fosse
necessário um reforço fi anceiro para
qualquer investimento, Horner e Dr.
Marko teriam de lidar também com os
homens do conselho de administração da
diasjoao1962@gmail.com
marca alemã ao invés de, como até agora,
ligarem a Mateschitz para o informarem
do que necessitavam, recebendo uma
resposta em poucos dias.
Sem a exigência de embarcar numa
relação deste género, de igualdade entre
duas entidades, os responsáveis da Red
Bull contrariaram os desejos da Porsche,
oferecendo apenas a possibilidade de
esta fi anciar o programa de motores,
pelo que receberiam o seu nome na
tampa das válvulas.
Horner e Dr. Marko estavam numa posição
de força, com a Red Bull Powertrains, e
não precisariam de um construtor para
animar os seus chassis, ao passo que a
Porsche, sem uma estrutura capaz de
poder construir uma unidade de potência
para a Fórmula 1, precisava da Red Bull
para o seu projeto na categoria máxima.
Para além disso, a Red Bull, que tem
um programa de marketing agressivo
tendo por base o mundo dos Grandes
Prémios, não estava disposta a perder
a sua identidade.
Do lado da Porsche, esta pretendia ter uma
palavra a dizer em todos os aspectos da
estrutura que defenderia as suas cores e,
claro, ter a sua parte nos proveitos finan-
ceiros da operação, agora que as equipas
podem ser um centro de lucro.
Com necessidades tão antagónicas, o
casamento que era visto como de so-
nho, seria um pesadelo, uma vez que as
expectativas de ambas as partes nunca
seriam alcançadas, e a relação acabou por
ceder espetacularmente mesmo antes de
ter verdadeiramente começado.
RED BULL E PORSCHE:
FUTURO DIVERGENTE
O casamento da Red Bull com a Porsche
colapsou ainda antes de ter sido dado o
nó, mas a equipa de Milton Keynes tem
motivos para estar optimista para o futuro,
ao contrário da sua prometida que tem a
sua entrada na Fórmula 1 em risco.
A Red Bull decidiu manter a sua in-
dependência e não embarcar numa
aventura com a Porsche, que tiraria
independência e visibilidade, mas a
formação de bandeira austríaca está
na confortável posição de não precisar
da mítica marca germânica para poder
animar os seus chassis.
Com a edificação da Red Bull Powertrains,
Christian Horner e Helmut Marko não
precisam de um construtor para colocar
um motor nas costas dos seus pilotos
como tem acontecido até aqui, podendo
ser eles a colocar as condições ao invés
dos seus potenciais parceiros e foi isso
que aconteceu no caso da Porsche, que
sem infraestruturas para conceber uma
unidade de potência competitiva para
a Fórmula 1, estaria sempre nas mãos
dos desejos da Red Bull.
A equipa de Milton Keynes, em último
caso, tem a capacidade para se apresen-
>> autosport.pt
5
tar sozinha nas grelhas de partida do
Campeonato do Mundo de 2026, tendo
já colocado nos seus novíssimos bancos
de potência uma primeira versão do
motor de combustão interna que usará
no novo ciclo regulamentar.
Mas existem outras possibilidades para
o futuro da Red Bull.
A Honda parece cada vez mais interessada
em regressar à Fórmula 1, depois de ter
anunciado o seu afastamento oficial da
categoria a partir deste ano.
Os japoneses têm como ‘modus operan-
di’ conceber os seus próprios motores
no Japão para depois os fornecer às
equipas suas parceiras, como aconteceu
com a McLaren, Red Bull e Alpha Tauri
desde que voltou ao mundo dos Grandes
Prémios desde 2015.
Esta abordagem não necessitaria da Red
Bull Powertrains, mas de acordo com os
rumores que correm no paddock, a Honda
estaria disponível para deixar a concepção
e construção do motor de combustão in-
terna ao novo departamento da formação
de Milton Keynes, ao passo que o sistema
híbrido seria desenvolvido em Sakura, no
país do Sol Nascente.
Porém, Helmut Marko tem vindo a fazer
ondas sobre a quantidade de contactos
que a Red Bull tem vindo a receber de
construtores automóveis, indagando a
possibilidade de haver uma parceria.
Com as novas instalações, a estrutura
das bebidas energéticas é uma solução
apetecível para qualquer marca que queira
ingressar na Fórmula 1, ou continuar com
papéis diferentes dos atuais.
Um casamento com a Red Bull seria uma
forma barata, uma vez que não precisaria
do investimento massivo para cons-
truir uma estrutura capaz de construir
motores competitivos para a categoria
máxima do desporto automóvel.
Um exemplo, que para já não tem sido
apontado, é a Alfa Romeo.
A marca italiana vai deixar a Sauber para
abrir espaço para a Audi, não tendo ainda
decidido o que fazer depois.
Jean-Philippe Imparato, o CEO do cons-
6
F1/ FORMULA 1
trutor de Arese, já afir ou que todas as
opções estão em cima da mesa, inclusive
ingressar na IndyCar.
No entanto, por pouco mais que aquilo que
paga atualmente para batizar a Sauber,
poderia assumir o ‘naming’ das unidades
de potência construídas pela Red Bull,
encontrando-se, em princípio, na luta
pelas vitórias e por campeonatos.
Como se pode perceber, a Red Bull está
numa situação de força, podendo ditar
os seus próprios termos a quem quer
que esteja interessada embarcar consi-
go numa aventura na Fórmula 1, mas a
sua presença nas grelhas de partida está
garantida. Já a Porsche tem uma situação
bastante diferente…
A PORSCHE ESTÁ CONDICIONADA
Sem a Red Bull, a Porsche não tem o seu
futuro na Fórmula 1 assegurado, poden-
do até existir o risco de todo o projeto
implodir.
A marca alemã apostava “todas as suas
fichas” numa parceria com a estru-
tura de Milton Keynes, sendo esta a
responsável por conceber e construir,
inclusivamente, as unidades de potência,
uma vez que a Porsche não tem neste
momento a capacidade técnica para
edificar um motor de Fórmula 1 compe-
titivo a tempo de 2026, quando o novo
diasjoao1962@gmail.com
regulamento entra em vigor.
Encontrar uma equipa com quem possa
juntar forças para se bater na grelha de
partida mais difícil do mundo, não sendo
uma tarefa fácil, é possível e não será por
aí que a Porsche deixará de entrar no
mundo dos Grandes Prémios.
Neste momento, existem quatro equi-
pas sem ligações óbvias a um grande
construtor – a Alpha Tauri, a Haas, a
McLaren e a Williams.
A McLaren já mostrou, nas suas negocia-
ções com a Audi, que não está interessada
em ceder o seu capital a uma marca de
automóveis a qualquer custo, podendo
ser uma opção muito cara para a Porsche.
Para além disso, no grupo existe uma
marca de automóveis que concorre di-
retamente com os produtos do constru-
tor alemão, o que poderá não ser uma
situação fácil de resolver, dado que um
McLaren Porsche seria uma confusão
para o departamento de marketing de
Zuffenhausen.
A Haas não seria cara e o seu nome po-
deria rapidamente desaparecer, uma vez
que não tem qualquer peso no mundo das
corridas a nível global.
Porém, ao adquirir a formação de bandeira
americana o construtor alemão estaria
apenas a comprar a inscrição, uma vez
que a Haas praticamente compra tudo a
fornecedores – chassis, suspensões, cai-
xas de velocidade, etc – o que o obrigaria
a realizar um investimento massivo para
poder ter a capacidade de poder construir
todos os componentes necessários.
A Alpha Tauri seria uma situação seme-
lhante, o que deixa a Williams como a op-
ção mais viável, podendo todo o processo
ser facilitado por Jost Capito, que conhece
bem os meandros do Grupo Volkswagen.
No entanto, serão os motores a grande
dor de cabeça da Porsche, uma vez que
não tem os meios para os conceber,
construir e desenvolver.
Uma das opções seria edificar a infraes-
trutura para o fazer, mas isso é caro e
demora tempo, principalmente, no período
em que vivemos, em que a falta de ma-
térias-primas estão a criar problemas de
fornecimento de diversos componentes.
Outra possibilidade seria a Porsche con-
tratar uma empresa especialista para a
construção da sua unidade de potência.
Rapidamente surgem nomes que pode-
riam dar conta do recado sob a batuta dos
técnicos alemães, como seria o caso da
Cosworth ou AVL, tendo a empresa aus-
tríaca já trabalhado com a Honda, Ferrari e
Red Bull, o que lhe garante uma ideia clara
do que é necessário para fazer um motor
de Fórmula 1 competitivo.
A Porsche poderia ainda pegar na unidade
de potência que a Audi construirá para o
seu projeto. Inicialmente, foi decidido entre
as duas marcas cada uma ter o seu motor
para poderem ser o mais competitivas
possível, mas a situação mudou e poderá
haver uma reavaliação.
Contudo, a marca de Ingolstadt faria
sempre a unidade de potência de acordo
com os seus interesses, o que deixava a
Porsche numa situação difícil quanto à
competitividade do seu monolugar.
A marca alemã tem algumas soluções
para continuar com o seu projecto na
Fórmula 1, mas todas elas são de recurso
e muito aquém do potencial inicial do seu
desejado casamento com a Red Bull.
Veremos se os responsáveis da Porsche
estão determinados em garantir um lugar
na grelha de partida do Campeonato do
Mundo de 2026.
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f1/ FÓRMULA 1

CHOQUE
DE EGOS?
Fernando Alonso surpreendeu tudo e todos ao trocar a Alpine
pela Aston Martin a partir de 2023, com a motivação de um
contrato de longa duração, mas lá encontrará Lawrence Stroll,
alguém com um ego enorme e com quem nem sempre é fácil
trabalhar, características que acompanham também o espanhol

Jorge Girão tin no próximo ano são evidentes – a

autosport@aurtosport.pt
FOTOS Oficiais nas próximas épocas e, numa segunda
diasjoao1962@gmail.com
vontade de Stroll lhe garantir um lugar

O
bicampeão mundial de Fór-
mula 1 vai para a sua quinta
equipa na categoria ao lon-
go de mais de vinte anos,
sem contar com regressos
à McLaren e à Renault/Al-
pine, neste caso por duas vezes, e nem
sempre escolheu o melhor caminho no
momento certo.
Desta feita, a motivação para bater
com a porta para rumar a uma nova
casa prende-se com a necessidade de
Alonso se sentir desejado no ambiente
que o rodeia.
A Alpine pretendia oferecer um contrato
de um ano ao espanhol, no máximo com
um de opção do seu lado, de modo que
o piloto de Oviedo pudesse abrir espa-
ço para Oscar Piastri entrar na equipa
em 2024, depois de uma temporada ao
serviço da Williams.
Como se sabe, os planos dos homens
da formação de Enstone implodiram
espetacularmente, com Alonso a não se
mostrar interessado em manter o lugar
quente para um ‘jovem lobo’, rumando
à Aston Martin, ao passo que o austra-
liano também tinha as suas próprias
perspetivas, que passam pela McLaren,
deixando a equipa da marca francesa
numa situação difícil, dado que, de uma
situação em que tinha três pilotos para
dois lugares, tem agora dois assentos e
apenas um piloto.
As motivações do espanhol para deixar
a Alpine para ingressar na Aston Mar-
linha, Alonso acreditar que a formação
de Silverstone tem potencial de cres-
cimento, ao passo que a de Enstone
poderá ter encontrado o teto das suas
capacidades.
Com a saída de Sebastian Vettel, que
vai deixar a Fórmula 1 no fi al do ano,
a Aston Martin precisava de um grande
nome para substituir o alemão e, com o
descontentamento de Alonso pela oferta
da Alpine, o espanhol era uma opção
evidente, sendo um claro ‘upgrade’ face
ao tetracampeão mundial.
O Vettel dos últimos anos está longe
daquele que conquistou quatro títulos
consecutivos no início da década passa-
da, batendo com dificuldade Lance Stroll,
que muito embora seja visto pelo seu pai
como um futuro Campeão Mundial, não
é considerado mais que um piloto capaz
com alguns momentos de brilhantismo
ao longo da temporada, mas sem capa-
cidade para liderar uma equipa.
Em Alonso, a formação tem um líder nato
e que lhe dará uma ideia precisa do que
vale realmente o seu monolugar, algo
que nem sempre se verifica presente-
mente, e com o espanhol a mostrar uma
vontade férrea de continuar na Fórmula
1, o risco de oferecer-lhe um contrato
plurianual é baixíssimo, algo que talvez
a Alpine não tenha entendido.
Para lá disso, a Aston Martin tem um
plano ambicioso para se tornar numa
das forças da grelha de partida a médio
prazo, estando a investir massivamente,
como demonstra a construção de uma
nova fábrica que deverá estar terminada
em fevereiro do próximo ano e de um
avançadíssimo túnel de vento que será
concluído no fi al de 2023.
Também no campo o humano, a for-
mação de Aston Martin tem procurado
evoluir, com contratações de elevado
perfil realizadas na Red Bull, como é
o caso de Dan Fallows, evidenciando o
desejo de evoluir e seguir em frente para
alcançar os seus objetivos.
Ao passo que a Alpine, apesar de ser
uma equipa de fábrica, com os seus
próprios motores, tem estado muito
quieta no mercado das contratações,
tendo sido a última personalidade de
relevo que recrutou Otmar Szafnauer,
que, em rota de colisão com Lawrence
Stroll, decidiu deixar a Aston Martin.
Mas poderá ser precisamente a ambição
e personalidade do canadiano a poder
colocar alguns grãos na engrenagem da
relação da equipa com Alonso.
No comunicado que a Aston Martin lan-
çou para anunciar o espanhol, o líder do
consórcio que detém a equipa e Alonso
trocaram elogios, como é natural nestas
situações, vivendo-se um período de
‘lua de mel’ que será estendido até ao
primeiro dia em que algo não corra de
acordo com as expectativas de uma
das partes.
É do conhecimento de todos que Stroll
é alguém que gosta que as coisas sejam
feitas da sua forma, imiscuindo-se até
na gestão diária da Aston Martin, situa-
ção que levou à saída de Szafnauer da
equipa que liderou desde 2009.
É também sabido o foco que Lawrence
obriga a que os responsáveis da equipa
dediquem ao seu fil o, Lance Stroll, ha-
vendo relatos de mal-estar no seio das
boxes da Aston Martin em episódios em
que o jovem canadiano não alcançou os
resultados esperados.
A questão será saber como Alonso rea-
girá à importância que Stroll tem na
sua equipa, sabendo-se que o espanhol
exige que a estrutura lhe tenha especial
atenção, algo que é justificável, dado o
nível de performances que ainda hoje
exibe consistentemente.
 >> autosport.pt
9

diasjoao1962@gmail.com

Estará pronto Lawrence Stroll para que

o seu filho tenha uma posição subal-
terna ao espanhol, situação que este,
seguramente, esperará que aconteça
por força dos resultados que se espera
que alcançará?
Estará Alonso disponível para sentir
que a equipa que está a carregar para a
frente da grelha de partida esteja focada
nos problemas de um piloto que dificil-
mente poderá ser a bitola pela qual se
avaliará os sucessos da Aston Martin?
Serão as personalidades fortes do bi-
campeão mundial de Fórmula 1 e de
Lawrence Stroll compatíveis num mun-
do tão competitivo como a categoria
máxima?
Estas serão questões que tornarão a
entrada de Alonso na Aston Martin
num dos motivos de interesse da tem-
porada de 2023, sabendo-se que caso
exista um choque de personalidades
a capacidade destrutiva destas duas
personalidades poderá ser tremenda e
atrasar, no mínimo, os planos da equipa
de Silverstone.
10
F1/ FÓRMULA 1

GEORGE RUSSELL: CONCEITO DO W13 EM 2023

NÃO “ESTÁ FORA DE HIPÓTESE”

NYCK DE VRIES
NA ALPHA TAURI?
Os acontecimentos na F1 sucedem-se rapidamente como
acontece com os monolugares em pista e quando se fecha uma
porta, abrem-se imediatamente várias janelas. A Red Bull não
perdeu tempo e depois de falharem na tentativa de colocar o
piloto norte-americano aos comandos de um carro da Alpha Tauri
na próxima época, parecem ter já um plano alternativo. O Mercedes W13 deste ano criou muita discussão é que em circuitos como Zandvoort e Budapeste
O jornalista Erik van Haren, do jornal neerlandês De Telegraaf, com um conceito arrojado que ainda não surtiu fomos competitivos, e compreendemos porque é que
avançou que Nyck de Vries é o candidato mais forte a substituir grandes efeitos em termos de resultados e por em circuitos como este [Monza] e Spa não fomos
Pierre Gasly, que deverá mesmo rumar à equipa francesa Alpine,
na próxima época, depois de ter sido visto em Graz numa reunião
diasjoao1962@gmail.com
isso não é ainda claro se a Mercedes vai continuar
comprometida com esse design no próximo ano.
competitivos”, admitiu o piloto. “Isso não significa
que possamos resolver os problemas de um dia
com Helmut Marko. George Russell diz que que todas as hipóteses são para o outro, mas temos de continuar a desenvolver
O consultor da Red Bull tinha já deixado claro que, existindo um uma possibilidade e que a equipa sabe o que tem a este carro e o no próximo ano será uma espécie
acordo com a Alpine sobre Gasly, a sua estrutura ia procurar fazer: “Penso que nada está fora da hipótese. Não de evolução deste e penso que agora sabemos o
uma solução para substituir o piloto francês fora do programa é certo que vamos mudar de filosofia, mas há mais caminho de desenvolvimento que temos de fazer”,
de jovens pilotos. Nyck de Vries tem o interesse declarado da a fazer pois compreendemos exatamente porque concluiu Russell.
Williams depois da excelente estreia em corrida aos comandos
de um monolugar de Fórmula 1 da equipa de Grove, e ainda tem
agendado um teste com a Alpine no circuito de Hungaroring nos
próximos dias. O piloto neerlandês tem gerado muito interesse na
Fórmula 1 depois de ser recorrentemente dado como candidato
no passado, para algumas das equipas do paddock. Este ano
parece que está mais próximo de isso realmente acontecer.

CRISTIANO DA MATTA PODE GÜNTHER STEINER

SER ESCOLHA DA AUDI “FALTA CONSISTÊNCIA A MICK SCHUMACHER”
A Audi confirmou o muito especulado interesse na F1 e vai entrar
na competição, ao que tudo indica, adquirindo até 2026 a maior
parte das ações da Sauber.
Os preparativos para o envolvimento começaram há seis meses,
e a divisão dedicada em Neuburg já conta com 120 pessoas,
chefiadas por Adam Baker.
Agora soube-se que Cristiano da Matta está na calha para chefe de
equipa da futura estrutura. O piloto brasileiro pilotou pela Toyota
na F1 entre as temporadas de 2003 e 2004 antes de regressar aos
EUA. A Audi não será apenas fornecedora de unidades motrizes,
quer influenciar as escolhas da equipa e por isso colocar como
chefe de equipa alguém escolhido por si faz todo o sentido.
O futuro de Mick Schumacher na F1 é uma incógnita. O
atual chefe de equipa do alemão, Günther Steiner, admitiu
que o piloto precisa de melhorar a sua consistência se
quiser permanecer na Haas. “Isso ainda não foi decidido”,
respondeu Steiner à questão de quem será o companheiro
de equipa de Kevin Magnussen em 2023.
“Vou ser honesto, não sabemos se o Mick vai ficar ou
não. Teve muito boas corridas no Canadá, Grã-Bretanha
e Áustria, mas falta-lhe consistência. Teria de realizar
performances fortes com mais frequência. Não temos
pressa quanto à questão do piloto e Mick ainda tem
hipóteses de mostrar o que pode fazer.”
Nico Hulkenberg tem sido apontado ao lugar de
Schumacher na Haas, mas o responsável da equipa não
confirma esse rumor, preferindo salientar que o seu
trabalho é falar com pilotos e analisar o que é melhor
para a equipa. Steiner explicou ainda que um piloto
mais experiente seria melhor para a equipa, mas “não
há nenhum piloto no mercado que esteja atualmente a
competir, exceto Ricciardo. A sua forma não é a melhor de
momento e não sabemos o que procura. Talvez fique fora
por um ano”, concluiu.

FIA ALIVIADA COM
“VOTO DE CONFIANÇA”
DA AUDI
O diretor técnico da FIA, Nikolas Tombazis, saudou
a decisão “monumental” da Audi aderir à grelha da
F1 em 2026. Isto significa que vamos ter cinco for-
necedores diferentes, com a Audi a juntar-se à Mer-
cedes, Ferrari, Renault e à recém-criada Red Bull
Powertrains.
“A notícia é monumental”, disse Tombazis. “É fan-
tástico ter, imediatamente após a aprovação des-
tas regras, a confirmação de um grande fabricante,
uma grande marca como esta, a aderir ao desporto.
É uma adição fantástica”.
No início deste ano, o Grupo Volkswagen deu luz
verde, tanto à Audi como à Porsche, para avançar
com os planos de entrada na F1.
GIOVINAZZI
TAMBÉM DEVERÁ
TESTAR PELA
ALPINE
Quem quer ser Piloto da Alpine? Poderia ser um
novo programa em que vários pilotos prestam pro-
vas perante um júri atento de engenheiros da Al-
pine em busca do novo piloto para 2023. Há mais
um nome associado ao já muito falado teste em
Hungaroring, sendo Antonio Giovinazzi o mais re-
cente piloto associado.
O italiano junta-se assim a Nyck de Vries, Jack
RED BULL DESISTIU
DE COLTON HERTA
As esperanças de Colton Herta de competir na F1 em
2023 terminaram depois da Red Bull desistir dos seus
esforços para criar condições de entrada do piloto na
competição e garantir um lugar na Alfa Tauri em subs-
tituição de Pierre Gasly. Este facto foi confirmado por
Helmut Marko. Como se sabe, ficaram a faltar pontos
para a emissão da superlicença obrigatória para pi-
lotar na F1: “É uma pena que as pessoas não se aper-
cebam do valor que um piloto norte-americano, es-
pecialmente um tipo como Colton Herta, teria para a
expansão do mercado americano, especialmente com
três corridas de F1 [em 2023]”, disse Marko.
Sem oportunidade para competir na Fórmula 1, o teste
com a Alpine foi também cancelado e o piloto não fará
parte do “plantel” ao dispor dos franceses no circuito
de Hungaroring, na Hungria. Para Helmut Marko é “in-
compreensível” que um vencedor de sete corridas da
IndyCar tenha que provar suas qualificações para pi-
lotar um carro de Fórmula 1 e seguir um sistema que
considera desadequado de pontos da FIA.
O acordo entre Red Bull e Alpine sobre Pierre Gasly,
que entrará no seu último ano de contrato com a es-
Apesar da confirmação da Audi, a Porsche e a Red
Bull terminaram recentemente as conversações
sobre uma potencial parceria, embora o fabricante
continue interessado em encontrar uma solução al-
ternativa para entrar na grelha da competição rain-
ha do desporto motorizado: “O anúncio feito pela
Audi foi um voto de confiança”, disse.
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Doohan e Colton Herta (que já não vai testar, devido
à desistência da Red Bull na sua aquisição), sendo
que Mick Schumacher também já foi associado ao
teste. A Alpine já afirmou que pretende um piloto
experiente e capaz de marcar bons pontos desde
início, pelo que Doohan e de Vries poderão ficar a
perder neste contexto, com Giovinazzi e Schuma-
cher com mais experiência.
trutura austríaca em 2023, pode chegar a bom porto,
mas a Alpha Tauri terá de encontrar um substituto à
altura do francês. De acordo com informações do Mo-
torsport-Total.com, o possível substituto de Gasly não
virá do programa de jovens pilotos da Red Bull e tam-
bém não será Mick Schumacher.
Ou Gasly mantém-se mais um ano na Alpha Tauri e a Al-
pine encontra outro piloto, possivelmente do lote que
vão testar no Hungaroring, ou a Red Bull contrata um
piloto fora do seu programa, à semelhança do que fez
com Sergio Pérez, e ‘liberta’ o francês antes do final
do contrato.
>> autosport.pt
11
DECISÃO DA ALFA ROMEO
SOBRE ZHOU GUANYU ESTE MÊS
Zhou Guanyu afirmou não ter pressa para renovar o seu contrato com a
Alfa Romeo para o próximo ano, mas o responsável da equipa, Frédéric
Vasseur, admitiu que a decisão sobre quem estará ao lado de Valtteri
Bottas em 2023 será anunciada brevemente.
Depois de ter terminado a corrida do GP de Itália no décimo lugar, Zhou
explicou que tem discutido a sua situação com a equipa, estando con-
tente com o seu desempenho no ano de estreia. “Sim, estamos a falar
sobre isso”, disse Zhou. “E não há pressa, eu e a equipa estamos muito
felizes um com o outro, o trabalho que fizemos até agora. Não foi uma
época fácil, digamos, para época de estreia, mas do meu lado estou
bastante feliz por trabalhar com todos os membros da equipa. E sim,
estamos a falar sobre isso. Nada foi confirmado, mas espero obter mais
informações em breve.”
Vasseur adiantou ainda que o Zhou “está a fazer um bom trabalho, mas
como disse antes, e como confirmamos antes, vamos tomar uma de-
cisão até ao final de setembro e temos de nos manter calmos.”
ALEXANDER ALBON
EM RECUPERAÇÃO
O piloto da Williams Alexander Albon espera poder competir no GP de
Singapura depois de ser obrigado a abandonar após o primeiro dia do
GP de Itália do fim de semana passado, tendo sofrido de apendicite,
mas reconheceu que seria difícil regressar já aos comandos do mono-
lugar.
Albon teve alta do hospital na terça-feira e recupera em casa no Móna-
co antes da jornada de Singapura, que começa a 30 de setembro, tendo
ainda sofrido algumas complicações pós-operatórias que o levou a pas-
sar pelos Cuidados Intensivos no hospital milanês onde foi tratado.
“Sinto-me muito bem”, disse Albon numa mensagem de vídeo nas re-
des sociais. “Obviamente que no sábado tive um pequeno problema e
os médicos fizeram um trabalho espantoso. Estou muito grato por me
terem posto de boa saúde e saído do hospital na terça-feira. Já comecei
a andar e o objetivo é estar pronto para Singapura, o que vai ser difícil.
É uma das corridas mais difíceis que temos, por isso não é uma corrida
fácil, mas vamos apontar alto e ver o que acontece.”
Albon foi substituído por Nyck de Vries na corrida italiana, com o piloto
neerlandês a terminar em posição pontuável na sua estreia na F1.
 WRX/
12

