#2335

44
ANO 44
28/09/2022
Semanal
2,95€ (CONT.)
anos
DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt

CPTT/BAJA TT SHARISH GIN/REGUENGOS/MOURÃO

JOÃO FERREIRA
QUARTA VITÓRIA
EM CINCO PROVAS
TIAGO REIS ‘TRAÍDO’

MAIS PERTO
POR PENALIZAÇÃO

DO TÍTULO
diasjoao1962@gmail.com

FÓRMULA 1 COM CALENDÁRIO DE 24 GRANDES PRÉMIOS EM 2023

PÁG. 44 PÁG. 36

MOTO GUZZI
V100 MANDELLO
‘AVIAZIONE
NAVALE’

VELOCIDADE
NO ESTORIL
ESPETÁCULO FERRARI
NO TRIBUTO A PAULO ALVES PUROSANGUE
diasjoao1962@gmail.com

I/
I N S TA N TÂ N E O
S/
SEMÁFORO
PARADO A ARRANCAR
As provas do CPTT Belo espetáculo deu
têm sofrido com a Lourenço Rosa em
‘lentidão’ da Anube Reguengos com a
no processamento da sua nova Toyota Hilux
informação relevante T1+, deixando água
aos resultados das na boca aos adeptos
provas para 2023
O S E M A N Á R I O D O S C A M P E Õ E S N A E R A D I G I TA L
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diasjoao1962@gmail.com
A FUNDO
Luis Miguel Rego
assegurou o seu
terceiro título
açoriano de ralis, um
prémio merecido de
um piloto que se tem
vindo a afirmar nos
ralis em Portugal
REFERÊNCIA
E
Francisco Santos fez 80 anos!
O amigo, o piloto, jornalista,
escritor, um verdadeiro
embaixador do automobilismo
em Portugal e no Brasil, ou
como ele diz “do meio do
Atlântico”. Muitos parabéns e
venham mais 80
EM DIRETO
“Estou muito desiludido,
desapontado com este
tribunal, é uma injustiça,
acho que devo ser o 1º caso
no automobilismo, com uma
experiência desta natureza”,
João Ramos, sobre a decisão do TAN
quanto à penalização na Baja Oeste TT
“O carro é incrível, parece
um Fórmula 1 do Todo-o-
Terreno…”,
Lourenço Rosa, depois de rodar com
a nova Toyota Hilux T1+ em Reguengos
“Por vezes ainda tenho sonhos
estranhos, vejo o Sr. Marko
sempre zangado, espancando-
me. Fiquei com um trauma.
Não fui capaz de ‘limpar’ isto
mesmo com terapia e vários
psicólogos”,
Jaime Alguersuari, sobre a sua
passagem pela Toro Rosso/Red Bull.
3
EDIÇÃO
#2335
28/09/2022
José Luís Abreu
DIRETOR-EXECUTIVO
jabreu@autosport.pt
lfyn Evans mostrou-se preo-
cupado com o facto de algu-
mas provas ‘clássicas’ esta-
rem a perder o seu lugar no
WRC, enquanto o Promotor
tenta encontrar um equilíbrio
entre as várias componentes do ‘negó-
cio’, o espetáculo dado pelas equipas
e pilotos, entretenimento geral, ‘value
for money’, retorno que a competição
dá às marcas envolvidas e valor global
da competição como um todo.
O calendário de 2023 recupera pro-
vas como o México e o Chile, mas
deixa de fora a Argentina, Espanha
e Grã-Bretanha, e Evans está preo-
cupado com as provas ‘clássicas’,
garantindo que fazem falta ao WRC.
O que diz é óbvio, o WRC precisa
do seu suporte histórico, precisa-
mente pelo facto desses alicerces,
esse ‘background’ ser fantástico. E
é preciso preservá-lo.
Mas tal como fez a F1, a Liberty tem
procurado um equilíbrio ao mesmo
tempo que faz crescer a competição
e é exatamente o mesmo que tem
de fazer o WRC, embora com uma
grande diferença. Enquanto a F1 vai
de vento em popa a todos os níveis, o
WRC marca passo e teme pelo futuro
a médio prazo, pois com a indefin ção
da indústria automóvel e o que se está
a passar atualmente no mundo, não
é fácil seduzir novos construtores.
O WRC precisa de bom suporte
financeiro, e a entrada da Arábia
Saudita no WRC é uma boa notícia.
Para o ano nasce a Rally TV, isso
pode ajudar o WRC a ganhar de
novo mais interesse, mas sei que
não é fácil ao Promotor gerir o mo-
mento em que nos encontramos.
Voltando ao que diz Evans, é óbvio
que o WRC não sobreviveria só com
“Ralis da Arábia Saudita”, precisa de
manter os seus ‘alicerces’ de betão
armado e ferro, se não houver outro
material ainda mais forte…
 CPTT/
4

BAJA TT SHARISH GIN/REGUENGOS/MORÃO

JOÃO FERREIRA
VENCE
E APROXIMA-SE
DO TÍTULOdiasjoao1962@gmail.com
João Ferreira/David Monteiro (Mini JCW Rally) venceram
a Baja TT Sharish Gin/Reguengos/Mourão, somando o
quarto triunfo do ano em cinco provas realizadas, e a
duas provas do fim estão cada vez mais perto de juntar
o título do CPTT ao Europeu de Bajas

José Luís Abreu

jabreu@autosport.pt
FOTOS Oficiais; AIFA; Albano Loureiro; Go Agency

J
oão Ferreira/David Monteiro
(Mini JCW Rally) venceram pela
quarta vez em cinco provas do
Campeonato de Portugal de
Todo o Terreno, aproveitando
da melhor forma um conjunto
de erros da dupla Tiago Reis/Valter
Cardoso (Toyota Hilux), que apesar de
ter vencido os três Setores Seletivos
que compuseram a Baja TT Sharish
Gin/Reguengos/Mourão, perderam
a prova devido a um conjunto de pe-
nalizações devido a circularem em
zonas com limite máximo de 30 km/h
a velocidades mais elevadas.
Foram penalizados duas vezes em
60 segundos, outra em 120 segundos
pelas três infrações cometidas na
SS1 e SS2, pelo que junto resultou em
quatro minutos, que lhes ‘roubaram’
o triunfo na prova, depois de terem
sido, claramente, quem mais depressa
andou nas pistas alentejanas. Foram
nada mais nada menos que 75 as pe-
nalizações emanadas pelo Diretor de
Prova, e isto somente no final do SS2
de três Setores Seletivos, o que como
se calcula, levou a várias mudanças na
classificação, a principal, e os líderes a
cederem o comando da prova.
PNEUS E PENALIZAÇÕES
Com este resultado, não só Tiago Reis
perde um triunfo que merecia tendo em
conta o que andou em Reguengos, como
João Ferreira fica ainda mais perto do
seu primeiro título no CPTT.
A prova foi muito condicionada ainda
pela dureza dos percursos. Sem ter cho-
vido muito, durante vários meses, os
pisos ‘endureceram’ e nem as recentes
chuvas decorrentes do Furacão Danielle
ajudaram muito no ‘amolecimento’ da
estrada, e com isso o desgaste dos pneus
dos carros foi anormalmente alto. quarto lugar da geral, mantendo uma foram sextos. tiveram um resultado
Um dos mais prejudicados foram preci- boa consistência de resultados, isto menos bom no prólogo mas a partir daí
samente os terceiros classificados, João depois de dois pódios consecutivos na foi sempre a subir, terminando com o
Ramos/Filipe Palmeiro (Toyota Hilux), Baja Oeste e em Loulé. seu melhor resultado até aqui no CPTT.
que depois de terminarem o SS1 a 9.1s Grande andamento, só batido por carros Algo semelhante fi eram Miguel Ca-
dos líderes, ‘afundaram-se’ no SS2, ao e duplas de topo. saca/João Luz (Volkswagen Amarok/
perderem um pouco mais de três mi- Quinto lugar para Francisco Barreto/ PRK Sport Rally Team). 26º no prólogo,
nutos com um furo. Concluíram o SS2 a Carlos Silva (Ford Ranger/Prolama), e sempre a recuperar nos três setores
quatro minutos da frente, no terceiro lu- no que é o regresso da dupla aos bons seletivos. O maior pulo deu-se no SS1,
gar e com poucas hipóteses de chegar ao resultados. Repetiram o quinto posto ganhando depois duas posições em
triunfo, o que se confir ou, terminando da Baja TT ACP, e em Reguengos, de- cada um dos SS fi ais.
a corrida no lugar mais baixo do pódio. pois de um furo os atrasar na SS1, onde André Amaral/Nelson Ramos (Ford
João Dias/João Miranda, com o BRP-Can perderam sete posições face ao prólogo, Ranger) asseguraram em Reguengos
Am Maverick X3 da Santag Racing Team, fi eram uma prova de recuperação e o seu melhor resultado do ano, o oitavo,
voltaram a realizar uma grande exibição, terminaram no top 5. numa prova que não lhes correu bem
vencendo com facilidade da categoria Edgar Reis/Tiago Neves (Toyota Hilux, no primeiro dia, especialmente a SS2,
T3, e mais do que isso, terminando no Team Transfradelos & XRally Team) terminando na 13ª posição da geral, mas
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diasjoao1962@gmail.com

C/ CLASSIFICAÇÕES

POSNº PILOTO NAVEGADOR CARRO TEMPO/DIF POS/CAT.

1 540 JOÃO FERREIRA DAVID MONTEIRO MINI JONH COOPER WORKS RALLY 5:39:56.1 1/T1
2 511 TIAGO REIS VALTER CARDOSO TOYOTA HILUX +1:32.2 2/T1
3 504 JOÃO RAMOS FILIPE PALMEIRO TOYOTA HILUX +6:04.7 3/T1
4 529 JOÃO DIAS JOÃO MIRANDA BRP-CANAM MAVERICK X3 +8:38.5 1/T3
5 515 FRANCISCO BARRETO CARLOS SILVA FORD RANGER +18:21.6 4/T1
6 535 EDGAR REIS TIAGO NEVES TOYOTA HILUX +25:13.7 5/T1
7 588 MIGUEL CASACA JOÃO LUZ VOLKSWAGEN AMAROK +25:59.1 6/T1
8 503 ANDRÉ AMARAL NELSON RAMOS FORD RANGER +29:46.7 7/T1
9 543 ALEXANDRE PINTO FAUSTO MOTA BOMBARDIER CANAM MAVERICK X3 +29:55.5 1/T4
10 555 NUNO TORDO JOÃO SERÔDIO NISSAN NAVARA +48:28.5 1/T8
11 527 MARIA LUIS MANUEL NAVARRO MINI ALL 4 RACING +49:47.3 8/T1
12 520 HENRIQUE LOURENÇO RICARDO SOBRAL MITSUBISHI RACING LANCER +54:43.9 9/T1
13 509 SÉRGIO VITORINO DANIEL CARVALHO BRP-CANAM MAVERICK X3 +56:01.7 2/T3
14 569 JOHAN SANDERS LUÍS BENTO NISSAN NAVARA +59:32.9 2/T8
no SS3 recuperaram, foram sétimos no o T8 com 11 minutos na frente de Johan 15 573 NELSON BEIRÓ RUI GOMES BRP-CANAM MAVERICK X3 +1:00:16.9 3/T3
SS3 e com isso subiram para o oitavo Sanders/Luís Bento (Nissan Navara/ 16 594 JOÃO PAULA NUNO M.RIBEIRO BRP-CAMAM MAVERICK X3 +1:03:06.1 2/T4
posto, onde terminaram. Oeste Racing Competition) com Cesá- 17 523 CESÁRIO SANTOS ALEXANDRE GOMES NISSAN NAVARA +1:03:11.4 3/T8
Foram também penalizados por exces- rio Santos/Alexandre Gomes (Nissan 18 544 JOSÉ FARIA RAFAEL LUTAS BRP-CANAM MAVERICK X3 +1:08:57.7 3/T4
so de velocidade em zonas com limite Navara), 3m38s mais atrás. 19 510 JOEL MARRAZES JOSÉ MOTACO NISSAN NAVARA +1:18:01.9 1/T2
máximo. Alexandre Mota/João Gomes (Nissan 20 578 ALEXANDRE MOTA JOÃO GOMES NISSAN NAVARA +1:19:32.9 4/T8
A fechar o top 10 ficaram Alexandre Navara). Seguiram-se Alexandre Mota/ 21 519 JOAO FRANCO PEDRO INÁCIO NISSAN NAVARA D22 +1:20:31.0 2/T2
Pinto/Fausto Mota (Bombardier Can João Gomes (Nissan Navara), Georgino 22 571 GEORGINO PEDROSO SÉRGIO CERVEIRA NISSAN NAVARA +1:26:04.4 5/T8
Am Maverick X3/Benimoto Racing), Pedroso/Sérgio Cerveira (Nissan Na- 23 592 FRANCISCO DIAS MÁRIO FEIO NISSAN PIC-UP 2.5 +1:28:45.6 3/T2
vencedores dos T4, e Maria Luís/Manuel vara/Prolama Competição) e Daniel 24 583 JOÃO LOURENÇO JOSÉ C. MARTINS NISSAN NAVARA D22 +1:30:54.4 4/T2
Navarro (Mini All 4 Racing/MRacing Silva/Filipe Martins (Nissan Navara/ 25 508 FERNANDO BARREIROS RÚBEN PEDROSO ISUZU D-MAX +1:36:43.4 5/T2
Portugal), ganhando 18 posições face ao Team Transfradelos & XRally Team). 26 577 NUNO MADEIRA JOSÉ JANELA FORD RANGER +2:19:26.9 10/T1
28º lugar em que estavam no fi al da SS1. Nuno Tordo foi o primeiro líder, 19.8s na 27 516 JORGE CARDOSO ANDRÉ BARRAS BOMBARDIER-CANAM MAVERICK X3 +2:22:32.8 4/T3
frente de Georgino Pedroso, com Antó- 28 584 SÉRGIO MATOS RICARDO BRITO MERCEDES 110CDI +2:37:41.2 11/T1
NUNO TORDO DOMINOU T8 nio Rodrigues/António Nunes (Nissan 29 556 BRUNO OLIVEIRA PAULO MARQUES FORD EXR05 PROTO +2:38:58.5 12/T1
Nuno Tordo/João Serôdio (Nissan Nava- Navara D22) em terceiro na frente de 30 506 CÉSAR SEQUEIRA TÂNIA SEQUEIRA MINI COOPER D PROTOTIPO +3:18:28.4 13/T1
ra/Oeste Racing Competition) venceu Johan Sanders, este já a 43.9s. 31 563 DANIEL SILVA FILIPE MARTINS NISSAN NAVARA +3:48:11.2 6/T8
6
tT/ TODO-O-TERRENO
BAJA TT SHARISH GIN/REGUENGOS/MORÃO
Na SS2, Nuno Tordo alargava a liderança
para Cesário Santos, mesmo penali-
zando por excesso de velocidade numa
zona limitada, o que sucedeu a vários
concorrentes dos T8, e depois de ter
problemas com um furo. Tudo soma-
do, ficava quase com cinco minutos
de avanço para Cesário Santos e sete
minutos para Johan Sanders.
No SS3, o triunfo foi para Georgino Pe-
droso, 1m18 a frente de Nuno Tordo que
assegurou o triunfo, o que aliado ao
abandono de Michael Braun/Ivo Santos
(Porsche Cayenne Proto/PRK Sport
Rally Team) ao Km 75 do SS3, lhe dá
virtualmente o título de T8.
JOEL MARRAZES VENCE T2
No T2, o triunfo foi para Joel Marrazes/
José Motaco (Nissan Navara) dois mi-
nutos e meio na frente de João Franco/
Pedro Inácio (Nissan Navara D22/Oeste
Racing Competition) com Francisco
Dias/Mário Feio (Nissan Pick-Up 2.5)
em terceiro a 10m43.7s.
Quarto posto para João Lourenço/José
diasjoao1962@gmail.com
Camilo Martins (Nissan Navara D22) e
a fechar o top 5, Fernando Barreiros/
Rúben Pedroso (Isuzu D-Max/Prola-
ma Competição).
Desta forma, Joel Marrazes aproxima-se
de João Franco no campeonato, mas
este continua a ter um bom avanço
fruto de dois triunfos e três segundos
lugares em cinco provas. Marrazes foi o
primeiro líder, 1m06 na frente de Simão
Comenda/Luís Dias (Nissan Navara
D22) com Fernando Barreiros em ter-
ceiro a 1m26.9s. Na SS2,
Na SS2, grande reviravolta, com João
Franco a subir de 5º para primeiro, dei-
xando Marrazes a mais de dois minutos
na geral. Contudo, na SS3, Franco per-
deu mais de seis minutos e com isso a
liderança para Marrazes
No T3 a diferença de João Dias para a
concorrência é abismal, Sérgio Vito-
rino/Daniel Carvalho (BRP-Can Am
Maverick X3) ficaram a 47 minutos e no
T4, Ricardo Gomes/Luis Santa Bárbara
(Adess EV) venceram 3h43m na fren-
te de Alexandre Pinto/Fausto Mota
(Bombardier Can Am Maverick X3/
Benimoto Racing)
Na Taça de Portugal, Alexandre Ferreira/
Sérgio Silva (Toyota Land Cruiser BJ73)
venceram na frente de João Alves/Nuno
Fernandes (Nissan Terrano PickUp).
MUITOS ABANDONOS
Foram muitas e boas as equipas que
ficaram pelo caminho. Acima de todos,
Alejandro Martins/José Marques (Mini
JCW Rally) que deram um toque e aban-
donaram na SS2 quando eram terceiros
no SS: “Na rotunda do Curval, para me
desviar de uma vedação de alumínio
que estava entre a rotunda e o passeio,
fui para cima de um rail, para não bater.
Esta situação não estava no Roadbook,
é inaceitável”, disse o piloto.
Alexandre Franco/Rui Franco (Merce-
des Benz V230 TD) eram sextos no fi al
do SS1, estavam a andar bem, mas já
não passaram daí.
Luis Recuenco/Sergio Peinado (Mini
JCW Rally) eram sextos no fi al do SS1,
5º no CP2 da SS2, mas ficaram pelo ca-
minho, o mesmo sucedendo a Pedro
Carvalho/Desidério Guerreiro (Can-Am
Ssv Maverick XRC My21) quintos da
geral, 2º do T3 no fi al da SS2, ficaram
de fora, como explicou a equipa: “Testa-
mos várias soluções como preparação
para a Baja de Andaluzia e decidimos
parar porque após análise a todos os
parâmetros do carro alguns estavam
fora do ideal, sendo o mais sensato não
arriscar algum eventual dano.”
Edgar Condenso/António Serrão (Ford
Mo Exr05 Proto) terminaram a SS2 no
sétimo lugar, mas a Ford Ranger Proto
já apresentava alguns problemas de
turbo, acabando por ficar pelo caminho.
Nuno Matos/Ricardo Claro (Opel Mokka
Proto) tiveram uma prova agridoce, já
que uma pedra danificou o sistema de
travagem do carro, pelo que terminaram
muito atrasados.
Com estes resultados, muito dificilmente
João Ferreira e David Monteiro perdem
o título, que se vai agora dirimir na Baja
TT Norte de Portugal, e eventualmente
na Baja TT 500 Portalegre.
 diasjoao1962@gmail.com

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8
tT/ TODO-O-TERRENO
BAJA TT SHARISH GIN/REGUENGOS/MORÃO
JOÃO FERREIRA
“PASSO MUITO
IMPORTANTE
PARA O CAMPEONATO”
A dupla João Ferreira/David Monteiro venceu a 34ª Baja
TT Sharish Gin, quinta prova do CPTT, naquela que é a sua
quarta vitória em cinco provas: “Ganhámos e o balanço é
muito positivo. O Tiago (Reis) foi mais rápido nos dois dias,
mas sofreu uma penalização.
Estes são pontos importantes para o nosso campeonato.
Correu tudo bem. Optámos por encontrar um ritmo forte e
constante, mas sem cometer erros.
Tivemos de ter especial atenção aos pneus que estavam
a desgastar-se bastante. Diverti-me imenso nestas
pistas e foi uma prova dura para nós e para o carro, mas
bem disputada. Ainda falta a Baja do Norte e a Baja de
Portalegre.
Das sete provas a fazer temos de pontuar em seis, pelo
que uma delas não irá entrar nas contas do campeonato.
Esta vitória foi mais um passo muito importante para o
campeonato. Temos de manter o foco e a concentração e
continuar a trabalhar para a Baja TT Norte de Portugal”,
disse João Ferreira.
EXCESSOS DE VELOCIDADE, MUITAS PENALIZAÇÕES, LENTA, SÓ A INFO…
À hora do fecho desta edição do AutoSport eram
84 o número de decisões do Diretor de Prova
relativas a penalizações para os concorrentes. Não
vimos todos, mas a grande maioria é de multas e
penalizações por excesso de velocidade em zonas
com limite máximo de velocidade.
Como se sabe, Tiago Reis venceu os três SS da
prova, mas não a ganhou porque foi penalizado
em quatro minutos no final de sábado, ainda que
isso só aparecesse nos tempos online. Na Sportity
existia um documento relativo à penalização de
um minuto, mas faltavam os outros, que foram
publicados na manhã de domingo.
Claro que assumimos de imediato que os
restantes três minutos se referiam a outras tantas
penalizações, e publicámos as classificações
ajustadas, sendo que demorou a ser pública a razão
NOVOS T1+ QUASE CERTOS NO CPTT 2023
Lourenço Rosa trouxe para Portugal uma nova
Toyota Hilux T1+, Miguel Barbosa deve receber a
sua dentro de um mês, que já poderemos ver em
Portalegre, mas o Campeonato de Portugal de
Todo o Terreno de 2023 ‘promete’ pois são vários
os pilotos que já estão a ‘virar agulhas’ para os
T1+.
É praticamente certo que teremos T1+ no CPTT
em 2023, a FPAK deverá mudar os regulamentos
nesse sentido, e apesar de Miguel Barbosa
e Lourenço Rosa não terem o CPTT como
competição primordial em 2023, no caso do
octocampeão de Portugal de Todo o Terreno, pelo
menos a Baja TT ACP e Portalegre deverá ‘fazer’.
Há, naturalmente, outros pilotos, Tiago Reis,
João Ramos, que também já ‘piscam o olho’ ao novo carro os processos de intenção existem, resta saber o que se
japonês, e também do lado da X-Raid já estão a trabalhar concretiza. Há quem já fale em sete carros, incluindo a
no seu novo T1+, embora neste caso com algum atraso ‘armada’ brasileira que tem corrido em Portugal, ms certo
face à concorrência. é que daqui a algum tempo o CPTT terá no seu plantel
Obviamente, tudo isto carece para já de confirmação, mas estas máquinas, vamos ver é quando e quantas…
LOURENÇO ROSA
diasjoao1962@gmail.com
“O CARRO É INCRÍVEL, O ‘F1 DO TODO-O-TERRENO’…”
Lourenço Rosa estreou no passado fim de
semana a sua nova Toyota Hilux T1+, a primeira
desta nova categoria a chegar a Portugal.
O piloto rodou a ‘abrir’ os Setores Seletivos
e quem viu… pediu mais. O piloto está,
naturalmente, muito entusiasmado com a
nova máquina: “O carro é incrível, estamos a
falar de um carro que é considerado o Fórmula
1 do TT, estou a habituar-me, tenho que rodar
muito, é tudo muito diferente, é um carro
mais pesado, 2.000 Kg, mas com uma grande
performance em aceleração, e travagem
inacreditável. Estamos muito contentes, é
giro, veio muito gente a esta prova para ver
o carro”, disse Lourenço Roda que quando o
desafiamos para destacar alguma coisa no
carro: “Tudo! É tudo ‘galático!”
estava dependente, como estão todas as outras
organizações, da My Time/Anube, e nós sabemos
que esta tem todos os equipamentos que precisa
para fazer um bom trabalho, mas pelos vistos não
tem pessoas suficientes para lidar com o volume de
informação, o que resultou no facto de, madrugada
(bem) dentro ainda se estar a tentar perceber os
factos que levaram às decisões do Diretor de Prova.
Este tipo de atrasos tem sido recorrente na maioria
das provas e os organizadores não têm culpa
absolutamente nenhuma.
Se o AutoSport não tivesse indagado, e publicado,
na manhã de domingo, muito poucos saberiam que
afinal não era Tiago Reis o líder da prova mas sim
para os quatro minutos de penalização. João Ferreira. Percebemos que seja muita informação
Fomos saber a razão da demora e a resposta é para lidar, mas se calhar fazia sentido tentar evitar novas
simples. A organização da Baja TT Sharish Gin situações assim no futuro por parte da My Time/Anube.
 >> autosport.pt
9

JOÃO FERREIRA NO RALLYE DU MAROC

COM O YAMAHA YXZ 1000R RALLY EDITION MIGUEL BARBOSA ESTREOU
João Ferreira vai marcar
presença no Rallye du
NOVO POLARIS EM REGUENGOS
Maroc aos comandos de Miguel Barbosa,
um Yamaha YXZ 1000R piloto, que a partir
Rally Edition, o Side by da Baja Portalegre
Side da X-Raida Yamaha 500 irá dispor de
Racing Rally. uma das novíssimas
O Campeão da Europa Toyota Hilux T1+, foi
de Todo-o-Terreno corre desafiado a testar
inserido na categoria na prova alentejana
Open e contará com a o novo Polaris que o
ajuda e experiência de construtor americano
Filipe Palmeiro: “É uma lançou recentemente e
oportunidade incrível que irá disputar provas
de experienciar, uma nacionais em 2023:
vez mais, as dificuldades desta prova. Desta estamos inscritos na classe Open e esta não “Fui desafiado pela JB Racing para testar o novo Polaris que chegou
feita, aos comandos de um side-by-side que tem classificação oficial, não iremos cumprir recentemente a Portugal e que só poderá competir no próximo ano. É sempre
promete vir a revolucionar o mundo do T3 a última etapa do Rallye du Maroc, por forma bom voltar a Reguengos porque é uma prova que eu gosto muito e que já venci
num futuro próximo. a estar atempadamente na Baja TT Norte por nove vezes.”
Estamos conscientes das dificuldades de Portugal, prova pontuável para o CPTT e “O Alentejo é o meu terreno de eleição e como sempre a prova teve uma
que vamos encontrar e é por isso muito que é o nosso principal foco nesta fase da excelente organização. É sempre um prazer, desta vez de um outro modo.
importante poder contar com o meu pai,
Paulo Rui Ferreira, com o Filipe e o David
temporada.”
Também Paulo Rui Ferreira, pai de João
diasjoao1962@gmail.com
Foi bom abrir o prólogo e estou bastante satisfeito. Fiquei muito impressionado com
o motor deste carro. A experiência foi curta, mas a primeira impressão foi excelente.”
nesta aventura. Estamos os quatro juntos, Ferreira e piloto de Todo-o-Terreno, embarca
em sintonia e preparados para mais este na mesma aventura do filho, acompanhado
grande desafio. pelo navegador de João Ferreira na presente
O piloto explicou ainda que “uma vez que temporada David Monteiro.

BAJA TT NORTE DE PORTUGAL MUITOS

JOÃO RAMOS INDIGNADO “TROÇOS DE RALIS”, MAS NÃO SÓ…
COM DECISÃO DO TRIBUNAL O CPTT está prestes a regressar ao Norte.
Desde 2018 que a competição não tem
provas acima do Rio Zêzere. A última
pela pista de Autocross de Murça, que
foi considerada durante muito tempo
como uma das melhores do país com
João Ramos foi penalizado em 5 minutos na Baja TT Oeste, devido a ter chegado ao prova no Norte foi a Baja TT Gondomar- a particularidade de ter um anfiteatro
final de um SS sem uma roda sobressalente, e foi penalizado pelo CCD. Rota da Filigrana, que foi cancelado em natural para o público sendo um ponto de
Logo na altura manifestou intenção de apelar para o TAN, Tribunal de Apelação 2019, e agora o TT regressa como Baja TT grande atração como Zona Espetáculo,
Nacional, o que fez a 11 de maio de 2022, três dias depois da prova, com este tribunal Norte de Portugal, um evento organizado até porque dá para ver muito tempo os
a responder a 31 de agosto de 2022, três meses e meio depois, negando provimento pelo CAMI Motorsport, que vai decorrer concorrentes.
ao apelo, confirmando a decisão dos Comissários Desportivos e consequentemente dias 8 e 9 de outubro, tendo o centro De resto, o percurso será um misto de
tornando oficiais os resultados da prova. nevrálgico na zona de Murça. troços de ralis mas também com zonas
João Ramos decidiu reclamar da decisão, solicitando que o acórdão fosse reanalisado, O percurso escolhido pelo CAMI rápidas de modo a não prejudicar os
por “enfermar de ilegalidade e de Motosport passa pelos concelhos carros convencionais face aos SSV.
inconsistência jurídica, devendo ser de Murça e Valpaços, e garantidos No final do SS1 será feita uma
proferido acórdão que dê provimento estão alguns dos percursos também neutralização em Valpaços onde irão
ao recurso interposto.” conhecidos dos muitos ralis realizados na depois partir para o SS2. O prólogo será
O relator do TAN respondeu alegando zona. Um Setor Seletivo também passará em Murça, logo no sábado de manhã, 8 de
que não existe qualquer nulidade outubro, com cerca de 7 Km, segundo
ou vício na decisão, referindo Nuno Loureiro, muito “troço de rali”,
que “proferido o acórdão, fica depois a partida simbólica no centro
imediatamente esgotado o poder da vila de Murça, o primeiro Setor
jurisdicional do Tribunal quanto Seletivo terá a partida e chegada
à matéria em causa, motivo pelo na pista de Murça. Depois há um
qual vai indeferida a reclamação reagrupamento em Valpaços, no
apresentada”. João Ramos não se centro da cidade, e à tarde, o SS2,
conforma, mas o processo que poderia iniciar passava por colocar em causa o próprio mais 90 Km. No domingo repete-se
TAN, o que Ramos não pretende fazer. Mas em entrevista ao AutoSport deixou bem exatamente a mesma coisa com os
clara a sua indignação, numa entrevista que poderá ouvir em www.autosport.pt, SS3 e SS4.
secção todo o terreno, com o mesmo título desta peça. Este é um desafio que o CAMI
Numa conversa longa, o piloto mostra-se “desiludido e desapontado” com o TAN, decidiu assumir, pois como se sabe
entende que é uma “injustiça”, e acha que deve ser “o primeiro caso no automobilismo não é fácil organizar uma prova
com uma experiência desta natureza”. João Ramos explica tudo detalhadamente, e destas a norte, devido à tipologia
pela extensão da conversa seria impossível de reproduzir aqui. do terreno, que nada tem a ver com
a zona centro, muito menos com o
Alentejo.
10
cntT/ TODO-O-TERRENO

CNTT/SSV/BAJA TT
SHARISH GIN/REGUENGOS/MOURÃO

VITÓRIA DE
JOÃO MONTEIRO
E TÍTULO
ADIADO PARA
PORTALEGREdiasjoao1962@gmail.com
Dois ex-campeões nacionais lutaram acerrimamente pela
vitória na prova alentejana, com os candidatos ao título a
manterem em aberto uma luta que promete ser espetacular

A
Baja TT Sharish Gin arrancou
com a dupla Luís Cidade/Pedro
Mendonça a obter a melhor
marca gastando menos 2,9s
do que o jovem piloto Gonçalo
Guerreiro.
Luís Portela Morais foi o terceiro mais
rápido e surpreendentemente o quarto
tempo para o ex-campeão nacional Rui
Serpa num Can-Am Stock. Herlander
Araújo fechou o Top 5.
No dia seguinte em SS1 a dupla João
Monteiro/Nuno Morais, em Can-Am
averbou o melhor tempo ao gastar
2h29m26 para percorrer os 175 km de
troço assumindo a liderança da prova
alentejana, com uma vantagem 1m08s.
Pedro Santinho Mendes foi o segundo
mais rápido e ascendeu a essa posição na
classificação geral à frente da dupla Luís
Cidade/Pedro Mendonça e de Gonçalo
Guerreio, que liderava entre os Juniores.
Os quatro estavam então separados por
1m40s. David Rodrigues ocupava a quinta
posição depois de Herlander Araújo que
figurava nesse lugar ter sido penalizado
por ter sido registado diversas vezes aci-
ma do limite de 140 km/h de velocidade
máxima permitida por regulamento para
estes veículos.
No derradeiro dia de prova Pedro Santinho
Mendes, Piloto JB Racing foi o mais rápido,
mas a vitória no troço não foi suficien-
te para afastar a dupla João Monteiro/
Nuno Morais da equipa Sharish Gin/
South Racing, da primeira vitória nesta
temporada.
Os dois ex-campeões nacionais termi-
naram separados por 40,7s. Este troço
fi al de 175 km viu Gonçalo Guerreiro ser
o 3º mais rápido e terminar no derradeiro
lugar do pódio da classificação geral da
prova alentejana à frente da dupla Roberto
Borrego/Nuno Abrantes que em SS2 fi-
cou a escassos 7,1s de Pedro Santinho
Mendes. Gonçalo Guerreiro venceu entre
os Juniores e reduziu a diferença que o
separa do campeão nacional na luta pelo
título desta temporada que será defin do
na Baja Portalegre 500.
Roberto Borrego por seu lado recuperou
do 8º lugar que ocupava no fi al de SS1
e com o quarto lugar minimizou o que
perdeu para o seu direto adversário.
Com Luís Cidade a ser forçado a aban-
donar devido a problema de caixa de ve-
locidade e David Rodrigues igualmente
fora de prova, Marco Pereira navegado André Rodrigues com Ricardo Porto Vitória também para Dorothee Ferreira
por Eurico Adão levou o Can-Am ao Nunes. Emanuel Luz vindo do Trial está entre as senhoras e para a dupla Duarte
quinto lugar e triunfou entre os vetera- a dar os primeiros passos no CNTT en- e Nuno Silva, que triunfou na Categoria
nos. Sexto lugar para um sempre muito quanto a experiente dupla que já venceu TT2. Esta dupla, fil o e pai, inscrita pela
rápido Luís Portela Morais em prepa- entre outros a Taça Yamaha, conseguiu Franco Sport, foi ainda a vencedora da
ração para voos mais altos no plano em Reguengos a vitória entre os que Taça Yamaha YXZ 1000R, impondo-se ao
internacional.Posições seguintes para disputavam a Taça da Europa de Bajas. par Octávio e Miguel Martins igualmente
dois veteranos: Nuno Fontes e Arnaldo A dupla Rui Serpa/Nuno Guilherme que se inscritos pela Franco Sport a quem o 2º
Monteiro aqui acompanhado por João havia destacado no prólogo continuou em lugar deu o título desta temporada. O
Dias. Encerraram o Top 10 as duplas excelente plano e o ex-campeão nacional pódio desta competição completou-se
Emanuel Luz com Soraia Chambel e levou o Can-Am à vitória na Classe Stock. com Vitor Domingos.
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11

QUADS VITÓRIA DE LUÍS FERNANDES

Triunfo de Luís Fernandes,
de regresso às
competições depois do
acidente que sofreu na
Baja Oeste. O vice-campeão
nacional aos comandos
de uma Yamaha começou
por vencer o prólogo foi
segundo em SS1 e terminou
a corrida com uma
vantagem de 4m27s para o
segundo classificado.
O segundo lugar obtido por
João Vale e sexta subida
ao pódio nesta temporada
permitiu-lhe sagrar-se
antecipadamente campeão
nacional. Fernando Cardoso também em Yamaha terminou a corrida fechando o pódio depois de
ter sido o mais rápido em SS1. Venceu a classe promoção da qual já é antecipadamente campeão.
Quarto lugar para Fábio Ferreira aos comandos de um ATV Racing sempre muito consistente ao
longo da corrida.Luis Pimenta em Moto Star fechou o Top 5 da geral e triunfou na classificação
destinada à Taça da Europa de Bajas. Luís Cabrita aos comandos de uma KTM completou esta
Baja na sexta posição sendo ainda o segundo classificado da Classe Promoção.
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O madeirense Nuno Correia continua em franca ascensão no CNTT e em Reguengos de
Monsaraz o piloto levou a sua Suzuki ao sétimo lugar e segunda posição de entre os que
disputaram a Taça da Europa de Bajas.Carlos Reguinga colega de equipa do vencedor venceu
entre os veteranos ao levar a sua Yamaha até ao oitavo lugar final.
João Malhoa Santos e José Anselmo, ambos em Yamaha e pilotos da Classe
Promoção,encerraram o Top 10. Nas posições seguintes Marco Pedroso e Carlos Ferreira
encerram o pódio da Classe Veteranos.Destaque para Vera Cabrita que na sua primeira
abordagem ao CNTT continua a impressionar terminando todas as provas.

MOTOS PRIMEIRA VITÓRIA DE MARTIM VENTURA

Martim Ventura conquistou o seu primeiro triunfo absoluto
em provas do CNTT tendo sido o mais rápido tanto no prólogo
como nos setores seletivos de 175 km disputados nos dois
dias seguintes. Venceu ainda nas Classe TT2 e Júnior. O
campeão António Maio em Yamaha travou animado duelo
com o jovem Martim Ventura, mas o segundo lugar a 2m03s
permitiu ao piloto conquistar pela sétima vez consecutiva
o título de campeão nacional absoluto.Notável o terceiro
lugar conquistado por Miguel Castro, em KTM, piloto que
esteve desde o princípio da corrida na luta pelas primeiras
posições. Foi o primeiro pódio da sua muito curta carreira que
promete vir a ser recheada de bons resultados. Outro piloto
em destaque foi Micael Simão (Gas Gas) que depois do triunfo
absoluto em Loulé se sagrou antecipadamente Campeão
Nacional na classe TT3 onde obteve mais uma vitória
incontestada e o quarto lugar da classificação geral.Com uma
nova máquina que o deixou muito satisfeito, Daniel Jordão em
Husqvarna fechou o Top 5.
Excelente seria também ao longo de toda a prova a prestação
do jovem piloto de Reguengos Tomás Dias. Aos comandos de
uma Gas Gas foi sexto da geral, venceu a Classe Promoção
destinada aos pilotos que estão a fazer o CNTT pela primeira
vez e foi segundo entre os juniores. Fábio Magalhães em
Honda foi outro dos pilotos que se sagrou antecipadamente
Campeão Nacional. Conquistou uma vitória muito suada na
classe TT1 e alcançou o sétimo lugar absoluto. Oitavo lugar
para o jovem João Duarte em Fantic que chegou a liderar a
classe TT1 vindo a terminar a 1m18s de Fábio Magalhães.
Fernando Ferreira também em Fantic em nono lugar da geral
completou o pódio da classe TT1. Filipe Fragoso em Kawasaki
encerrou o Top 10 desta prova sendo o quarto TT1.Posições
seguintes para David Megre em KTM e Carlos Cardoso
em Suzuki com Paulo Santos em Honda a vencer entre os
Veteranos e a ser 2º da Classe TT3.
12
F1/ FÓRMULA 1

FIA ANUNCIA CALENDÁRIO PARA 2023

Está aprovado pela FIA o calendário da F1
para 2023. É um calendário extenso de 24
eventos, com a adição do Grande Prémio
de Las Vegas como a penúltima ronda da
época.
O Grande Prémio do Bahrain abrirá o
Campeonato do Mundo de 2023 a 5 de
março, enquanto o Grande Prémio do
Mónaco, a 28 de maio, é mantido no
calendário. O Grande Prémio de Abu Dhabi
ocupará o seu lugar habitual na final da
época, a 26 de novembro.
O Grande Prémio do Qatar, a 8 de outubro,
regressa após uma ausência de um
ano, num calendário da F1 para o ano de
2023 que evitará a sobreposição com
as 24 Horas de Le Mans como parte dos
esforços dos membros do WMSC para
otimizar todos os calendários de corrida
do campeonato mundial.
A China aparece como quarta ronda
do ano, apesar de não haver ainda
certezas se a F1 poderá ir ou não até
Xangai. Será um desafio logístico para
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as equipas cumprir um calendário tão
denso, em especial na reta final, com seis
corridas em dois meses. Mais uma vez a
problemática do número de corridas irá
dar que falar.

MÓNACO GARANTIDO ATÉ 2025

Depois de muitas dúvidas quanto ao
futuro do GP do Mónaco, está agora
confirmado que a mítica pista do
principado irá receber a F1 até 2025.
Muito se falou sobre o futuro do GP
do Mónaco, numa altura em que a
entrada de novos circuitos levou a um
debate intenso sobre a permanência
ou não do circuito do principado no
calendário da F1. No dia em que a
presença do Mónaco foi confirmada
para 2023, temos a confirmação que a
prova monegasca irá permanecer nos
calendários do Grande Circo até 2025.
Stefano Domenicali, CEO da F1,
disse o seguinte: “Tenho o prazer
de confirmar que vamos correr
no Mónaco até 2025 e estou
entusiasmado por estar de volta
às ruas do principado para o
Campeonato do próximo ano, no dia
28 de maio. Quero agradecer a todos
os envolvidos nesta renovação e
especialmente ao Príncipe Albert II
do Mónaco, Michel Boeri, Presidente
do Automóvel Clube do Mónaco, e a
toda a sua equipa. Esperamos estar
de volta na próxima temporada
para continuarmos juntos a nossa
parceria.”
Sem confirmações, suspeita-se que
o Mónaco terá de pagar mais para
receber a F1, um dos pontos que
os responsáveis pelo campeonato
queriam rever. Mas havia outros
pontos de fricção que poderão
ter sido resolvidos com este novo
contrato. Para já, o que é certo é
que o Mónaco vai permanecer no
calendário da F1 até ao fim desta era.