RALICROSS - PORTUGAL

diasjoao1962@gmail.com
WORLD RX

E KRISTOFFERSSON
QUASE TUDO LEVOU
A estreia do novo Mundial de Ralicross totalmente elétrico SÁBADO DE TRÁS PARA A FRENTE
FOTOS
Duarte Mesquita, Fábio Mendes
autosport@autosport.pt
Red Bull Content Poll, Ricardo OMS

Andersson e Niclas Gronholm, com o fi -

no nosso país foi um sucesso. Houve espetáculo, drama e Tendo de lutar depois da corrida de pro-
consagrações. Na prova do Mundial, Johan Kristoffersson gressão devido a um furo duplo (a cor-
mostrou porque atualmente está num nível à parte com o seu rida de progressão substitui a última
Volkswagen e alcançou o tetra de vitórias nesta temporada. manga de qualificação e tem peso decisi-
Mas no domingo uma penalização de 10 segundos atribuiu a vo na atribuição das grelhas das Meias-
vitória a Niclas Gronholm fi ais), Johan Kristoffersson conseguiu,
no entanto, retificar a situação para ob-
landês a atrasar-se na parte fi al devi-
do a um eixo traseiro danificado no seu
PWR. O jovem sueco Gustav Bergstrom,
no terceiro Volkswagen, também se
qualificava para a decisiva corrida do dia.
Na Final, Kristoffersson conseguiu sair
da primeira curva na liderança, muito

O
futuro chegou ao Ralicross,
os elétricos mostraram em
Montalegre porque é que a
sustentabilidade da moda-
lidade só faz sentido com a
transição para a eletrifica-
ção. Os novos Supercars são imponen-
tes no aspeto, rápidos na performan-
ce e proporcionaram as corridas mais
emotivas do fim de semana. Pode-
se sentir falta do barulho, é verdade,
mesmo até quando vemos os carros
a entrar ou a sair dos espaços de as-
sistência, mas o potencial do campeo-
nato está lá. Com mais três ou quatro
equipas, com a entrada de mais alguns
nomes sonantes e com algumas me-
didas que podem ser implementadas
pelo promotor (criar um som artificial
Racing para os carros, por exemplo),
o campeonato tem futuro e poderá
crescer. Quem é um purista de gaso-
lina pôde, no entanto, desfrutar tam-
bém em Montalegre das fortes emo-
ções proporcionadas pelos Supercar do
Europeu RX1. E para os portugueses,
os corações também bateram forte no
domingo, com as vitórias e as disputa-
das batalhas finais em que se envol-
veram Mário Barbosa, João Ribeiro e
Nuno Araújo. Parabéns a eles e a todos
os pilotos portugueses que abrilhanta-
ram esta prova internacional, organi-
zada pela experiente equipa do Clube
Automóvel de Vila Real, em colabo-
ração com uma incansável equipa da
Câmara Municipal de Montalegre, que
permitiram uma vez mais a Portugal
receber uma prova deste espetacular
Campeonato do Mundo FIA.
ter a sua quarta vitória consecutiva da
temporada, vencendo à frente do seu
companheiro de equipa Ole Christian
Veiby e de Timmy Hansen. Dominante
em termos de velocidade pura durante
as duas mangas disputadas, um furo du-
plo na corrida de progressão fez atrasar,
no entanto, a escalada de conquista do
atual Tetracampeão Mundial. Uma opor-
tunidade que Timmy Hansen aprovei-
tou para garantir a pole-position para
as meias-fi ais. Com o seu irmão Kevin
Hansen e Johan Kristoffersson na sua
meia-final, Timmy Hansen não conse-
guiu, mesmo assim, resistir ao regresso
em força do piloto da Volkswagen. Um
andamento completamente aparte da
concorrência que Kristoffersson con-
fir aria depois na Final. Na segunda
meia-final, vitória para Ole Christian
Veiby, beneficiando da luta entre Klara
disputada na travagem com múltiplos
contactos entre os três Volkswagen Polo
e o Peugeot de Timmy Hansen, nunca
mais se preocupando com quem vinha
atrás, vencendo tranquilamente na fren-
te do seu companheiro de equipa Ole
Christian Veiby. Por seu lado, Timmy
Hansen teve de aplicar-se com todas
as suas forças para conquistar o seu
terceiro pódio desta temporada de 2022.
Foram também notórios os progressos
feitos no trabalho de desenvolvimen-
to por parte do Team Hansen sobre o
Peugeot face à anterior prova disputada
na Letónia. O sueco Gustav Bergstrom
efetuou a sua Joker-lap logo no início e
quando Timmy Hansen fez a sua, parecia
que poderia perder momentaneamente
a posição, mas uma manobra bem-su-
cedida na curva 9 permitiu-lhe recupe-
rar o terceiro lugar do pódio.

PEUGEOT AMEAÇAM NO DOMINGO
Depois de um pódio prometedor, o Team
Hansen queria mais e começou o dia
de domingo a demonstrar no terreno
que poderia ser uma ameaça ao domí-
nio de Kristoffersson. Numa pista que
apresentou uma temperatura mais ele-
vada em relação ao dia de sábado, os
dois Peugeot recuperaram todo o seu
vigor. Na Q1, Timmy Hansen fez voltas
rápidas muito próximas dos tempos
registados pelo atual Campeão e na
Q2 Kevin Hansen acompanhou per-
feitamente o ritmo de Kristoffersson.
Ficou logo ali o aviso. Seguiu-se a cor-
rida de progressão, onde assistimos
provavelmente à prova mais emocio-
nante de todo o fim de semana com
uma luta intensa, nos limites e correta
entre Kevin Hansen e Kristoffersson, o
que representou o perfeito exemplo do
que deve ser o Ralicross, com vantagem
para Kevin Hansen. Na outra corrida de
progressão, Timmy Hansen conseguia
bater Gronholm e assim tínhamos os
manos Hansen a ocuparem o lugar da
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pole-position para cada uma das duas
Meias-fi ais. Estava a ser uma exibição
de sonho para o mais jovem dos irmãos
Hansen, mas na Meia-fi al 1, um to-
que na saída da curva 1 com o PWR de
Gronholm fez com que o Peugeot ficasse
com danos irremediáveis na suspensão.
Na segunda meia-fi al as coisas tam-
bém não correram nada bem a Timmy
Hansen e um pião na Joker-lap afas-
tava-o da luta pela vitória, que ficava
assim nas mãos de Kristoffersson. Na
Final, o sueco do Volkswagen partia da
pole, enquanto Timmy Hansen da posi-
ção mais exterior. No arranque, Timmy
Hansen redimiu-se e teve um dispa-
ro sensacional que o levou a discutir
a liderança com o seu rival na curva
1, conseguindo mesmo sair na frente.
Seguiu-se um frenético duelo pela vi-
tória, com o Volkswagen sempre colado
aos para-choques traseiros do Peugeot
até que um ataque mais musculado de
Kristoffersson na travagem para a curva
1 na segunda volta custou ao tetracam-
peão mundial a oportunidade de con-
quistar o “penta” em vitórias nesta tem-
porada. Depois do toque, Timmy Hansen
foi à escapatória e perdeu imenso tem-
po, enquanto Kristoffersson nunca mais
foi incomodado e acabaria por cruzar a
bandeira de xadrez no primeiro lugar.
Mas depois o Colégio de Comissários
Desportivos penalizava Kristoffersson
em 10 segundos, dando assim a Niclas
Gronholm a segunda vitória consecu-
tiva em Portugal depois da conquis-
tada no ano passado, enquanto Ole-
Christian Veiby alcançou o seu quarto
pódio em cinco possíveis à frente de
Klara Andersson, com a jovem sueca
de 21 anos a ser uma das agradáveis
surpresas do fim de semana. Quanto a
>> autosport.pt
13
Kristoffersson, este caiu para o quin-
to lugar na Final, mas na classificação
geral do campeonato, o sueco mantém
naturalmente o controlo com uma van-
tagem de 21 pontos sobre Ole-Christian
Veiby que é agora o segundo classificado.
TÍTULO ENTREGUE NOS RX1
Nos RX1, a luta foi entre Jānis Baumanis
(Peugeot 208) o mais rápido no TL1 e na
Heat 1, sempre com Enzo Ide (Audi S1) por
perto, com o belga a ser o mais rápido na
Heat 2 e Anton Marklund (Hyundai i20)
a tentar chegar aos primeiros lugares.
Marklund foi o mais rápido na Heat 3. Na
corrida de progressão foi Ide a destacar-
-se na sua corrida, com Marklund a levar
a melhor sobre Baumanis na sua prova.
Apesar de uma final atribulada,
Anton Marklund festejou o título em
Montalegre, sendo obrigado a fazer
uma corrida de recuperação. A fi al
não teve presença lusa, pois quer Mário
14
wrx/
C/ CLASSIFICAÇÕES

CL PILOTO CARRO TEMPO

1º JOHAN KRISTOFFERSSON VOLKSWAGEN RX1E 5 VOLTAS EM 3M34,313S
2º OLE CHRISTIAN VEIBY VOLKSWAGEN RX1E A 1,666S
3º TIMMY HANSEN PEUGEOT RX1E A 2,080S
4º KEVIN HANSEN PEUGEOT RX1E A 2,874S
5º GUSTAV BERGSTROM VOLKSWAGEN RX1E A 6,673S
VOLTA MAIS RÁPIDA: T. HANSEN (PEUGEOT) EM 41,204S

FINAL MUNDIAL DOMINGO

1º NICLAS GRONHOLM PWR RX1E 5 VOLTAS EM 3M37,355S
2º OLE CHRISTIAN VEIBY VOLKSWAGEN RX1E A 2,853S
3º KLARA ANDERSSON PWR RX1E A 4,412S
4º TIMMY HANSEN PEUGEOT RX1E A 4,821S
5º JOHAN KRISTOFFERSSON VOLKSWAGEN RX1E A 9,241S
VOLTA MAIS RÁPIDA: J. KRISTOFFERSSON (VOLKSWAGEN) EM 41,232S

CAMPEONATO MUNDIAL
1º JOHAN KRISTOFFERSSON 91 PONTOS, 2º OLE CHRISTIAN VEIBY 70, 3º TIMMY HANSEN, 66, 4º KEVIN HANSEN,
Barbosa (Citroen DS3), quer José Oliveira No fi al, João Ribeiro não conseguiu 62, 5º NICLAS GRÖNHOLM, 60, 6º KLARA ANDERSSON 52, 7 GUSTAV BERGSTROM, 50, 8º RENÉ MUNNICH, 44
(Peugeot 208) ficaram pelas meias-fi- manter as suas aspirações ao título de
nais, um resultado apesar de tudo po- RX3. O piloto português foi quinto na FINAL EUROPEU RX1
sitivo para ambos os pilotos. Na fi al, fi al, após ter triunfado na semifi al 2 1º ENZO IDE AUDI S1 QUATTRO 5 VOLTAS EM 3M35,139S
2º JANIS BAUMANIS PEUGEOT 208 WRX A 0,964S
Marklund embrulhou-se na curva 1 em (onde também correram Nuno Araújo,
3º ULRIK LINNEMANN FORD FIESTA ST 4WD A 6,168S
alguns toques, foi logo à Joker Lap e co- Jorge Machado e António Sousa, sendo
meteu um erro que o fez perder muito
tempo. Enzo Ide (Audi S1) assumiu a li-
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que na semifi al 1 tivemos a presença
de Joaquim Machado. Kobe Pauwels foi
4º ANTON MARKLUND
5º MARCIN GAGACKI
VOLTA MAIS RÁPIDA: E. IDE (AUDI) EM 41,515S
HYUNDAI I20 N RX
FORD FIESTA ST 4WD
A 6,688S
A 7,957S

derança que foi sendo questionada por o vencedor e com três vitórias em qua-
Jānis Baumanis (Peugeot 208), que ti- tro provas, sagrou-se já campeão sem CAMPEONATO EUROPEU RX1
1º ANTON MARKLUND 80 PONTOS, 2º JANIS BAUMANIS 58, 3º ENZO IDE, 55, 4º SIVERT SVARDAL, 45, 5º TOMI
nha de vencer para adiar as contas do precisar da última ronda para festejar.
KARAI, 39
título. Mas Ide agarrou fir e o primeiro Pauwels levou a melhor sobre Damian
lugar e conseguiu a sua primeira vitó- Litwinowicz, com Nuno Araújo a garan- FINAL EUROPEU RX3
ria no RX1, o que ajudou Marklund, que tir a presença da bandeira portuguesa 1º KOBE PAUWELS AUDI A1 5 VOLTAS EM 3M43,049S
ainda recuperou um lugar e terminou no pódio, numa excelente prestação 2º DAMIAN LITWINOWICZ AUDI A1 A 4,237S
em quarto, o suficiente para festejar. do piloto luso, que no fi al do dia não 3º NUNO ARAÚJO AUDI A1 A 5,372S
4º JAN CERNY SKODA CITIGO A 6,418S
escondeu a sua alegria e emoção pelo
5º JOÃO RIBEIRO AUDI A1 A 9,662S
RX3 - NUNO ARAÚJO FOI AO PÓDIO resultado conquistado. Beneficiou de VOLTA MAIS RÁPIDA: K. PAUWELS (AUDI) EM 42,824S
Nos RX3, Damian Litwinowicz (Audi uma penalização de cinco segundos
A1) começou com o melhor tempo no a João Ribeiro por ter tocado mais de CAMPEONATO EUROPEU RX3
TL1, mas na Heat 1 foi Kobe Pauwels uma vez nos marcadores das curvas. 1º KOBE PAUWELS 76 PONTOS, 2º DAMIAN LITWINOWICZ 52, 3º JOÃO RIBEIRO, 47, 4º JAN CERNY, 42, 5º NUNO
(Audi A1), favorito ao título, a fazer o Excelente prestação da armada lusa ARAÚJO, 34

melhor tempo, seguido de Jan Cerny, em com a bandeira portuguesa no pódio

PRÓXIMA PROVA: BÉLGICA (SPA), 8 E 9 DE OUTUBRO
Skoda Citigo (+0:02.967) e Litwinowicz graças a Nuno Araújo.
em terceiro. João Ribeiro foi quarto, se-
guido de Nuno Araújo em quinto (am-
bos eu Audi A1). Seguiram-se Sérgio
Dias em sétimo (Renault Twingo), Jorge
Machado em oitavo (Citroën C2), Rogério
Sousa (Ford Fiesta) em décimo. Leonel
Sampaio (Škoda Fabia), Tiago Ferreira,
Joaquim Machado e António Sousa, este
trio em Peugeot 208, completaram a
tabela. Na Heat 2, seguido de Damian
Litwinowicz e Kobe Pauwels. O melhor
português foi João Ribeiro que foi quarto,
com Nuno Araújo a ficar em sexto. Do
sexto ao 13º apenas um lugar não foi
preenchido pela armada portuguesa,
presente em peso em Montalegre, com
Jorge Machado (6º), Rogério Sousa (7º)
e Joaquim Machado (9º) a conseguirem
lugares no top 10. Kobe Pauwels venceu
a Heat 3, com João Ribeiro a ficar com
o terceiro posto, logo seguido de Nuno
Araújo (Audi A1), com Jorge Machado
(6º), Sérgio Dias (7º), Joaquim Machado
(8º) e Tiago Ferreira (9º) a completar o
top 10. Nas rondas de progressão, João
Ribeiro venceu a sua corrida e Nuno
Araújo ficou em segundo na sua prova.

FIM DE SEMANA QUASE PERFEITO
PARA JOHAN KRISTOFFERSSON
Kristoffersson provou que é o grande favorito à vitória
e que a concorrência ainda tem de trabalhar muito para
chegar ao nível do tetracampeão mundial. Kristoffersson
dominou o primeiro dia após a final estava radiante com
o resultado:
“Que dia, foi simplesmente inacreditável! Tanto o Ole
Christian como eu tivemos que lutar para recuperar de-
pois de termos tido azares, o que felizmente consegui-
mos fazer. Fiquei um pouco preocupado depois de ter
os dois furos na corrida de progressão e isso estava na
minha cabeça na Final, então tive de conduzir com mui-
to cuidado para não arriscar outro furo. Estou muito fe-
liz por ver o Ole Christian a terminar em segundo depois
de um início de dia tão complicado, e por termos conse-
guido uma dobradinha em velocidade pura, com o Gustav
MÁRIO BARBOSA, 8° CLASSIFICADO EURO RX1,
“ESTAMOS MUITO CONTENTES”
Mário Barbosa foi mais um piloto luso em discussão no
Euro RX1. O piloto do Citroën DS3 terminou o fim de se-
mana como oitavo classificado no Europeu da discipli-
na depois de muito tempo sem qualquer prova a nível
internacional.
No final do Montalegre RX, Barbosa estava satisfeito
com os resultados obtidos.
“A final era quando devíamos estar a começar. De facto
foram 3 e meio parado, alguma falta de ritmo com este
carro e com estes pilotos de topo, e com carros de
topo como sabemos. Mas ficamos bastante agradados
>> autosport.pt
15
[Bergström] a conseguir chegar à Final novamente, foi
simplesmente fantástico para a nossa equipa.”
No fim da segunda final do fim de semana, uma penali-
zação tirou-lhe o quinto triunfo consecutivo em cinco FIA DÁ LUZ VERDE A OLE
provas, mas a vantagem nas contas do título mantém-se
muito saudável:
“Foi uma grande Final. Esta pista tende a tornar a corrida
CHRISTIAN VEIBY
imprevisível, para dizer o mínimo. Isso é tanto mais ver-
dade quando a pista estava molhada antes da Final e isso
tornou algumas secções mais complicadas. Tentei acom-
panhar o Timmy, mas ele errou na reta e eu simplesmente
decidi tentar a sorte do lado de fora antes de entrar na
trajetória do apex. Ele mudou a sua linha para tentar co-
brir o meu ataque, mas não foi o suficiente para me im-
pedir de recuperar a liderança.”
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O norueguês teve um dia particularmente difícil no sábado. Tendo
estado no grupo dos mais rápidos logo a partir dos Treinos Livres,
um contato violento com o muro de betão exterior da reta logo
após cruzar a bandeira de xadrez na Q1 colocou o resto do seu dia
em risco. “Sofri um furo na frente esquerda e provavelmente alar-
guei a trajetória um pouco demais quando cruzei a linha de che-
gada. Terminei a minha corrida contra o muro. Houve muitos danos,
mas a equipa conseguiu colocar tudo de volta ao normal. O carro
voltou a funcionar, o impacto não foi tão forte, mas estamos à es-
pera da autorização da FIA para podermos reiniciar a competição”,
sublinhava Veiby antes do início da corrida de progressão. Tendo fi-
cado de fora da Q2, o norueguês conseguiu regressar à competição
após uma decisão favorável da FIA, que fez uma nova verificação de
segurança ao Volkswagen para confirmar o seu OK.
O BONÉ DOS 500 EUROS
Segundo o regulamento desportivo do Mundial, todos os pilotos
que vão ao pódio são obrigados a usar os bonés (com a ponta vira-
da para a frente) acordados pelo promotor do campeonato, desde o
momento em que saem do carro no parque fechado, bem como du-
rante toda a conferência de imprensa. Depois da Final de sábado,
tanto Kristoffersson como Veiby e também Timmy Hansen enganar-
am-se no boné e por isso mesmo os comissários decidiram aplicar
uma multa de 500 euros a cada um dos três ocupantes do pódio
por esta violação do regulamento.
com a performance do carro, porque ainda consegui-
mos pô-lo a andar ao nível dos atuais. Estamos muito
contentes”, explicou o piloto do Citroën.
A nível nacional, Barbosa luta por mais um título, mas
enquanto admite que vai fazer o seu melhor para as-
segurar mais um troféu, avisa que não será uma tare-
fa fácil. “Não vai ser fácil. Temos o segundo e terceiro
classificados no campeonato muito próximos, vai ser
uma luta bastante aguerrida, mas penso que vamos
conseguir. Vamos fazer o melhor possível para que isso
aconteça”, concluiu Mário Barbosa.
16
wrx/
KOBE PAUWELS, CAMPEÃO EUROPEU RX3:
“TORNEI UM SONHO REALIDADE”
O jovem piloto belga Kobe Pauwels fechou as contas
do Euro RX3 em Montalegre, depois de vencer três das
quatro rondas realizadas do Europeu até agora. Ainda
falta uma jornada para o final de temporada, mas
Pauwels admitiu ser difícil passar para palavras o que
sentiu depois de ser coroado campeão do Euro RX3.
“É difícil colocar em palavras o que sinto. Fui capaz de tor-
nar realidade o que sempre sonhei e é uma experiência
única que nunca esquecerei. Claro que o meu pai ajudou-
me, foi mais fácil começar a competir conhecendo os
truques que ele foi ensinando, mas no ano passado con-
segui aprender e conhecer bem o carro para que este ano
NICLAS GRONHOLM, VENCEDOR
DO MUNDIAL NO DOMINGO:
“RITMO RAZOÁVEL NA FINAL”
Niclas Gronholm acabou por ser o
vencedor inesperado da segunda ron-
da de Montalegre, num fim de semana
duplo por terras barrosãs. Gronholm
apresentou um ritmo mais competitivo
do que nas rondas anteriores, mas não
contava com a vitória. A penalização de
Kristoffersson elevou-o ao lugar mais
alto do pódio mas no final Gronholm
falou como se tivesse sido segundo,
explicando também os motivos de tan-
tos furos ao longo do fim de semana:
“Tive um ritmo razoável na final, algo
que já vinha desde a corrida de pro-
gressão. Infelizmente não foi o su-
ficiente na final. Na quarta volta, o
Johan fez um último setor muito forte
JOSÉ OLIVEIRA,
pudesse tornar-me campeão”, salientou o jovem piloto.
Pauwels acabou por fechar as contas do campeonato 9° EURO RX1:
faltando ainda uma ronda para terminar a época. O pi-
loto belga admitiu que pensou em todas as jornadas “TEMOS AINDA MUITO
no título e que em Montalegre, durante a semifinal,
“tive uma boa sensação e pensei que poderia fechar
já aqui o campeonato, porque me senti muito confor-
CAMINHO A PERCORRER”
tável durante todo o fim de semana com um o ritmo
que demonstrei.”
A vitória na semifinal, garantiu Pauwels, foi “uma in-
jeção de confiança para a final e ajudou-me bastante
para me tornar campeão já aqui.”
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Foi a estreia de José Oliveira nas lides internacionais, com presença nas
meias-finais. Um fim de semana intenso, de muita aprendizagem e uma
porta que se abriu para o futuro, com o piloto a reconhecer que poderá
voltar a tentar correr em competições internacionais:
“Temos ainda muito caminho a percorrer. Foi uma boa experiência e per-
mite-nos andar mais atentos, com outro tipo de concorrência, o que é
sempre bom para nos fazer evoluir, crescer e ganhar mais experiência e
quem sabe no futuro, fazer mais provas nestes campeonatos internac-
ionais. Para o campeonato nacional, já percebemos que podemos che-
gar ao título e vamos lutar por ele, faltam duas corridas, vamos tentar
estar presentes nas duas e tentar conquistar o troféu.”
e ganhou seis décimos e não o con-
segui passar quando ele fez a Joker
Lap. É um sentimento agridoce. Vencer
assim não é o mesmo, mas a equipa
e os parceiros estão felizes com o re-
sultado, com ambos os carros no pó-
dio. Tivemos muitas dificuldades nas
quatro primeiras corridas, sem ritmo,
hoje foi um pouco melhor e finalmente
bons resultados. Os furos que tive-
mos ao longo do fim de semana tive de
gerir da melhor forma, pois eram culpa
minha, por puxar em demasia em cer-
tos lugares. Exagerei nos corretores e
os pneus saltaram fora da jante, o que
não aprendi na primeira vez que acon-
teceu.”
 >> autosport.pt
17