ÁFRICA DO SUL
CONFIANTE
NO REGRESSO
AO CALENDÁRIO
EM 2024
A África do Sul esteve perto de um acordo
com a Fórmula 1 para o regresso da
competição ao circuito de Kyalami 30
anos depois da última corrida naquele
país. No entanto, as negociações não
tiveram sucesso. O presidente do
Motorsport South Africa, órgão que
regula o desporto automóvel naquele
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país, responsabilizou o promotor local africana News24. “A questão não foi culpa
pela ausência de Kyalami no calendário da FIA, F1, MSA, ou do governo. Foi apenas
de 2023. porque o promotor local não conseguiu
“A razão pela qual o evento F1 não terá cumprir a promessa. E agora precisamos
lugar em 2023 é que o promotor local substituir o promotor local, mas estou
nomeado pela Fórmula 1 não conseguiu muito confiante de que estaremos no
cumprir com as garantias financeiras”, calendário de 2024.”
disse Anton Roux à publicação sul- O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali,
YUKI TSUNODA CONFIRMADO
NA ALPHA TAURI PARA 2023
É mais uma peça do puzzle que se encaixa
para a época 2023. O japonês Yuki Tsunoda
vai manter o seu lugar na Alpha Tauri para a
próxima época.
Yuki Tsunoda teve uma subida quase
meteórica até à F1, evidenciando-se nas
categorias de iniciação. Na F1 começou
muito bem mostrando logo rapidez e
talento, mas deixou-se iludir pela aparente
facilidade e o bom trabalho que fez nas
primeiras corridas depressa foi esquecido,
com uma série de erros que custaram caro.
Este ano surgiu um pouco mais maduro,
mas os erros persistiram. Não era certo que
Tsunoda iria manter o lugar, mas com Pierre
Gasly a espreitar a saída e com os jovens
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13
assegurou que 24 provas por ano será
o máximo que cada calendário anual
apresentará, apesar de, segundo os
regulamentos, a Fórmula 1 possa ter 25
provas por temporada. O interesse não
provém apenas da África do Sul e também
a Colômbia trabalha numa proposta,
assim como outros países e cidades.
da F2 ainda a não mostrarem qualidades
suficientes para chegar à F1, a Red Bull
resolveu apostar novamente em Tsunoda.
“Um enorme obrigado à Red Bull, Honda
e Scuderia AlphaTauri por continuarem a
dar-me a oportunidade de pilotar na F1”,
disse Tsunoda. “Tendo-me mudado para
Itália no ano passado, para estar mais perto
da fábrica, sinto-me realmente parte da
estrutura e estou feliz por poder continuar a
correr com eles em 2023. Claro que a nossa
época de 2022 ainda não terminou e ainda
estamos a trabalhar muito na batalha do
meio da tabela, por isso estou totalmente
concentrado em terminar este ano em alta
e, depois, ansiamos pelo próximo ano.”
14
F1/ FÓRMULA 1

GÜNTHER STEINER “FÃS IRIAM ADORAR”

DUPLA MAGNUSSEN/HULKENBERG
A Haas continua sem confirmar a continuidade de
Mick Schumacher como piloto em 2023. Günther
Steiner, o responsável da Haas, afirmou recentemente
que o piloto alemão tinha 50% de hipóteses de manter
o seu lugar, depois de ter dito que falta consistência
nos desempenhos de Schumacher.
Ao que parece, a Haas reduziu para três os candidatos
para o lugar de companheiro de equipa de Kevin
Magnussen no próximo ano. Daniel Ricciardo,
Mick Schumacher e Nico Hulkenberg, que em 2017
acusou o piloto dinamarquês de ser “o piloto mais
antidesportivo” depois de um episódio entre ambos
durante o GP da Hungria. No entanto, Steiner acredita
que esse episódio só iria fazer aumentar o interesse
dos fãs nessa possível dupla de pilotos.
“Um homem como Nico traz experiência. Penso
que os fãs iriam adorar! Mas o que pode um piloto
contribuir para tornar a equipa melhor e levar-nos ao
topo? Quantos riscos estamos dispostos a correr?
Normalmente corre-se mais riscos com um jovem
piloto porque não se sabe até onde pode ir”, afirmou o
responsável da Haas ao canal RTL.
Sobre a possibilidade de Ricciardo tornar-se piloto da
estrutura norte-americana, Steiner salientou que o
australiano tem de decidir primeiro o que quer para o
seu futuro, fazendo referência ao facto de Ricciardo
poder parar durante um ano para tentar um regresso
à competição em 2024. “Faz pouco sentido persuadi-lo
a fazer alguma coisa. Tem de decidir por si próprio”,
disse Steiner. “Se lhe apetecer, vai definitivamente
telefonar, senão provavelmente dirá que vai tirar uma
licença sabática ou outra coisa qualquer.”
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BMW SEM INTERESSE
EM REGRESSAR À F1
O interesse em torno da Fórmula 1 tem vindo a aumentar.
Não apenas no que acontece fora de pista, mas também em
termos comerciais. Com a aprovação dos novos regulamentos
para 2026 das unidades motrizes, a Audi já se comprometeu
oficialmente com a entrada no campeonato mundial e depois de
muito interesse e de quase ter sido anunciado um acordo com
a Red Bull, a vinda da Porsche está por confirmar. Do lado de lá
do Atlântico também há muito interesse da Andretti Autosport
em competir na Fórmula 1, podendo ainda existir uma marca
asiática interessada também.
No entanto, a BMW não tem qualquer interesse nesta disciplina
do desporto automóvel, estando neste momento focada no
programa de resistência. Andreas Roos, o responsável pela BMW
M Motorsport, disse que não pertencer ao pelotão da F1 não era
“um problema” porque os bávaros “não estão definitivamente
interessados neste momento.”
“Penso que também temos de ser realistas”, disse Roos, ao
Motorsport.com. “Há um investimento muito elevado na Fórmula
1, e até isso ser pago, há que ser muito bem sucedido durante
muito tempo. Por isso, estamos satisfeitos com o grande ramo
de projetos que temos atualmente no desporto motorizado.”
O foco está no programa LMDh que “encaixa perfeitamente” na
eletrificação levada a cabo na marca germânica, admite Roos,
que acrescenta que “não é apenas em 2026, quando a Fórmula 1
aponta nesta direção. Desse ponto de vista, este é o momento
certo para produzirmos os LMDh.”

FIA CONFIRMA FALTA

DE PONTOS PARA SUPERLICENÇA
DE COLTON HERTA
A Red Bull já tinha desistido da
hipótese de colocar Colton Herta no
lugar de Pierre Gasly ao volante do
carro da AlphaTauri em 2023, mas
oficialmente a FIA ainda não tinha
respondido ao pedido da estrutura
para abrir uma exceção para a emissão
da superlicença do piloto da Indycar.
O órgão federativo oficializou a sua
decisão de não aceder ao pedido dos
austríacos e italianos.
“A FIA confirma que foi feito um
inquérito através dos canais
apropriados que levaram a FIA a
confirmar que o piloto Colton Herta não
tem o número de pontos necessários
para ter acesso à superlicença da
FIA”, disse um porta-voz da FIA ao
RacingNews365.com.
Os responsáveis da Red Bull pediam
uma exceção por motivos de força maior
para a emissão da superlicença a Herta,
que tinha menos 8 pontos do que os
40 necessários. A FIA considerou que
uma vez que as recentes temporadas da
IndyCar não foram muito afetadas pela
Covid-19, não havia lugar a uma exceção.
A AlphaTauri procura agora outra
solução para companheiro de equipa
de Yuki Tsunoda em 2023. Nyck de Vries
é um forte candidato, mas Pierre Gasly
pode manter-se mais uma temporada
na equipa italiana até terminar o
contrato.
CONTEÚDO PATROCINADO
15

O FUTURO É ELÉTRICO.
O FUTURO É PIRELLI.
Chegaram de forma silenciosa
e causaram um impacto es-
trondoso no seio dos con-
sumidores. Os veículos
elétricos e híbridos plu-
g-in atingiram uma po-
sição consolidada no
sector automotivo e
são cada vez mais
os fabricantes que
estão a iniciar ou a
incrementar a pro-
dução destes veí-
culos.
Sempre atenta às
tendências do mer-
cado e às preferências
dos consumidores, a
Pirelli não tardou em pro-
jetar um produto capaz de
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lidar com as muitas especifici-
dades dos veículos deste tipo. A
revelação surgiu em 2019, no Salão
Automóvel de Genebra, quando a marca italia-
na apresentou a marcação Elect, desenvolvi- A TECNOLOGIA ELECT ESTÁ PRESENTE
da em conjunto com os principais fabricantes NAS VERSÕES DE VERÃO, INVERNO E ALL SEASON
de automóveis, com o objetivo de responder DAS FAMÍLIAS P ZERO, SCORPION E CINTURATO.
às especificidades dos veículos elétricos e hí-
bridos plug-in.
Desde então, a Pirelli tem vindo a expandir o seu
portfólio e, neste momento, conta com mais de
190 homologações Elect, o que demonstra a pre-
ferência dos principais players do mercado. E se A PIRELLI DESENVOLVEU PNEUS P ZERO E P ZERO
dúvidas existissem quanto à sua qualidade, em WINTER FEITOS À MEDIDA PARA O PORSCHE
2021, esta tecnologia venceu o prémio ‘Hevea’ TAYCAN. OS ENGENHEIROS DA MARCA ITALIANA
para a melhor inovação tecnológica, uma distin- CRIARAM TAMBÉM VERSÕES ESPECÍFICAS
ção que reflete o know-how e a capacidade da DAS FAMÍLIAS CINTURATO E P ZERO PARA
marca para extrair ao máximo as capacidades AS VARIANTES DE ALTO DESEMPENHO DA LINHA
e benefícios dos veículos elétricos modernos E-TRON DA AUDI E EQ DA MERCEDES-BENZ,
Mas, afinal, o que têm de especial os pneus ALÉM DAS ALTERNATIVAS SCORPION PARA
Elect? É isso que lhe vamos explicar de seguida: OS MAIS RECENTES MODELOS SUV.

AUMENTAM A AUTONOMIA DA BATERIA

Movidos a bateria, os veículos elétricos devem
garantir o mínimo de consumo de energia pos-
sível durante as deslocações. Os pneus Pirelli
com tecnologia Elect permitem otimizar a vida
útil da bateria, graças aos baixos níveis de re-
sistência ao rolamento.
PROPORCIONAM ADERÊNCIA INSTANTÂNEA
Ao contrário do que acontece com os veículos
convencionais com motor de combustão inter-
na, os veículos elétricos transmitem um eleva-
do binário às rodas de forma instantânea. Para
que essas características não se traduzam num
desgaste excessivo, os pneus Elect possuem
um composto específico que proporciona uma
elevada aderência desde o primeiro metro.
SÃO CAPAZES DE LIDAR
COM O ELEVADO PESO DAS BATERIAS
Outra das especificidades dos veículos elétricos é
o seu elevado peso, derivado das baterias que os
alimentam, que gera um centro de gravidade dis-
tinto aos dos modelos convencionais e que provoca
níveis de stress consideráveis nos pneus, durante
todas as fases de condução. Os pneus Elect foram
especialmente desenvolvidos para suportar gran-
des massas, graças a uma ótima combinação de
materiais, e ao design e à deformação específica
da carcaça, que permitem melhorar o controlo do
veículo sem prejudicar o seu desempenho.
CONTRIBUEM PARA
UMA CONDUÇÃO SILENCIOSA
Os carros elétricos são, sobretudo, silenciosos.
Portanto, os pneus devem complementar este
atributo ao mesmo tempo que melhoram o con-
forto ao volante. Os pneus Elect apresentam um
design de banda de rodagem otimizada e um de-
sign de carcaça específico, que permite reduzir
o nível de ruído produzido durante a condução.
16
F1/ FÓRMULA 1

NYCK DE VRIES NA FÓRMULA 1: MAS ONDE?

Depois de se ter ficado a saber da saída
de Nicholas Latifi da F1 no final deste
ano, ‘desconfia-se’ fortemente que Nyck
de Vries está de malas feitas para Grove,
mas as coisas não são tão lineares como
parecem. Há alguns meses, poucos
pensariam que de repente o neerlandês
seria fortemente cobiçado na Fórmula 1,
mas depois do que fez recentemente ao
volante, as coisas mudaram radicalmente.
No GP de França, o piloto apoiado pela
Mercedes ‘agarrou’ no carro de Lewis
Hamilton no primeiro treino livre e após a
sessão, Toto Wolff admitiu que a equipa
poderia não ser capaz de dar ao seu júnior
um “interessante projeto de Fórmula 1”.
Não havia lugares óbvios para De Vries, que
tem títulos de Fórmula E e Fórmula 2 no
seu currículo.
Mas no espaço de dois dias, durante o fim
de semana do Grande Prémio de Itália,
tudo mudou. De Vries fez um treino com a
Aston Martin, como previamente planeado,
mas depois teve que substituir Alex Albon
(que teve de fazer uma cirurgia fruto de
uma apendicite) na Williams.
O neerlandês esteve em grande nível,
não só arrancou do top 10 (ajudado em
parte devido a uma série de penalizações)
como se manteve firme, assegurando dois
pontos na sua estreia na F1.
Num piscar de olhos, De Vries tornou-se o
piloto mais procurado da grelha atual com
a Alpine, Alpha Tauri e Williams a serem
todas opções realistas para um lugar em
2023.
Mas para onde irá?
A Williams já estava interessada em
recrutá-lo para o próximo ano para o lugar
de Nicholas Latifi, e o seu desempenho em
Monza apenas serviu para aumentar esse
interesse.
Das suas opções, Williams é a
menos competitiva. Mas a equipa é
bem financiada através dos novos
proprietários, a Dorilton, e pode melhorar.
Se Albon não recuperar a tempo de correr
em Singapura, devemos ver novamente de
Vries na grelha.
A segunda opção é a Alpine, que precisa de
um piloto para fazer parceria com Esteban
Ocon para 2023, depois de Fernando
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Alonso ter anunciado a saída para a Aston
Martin, e a estrela em ascensão, Oscar
Piastri, ter escolhido assinar pela McLaren.
São a proposta mais atrativa baseada no
desempenho atual e são indiscutivelmente
os melhores colocados para chegar à
luta dos três primeiros lugares, Red Bull,
Ferrari e Mercedes. Neste caso há outras
hipóteses: Pierre Gasly, por exemplo.
Outra opção é a AlphaTauri, que sem Colton
Herta voltou a sua atenção para De Vries,
que rapidamente se poderia colocar na
rota da Red Bull.
Se nada disto resultar, o que é pouco
provável, de Vries tem sempre a Fórmula E
e o WEC, o Mundial de Endurance. O piloto
tem apenas 27 anos e deve conseguir um
lugar na F1. Onde, logo se vê?

RICCIARDO SUGERE PAUSA EM 2023

PARA DAR “DOIS PASSOS EM FRENTE”
A McLaren decidiu substituir Daniel
Ricciardo pelo seu compatriota e estreante
na Fórmula 1, Oscar Piastri, a partir de 2023.
Sem lugar na McLaren e sem opções nas
equipas da frente do pelotão, com a exceção
da Alpine que deverá ter alguma relutância
em readmitir o piloto depois deste ter
deixado o projeto francês pela equipa de
Woking em 2020, Ricciardo sugeriu uma
pausa na carreira na F1 a pensar no seu
regresso a uma outra equipa em 2024.
“Quando digo que não sei, é porque ainda
não tenho um contrato para o próximo ano”,
disse Ricciardo. “Pode ainda acontecer?
Pode. Acho que não estou concentrado no
próximo ano. Claro que quero correr, quero
estar na grelha, quero estar a competir, mas
não estou a ver o próximo ano como de tudo
ou nada. Obviamente para 2024 quero estar
atento. Então é mais ou menos aí que eu
estou, se isso significa dar um passo atrás
para depois dar dois passos em frente, é
isso que estamos a tentar descobrir neste
momento, eu e a minha equipa. Portanto,
pode ser um ano de pausa.”
Fora do papel de piloto principal,
surgem rumores que a Mercedes possa
estar interessada em Ricciardo como
piloto de reserva e desenvolvimento.
Pode o australiano seguir as pisadas
de outro antigo piloto da Red Bull,
Alexander Albon, e parar um ano
mantendo-se próximo do paddock para
regressar em 2024 numa equipa que dê
algumas garantias de lutar pelo top 10?
Só nessa altura saberemos.
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18
F1/ FÓRMULA 1
NICHOLAS LATIFI DEIXA
WILLIAMS NO FINAL DA ÉPOCA
A Williams confirmou o fim da relação
contratual com Nicholas Latifi quando
esta época terminar. Sem lugar na
equipa de Grove, que anunciará o próximo
companheiro de equipa de Alexander
Albon muito em breve, o GP de Abu Dhabi
deverá ser a última prova do canadiano na
Fórmula 1.
A relação de Latifi com a Williams começou
em 2019 como piloto de teste e reserva
antes de subir para os comandos do
monolugar da equipa na época seguinte.
Latifi obteve o seu melhor resultado com o
sétimo lugar no Grande Prémio da Hungria
de 2021, no entanto, este ano é o único
piloto a tempo inteiro sem pontos.
“Gostaria de aproveitar esta oportunidade
para agradecer a todos na Williams
Racing, a todas as pessoas na fábrica e àqueles com
quem trabalho em pista, pelos últimos três anos”, disse
Latifi em comunicado sobre a sua saída da equipa
britânica. “A minha estreia inicial na F1 foi adiada devido
à pandemia, mas acabámos por ir para a Áustria e,
embora não tenhamos alcançado juntos os resultados
que esperávamos, continua a ser uma viagem fantástica.
Conseguir os primeiros pontos na Hungria no ano
passado foi um momento que nunca esquecerei, e
passarei ao capítulo seguinte da minha carreira com
memórias especiais do meu tempo com esta equipa
dedicada. Sei que nenhum de nós deixará de fazer todos
os esforços até ao final da época.”
MCLAREN SURPREENDIDA COM AS EQUIPAS DA FRENTE
Esperava-se uma época
francamente melhor por parte
da McLaren. Comparando 2021
com a época atual, temos um
claro retrocesso na performance
da equipa, que procura ainda
algumas soluções para o MCL36,
apesar de já estar focada no
carro da próxima época.
A McLaren espera em 2023 criar
uma base mais competitiva
que a atual, evitando um
desenvolvimento tão agressivo
quanto o deste ano, com várias
atualizações que, segundo James
Key, têm surtido efeito. Mas são
atualizações de vida curta e em
cinco ou seis corridas a vantagem
competitiva perde-se. A McLaren
vai ainda introduzir um novo
pacote de upgrades nas próximas
corridas, o último deste ano, na esperança de aprender e
transportar esse conhecimento para o carro de 2023.
“Eu diria que trouxemos muito para a pista e
conseguimos o que queríamos das atualizações”, disse
Key, citado pela The Race. “Contudo, penso que o nível
que vimos das três equipas de topo mostram o que
temos de ser capazes de alcançar. Se começarmos a
Em declarações no anúncio da equipa, o responsável
pela Williams, Jost Capito, salientou que Latifi é “um
grande jogador de equipa que tem uma grande atitude
em relação aos seus colegas e ao seu trabalho e é muito
diasjoao1962@gmail.com
apreciado e respeitado”. Capito, que tem de encontrar
uma solução para preencher o lugar deixado vago no final
da época, acredita que Latifi “se esforçará ao máximo
para maximizar o que podemos fazer juntos durante o
resto desta temporada.”
O piloto canadiano tinha deixado claro em Zandvoort que
só procuraria outras soluções na Fórmula 1 quando o seu
futuro com a Williams ficasse definido. Há, no entanto,
poucas hipóteses do piloto se manter na competição
rainha do automobilismo.
época com um carro competitivo, podemos adaptar os
planos de desenvolvimento a partir daí e fazer menos
do que aquilo que fizemos este ano, ao mesmo tempo
que nos concentramos mais nas áreas que achamos
mais prolíficas. É aí que queremos estar no próximo
ano, pois não conseguiríamos manter este nível de
desenvolvimento agressivo. Podemos aprender muito
STEFANO DOMENICALI
“ADICIONAR EQUIPAS
NÃO É PRIORIDADE”
Parece que a entrada da Andretti na F1 não deverá acontecer em
breve. Apesar de Michael Andretti dizer que tem tudo preparado
para entrar no Grande Circo, as portas parecem estar fechadas,
como parece indicar Stefano Domenicali.
O CEO da F1 afirmou que a entrada de novas equipas na F1 deve ser feita
de forma cautelosa e não é, neste momento, uma prioridade.
“Como sempre, é preciso ser equilibrado”, disse Domenicali à Sky
Sports F1. “É preciso ver todas as coisas que estão em cima da mesa.
Ter mais pilotos…há sempre um limite a que se pode ir. Acrescentando
uma ou duas equipas, pode abrir alguns lugares para pilotos. Mas
precisamos também de ter a dimensão certa para ser bem-sucedidos.
Penso que a esse respeito há a avaliação da sustentabilidade da
equipa, a avaliação de não termos demasiadas equipas. Portanto, eu
diria que em termos de prioridade, não é realmente uma necessidade.”
“Agora a F1 é extremamente competitiva, mas é preciso ser muito
forte em termos financeiros, em termos de competência, e isto é um
dos fatores cruciais para garantir a estabilidade do sistema durante
muito tempo. Penso que este é o tempo em que precisamos de
investir no futuro, mas precisamos de ser equilibrados. Portanto, não
estou a dizer que isto não vai acontecer [entrada de novas equipas],
mas precisamos de o fazer passo a passo.”
com este ano, e a equipa tem
feito um grande trabalho para
alcançar o que conseguimos.”
Key admitiu que está
surpreendido com o trabalho
das equipas de topo, o que
mostra a grande diferença
entre as equipas da frente e
as equipas de meio da tabela,
mesmo com limite orçamental.
“Estou um pouco surpreendido
com a forma como as duas
equipas da frente conseguiram
encontrar mais desempenho
em comparação com todas
as outras”, disse Key. “Era um
pelotão mais equilibrado no
início da época, mas vemos
distâncias maiores agora, e
devo dizer que a Ferrari e a
Red Bull fizeram um excelente
trabalho. Mostra que mesmo com um limite de custos,
ser uma grande equipa com uma vasta infraestrutura,
muito conhecimento e metodologia construída ao
longo de muitos anos, ainda conta muito. Temos
equilíbrio em termos do orçamento, mas não em
termos de onde todos estamos, o que nos dá um
excelente ponto de referência.”
 >> autosport.pt
19

MARIO ANDRETTI
A “INTENÇÃO É ESTAR
NA GRELHA EM 2024”
Apesar de várias vozes discordantes sobre a entrada da Andretti
Autosport na Fórmula 1, a estrutura norte-americana continua a
trabalhar como se tivesse ‘luz verde’ da FIA para poder competir no
mundial em 2024, garantiu Mario Andretti.
A Andretti Autosport tentou uma primeira vez a sua entrada na
Fórmula 1 através da compra da Sauber, mas o negócio não deu
resultados e Michael Andretti decidiu apresentar uma candidatura
para entrar na competição como 11ª equipa. O seu pai, o ex-piloto
e campeão da Fórmula 1, Mario Andretti, salientou que apesar de
alguns desafios e obstáculos no caminho, continuam a trabalhar
seriamente neste projeto.
“Estamos a trabalhar todos os dias neste projeto, com a intenção
de estar na grelha em 2024”, disse Mario Andretti ao PlanetF1.
“Estamos a preparar-nos como se nos fosse dado o aval. Por isso,
Michael está focado nisso e esperamos ter a aprovação. Não
estamos certamente a desistir. É um projeto muito sério para nós,
e estamos prontos para fazer este investimento. Honestamente,
tem sido extremamente dececionante, obviamente, até agora. Mas,
ao mesmo tempo, estamos apenas a tentar responder ao que nos é
pedido, não sei o que mais podemos fazer.”
Sobre algumas opiniões desfavoráveis à entrada da Andretti
Autosport na Fórmula 1, Mario Andretti diz não perceber o
“desrespeito, que eu sei que não merecemos”. O campeão do
mundo de 1978 afirmou que as intenções da sua equipa “são boas
para o desporto”, acrescentando que “acreditamos no que estamos
a tentar fazer, e isso é importante. Estamos a trabalhar, a trabalhar,
a trabalhar, em todos os ângulos possíveis.”
DESAFIO ACRESCIDO PARA
A ASTON MARTIN COM ALONSO NA EQUIPA
Para qualquer equipa
da grelha de Fórmula 1,
apostar em Fernando
Alonso é saber que se
contrata um piloto com
experiência e capaz
de bons resultados.
O espanhol já provou
conseguir tirar o
melhor partido de
carros que não são,
à partida, favoritos
à discussão de
vitórias em corrida.
No entanto, a Aston
Martin terá um desafio
acrescido depois de ter
contratado Alonso para
2023, admitiu Mike
Krack. O responsável
diasjoao1962@gmail.com
pela equipa de
Silverstone acredita
que terão de fazer
melhor do que fizeram até agora, especialmente gerir campeões, o que já fizemos com Sebastian
durante esta época, para dar ao piloto as [Vettel]. Porque estes pilotos são muito
melhores condições possíveis. exigentes, são bastante difíceis de gerir. Eu nem
“Será um desafio para nós”, disse Krack em diria que Sebastian é assim tão difícil de gerir se
entrevista à BBC. “Normalmente, os pilotos for transparente, honesto e sincero. E penso que
com esta experiência, não têm o desejo de o mesmo se aplica a Fernando.”
vencer. Normalmente, este desejo diminui, O responsável da Aston Martin sabe que “as
especialmente se já tiverem ganhado. Fernando dificuldades surgem quando as expectativas não
tem esta combinação única de velocidade, fome correspondem aos resultados”, mas explicou
[de vitórias], motivação e experiência. Para que Fernando Alonso tem consciência que
nós, isso fez dele o candidato perfeito. O lado “provavelmente não ganharemos a primeira
negativo é se o carro que lhe entregarmos não corrida que faremos juntos.”
for suficientemente bom, sabemos que se torna Mesmo querendo ter ‘os pés bem assentes
difícil. Mas torna-se difícil para cada piloto, se o na terra’, Mike Krack admite que Alonso pode
carro não for suficientemente rápido.” “puxar” mais pela equipa e acredita que a
Apesar de “ter alguém como Fernando é muito, contratação do piloto espanhol foi a melhor
muito importante para dar o próximo passo”, decisão que a estrutura britânica podia ter
Mike Krack avisa que é preciso “aprender a tomado.

DESENVOLVIMENTO DO RB18
PREJUDICOU SERGIO PÉREZ
Não é novidade que a temporada de Sérgio Pérez
piorou consideravelmente à medida que o ano
foi avançando. Se no arranque da temporada
parecia ser o mexicano o piloto mais à vontade
com o RB18, Max Verstappen foi beneficiando dos
desenvolvimentos feitos no carro, em detrimento de
Pérez, que foi perdendo gás. A equipa admitiu que
as melhorias prejudicaram o rendimento do #11.
Era um Pérez forte e muito confortável no
RB18, aquele que vimos nas primeiras corridas
do ano, deixando Verstappen para trás. Um
sinal surpreendente, mas que depressa se
foi desvanecendo, com o mexicano a perder o
impeto à medida que os upgrades iam sendo
implementados. Pierre Wache, diretor técnico da
Red Bull, admitiu que as melhorias complicaram a
tarefa a Pérez.
“São múltiplos fatores. O fator principal é
claramente o equilíbrio e a confiança, em
comparação com o início do ano, quando o carro
era um pouco mais equilibrado para ele [Pérez] e
um pouco menos para o Max. E depois do potencial
de desenvolvimento que colocámos no carro
durante a época, afastamo-nos desse equilíbrio,
e é talvez uma parte do que aconteceu. Encontrar
uma afinação adequada para ele, é agora bastante
difícil, para o deixar tão confiante quanto possível
para bater, ou para lutar com o Max.”
 CPVC/
20

C A M P E O N AT O D E P O R T U G A L D E V E L O C I D A D E C L Á S S I C O S

ESTORIL RACING TRIBUTE/PAULO ALVES

GRANDES
CORRIDAS DOS
diasjoao1962@gmail.com

CLÁSSICOS
NO ESTORIL A ANPAC teve mais de 100 carros no Estoril,
num programa com muita competição em pista e
animação fora dela, num evento que homenageou
Paulo Alves e que deu excelentes corridas

Pedro André Mendes Stingray, mas a bela máquina norte-a- de Rui Alves e recuperou terreno para posições na frente do pelotão não se al-
pedroandre.mendes@autosport.pt mericana teve problemas de sobreaque- os dois adversários da frente. teraram, terminando João Macedo Silva
FOTOS NunOrganistA cimento e o piloto não esteve à partida Rui Costa atacou Joaquim Jorge e pas- com 5.5s de vantagem sobre Joaquim

O
s pilotos do Campeonato de
Portugal de Velocidade de
Clássicos vestiram o fato de
gala para prestar um enor-
me tributo a um dos grandes
impulsionadores da ANPAC e
da velocidade nacional, com duas ex-
celentes corridas no traçado do Estoril.
João Macedo Silva (Porsche 911 RSR)
levou de vencida a ‘armada’ dos Ford
Escort RS 1600 na primeira corrida do
fim de semana, enquanto Carlos Vieira
(Ford Escort RS 1600) deu luta na se-
gunda ao homem do Porsche e triunfou.
Destaque para o consagrado Mário Silva,
que regressou às provas de Clássicos
com um espetacular Chevrolet Corvette
para ambas as corridas.
DUELO INTERESSANTE NA CORRIDA 1
João Macedo Silva triunfou na primei-
ra corrida do Campeonato de Portugal
de Velocidade de Clássicos no Circuito
do Estoril, batendo os dois Ford Escort
RS 1600 de Joaquim Jorge e Rui Costa.
Sem Carlos Vieira e Francisco Mora ‘fi-
lho’ (Porsche 911 RSR), que acabaram
por desistir da corrida logo na fase ini-
cial, Rui Costa e Joaquim Jorge passaram
a liderar o pelotão, com Rui Alves (Ford
Escort RS 1600) e João Macedo Silva a
observarem de perto a discussão pelo
primeiro lugar. Enquanto Costa e Jorge
lutavam entre si pelo primeiro posto,
Macedo Silva ultrapassou o Ford Escort
sou para a frente do pelotão, com João
Macedo Silva cada vez mais perto. O piloto
do Porsche ultrapassou Joaquim Jorge e
ficou no meio dos dois Ford Escort, após
Rui Costa ter defendido como pôde o pri-
meiro lugar.
Os três pilotos continuaram a dar es-
petáculo no Estoril, e à entrada da vol-
ta 8, Macedo Silva colocou-se ao lado
do Escort de Costa, com Joaquim Jorge
a aproveitar para também se colocar
lado a lado com os adversários na reta
da meta. Jorge chegou primeiro à curva
1, mas teve de alargar a trajetória, vendo
João Macedo Silva a passar para a frente
do pelotão. Atrás ficaram Joaquim Jorge
e Rui Costa a fechar este trio.
Nos últimos cinco minutos de corrida, as
Jorge, seguido de Rui Costa.
O quarto classificado da geral, João Cruz
(Ford Escort RS 1600) venceu na classe
GR5, com Luís Nunes (Ford MKI) no se-
gundo posto. No GR1 foi Ricardo Pereira
(Ford Escort RS 2000) o vencedor, com
Rui Ribeiro (Ford Escort RS 2000) e José
Acácio Calazans (Porsche 924) a fecha-
rem o pódio. Nos H81 foi Jorge Cruz (BMW
323i) o primeiro classificado, seguin-
do-se José Filipe Nogueira (Ford Escort
MKI) e Pedro Poças (Porsche 924). Jorge
Guimarães (Volvo 121) foi o único classifi-
cado entre os concorrentes da classe H71.
SAFETY CAR RELANÇOU CORRIDA 2
Carlos Vieira venceu à geral a derradei-
ra corrida do Campeonato de Portugal
 >> autosport.pt
21

C/ CLASSIFICAÇÕES

CORRIDA 1
1 JOAO MACEDO SILVA PORSHE 911 RSR 25:25.063
2 JOAQUIM JORGE FORD ESCORT RS 1600 5.500
3 RUI COSTA FORD ESCORT RS 1600 6.129
4 JOAO CRUZ FORD ESCORT RS 1600 16.965
5 ANTONIO SOARES FORD ESCORT RS 1600 43.739

CORRIDA 2
1 CARLOS VIEIRA FORD ESCORT RS 1600 25:19.457
2 RUI COSTA FORD ESCORT RS 1600 0.464
3 JOAO MACEDO SILVA PORSHE 911 RSR 0.548
4 JOAQUIM JORGE FORD ESCORT RS 1600 1.455
5 RUI ALVES FORD ESCORT RS 1600 8.168

diasjoao1962@gmail.com

começou a recuperar posições, pas- para subir ao segundo lugar do pódio.

de Velocidade de Clássicos do fim de
semana do Estoril, após uma manobra
de ultrapassagem a João Macedo Silva
na última volta. Vieira aproveitou da
melhor forma o período de Safety Car
que durou até à penúltima volta e que
anulou toda a vantagem que Macedo
Silva tinha construído durante a corri-
da, para atacar a liderança do piloto do
Porsche e vencer com uma diferença
de apenas 0.464s sobre Rui Costa que
aproveitou a luta entre os seus adver-
sários para ascender à vice-lideran-
ça da classificação geral, vencendo
na classe H75.
João Macedo Silva partiu melhor do
que os seus adversários após a ban-
deira verde e construiu uma vanta-
gem bem confortável para o resto do
pelotão, que estava entregue a várias
lutas por posições.
Carlos Vieira impôs um ritmo alto e
sando do quarto posto para a vice-li-
derança na altura em que o Safety Car
teve de sair para a pista, permitindo
aos comissários do ACDME recupe-
rarem um carro de um concorrente
acidentado e limpar a pista.
Quando o SC saiu, Vieira pressionou
Macedo Silva, assim como Rui Costa,
enquanto Joaquim Jorge ficou a assis-
tir ao resto da disputa de longe, depois
de ter alargado a trajetória no final da
reta da meta do Circuito do Estoril.
Vieira pressionou e no meio de alguns
toques, ultrapassou João Macedo Silva
que não conseguiu acelerar imediata-
mente na curva da Orelha, tendo visto
Rui Costa a aproveitar este momento
Vieira, para além de vencer à geral,
saiu vitorioso entres os concorrentes
do GR5, com João Cruz (Ford Escort RS
1600) e Luís Nunes (Ford Escort MK
I) no pódio desta classe. Nos H75, Rui
Costa venceu, seguido de João Macedo
Silva e Joaquim Jorge.
Um pouco mais atrás no pelotão, Jorge
Cruz (BMW 323i) triunfou na classe H81,
seguido de Pedro Poças (Porsche 924) e
Francisco Mora ‘pai’ (Ford Escort MK II),
enquanto no Grupo 1 foi Ricardo Pereira
que liderou a armada de Ford Escort RS
2000, à frente de António Maia e Rui
Ribeiro. Na classe H71 foi Jorge Guimarães
(Volvo 121) o vencedor, seguido de João
Vieira (Porshe 914-6 GT).
22
Cpvc/
E S T O R I L R A C I N G T R I B U T E PA U L O A LV E S

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ESTORIL RACING TRIBUTE/PAULO ALVES

DATSUN
DOMINAM 1300 A grelha do Campeonato de Portugal de Velocidade
1300 voltou a reunir mais de duas dezenas de carros de
diferentes eras, mas com os ‘eternos’ Datsun 1200 – com
preparações diversas – no topo das classificações

Pedro André Mendes e Fábio Mendes (Datsun 1200) a fazer o melhor tempo,
autosport@autosport.pt sendo que o top 5 foi constituído por car-
FOTOS NunOrganistA ros dos H75, com os Datsun 1200 a do-
minar em toda a linha, com Luís Alegria,
Pedro Barbosa, Carlos Cruz e João Braga
a completar o top 5, todos em H75.
Nas contas da qualificação, Luís Alegria
Marques (Datsun 1200) foi o piloto mais
rápido entre os concorrentes da clas-
se H71 e nos H81 foi Paulo Miguel (MG
Metro). Manuel Alves (FIAT Punto 85) foi
o mais rápido entre os pilotos do Desafio
ANPAC e Pedro Pimenta (Peugeot 106)
nos Legends.

O
s pequenos clássicos propor-
cionam sempre excelentes
corridas e desde que a ANPAC
apostou nos pequenos bó-
lides que temos visto boas
provas e lutas renhidas em
pista. A saudável mistura de máqui-
nas de várias eras, com os pilotos a
mostrarem todo o potencial, foi mais
uma vez um dos pontos altos no Estoril
Racing Tribute.
Nos treinos livres, vimos José Fafiães
(Datsun 1200) conquistou a pole po-
sition para a primeira corrida do fi
de semana, batendo José Fafiães por
2.197s e foi o mais rápido da classe H75.
Pedro Barbosa (Datsun 1200) foi o ter-
ceiro mais rápido da sessão de trei-
nos cronometrados no Estoril. Arnaldo
CORRIDA 1 - JOÃO BRAGA VENCE
Depois de Luís Alegria (Datsun 1200)
ter dominado os treinos cronometra-
dos do fim de semana do Estoril Racing
Tribute/ Paulo Alves do Campeonato
de Portugal de Clássicos de Velocidade

1300, foi João Braga em Datsun 1200,
o mais forte na Corrida 1.
Luís Alegria deu espetáculo com gran-
des powerslides no seu Datsun, termi-
nando em segundo lugar, com Pedro
Barbosa a fechar o pódio da classifi-
cação geral e dos H75.
Problemas de motor ditaram o abando-
no de outros dos favoritos, José Fafiães
(Datsun 1200), enquanto o campeão
em título do Desafio ANPAC, Manuel
Alves em Fiat Punto 85 (sobrinho do
homenageado, Paulo Alves), venceu
nesta categoria e Manuel Fernandes
diasjoao1962@gmail.com
e Jorge Silva subiram ao pódio no se-
gundo e terceiro lugar, respetivamente.
Entre os concorrentes da classe H71,
Arnaldo Marques (Datsun 1200) ba-
teu Cândido Monteiro (Datsun 1200).
Na classe Legends foi Pedro Pimenta
(Peugeot 106) o vencedor, seguindo-se
Mota Freitas (Citroen Ax Sport) e Luís
Sepúlveda (Mini Cooper 1.3).
Carlos Maciel (Mini Cooper) terminou
a corrida 1 vitorioso na classe H71-
1000 com Veloso Amaral (Datsun 1000)
no segundo posto. Paulo Miguel (MG
Metro) foi o 18º classificado da geral
e único concorrente na classe H81.
CORRIDA 2 - ALEGRIA TRIUNFA
Luís Alegria (Datsun 1200) venceu à ge-
ral a segunda corrida do Campeonato
de Portugal de Velocidade de Clássicos
1300, no Circuito do Estoril. Se na corrida
anterior, Alegria tinha dado espetáculo,
na derradeira prova triunfou com uma
vantagem confortável sobre João Braga e
>> autosport.pt
23
PAI E FILHO EM PISTA
Na ronda de Vila Real já tínhamos dado conta de uma dupla
especial. Paulo Miguel e o seu filho Miguel Miguel, que falaram
com o AutoSport de forma algo emocionada, e este fim de semana
tivemos mais uma dupla familiar em pista. Fábio Mota, que
disputa este ano o Campeonato de Portugal de Velocidade aos
comandos de um Porsche 911 GT3 Cup, disputou a terceira ronda
do Campeonato de Portugal de Velocidade 1300 aos comandos
de um FIAT Punto 85 inscrito na classe Desafio ANPAC. Para além
de ser a sua primeira aventura no mundo das corridas clássicas,
Fábio Mota teve ainda a novidade de poder correr pela primeira
vez com o seu pai, Manuel Mota, como colega de equipa, sendo
também um aliciante. “Antes de mais, quero sublinhar a honra que
foi participar neste tributo ao Paulo Alves, alguém que tanto fez
pelo desporto automóvel em Portugal. Por outro lado, é a minha
primeira corrida nos clássicos e logo com o meu pai. É fantástico
poder fazer equipa com ele, é um orgulho”, afirmou o piloto de Vila
Nova de Gaia. “Foi tudo novo para mim, até a abordagem ao fim-de-
semana, portanto, muito diferente do que estou habituado.”Mais
do que o resultado, fica a alegria e o orgulho de pai e filho a
competirem juntos.
O desporto motorizado é isto. Num fim de semana em que se
celebrou a vida e a obra de Paulo Alves, vermos mais este exemplo
de partilha de paixão é a prova que o trabalho de Paulo Alves fez
todo o sentido e que esta paixão que todos sentimos se vive com
mais intensidade com a família ao lado. Foram dias de emoções
fortes, mas a alegria de ver esta partilha é também a certeza que
este desporto tem ainda muito para dar.
tro, com disputas muito acesas levadas
C/ CLASSIFICAÇÃO
até à bandeira de xadrez. Manuel Alves
(Fiat Punto 85) repetiu a vitória, com
David Vieira e Jorge Silva a levarem a
CORRIDA 1
decisão do segundo posto até aos últi-
1º J. BRAGA DATSUN 1200 H75 13 VOLTAS mos metros da corrida. Vieira ficou em
2º L. ALEGRIA DATSUN 1200 H75 +0.580 vantagem sobre Silva neste particular e
3º P. BARBOSA DATSUN 1200 H75 +2.979 que ainda teve Pedro Teixeira como ob-
4º C. CRUZ DATSUN 1200 H75 +53.675
5º A. MARQUES DATSUN 1200 H71 +1:02.896
servador atento.
Envolvido na discussão dos pilotos dos
CORRIDA 2 Fiat Punto 85 do Desafio ANPAC esteve
1º L. ALEGRIA DATSUN 1200 H75 Pedro Pimenta (Peugeot 106), que saiu
2º J. BRAGA DATSUN 1200 H75
vitorioso entre os concorrentes da classe
3º P. BARBOSA DATSUN 1200 H75
4º A. MARQUES DATSUN 1200 H71 Legends, assim como o único piloto da
5º J. FAFIÃES DATSUN 1200 H75 classe H81 Miguel Miguel (MG Metro) que
terminou no 12º lugar da geral.
Um pouco mais atrás no pelotão terminou
Pedro Barbosa, ambos em Datsun 1200. Veloso Amaral (Datsun 1000) que venceu
Estes foram também os três pilotos no na categoria H71-1000, com outro con-
pódio da classe H75, enquanto Arnaldo corrente do Desafio ANPAC, Fábio Mota
Marques (Datsun 1200) foi o vencedor que esteve no Estoril dividindo o carro
da classe H71. com o seu pai Manuel Mota, a separá-
Os concorrentes do Desafio ANPAC pro- -lo do segundo classificado nesta clas-
varam ser um espetáculo dentro de ou- se, Carlos Aniceto (Morris Cooper).
24
CpvL/
L E G E N D S , E S T O R I L R A C I N G T R I B U T E / PA U L O A LV E S
PELOTÃO COLORIDO
DOS LEGENDS DEU BOAS LUTAS
D
Como já é habitual, a maior
grelha do fim de semana no
Circuito do Estoril foi a do
Campeonato de Portugal de
Velocidade Legends, com
nada menos de 48 carros, que
deram um colorido fantástico
ao evento
Pedro André Mendes
pedroandre.mendes@autosport.pt
FOTOS NunOrganistA
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ESTORIL RACING TRIBUTE/PAULO ALVES
a impressionante garagem da
família Barros voltaram a sair
o Ford Sierra RS500 para Luís
Barros e o Mercedes 190 Evo
para o jovem Vasco Barros, dois
pilotos que dominaram os pri-
meiros lugares da geral na primeira cor-
rida e tudo indicava que o resultado se iria
repetir na última prova dos Legends, en-
curtada devido a bandeira vermelha, mas
problemas mecânicos no Sierra deitaram
por terra a oportunidade de Luís Barros.
Mas se na frente do pelotão os pilotos da
LOB Motorsport deram poucas hipóteses
de luta aos seus adversários, no meio do
pelotão não faltaram pontos de interes-
se que nos prenderam a atenção duran-
te as corridas.
MUITAS LUTAS EM PISTA
A família Barros voltou a monopolizar
os primeiros lugares da classificação da
corrida 1 do Campeonato de Portugal de
Velocidade Legends no fimde semana de
homenagem a Paulo Alves.
A vitória foi para o Ford Sierra RS500 de
Luís Barros, seguido pelo Mercedes 190
de Vasco Barros. A dupla Filipe Matias/
Rodrigo Macedo (Volvo 850 R) terminou
no terceiro posto da classificação geral, a
22.523s de Luís Barros.
O quarto classificado da geral, Paulo Vieira
(BMW M3 E36) foi o vencedor na catego-
ria L99, completando o pódio José Paulo
Sousa (BMW M3 E36) e António Barros
(BMW M3 E36).
Nos Super Turismo, Eleuterio Duarte
(Renault Clio RS 2000) venceu, seguido
de Rui Gonçalves (Honda Civic Type R) e
Hugo Branquinho (Renault Clio RS 2000).
Entre os concorrentes da classe L99-1600
foi Artur Monteiro quem triunfou (Citroën
Saxo VTS), com João Novo (Peugeot 106
GTI) e Ricardo Diniz (Honda Civic Type R)
a completarem o pódio. Em L99-2000 a
vitória coube a Tiago Montes, enquanto
José M. Almeida e Tiago Ribeiro, todos em
Honda Integra Type R, terminaram no se-
gundo e terceiro lugar, respetivamente.
Luís Liberal (BMW M3) bateu António
Conceição (Mercedes 190 2.3 16V) pela
vitória na classe L90.
Na classe Sup. Extra foi Francisco
Gonçalves (Lotus Elise) quem venceu,
entre os L90-2000 foi João Miguel Ribeiro
(Volkswagen Golf GTI), na Sup. Turismo a
vitória foi de Rui Silva (Renault Clio 2.0 16V)
e na Trophy foi João Luís (Renault Spider).
VITÓRIA DE VASCO BARROS
NA ENCURTADA CORRIDA 2
Luís Barros passou quase toda a corrida na
liderança da corrida 2 dos Legends, tendo
uma vantagem confortável sobre Vasco
Barros, mas muito perto do fi al da prova,
encurtada devido a bandeiras vermelhas,
o Sierra cedeu deixando Vasco na primeira
posição. Vitória para um dos homens da
LOB Motorsport, com José Paulo Sousa
a terminar no segundo posto da geral e
a triunfar na classe L99. Paulo Vieira fe-
chou o pódio da classificação geral e ter-
minou como o segundo melhor dos L99.
Luís Liberal, que voltou a impor o estrean-
te BMW nos L90. Rui Gonçalves bateu a
concorrência nos Super Turismos, com o
Civic Type-R, André Tavares venceu nos