NUNO ARAÚJO BRILHOU

ANTON MARKLUND, CAMPEÃO EUROPEU RX1:
“CONQUISTAR O TÍTULO É UM GRANDE ALÍVIO”
Ainda falta a ronda de Spa, mas Anton Marklund
queria selar as contas do título já em Montalegre
para poder fazer a festa à vontade em Spa. A fi-
nal foi atribulada, mas no final, as contas sor-
riram ao líder do campeonato que selou o título em
Montalegre:
“Finalmente! Conquistar o título é um grande alívio.
Havia muita gente a dizer que já era campeão antes
de chegar a Montalegre. Estou no desporto motoriza-
do há demasiado tempo para pensar assim, por isso
mantive-me focado. Foi um dos fins de semana mais
complicados para nós, tivemos dificuldades com
o ritmo. Não estávamos contentes com o carro e a
ação em pista também influenciou. Foi complicado e
na final a direção trancou na curva 1 e depois cometi
um grande erro na Joker Lap, o que me fez perder
muito tempo. Foram muitos nervos na corrida, pois
o objetivo era vencer aqui e aproveitar em Spa. Será
uma sensação boa fazer uma corrida sem pressão.
Vamos celebrar de qualquer das formas. Todos que-
rem vencer, mas estou que vai ser emocionante e
vou para lá, para vencer.”
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EM MONTALEGRE
Pela primeira vez e apenas na sua primeira época a “tempo inteiro” no
Europeu de Ralicross, Nuno Araújo alcançou o pódio, terminando no 3º
lugar em Montalegre, após ter estado sempre entre os melhores ao lon-
go do fim de semana.
Com boas prestações na Heats de qualificação, mostrou-se na
Progression Race, que antecedeu as meias-finais e foi 2º, só atrás do
seu colega de equipa Kobe Pauwells, líder do campeonato e que viria a
vencer em Montalegre, selando as contas do título.
Alinhou na segunda meia-final, logrando ser terceiro e conquistar um
lugar na final. Largou de quinto, subiu para quarto depois de uma boa
manobra na Joker Lap e no final beneficiou de João Ribeiro ter recebido
5 segundos de penalização por ter tocado mais de uma vez nos marca-
dores das curvas, caindo para quinto.
No fecho, Nuno Araújo sentia-se “muito feliz, não apenas pelo pódio,
mas sobretudo pelo andamento que demonstramos ao longo de todo o
fim-de-semana. Esta foi a segunda vez na carreira que atingi a final, no-
vamente em Montalegre e com todo o mérito. Quanto ao resultado, gos-
tava de o dedicar à minha família, aos meus patrocinadores e à Volland
Racing, principalmente ao Rolf Volland, patrão da equipa. O trabalho que
estão a desenvolver comigo está a dar frutos e estou a tornar-me um
piloto mais eficaz e mais rápido.”
Era 9º à chegada a Montalegre e vai agora para a última prova do ano,
na Alemanha, num fabuloso 5º lugar, entre 25 pilotos que já pontuaram,
tendo todas as possibilidades de, pelo menos, manter a posição, algo
que será muito acima das expetativas iniciais.

PENALIZAÇÃO TRAMOU
JOÃO RIBEIRO
João Ribeiro esteve muito perto de levar a bandeira portuguesa
ao pódio em Montalegre, depois de um fim de semana em que
esteve sempre muito competitivo, mas no final uma penalização
roubou-lhe o terceiro lugar, que acabou por ficar no seu compa-
triota Nuno Araújo. No final João Ribeiro resumiu a sua partici-
pação:
“Foi um final um pouco amargo, depois de uma boa semifinal,
que nos abriu boas perspetivas para a final. Tive um arranque
muito bom, cheguei ao segundo lugar. Depois, duas voltas
menos conseguidas fizeram com que perdesse a concentração
e cometi alguns erros pelos quais fui penalizado. Creio que a pe-
nalização é justa, apesar de ainda não ter visto as imagens, mas
errei no mesmo sítio, por isso acredito que seja correto. Fico
triste, mas o quinto lugar não é mau de todo. Vou a Nurburgring
e já tinha decidido com a minha equipa fazer o campeonato
todo. O vice-campeonato torna-se difícil, pois os pilotos da
frente são sempre os mesmos, a diferença pontual é significati-
va, mas continuo a acreditar que o vice-campeonato é possível.”
 CPK/
18

KARTING

CAMPEONATO DE PORTUGAL DE
KARTING TOYOTA – NO BOMBARRAL

JÁ TEMOS
CAMPEÕES
NACIONAIS
Artur Loureiro, Guilherme Morgado, Martim Marques Martim
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Meneses, Henrique Cruz e Renato Bolzan são os novos

campeões nacionais de Karting, faltando definir os da categoria
X30 Super Shifter dado que a classificação está suspensa

A
edição 2022 do Campeonato
de Portugal de Karting Toyota
terminou este fim de semana,
com a realização da quinta e
última jornada dupla, no KIRO-
Kartódromo Internacional da
Região Oeste, no Bombarral, sob a orga-
nização da ACDME.
CATEGORIA X30
A categoria-rainha do Campeonato de
Portugal de Karting Toyota contou com
28 pilotos no primeiro dia de competi-
ção no Bombarral. Henrique Cruz (Kart
Republic) foi o mais rápido na sessão de
treinos cronometrados, com uma volta em
45,985s. Na manga de qualificação, João
Miguel Oliveira (Tonykart) ganhou na fren-
te do piloto de Leiria, com ambos a par-
tilharem a primeira linha da grelha para
a Final, tendo Diogo Marujo (Tonykart) e
Duarte Pinto Coelho (Tonykart) logo atrás.
A Final, disputada em 17 voltas, foi domi-
nada por João Miguel Oliveira, tendo três
pilotos estado na luta pela segunda po-
sição e que acabariam por terminar por
esta ordem: Henrique Cruz, Diogo Marujo
e Duarte Pinto Coelho, tendo Diogo Pinto
(Charles Leclerc) fechado o top-5.
Francisco Serôdio (Redspeed) recupe-
rou cinco posições e foi o sexto classifi-
cado, seguindo-se Martim Romão (Birel
ART), Lucas Vieira (Kart Republic), Adolfo
Castro (Tonykart) e Luís Alves (CRG) – que
rubricou a volta mais rápida em 46,381s
– no top-10.
Francisca Queiroz (Kosmic) terminou
num meritório 15.º posto e venceu a clas- Categoria X30
se feminina. Entre os Master, vitória para
Renato Bolzan (Tonykart).
No segundo dia de competição, a sessão
de treinos cronometrados foi liderada por
Henrique Cruz (Kart Republic), ao rubricar
a melhor volta em 45,921s. Na manga de
qualificação, vitória para Martim Romão
(Birel ART), na frente de Henrique Cruz, pi-
lotos que partilharam a primeira linha da
grelha de partida para a Final, com Diogo
Marujo (Tonykart) e Diogo Pinto (Charles
Leclerc) a arrancarem logo atrás, na se-
gunda linha.
Na Final, disputada em 17 voltas, Martim
Romão arrancou da pole-position, mas foi
Diogo Marujo quem assumiu o comando
no qual se manteve até à passagem da
Henrique Cruz
quinta volta, altura em Henrique Cruz
passou para a liderança. No último terço
da corrida, eram seis pilotos que estavam
na luta pela vitória, tendo acabado por le-
var a melhor Henrique Cruz que, com este
triunfo, conquistou o título de campeão
nacional X30 Sénior.
Frederico Peters garantiu a segunda po-
sição e Luís Alves completou o pódio, com
Rafael Rajani a ser premiado pela sua per-
formance com um excelente quarto lugar,
enquanto Diogo Marujo fechou o top-5.
Rodrigo Santos (Kosmic) foi o sexto classi-
ficado, na frente de Diogo Pinto, Francisco
Serôdio (Redspeed) – que esteve na luta
pela vitória e viu a bandeira xadrez na Renato Bolzan
quarta posição, mas uma penalização

Santiago Alves
diasjoao1962@gmail.com
Martim Meneses
Categoria X30 Super Shifter
Categoria Júnior
relegou-o para o oitavo lugar – Miguel
Cardoso (Tonykart) e Duarte Pinto Coelho
(Tonykart) que, por esta ordem, fecha-
ram o top-10, respetivamente. Francisca
Queiroz (Kosmic) venceu a classe femini-
na e Renato Bolzan (Tonykart) sagrou-se
campeão nacional na X30 Master.
CATEGORIA X30 SUPER SHIFTER
No primeiro dia de competição, Hugo
Marreiros (Tonykart) foi o mais rápido
nos treinos cronometrados à geral e na
Master com uma volta em 44,436s. O pi-
loto de Lisboa venceu depois a manga de
qualificação, na frente de André Serafi
(Birel ART), pilotos que partilharam a pri-
meira linha da grelha de partida para a
Final, com Rodrigo Ferreira (Kosmic) e
Rodrigo Lessa (Birel ART) a arrancarem
logo atrás, na segunda linha.
Na Final, disputada em 15 voltas, André
Serafim liderou até à passagem da 10.ª
volta, altura em que Rodrigo Ferreira pas-
sou para o comando e não mais o largou,
vencendo quer à geral quer na Sénior,
com a volta mais rápida em 45,112s. Hugo
Marreiros garantiu a segunda posição e a
vitória na Master, enquanto Rodrigo Lessa
completou o pódio à geral e foi segundo
classificado na Sénior.
André Serafim garantiu o quarto lu-
gar (2.º na Master) e Nuno Portela (Birel
ART) fechou o top-5 à geral e venceu
na Gentleman. Bruno Frota (Charles
Leclerc) foi o sexto classificado, seguin-
do-se João Barros (Birel ART), Filipe Santos
(FK), Ricardo Alves (FK), Kevin Saraiva
>> autosport.pt
19
(Sodikart) e Vasco Monory (Sodikart).
No segundo dia de competição, por apelo
do concorrente e piloto André Serafim, o
Colégio de Comissários Desportivos (CCD)
suspendeu todas as classificações rela-
tivas ao segundo dia de competição do
Campeonato de Portugal de Karting da
categoria X30 Shifter, que inclui as clas-
ses Sénior, Master e Gentleman. Agora há
que aguardar pelo desfecho que terá na
Federação Portuguesa de Automobilismo
e Karting (FPAK).
CATEGORIA JÚNIOR
No primeiro dia de competição, Santiago
Alves (Parolin) foi o mais rápido nos trei-
nos cronometrados, com uma volta em
47,435s. O autor da pole-position ven-
ceu também a manga de qualificação, na
frente de Martim Meneses (Kart Republic),
pilotos que partilharam a primeira linha
da grelha de partida para a Final, com
Diogo Castro (Redspeed) e Heitor Farias
(Tonykart) a arrancarem logo atrás, na
segunda linha.
Na Final, disputada em 17 voltas, Martim
Meneses conseguiu impor-se pratica-
mente desde o início da corrida até fi al,
somando uma vitória muito importante
para as contas do campeonato. Santiago
Alves também esteve muito forte e sem
surpresa foi segundo classificado. A luta
pela terceira posição foi bem interessante,
com Filipe Rodrigues (Birel ART) a levar
a melhor sobre Diogo Castro, mas depois
o piloto da Escola de Karting do Oeste foi
penalizado e caiu para o quarto lugar, as-
20
CPK/ KARTING
Categoria X30 Mini
cendendo Diogo Castro à terceira posição.
Heitor Farias (Tonykart) fechou o top-
5 e logo a seguir terminaram Henrique
Oliveira (Kosmic) – que fez uma boa pro-
AÇÃO ÉTICA NO DESPORTO PROMOVIDA va depois de arrancar da 10.ª posição –,
Caio Bolzan (Tonykart), Rodrigo Vilaça
PERANTE QUASE UMA CENTENA (Tonykart) e Raylander Tavares (Formula
K), enquanto Pedro Barbosa (Tonykart)
DE JOVENS foi forçado a abandonar à passagem da
sexta volta.
Com o apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a Federação No segundo dia de competição, Santiago
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Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) promoveu, no KIRO-Kartódromo
Internacional da Região Oeste, no Bombarral, uma iniciativa direcionada a todos os
Alves (Parolin) foi o mais rápido nos treinos
cronometrados, conseguindo uma volta
agentes do desporto automóvel, intitulada “Ação de Ética no Desporto”. em 47,637s. Na manga de qualificação, o
Com a quinta e última prova do Campeonato de Portugal de Karting a decorrer no piloto de Sintra voltou a ser o mais forte,
circuito do Bombarral, com largas dezenas de jovens, o local revelou-se o ideal. “Estas na frente de Diogo Castro (Redspeed), pi-
ações são transversais a todas as disciplinas do desporto automóvel, mas é muito lotos que partilharam a primeira linha da
importante que cheguem, desde logo, aos mais jovens, sendo, neste caso aos pilotos grelha de partida para a Final, com Filipe
de Karting, mas também aos pais, às equipas e a todos os intervenientes que os Rodrigues (Birel ART) e Pedro Barbosa
acompanham. Com uma plateia bem composta, o nosso objetivo foi falar de respeito (Tonykart) a arrancarem logo atrás, na
pelo próximo, empatia, saber ganhar e perder para termos um desporto mais justo segunda linha.
e saudável. É importante transmitir a mensagem de que o desporto é um agente de Na Final, disputada em 17 voltas,
união e bem-estar e não um meio para atitudes incorretas e egoísmos”, começou por Santiago Alves voltou a impor a sua
dizer Rute Vieira que liderou a iniciativa. rapidez e bateu toda a concorrência,
“Vamos continuar a promover estas ações e, paralelamente, fomentar as boas práticas numa corrida que liderou de princípio
através da exibição do ‘Cartão Branco’, mas também anualmente, na nossa Gala dos a fim. Martim Meneses (Kart Republic),
Campeões, ao distinguir alguém que tenha dado destaque aos princípios da Ética e que arrancou do nono lugar, foi ga-
Fair Play. No desporto nunca se perde, ou se ganha ou se aprende!”, concluiu Rute nhando posições até ser o segundo
Vieira, responsável pela Comissão de Ética e Fair Play da FPAK. a ver a bandeira xadrez e com a volta
mais rápida em 48,004s. Este resulta-
do revelou-se suficiente para o piloto
madeirense fazer a festa do título de
campeão nacional Júnior.
Diogo Castro completou o pódio, mas
pressionado pelo brasileiro Heitor Farias,
enquanto Pedro Barbosa fechou o top-
5, seguindo-se Filipe Rodrigues (Birel
ART), Rodrigo Vilaça (Tonykart), Henrique
Oliveira (Kosmic), Caio Bolzan (Tonykart)
e Ray Tavares (Formula K).
Martim Marques Categoria Cadete 4T
CATEGORIA X30 MINI
No primeiro dia de competição, João Barros
(Parolin) foi o mais rápido na sessão de
treinos cronometrados, com uma volta
em 51,853s. Na manga de qualificação,
Martim Marques (Kart Republic) venceu
na frente de Romeu Mello (Kosmic), pilotos
que partilharam a primeira linha da gre-
lha de partida para a Final, com Gabriela
Teixeira (DR) e Tomás Fernandes (Kosmic)
a arrancarem logo atrás, na segunda linha.
Na Final, disputada em 15 voltas, Gabriela
Teixeira foi a primeira a estar na liderança,
mas depois o comando passou a ser al-
ternado entre Martim Marques e Romeu
Mello, com este último a acabar por levar
a melhor. Martim Marques garantiu o se-
gundo lugar e Tomás Fernandes comple-
tou o pódio, tendo Gabriela Teixeira termi-
nado na quarta posição, enquanto Xavier
Lázaro (DR), que arrancou do 11.º posto,
ainda conseguiu fechar o top-5, com a
volta mais rápida em 52,327s.
Mario Silva Lora (Kart Republic) garantiu
uma positiva sexta posição, seguindo-se
João Barros, Afonso Lopes (Kart Republic)
– que largou do 14.º posto –, Diogo Caetano
(Birel ART) e António Macedo (FA), por
esta ordem, no top-10. O espanhol Rafael
Simón Varela foi o 11.º classificado, na fren-
te de Jan Rodrigues (Charles Leclerc), en-
quanto Afonso Azevedo (Charles Leclerc)
e Vicente Rodrigues (DR) tiveram proble-
mas e não completaram qualquer volta.
No segundo dia de competição, Xavier
Lázaro (DR) foi o mais rápido nos treinos
cronometrados, com a marca de 52,314s.
O jovem piloto de Várzea de Sintra venceu
depois a manga de qualificação, na frente
de Martim Marques (Kart Republic), pilotos

Vicente Capela
que partilharam a primeira linha da grelha
de partida para a Final, com Romeu Mello
(Kosmic) e Diogo Caetano (Birel ART) a
arrancarem logo atrás, na segunda linha.
Na Final, disputada em 15 voltas, Xavier
Lázaro, Romeu Mello e Martim Marques
travaram uma luta intensa pela vitória,
tendo depois, a partir da 14.º volta, o triunfo
ter sido essencialmente discutido entre
Martim Marques e Xavier Lázaro, tendo
o primeiro levado a melhor (com a vol-
ta mais rápida) e confir ado da melhor
forma a conquista do título de campeão
nacional da categoria X30 Mini.
Xavier Lázaro terminou imediatamente
a seguir na segunda posição, sendo au-
tor de uma excelente corrida, tal como
Romeu Mello que viu a sua performance
premiada com o terceiro lugar do pódio.
A luta pela quarta posição foi igualmen-
te intensa, com Gabriela Teixeira a levar a
melhor, seguindo-se Diogo Caetano, João
Barros (Parolin), António Macedo (FA),
Rafael Simón Varela (Ronykart), Afonso
Lopes (Kart Republic), Mario Silva Lora
(Kart Republic), Jan Rodrigues (Charles
Leclerc), Afonso Azevedo (Charles
Leclerc), Vicente Rodrigues (DR) e Tomás
Fernandes (Kosmic).
CATEGORIA CADETE 4T
No primeiro dia de competição, Leonor
Rocha (Parolin) foi a mais rápida nos trei-
nos cronometrados, registando uma vol-
ta em 57,557s. Na manga de qualificação,
venceu Vicente Capela (Charles Leclerc),
na frente de Leonor Rocha. Estes dois pi-
lotos partiram da primeira linha da gre-
lha na Final, com Francisco Correia (Kart
Categoria Iniciação
Guilherme Morgado
Republic) e João Francisco (Ricciardo) logo
atrás, na segunda linha.
Na Final, disputada em 11 voltas, Vicente
Capela foi o líder da corrida até à pas-
sagem da sexta volta, altura em que
Leonor Rocha assumiu o comando e
não mais o largou até à bandeira xadrez.
Francisco Correia garantiu o segundo
lugar e Guilherme Morgado (Birel ART)
completou o pódio.
diasjoao1962@gmail.com
A luta pela quarta posição foi bem renhi-
da com José Pedro Pinto (Parolin) a levar a
melhor sobre Vicente Capela que fechou
o top-5, com a volta mais rápida (57,947s).
Francisco Iglésias (Birel ART) foi o sexto
classificado, seguindo-se Martim Gomes
(Birel ART), Mateus Gomes (Birel ART) e
João Francisco foi forçado a abandonar à
passagem da terceira volta.
No segundo dia de competição, Vicente
Capela (Charles Leclerc) foi o mais rápido
nos treinos cronometrados, com o tem-
po de 58,162s. Na manga de qualificação,
o piloto de Beja também conseguiu bater
a concorrência e teve Francisco Correia
(Kart Republic) a seu lado na primeira linha
da grelha para a Final, com João Francisco
(Ricciardo) e Leonor Rocha (Parolin) a par-
tirem logo atrás, na segunda linha.
Na Final, disputada em 12 voltas, Vicente
Capela largou da pole-position e conse-
guiu manter-se na liderança até à pas-
sagem da quinta volta, altura em que
Francisco Correia passou para o coman-
do. Contudo, na derradeira volta, o piloto
alentejano conseguiu regressar à lide-
rança e bateu toda a concorrência, com
a volta mais rápida em 58,158s, tendo
Francisco Correia e Leonor Rocha, que
Martin Rodrigues
estiveram igualmente na luta pela vitó-
ria, completado, por esta ordem, o pódio.
José Pedro Pinto (Parolin), que arrancou
do nono lugar, conseguiu ver a bandei-
ra xadrez na quarta posição, enquanto
Guilherme Morgado (Birel ART) fechou o
top-5. Contudo, o piloto de Loures, ape-
sar de ser quinto classificado, face às vi-
tórias e a outros bons resultados que foi
alcançando ao longo da época, sagrou-se
campeão nacional.
João Francisco garantiu a sexta posição,
seguindo-se Francisco Iglésias (Birel
ART), Martim Gomes (Birel ART) e Mateus
Gomes (Birel ART), respetivamente.
CATEGORIA INICIAÇÃO
No primeiro dia de competição, Artur
Loureiro (Birel ART) foi o mais rápido nos
treinos cronometrados com a marca de
1m18,551s. José Diogo Martins (Birel ART)
venceu depois a manga de qualificação,
na frente de Artur Loureiro, pilotos que
partilharam a primeira linha da grelha de
partida para a Final, Lourenço Antunes
(Birel ART) e Luís Fernandes (Parolin), a
arrancarem logo atrás, na segunda linha.
Na Final, disputada em 5 voltas, José Diogo
Martins largou da pole-position e aprovei-
tou da melhor forma para liderar de prin-
cípio a fime festejar a sua primeira vitória
no Campeonato de Portugal de Karting da
categoria Iniciação. Tiago Caetano (Birel
ART) recuperou cinco posições e garantiu
o segundo lugar com a volta mais rápida
(1m20,241s), enquanto Martin Rodrigues
(Parolin) completou o pódio.
Artur Loureiro (Birel ART) e Luís
Fernandes terminaram logo a seguir, no
Artur Loureiro
>> autosport.pt
21
top-5. Diogo Baptista (Birel ART) foi sexto
classificado, na frente de Miguel Barbosa
(Charles Leclerc), Enzo Santos (Birel ART),
Lourenço Antunes (Birel ART) e Tomás
Dias (Parolin), respetivamente.
No segundo dia de competição, Luís
Fernandes (Parolin) foi o mais rápido
nos treinos cronometrados com a mar-
ca de 1m19,685s. Na manga de qualifi-
cação venceu José Diogo Martins (Birel
ART), na frente de Tiago Caetano (Birel
ART), pilotos que partilharam a primei-
ra linha da grelha de partida para a Final,
com Martin Rodrigues (Parolin) e Diogo
Baptista (Birel ART) a arrancarem logo
atrás, na segunda linha.
Na Final, disputada em cinco voltas, José
Diogo Martins largou da pole-position e
liderou as primeiras duas voltas, tendo
depois passado para o comando Martin
Rodrigues, para não mais o largar até fi-
nal. José Diogo Martins garantiu a segunda
posição, com uma desvantagem de es-
cassos 42 milésimos de segundo para o
vencedor, enquanto Lourenço Antunes
(Birel ART), Artur Loureiro (Birel ART) e
Enzo Santos (Birel ART) – que rubricou a
volta mais rápida em 1m19,532s – termi-
naram logo a seguir e fecharam o top-5.
Artur Loureiro, apesar de ter sido quar-
to classificado, face às vitórias e a outros
bons resultados que foi alcançando ao lon-
go da época, sagrou-se campeão nacional.
Luís Fernandes (Parolin) largou da 10.ª po-
sição, mas conseguiu terminar no sexto
lugar, seguindo-se Diogo Baptista, Tiago
Caetano, Tomás Dias (Parolin) e Miguel
Pinto Barbosa (Charles Leclerc), respe-
tivamente.
 TT/
22
B P U LT I M AT E A D V E N T U R E T E A M
UMA SUPER EQUIPA
NO TODO-O-TERRENO
Foi apresentada na passada
semana a nova equipa BP
Ultimate Adventure Team, um
novo projeto desportivo que
junta sob o mesmo ‘teto’ quatro
bons pilotos portugueses
e Todo-o-Terreno, Miguel
Barbosa, Lourenço Rosa, Luís
Portela Morais e David Megre.
Mais um excelente sinal da
pujança do TT em Portugal...
José Luis Abreu
jabreu@autosport.pt
FOTOS Oficiais
É
verdade que o Todo-o-Terreno
sempre teve um vigor, uma robus-
tez diferente da grande maioria
dos países da Europa, a maioria
deles bem mais abundantes em
termos económicos que o nosso,
mas ver surgir uma equipa como a BP
Ultimate Adventure Team, que se junta a
várias outras boas estruturas que traba-
lham no TT em Portugal como a PRK Sport
Rally Team, ARC Sport, o Team Transfra-
diasjoao1962@gmail.com
delos & XRally Team, MRacing Portugal,
Prolama Competição, Santag Racing, SGS
Car Racing é caso para sentir orgulho.
Também porque a BP, um forte patroci-
nador do ‘nosso’ desporto, entende ser
importante uma parceria como esta.
Para a BP Portugal este projeto “assenta
mais uma vez na forma diferenciadora
e inovadora como a BP aborda os seus
patrocínios e relações de parceria, com-
binando a experiência de quatro grandes
pilotos numa iniciativa muito relevante
para o desporto motorizado em Portu-
gal”, disse Sílvia Barata, Presidente da
BP Portugal.
Esta nova nova equipa vai competir
em diversas categorias e competições,
num projeto inédito e diferenciador, e
que há muito não é visto nas décadas
mais recentes do todo-o-terreno em
Portugal. Vão correr nos Autos (Miguel
Barbosa e Lourenço Rosa), SSV (Luís
Portela Morais) e Motos (David Megre).
O projeto aposta em participações des-
portivas em Portugal e no estrangeiro,
às quais se irão juntar diversas outras
atividades, “numa dinâmica que se pre-
tende pujante e atrativa”, segundo os
mentores do projeto.
Miguel Barbosa, oito vezes campeão
nacional, e Lourenço Rosa, piloto que
se estreou no Rali Dakar em 2021, irão
dispor das novíssimas Toyota Hilux T1+
idênticas à máquina que venceu o Dakar
este ano nas mãos de Nasser al Attiyah.
Luís Portela Morais, que partilhou du-
rante muitos anos a sua carreira nos
desportos motorizados com a prática
de Rugby ao mais alto nível, irá conti-
nuar a competir de SSV, enquanto David
Megre, campeão europeu e nacional,
prosseguirá a sua carreira nas motos.
Uma das duas novas Toyota Hilux T1+, a
de Lourenço Rosa, já está em Portugal
e vai rodar em Reguengos no próximo
fim de semana, enquanto a de Miguel
Barbosa chega sensivelmente dentro
de um mês. Não estão ainda totalmente
defin das as competições que cada piloto
vai realizar, mas há uma linha e ideias já
bem estabelecidas. Na Baja 500 Portale-
gre deverá ser possível ver as duas Hilux
T1+ competir, dado que é uma prova da
Taça do Mundo. Quanto ao CPTT 2023, a
FPAK deverá mudar o regulamento para
acolher as novas máquinas.
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23