C/
CLASSIFICAÇÃO
CORRIDA 1
1 LUÍS BARROS
2 VASCO BARROS
3 F. MATIAS / R. MACEDO
4 PAULO VIEIRA
5 JOSÉ PAULO SOUSA
CORRIDA 2
1 VASCO BARROS
2 JOSE PAULO SOUSA
3 PAULO VIEIRA
4 LUÍS LIBERAL
5 RUI GONCALVES
>> autosport.pt
25
diasjoao1962@gmail.com
pelotão. Os espectadores acabam por
ver ação durante vários momentos da
corrida, apesar das máquinas da família
Barros não darem hipótese à geral. São
máquinas espetaculares e que merecem
ser apreciadas por todos.
Destaque ainda durante o fim de sema-
na de Tributo a Paulo Alves no Circuito do
Estoril para a estreia do BMW M3 de Luís
Liberal, com as cores da BMW no DTM em
1988, outro carro emblemático na grelha
dos Legends. A impressionante grelha
Super Extra com o Honda S2000 e Artur de 48 carros em pista deu um colorido e
Monteiro (Citroën Saxo VTS) voltou a ser uma diversidade únicos no panorama da
o mais forte entre os L99-1600. Entre os velocidade nacional, validando a aposta
Honda Integra, vitória para José Almeida da ANPAC e da FPAK nesta competição
nos L99-2000, numa corrida que voltou a que preenche algumas lacunas que já
FORD SIERRA RS 500 SUP. TRO 25:59.379 ter batalhas muito interessantes no meio existiram na competição em circuito no
MERCEDES 190 EVO SUP. TRO 0.479
do extenso pelotão. nosso país.
VOLVO 850 R SUP. TRO 22.523
BMW M3 E36 L99 29.939 Foi uma segunda corrida com muitos in- As últimas palavras vão para os comis-
BMW E36 M3 L99 30.20 cidentes e com vários carros a mostrarem sários de pista do Estoril que trabalharam
problemas mecânicos. Como acontece no incansavelmente para ter o “seu” traçado
Campeonato de Portugal de Velocidade sempre nas melhores condições para os
MERCEDES 190 EVO SUP. TRO 21:28.838
BMW E36 M3 L99 44.466 de Clássicos 1300, principalmente entre artistas ao volante. Finalmente, a nossa
BMW M3 E36 L99 1:31.538 os concorrentes do Desafio ANPAC, as homenagem ao Paulo Alves, que muito
BMW M3 L90 1:49.679 lutas nos Legends são muitas e varia- fez pela ANPAC e pelo projeto da veloci-
HONDA CIVIC TYPE R SUP. TUR 2:58.910 das devido às muitas classes dentro do dade em Portugal.
26
Cpvc/
E S T O R I L R A C I N G T R I B U T E PA U L O A LV E S

C1 LEARN & DRIVE,

ESTORIL RACING TRIBUTE/PAULO ALVES
ENCONTRADOS
OS VENCEDORES
DO TROFÉU
ENDURANCE 2022
O Troféu C1 Learn & Drive, competição organizada pela Motor
Sponsor que reúne em pista os emocionantes e irreverentes
Citroën C1, esteve de regresso à ação com as 6H C1 Estoril,
tendo como palco o Circuito do Estoril, juntando-se desta forma
à homenagem a Paulo Alves

autosport@autosport.pt
FOTOS Oficial
diasjoao1962@gmail.com

E
m pista estiveram duas de-
zenas de carros para disputar
os títulos de 2022 das clas-
ses AM e PRO, nesta que foi a
derradeira jornada do Troféu
Endurance do C1 Learn &
Drive. Os pilotos tiveram vários de-
safios nas duas corridas de 3 horas de
duração divididas entre os dois dias de
ação em pista, mas acabou por ser a
equipa do carro nº33 composta por
António José Ferreira, Tiago Carvalho,
João Oliveira, Tiago Mesquita e João
Moreira a vencer na classe PRO, que
desta forma se sagraram vencedo-
res do Troféu Endurance desta classe.
O triunfo na corrida na classe AM cou-
be a Pedro Alface, Rui Simões, João
Silvestre e João Simões aos comandos
do C1 nº88, mas foi a equipa segun-
da classificada na corrida, compos-
ta por Diogo Teixeira, Nuno Antunes,
Guilherme Costa e João Reis no car-
ro nº81, a sagrar-se a vencedora do
Troféu Endurance 2022 na classe AM.
MAIS RÁPIDOS
DESDE A QUALIFICAÇÃO
Os pilotos do carro nº33 começaram o
fim de semana da melhor forma ao as-
segurarem a melhor posição da grelha
de partida no final dos treinos crono-
Tiago Amorim e David Godinho) os
seus maiores adversários nos treinos
cronometrados.
Na corrida 1, de sábado, uma moldu-
ra de 20 carros C1 saiu para a pista
para a delícia dos adeptos, numa cor-
rida empolgante em que a equipa do
nº33 daria continuidade ao andamen-
to demonstrado nos treinos crono-
metrados, cortando a meta no pri-
meiro lugar da PRO, seguida pelos C1
nº34 (Duarte S. Botelho, Lourenço R.
Magalhães, Martim R. Magalhães e
Bernardo Simões) e o nº73 (Francisco
Gallego, Manuel Espírito Santo, José
Maria Gallego, Frederico Peters),
respetivamente. Porém, o Colégio de
Comissários Desportivos acabaria por
penalizar o carro nº33 por incumpri-
mento de paragem obrigatória, com
os segundos classificados a ascen-
der desta forma à primeira posição.
Na classe AM, o carro nº88 manteve
a toada dos treinos cronometrados e
viu a bandeira de xadrez na primeira
posição. No segundo lugar ficou o C1
nº81, que acabaria por ser penalizado
por não cumprimento do tempo de pa-
ragem obrigatória nas boxes, segui-
do do nº29 (Eduardo Rodrigues, Tiago
Amorim, David Godinho), estrutura
que acabaria por ser desclassificada
por não cumprimento do regime de
parque fechado.
VENCEDORES
ENCONTRADOS
Uma corrida 2 onde as estruturas que
haviam assumido o protagonismo ao
longo do fim de semana acabariam
por voltar a sobressair, assistindo-se
a uma fabulosa e salutar luta pelo pri-
meiro lugar entre equipas de classes
distintas, com o carro nº33 e o nº88 a
proporcionarem um fantástico due-
lo ao cronómetro para delícia de to-
dos os adeptos. No final, foi o C1 nº88
a cruzar a linha de meta no primeiro
posto, seguida do nº33. Uma corrida 2
em que o top 3 da PRO foi formado pelo
nº33, pelo C1 nº 997 (Gonçalo Manahu,
Manuel Castro e Bernardo Manahu),
e o nº 3 de Pedro Perino, João Ventura
e Pedro Alexandre Perino . Já na AM,
a equipa do nº88 deu continuidade
à performance evidenciada durante
todo o fim de semana, ao ser primei-
ra, seguida pela equipa do carro nº81,
segunda classificada, e a do carro nº29.
Um fecho memorável de temporada do
Troféu Endurance, um evento onde as
atividades e animação criadas a pen-
sar no público, em paralelo com as cor-
ridas, foram centrais, com o paddock
a receber cerca de uma centena de
grandes máquinas do Street Attack
Lisbon, no sábado, e um plantel de

C/
metrados. Com o tempo de 2:20.134s,
os pilotos do nº33 bateram a concor-
rência da classe PRO, Pedro Perino,
João Ventura e Pedro Alexandre Perino
no carro nº3 que ficaram a 0.912s do
CORRIDA 1+CORRIDA 2
tempo da pole. 1 88
Os melhores da classe AM foram os pi- 2 33
lotos do nº88 Pedro Alface, Rui Simões, 3 997
João Silvestre e João Simões, que tive- 4 73
ram no carro nº29 (Eduardo Rodrigues, 5 29
duas dezenas de exclusivos Mercedes-
CLASSIFICAÇÕES AMG, no domingo, com a AMG Driving
Experience. Um fim de semana que
terminou com uma experiência úni-
ca para os adeptos, a Hora da Família,
P. ALFACE / R. SIMÕES / J. SILVESTRE / J. SIMÕES 6:03:25.695
um desfile em caravana no Circuito do
T. FERREIRA / T. CARVALHO / J. OLIVEIRA / T. MESQUITA / J. MOREIRA 1:47.443 Estoril com o público a realizar duas
G. MANAHU / . / B. MANAHU 1 VOLTA voltas ao traçado ao volante da sua
F. GALLEGO / . E. SANTO / J. M. GALLEGO / 1 VOLTA viatura pessoal e acompanhado por
E. RODRIGUES / T. AMORIM / D. GODINHO 1 VOLTA toda a família.
 >> autosport.pt
27

CIVIC ATOMIC CUP,

ESTORIL RACING
TRIBUTE/PAULO ALVES
AO RUBRO
NO ESTORIL
autosport@autosport.pt
FOTOS Oficial
Eduardo Leitão e Gonçalo Inácio (PRO) e
Francisco Viola e Filipe Barreto (AM) em
plano de destaque na Civic Atomic Cup
com vitória dupla no fim de semana do
Estoril
A Civic Atomic Cup voltou a apresentar-
se no Circuito do Estoril, palco que
inaugurou a estreia oficial da competição,
no último fim de semana, para uma
jornada do troféu promovido e organizado
pela Motor Sponsor revestida de emoção
ao cronómetro.
Uma ronda emotiva, que teve nos treinos
diasjoao1962@gmail.com
cronometrados de sábado o primeiro disputas salutares na discussão de nº 156, e com Hugo Oliveira, com o nº

confronto em pista, sessão onde a
dupla Eduardo Leitão e Gonçalo Inácio,
ao volante do Honda Civic Type-R nº
155, definiu a melhor marca na PRO,
num feito igualado por Filipe Barreto e
Francisco Viola, com o nº 154, na AM. Um
primeiro contacto em pista que adoçou
a expetativa para as duas corridas da
jornada, a terem lugar domingo.
Na corrida 1, a comitiva da Civic Atomic
Cup, que integra a grelha do Campeonato
Portugal de Portugal de Velocidade de
Legends, proporcionou um espetáculo de
nota elevada ao muito público presente,
com os pilotos a envolverem-se em
C/
posições. Uma corrida em que Gonçalo
Inácio manteve a rapidez apresentada CLASSIFICAÇÕES
pela equipa nos treinos cronometrados,
carimbando a primeira vitória da jornada,
CORRIDA 1
com o Civic Type-R nº 158, de Estevão 1 GONÇALO INÁCIO HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
Oliveira, na segunda posição. Um pódio 2 ESTEVAO OLIVEIRA HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
completado por Filipe Ferreira, com o nº 3 FILIPE FERREIRA HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
150 nas portas. 4 PAULO DE SOUSA HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
Uma prova igualmente disputada na AM, 5 FRANCISCO VIOLA HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
classe em que Francisco Viola realizou
CORRIDA 2
uma prova de recuperação depois de 1 EDUARDO LEITÃO HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
arrancar das boxes. Uma corrida em 2 FILIPE BARRETO HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
crescendo com o triunfo no final, numa 3 RAUL DELGADO HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
corrida em que a vitória foi discutida com 4 NUNO DIAS HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
Nuno Figueiredo, no Honda Civic Type-R 5 SÉRGIO AZEVEDO HONDA CIVIC TYPE R ATOMIC
159, segundo e terceiro classificados,
respetivamente.
Na corrida 2, o Honda Civic Type-R nº 155
voltou a estar em plano de destaque,
26:25.680
desta vez com Eduardo Leitão aos
26:30.561 comandos, piloto que venceu na classe
26:30.794 PRO. Uma corrida em que Raul Delgado
26:42.027 assinou o segundo lugar, com o estreante
26:49.067 Nuno Dias a fechar o top 3.
Na AM, o Honda Civic Type-R nº 54, com
22:28.243
Filipe Barreto ao volante, foi o mais
22:46.323 forte em pista, piloto que teve como
23:23.194 adversários Pedro Cerqueira, segundo
23:25.258 classificado, e Hugo Oliveira, que assinou
23:44.825 o segundo pódio da jornada na classe.

A NOSTALGIA E CARISMA DAS SINGLE SEATER SERIES REGRESSARAM AO CIRCUITO DO ESTORIL

O pelotão das Single Seater Series, competição Fórmula Renault 2.0, bisando na jornada do
promovida pela Motor Sponsor e único troféu de Estoril. Uma prova onde teve como rival o
monolugares em Portugal, voltou a ‘pisar’ o mítico seu companheiro de equipa, ADF, que depois
Circuito do Estoril, para disputar a terceira jornada de assinar a segunda posição na corrida 1,
da época. Uma prova que colocou ao cronómetro acabaria por não realizar qualquer volta na
um total de 12 históricos fórmulas. corrida 2, devido a problemas mecânicos no
Uma prova em que Fernando Cordeiro Filho, num seu Fórmula Renault 2.0.
Fórmula Novis PNC1, se apresentou em plano de Um fim de semana que recebeu outra novidade
destaque, ao imprimir um forte ritmo, cruzando no plantel das Single Seater Series, um Ray GR98
a meta em ambas as corridas no primeiro posto, da KT, pilotado por Vasco Sampaio, piloto que
numa prestação que se traduziu por um duplo alcançou o triunfo na classe em ambas as corridas.
triunfo na Fórmula Livre, que lidera. Uma classe Já a classe ZT foi a mais concorrida da jornada

C/
que recebeu uma novidade, Fernando Gaspar, do Estoril, com um total de seis fórmulas a
igualmente num Fórmula Novis PNC1, piloto que terminou CLASSIFICAÇÕES disputar o cronómetro. Na corrida 1, Duarte Pires,
ambos os desafios no lugar intermédio do pódio. num Mygale SJ00, levou a melhor sobre toda a
Já na Fórmula Mais, foi António Correia, que comanda a concorrência, com Vítor Sampaio, aos comandos de
classificação, a surgir em evidência, piloto que levou o seu CORRIDA 1 um Vector MG01, a ser segundo, seguido de Pedro
1 FERNANDO CORDEIRO FILHO MYGALE FL 16:01.182
Funspeed FS 2019 a um duplo triunfo na classe, seguido em 2 FERNANDO GASPAR MYGALE FL 33.657
Rodrigues, que colocou o seu Swift ST 97 na terceira
ambas por Aslam Jamal, num Funspeed D&D F01. 3 AL CAPONE RENAULT FR 39.507 posição. Na corrida 2, o mesmo Mygale SJ00 voltou a
Por sua vez, na Fórmula Renault, o protagonismo CORRIDA 2 saborear o triunfo, desta vez pilotado por Fernando
1 FERNANDO CORDEIRO FILHO MYGALE FL 16:24.661
foi assumido pelo atual vencedor em título e líder 2 FERNANDO GASPAR MYGALE FL 30.690 Mayer Gaspar, com Vítor Sampaio a repetir o segundo
da classe, Al Capone, que conduziu à vitória o seu 3 ANTONIO CORREIA FUNSPEED F+ 42.735 posto e Rui Silva, num Mygale SJ04, a ser terceiro.
 CPM/
28
C A M P E O N AT O D E P O R T U G A L D E M O N TA N H A - R A M PA D E B O T I C A S
HÉLDER SILVA
É BICAMPEÃO
NACIONAL
ABSOLUTO
Hélder Silva (Osella PA2000 EVO 2) dominou a Rampa
de Boticas, derradeira prova do calendário do Campeonato
de Portugal de Montanha e comemorou o seu segundo título
nacional com o quarto triunfo da época
autosport@autosport.pt
FOTOS OMS RALLY PHOTOS; BMR
N
o fimde semana em que se tor-
nou bicampeão nacional ab-
soluto, Hélder Silva dominou
a última prova da temporada
2022 da Montanha. Foi o mais
rápido em todas as subidas em
que participou, Hélder Silva logrou ainda
registar as duas melhores marcas do fi
de semana, cravando na segunda Subida
de Prova como melhor “crono” de toda a
prova o tempo de 2.12.933s, à média ho-
rária de 138.38 km/h. Construiu assim, de
forma musculada, a quarta vitória abso-
luta da temporada.
“Estou muito feliz, principalmente pela
minha família, pela equipa e pelos patro-
cinadores. Foi um ano muito intenso, onde
apostamos em evoluir de forma contínua
a Osella e todo o trabalho da Power House
deu frutos. Aliás, foi aqui em Boticas que
eu senti fi almente a barchetta no ponto.
Esteve perfeita e construímos uma vitória
que é prenda acrescida ao título nacional”,
prometendo Hélder Silva que ”possivel-
mente, alinharei em 2023 para lutar pelo
tricampeonato!”.
Em Boticas, quem mais perto rodou do
vencedor foi o espanhol César Rodriguez.
Tal como nas vezes anteriores em que
participou nas provas do Campeonato, o
piloto do Osella PA21S JRB voltou a reve-
lar muita rapidez, que foi premiada com
o segundo lugar da geral, a 4,3 segundos
de Hélder Silva. O pódio absoluto contou
diasjoao1962@gmail.com
JOÃO DIOGO SANTOS CONQUISTA
com a presença de José Correia no tercei-
ro posto. A braços com alguns problemas
PRIMEIRA VITÓRIA DO ANO NOS 1300
no Norma FC20, Correia foi melhorando os
tempos e desalojou António Rodrigues e
o SilverCar EF 10 do terceiro lugar na der-
radeira Subida de Prova, beneficiando do
facto do piloto duriense ter desistido nes-
sa subida, com a quebra da transmissão
do protótipo, tendo assim de se contentar
com o quarto lugar da geral.
Logo atrás, o quinto lugar absoluto foi con-
quistado por Nuno Guimarães. Retirou
todo o potencial do SilverCar S2 e voltou
a vencer entre os Protótipos B, onde en-
frentou forte oposição do espanhol Martin
Villar (BRC 05 Evo), que terminou somente
a 0,8 segundos de Guimarães. O pódio da
Divisão ficou completo com Joaquim Rino, O piloto do Fiat Punto 85 Sport neces- para a conquista de mais um pódio.
no BRC BR49 Evo. sitou apenas das primeiras duas subi- Sempre muito eficaz aos comandos
Sem o campeão dos GT, Vítor Pascoal, pre- das de prova para selar a sua primeira do Peugeot 205 Rallye da MNE Sport,
sente na prova de Boticas, o duelo pela vi- vitória da temporada entre os 1300. comemorou o 2º lugar entre os 1300.
tória foi entre Gabriela Correia (Mercedes João Diogo Santos foi o mais rápido em O pódio absoluto dos 1300 ficou com-
AMG GT4) e Bernardo Garcia de Castro todas as subidas na Rampa de Boticas. pleto com Carlos Salgado, primeiro
(Porsche 997 GT3 CUP). “Estou muito satisfeito com este regres- classificado entre os Clássicos. O pilo-
Gabriela Correia impôs o GT4 na subida a so às vitórias, depois do título de 2019. A to apresentou-se com um Ford Escort
contar de sábado, mas viu o espanhol ri- prova decorreu de forma brilhante, sempre MKI, dominou a sua Divisão e foi mais
postar na segunda subida, já no domingo, muito rápido e concentrado, procurando forte no duelo que travou pelo 3º lu-
ficando tudo por resolver para a terceira evoluir de forma consistente num traçado gar da geral com Rita Matos (Fiat UNO
Subida de Prova. Ambos foram ao ataque, que desconhecia em absoluto. Este triunfo 45S). A 5ª posição global e 2ª posição
mas Gabriela Correia deixou o adversário a é um prenúncio para um regresso mais as- entre os Clássicos foi conquistada por
três segundos de distância. Mesmo a bra- síduo e com uma viatura mais competitiva. José Pedro Figueiredo e foi suficiente
ços com graves problemas de eletrónica no Tudo faremos para que isso se possa con- para que reclamasse para si o título
Nissan Nismo 370Z, Daniel Vilaça garantiu cretizar, apesar da conjuntura não ser a na Divisão Clássicos 1300.
o terceiro posto na categoria. ideal”, afirmou no final. Domingos Fernandes andou rápido no
Também Eva Laranjeira não sof- seu Autobianchi A122 Abarth, sendo 3º
TETRA DE LUÍS NUNES reu qualquer oposição no caminho entre os Clássicos.
Na Categoria Turismos, Boticas foi palco