LOURENÇO ROSA
“ESTE PROJETO É UM SONHO
DE VIDA…”
MIGUEL BARBOSA “DUAS T1+,
É UMA GRANDE APOSTA NOSSA
NO DESPORTO NACIONAL…”
Miguel Barbosa, oito vezes campeão nacional, será a par de
Lourenço Rosa os pilotos que vão dispor das novíssimas Toyota
Hilux T1+ idênticas ao carro que venceu o Dakar este ano.
Para Miguel Barbosa, “este projeto dará continuidade à minha
ligação de há vários anos à BP, agora com uma dinâmica mais
alargada e com uma projeção ainda mais ambiciosa. Sinto um
grande orgulho, tentamos sempre fazer algo diferente, a cada Lourenço Rosa é um dos quatro pilotos da BP Ultimate
ano, diferenciador, inovador, que traga algo mais ao TT. Esse Adventure Team. Mostra-se naturalmente “muito entusiasmado
foi o objetivo e mais uma vez a BP aceitou o desafio, acreditou em fazer parte deste projeto“ e acredita que “a Toyota Hilux T1+
no talento nacional possibilitando a criação desta equipa será espetacular o que seguramente irá trazer mais pessoas às
multidisciplinar nas principais categorias do TT, com pilotos corridas.”
diasjoao1962@gmail.com
sobejamente conhecidos. Aqui foi importante o talento, os
valores, pois estamos a falar de quatro pilotos com valores
Para o piloto este projeto é “um sonho de vida”, a sua nova
Toyota Hilux T1+, que os adeptos poderão ver a andar em
idênticos. Vamos estrear dois carros em Portugal — o carro Reguengos como carro de segurança, é o primeiro a chegar
vencedor do Dakar 2022 —, o projeto vai ter duas T1+, uma aposta a Portugal, numa equipa que vai ter dois carros. Quanto
nossa no desporto nacional, sendo que vai haver também a Lourenço Rosa, “vou fazer provas internacionais, Dakar,
participações internacionais. Esta apresentação é o pontapé Marrocos, também Campeonato Nacional, vou testar já em
de saída e agora é por isto a andar”, disse Miguel Barbosa, que Reguengos como carro de segurança mas com ritmo de corrida,
deverá estrear a sua nova Toyota Hilux T1+ na Baja 500 Portalegre. será bom testar o carro em pista aberta.”

LUÍS PORTELA MORAIS DAVID MEGRE

“OBJETIVO EM 2023 SÃO AS “VOU LUTAR PELO TÍTULO NOS
PRINCIPAIS CORRIDAS DO TT RALLY-RAIDS”
NACIONAL”
David Megre é o piloto da nova equipa BP Ultimate Adventure
Team nas motos: “É um projeto sem dúvida interessante, acho
que não existe um projeto destes há muito tempo. Basicamente
vou fazer corridas nacionais e no plano internacional vou ser
co-piloto do Luis Portela de Morais; vou por exemplo com ele
em outubro ao Rali da Andaluzia. No plano nacional vou fazer
as duas corridas que faltam para acabar o campeonato, e fazer
mais duas corridas do nacional de Rally-Raids (navegação)
que neste momento lidero. Era apenas para ser mais um
campeonato que iria fazer, mas como continuo a ser competitivo
e em particular nas provas de navegação, vou agora lutar para
ser campeão”, disse.

Luís Portela Morais é um dos quatro pilotos da BP Ultimate

Adventure Team. O piloto, que partilhou durante muitos anos
a sua carreira nos desportos motorizados com a prática de
Rugby ao mais alto nível, irá competir de SSV: “Tenho a sorte
de continuar a pertencer à família BP, o que já sucede desde
2018. É uma marca forte no TT nacional e internacional, e sinto
orgulho de fazer parte desta equipa”, começou por dizer o piloto
que para já vai marcar presença em Reguengos, na Baja TT
Sharish Gin-Reguengos de Monsaraz-Mourão: “Depois vou voltar
ao Campeonato do Mundo, na Andaluzia, depois a Baja 500
Portalegre, e tudo isto para preparar o Dakar 2024 onde quero
voltar. Este ano de 2022 cumpri um sonho ao disputar o Dakar,
o resultado foi um bónus, mas agora quero preparar bem 2024
onde vou chegar com outras condições.”
 V/
24
GT WORLD CHALLENGE, VALÊNCIA
MIGUEL RAMOS SELA TÍTULO
PRO-AM NA SPRINT CUP
Miguel Ramos e Dean MacDonald conquistaram o título da
Sprint Cup do GT World Challenge Europe na classe Pro-Am
em Valência. A este título a dupla do McLaren tentou juntar o
de equipas, mas acabou por não ser possível por 0.5 pontos
M
iguel Ramos e o seu
companheiro de equipa,
Dean MacDonald, sela-
ram o título do GT World
Challenge Europe Sprint
Cup na classe Pro-Am
após a primeira de duas corridas da
jornada de Valência no Circuito Ricardo
Tormo. Os dois pilotos aos comandos
do McLaren 720S GT3 da equipa Garage
59 terminaram a corrida fora do pódio,
em resultado de um toque de um car-
ro adversário perto do fi al da corrida,
mas asseguraram uma margem de 18
pontos para os seus mais diretos ad-
versários, que terminaram no terceiro
lugar da classificação.
Ramos foi segundo na qualificação
para a corrida 1, batido por apenas uma
centésima pelo Ferrari 488 GT3 #21 de
Hugo Delacour e Cedric Sbirrazzuoli.
Contudo, o piloto português arrancou
mal na partida e foi absorvido pelo pe-
lotão, passando para quarto da classe,
conseguindo ainda assim recuperar
o primeiro lugar durante o seu stint e
entregar o McLaren #188 a MacDonald
em primeiro. À entrada para a segun-
da metade da prova, MacDonald esta-
va na frente, mas a entrada do Safety
diasjoao1962@gmail.com
Pedro André Mendes
pedroandre.mendes@autosport.pt
FOTOS SRO/Patrick Hecq Photography
Car fê-lo perder toda a vantagem e no
relançamento, o Ferrari #21 bateu no
Mclaren esfumando-se aí as hipóte-
ses de vitória, passando para quarto. O
Ferrari 488 GT3 #52 de Andrea Bertolini
cruzou a linha em terceiro, deixando
ainda assim MacDonald e Ramos com
uma margem de 18 pontos na liderança
da classe, matematicamente impossí-
vel de bater somando os pontos ainda
em discussão.
Christian Klien e Patryk Krupinski
venceram a corrida da classe Pro-
Am no McLaren 720S GT3 #111 da JP
Motorsport, seguidos de Hugo Delacour
e Cedric Sbirrazzuoli no Ferrari 488 GT3
#21 da AF Corse.
FESTEJOS NO PÓDIO
MacDonald garantiu a pole na qualifi-
cação 2 para a segunda corrida, mos-
trando que a equipa queria encerrar o
ano com uma vitória. A chuva que caiu
entre a qualificação e a partida alagou
completamente a pista, fazendo com
que as escolhas de set up fosse uma
autêntica lotaria. Um bom arranque e
um bom turno de MacDonald foi per-
mitindo a liderança da Pro-AM, ainda
que à medida que a pista foi secando os
pneus de chuva foram perdendo eficá-
cia e isso refletiu-se no segundo lugar
fi al com que Ramos terminou a corri-
da. Assim, foram Klien e Krupinski que
repetiram a vitória da corrida 1, com
Hugo Delacour e Cedric Sbirrazzuoli,
aos comandos do Ferrari 488 GT3 da
AF Corse a fechar os lugares de pódio.
Apesar do piloto português e o seu
companheiro de equipa da Garage 59
terminarem no pódio, faltou o título
de equipas na Sprint Cup. A Garage 59
perdeu para a AF Corse, com dois car-
ros em pista, por apenas 0.5 pontos.
Miguel Ramos no fi al da jornada va-
lenciana do GTWC Sprint Cup, admitiu:
“Estamos felizes com o título alcança-
do. A equipa merece muito este troféu,
tal como o Dean que fez uma excelen-
te época. Agora vamos festejar com a
C/
CLASSIFICAÇÃO
VENCEDORES
CORRIDA 1
CLASSE PRO
1 SIMON GACHET, CHRISTOPHER HAASE
CLASSE PRO-AM
1 PATRYK KRUPINSKI, CHRISTIAN KLIEN
CLASSE SILVER
1 ULYSSE DE PAUW, PIERRE ALEXANDRE JEAN
CORRIDA 2
CLASSE PRO
1 CHARLES WEERTS, DRIES VANTHOOR
CLASSE PRO-AM
1 PATRYK KRUPINSKI, CHRISTIAN KLIEN
CLASSE SILVER
1 EZEQUIEL PEREZ COMPANC, FABIAN SCHILLER
equipa que mereceu muito esta vitória
com o fantástico trabalho que realizou
ao longo da época e daqui a quinze
dias encerraremos a temporada com a
Endurance Cup em Barcelona.”
Na classe Pro, Dries Vanthoor e Charles
Weerts também fecharam as contas
da Sprint Cup e conquistaram o seu
terceiro título consecutivo no GT World
Challenge Europe, bastando para isso
o terceiro lugar da classificação na pri-
meira corrida em Valência.
Após esta quinta e última prova da
Sprint Cup, Miguel Ramos e Dean
MacDonald encerraram as contas,
vencendo a Pro-Am, enquanto na ta-
bela da Classificação conjunta (Sprint
e Endurance), Miguel Ramos lidera a
classificação global dos pilotos desta
classe.
AUDI R8 LMS EVO II GT3 35 VOLTAS
MCLAREN 720S GT3 35 VOLTAS
FERRARI 488 GT3 35 VOLTAS
AUDI R8 LMS EVO II GT3 33 VOLTAS
MCLAREN 720S GT3 33 VOLTAS
MERCEDES-AMG GT3 33 VOLTAS
CrM/
>> autosport.pt
25

CAMPEONATO DE RALIS DA MADEIRA

MIGUEL NUNES
É CAMPEÃO DA
MADEIRA
Miguel Nunes revalidou o título madeirense da modalidade
no Rali do Funchal e Câmara de Lobos, prova marcada pelas
condições climatéricas em que Alexandre Camacho e Vítor
diasjoao1962@gmail.com
Sá também subiram ao pódio
João F. Faria
autosport@autosport.pt
FOTOS Diogo Abreu

A
maior parte dos campeonatos e
troféus em disputa no campeo-
nato da Madeira de ralis ficaram
resolvidos na organização do
CD Nacional, a penúltima do
calendário. O rali ficou marcado
pelas condições climatéricas pois uma
forte chuvada ao fi al da manhã levou
os concorrentes a rodar com pneus para mas Alexandre Camacho prometia atacar Tal permitiu que Vítor Sá, autor de uma pro- Fernandes que perdeu muito tempo no
piso seco em molhado e, com a opção por de forma a festejar o triunfo. va notável com o Citroën DS3 R3T, não só troço cronometrado de abertura com um
borracha mais mole na assistência a meio O piloto com o Skoda com as cores das vencesse entre os utilizadores de viaturas furo e uma jante partida após um ligeiro
do dia, ainda ter que gerir o desgaste na Vespas assim fez e teria anulado a di- com duas rodas motrizes como também toque numa berma.
segunda metade do evento. ferença para o líder na classificativa se- subisse ao pódio absoluto. Logo atrás, Rui Em festa na Choupana esteve também
Desportivamente, não era esperada guinte. No entanto, acabou por efetuar Pinto arrancou mal com o Ford Fiesta R5 Ricardo Gonçalves, 16º classificado abso-
muita animação competitiva na dis- falsa partida e era-lhe imposta uma Mk II mas foi recuperando posições e ter- luto mas também já vencedor do Troféu
cussão da vitória pois bastava a Miguel penalização de 10 segundos. minou a meio segundo do palanque. Eng. Rafael Costa. O campeonato ma-
Nunes a segunda posição para atingir Essa era a diferença entre os dois pri- Campeão da classe RC4, Miguel Caires foi deirense de ralis encerra a 14 e 15 de
os seus objetivos. meiros classificados com dois troços sexto, mesmo na dianteira de Rui Jorge outubro em Machico.
Como era expectável, Alexandre Camacho cronometrados por disputar e permitia,
colocou-se na frente logo na disputa da em condições normais, a Nunes sonhar

C/
primeira prova especial mas Miguel Nu- com mais uma vitória na festa do seu
nes, apesar do ritmo controlado, conse- sexto titulo local da modalidade. CLASSIFICAÇÃO
guiu encurtar a diferença na classificativa Foi o que veio a acontecer apesar de
seguinte para 2,8 segundos. Alexandre Camacho ter encurtado a
Seguiam-se duas passagens por Câmara sua desvantagem para 5,6 até à chega- 1º MIGUEL NUNES/ROBERTO CASTRO SKODA FABIA RALLY2 EVO 49:08.6
de Lobos, troço cronometrado marcado da no Estádio da Madeira. Para o piloto 2º ALEXANDRE CAMACHO/PEDRO CALADO SKODA FABIA RALLY2 EVO + 5.6
por uma chuvada inesperada que o dei- com as cores da Lotus era a euforia e a 3º VÍTOR SÁ/RICARDO VENTURA CITROËN DS3 R3T + 3:56.1
xou bastante escorregadio. Aí, Nunes dedicatória deste sucesso a Pedro Pai- 4º RUI PINTO/RICARDO FARIA FORD FIESTA R5 MK II + 3:58.6
voltou a estar melhor e passou para o xão, jovem piloto falecido este ano mas 5º FILIPE FREITAS/DANIEL FIGUEIROA PORSCHE 991 GT3 +4:00.3
comando com um avanço de 1,9 segun- sempre recordado em todos os eventos 6º MIGUEL CAIRES/JOÃO M. SOUSA RENAULT CLIO RALLY4 + 4:30.2
7º RUI J. FERNANDES/JOÃO P. FREITAS RENAULT CLIO R3T + 4:38.1
dos quando estava cumprida cerca de motorizados no arquipélago.
8º AMÉRICO GOUVEIA/RUBINA GONÇALVES CITROËN DS3 R5 + 4:39.1
metade da prova. Quem rodou mais tempo na terceira
9º DINARTE BAPTISTA/RUI MADEIRA RENAULT CLIO R3 + 4:48.3
Após a passagem pelo parque de assis- posição foi Filipe Freitas mas o piloto do 10º PAULO MENDES/ROBERTO FIGUEIRA PORSCHE 991 GT3 + 5:26.5
tência e com a caravana maioritariamente Porsche, tal como Paulo Mendes, foi dos
CMCR
equipada com pneus desajustados ao que mais sofreram com os pneus desa- 1º MIGUEL NUNES, 160; 2º ALEXANDRE CAMACHO, 117; 3º FILIE FREITAS, 77; 4º PAULO MENDES, 57; 5º VÍTOR SÁ,
piso subitamente seco, o futuro campeão justados às condições da estrada e caiu 45; 6º PEDRO PAIXÃO, 37; 7º MIGUEL CAIRES, 36; 8º JOSÉ CAMACHO, 34; 9º DINARTE BAPTISTA, 34; 10º RUI JORGE
aumentou o seu pecúlio para 2,3 segundos na classificação. FERNANDES, 33.
 R/
26

RALIS

CONSTÁLICA RALI
VOUZELA E VISEU/PROMO

ADRUZILO LOPES BATE ANDRÉ

diasjoao1962@gmail.com

CABEÇAS POR 1.6S FOTOS

José Luís Abreu
jabreu@autosport.pt
ZOOM MotorSport e Pedro Monserrate

N
unca até aqui um rali do
Campeonato Promo de Ralis,
dos seis já realizados, tinha
sido resolvido por tão cur-
ta margem, 1.6s. Nem sequer
perto disso. Adruzilo Lopes/
Paulo Leones (Mitsubishi Lancer Evo IX)
bateram André Cabeças/Diogo Costa
(Mitsubishi Mirage Evo) por 1.6s ao cabo
dos dez troços da prova. Os dois primei-
ros troços foram cancelados, o primeiro
em virtude da queda de uma árvore que
ficou a obstruir a estrada, e o segundo
devido a um ‘toque’ numa chicane que
motivou a obstrução do troço pela Equipa
#30 Mariana Machado/Pedro Dias da
Silva (KIA Picanto), sem quaisquer con-
sequências para a dupla. Nos oito troços
seguintes, grande luta, inicialmente a três,
no segundo dia a dois, pelo triunfo.
André Cabeças foi o primeiro líder, ba-
tendo Adruzilo Lopes por 5.8s e Fernando
Teotónio por 8.4s, mas na especial seguin-
Na PE5, Cabeças voltou a vencer, na fren-
te de Rui Borges/Helena Maia (Mitsubishi
Lancer Evo IX), com André Lavadinho,
fotógrafo e piloto de ocasião, a fazer ter-
ceiro na super especial de Vouzela, a 1.2s.
Fernando Teotónio cedeu 3.0s e André
Cabeças 3.8s o que significou que Cabeças
ficou com um avanço de 5.2s à entrada da
super especial 1B as coisas não lhe corre-
ram bem, perdeu 12.7s devido a problemas
com o intercooler e caiu para terceiro, atrás
de Fernando Teotónio e Adruzilo Lopes,
com este último a passar para a frente
do rali depois de bater Teotónio por 3.7s.
No segundo dia, André Cabeças/Diogo
Costa resolveram a questão mecânica,
entraram completamente ao ataque e
venceram as primeiras duas especiais,
colocando-se apenas a 2.0s de Adruzilo
Lopes/Paulo Leones, mas estes, que an-
daram também sempre a fundo, vence-
ram a PE9 e praticamente sentenciaram
o rali, confir ando-o na última especial,
do primeiro dia a 3.6s de Adruzilo Lopes,
cederam 10.4s na primeira especial do
dia e mais 7.5s na segunda, caindo para
o terceiro lugar da geral, a 16.1s da frente,
terminando o rali no terceiro posto, mas
a 42.1s da frente. Ainda assim, uma boa
operação de campeonato.
Rui Borges/Helena Maia terminaram na
quarta posição a quase um minuto dos
vencedores, 10.9s na frente de Gaspar
Pinto/Bernardo Gusmão (Mitsubishi
Lancer Evo VIII).
João Marcelino/Valter Cardoso (Renault
Clio R3 Maxi) terminaram em sexto, como
os melhores das duas rodas motrizes, com
Nélson Trindade/Raquel Graça (Mitsubishi
Lancer Evo X), Henrique Rodrigues/Daniel
Rodrigues (Mitsubishi Lancer Evo VII),
Filipe Nogueira/João Francisco Vieira
(Peugeot 208 R2) e Hélder Cordeiro/Bruno
Pereira (BMW M3 E46), fecharam o top 10.
Nas duas rodas motrizes dos ‘Promo’,
Mário Castro/Ricardo Cunha (Ford Fiesta
R2T), lideravam no fi al do 1º dia, com
21.8s de avanço para Filipe Nogueira/João
Francisco Vieira (Peugeot 208 R2), mas
na PE9, quando tudo apontava para um
triunfo, entre os ‘Promo’, na ligação para
a penúltima especial do rali o motor do
Ford Fiesta ficou sem potência e a dupla foi
obrigada a desistir. Hélder Cordeiro/Bruno
Pereira (BMW M3 E46) foram segundos
a 28.8s da frente, com Alfredo Moreira/
Nuno Queirós (Fiat Uno 45 S) a termina-
rem na terceira posição dos 2RM, a mais
de 5 minutos dos vencedores.
Foi uma aposta ganha da Promolafões,
e dos municípios de Vouzela e Viseu, já
que a prova teve imensa gente na estra-
da, sendo a entrega de prémios na Feira
de S. Mateus um belo exemplo de como
se ‘vai buscar’ público onde ele está…