FERNANDO SALGUEIRO
LEVA A MELHOR NOS CLÁSSICOS
O já bicampeão nacional Fernando
Salgueiro saiu de Boticas com
a quinta vitória da época, após
se impor na luta que travou com
Ricardo Loureiro, seu colega de
equipa no Caramulo Racing Team.
Ambos elegeram os Ford Escort
MKII para se tornarem pro-
tagonistas das últimas épocas
do Campeonato de Portugal de
Clássicos de Montanha JC Group.
Em Boticas, voltaram a provar ser grande o equilíbrio entre eles.
Salgueiro levou de vencida a primeira Subida de Prova, realizada no final da jornada de
sábado, com Loureiro a responder, sendo o mais forte na 2ª Subida de Prova, realizada
ao início da tarde de domingo, ficando então com cerca de segundo e meio de vantagem
sobre o bicampeão nacional.
Os dois pilotos foram assim para a terceira e derradeira subida a contar para a classifi-
cação separados por cerca de segundo e meio, podendo a balança pender para qualquer
um. Mas, o antecipado duelo não aconteceria. Pouco depois do arranque, Ricardo
Loureiro encostou, com problemas no Escort e Fernando Salgueiro aproveitou da mel-
hor forma, rodando no seu melhor tempo do fim-de-semana e reclamando a vitória com
grande dominador entre os Clássicos.
diasjoao1962@gmail.com
2,8 segundos de vantagem, terminando assim da melhor forma uma época em que foi o
da festa do “tetra” de Luís Nunes. O piloto
apresentou-se em Boticas com o Skoda
Fabia R5 alvo de um “upgrade” aerodinâ-
mica, que se juntou à evolução que o carro
tem vindo a sofrer no motor e as altera-
ções refletiram-se de forma contundente
no cronómetro. Nunes foi o melhor da ca-
tegoria, terminando com vantagem con-
fortável para os adversários, muito para lá
do que tinha sucedido em todas as provas
anteriores da época, comemorando assim
com o sexto triunfo na categoria e o oitavo
na Divisão 1, a conquista do quarto título
nacional consecutivo.
Nesta Divisão houve luta pelo segundo
posto, tendo sido Pedro Marques (Subaru
Impreza 4WD) a superiorizar-se a Carlos
Gonçalves (Mitsubushi Lancer EVO X).
Joaquim Teixeira, voltou a ser o piloto que
mais perto conseguiu rodar de Nunes.
Teixeira foi segundo na categoria e mante-
ve a invencibilidade na Divisão 2. O terceiro
classificado da Categoria foi José Almeida
que, no VW Golf R35 GTi, voltou a demons-
trar uma competitividade intensa e selou a
sua presença no pódio fi al dos Turismos
>> autosport.pt
29
LUÍS SILVA
COM OPOSIÇÃO
NOS LEGENDS
MAS VENCEU
O já campeão nacional de Legends de
Montanha enfrentou oposição em Boticas,
com João Pires como principal adversário
à vitória da Rampa. Num duelo de BMW
M3, Silva puxou dos galões e manteve
o registo invencível, assegurando em
Boticas o oitavo triunfo do ano.
João Pires cometeu a proeza de ser o
primeiro piloto no ano a destronar Luís
Silva do cimo da tabela de tempos numa
Subida de Prova. Fê-lo na primeira, dis-
putada durante a jornada de sábado, mas
já não conseguiu repetir o feito nas duas
subidas decisivas de domingo.
Aí, Luís Silva levou o BMW M3 a ser clara-
mente o mais rápido entre os Legends nas
duas ocasiões, fechando a última prova da
temporada com o oitavo triunfo consecu-
tivo, embora desta feita apenas com 3 se-
gundos de vantagem sobre Pires.
Longe do duo protagonista da luta pela
vitória, esteve Carlos Alberto Oliveira com
o Ford Sierra Cosworth RS.
no campeonato. Uma palavra para Manuel
Rocha e Sousa (Cupra TCR) terceiro clas-
sificado em Boticas na Divisão 2.
Na Divisão Turismos 3 houve drama, re-
viravoltas e indecisão quanto à vitória na
prova e à conquista do título. Se no sá-
bado, um problema de motor no Citroen
Saxo, quase afastava Bruno Carvalho dos
dois objetivos, o piloto esteve perfeito no
domingo e, já na última subida, desalojou
Parcídio Summavielle (Renault Clio RS R3)
da liderança na rampa e no campeonato,
reservando para si a vitória em ambos.
Alberto Pereira, num Honda Civic Type
R voltou a andar forte e foi terceiro nas
contas da divisão. Na Taça de Portugal de
Kartcross de Montanha JC Group, Sérgio
Mateus venceu.
 R/
30
RALIS
PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA/
RALLYEVILLA DE LLANES
POR UM
DÉCIMO!
José Luís Abreu
jabreu@autosport.pt
FOTOS Peugeot RCI
diasjoao1962@gmail.com
F
oi por apenas um décimo de
segundo que Diego Ruiloba/
Andrés Blanco bateram Óscar
Palomo/Ángel Vela na prova da
Peugeot Rally Cup Ibérica no
RallyeVilla de Llanes, quinta de
seis provas da competição.
Empatados em melhores tempos nos
anteriores 10 troços, Ruiloba e Palomo
entraram na última especial com 12.2s
a separá-los, e Palomo partiu em busca
do prejuízo, recuperando 12.1s, ficando,
assim, à distância de 0.1s. Foi o culmi-
nar de uma luta que durou do primeiro
ao último metro deste rali de asfalto das
Astúrias. Com o fator de multiplicação
deste rali, os títulos ficam adiados para
a Catalunha.
Foi uma luta que os seus adversários
apenas conseguiram assistir à distân-
cia. Os rookies César Palácio/David de
la Puente terminaram no pódio, baten-
do Roberto Blach/Mauro Barreiro, com
quem lutaram.
Ricardo Sousa/Luís Marques foram 5º da
geral, duas posições à frente de Ernesto
Cunha/Rui Raimundo, num rali com-
plicado em que comprometeram boas
pontuações e, com isso, as suas pre-
tensões aos títulos.
CURTA-METRAGEM
Nunca um rali desta competição tinha
havido uma luta a dois que levava a que
piloto vencesse um troço, com resposta
imediata do adversário, e nunca um rali
da copa ibérica havia terminado com
uma vantagem mínima de 0.1s. Óscar
Palomo venceu seis das onze espe-
ciais e Diego Ruiloba foi o mais rápido
nos restantes cinco troços.
Para Diego Ruiloba: “Foi um rali mui-
C/
CLASSIFICAÇÃO
1º DIEGO RUILOBA/ANDRÉS BLANCO 1H39M02,4S
2º ÓSCAR PALOMO/ÁNGEL VELA 0,1S
3º CÉSAR PALÁCIO/DAVID DE LA PUENTE A 1M52,8S
4º ROBERTO BLACH/MAURO BARREIRO A 2M13,7S
5º RICARDO SOUSA/LUIS MARQUES A 3M55,4S
6º ADRIÁ SERRATOSA/ANNA TALLADA A 6M47,1S
7º ERNESTO CUNHA/RUI RAIMUNDO A 7M06,5S
8º LUIS MARTÍNEZ/‘JAVI’ MONSERRAT A 13M18,1S
to competitivo, sempre em luta mui-
to intensa com o Palomo, que acabou
com a diferença mínima. Tenho de lhe
dar os parabéns já que qualquer um
de nós poderia ter vencido esta pro-
va que foi muito complicada de gerir,
nomeadamente ao nível dos pneus,
fruto de condições meteorológicas em
constante mudança, numa autêntica
lotaria em termos de escolha. Tive dois
furos e, mesmo assim, venci, o que é
no mínimo curioso. Aproveito ainda
para agradecer a todos os fãs pelo
apoio incondicional à minha equipa
Terra Training Motorsport por todo o
trabalho realizado no fim de semana
e à organização da prova! Vemo-nos,
assim, na Catalunha!”, acrescentou.
Assim, será na derradeira prova, o Rali
da Catalunya, onde se decidirá a Peugeot
Rally Cup Ibérica. São ainda quatro os
pilotos na luta pelo título e três os pre-
tendentes ao troféu de Navegadores.
Diego Ruiloba soma 91.4 pontos, Óscar
Palomo, 78.6, Ernesto Cunha, 63.60, num
título que, matematicamente ainda
pode ser alcançado por Roberto Blach,
60 pontos. Fora dessa luta, mas ainda
com hipótese de escalar posições, está
Ricardo Sousa, 47.4.
Quanto às Equipas, apenas uma dezena
de pontos separa as quatro melhores.
v/
VELOCIDADE
ELMS SPA
Guilherme Oliveira deu mais
um passo importante rumo à
conquista do título em LMP3.
A equipa do jovem português
voltou a triunfar, desta vez
em Spa Francorchamps,
e assumiu a liderança do
campeonato quando falta
apenas a ronda de Portimão
GUILHERME OLIVEIRA CADA
VEZ MAIS PERTO DOdiasjoao1962@gmail.com
TÍTULO
Pedro André Mendes
e Fábio Mendes
autosport@autosport.pt
FOTOS JB Photo / José Bispo
G
uilherme Oliveira, que compete
no Ligier JS P320 - Nissan #13
da Inter Europol Competition,
assume-se cada vez mais
como candidato ao título. Mas,
para a prova de quatro horas na
pista belga, a bandeira portuguesa es-
tava representada também por Miguel
Cristóvão (de regresso aos LMP3, já a
preparar a próxima época), Henrique
Chaves e os carros #19 e #47 da Algarve
Pro Racing.
QUALIFICAÇÃO PROMETEDORA
Se nos LMP2, a pole foi para a equipa
suíça Cool Racing, assinada por Yifei
Ye, que completou a volta rápida em
2:04.515s, nos LMP3, o Ligier-Nissan
#17 da Cool Racing com Malthe Jakobsen
ao volante assegurou a quinta pole po-
sition da temporada, com o registo de
2:11.062s. Nico Pino, companheiro de
equipa de Guilherme Oliveira no #13 da
Inter Europol Competition foi o tercei-
ro. Entre os LMGTE, o Ferrari F488 GTE
EVO #57 da Kessel Racing garantiu a
pole position, com o americano Conrad
Grunewald a colocar a equipa suíça na
frente da grelha na sua estreia no ELMS.
MAIS UM TRIUNFO LUSO
Na prova de quatro horas, Oliveira e os
seus companheiros de equipa conquis-
taram a sua terceira vitória consecutiva
na classe LMP3 no ELMS. O jovem luso
foi o piloto que levou o carro até à der-
radeira passagem pela linha de meta,
com 41 segundos de vantagem sobre
os segundos classificados no carro #4
da DKR Engineering. Com mais esta vi-
tória o #13 é agora lider nos LMP3, com
79 pontos somados, mais 19 do que a tri-
pulação do #17 da Cool Racing (Maurice
Smith/Malthe Jakobsen/Mike Benham).
Miguel Cristóvão, que regressou
aos comandos de um LMP3 com a
Eurointernational, viu a sua prova ser
afetada com um toque e Henrique Chaves
terminou no nono posto entre os concor-
rentes dos LMGTE. A Algarve Pro Racing
terminou com os seus dois carros dentro
do top 10 da classificação dos LMP2, com
o #19 no oitavo posto e #47 no décimo
lugar. Em LMP2 a vitória foi conquistada
pelo #22 da United Autosports com Phil
Hanson, Tom Gamble e Duncan Tappy a
vencerem pela primeira vez esta época,
com 97 voltas completadas. A 23 segun-
dos dos vencedores, ficou o carro #65 da
Panis Racing (Julien Canal/Nico Jamin/
Job van Uitert) na segunda posição e o #9
da Prema Racing (Juan Manuel Correa/
Louis Delétraz/Ferdinand Habsburg) a
fechar o pódio.
GUILHERME OLIVEIRA:
TÍTULO À VISTA
Guilherme Oliveira está cada vez mais
perto do título. Com o terceiro triunfo con-
secutivo, o jovem está agora na liderança
da prova e pode sagrar-se campeão em
casa, na sua época de estreia nos LMP3.
No fi al da prova a satisfação era evidente.
“Não foi uma corrida fácil, já que para além
da pista ser muito técnica e difícil, até co-
meçou com o piso molhado. Também não
foi fácil gerir algumas situações no meio
do tráfego, mas o mais importante é que
terminámos e com mais uma vitória, a
terceira consecutiva. Eu fui o responsável
pelo último turno de condução e claro que
estou orgulhoso por não ter permitido a
aproximação dos mais diretos adversá-
rios. Os meus colegas de equipa também
fi eram um trabalho extraordinário, as-
sim como a equipa. Vamos encarar a pro-
va de Portimão da mesma forma que as
anteriores. O nosso pensamento está na
vitória e não no campeonato. No fi al da
corrida, vamos fazer contas e se formos
campeões melhor.”
>> autosport.pt
31
HENRIQUE CHAVES: FALTOU SORTE
Não faltou ritmo a Henrique Chaves,
mas sim um pouco de sorte. Com um
início de prova menos conseguido, a
recuperação foi por água abaixo com
um Full Course Yellow na pior altura:
“Foi uma corrida difícil! A pista esta-
va muito difícil no início e o John teve
algumas dificuldades. Depois, tenta-
mos iniciar uma recuperação, anteci-
pando o ‘stint’ do Jonny, mas tivemos
azar com um Full Course Yellow logo
a seguir, o que nos impediu de recu-
perar a volta que tínhamos perdido.
O carro estava muito bom, como foi
possível ver no meu turno de condu-
ção, mas não tivemos a sorte do nosso
lado”, frisou o jovem de Torres Vedras.
MIGUEL CRISTÓVÃO:
REGRESSO ACIDENTADO
Um incidente logo na primeira volta das
4 Horas de Spa-Francorchamps, pro-
va a contar para o European Le Mans
Series, condicionou toda a corrida de
Miguel Cristóvão, que ainda assim dei-
xou bons apontamentos:
“As condições da pista estavam muito
difíceis, muito húmida, mas a obrigar a
utilização de slicks e alguns pilotos não
estavam conscientes das dificuldades.
Acabei por ser atingido pelo meu cole-
ga de equipa e depois por outro carro.
Consegui ir até às boxes, mas perde-
mos muito tempo e um bom resulta-
do estava comprometido“, apontou o
português.
 R/
32

RALIS - AÇORES

CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES/

PICOWINES RALLY

LUIS M. REGO
É CAMPEÃO
DOS AÇORESLuis M. Rego conquistou o seu terceiro título açoriano
da modalidade no Rali Picowines, prova que marcou
diasjoao1962@gmail.com

a estreia nos triunfos absolutos de Pedro Câmara, ao

volante de um Citroën C3 Rally2

João F. Faria
autosport@autosport.pt
FOTOS AIFA/Jorge Cunha

O
campeonato açoriano de
ralis foi no passado fim de
semana à ilha do Pico para
aquela que foi a penúlti-
ma prova do campeonato
de 2022.
O evento, organizado pelo clube au-
tomóvel local, é uma prova de carac-
terísticas singulares e mistura troços
cronometrados muito rápidos com al-
gumas zonas de piso de asfalto degra-
dado, uma combinação que o tornam
muito difícil para todos aqueles que não Em pior posição pontual, o piloto do toque nos primeiros metros da pri- calma que o protegia de um qualquer
estejam familiarizados com o traçado. Citroën C3 Rally2 da Auto Açoreana meira classificativa do dia, abandona- desaire num rali em que, pelas condi-
No passado fim de semana, acresce- era obrigado a vencer para poder con- va e entregava, desse modo, a coroa ções em que se desenrolou, isso era
ram ainda as péssimas condições cli- tinuar a sonhar com a revalidação ao seu adversário. muito fácil de acontecer. Rego atingiu a
matéricas de uma tempestade tropical do título. Luis Miguel Rego, que liderava após o meta na segunda posição mas tal não
que chegou a fazer perigar a realiza- Apesar disso, Rodrigues nem arran- primeiro dia de competição, garantia o impediu de fazer a festa no pódio.
ção do rali até muito pouco tempo da cou da melhor forma pois era apenas o título e ficava liberto de qualquer Tal postura permitiu igualmente que
hora de partida estabelecida. terceiro depois de cumprida a classi- pressão. A partir daí, ao piloto com o Pedro Câmara assumisse o coman-
Desportivamente, as atenções esta- ficativa de abertura, cumprida na noi- Skoda Fabia Rally2 Evo com as cores do de uma prova em que se mostrou
vam centradas na discussão do cetro, te de sexta-feira na vila da Madalena, da Lotus apenas cumpria atingir a li- sempre um dos mais rápidos.
a envolver o futuro campeão e ainda centro nevrálgico do evento. Logo na nha de meta e foi exatamente isso que O piloto com o Citroën C3 Rally2, um
o campeão de 2021, Rúben Rodrigues. manhã de sábado, o piloto daria um efetuou, numa prova com uma toada ano após a estreia com o modelo, foi
 >> autosport.pt
33

MUITO SATISFEITO
Luis Miguel Rego mostrou-se no final da prova “muito satisfeito com mais
este título” que é “um prémio para o muito e excelente trabalho desen-
volvido por toda a equipa”. O cetro é o terceiro da carreira de Rego, piloto
micaelense com 32 anos de idade que deu os seus primeiros passos na
modalidade em 2008 com um Mitsubishi Carisma GT. Vindo de uma famíl-
ia em que o automobilismo sempre foi uma tradição, Rego mostrou sem-
pre o seu potencial numa fase em que a modalidade no arquipélago era
dominada por Ricardo Moura.
Sempre ao volante de Mitsubishi mas já com um Lancer Evo IX, modelo
que utilizou entre 2010 e 2015, passou a subir de forma regular ao pódio
e foi vice-campeão do arquipélago em três ocasiões, entre 2013 e 2015.
Foi também com este carro que obteve os seus primeiros triunfos em ra-
lis locais, no Pico e no Rali Ilha Lilás de 2015. No ano seguinte adquiriu um
Ford Fiesta R5, viatura que manteve até 2019.
Foi com o carro da marca da oval que conquistou o seu primeiro título re-
gional em 2018. Em 2019 alternou entre o Ford e um Skoda Fabia R5 e viria
novamente a ser campeão açoriano da modalidade. Em 2020 apenas al-
inhou em duas provas do CPR, Terras d’Aboboreira e Vinho da Madeira. Já
com o Skoda Fabia Rally2 Evo, em 2021 foi vice-campeão. Este ano garan-
tiu a sua terceira coroa do arquipélago depois de ter vencido os ralis Ilha
Azul, no Faial, TAC, na Terceira, e Santa Maria.

diasjoao1962@gmail.com

C/ CLASSIFICAÇÃO

1º PEDRO CÂMARA/JOÃO CÂMARACITROËN C3 RALLY2 29:48.1

2º LUIS M. REGO/JORGE HENRIQUESSKODA FABIA RALLY2 EVO + 1:30.3
3º JOSÉ PAULA/PAULO LOPES CITROËN C3 RALLY2 + 1:42.6
4º BRUNO AMARAL/SANCHO EIRÓFORD FIESTA R5 + 1:54.5
5º FILIPE PIRES/VASCO MENDONÇAMITSUBISHI LANCER EVO X + 2:46.3
6º HENRIQUE MONIZ/JORGE DINIZRENAULT CLIO RALLY4 + 2:52.2
7º BRUNO TAVARES/ANDRÉ SEABRACITROËN C2 R2 MAX + 3:47.1
8º EMANUEL GARCIA/NELSON DINISPEUGEOT 208 R2 + 6:22.8
9º JOÃO FARIA/CARLOS MELO PEUGEOT 206 RC +6:37.3
10º FILIPE MARQUES/EDGAR SILVA CITROËN SAXO + 6:46.5

o melhor em seis das oito classifica-
tivas disputadas, e não teve grandes
dificuldades em regressar à Madalena
com uma vantagem superior a minu-
to e meio para a restante caravana.
Num rali em que sempre se sentiu
bastante à vontade, Câmara juntou o
seu nome à lista de vencedores de ra-
lis açorianos, assim como mostrou a
sua evolução com um dos carros mais
competitivos do plantel e assegura a
possibilidade de ser um dos potenciais
vencedores do próximo campeonato.
Quem também esteve muito bem no
Pico, ilha onde reside, foi José Paula,
com outro Citroën C3 Rally2. O piloto
navegado por Paulo Lopes assinou al-
guns bons tempos e, rodando algumas
vezes muito próximo do futuro cam-
peão, muito cedo garantiu a subida
ao pódio. Na posição imediata, Bruno
Amaral não arrancou muito bem com
o Ford Fiesta R5, mas com um terço
do rali cumprido ascendeu ao quar-
to posto em que veio a cortar a meta.
Quinto classificado, Filipe Pires reali-
zou, contudo, uma prova em que não
constava das suas preocupações a
classificação absoluta.
O piloto madeirense do Mitsubishi
Lancer Evo X tinha como objetivo o
Troféu de Ralis de Asfalto dos Açores,
competição que dominou no Pico e em
que garantiu o título pelo terceiro ano
consecutivo. Henrique Moniz surgiu
neste rali com um Renault Clio Rally4
e foi o melhor, por larga vantagem, en-
tre os utilizadores de viaturas de duas
rodas motrizes.
Nos lugares imediatos ficaram Bruno
Tavares com o habitual Citroën C2 R2
Max, Emanuel Garcia ao volante de um
Peugeot 208 R2, João Faria com o me-
lhorado Peugeot 206 RC e ainda Filipe
Marques em Citroën Saxo. O campeo-
nato açoriano da modalidade termina
a 28 e 29 de outubro na ilha Terceira
com o Rali Ilha Lilás.
 N/AZORES RALLYE O
34

NOTÍCIAS
WRC Promoter, responsável
pelo novo figurino do ERC, de-
cidiu deixar o Azores Rallye
fora do Europeu de Ralis em

FORA DO ERC,
2023, alegando como razão o fac-
to de pretender ‘centralizar’ mais o
campeonato, leia-se, aproveitar as
provas europeias que ‘caem’ do WRC.