C/
te a quarta, Teotónio reagiu e venceu, ba- vencendo por 1.6s.
tendo Cabeças por 2.4s e Adruzilo Lopes Fernando Teotónio/Luís Morgadinho CLASSIFICAÇÃO
por 5.7, o que significou a troca de posi- (Mitsubishi Lancer Evo X) atrasaram-
ções entre os dois pilotos dos Mitsubishi. -se e depois de terem chegado ao fi
CLASSIFICAÇÃO
POS PILOTO/NAVEGADOR CARRO TEMPO/DIF. CAT.
1 LOPES ADRUZILO - LEONES PAULO MITSUBISHI LANCER EVO IX 34:41.4 X3-14
2 CABEÇAS ANDRÉ - COSTA DIOGO MITSUBISHI MIRAGE EVO +1.6 X6-17
3 TEOTÓNIO FERNANDO - MORGADINHO LUÍS MITSUBISHI LANCER EVO X +42.1 X3-14
4 BORGES RUI - MAIA HELENA MITSUBISHI LANCER EVO IX +57.9 X3-14
5 PINTO GASPAR - GUSMÃO BERNARDO MITSUBISHI LANCER EVO VIII +1:08.8 X3-14
6 MARCELINO JOÃO - CARDOSO VALTER RENAULT CLIO R3 MAXI +1:15.1 P2-3
7 TRINDADE NÉLSON - GRAÇA RAQUEL MITSUBISHI LANCER EVO X +1:48.1 X3-14
8 RODRIGUES HENRIQUE - RODRIGUES DANIEL MITSUBISHI LANCER EVO VII +1:59.7 P3-7
9 NOGUEIRA FILIPE - VIEIRA J. PEUGEOT 208 R2 +2:51.1 P1-2
10 CORDEIRO HÉLDER - PEREIRA BRUNO BMW M3 E46 +3:19.9 X2-12

BERNARDO SOUSA VENCE PROVA-EXTRA
Paralelamente às competições a ‘contar’ o
Constálica Rali Vouzela e Viseu teve também
uma Prova-Extra, com oito equipas, que foi
facilmente ganho por Bernardo Sousa/Inês
Veiga (Citroën C3 Rally2), que deixaram Hugo
Lopes/Tiago Neves (Renault Clio Rally4),
a 47.4s, com David Brites/Numa Pompílio
(Peugeot 208 Rally4) em terceiro a pouco
mais de um minuto. Um furo na PE4 atrasou
a dupla vencedora, ao fazê-los cair para
a quinta posição, com Hugo Lopes, piloto
local, a liderar o rali, mas dois troços depois
o madeirense já estava novamente na
frente, onde terminou. Na terceira posição
Finalmente, um rali nos GT! Vitor Pascoal
(Porsche 991 GT3 Cup) venceram
1m13.2s na frente da dupla espanhola
Jorge Perez/Herminio Gonzalez (Porsche
997 GT3 Cup), com Paulo Carvalheiro/
Décio Carvalheiro (Porsche 991 GT3
Cup) em terceiro. No primeiro dia, Vitor
Pascoal já liderava com 1m10.3s para
Jorge Perez, 2m32.9s de avanço para
LUÍS MOTA VENCE PROVA EQUILIBRADA
NOS CLÁSSICOS
Luís Mota/Alexandre Ramos (Mitsubishi
Lancer evo VI) venceram nos Clássicos, o
que sucede pela terceira vez este ano em
seis provas. Apesar dos dois abandonos,
Mota lidera o campeonato, cinco pontos
na frente de Nuno Mateus/Roberto Santos
(Mitsubishi Lancer Evo VI), que nesta prova
foram segundos, apenas a 4.1s.
Daniel Ferreira/Rodrigo Pinheiro (Mitsubishi
Carisma GT Evo VI) chegaram ao final
do primeiro dia 8.0s na frente de Nuno
terminou o também piloto local, David
Brites/Numa Pompílio (Peugeot 208 Rally
4) que chegaram ao pódio no último troço,
por troca com José Loureiro/Nuno Alves
(Peugeot 208 Rally 4) que caíram para
quinto. Em quarto terminaram os campeões
nacionais de 2RM, Ernesto Cunha/Rui
Raimundo (Peugeot 208 Rally4). A Cerimónia
e Pódio Final e de Entrega de Prémios teve
como palco a Feira de São Mateus numa
‘Festa Final’ inédita. Não faltou público, quer
na Feira de São Mateus, que na estrada.
Nunca antes vimos tanta gente nesta prova
como desta feita.
VITORdiasjoao1962@gmail.com
PASCOAL
VENCE
NOS GT
Paulo Carvalheiro (Porsche 991 GT3 Cup)
depois de ter terminado o dia de ontem
10.3s na frente de Jorge Perez/Herminio
Gonzalez (Porsche 997 GT3 Cup), que
deu muita luta na estrada, mas uma
penalização de um minuto ‘tramou-o’.
Caiu para terceiro, ainda recuperou o 2º
lugar, mas já nada pode fazer em termos
de luta pela vitória.
Mateus, com Luís Mota em terceiro a 17.3s.
No último torço da manhã, a PE8, Mota
passou Mateus, deixando-o 2.4s mais atrás
e no troço seguinte o líder Daniel Ferreira
perdeu 51.6s e caiu para terceiro, ficando
a uma especial do fim Mota 3.4s na frente
de Mateus, com Luís Mota a confirmar o
triunfo com a vitória na derradeira especial.
Cipriano Antunes/Nuno Batalha (Audi
Quattro) foram terceiros na frente de Luís
Fonseca/João Aguiar (Peugeot 106 S16).
JOSÉ CORREIA (PROMOLAFÕES)
“QUEREMOS IR PARA O CPR”
Terminou com sucesso a 9ª edição do
Constálica Rallye Vouzela e Viseu, um evento
cujos responsáveis querem colocar no
Campeonato de Portugal de Ralis a breve
trecho. A prova, que se realiza nas regiões
de Vouzela e Viseu, tem no entender dos
seus responsáveis grande potencial de
promoção da região, e por essa e várias
outras razões entendem que é no CPR o
seu lugar. Falámos com José Correia, da
Promolafões, que à pergunta “querem levar
a prova para o CPR?”, responde de que
“sim!”, e explica: “a prova já tem maturidade
mais do que suficiente para estar no
CPR, comparativamente a outras que
estão na competição. O rali foi crescendo,
amadurecendo, foi para uma capital de
distrito, Viseu, conseguimos levar o rali para
FPAK JÚNIOR TEAM PRIMEIRO TRIUNFO
DE GONÇALO HENRIQUES
Gonçalo Henriques/António Santos (Kia
Picanto GT), venceram a terceira prova do
FPAK Júnior Team, inserido no Constálica
Rali Vouzela e Viseu. A dupla da Domingos
Sport bateu Rafael Cunha/Gonçalo Cunha
(Kia Picanto GT/Racing 4 You), por 12.3s numa
luta que durou todo o rali. José Maria Bastos/
António Pereira (Kia Picanto GT/ The Racing
Factory) foram terceiros a quase minuto
e meio, com José Quintas/Jorge Manuel
Carvalho (Kia Picanto GT/BeFast MotorSport) a
terminarem em quarto, longe da frente.
Mariana Machado/Pedro Dias da Silva (Kia
Picanto GT/Sports & You) bateram logo na fase
inicial da prova e abandonaram. Danny Carreira/
>> autosport.pt
27
dentro da maior feira de Península Ibérica,
a Feira de São Mateus, tivemos a partida
na Catedral de Viseu, que é Património da
Humanidade, o Parque de Assistência é
no coração de Viseu, uma zona ex-libris da
cidade” disse José Correia que pretende
mesmo colocar a prova no CPR, embora
ainda não saiba quando: “O rali é para ir
para o CPR, se é para o ano ou não, não
sei. Não está inscrito como candidato,
porque essa questão das candidaturas tem
andado para trás e para a frente, porque
legalmente pelos estatutos há provas que
foram faladas como candidatas nos últimos
tempos que não o podiam ser, mas também
já houve recentemente provas que entraram
no CPR sem terem sido sequer candidatas,
portanto vamos ver…”, disse José Correia.
Bruno Abreu (Kia Picanto GT/ PT Racing)
também bateram e abandonaram o rali.
Rafael Cunha mantém a liderança, agora com
82 pontos, com Gonçalo Henriques a somar
agora 60, relançando a competição. José
Maria Bastos é terceiro com 31 pontos, mais
quatro que José Quintas.
No final do primeiro dia Gonçalo Henriques
já liderava, 13.3s na frente de Rafael Cunha
com José Maria Bastos a 45.6s. No 2º dia,
a diferença subiu um pouco, passando
para 14.1s no final da PE8, Rafael Cunha
recuperou um pouco, mas o vencedor
controlou a prova até ao fim, vencendo pela
primeira vez este ano.
 GT3/
28
GT3 CUP JEREZ
BARROS
E VIEIRA
DIVIDEM
TRIUNFOS EM
JEREZ
Carlos Vieira voltou a ser protagonista na quarta ronda
da GT3 Cup que visitou Espanha pela segunda vez, com o
circuito de Jerez de la Frontera a servir de palco
autosport@autosport.pt
FOTOS Álvaro Rivero
V
olvidos dois meses sob a última
jornada, em Portimão, a GT3
Cup regressou ao ativo, com
o aliciante de um conjunto de
novidades relevantes: a pre-
sença oficial de responsáveis
da Porsche Motorsport, o que poderá
deixar antever boas notícias, em termos
de futuro, para o troféu promovido pela
P21 Motorsport, e ainda a estreia de seis
pilotos, entre as quais se destaca a de
Aloísio Monteiro, o “patrão” da equipa
diasjoao1962@gmail.com
Racing Factory.
No arranque para a penúltima jornada da
época estava ainda tudo em aberto nas
três categorias da GT3 Cup no tocante
aos “títulos” em disputa, a começar na
categoria AM, cujo primeiro classificado,
Francisco Cruz, dispunha de apenas de
três pontos de vantagem face a Alexan-
dre Martins. Na categoria GD, Miguel
Caetano estava um pouco mais folgado
(+16 pontos) em relação a João Parreira,
enquanto na Pro essa diferença era ainda
maior, já que Carlos Vieira, o grande do-
minador dessa categoria, somava mais
25 pontos que Vasco Barros.
O começo das festividades deu-nos Viei-
ra na frente dos treinos livres, com Vasco
Barros por perto, assim como Ricardo
Megre. De destacar, o desempenho do
jovem Manuel Alves, com o quinto registo
absoluto (e quarto da categoria PRO/
AM+) no TL2, atrás de Francisco Cruz,
o mais rápido na categoria AM, batendo
André Fernandes, que havia sido o mais
veloz na sessão anterior. Na categoria
GD, João Parreira foi quem deu melhores
indicações, perante a dupla constituída
por Miguel Caetano e João Posser, com
Rui Mirita a ser o terceiro mais rápido.
QUALIFICAÇÃO ATRIBULADA
PARA VIEIRA
O fimde semana complicou-se para Car-
los Vieira,. Apesar de ter conquistado a
“pole position” para a corrida 1, estava
obrigado a cumprir uma penalização
(drive trough) e na corrida 2 iria largar da
penúltima fi a da grelha (14º lugar), após
ter-lhe sido anulada a volta que garantiria
a “pole”… por exceder os limites da pista.
Na primeira qualificação, Vieira não per-
mitiu que o seu rival, Vasco Barros, o
surpreendesse, mas na primeira corrida o
piloto de Fafe teria de cumprir um “drive
trough” (passagem nas boxes), pena-
lidade que transitou da última corrida
de Portimão, quando foi considerado
culpado pelos comissários desportivos
da colisão com aquele seu adversário.
Barros, foi batido por uma diferença de
0,220s, depois de um erro que poderá ter
custado a pole. Nesta sessão, Ricardo Me-
gre foi apenas o oitavo mais rápido, após
terem-lhe sido anuladas quatro voltas
rápidas por exceder os limites da pista.
Na qualificação para a segunda corrida,
ao ver serem-lhe anuladas três voltas (3ª,
4ª e 7ª), por exceder os limites da pista,
Vieira ficou num modesto 14º lugar, cor-
respondente à penúltima fi a da grelha
de partida, enquanto o seu rival Vasco

C/ CLASSIFICAÇÕES
CORRIDA 1
1º VASCO BARROS (LOB MOTORSPORT/PRO/AM+)
2º MANUEL ALVES (MONTEIRO COMPETIÇÕES/PRO/AM+)
3º CARLOS VIEIRA (VELOSO MOTORSPORT/PRO/AM+)
4º JORGE AREIA (MONTEIROS COMPETIÇÕES/PRO/AM+)
5º ALEXANDRE MARTINS (AM)
CORRIDA 2
1º CARLOS VIEIRA (VELOSO MOTORSPORT/PRO/AM+)
2º VASCO BARROS (LOB MOTORSPORT/PRO/AM+)
3º RICARDO MEGRE (PRO/AM+)
4º MANUEL ALVES (MONTEIRO COMPETIÇÕES/PRO/AM+)
5º FRANCISCO CRUZ (AM)
Barros foi quem conquistou a “pole”. E ao
lado do jovem piloto da Lob Motorsport
partiria Ricardo Megre.
Na categoria AM, André Fernandes e
Francisco Cruz dividiram a “pole” para
cada uma das corridas, enquanto na GD
sucedeu o mesmo em relação a João
Parreira e João Posser.
BARROS VENCE CORRIDA 1
O jovem Vasco Barros conquistou a vitó-
ria na primeira corrida, face ao estreante
Manuel Alves, com Carlos Vieira, após
cumprir uma penalização, a chegar à
última posição do pódio.
Barros terminou destacado na frente
de Manuel Alves, autor de uma corrida
notável na sua estreia no troféu ao vo-
lante do carro da Q&F, com Carlos Vieira,
a ser o terceiro classificado, apesar do
“pião” na chicane, quando já planeava a
ultrapassagem a Alves.
Um dos pontos de interesse da corrida foi
a recuperação de Carlos Vieira, já que lá
na frente Barros e Alves rodaram sempre
destacados de Jorge Areia. E Alexandre
26.03.383
A 18.731
A 32.287
A 47.699
A 49.626
25.56.731
+ 7.792
+ 11.151
+ 18.621
+ 19.307
diasjoao1962@gmail.com
Martins rapidamente segurou o primeiro
lugar da categoria AM, destacando-se de
Kaetanen, enquanto André Fernandes
ficou fora de “combate” logo de início, ao
ver-se envolvido num acidente ainda na
primeira volta. O mesmo sucedeu mais
tarde a Ricardo Megre, que acabaria por
não completar a corrida.
Rui Mirita triunfou na categoria GD, de-
pois de se livrar da molhada da primeira
volta, com a qual se atrasou João Parreira,
na sequência do toque de um adversário,
fazendo depois uma corrida de trás para
a frente até ao segundo lugar. Conseguiu
levar a melhor sobre Miguel Caetano, cujo
objetivo era assegurar o pódio e… pontos
para o campeonato.
VIEIRA AGARRA VITÓRIA
NA CORRIDA 2
Depois da vitória de Vasco Barros na
primeira corrida, Carlos Vieira venceu
a segunda prova, depois de ter largado,
ao contrário do inicialmente previsto,
da primeira linha da grelha, terminando
com 7.792s de vantagem face ao seu
FRANCISCO ABREU E FRANCISCO MORA
REFORÇAM LIDERANÇA NO GT-CER
Francisco Abreu e Francisco Mora, ao
volante do Porsche 991 GT3 Cup 4.0
preparado pela Veloso Motorsport,
reforçaram a liderança do campeonato
espanhol GT-CER depois de terem
conquistado a vitória na classe GPC e o
segundo lugar à geral em Jerez, o que os
deixa muito perto do título.
A dupla portuguesa deixou claro nos
treinos livres e na qualificação que estava
em Jerez para ganhar, não só na classe
mas também à geral. Apesar do poderio
do Mac Car de Cor Euser e do Ferrari 458
GT3 de Josep Mayola e Marc Carol, Abreu
e Mora não se intimidaram. A pista de
Jerez recebeu a primeira de duas corridas
de duas horas (+1 volta) agendadas no
calendário de 2022 do GT-CER. Apesar
de ser um circuito pouco adaptado
ao Porsche 991 GT3 Cup 4.0 da dupla
portuguesa, a verdade é que os pilotos
rubricaram a pole position para a corrida.
Entregue a Francisco Abreu, o arranque da
corrida não surpreendeu. O maior poder do
Mac Car permitiu a ultrapassagem de Cor
Euser a Abreu na primeira curva. Porém, o
rival Vasco Barros, sendo o último lugar
do pódio conquistado pelo estreante
Ricardo Megre.
De facto, se depois da qualificação 2 o colé-
gio de comissários desportivos, com base
nos relatórios recebidos da pista, tinha
decidido anular os tempos de três voltas
(3ª, 4ª e 7ª) a Vieira, o que despromovia
da “pole” para o 14º lugar, tal penalização
haveria, mais tarde, de ser retificada e o
piloto da Veloso Motorsport foi recolocado
na primeira linha da grelha. Largando
ao lado de Vasco Barros, que liderou nas
primeiras quatro voltas, Vieira exerceu
forte pressão até conseguir ascender ao
comando. A partir daí controlou os acon-
tecimentos, enquanto o jovem piloto da
Lob Motorsport procurava manter-se a
salvo, e logrou esse objetivo, da ameaça
de Ricardo Megre, o que conseguiu.
Na fase inicial, Francisco Cruz, o grande
dominador da categoria AM, chegou a
>> autosport.pt
29
piloto português não deu tréguas e com
uma excelente manobra passou o Mac
Car, assumindo a liderança, cavando, de
imediato, um fosso para o pelotão.
Com uma vantagem superior a 30
segundos eis que um Safety Car deitou
fora todo o terreno conquistado pelo luso.
Infelizmente, as paragens nas boxes não
foram bem-sucedidas devido a dificuldades
inesperadas no desaperto das rodas do
lado esquerdo na troca de pneus. Porém,
isso não desmoralizou a dupla de pilotos,
que se entregaram à corrida e recuperaram
o tempo perdido.
Francisco Mora, que que fez o turno de
condução final, acabou encostado aos
escapes do Mac Car e por pouco não
roubou a vitória a Cor Euser num final
renhido em cima da linha de meta.
Contas feitas, Francisco Abreu e Francisco
Mora reforçaram a sua liderança do
GT-CER e quando faltam apenas duas
jornadas muito dificilmente o título
escapará à dupla lusa. A próxima jornada
realiza-se no Circuito de Navarra nos dias
22 e 23 de outubro.
superar Manuel Alves no despique pelo
quarto lugar absoluto, mas na parte fi al,
já a acusar algum desgaste, preferiu não
resistir ao jovem do Porsche da Q&F,
que conquistou mais um bom resultado
nesta jornada de estreia na GT3 Cup.
André Fernandes, segundo classificado
na mesma categoria AM, nada pôde fazer
para contrariar o domínio de Cruz.
Muito seguro desde a primeira volta e
a salvo de “confusões”, João Parreira
também esteve intocável na catego-
ria GD, que liderou com autoridade do
princípio ao fim, sendo de referir ainda
o bom desempenho de João Posser, se-
gundo classificado, enquanto Afonso
Vaz protagonizava uma saída de pista
quando parecia ter já assegurado o último
lugar do pódio. Este, contudo, acabaria na
posse de Rui Mirita, que não deixava de
confessar a sua sorte… ao sofrer um furo
quase com a meta à vista.
 N/
30
NOTÍCIAS
MORREU
PEDRO CORDEIRO
Aos 82 anos, morreu o antigo responsável pela Comissão de Todo-
o-Terreno da FPAK, Pedro Cordeiro, uma figura incontornável
do automobilismo em Portugal, elemento que durante décadas
trabalhou em prol do desporto automóvel nacional
LEIA E ACOMPANHE TODAS
AS NOTÍCIAS EM AUTOSPORT.PT
PORTUGAL
CONFIRMA EQUIPA
PARA OS FIA
MOTORSPORT
GAMES
Portugal confirmou a sua formação de
pilotos para competir em oito disciplinas
nos FIA Motorsport Games, com as
inscrições a chegarem antes da edição de
2022 do evento multidisciplinar do desporto
automóvel que se realiza de 26 a 30 de
outubro em Marselha, França.
Conhecidos como os Jogos Olímpicos dos
Desportos Motorizados, tiveram a sua
primeira edição em 2019 em Roma, Itália,
e regressam agora a Marselha, após os
anos de pandemia que inviabilizaram a sua
realização.
diasjoao1962@gmail.com
Os FIA Motorsport Games são uma
competição global multidisciplinar exclusiva
para o automobilismo em que cada piloto
compete em nome do seu país. Cada disciplina
consagra os três primeiros classificados
com medalhas de ouro, prata e bronze. Mais
do que um evento automobilístico, os FIA
Motorsport Games são uma competição única
de entretenimento com uma impressionante
cerimónia de abertura em Marselha, com
corridas multidisciplinares em vários locais
e atividades dentro e fora de pista. Uma
combinação de desporto, cultura, educação
e igualdade que visa a globalização e
integração.
Esta segunda edição triplica o número de
disciplinas e conta receber atletas de cerca
de 100 países distintos e mais de 1000
atletas. Portugal estará bem representado
em oito disciplinas: eSports, Fórmula 4,
Rally 4, Drift, Cross Car Júnior, Karting
Sprint Júnior, Karting Sprint Sénior e Karting
Endurance com a participação inédita de
uma equipa totalmente feminina.
Assim, Manuel Espírito Santo alinhará na
Fórmula 4, Ricardo Sousa e Luís Marques
nos Rally 4, João Vieira no Drift, Guilherme
Matos no Cross Car Júnior, Rodrigo Seabra
no Karting Sprint Júnior, Francisca Queirós
na Karting Sprint Sénior, Sofia Correia,
Mariana Machado, Rita Teixeira e Anastácia
Khomyn no Karting Endurance e João
Cavaca nos ESports. Um grupo de jovens
pilotos que pretendem continuar a cimentar
e ao mesmo tempo evoluir na sua carreira
desportiva, tanto a nível nacional como
internacional.
Para Ni Amorim, Presidente da FPAK: “Este
é um evento que segue a linha dos Jogos
Olímpicos e que pretende ser um marco no
C
omeçou muito jovem como praticante de pro-
vas de motociclismo, onde chegou a ser cam-
peão, mas já gostava do desporto automóvel
e começou a colaborar nas organizações de
provas e principalmente nos anos de ouro do Rali TAP.
Colaborou como dirigente da Secção de Motorismo de
Sporting Clube de Portugal e depois no Clube 100 à Hora,
até que, em 1985, César Torres o convidou a ingres-
sar na Comissão Desportiva Nacional do Automóvel
Club de Portugal, inicialmente para a dinamização do
Autocross e Ralicross e depois para Todo-o-Terreno.
Foi diretor e um dos fundadores da Federação
Portuguesa de Automobilismo e Karting, e nessa função
foi responsável pela modalidade de Todo-o-Terreno que
acompanhou como observador até final do ano de 2017.
Foi membro da FIA durante cerca de 25 anos, inicial-
mente como membro da comissão Off-Road e depois
como membro da comissão Cross-Country onde se
manteve até 2014.
Acompanhou a evolução do Todo-o-Terreno em Portugal
onde os pilotos e organizadores são considerados dos
melhores do mundo.
Em 2011 a Confederação do Desporto de Portugal con-
cedeu-lhe o Título de Personalidade do Ano por ter com-
pletado 50 anos ao Serviço do Desporto Automóvel.
Era atualmente Presidente da Associação Portuguesa
de Comissários Desportivos de Automobilismo e Karting.
À sua família e amigos o AutoSport endereça as suas
mais sentidas condolências.
panorama mundial. Sob a chancela da FIA
é uma verdadeira montra de talentos para FÓRMULA E:
o mundo. A nossa representação é este
ano bastante superior à de 2019 e conta JÉRÔME
com pilotos jovens, mas experientes, que
vão tentar trazer para Portugal o maior D’AMBROSIO
número de medalhas possível. Acredito
seriamente que o investimento feito DEIXA VENTURI
nestas participações trará dividendos
para todos os pilotos envolvidos assim
como para o desporto automóvel
nacional”, referiu.
“Para além disso, estamos muito satisfeitos
de poder inscrever cinco pilotos femininas.
Num desporto maioritariamente masculino
onde a igualdade de género tem evoluído,
mas de forma muito lenta, congratulamo-
nos com as escolhas que apresentamos
para estes jogos. Temos a certeza de que
se vão bater de igual para igual e que vão
atingir os objetivos a que se propõem:
lutar pelos melhores resultados. A todos os
nossos atletas desejamos sorte”, concluiu Cerca de um mês depois do anúncio da
Ni Amorim. saída de Susie Wolff do cargo de CEO da
Antes da partida da comitiva lusa para equipa de Fórmula E Venturi Racing, também
Marselha, será feita a apresentação o chefe de equipa Jérôme d’Ambrosio
presencial dos atletas à comunicação anunciou o fim de relação com a estrutura
social no dia 12 de Outubro pelas 18.30h no renomeada Maserati no mundial de
Comité Olímpico de Portugal em Lisboa. monolugares elétricos.
O antigo piloto tornou-se chefe de equipa
Equipa Portugal: da Venturi Racing na época 2019-2020 e
Cross Car Junior – Guilherme Matos; sai antes da nova temporada começar e a
Drifting – João Vieira; Venturi Racing passar a ser conhecida como
Esports – João Cavaca; Maserati MSG Racing, fazendo referência
Fórmula 4 – Manuel Espírito Santo; à entrada da Maserati como construtora e
Karting Endurance – Sofia Correia, Mariana à mudança da marca Venturi para Monaco
Machado, Rita Teixeira e Anastacia Khomyn; Sports Group. “Após duas épocas incríveis,
Karting Sprint Junior – Rodrigo Seabra; a minha viagem com a equipa chega ao
Karting SPrint Senior – Francisca Queirós; fim”, disse d’Ambrosio no anúncio do fim da
Rally4 – Ricardo Sousa e Luís Marques relação com a Venturi Racing.

RODRIGO TESTA
VENCE EM IMOLA
Rodrigo Testa tem apenas 16 anos e
iniciou com êxito um novo percurso.
Apenas três meses depois de ter feito
a sua primeira prova de velocidade, o
piloto português conseguiu subir ao
lugar mais alto do pódio em Imola, a
contar para o Campeonato Italiano
GT CUP Sprint, aos comandos de um
Lamborghini Huracán EVO 2. Contam-
se pelos dedos de uma mão os jovens
pilotos portugueses que ainda não
têm 18 anos de idade mas que já
se notabilizam nos grandes palcos
internacionais de velocidade. Após
uma bem-sucedida carreira no Karting,
Rodrigo Testa, depois de completar
16 anos em março, idade mínima para
obter a licença FIA, não demorou muito
até disputar a sua primeira corrida
oficial.
Após as experiências de Paul Ricard e
de Spa Francorchamps, Rodrigo Testa
enfrentou agora um novo desafio e
o jovem piloto de Oeiras venceu a
diasjoao1962@gmail.com
categoria absoluta GT Cup na Corrida 1 e
na sua categoria na Corrida 2, mas voltou
a destacar essencialmente o facto de
estar num processo de aprendizagem e
constante evolução. “Todos queremos
vencer, foi um momento mágico
para toda a equipa, ganhar em Imola
significa muito para mim, mas nesta
fase da minha (ainda curta) carreira
no automobilismo há pontos mais
importantes a ter em conta.
Em Imola, eram 42 participantes e estar
a correr no meio de um pelotão assim
é bastante fascinante, pois obriga-
nos a aprender muita coisa e a reagir
muito rapidamente. Os resultados
estão a aparecer. Vamos continuar a
manter o foco porque queremos muito
mais. As provas de Paul Ricard, de Spa
Francorchamps e agora esta em Imola
foram muito importantes.
Este ano a nossa aposta é fazer testes
e algumas provas, em vez de um
campeonato inteiro, para eu estar mais
focado na aprendizagem deste novo
mundo. Com a equipa italiana FFF Racing
Team e a supervisão do piloto oficial da
Lamborghini, o Andrea Caldarelli, sinto
ter o enquadramento perfeito para
poder evoluir sem pressão.
Em 2023 gostava de disputar na íntegra
o Lamborghini Super Trofeo Europe, que
depois terá uma Final Mundial com os
pilotos da Ásia e da América. Porém,
ainda nada está definido, pois existem
outras soluções para eu poder construir
uma carreira no automobilismo.
Entretanto, este ano vou fazer mais
alguns testes e corridas para estar
mais preparado para 2023”, disse.
ESTORIL RACING TRIBUTE/PAULO ALVES:
ESPAÇOS EXCLUSIVOS E ATIVIDADES
PARA O PÚBLICO
Nos dias 24 e 25 de setembro, o Circuito do
Estoril recebe o Estoril Racing Tribute/Paulo
Alves, um mega evento da velocidade nacional,
com muita animação e um amplo leque de
atividades criadas para o grande público. No
paddock, os adeptos vão poder contar com
uma praça de alimentação permanente, mas
também espaços exclusivos a pensar nas
famílias, para um fim de semana diferente e
muito especial: zona kids, com trampolim e
insufláveis, máquinas de pipocas e de algodão
doce. Um paddock que irá contar ainda com
um simulador da G ‘s Competizione, onde o
público irá viver a adrenalina das corridas,
numa volta ao Circuito do Estoril com um C1 do
troféu. O evento recebe também a comitiva do
Street Attack Lisbon, que irá animar o paddock
do Estoril no sábado, dia 24 de setembro, com
cerca de uma centena de grandes máquinas,
que poderão também ser apreciadas em ação
em pista.
Já no domingo, dia 25 de setembro, a AMG
Driving Experience assume o protagonismo.
F2 MANTÉM REGRA SOBRE CAMPEÕES
O mais recente campeão da Fórmula
2 insistiu para que o promotor e a FIA
alterassem a regra que não permite
ao vencedor em título manter-se na
competição. Felipe Drugovich foi coroado
campeão da Fórmula 2 em Monza, ainda com
uma jornada para se realizar até ao fim da
época e, como aconteceu aos vencedores
anteriores, não pode continuar nesta
competição.
O piloto brasileiro tornou-se no primeiro
membro do Programa de Desenvolvimento de
Pilotos da Aston Martin, mas considera que
a regra na Fórmula 2 devia ser abolida para
pilotos que não tenham lugar na Fórmula 1:
“Na minha opinião, ou se é um campeão e
já não pode ficar e tem de ser promovido à
F1, ou pode ficar [na Fórmula 2]. É mais ou
menos como funciona no Moto 2 e no Moto
3. Penso que, antes de mais, o que precisa de
>> autosport.pt
31
Um dia que termina com chave de ouro, com
uma iniciativa única para o público, que terá a
oportunidade de desfrutar de uma experiência
imperdível com a Hora da Família: um mega
desfile, que contempla duas voltas completas
ao Circuito do Estoril, em ritmo de passeio,
com os participantes ao volante das suas
viaturas pessoais e acompanhados por toda
a família.
Já ao cronómetro, o cartaz do Estoril Racing
Tribute | Paulo Alves contempla as 6 séries
da ANPAC e Motor Sponsor e um total de 10
corridas independentes.
mudar é quem ganhar o campeonato tem de
ter a oportunidade na F1.”
Bruno Michel, CEO da F2 e F3, diz discordar
da opinião de Drugovich, considerando que “é
uma pirâmide e que é preciso ter um sistema
em que, a dada altura, ou [o piloto] passa
para [a competição de] cima ou fica de fora.”
O responsável explicou ainda que a Fórmula
2 não é pensada como uma competição
profissional onde os pilotos possam manter-
se durante vários anos, passando a ter mais
experiência do que os jovens que entram,
o que faria que “lutassem contra pilotos
que provavelmente não são melhores do
que eles mas têm muito mais experiência,
conhecem as pistas, conhecem o carro,
conhecem as equipas, conhecem o que quer
que seja”. Michel insistiu que “o vencedor
não pode ficar e penso que é um ponto muito
importante para manter.”
32
N/ NOTÍCIAS
WEC: TOYOTA GAZOO
RACING PODE
APRESENTAR UM NOVO
CARRO EM 2023
O protótipo GR010 da Toyota Gazoo Racing a competir
no Campeonato do Mundo da FIA de Resistência (WEC),
vencedor por duas vezes das 24 Horas de Le Mans e que
levou a equipa à conquista do título mundial em 2021, pode
vir a ser substituído no próximo ano pelo GR020. Ainda
na discussão do campeonato deste ano, a Toyota deverá
apresentar o GR020 para disputar a próxima época do WEC,
tendo como adversários na classe Hypercar os protótipos
da Glickenhaus, Peugeot, Ferrari, Porsche, Cadillac e BMW.
O carro de 2023 deverá apresentar um novo design com
alterações aerodinâmicas significativas, principalmente na
dianteira, mantendo a mesma unidade motriz do GR010.
IMSA: O NOVO FORD
MUSTANG, COM VERSÕES
GT4 E GT3
A Ford mostrou a sétima geração do seu Ford Mustang, o
icónico modelo da marca oval e o regresso ao IMSA poderá
acontecer já no arranque da próxima temporada. O Mustang
GT4, mostrado com mais cinco carros de competição para
diversas séries, será elegível para competir em 2023 na
classe Grand Sport do IMSA Michelin Pilot Challenge (GS) e
na nova classe GSX do IMSA VP Racing SportsCar Challenge.
O Mustang GT3 está pronto para competir no campeonato
IMSA WeatherTech SportsCar nas classes GTD PRO e GT
Daytona (GTD) com início em 2024.
A Ford Performance anunciou inicialmente esses programas
de corridas em Janeiro no dia anterior às 24h de Daytona.
Foram confirmados durante o anúncio desta quarta-feira, que
também incluiu a revelação da linha completa dos modelos
Mustang para estrada e pista. Com este GT3, a marca Oval
não só poderá entrar no IMSA, assim como no WEC, pois os
GT3 serão as máquinas de eleição para as categorias GT do
WEC, além de muitas outras competições que usam a mesma
plataforma.
FÓRMULA E:
SERGIO SETTE CÂMARA NA NIO 333
diasjoao1962@gmail.com
A NIO 333 de Fórmula E dá oficialmente as Alex Hui, Team Principal NIO 333 Formula E
boas-vindas ao piloto brasileiro Sérgio Sette Team, acrescenta: “Estamos encantados por
Câmara para o início da entusiasmante nova era poder trazer o Sérgio para a equipa. Ele é um
Gen3. Sérgio, nascido em Belo Horizonte, Brasil, talento fantástico e já ficámos extremamente
junta-se à NIO 333 depois de várias performances impressionados com a sua abordagem. Assegurar
impressionantes durante a 8ª temporada do os seus serviços completa outra parte do quebra-
campeonato de Fórmula E. “Estou muito feliz por cabeças da equipa NIO 333 Fórmula E, avançando
me juntar à família NIO 333 e quero agradecer a ainda mais na grelha da Fórmula E. Estamos
todos na equipa que acreditaram em mim por esta a caminhar para a Temporada 9 com muita
oportunidade. Tenho sido muito expressivo sobre motivação e algum impulso positivo.”
o meu desejo de permanecer no campeonato de O piloto brasileiro vai fazer a sua estreia em pista
Fórmula E, e estou super entusiasmado com o com o NIO 333 ER9 esta semana, no Autodromo di
novo carro Gen3”, diz Sette Câmara. Varano, em Itália.
WEC:
NICO MULLER
ASSINA PELA
PEUGEOT
Nico Muller, piloto suíço que esteve muitos
anos ligado à Audi, cortou as ligações com a
marca germânica e assinou com a Peugeot
para ser piloto no programa do WEC. Muller
destacou-se na Audi no DTM e nas corridas
de GT3, tendo recentemente iniciado o seu
percurso nos protótipos LMP2 este ano. Muller
entra para a estrutura que perdeu no início
do ano Kevin Magnussen, que voltou à F1 para
ser piloto da Haas. Desde então que a Peugeot
não contratou mais ninguém, mas assinou
agora com Muller, não se sabendo que lugar
vai ocupar nas tripulações já formadas, sendo
que James Rossiter começou como piloto de
reserva e de testes, mas foi promovido com a
saída de Magnussen.

WRC, SÉBASTIEN LOEB
“O (FORD) PUMA TEM POTENCIAL, LIDEREI
TODOS OS RALIS QUE FIZ”
Sébastien Loeb reiterou o potencial que acha ter o Ford
Puma Rally1 da M-Sport, isto apesar do que lhe sucedeu
no Rali da Grécia e que o levou a mais um abandono, o
terceiro abandono em quatro ralis para o francês.
Tudo começou bem, com a vitória no Rallye Monte-Car-
lo, mas em Portugal um acidente no início da Lousã lev-
ou ao abandono e no Rali Safari foi uma falha elétrica.
Contudo, apesar da alta percentagem de desilusões,
Loeb destaca o potencial do Puma e explicou que não
estaria a competir se não acreditasse que o carro era
capaz de vencer: “Eu disse-o desde o início”, explicou
Loeb. “Sinto-me muito bem no carro e penso que tem
potencial. Gosto de o conduzir, gosto muito do carro, e
acho que se adequa ao meu estilo de condução. Estou
feliz com o carro e não me queixo em nada. Quando pa-
rei com a Hyundai [em 2020], não pensei realmente que
voltaria. Mas tive outra oportunidade e gostei do carro
CPTT PROSSEGUE
COM BAJA TT
SHARISH GIN
Realiza-se no próximo fim de semana a Baja TT
Sharish Gin-Reguengos de Monsaraz/Mourão, an-
tepenúltima prova do CPTT, evento pontuável para
o CNTT Open 2022 e Baja European Championship,
no âmbito da competição disputada sob a égide
da FIM/FMP, enquanto na competição FIA/FPAK
é pontuável para CPTT, Taça de Portugal de TT e
Troféu Terras do Grande Lago Alqueva, sendo ain-
da prova candidata FIA Cross Country European
Cup 2023.
Disputadas quatro provas, João Ferreira venceu
as três primeiras e Tiago Reis a última, em Loulé e
neste momento os números da competição já foram
atualizados, pois já é conhecido o desfecho do re-
curso que João Ramos interpôs decorrente do ‘caso’
ocorrido na Baja TT Oeste de Portugal, quando João
Ramos e Filipe Palmeiro foram penalizados em 50
minutos por ter chegado ao final da prova sem so-
desde o primeiro teste que fiz, por isso decidi experi-
mentá-lo em competição.”
“Penso que todos os carros podem ganhar, é tudo mui-
to equilibrado entre todos eles. O Puma motiva-me a
fazer alguns ralis porque me sinto bem nele, só precisa-
mos de ser capazes de terminar os ralis.”
“O WRC é muito exigente com todos os preparativos
e, se o faço, é porque estou motivado para o fazer. Na
diasjoao1962@gmail.com
verdade, penso que não temos tido sorte, mas tenho
liderado todos os ralis que tenho feito. Para mim, voltar
alguns anos mais tarde e poder liderar todos estes ra-
lis não é assim tão mau”, disse.
Com três provas pela frente, ainda está por confirmar
se voltaremos a ver Loeb antes do final da temporada.
O ‘velho’ adversário, Sébastien Ogier, com quem Loeb lu-
tou em Monte-Carlo, vai guiar de novo o Toyota GR Yaris
na Nova Zelândia, no final deste mês.
bressalente no carro. Foi negado provimento ao ape-
lo, pelo que os resultados foram publicados.
Nesse contexto, João Ferreira lidera a competição
com 105 pontos, fruto de três triunfos e um seg-
undo lugar, 41 pontos na frente de Tiago Reis, com
João Dias em terceiro com 56 pontos. Alejandro Mar-
tins é quarto com 54, mais três que Christian Baum-
gart. João Ramos é sexto com 42 pontos.
Com três provas pela frente, é tempo das coisas
se começarem a definir ainda melhor no CPTT, ou,
reequilibrar-se…
A prova compreende para a competição Moto um
total de 509,88 km, é composta por um prólogo
com 10 km no dia 23 de setembro, e dois Sectores
Seletivos com cerca de 175,50 Km cada. Para a com-
petição Auto a quilometragem total será de 544,30
Km incluindo o prólogo de 10 km e três setores sele-
tivos, SS1 de 65 km e SS2 e SS3 com 150 km cada.
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ALMADA EXTREME SPRINT:
FALTAM DUAS SEMANAS
Faltam duas semanas para o Almada Extreme Sprint. A prova realiza-se a 1 e
2 de outubro, e como habitualmente num traçado integralmente disputado
nas antigas instalações da Lisnave em Almada. A competição está aberta a
todos os carros passíveis de competir em Portugal, e desenrola-se através
das categorias Sprint, Regularidade, Revival Tour, Almada Electric Extreme
(Regularidade), Desafio Histórico (Sprint) e ainda Desfile de Clássicos.
A pouco e pouco vão-se conhecendo detalhes do evento deste ano, e uma
presença lógica e habitual é a do seu incontornável Embaixador, um homem
da ‘casa’, Rui Madeira, um dos promotores do sucesso que este evento tem
vindo a ter. Com a chancela organizativa do Clube de Motorismo de Setúbal,
para lá de Rui Madeira a prova já tem garantida a presença de Marco Mar-
tins e do seu espetacular MG Metro 6R4 Proto. Artur Fidalgo leva o seu
Camião à prova para uma demonstração. As inscrições estão abertas e en-
cerram a 26 de setembro.
DAKAR: CARLOS SAINZ
CRITICA BOP DOS T1U, ONDE
ESTÁ O AUDI Q E-TRON E2
Mais um ano, novamente a mesma ‘festa’. Desta feita é a vez de Carlos
Sainz lamentar as novas regras técnicas do Dakar, no que aos T1U diz
respeito, que segundo o espanhol, penalizam a Audi, cujo carro terá de
passar de um peso mínimo de 2.000 Kg para 2.100 Kg, e ainda assim perder
alguma potência. O Audi Q e-tron E2 é novo, mas vai ser mais pesado. Nos
T1+, onde estão a Toyota e a BRX, mantém-se tudo igual.
Ironicamente, um dos predicados do novo Audi Q e-tron E2 foi a baixa de
peso comparativamente ao modelo do Dakar deste ano, 2022, mas segundo
Carlos Sainz esse trabalho foi por água abaixo e a única hipótese que agora
há é usar lastro em zonas estratégicas, ou eventualmente reforçar peças,
com a desvantagem a acentuar-se face aos carros com motor a combustão
durante as etapas das provas, pois o Audi leva muito menos combustível a
bordo, enquanto os T1+ ficam mais leves a cada quilómetro que passa.
O espanhol mostra-se indignado pelo facto de serem as marcas que
apostam em tecnologias e soluções inovadoras para o futuro a ser
penalizadas.
Não é fácil para a FIA equalizar ao máximo tecnologias tão distintas, porque
o que menos se pretende é uma equipa que se destaque fortemente das
outras, pois isso estraga de imediato o interesse desportivo da prova.
 >>motosport.com.pt
MOTOGPARAGÃO
ENEA
BASTIANINI
“ROUBA” VITÓRIA
NA ÚLTIMA VOLTAdiasjoao1962@gmail.com
Poderia ter sido a quinta conquista consecutiva de Francesco Pedro André Mendes
Bagnaia (Ducati Lenovo Team), mas Enea Bastianini (Gresini motosport@motosport.com.pt
Racing MotoGP) assegurou a vitória com uma ultrapassagem FOTOS Oficiais e RedBull ContentPool
F
tardia no GP de Aragão
rancesco Bagnaia teve a vitória
na mão no circuito de Motorland
em Aragão, depois de ter liderado
desde a volta 1 até à volta 22, mas
na segunda tentativa de Bastianini
- a primeira não resultou devido a
dois erros cometidos - o piloto da Gresini
passou a liderar o pelotão do MotoGP até
à última passagem pela linha de meta.
Ainda assim, Bagnaia somou mais 20 pon-
tos para as contas do campeonato e com
a queda feia sofrida por Fabio Quartararo
(Monster Energy Yamaha MotoGP) na
volta inaugural, e consequente aban-
dono, encurtou para apenas 10 pontos a
diferença para o francês da Yamaha na
luta pelo título mundial de 2022.
O terceiro classificado foi Aleix Espargaró
(Aprilia Racing), que ultrapassou Brad
Binder (Red Bull KTM Factory Racing) a
duas voltas do fi al, mas terminou muito
longe dos dois pilotos da frente. Jack Miller
(Ducati Lenovo Team) foi quinto classifi-
cado, fechando o trio composto também
por Espargaró e Binder, numa corrida que
ficou marcada por dois acidentes apara-
tosos na volta de abertura – Quartararo
e Takaaki Nakagami (LCR Honda) – que
resultaram ainda no abandono de Marc
Márquez (Repsol Honda Team). Foi tam-
bém uma corrida algo aborrecida, sem
muitas trocas de posições, apenas com
emoção na primeira e última volta.
O título de construtores foi entregue à
Ducati, mas o campeonato entre os pilotos
está ao rubro e completamente em aberto.
DUCATI VOLTOU A IMPOR-SE
NA QUALIFICAÇÃO
Sem Joan Mir (Team Suzuki Ecstar), que
teve de retirar-se da disputa do GP de
Aragão e também não vai correr no Japão
na próxima semana, depois de ter sentido
dores no tornozelo direito, o fi de semana
 35

em Espanha trouxe de volta Marc Márquez
(Repsol Honda Team) à grelha do MotoGP.
30 pontos separavam o polesitter em
Aragão, Francesco Bagnaia, e o sexto da
grelha de partida, Fabio Quartararo, antes
do arranque da corrida. Na qualificação, as
motos da Ducati voltaram a ser as mais
rápidas, com uma primeira linha da gre-
lha de partida totalmente composta por
pilotos montados em máquinas italianas.
Bagnaia contava com Jack Miller e Enea
Bastianini ao seu lado, enquanto Aleix
Espargaró era o primeiro piloto não-Du-
cati no quarto posto, com Johann Zarco
(Pramac Racing) e Fabio Quartararo a
fecharem a segunda fi a da grelha.
Um acidente na curva 2 deitou por terra o
líder do campeonato Quartararo, depois
diasjoao1962@gmail.com
de Bagnaia ter saltado para a liderança do
pelotão. A queda foi feia para o francês e
resultou de um toque em Marc Márquez,
que esteve novamente envolvido na que-
da um pouco mais à frente de Takaaki
Nakagami (LCR Honda). O espanhol aca-
bou também por abandonar a corrida,
com danos na sua Honda.
Depois das duas quedas na volta inau-
gural, Bagnaia liderava, seguido de Jack
Miller que o protegia de Brad Binder, que
tinha subido bastante na classificação,
beneficiando de um bom arranque.
Bastianini seguia no quarto lugar com
Aleix Espargaró e Jorge Martín (Pramac
Racing) atrás de si. Miguel Oliveira (Red
Bull KTM Factory Racing) seguia no oitavo
posto, atrás de Johann Zarco.
NÃO FOI À PRIMEIRA, FOI À SEGUNDA
DESTAQUES DA CORRIDA
Numa corrida morna e sem muitos
momentos de interesse, com a exceção
das quedas na volta inaugural e as
ultrapassagens de Aleix Espargaró e
Enea Bastianini perto do fim, o principal
destaque do GP de Aragão vai para a
curta diferença que separa agora Fabio
Quartararo e Francesco Bagnaia.
O acidente de Quartararo foi muito feio
e o piloto francês saiu dorido da queda.
Com o abandono, o francês ficou apenas
com 10 pontos de vantagem sobre o seu
principal rival na classificação. E podia ter
ficado apenas com 5 pontos de diferença,
mas quis o decorrer da corrida que Enea
Bastianini tivesse mais argumentos
do que Bagnaia na última volta para o
ultrapassar e vencer. Foram 20 pontos
conquistados pelo italiano da Ducati
Lenovo Team, mas Aragão marcou o fim de
uma série de quatro vitórias consecutivas
de Francesco Bagnaia. O campeonato
está completamente em aberto, agora
que o MotoGP ruma para o Japão.
Bastianini cometeu dois erros da
primeira vez que passou a liderar o
GP de Aragão, mas depois conseguiu
mindo a liderança. Mas um erro na saída
de uma das curvas seguintes à manobra,
facilitou a ultrapassagem de Bagnaia que
recuperou o primeiro posto. Bastianini
voltou a cometer um erro na curva se-
guinte e ficou com Binder ‘colado’ à tra-
seira da sua Ducati e permitiu a Bagnaia
escapar e passar a ter quase 1 segundo de
vantagem. A discussão passou a ser pelo
segundo posto da corrida, com Bastianini,
Binder e ainda Miller em luta.
Em apenas meia volta, Bastianini con-
seguiu ‘sacudir’ os adversários que se-
guiam atrás de si e ficou mais próximo
do líder ‘Pecco’ Bagnaia. Aleix Espargaró
ultrapassou Jack Miller, assumindo o
quarto lugar.
afastar-se do trio composto por Brad
Binder, Aleix Espargaró e Jack Miller, para
pacientemente ir recuperando o terreno
que tinha perdido. O ‘golpe’ acabou por
ser dado na última volta, quando Bagnaia
não quis arriscar uma resposta sem
muita borracha disponível nos pneus.
Veremos se no final da época não faltam 5
pontos a Bagnaia para ser campeão.
Um bom arranque fez Brad Binder. O piloto
da KTM conseguiu saltar do 10º lugar na
grelha de partida para um lugar cimeiro,
passando por breves momentos pelo
segundo lugar e terminou a corrida como
quarto classificado.
Menos positivo durante a corrida,
foram as quedas de Fabio Quartararo
e Takaaki Nakagami, que teve alguma
sorte por não ter sido atropelado por
nenhum adversário, e as consequentes
desistências. Também o regresso de Marc
Márquez não correu como o espanhol
sonhava, tendo de abandonar com danos
na Honda. Ficou comprovado que Yamaha
e Honda não conseguem resultados de
monta sem Fabio Quartararo e Marc
Márquez.
Sem ultrapassagens no pelotão durante
uma boa parte da corrida, Zarco e Marini
trocaram de posição por duas vezes, man-
tendo a classificação na mesma ordem
anterior a esta escaramuça.
Na fase fi al da corrida, Aleix Espargaró
conseguiu, depois de alguma insistên-
cia, ultrapassar Brad Binder e assumir o
último lugar do pódio. Na frente da cor-
rida, Bastianini foi paciente e esperou
pela última volta para tentar de novo a
ultrapassagem ao líder, desta vez com
sucesso. Venceu a sua quarta corrida do
ano, com Bagnaia sem argumentos para
responder ao ataque do piloto da Gresini.
Em relação às contas do campeonato,
Quartararo perdeu muita da vantagem