RALI DAS CANÁRIAS

Há uma enorme indefin ção entre
outras provas do ERC, pois ninguém
sabem muito bem as ‘linhas com que
se cose’, pois este tipo de questões

PERMANECE
era tratado de forma diferente pelo
anterior Promotor.
De acordo com um comunicado
emanado pelo Grupo Desportivo
Comercial, organizador do Azores
Rallye, “O promotor do Campeonato
da Europa de Ralis da FIA informou
a Comissão Organizadora do Azores
diasjoao1962@gmail.com
Rallye de que a prova não faz parte
dos seus planos para a temporada de
2023. A justificação apresentada pelo
WRC Promoter foi que a sua intenção
é tornar o campeonato mais central,
LEIA E ACOMPANHE TODAS para reduzir o custo para as equipas.
AS NOTÍCIAS EM AUTOSPORT.PT Apesar do esforço da Comissão
Organizadora do Azores Rallye em
garantir o transporte marítimo e
aéreo gratuitos para as equipas, es-
tas mesmo assim consideram que
a imobilização dos meios é dema-
siado longa face às outras provas
do campeonato, segundo informou
o promotor.”
“Lamentamos profundamente esta
decisão, que não perspectivamos,
uma vez que todas as entidades fede-
rativas elogiaram o evento, incluindo
o WRC Promoter, que apresentou à
Comissão Organizadora do Azores
Rallye uma proposta para a continui-
dade da prova em 2023 e 2024, a qual
estava a ser objecto de negociação.”

ALMADA EXTREME SPRINT FERRARI TESTOU

É NO FIM DE SEMANA
Realiza-se no próximo fim de semana o
Almada Extreme Sprint, como habitualmente
num traçado integralmente disputado nas
antigas instalações da Lisnave em Almada.
A competição está aberta a todos os
carros passíveis de competir em Portugal e
desenrola-se através das categorias Sprint,
Regularidade, Revival Tour, Almada Electric
Extreme (Regularidade), Desafio Histórico
(Sprint) e ainda Desfile de Clássicos.
Os concorrentes verificam e reconhecem o
percurso no sábado, e domingo é o dia da
competição, a partir das 8h30 até às 18h05,
com a entrega de prémios.
Uma presença lógica e habitual é a
do seu incontornável
Embaixador, um homem
da ‘casa’, Rui Madeira,
um dos promotores
do sucesso que este
evento tem vindo a ter.
Com a chancela
organizativa do Clube de Motorismo de
Setúbal, para lá de Rui Madeira a prova
já tem garantida a presença de Marco
Martins e do seu espetacular MG Metro
6R4 Proto. Da Madeira chegam Cláudio
Nobrega e Alípio Nóbrega com o seu
espetacular Ford Escort FBI. Por falar
em carros espetaculares o público pode
contar também com o BMW M3 de José
Outeiro, devendo Tiago Almeida levar o seu
rápido Mitsubishi Mirage.
Artur Fidalgo leva o seu Camião à prova
para uma demonstração. Em exposição vai
estar o Ford Escort RS 1800 da Diabolique e
está igualmente confirmada a presença de
Joaquim Santos.
LMH EM PORTIMÃO
A Ferrari esteve no Autódromo Internacional
do Algarve a testar o Hypercar que vai
apresentar no Campeonato do Mundo de
Resistência da FIA (WEC) do próximo ano.
O novo protótipo da Scuderia anunciou que
completou com sucesso três dias de testes
no circuito de Portimão. Os testes fizeram
parte do programa de desenvolvimento do
carro antes da sua estreia nas 1000 Milhas
de Sebring nos Estados Unidos da América, a
ronda de abertura do WEC em 2023.
Alessandro Pier Guidi, James Calado,
Antonio Fuoco, Miguel Molina e Davide Rigon
revezaram-se aos comandos do carro italiano.
Alguns destes pilotos também participaram
nos testes simultâneos do novo Ferrari 296
GT3. Informou a equipa italiano que “o circuito
do Algarve foi um excelente banco de ensaio
para diferentes tipos de testes”.
As condições meteorológicas ajudaram
durante os três dias de testes, tendo sido
variável ao longo dos dias, significando que
puderam pilotar com sessões em piso seco
alternadas com outras sobre pista molhada.

“Vamos continuar a trabalhar na
edição do próximo ano, a quinqua-
gésima sétima, com vista a garantir,
em conjunto com os nossos parceiros,
um evento com a qualidade que lhe
é reconhecida, esperando, no futuro,
voltar a integrar a competição máxi-
ma dos ralis a nível europeu”, lê-se
no comunicado.
Quando se ficou a saber do que o
Azores Rallye vai sair do Europeu de
Ralis, e tendo em conta os argumentos
aduzidos pelo Promotor do ERC, surgiu
de imediato a dúvida sobre o que iria
suceder com o Rali das Canárias, que
poderia também sair do ERC pelas
CALENDÁRIO DO ELMS 2023
CONFIRMADO
O European Le Mans Series
apresentou o seu calendário para
2023. Serão seis jornadas, com
a ronda final a ter como palco o
Autódromo Internacional do Algarve.
A temporada terá início em Espanha
com os Testes Oficiais e a primeira
ronda no Circuito de Barcelona. Os
Testes Oficiais terão lugar nos dias
19/20 de abril, sendo a primeira
ronda realizada no domingo, 23 de
abril. O Motorland Aragón tornar-se-á
na mais recente adição ao calendário
mesmas razões, mas isso não vai
suceder. Assim, o Rali das Canárias
vai permanecer no ERC e por vários
motivos. Em primeiro lugar porque
a Espanha vai perder em 2023 a sua
prova no WRC, pelo menos por um
ano, e perder também a do ERC seria
demais. Por outro lado, ao contrá-
rio do que sucede com os Açores é
bem mais fácil levar os carros para
diasjoao1962@gmail.com
as Canárias, visto que há ‘ferry’ de
Cádiz e Huelva, favorecendo o Rali das
Canárias. Quanto ao Azores Rallye, e
apesar de ainda não ser conhecido o
calendário do CPR 2023, deve perma-
necer na competição…
ELMS, com o circuito espanhol a
acolher a prova pela noite dentro,
no sábado, 26 de agosto. Depois,
o ELMS regressa à Bélgica para
as 4 Horas de Spa-Francorchamps
para uma corrida no circuito mais
longo e desafiante do calendário, no
domingo, 24 de setembro.
A temporada 2023 terminará com as
4 Horas de Portimão na ‘montanha-
russa’ no Autódromo Internacional
do Algarve, no domingo, 15 de
outubro.
CASSIDY E PREINING TRIUNFAM NO DTM
Nick Cassidy (Ferrari 488 GT3 Evo 2020/
Red Bull AlphaTauri AF Corse) e Thomas
Preining (Porsche 911 GT3 R/Team Bernhard)
dividiram as vitórias da jornada do DTM no
Red Bull Ring.
Cassidy conquistou a vitória na corrida
inaugural do fim de semana. O piloto do
Ferrari arrancou da pole position, apesar
de ter sido apenas o segundo mais rápido
na qualificação, beneficiando de uma
penalização a René Rast (Audi R8 LMS
Evo II/Team ABT), e manteve a liderança
do pelotão durante toda a corrida. O
neozelandês terminou com 2.573s de
vantagem sobre René Rast, que na fase
inicial da corrida conseguiu recuperar do
quarto lugar até à vice-liderança. Mirko
Bortolotti (Lamborghini Huracán GT3
Evo/Grasser Racing Team) foi o terceiro
classificado na corrida 1.
Cassidy ganhou algum terreno de distância
para os seus perseguidores ainda nas
primeiras voltas, enquanto Bortolotti
pressionou Rast toda a primeira metade
da corrida, mas a distância entre os dois
aumentou quando o piloto do Lamborghini
Huracan GT3 Evo sofreu uma paragem lenta
na box.
Na corrida 2, Thomas Preining recuperou
desde o sétimo lugar da grelha de partida
para vencer. O austríaco terminou com 4.6
segundos de vantagem sobre Luca Stolz
C/ CLASSIFICAÇÕES
CORRIDA 1
1 NICK CASSIDY FERRARI
2 RENÉ RAST AUDI
3 MIRKO BORTOLOTTI LAMBORGHINI
4 LUCAS AUER MERCEDES
5 THOMAS PREINING PORSCHE
CORRIDA 2
1 THOMAS PREINING PORSCHE
2 LUCA STOLZ MERCEDES
3 MARO ENGEL MERCEDES
4 ARJUN MAINI MERCEDES
5 PHILIPP ENG BMW
>> autosport.pt
35
(Mercedes-AMG GT3 Evo/AMG Team HRT). Foi
a segunda vitória da temporada de Preining,
depois de ter vencido em Norisring. Maro
Engel (Mercedes-AMG GT3 Evo/ MG Team
GruppeM Racing) foi o terceiro classificado.
Após um arranque de corrida difícil, o
piloto austríaco começou a recuperar
posições, deixando para trás Maximilian
Götz (Mercedes-AMG GT3 Evo /AMG Team
Winward Racing) e Philipp Eng (BMW M4
GT3/Schubert Motorsport). Preining passou
a ser o terceiro classificado quando outros
pilotos começaram a efetuar as suas
paragens obrigatórias.
Ultrapassou ainda Cassidy, segundo
classificado, e pouco depois ascendeu à
liderança por troca com o polesitter Engel.
Conseguiu manter a liderança apesar de
ter parado mais tarde e montado pneus de
chuva.
Stolz terminou no segundo lugar, sendo um
dos primeiros pilotos a parar nas boxes e
a subir de fora dos dez primeiros da grelha
de partida. Já Engel, que aproveitou a
última oportunidade disponível para mudar
também de pneus de chuva para slicks,
fez uma ótima segunda metade da corrida,
ultrapassando vários adversários.
Sheldon van der Linde (BMW M4 GT3/
Schubert Motorsport) viu a sua liderança do
campeonato encurtar, depois de não somar
qualquer ponto em ambas as corridas.
57:42.987
+2.573
+5.917
+6.465
+7.167
58:02.943
+4.640
+10.505
+16.373
+16.481
 >>motosport.com.pt

MOTOGPJAPÃO

JACK MILLER
DOMINADOR
EM MOTEGI
Sem os principais candidatos ao título do MotoGP na luta pela
vitória na corrida do Grande Prémio do Japão, foi Jack Miller
diasjoao1962@gmail.com
(Ducati Lenovo Team) quem brilhou no traçado de Motegi,
terminando com 4.3s de vantagem para o segundo classificado

Pedro André Mendes equipa, mas o piloto português rodou a MARC MÁRQUEZ qualificado no sexto posto, entrou no pi-
motosport@motosport.com.pt maior parte da corrida no quarto posto ASSEGURA POLE POSITION tlane no fi al da volta de aquecimento,
FOTOS Oficiais e RedBull ContentPool com Binder a regressar à terceira posição. Numa sessão de qualificação à chuva, saindo dali para a corrida com outra moto.

J
ack Milleri ultrapassou Brad Binder
(Red Bull KTM Factory Racing) e
Jorge Martín (Pramac Racing) na
fase inicial da corrida e não saiu
mais da liderança, aumentando
de volta para volta a sua vantagem
sobre o piloto da Pramac. Terminou iso-
lado no primeiro lugar, enquanto Binder
pressionou Martín nas últimas voltas da
corrida e ascendeu ao segundo posto fi al.
Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory
Racing) passou pelo terceiro lugar depois
de ultrapassar o seu companheiro de
Oliveira perdeu o quarto posto da classifi-
cação a duas voltas do fimda corrida, após
Marc Márquez (Repsol Honda Team) o ul-
trapassar. O português terminou a corrida
sob pressão de Luca Marini (Mooney VR46
Racing Team), mas conseguiu manter o
quinto posto.
Depois de passarem a corrida muito longe
da frente do pelotão, Fabio Quartararo
(Monster Energy Yamaha MotoGP) e
Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team)
estiveram algum tempo a discutir o oitavo
lugar, mas o piloto da Ducati caiu quando
tentava subir mais uma posição.
Marc Márquez foi o grande herói, con-
quistando a pole position para a corrida
de 24 voltas ao traçado do Circuito de
Motegi, na casa da Honda. Antes da corrida
realizada com piso seco, no Warm Up o
piloto espanhol caiu.
Em plena recuperação no campeonato,
Francesco Bagnaia arrancou do 12º posto
da grelha de partida, enquanto o líder da
classificação Fabio Quartararo saiu da
nona posição, ao lado de Miguel Oliveira
que foi oitavo na qualificação. Também
ainda nas contas do campeonato, Aleix
Espargaró (Aprilia Racing) que se tinha
KTM NA FRENTE DO PELOTÃO
Bons arranques dos pilotos da KTM após
o semáforo se apagar, com Brad Binder a
assumir a liderança do pelotão e Miguel
Oliveira a subir ao quarto posto. Ainda
na volta inicial, Binder foi ultrapassa-
do por Jorge Martín e Oliveira perdeu
a posição para Jack Miller. Um pouco
depois, o piloto luso recuperou o quarto
lugar com troca com Marc Márquez que
baixou algumas posições na fase inicial
da prova japonesa.
Na luta pela segunda posição e ainda
 37

DESTAQUES DA CORRIDA
Jack Miller cumpriu e dominou a corrida
japonesa. Impôs um ritmo muito alto
na frente não permitindo a Jorge Martin
nenhum esboço para tentar recuperar a
liderança do pelotão. Foi um Jack Miller
sem cometer erros e que soube atacar
nas alturas certas. Com uma vantagem tão
grande sobre Martin, o australiano pôde
gerir como quis o seu andamento, sem ter
que forçar sem motivo.
Brad Binder aproveitou bem ter arrancado
tão da frente da grelha. Capitalizou a sua
boa qualificação e mesmo tendo tido umas
primeiras voltas onde perdeu a posição
para Miller e depois para Miguel Oliveira,
sem conseguir acompanhar os dois da
frente, geriu a corrida a partir daí e tirou
dividendos no final, ao ultrapassar Martin e
subir ao pódio no segundo lugar.
Jorge Martin nunca teve andamento para
acompanhar Miller, mas no final da corrida
viu Binder muito mais rápido e perdeu o
diasjoao1962@gmail.com
segundo lugar que tanto tempo segurou.
Perdeu terreno na fase final, em poucas
voltas, que parecia ser suficiente para
terminar no lugar intermédio do pódio.
Miguel Oliveira esteve muito próximo
de poder terminar no pódio, mas as
últimas voltas foram madrastas. Ainda
parecia ser capaz de acompanhar Binder
na recuperação, mas depressa perdeu
o contacto com o seu companheiro
de equipa e viu-se imediatamente
pressionado por Marc Márquez. Tentou
responder à ultrapassagem do espanhol da
Honda, mas nessa discussão Luca Marini
juntou-se ao duo de pilotos e passou a ser
uma ameaça ao quinto posto. Márquez
arrancou mal e baixou algumas posições.
O quarto posto no seu regresso às pistas e
com dificuldades físicas, acaba por ser um
bom resultado.
Sem estarem na frente do pelotão como
tem sido hábito, dos candidatos ao título
do MotoGP, Fabio Quartararo foi quem
tirou mais dividendos no GP do Japão.
Ganhou pontos aos seus adversários
apesar de ter terminado no oitavo posto e
não ter tido uma corrida bem conseguida.
Francesco Bagnaia passou grande parte
da corrida sem conseguir sequer chegar
às dez primeiras posições, mas depois
de conseguir ultrapassar Enea Bastianini
começou a pressionar Quartararo com
a esperança de ‘roubar’ mais pontos ao
líder do campeonato, mas caiu durante o
processo e deitou tudo a perder.
Aleix Espargaró teve uma corrida para
esquecer, que ficou logo decidida na volta
de aquecimento. Teve de parar na box para
trocar de moto, passando para o fundo do
pelotão. Terminou no 16º lugar.

Aleix Espargaró, depois de arrancar no quinto posto a meio segundo do piloto

nas duas primeiras voltas, Miller pres-
sionou Binder e conseguiu ultrapassar
o piloto da KTM pouco depois. Mais uma
volta percorrida e o australiano conse-
guiu passar para a liderança do pelotão,
deixando Martin no segundo posto.
Com os dois da frente do pelotão a dis-
tanciarem-se dos seus perseguidores,
Binder não conseguia impor o mesmo
ritmo e foi ultrapassado pelo seu colega
de equipa, Miguel Oliveira, que estava
bem mais rápido. Atrás de Binder estava
ainda Márquez. Mais atrás, Francesco
Bagnaia tinha subido apenas duas po-
sições nas primeiras sete voltas do GP
do Japão, estando pressionado por Enea
Bastianini (Gresini Racing MotoGP) no
décimo posto.
do pitlane, tentava recuperar posições,
porém estava ainda longe das posições
pontuáveis.
BOM RITMO DE MILLER
Miller impôs um bom ritmo na frente do
pelotão e conseguiu uma pequena vanta-
gem sobre Jorge Martin, que tinha por sua
vez mais de 2,5s de vantagem sobre Brad
Binder, que entretanto tinha ultrapassado
Miguel Oliveira.
Com as posições na frente sem sofrerem
alterações, as atenções centraram-se um
pouco mais atrás no pelotão. Bastianini,
depois de ter deixado Bagnaia para trás,
pressionou Pol Espargaró (Repsol Honda
Team) e conseguiu subir ao nono posto. O
piloto da Ducati oficial imitou o homem da
português.
Mais más notícias para a Suzuki. Álex
Rins teve de desistir com problemas na
moto, regressando à box em ritmo lento.
Nas últimas oito voltas do GP do Japão,
Oliveira perdeu o contacto com Brad
Binder e ficou mais pressionado por
Marc Márquez. Enquanto isso, o piloto
sul-africano da KTM e Jorge Martin fo-
ram avisados pela direção de corrida para
cumprirem os limites de pista.
Um pouco mais atrás, ‘Pecco’ Bagnaia
surpreendeu Enea Bastianini na volta 21
e subiu ao nono posto da classificação.
Foi uma boa manobra de ultrapassagem.
O piloto da Ducati foi ainda a tempo de
pressionar o líder do campeonato, Fabio
Quartararo, mas quando pressionava o