C/
Mesmo sem ordens de equipa explícitas Luca Marini (Mooney VR46 Racing Team), que trazia da jornada anterior e entra
na Ducati Lenovo Team, Miller parecia entretanto, ultrapassou Miguel Oliveira, para as últimas cinco rondas do MotoGP
CLASSIFICAÇÃO
continuar a defender a posição do seu baixando o piloto português ao nono lu- apenas com 10 pontos de vantagem para
companheiro de equipa, que tinha uma gar, passando a ter Álex Márquez (LCR Bagnaia e 17 para Aleix Espargaró, que é
MOTOGP oportunidade tremenda em diminuir a Honda) atrás de si. o terceiro classificado.
1º ENEA BASTIANINI DUCATI 41:35.462 vantagem de Quartararo no campeonato
2º FRANCESCO BAGNAIA DUCATI 0.042 apenas para 5 pontos. Mas ainda numa
3º ALEIX ESPARGARÓ APRILIA 6.139 fase inicial da corrida, Enea Bastianini,
4º BRAD BINDER KTM 6.379 depois de ultrapassar Brad Binder, con-
5º JACK MILLER DUCATI 6.964 seguiu subir ao segundo posto, deixando
... Jack Miller pressionado pelo piloto da KTM.
11º MIGUEL OLIVEIRA KTM 17.071 Binder, poucas curvas depois, conseguiu
mesmo ultrapassar o piloto da Ducati e
CAMPEONATO subir de novo a uma posição de pódio.
1º FABIO QUARTARARO 211 PTS. Um pouco mais atrás, Oliveira conseguiu
2º FRANCESCO BAGNAIA 201 PTS. aproximar-se de Zarco e tentava pressio-
3º ALEIX ESPARGARÓ 194 PTS. nar o piloto da Pramac pelo sétimo lugar.
4º ENEA BASTIANINI 163 PTS. Na frente do pelotão, Bastianini encurtou
5º JACK MILLER 134 PTS. de tal forma a diferença para Bagnaia, que
... na volta 9 ultrapassou o piloto que será seu
11º MIGUEL OLIVEIRA 95 PTS. companheiro de equipa em 2023, assu-
36
>>motosport.com.pt
MIGUEL
OLIVEIRA
KTM
UM FRUSTRANTEdiasjoao1962@gmail.com
11º LUGAR
FOTOS RedBull ContentPool e KTM Images/Polarity Photo
Miguel Oliveira chegou a
Aragão com a esperança de
lutar por outras posições
depois de ter testado a moto
em Misano, mas acabou por
ser uma corrida frustrante
do português, que sentiu
muitas dificuldades com os
pneus durante as 23 voltas
ao Motorland
N
o primeiro de três dias da 15ª
ronda do MotoGP, o piloto de
Almada assinou a primeira
sessão matinal de treinos li-
vres com o 7º melhor registo,
a apenas 0.319s do melhor
tempo do treino. Já da parte da tarde, o
piloto, embora tenha integrado a quase
totalidade da sessão no top 10 da tabela
de tempos, fechou o treino com o 15º
melhor tempo.
Na terceira sessão de treinos livres do
fimde semana, bastante ventosa, Miguel
Oliveira conseguiu melhorar a sua marca
do dia anterior, fi ando o seu melhor
tempo na sétima posição. Na derradeira
sessão de treinos, o almadense liderou
de forma absoluta a sessão, registando o
melhor ritmo em pista e fazendo antever
um igualmente surpreendente ritmo de
corrida. 1:47.430s foi a sua melhor marca
registada nessa sessão de treinos livres,
liderando a tabela de tempos.
Apurado diretamente para a Q2, já que
Pedro André Mendes
motosport@motosport.com.pt
integrou o top 10 da tabela de tempos
combinados do fim de semana, Oliveira
apostou em pneus duro e macio (frente
e atrás), uma escolha que o permitiu
gerir as suas passagens pela meta com
o 11º melhor registo, completando a sua
melhor marca em 1:47:183s. Conquistou
assim o 11º posto da grelha de partida
para a corrida de domingo.
CORRIDA DECECIONANTE
Antes da corrida, Miguel Oliveira com-
pletou 11 voltas ao traçado aragonês no
‘Warm Up’, estabelecendo o 20º registo
da tabela de tempos, com 1:490.169s.
Confiante num bom desempenho para
a corrida, o piloto de Almada fez um bom
arranque desde a 11ª posição da grelha de
partida e conseguiu desde logo cavalgar
várias posições até ao oitavo posto, para
lutar com Johann Zarco pela sétima po-
sição durante nove voltas. Pese embora
o início de corrida muito atribulado, com
dois grandes incidentes na primeira vol-
ta, Oliveira geriu da melhor maneira o
momento e ganhou espaço para iniciar
a sua corrida rumo ao objetivo traçado
no dia anterior, que era lutar por integrar
o lote dos cinco primeiros classificados.
Miguel Oliveira lutou com a sua KTM RC16
com pneus duro e médio (à frente e atrás)
montados e a sua corrida ficou marca-
da pelos duelos com Zarco e o italiano
Luca Marini e mais tarde com Alex Rins
e Marco Bezzecchi, que o empurraram
para 11º lugar. Mas foi a performance da
sua moto com o pneu traseiro que frus-
trou as expectativas do piloto português.
“Não foi o resultado que queríamos por-
que fomos rápidos e competitivos todo o
fim de semana, mas o desgaste no pneu
traseiro foi inesperado”, explicou Oliveira
após a corrida de Aragão. “Estava em
apuros no início da corrida e não consigo
encontrar qualquer razão para isso. Já tive
uma partida difícil quando outro piloto
tocou-me na curva 15 e tive de sair da
pista pela escapatória. Portanto, foi um
fim de semana mais ou menos decente,
mas não pudemos capitalizar em resul-
tado. Teremos outra oportunidade no
próximo fim e semana.”
Miguel Oliveira terminou a corrida com
a conquista de mais cinco pontos para o
campeonato, somando agora 95 pontos,
que o mantém na 11ª posição na classifi-
cação geral do campeonato.
Toda a caravana de MotoGP ruma agora
a Motegi, no Japão, onde se disputa já
de 23 a 25 de setembro a 16º ronda do
campeonato.
 37

MOTO2 ARAGÃO
VITÓRIA SEM ESPINHAS DE PEDRO ACOSTA
Pedro Acosta (Red Bull KTM Ajo) foi o vencedor
da corrida de Moto 2 em Aragão, terminando
com mais de três segundos de vantagem
sobre Aron Canet (Flexbox HP50 Pons) e
Augusto Fernandez, que mantém a liderança
do campeonato com 7 pontos de vantagem
sobre o japonês Ai Ogura, quarto na corrida.
Com o líder do mundial Augusto Fernandez
(Red Bull KTM Ajo) a partir de P1 na grelha,
acompanhado na primeira linha por Albert
Arenas e Jake Dixon, e nomes como Alonso
Lopez, Aron Canet, Pedro Acosta e Ai Ogura –
segundo na tabela do campeonato, a apenas
quatro pontos de Fernandez – nas duas filas
restantes, antevia-se uma prova emocionante.
Já com o céu azul e o sol a despontar forte no
Motorland de Aragão, a corrida de 21 voltas
iniciou-se com Augusto Fernandez a liderar
na frente de Dixon, Canet e Acosta. Alonso
Lopez cai então na curva 2 e alguns metros
mais à frente foi a vez de Marcel Schrotter
experimentar o solo.
Ai Ogura vem na sexta posição e mais
bandeiras amarelas são mostradas, desta
vez para a queda de Albert Arenas, que vai em
adquirida sobre Acosta que vem em modo
de ataque com Canet colado. Cai Zonta Van
den Goorbergh e Pedro Acosta começa a
reduzir a vantagem adquirida por Fernandez,
mas comete um erro e perde a segunda
posição para Canet. A vantagem de Fernandez
já diminui para meio segundo. A 12 voltas
da bandeira de xadrês, Acosta recupera o
segundo lugar e um trio forma-se à procura
do triunfo: Fernandez, Acosta e Canet. Uma
volta depois, Acosta tira o primeiro lugar a
Fernandez e parte à procura da sua segunda
vitória na Moto2. Arbolino surpreende Canet
e sobe a terceiro, enquanto mais atrás Ogura
não descola da sexta posição ‘travado’ por
Dixon. Canet mete pressão em Arbolino e
consegue recuperar o lugar de pódio que
perdera para o italiano.
A nove voltas do final forma-se um quarteto
na frente, constituído por Acosta, Fernandez,
diasjoao1962@gmail.com
Canet e Arbolino, a mais de um segundo Dixon
e Ogura vêm num duelo particular a alternar
posições de forma constante, com o japonês
a subir a quinto a sete voltas do final. Fermin
Aldeguer, sétimo, Chantra, Navarro, Roberts a segundo. Mais atrás Ogura vem colado
C/ CLASSIFICAÇÃO

frente na curva 12 destruindo por completo a e Dalla Porta fecham o top-10 nesta altura. a Arbolino e sobe ao quarto lugar. Neste
MOTO2
jante traseira da sua Kalex; Alcoba e Manuel Na entrada para as últimas cinco voltas, o momento, e com Fernandez na terceira 1º PEDRO ACOSTA KALEX 21 RDN.
Gonzales também abandonam a corrida piloto de Murcia já vem isolado no comando posição, sete pontos ficam a separar os dois 2º ARON CANET KALEX +2.612 SEG
3º AUGUSTO FERNANDEZ KALEX +3.799
praticamente no mesmo local após colidirem. com quase dois segundos de vantagem sobre no campeonato. Pedro Acosta entra na última 4º AI OGURA KALEX +7.736
Com um andamento fortíssimo desde início, Fernandez e Canet. O triunfo parece então volta com mais de três segundos de vantagem 5º TONY ARBOLINO KALEX +7.803
Pedro Acosta sobe então ao segundo lugar, perfeitamente ao alcance do campeão de sobre Canet e Fernandez para conseguir a
CAMPEONATO
ficando na frente de Canet e Arbolino, com Moto3 em 2021. Por definir está a P2, Canet sua segunda vitória em 2022. Ogura confirma 1º AUGUSTO FERNANDEZ 214 PONTOS
o britânico Dixon a descer a quinto e a ficar tenta agarrar a aspiração de Fernandez e a o quarto lugar na linha de meta, na frente de 2º AI OGURA 207
3º ARON CANET 177
sobe a pressão de Ogura. Na frente, Augusto três voltas do final entra por dentro no ‘saca Arbolino, e Dixon cai na última volta da corrida. 4º CELESTINO VIETTI 162
Fernandez começa então a perder a vantagem rolhas’, surpreendendo Fernandez e sobe RICARDO FERREIRA 5º TONY ARBOLINO 128

MOTO3 ARAGÃO
GUEVARA DOMINA E ALARGA VANTAGEM NO CAMPEONATO
Izan Guevara (Autosolar GASGAS Aspar Team) foi o vencedor

C/
do Grande Prémio de Aragão de Moto3, numa vitória
incontestada em que liderou do início até ao fim.
O espanhol cumpriu a distância da corrida em 37:29.944
CLASSIFICAÇÃO

minutos, batendo Ayumu Sasaki (Sterilgarda Husqvarna MOTO3

Max), que foi o piloto que ficou mais próximo de Guevara 1º IZAN GUEVARA GASGAS 19 VOLTAS EM 37:29,944 MIN
2ºAYUMU SASAKI HUSQVARNA + 0,957 SEG.
(957 milésimos), mas sem nunca o atacar verdadeiramente. 3º DANIEL HOLGADO KTM + 6,536 SEG.
Dani Holgado (Red Bull KTM Ajo) ainda rodou com os dois da 4º DENIZ ÖNCÜ KTM + 12,906 SEG.
5º ADRIAN FERNANDEZ KTM + 16.695S
frente, mas descolou no final e foi terceiro, a 6.536 segundos.
Com pouco ou nada a acontecer no top-3 durante toda a CAMPEONATO
corrida, a maior parte da ação acabou por acontecer no 1º IZAN GUEVARA 229 PONTOS
grupo que rodava atrás. Deniz Öncü acabou por ser o mais 2º SERGIO GARCÍA 196
3º DENNIS FOGGIA 171
forte nesse grupo, acabando em quarto, atrás de Adrián 4º AYUMU SASAKI 158
Fernández, que fez uma grande prova. O espanhol foi tocado 5º JAUME MASIA 155
para fora de pista por David Muñoz (que recebeu uma long
lap por pilotagem irresponsável) e caiu alguns lugares, mas Destaque ainda para as modestas corridas de Sergio
ainda conseguiu recuperar para quinto. García e Dennis Foggia, segundo e terceiro classificados
Ivan Ortolá terminou em sexto, à frente de Muñoz, que, do campeonato, respetivamente, mas que hoje não foram
apesar da long lap, ainda conseguiu terminar em sétimo. além do 13.º e 14.º lugar. Guevara lidera assim ainda mais
Jaume Masia foi oitavo, batendo Carlos Tatay e John McPhee, confortavelmente a tabela de pilotos.
que fechou o top-10. BERNARDO FIGUEIREDO
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DUCATI
» MONSTER SP 2023
A DIVINA LOUCURA
Apresentada em 2021, a última geração da Monster foi então
reformulada de alto a baixo mantendo intacta a sua essência
original que a tornou um best-seller’ da naked. Foi agora a
vez da Ducati ampliar a gama para o próximo ano com a nova
‘SP’, uma versão ainda mais desportiva e divertida, onde nem
falta o esquema de cores inspirado no MotoGP
Ricardo Ferreira
motosport@motosport.com.pt
U
ma versão desenhada para
destacar a diversão, graças a
um pacote perfeito de equipa-
mento técnico para quem adora
a condução desportiva. É assim
que podemos começar por de-
finir a nova Monster SP apresentada no
segundo episódio da série web Ducati
World Première 2023.
O que não lhe falta são componentes de
topo para os que apreciam a condução
desportiva, como as suspensões Öhlins,
as pinças dianteiras Brembo Stylema, o
silenciador homologado da Termignoni,
os pneus Pirelli Diablo Rosso IV, o amor-
tecedor de direção e a bateria de iões de
lítio. Estará, provavelmente, também mais
divertida, mais eficaz e segura, com a ele-
trónica recalibrada de um ponto de vista
desportivo e o novo Riding Mode Wet.
Reformulada nas linhas e atualizada em
2021 com um novo quadro e uma so-
fist cada eletrónica e motor, a Monster
representa toda a essência da Ducati na
forma mais compacta, essencial e leve
possível. A receita é a original de 1993: um
motor desportivo, um motor desportivo
perfeito para a estrada, combinado com
diasjoao1962@gmail.com
um quadro derivado de Superbike. No fim
de contas, tudo o que é preciso para nos
divertirmos, todos os dias, em qualquer
lado e sob quaisquer situações.
O coração da Monster é o motor
Testastretta 11°, um bicilíndrico refrigerado
por líquido com quatro válvulas por cilin-
dro, 111 cv e distribuição desmodrómica.
O recente quadro Front Frame, inspirado
no da Panigale V4, é uma estrutura em
PREÇO
N.D.
alumínio extremamente leve e compacta,
fi a diretamente às cabeças do motor. É a
reinterpretação moderna da receita que
deu vida ao segmento de motos naked e
que faz apaixonar novas gerações de fãs CORES
do simpático Monstrinho italiano.
Um conceito tão simples quanto eficaz,
que dá mais um passo em frente com
VERMELHO
a chegada da Monster SP. Este modelo
caracteriza-se pela série de componen-
tes de alta qualidade que tornam a moto PRETO
MOTOGP
ainda mais leve, mais eficaz e divertida
em condução desportiva, bem como mais
agressiva de um ponto de vista estético.
A natureza desportiva da Monster SP é
visível de imediato graças ao esquema DISPONIBILIDADE
cromático que integra as cores 2022 da
Desmosedici GP da Ducati Lenovo, ao
anodizado dourado da forquilha Öhlins
JANEIRO
NIX30 e à presença de um silencia-
dor homologado Termignoni de série. DE 2023

diasjoao1962@gmail.com
Pormenores de particular alta qualidade
são o assento vermelho, que é integrado
com a traseira numa visão lateral, o logó-
tipo Monster SP na cobertura do assento
do passageiro e o logótipo Ducati no de-
pósito, maior e inspirado pelo grafis o
da Panigale V4.
A Monster SP foi construída para propor-
cionar melhores prestações de travagem,
transferência de cargas reduzida, uma
melhor capacidade de fechar trajetórias
e maior precisão em todas as fases da
condução. A suspensão Öhlins totalmente
ajustável, com a forquilha 0,6 kg mais leve
que a utilizada na Monster e Monster +,
melhoram o tato, bem como a distância
ao solo e, em consequência, o ângulo de
inclinação. O sistema de suspensão pode
também contar com uma calibragem mais
desportiva, que melhora as qualidades
dinâmicas da Monster SP quando con-
duzida em estrada e abre a possibilidade
de nos divertirmos em circuito.
Também nesta direção, a melhoria do
sistema de travagem, com pinças Brembo
Stylema e flanges de alumínio para os
discos de travão dianteiros de 320 mm
(0,5 kg mais leves que no modelo base),
melhora as prestações da Monster SP em
travagem, e, ao mesmo tempo, torna-a
mais ágil graças à redução da inércia na
frente. A redução de peso geral na moto
chega também com a adoção de uma
bateria de iões de lítio, que coloca a pou-
pança total de peso nos 2 kg em ordem
de marcha, comparativamente com o
modelo standard - apesar da adição de
componentes como o amortecedor de
direção e o pára-brisas.
O potencial desportivo aumenta com o
amortecedor de direção, que melhora a
estabilidade em aceleração e em curva,
bem como pela presença, como equipa-
mento de série, dos pneus Pirelli Diablo
Rosso IV, proposta topo de gama do fa-
bricante para condução desportiva em
estrada. Para além disto, a eletrónica conta
com uma recalibragem geral de todos os
Riding Modes e, desta forma, de todos os
controlos eletrónicos, para aproveitar ao
máximo as alterações feitas na ciclística,
e a chegada do novo Riding Mode Wet
traz maior segurança em superfícies mo-
lhadas. O pacote eletrónico da Monster
39
está no topo do seu segmento. O equi-
pamento standard inclui ABS Cornering,
Ducati Traction Control e Ducati Wheelie
Control, todos ajustáveis em vários níveis
de intervenção. O carácter desportivo da
nova Monster SP é também sublinhado
pelo Launch Control, que assegura arran-
ques-relâmpago. Este equipamento de
moto de topo de gama permite à Monster
SP expressar em segurança toda a sua
performance.
Os Riding Modes Sport, Touring e Wet
permitem moldar o carácter da Monster
de acordo com os gostos e necessidades.
Tudo pode ser facilmente gerido através
dos comandos no guiador e pelo ecrã
TFT a cores de 4.3”, que conta com gra-
fismos a remeterem para os da Panigale
V4, com um grande conta-rotações e
um completo conjunto de informações
do lado esquerdo, incluindo a mudança
engrenada.
A Ducati Monster SP chegará aos ven-
dedores autorizados da marca a partir de
janeiro de 2023, também numa versão de
potência limitada para poder ser condu-
zida com a carta A2.
40

>>motosport.com.pt

SUZUKI
» V-STROM 1050 / 1050 DE 2023
MAIS PODER FORA DE ESTRADA
A Suzuki procedeu a uma atualização no modelo V-Strom
1050 com a criação de duas novas versões, que substituirão
as atuais versões 1050 e 1050 XT, passando a denominar-se
V-Strom 1050 e V-Strom 1050 DE. Ambas as versões estarão
disponíveis no início do ano de 2023, com a versão DE a ser a
primeira a ser disponibilizada para o mercado nacional diasjoao1962@gmail.com

Ricardo Ferreira roda dianteira raiada de 21 polegadas, inclinado com dois modos de sen- com Quick Shifter, deverá assegurar
motosport@motosport.com.pt que se estreia no modelo em conjunto sibilidade, controle dependente da grandes momentos de prazer, seja

A
Suzuki introduz assim duas
novas versões que vêm
oferecer mais opções para
quem se quer aventurar em
grandes distâncias em es-
trada ou fora dela. A nova
V-Strom 1050 mantêm todas as mais
valias anteriores, às quais se acrescen-
tam agora novas funcionalidades que
vêm aumentar o prazer de condução e
o conforto do condutor, mantendo uma
vocação estradista por excelência.
Adicionalmente, a nova V-Strom 1050
DE apresenta agora um conjunto de
novas características, pensadas es-
pecialmente para aumentar as suas
capacidades fora de estrada, conferin-
do-lhe maior polivalência. A reputação
da V-Strom com uma das melhores
e mais sólidas opções do mercado no
segmento das trail para longas tiradas
em estrada, sai assim reforçada com
o alargamento do campo de utilização
fora de estada na sua versão DE, que
apresenta várias atualizações im-
portantes. Em primeiro lugar, a nova
com um maior “trail” e distância entre
eixos, que conferem maior controlo
em superfícies não pavimentadas. A
V-Strom 1050 DE conta ainda com um
maior curso da suspensão traseira
e dianteira, guiador e apoios de pés
mais largos, assim como a proteção
de cárter em alumínio.
Além da geometria e ergonomia do
quadro e ciclística revistas, a DE (Desert
Express) acrescenta na eletrónica os
dois modos de ABS mais a capacidade
de desligar o ABS traseiro, assim como
a configuração adicional de controle
de tração off- oad ‘modo G’ (gravilha).
A V-Strom 1050 DE baseia-se numa
plataforma comprovada, robusta e
confiável que tornou a V-Strom numa
moto de culto e a escolha de muitos
amantes da aventura. Para 2023, a
nova V-Strom 1050DE e a V-Strom
1050 apresentam um novo painel TFT
colorido e um Quick Shift bidirecio-
nal, além de um conjunto de recursos
eletrónicos complexos que incluem,
entre outros aspectos, uma IMU de
seis eixos, o ABS sensível ao ângulo
inclinação e de carga, a assistência
para planos inclinados Hill Hold, cruise
control, três modos de potência e três
configurações de controle de tração.
O motor V-twin a 90 graus de 1037cc
mantém as suas características notá-
veis na V-Strom 1050 e V-Strom DE. O
seu desenho proporciona um equilíbrio
primário perfeito, com cada um dos
dois cilindros a anular a vibração do
outro. Isto elimina a necessidade de
qualquer eixo de equilíbrio, evitan-
do a perda mecânica associada aos
mesmos, e isto liga-se à melhoria da
eficiência térmica para uma maior
potência de saída. Além disso, a dis-
posição do motor V-twin permite um
desenho de quadro mais fino com um
centro de gravidade mais baixo, o que
contribui para um manuseamento
mais ágil e maior manobrabilidade.
Configurado para o nível de emissões
Euro 5, anuncia um pico de potência
de 105.9 cv (79 Kw) às 8500 rpm e um
binário poderoso de 100 Nm logo às
6000 rpm. Este nível de performances,
associado à caixa de seis velocidades
em estrada ou em trajetos offroad.
O peso anunciado pelo fabricante, de
242 kg para a V-Strom 1050 e de 252
kg para a V-Strom 1050 DE, não deverá
ser limitativo.
Com um estilo muito parecido com a ge-
ração anterior, a nova V-Strom 1050 DE e
a V-Strom 1050 canalizam o espírito de
design do icónico das off- oad DR-Z800
da Suzuki. Ambos os modelos incorpo-
ram uma silhueta semelhante à DR-Z,
não faltando o ‘bico de pato’ e dicas de
design óbvias. No entanto, a DE vai um
pouco mais longe nessa homenagem
com uma pintura tradicional amarela
e branca, completa com aros dourados,
além de um esquema de cores azul
e branco com acabamento em azul.
Ambas deverão estar em breve dispo-
níveis, juntamente com uma elegante
versão totalmente preta.
A V-Strom 1050 surgirá em quatro co-
res, preto e dourado com rodas doura-
das, azul e preto, um cinza elegante com
aros vermelhos e uma versão vermelha
e preta com as mesmas rodas verme-
lhas, com PVP a anunciar em breve.
 41

diasjoao1962@gmail.com

PREÇO

N.D.
CORES

PRETO,
AZUL,
CINZA,
VERMELHO
(V-STROM
1050)
AMARELO,
PRETO
(V-STROM
1050 DE)
DISPONIBILIDADE

N.D.
42

AUTO+

mais

diasjoao1962@gmail.com

MAZDA
André Mendes e elegantes, e o Jinba-Ittai refere-se à
andre.mendes@automais.pt ligação entre o cavalo e o cavaleiro, ou

É
o condutor e a máquina, que sempre foi
Já passaram uns anos desde que uma característica de qualquer um dos

» CX-60 a Mazda trouxe um novo mo-

VIRAR A PÁGINA
O novo CX-60 é um dos modelos mais desejados da
Mazda dos últimos tempos, uma vez que dá início a uma
renovação da gama e é o passe de entrada numa nova era
eletrificada. Com o novo SUV, a Mazda vira a página e dá
início a um novo capítulo da sua história
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT
delo para o mercado, mas este
novo CX-60 que chega agora a
Portugal, depois de ter sido apre-
sentado oficialmente no início de
março, não é apenas uma nova adição.
Com o Mazda CX-60, a marca dá início
a uma nova fase de transformação que
já conta com mais novidades na agenda
além deste novo SUV, mas, para já, este é
o porta-estandarte de uma nova Mazda. E
agora, é o momento em que as primeiras
unidades começam a chegar ao mercado
nacional, respondendo inicialmente às
pré-encomendas já efetuadas no passado
mês de fevereiro.
Kodo design e Jinba-Ittai parecem dois
termos estranhos e que pouco podem
dizer a uma data de pessoas, tal como
muitas outras das expressões japonesas
que os construtores nipónicos costu-
mam usar. Mas estes são dois temas
que conseguimos associar facilmente
à Mazda e por motivos completamente
diferentes. A linguagem de Design Kodo
é um conceito recente e que carateriza
o estilo da carroçaria, de linhas fluidas
modelos da marca, independentemente
da sua gama, tamanho ou preço. E o CX-
60 não é exceção.
O novo SUV da Mazda inclui a interpre-
tação mais recente deste Kodo Design,
com um visual mais agressivo e com
novos detalhes, mas as linhas continuam
a ser bastante fluidas e mantém-se o
cuidado de jogar com as sombras e com
a forma como a luz incide na carroça-
ria para criar diversos dos seus traços.
A enorme grelha frontal é ainda mais
ampla enquanto os grupos óticos dian-
teiros diminuíram de tamanho. Atrás, e
de forma a enfatizar a maior largura da
carroçaria, estão presentes óticas mais
largas e esguias, acompanhadas de uma
assinatura visual em LED que também
segue uma linha mais elegante mas com
um toque desportivo.
COMPÊNDIO DE TERMINOLOGIAS
Uma vez a bordo, os termos nipónicos
divulgados pela marca são quase um
compêndio de técnicas de produção
dos mais variados elementos, desde as
costuras à prensagem de componentes,

mas que, de uma forma geral, nos dizem
que este é mesmo um bom lugar para
passarmos uns minutos ou mesmo umas
horas. O contraste entre vários tipos de
materiais tentam criar uma imagem de
requinte, digna do novo topo de gama
da Mazda, e como não poderia deixar de
ser é o lugar do condutor que conta com
o maior destaque. Ainda assim, a regra
principal do desenho no habitáculo está
relacionada com o minimalismo e com
a simplicidade das linhas, fomentando
um ambiente tranquilo e muito sereno,
reflexo da beleza calma e digna do es-
paço vazio, ou seja, o conceito japonês
de Ma. Não conseguimos evitar, temos
de adicionar este à lista.
A componente tecnológica do novo
Mazda traz um novo painel de instrumen-
tos totalmente digital, com ecrãs que se
alternam consoante o modo de condução
selecionado, mas também um enorme
monitor no topo da consola central, mais
largo e mais baixo que o habitual, para que
também se integre da melhor forma com
o resto do conjunto. Felizmente, a grande
maioria dos comandos continuam a estar
a cargo de botões físicos, com as funções
principais com uma tecla de acesso direto
do lado esquerdo da coluna da direção,
como é hábito nos modelos japoneses.
> > a u t o s p o r t . p t /a u t o m a i s
43
diasjoao1962@gmail.com
O PRIMEIRO DOS MAZDA HÍBRIDOS
Inicialmente, o Mazda CX-60 estará ape-
nas disponível nesta versão híbrida plug-
-in com uma potência total combinada
de 327 cavalos, mas com diversas opções
em termos de equipamento. O motor
térmico pertence à família Skyactiv-G,
sendo uma versão adaptada para esta
solução, com 2,5 litros de cilindrada e um
sistema de injeção direta de combustível.
Além deste está também presente um
motor elétrico de 175 cavalos, alimentado
por uma bateria de 355V e uma capa-
cidade de 17,8 kWh. E para completar,
o sistema conta igualmente com uma locidade máxima anunciada é de 200 único extra disponível no Mazda CX-60
nova caixa de velocidades automática km/h, estando limitada pela eletrónica. é uma das oito cores disponíveis para a
de oito relações. No total, o sistema hí- carroçaria, com o característico Soul Red
brido do novo Mazda CX-60 conta com Gama e preços em Portugal a ocupar o lugar de maior destaque nesta
uma potência máxima de 327 cavalos e Em termos de preços, a oferta do Mazda escolha, seguido do Rhodium White que
um binário de 500 Nm, valores que lhe CX-60 começa nos 52.290 euros da ver- faz a sua estreia com este modelo.
conferem o título do modelo de estrada são Prime-Line, já com um nível de equi- Consoante os níveis de equipamento,
mais potente alguma vez produzido pela pamento bastante completo. No entanto, podem estar presentes sistemas de som
Mazda. E por falar em valores, há ainda esta não será a mais desejada se olhar- melhorados, diferentes combinações
uns da ficha técnica que também me- mos para as outras em primeiro lugar, decorativas para o habitáculo, um teto de
recem destaque, tais como os 60 quiló- nomeadamente a Homura e a Takumi, abrir panorâmico e até duas tomadas de
metros de autonomia máxima em modo que entram diretamente para o topo da 220V, uma nos assentos traseiros e ou-
totalmente elétrico e também os 1,5 litros oferta nesta gama, com valores de iní- tra na bagageira, pois nunca saberemos
de combustível que a marca promete cio entre os 56.290 e os 57.840 euros. A quando surge uma inesperada e urgente
para cada 100 quilómetros percorridos. mais completa da gama é a Takumi com vontade de fazer um chá e descansar um
Nas prestações, a aceleração dos 0 aos todos os pacotes de equipamento, que pouco, quem sabe, enquanto o carro está
100 km/h demora 5,8 segundos e a ve- tem um valor abaixo dos 65.500 euros. O a carregar.
44
AUTO+ +
mais
NISSAN
» X-TRAIL
FAMÍLIA EM DESTAQUE
Depois do Qashqai, da renovação do Juke e do original
Ariya, totalmente elétrico, o Nissan X-Trail é o modelo que
se segue na nova família de SUV eletrificados da marca
nipónica, o único com sete lugares. Chega ao mercado no
outono e mantém os sete lugares a bordo
diasjoao1962@gmail.com
André Mendes
andre.mendes@automais.pt
A
renovada família de
modelos eletrifi ados
da Nissan continua a
crescer. E agora, é a vez
da quarta geração do
X-Trail ser oficialmen-
te apresentada num novo formato digital
e capaz de chegar mais rapidamente e a
mais pessoas, antes da sua introdução
no mercado prevista para o outono.
Com mais de duas décadas de história
no mercado, o Nissan X-Trail já viu
produzidas quase sete milhões de
unidades, que foram vendidas um
pouco por todo o mundo. Com a nova
geração deste modelo, no entanto,
é claro que o maior destaque será a
nova solução E-Power, da Nissan, que
estará disponível em versões de duas
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE ou quatro rodas motrizes. Com este
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT sistema, a locomoção será sempre
elétrica, sendo que o motor térmico
existente, com 1,5 litros de capacidade,
serve apenas como gerador de energia
para o motor elétrico. Com a versão
e-4ORCE, com um motor elétrico em
cada eixo e, por isso, quatro rodas
motrizes, estão disponíveis 211 cavalos
de potência e 330Nm de binário no
eixo dianteiro, mais os 195Nm que
estão encarregues de dar uma ajuda
no eixo posterior e tudo é gerido da
melhor forma usando uma bateria
de 1.8 kWh, que dispensa o carrega-
mento externo, como acontece em
sistemas híbridos plug-in. E para dar
uma ajuda nos trajetos mais urbanos,
onde também se vão registar médias
de consumo muito comedidas devido
à ajuda da eletrificação, está também
disponível o sistema e-Pedal, que per-
mite conduzir usando apenas o pedal
do acelerador, jogando com a força da
regeneração de energia do sistema
elétrico para ir travando o carro.

ROBUSTEZ COMO TRUNFO
Por fora, o novo Nissan X-Trail destaca-
-se pelo seu visual de família, mas com
linhas mais robustas e vincadas, onde
se destaca a nova solução com grupos
óticos individuais na secção dianteira,
em conjunto com uma grelha dianteira
semelhante à dos restantes modelos da
marca nipónica. As luzes de condução
diurna estão resumidas a dois traços em
LED do género “sobrancelha zangada”,
que contribuem para um desenho mais
agressivo do conjunto. Na secção lateral
são mais visíveis os traços robustos
junto das cavas das rodas, mas também
linhas mais fluídas da carroçaria na zona
inferior das portas.
Uma vez a bordo, a grande prioridade
são mesmo as famílias, principalmen-
te quando estas começam a ser mais
numerosas e, apesar da segunda fi a
de assentos não contar com três lu-
gares individuais, há um bom espaço
disponível em largura e para as pernas,
diasjoao1962@gmail.com
mas também dois assentos extra lá
mais atrás, uma vez que um dos grandes
trunfos do Nissan X-Trail continua a
ser a sua lotação de sete lugares. Além
disso, estes não se destinam apenas a
crianças, e na apresentação foi referido
que poderá receber passageiros com
uma altura ideal até 1,60 metros. Um
pouco mais atrás, e quando os assentos
da terceira fi a não estão a ser utilizados,
há um maior compartimento de carga,
com melhores medidas em compri-
mento e largura, mas com um acesso
muito semelhante ao do seu antecessor,
não faltando o comando elétrico para a
abertura e fecho da porta que dá acesso
a este espaço.
O LADO MAIS PRÁTICO NA ROTINA
Para uma maior dose de conforto e aces-
so nos lugares traseiros, há pequenos
detalhes e soluções que são perfeitas
para quem tem crianças, tais como as
cortinas de enrolar nas janelas laterais,
as portas traseiras com um ângulo de
abertura de quase 90 graus, controlos
independentes do ar condicionado e
tomadas USB destinadas ao carrega-
mento de dispositivos portáteis. E para
oferecer um ambiente a bordo melho-
rado, também não falta um teto de abrir
panorâmico que permite a entrada de
mais luz no habitáculo.
Ainda no habitáculo, mas nos lugares
da frente, é onde nos vamos aperceber
das novidades tecnológicas mais re-
centes integradas no novo X-Trail. Um
dos elementos mais visíveis é o novo
painel de instrumentos totalmente
digital com um monitor de 12,3 pole-
gadas e que é bastante personalizável,
para que fique mais ao gosto de cada
pessoa. E mesmo à nossa frente, está
um head-up display com uma área de
10,8 polegadas, onde são projetadas
as informações mais essenciais, tais
como a velocidade a que circulamos e
o limite na zona em que nos encontra-
> > a u t o s p o r t . p t /a u t o m a i s
45
mos, mas também as informações da
navegação, caso estejamos a utilizar
esse sistema.
A OBRIGATÓRIA TECNOLOGIA
No topo da consola central e do tablier, o
monitor tátil de 12,3 polegadas também
é bastante personalizável e inclui as in-
formações do sistema de navegação, do
sistema de som e as mais variadas con-
figurações dos sistemas existentes no
Nissan X-Trail. E felizmente, os botões
físicos não foram totalmente dispen-
sados, nem na consola nem no volante,
ficando as funções mais comuns dispo-
níveis com um simples premir de botão.
Entre os assentos dianteiros, a consola
central inclui o comando da caixa e o
seletor dos modos de condução, mas
também uma zona destinada ao car-
regamento do telemóvel por indução
e a ligação deste ao sistema do carro,
através de Apple CarPlay ou Android
Auto, sem fios, claro.
AUTO+
NOTÍCIAS
NISSAN JÁ INICIOU A PRODUÇÃO
DO SEU NOVO COMERCIAL LIGEIRO
ELÉTRICO, O TOWNSTAR
Além dos modelos de passageiros, o plano da Nissan
também inclui uma presença nos comerciais ligeiros movidos
exclusivamente a eletricidade que começa com a produção do
novo Townstar.
A Nissan está com um plano bem definido para os próximos
anos, que inclui novos modelos, como o Ariya por exemplo,
atualizações em gamas já existentes, como a adição da
versão híbrida à gama Juke, e também uma maior presença na
categoria dos veículos comerciais ligeiros totalmente elétricos,
onde já marcou presença em tempos com o e-NV200.
TOYOTA ABRE AS PRÉ-VENDAS DO NOVO COROLLA
CROSS HYBRID, MAS APENAS ONLINE
Com data de chegada prevista ainda para este ano, o Corolla
Cross Hybrid é o modelo que se segue na oferta da Toyota.
E agora, se quiser ser um dos primeiros a recebê-lo, as
encomendas online já se encontram disponíveis.
O Toyota Corolla Cross Hybrid é o modelo que se segue
na família de SUV da marca nipónica, apostando num dos
formatos mais requisitados em todo o mundo. E depois da
boa experiência com o Yaris, é agora o Corolla que recebe a
designação Cross, com um visual e características totalmente
apontados aos melhores momentos de qualquer agregado
familiar.
As pré-vendas do novo Toyota Corolla Cross 2.0L Hybrid, que
mais
diasjoao1962@gmail.com
O maior destaque para este espaço passa agora a ser o
Nissan Townstar, um modelo desenvolvido em parceria com
a Aliança e que usa a plataforma CMF-C. Está agora a iniciar a
sua produção na fábrica de Maubeuge, em França, também em
conjunto com os outros modelos comerciais da Aliança e terá
duas versões disponíveis, com uma área de carga entre 3,3 ou
4,9 metros cúbicos.
O motor elétrico, com tração nas rodas dianteiras, tem uma
potência máxima de 122 cavalos e um binário de 245Nm.
A bateria de 45 kWh pode ser “atestada” em carregadores
deverá chegar ao mercado ainda este ano, ficaram disponíveis
online no passado dia 9 e vão continuar até ao final deste mês.
Apesar de existirem três opções de equipamento para este
novo modelo, neste período, apenas as duas mais completas
– Exclusive e Luxury - se podem encomendar. E para todos
aqueles que apostarem nesta nova experiência de compra, a
Toyota oferece as barras de tejadilho.
O novo modelo da Toyota já inclui todas as novidades da marca
em termos de tecnologia e equipamento, tais como o painel
de instrumentos digital com um ecrã de 12,3 polegadas ou
o monitor central tátil com acesso a diversos sistemas e
funções.
rápidos, o que permite passar a sua carga dos 15 para os
80 por cento em pouco mais de meia-hora. E em termos de
autonomia, o novo Nissan Townstar poderá ser utilizado para
deslocações até 300 quilómetros de distância, ainda que seja
em cidade que a sua maior autonomia fica garantida, graças
aos mais frequentes períodos de regeneração.
Em termos de design, o novo Townstar oferece um visual
robusto na secção dianteira, que se integra no formato de
carroçaria mais otimizado para o transporte de maiores
volumes na parte de trás. A bordo, os dois lugares estão
pensados para oferecer um nível de conforto elevado para
quem tem, por vezes, de passar diversas horas por dia ao
volante, mas também um sistema de infotainment completo,
diversos sistemas de segurança e até equipamentos como
o aquecimento dos assentos e do volante ou o sistema de
parqueamento automático.
E uma vez que se trata de um modelo totalmente elétrico,
nem sequer falta uma garantia de oito anos para a bateria,
que assegura uma capacidade acima dos 70% para este
período.
Para conhecer melhor as três versões de equipamento
disponíveis ou a qual a cor da carroçaria que escolheria, entre
diversos outros detalhes, a página das pré-encomendas deste
modelo já se encontra disponível em www.toyota.pt/carros/
corolla-cross.
 >> autosport.pt
47

FORD REFORÇA A OFERTA DE EQUIPAMENTO

DO SEU ELÉTRICO MUSTANG MACH-E

ALFA ROMEO VOLTOU A

APAIXONAR TODOS OS
PRESENTES NO CARAMULO
MOTORFESTIVAL
A marca italiana de Arese foi uma das que marcou mais
presença na última edição do Caramulo Motorfestival. Além do
“Carro 0” que fez a abertura da rampa, esteve presente o novo
Tonale e diversos modelos clássicos.
A última edição do Caramulo Motorfestival foi uma das melhores
de sempre, mas de todas as marcas presentes, a Alfa Romeo
foi uma das que esteve em maior destaque. O modelo que
além do Scudetto também inclui um trevo de quatro folhas foi
novamente o selecionado para abrir a rampa sempre que se
iniciavam as subidas, ou seja, o carro “zero”. Mas o novo SUV da
diasjoao1962@gmail.com
marca, o Tonale, também marcou uma forte presença na zona de
exposições e na própria rampa, onde cerca de 65 participantes
tiveram direito a um “co-drive” com a ajuda de um piloto
profissional, pronto para mostrar a maioria das potencialidades
neste novo modelo e do seu sistema híbrido de 160 cavalos. A Ford acaba de anunciar um conjunto de ajustes 91 kWh, o equipamento de série foi também
Além dos modelos mais recentes, e com a ajuda do Alfa Romeo para o Mustang Mach-E, que passa a incluir mais reforçado com a designação Premium, que
Clube Portugal, estiveram também presentes dez modelos elementos no equipamento de série e uma maior apenas estava disponível para as opções de
históricos da marca de Arese, tais como o Alfa Romeo Montreal, capacidade de reboque. tração às quatro rodas. E, neste caso, o Mustang
um SZ Coupe, um Sprint 2600 Bertone, um Junior 1300 GTA e Num momento em que o novo Ford Mustang Mach-E passa agora a incluir equipamentos
um Junior Scalino, mas também um GTV6 Quadrifoglio, Giulietta Mach-E, totalmente elétrico, se encontra a como as jantes de liga leve de 19 polegadas, o
Spider Veloce de 1961 e um 1750 GTV de 1970. vender cerca de oito vezes mais unidades que sistema de iluminação adaptativo em LED, os
“A Alfa Romeo marcou mais uma vez presença neste importante o Ford Mustang de formato mais convencional, assentos dianteiros de comando elétrico com
evento do panorama automobilístico nacional, que tem uma a marca americana acaba de anunciar um oito regulações e as pinças de travão pintadas
forte afinidade com a marca. O resultado foi muito positivo, conjunto de ajustes para esta gama que passam de vermelho. Para toda a gama, ficam também
em particular a forma entusiasmada e interessada como o essencialmente pelo reforço do seu equipamento disponíveis novas cores para a carroçaria, como
público reagiu ao novo Alfa Romeo Tonale que, estática ou de série. o Vapor Blue ou o Carbonized Grey, bem como dois
dinamicamente na rampa, provou todos os seus predicados”, Desta forma, todos os modelos da gama passam novos desenhos em termos de jantes de liga leve.
comentou Luís Domingues, Brand Manager da Alfa Romeo agora a incluir o sistema de Cruise Control Adaptativo Além disso, também nas versões equipadas
Portugal, resumindo a participação da marca italiana neste que já consegue usar as informações disponibilizadas com a bateria de 91 kWh, com mais autonomia,
reputado evento que, entre outros, contou também com a pelo sistema de navegação e da camara frontal sejam de tração traseira ou às quatro rodas, a
presença de Carlos Tavares, CEO da Stellantis, aqui com um para ajustar a sua velocidade, em situações de capacidade de reboque passa agora a ser de
estatuto de piloto convidado. aproximações a curvas ou rotundas, por exemplo. 1.500 quilos, oferecendo uma maior oferta em
Na versão de tração traseira e com bateria de termos de possibilidades.

Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-

E/
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro,
Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto
Editorial da publicação periódica AutoSport:
1. O AutoSport é um semanário dedicado
ao automóvel e aos automobilistas, nas
suas mais distintas vertentes: desporto e
competição, comércio, indústria, segurança
E S TAT U T O e problemática rodoviária. O AutoSport
EDITORIAL edita, semanalmente, conteúdos sobre as
tomóvel disputadas em território nacional
e no estrangeiro, relata acontecimentos
ligados à competição automóvel, bem como
temas que versam o automóvel como bem
de consumo, tanto na área industrial como
comercial.
2. O AutoSport está comprometido com
o exercício de um jornalismo formativo e
informativo e procura oferecer aos seus
e de qualidade, opinando sobre tudo o
que se passa na área do automóvel e dos
automobilistas, numa perspetiva plural,
recusando o sensacionalismo e respeitan-
do a esfera da privacidade dos cidadãos.
3. O AutoSport pauta as suas opções edito-
riais por critérios de atualidade, interesse
informativo e qualidade, procurando apre-
sentar aos seus leitores a mais completa
ciosos, com total abertura à interativi-
dade com a sua comunidade de leitores.
4. O AutoSport pratica um jornalismo pau-
tado pela isenção, sem comprometimentos
ou enfeudamentos, tendo apenas como
pressuposto editorial facultar a melhor
informação e a melhor formação aos seus
leitores, seguindo sempre as mais elemen-
tares normas deontológicas.

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