C/ CLASSIFICAÇÃO
Gresini e passou Espargaró assumindo o
décimo lugar.
A moto de Takuya Tsuda, o wildcard da
homem da Yamaha, caiu e deitou tudo
a perder.
Na frente, Brad Binder conseguiu subir
MOTOGP Suzuki no Japão, sofreu um princípio de ao segundo posto depois de recuperar
1º JACK MILLER DUCATI 42:29.174 incêndio, obrigando o piloto a abandonar a desvantagem para Jorge Martin, que
2º BRAD BINDER KTM 3.409 a corrida. terminou no terceiro posto. Um pouco
3º JORGE MARTIN DUCATI 4.136
4º MARC MÁRQUEZ HONDA 7.784 A dez voltas do fi al da corrida, Jack Miller mais atrás, Miguel Oliveira não conseguiu
5º MIGUEL OLIVEIRA KTM 8.185 tinha uma vantagem confortável e do- segurar o ímpeto fi al de Marc Márquez e
minava a corrida japonesa do MotoGP, perdeu o quarto posto para o espanhol. O
CAMPEONATO
1º FABIO QUARTARARO 219 PTS. enquanto Jorge Martin estava numa es- piloto português da KTM deu luta, mas no
2º FRANCESCO BAGNAIA 201 PTS. pécie de ‘terra de ninguém’. Não conse- meio da tentativa de recuperar o lugar viu
3º ALEIX ESPARGARÓ 194 PTS. guia aproximar-se de Miller com mais de Luca Marini a recuperar algum terreno e
4º ENEA BASTIANINI 170 PTS.
5º JACK MILLER 159 PTS.
quatro segundos para o australiano da terminou a defender o quinto posto dos
... Ducati, mas estava longe dos dois pilotos ataques de Marini, que ainda o ultrapassou
11º MIGUEL OLIVEIRA 106 PTS. da KTM, Binder e Oliveira. Márquez seguia por breves instantes.
38
>>motosport.com.pt
MIGUEL
OLIVEIRA
KTM
‘FALCÃO’
SEGURA 5º LUGAR
Depois da frustração da
corrida anterior, Miguel Oliveira
esteve em bom nível no Japão,
começando da melhor forma
a etapa asiática do Mundial
de MotoGP, com o quinto lugar
conquistado em Motegi
Pedro André Mendes
motosport@motosport.com.pt
FOTOS RedBull ContentPool
e KTM Images/Polarity Photo
O
‘Falcão’ repetiu a classificação
do GP Portugal, a sua melhor
classificação do ano se ex-
cluirmos o triunfo no GP da
Indonésia, na segunda etapa
do mundial de motociclismo,
tendo terminado no quinto posto, após
ter passado pelos lugares do pódio. Foi
um excelente resultado para a KTM,
que somou o quinto lugar do português
com a segunda posição de Brad Binder.
Miguel Oliveira continua a ocupar a déci-
ma primeira posição da classificação do
campeonato de pilotos, com menos dois
pontos do que Álex Rins.
QUALIFICAÇÃO FORTE
A sessão de qualificação do Grande Prémio
do Japão ficou marcada pela chuva, que
chegou a adiar algumas das sessões e a
cancelar o terceiro treino, por exemplo.
Com a pista molhada, Miguel Oliveira ves-
diasjoao1962@gmail.com
tiu o seu melhor fato de gala e assegurou
a 8ª posição da grelha de partida.
À chuva, Oliveira comprovou mais uma
vez que se sente confortável com a
pista molhada, já que durante o treino
livre chegou a ocupar uma posição
dentro dos 5 mais rápidos.
Devido à chuva, os pilotos ficaram sem
o terceiro treino livre e saíram mais tar-
de para a qualificação. Na qualificação
2, Miguel Oliveira alcançou a oitava po-
sição, após ter sofrido uma queda nos
minutos fi ais da sessão no
terceiro setor, precisamente
quando, nos dois primei-
ros, registava tempo para
a pole position. Aconteceu
na pior altura essa queda,
não permitindo um melhor
resultado, mas que aconte-
ce a quem procura atacar.
O luso alcançou o tempo
de 1:55m895s, mais 0.681s
que Marc Márquez, que
conquistou a pole position.
‘FALCÃO’ TEVE DE
MOSTRAR AS GARRAS
Miguel Oliveira realizou
mais uma arrancada ca-
nhão na partida da corrida
do GP do Japão e terminou
a primeira volta na quar-
ta posição, atrás de Brad
Binder e à frente de Marc
Márquez, que perdeu algumas posi-
ções nesse momento. Com pneu duro à
frente e atrás, Oliveira mostrou um bom
andamento e na volta 20 ultrapassou o
seu companheiro de equipa, passando
a ocupar o terceiro lugar.
Binder recuperou o lugar quatro voltas
depois, quando os dois líderes do pelo-
tão escapavam aos seus perseguidores.
Binder, Oliveira e, um pouco mais atrás,
Márquez estavam na discussão por um
lugar no pódio nessa altura. Apesar de
manter sempre a pressão sobre Binder, o
sul-africano conseguiu segurar a posição
e até recuperar terreno face a Jorge Martin,
que viria a ultrapassar antes do fi al da
corrida. Miguel Oliveira foi obrigado a man-
ter as defesas em alerta face ao perigo que
Márquez representava, mas a pressão foi
imensa e o espanhol da Honda conseguiu
com sucesso ultrapassar o português.
A resposta de Oliveira a Márquez não foi
possível, já que Luca Marini imiscuiu-se
na luta e chegou mesmo a ultrapassar o
piloto luso da KTM na última volta, tendo
o ‘Falcão’ recuperado de imediato e asse-
gurado a quinta posição.
O tempo entre o GP do Japão e a próxima
ronda é curto e por isso Miguel Oliveira
salientou que prefere pensar já no que
pode fazer na Tailândia no próximo fi
de semana, depois deste quinto lugar.
“Foi uma boa corrida e estou orgulhoso
do desempenho. O ritmo foi um pouco
rápido demais no fi al e eu não consegui
manter o meu quarto lugar, mas tivemos
um bom fim de semana, fomos rápidos
em todas as condições e fi emos uma
boa partida”, disse o piloto de Almada.
“É um passo na direção certa depois de
duas corridas complicadas para mim. Um
resultado decente e esperemos que pos-
samos melhorar o resultado na Tailândia.”
A caravana do MotoGP viaja agora para
a Tailândia, com o Chang International
Circuit a receber a 17ª etapa do Mundial
no próximo domingo, 2 de outubro.
 39

MOTO2JAPÃO
TERCEIRO TRIUNFO DE AI OGURA EM 2022
Um triunfo ‘caseiro’ tirado a ferros por Ai Ogura (Honda
Team Asia), em Motegi, que apesar de muito pressionado
nas voltas finais por Augusto Fernandez (Red Bull KTM
Ajo), conseguiu reduzir a diferença para o líder do
campeonato a meros dois pontos!
Após as primeiras voltas desta 16ª corrida do mundial de
Moto2, Jake Dixon e Augusto Fernandez estiveram numa
luta desenfreada pela quinta posição, com o britânico a
levar a melhor na disputa desse lugar, a 15 minutos do
final da corrida. Somkat Chantra que chegou a liderar,
cai então para o quarto lugar, assumindo Alonso Lopez
a liderança do quarteto da frente, com Ai Ogura e Tony
Arbolino a espreitarem também uma oportunidade para
tomar as rédeas da corrida. A 12 voltas do final, Pedro
Acosta vem na sétima posição, mas dificilmente se antevê
uma repetição do que aconteceu em Aragão onde o piloto
de Murcia recuperou lugares em catadupla. O foco está
na frente da corrida. O japonês Ogura pressiona cada
vez mais o líder e, finalmente, consegue passar Alonso
Lopez a nove voltas do final, começando a descolar
lentamente do espanhol e a sonhar com uma vitória
caseira que lhe poderia valer também subir à liderança
diasjoao1962@gmail.com segundo e meio de vantagem para garantir a sua terceira
da categoria no campeonato. Apercebendo-se dessas
intenções e disposto a não perder a sua posição de
líder, a sete voltas do final, Augusto Fernandez arranca
de faca nos dentes à caça de Alonso Lopez: trocam
C/ CLASSIFICAÇÃO
vitória em 2022, depois dos triunfos em Jerez e Spielberg.
Augusto Fernandez termina na segunda posição, a 1.191
segundos do japonês, enquanto Alonso Lopez consegue a
terceira posição, muito pressionado na derradeira volta
MOTO2
posições constantemente ao longo de várias voltas, 1º AI OGURA KALEX 22 VOLTAS por Jake Dixon. Muito mais atrás do britânico concluem
com Fernandez a ganhar o duelo e a subir ao segundo EM 40:56.269 MIN a corrida Chantra e Tony Arbolino que fecham os seis
2º AUGUSTO FERNÁNDEZ KALEX + 1.192 SEG
lugar. Aproveita essa luta nas suas costas Ai Ogura, que 3º ALONSO LÓPEZ BOSCOSCURO + 7.168 primeiros, na frente de Pedro Acosta que não descolou
aos poucos vai-se distanciando do seu opositor na luta 4º JAKE DIXON KALEX + 7.597 até final da sétima posição. Resultado desolador para
pelo campeonato do mundo, somando mais de segundo 5º SOMKIAT CHANTRA KALEX +12.255 Acosta após a vitória na prova anterior. Albert Arenas, Bo
CAMPEONATO
e meio. Mas Fernandez não atira a toalha ao chão e, ao 1º AUGUSTO FERNÁNDEZ 234 PONTOS Bendsneyder e Filip Salac completam o top-10. A próxima
invés, estabelece a volta mais rápida a quatro voltas do 2º AI OGURA 232 corrida de Moto2 é o Grande Prémio da Tailândia, no
3º ARON CANET 177
final e segue na perseguição do japonês. 4º CELESTINO VIETTI 162 circuito de Chang, segundo dos quatro fins de semana fora
Na entrada para a última volta Ogura aproveita o 5º TONY ARBOLINO 138 da Europa antes da final em Valência. RICARDO FERREIRA

MOTO3JAPÃO
IZAN GUEVARA VENCE E ALARGA VANTAGEM NO CAMPEONATO
Izan Guevara (Autosolar GASGAS Aspar
Team) foi o vencedor da corrida do
Grande Prémio do Japão de Moto3.
O líder do campeonato impôs-se em
C/ CLASSIFICAÇÃO

Motegi, apesar de ter partido do nono MOTO3

lugar da grelha, batendo Dennis Foggia 1º IZAN GUEVARA GASGAS 20 VOLTAS EM 39:26.526 MIN
2º DENNIS FOGGIA HONDA +0,593 SEG
(Leopard Racing) e Ayumu Sasaki 3º AYUMU SASAKI HUSQVARNA +1,741
(Sterilgarda Husqvarna Max) para 4º SERGIO GARCIA GASGAS +9,338
5º DAVID MUÑOZ KTM +9,414
aumentar a sua vantagem na frente do
campeonato. Guevara começava do nono CAMPEONATO
posto, vindo de uma queda no warm up 1º IZAN GUEVARA 254 PONTOS
que obrigou a sua equipa a trabalho 2º SERGIO GARCÍA 209
3º DENNIS FOGGIA 191
extra na moto, mas rapidamente chegou 4º AYUMU SASAKI 174
ao grupo da frente com o seu arranque, 5º JAUME MASIA 155
tendo condições de lutar pela vitória. O
público japonês teve logo uma desilusão quando ainda Até ao final, a história pouco ou nada se alterou, até as investidas de David Muñoz, Diogo Moreira e John
faltavam 16 voltas para o fim, quando Tatsuki Suzuki, que Masia caiu e deixou o grupo dianteiro reduzido a McPhee, que vieram logo a seguir. Mais afastados,
que estava no grupo dos líderes, caiu. Mas a história da três elementos. Após várias voltas com muita calma lá Ryusei Yamanaka, Andrea Migno e Riccardo Rossi
corrida tinha Sasaki, Guevara, Foggia e também Jaume na frente, as lutas ficaram guardadas para os instantes completaram o top-10. Izan Guevara continua assim na
Masia a rodarem na frente, a descolarem de Sergio finais, mas foi Guevara a conseguir vencer. García frente do campeonato, agora com uma vantagem de 45
García, segundo classificado do campeonato. ainda conseguiu salvar um quarto lugar, aguentando pontos para Sergio García. BERNARDO FIGUEIREDO
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MOTO GUZZI
» V100 MANDELLO ‘AVIAZIONE NAVALE’
EDIÇÃO ESPECIAL REVELADA A BORDO DO CAVOUR
No espetacular palco do convés do porta-aviões Cavour,
a Moto Guzzi e a Marinha Italiana celebraram os laços
próximos que os uniram há mais de cem anos

diasjoao1962@gmail.com

Ricardo Ferreira
motosport@motosport.com.pt

R
epleto de tecnologia, o mais re-
cente ‘membro’ da família Moto
Guzzi apresenta uma cor única
inspirada nos caças F-35B, tor-
nando-se o modelo mais mar-
cante da gama V100 Mandello. A
águia-de-asa-aberta, o emblema incon-
fundível da Moto Guzzi desde a sua criação
em 1921, remonta ao serviço militar dos
fundadores da companhia, Carlo Guzzi e
Giorgio Parodi, no Braço Aeronáutico da
Marinha Real Italiana na Primeira Guerra
Mundial. Foi em pleno conflito mundial
que os dois amigos, e o piloto Giovanni
Ravelli, decidiram entrar na produção de
motos assim que o conflito terminasse.
Ravelli morreu num acidente em 1919 e
não conseguiu realizar o seu sonho. Guzzi
e Parodi escolheram a Águia como sím-
bolo em memória do seu companheiro.
Este evento foi uma ocasião emotiva,
que incluiu a antevisão mundial da Moto
Guzzi V100 Mandello ‘Aviazione Navale’,
uma edição limitada numerada especial
da mais recente chegada à família Moto possível graças à Difesa Servizi S.p.A., cedeu à Moto Guzzi o uso da marca homenagem ao ano em que se formou
Guzzi. Uma moto tecnológica ainda mais uma empresa interna do Ministério da “Aviazione Navale” para a produção da o braço de aviação da Marinha Italiana,
marcante nesta versão exclusiva, unindo Defesa italiano, responsável pela oti- V100 Mandello Aviazione Navale. a exclusiva Moto Guzzi V100 Mandello
dois grandes nomes com ligações indis- mização dos ativos do Departamento Produzida numa edição limitada de mo- Aviazione Navale é um modelo único,
solúveis à história de Itália. O projeto foi ao longo dos últimos 10 anos, que con- tos numeradas com a data de 1913, uma a começar pelo seu especial grafis o

diasjoao1962@gmail.com
inspirado nos caças F-35B da Marinha.
Os gráficos são uma reprodução fiel das
aeronaves, com a insígnia de ambos os
lados do depósito, juntamente com as
típicas riscas de “jet intake”. A decoração
é reforçada por um discreto logo com as
cores da bandeira tricolor nas laterais
do depósito de combustível, o emblema
da Aviação Naval italiana e o logótipo da
Unidade de Aeronaves a bordo.
As características do modelo base in-
cluem um sistema de monitorização da
pressão dos pneus e punhos aquecidos,
enquanto o número de série é gravado
a laser no tirante do guiador. Cada uma
das motos vem com a sua própria capa
e uma placa comemorativa.
A Moto Guzzi V100 Mandello abre um
capítulo completamente novo na história
da empresa; ilude a categorização con-
vencional, combinando um desempenho
brilhante com a vocação para as viagens
que está no coração de cada Moto Guzzi.
É o primeiro modelo da marca com aero-
dinâmica adaptativa, com uma platafor-
ma inercial de seis eixos, ABS de curva,
suspensões semi-ativas e Quick-Shift,
só para citar os sistemas mais relevantes.
A V100 Mandello é também a primeira
moto Guzzi alimentada pelo novo mo-
tor de bloco compacto com caracterís-
ticas técnicas sofisticadas. A tradição
41
mantém-se pela arquitetura V-twin
de 90°, que garante a entrega única de
binário e som inimitável dos motores
Guzzi, mas o projeto é completamente
novo e oferece um desempenho im-
pressionantemente brilhante: potência
de 115 cv e binário de 105 Nm, com 82%
já disponível às 3.500 rpm.
O PORTA-AVIÕES CAVOUR
O Cavour (CVH 550) é um porta-aviões
que entrou ao serviço da Marinha Italiana
em 2009. Com uma LOA de 244 metros
e 220 metros de pista, o Cavour é o na-
vio-almirante da Marinha Italiana, e um
dos investimentos tecnológicos mais im-
portantes do sistema de defesa nacional
do país. O Cavour é capaz de embarcar e
operar com todas as aeronaves utilizadas
pela Marinha Italiana: helicópteros (AB
212, EH 101, NH 90), aviões AV-8B e aviões
de última geração, como os caças F-35B.
O convés de voo estende-se de proa a
popa com uma pista paralela ao eixo lon-
gitudinal da transportadora e um salto
de esqui, para garantir que as aeronaves
podem descolar com a carga máxima.
O hangar foi concebido para aguentar
até 12 helicópteros ou, em alternativa,
8 aeronaves. O Cavour é tripulado por
uma tripulação fi a de 550 marinheiros
e pode acomodar até 1.200.
42
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KTM
» 890 ADVENTURE R 2023
O PRÓXIMO NÍVEL
Para assegurar que a KTM 890 Adventure R ficaria
uma moto de aventura ainda mais capaz nos terrenos
mais difíceis, a casa de Mattighofen introduziu uma série
de atualizações técnicas e eletrónicas para 2023
Ricardo Ferreira
motosport@motosport.com.pt
A
novidade da marca austríaca
foi revelada na topografia
acidentada do Idaho oci-
dental, nos EUA, a todos os
aventureiros participantes
no evento KTM Adventure
Rider Rally 2022, pondo à prova o po-
tencial da nova 890 Adventure R no
coração das montanhas de Idaho.
Chegando como nova para 2023, a KTM
890 Adventure R recebe agora os garfos
WP XPLOR totalmente ajustáveis e o
amortecedor traseiro WP XPLOR PDS,
inspirado na fera do Rally Dakar da em-
presa, a KTM 450 Rally. Todo o exterior
foi redesenhado e por isso a KTM 890
Adventure R apresenta novos pásticos,
depósito de combustível revisto e ca-
renagem modificada para aumentar a
aerodinâmica e a ergonomia da moto.
Também fica claro o novo pára-brisas
rebaixado, o guarda-lamas dianteiro
alto e uma nova proteção do motor,
ideais para o terreno técnico mais
duro. Além disso, a nova instrumen-
tação TFT de 5 polegadas - equipada
com tomadas USB-C - apresenta um
aspeto completamente novo com pic-
togramas, cores e gráficos intuitivos
para uma fácil navegação no menu.
As últimas atualizações fornecem
um sistema de navegação “turn-by-
-turn plus” altamente desenvolvido
que permite ao condutor escolher o
destino preferido de entre as suas
últimas seleções. Uma nova função
de chamada de saída também permite
uma opção de chamada para favoritos,
com um máximo de 10 números, ou a
opção de chamar um dos últimos 10
números gravados.
Para elevar o potencial do software
e da eletrónica a novos níveis, a KTM
também incluiu a nova geração da
unidade de controlo ABS, que leva a
informação captada pelo sensor 6D
- que informa continuamente a CMU
sobre o ângulo, inclinação, velocidade
e comportamento geral da moto - a
aplicar a quantidade correta de força
de travagem em qualquer situação diasjoao1962@gmail.com
específica. Aqueles que forem expe-
rimentar o potencial off oad da moto,
podem contar com o ABS Off oad como
uma caraterística integrada no Offroad
Mode, ou no opcional Rally Mode, sem
a necessidade de seleccionar o ABS
Off oad separadamente.
Quando a pista se alarga e a KTM 890
Adventure R passa a devorar quiló-
metros, esta versão 2023 proporciona
grande conforto graças ao assento de
uma só peça com novas cores, que
continua a oferecer um design cen-
trado na mobilidade e aderência. A
nova escolha de pneus Mitas Enduro
Trail+ para as versões internacional
e europeia oferece uma maior resis-
tência ao desgaste. Os aventureiros
americanos também obtêm melhor
visibilidade graças aos sinais de vira-
gem em estilo LED para complementar
o impacto gráfico revitalizado desta
versão 2023.
A KTM aproveitou ainda as capacida-
des eletrónicas evoluídas da renovada
890 Adventure R para instalar um novo
Mode Demo, visto pela primeira vez
neste modelo 2023. A nova Adventure
R permitirá aos utilizadores utilizar
gratuitamente todas as características
e opções disponíveis para os primeiros
1500 quilómetros, antes de o cavaleiro
decidir que pacote ou características
comprar. Graças à opção de configu-
ração Demo Mode, os aventureiros
podem sentir e experimentar todas as
possibilidades da moto da sua escolha.
No entanto, apesar de todas estas
alterações, a KTM 890 Adventure R
continua a produzir 105cv às 8.000
rpm de potência máxima e 100Nm
a 6.500rpm como pico de binário no
seu motor de 8 válvulas de 4 tempos
e 889cc.

SCRAMBLER DUCATI
CHEGA ÀS 100 MIL UNIDADES
O número de motos Scrambler Ducati en-
tregues aos fãs de todo o mundo, chegou
agora às 100.000. Um marco importante,
alcançado precisamente no ano em que
se celebra o 60º aniversário do nasci-
mento do primeiro e histórico modelo.
A Ducati relançou o projeto Scrambler em
2015, pegando em todos os ingredientes
da moto original de 1960 e dando vida
a um novo mundo, chamado ‘Land of
Joy’, onde valores, experiências e ideais
podem ser partilhados. Um universo no
qual as verdadeiras estrelas não são
as motos e a performance, mas sim
as pessoas e as suas paixões. Desde o
ano da sua chegada, a Scrambler Ducati
representou uma verdadeira referên-
43
diasjoao1962@gmail.com
cia, uma nova tendência e uma nova
interpretação do mundo motociclístico.
Historicamente feita a pedido dos ir-
mãos Berliner, importadores da Ducati
para os Estados Unidos na década de
1960, que pretendiam um modelo que
se adaptasse aos gostos dos motociclis-
tas americanos, a primeira Scrambler
Ducati entrou em produção em 1962
e terminou em 1975. A moto alcançou
de imediato um grande sucesso, devido
também às suas características técni- cluindo a primeira Scrambler Ducati Icon Dark foram depois acrescentadas.
cas, mas, principalmente, graças à sua Icon e as versões Urban Enduro, Full Completando a família da Land of Joy
atitude capaz de incorporar o espírito Th ottle, Street Classic e Classic, às estão as recentes e mais contemporâ-
inconformista e rebelde daqueles anos. quais a Mach 2.0, a edição limitada in- neas 1100 Tribute PRO, Urban Motard e
A Ducati propôs muitas interpreta- dependente Italia, a Flat Track PRO, a Nightshift, que representam uma ver-
ções diferentes a partir de 2015, in- Café Racer, a Desert Sled, a Sixty2 e a dadeira concentração de apelo e estilo.
44

AUTO+

mais

diasjoao1962@gmail.com

FERRARI
André Mendes primeira grande diferença está mesmo
andre.mendes@automais.pt nas proporções. É que, enquanto os

A
cinco metros de comprimento e dois de
Ferrari foi uma das resis- largura não são totalmente estranhos,

» PUROSANGUE tentes, afirmando até há

“SE NÃO OS CONSEGUES VENCER…”
Finalmente, aconteceu. A Ferrari aderiu à moda dos SUV
com a chegada do seu Purosangue. Mas este SUV, além de
quatro lugares, inclui um motor V12 com 725 cavalos
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT
pouco tempo que um SUV
não estaria certamente nos
seus planos. No entanto, os
tempos mudam, e tal como
a Porsche, a Lamborghini ou a Aston
Martin, também a marca de Maranello
conta agora com um SUV na sua gama.
Chama-se Purosangue e acaba de ser
apresentado com um visual bastante
musculado e uma configuração de
quatro portas em que mal damos pelas
traseiras.
O novo Ferrari Purosangue é um
verdadeiro desportivo produzido em
Maranello, a marca fez questão de o
afir ar com o desenho da carroçaria,
mesmo antes de o vermos de perto. A
os quase 1,6 metros de altura já não são
assim tão frequentes nos modelos que
ostentam o Cavallino.
A imagem de família consegue ser um
pouco mais visível se olharmos para
as linhas do Ferrari Roma, ainda que
este SUV ostente uma imagem muito
própria e poderosa, que esconde as
suas dimensões da melhor forma. O
tamanho das jantes, por exemplo, é de
22 polegadas de diâmetro nas rodas
da frente e de 23 nas rodas traseiras,
além estarem “emolduradas” em ar-
cos laterais produzidos em fibra de
carbono, que lhe conferem um visual
ainda mais agressivo.
A bordo, há quatro lugares, cada um
deles com direito a um assento despor-

tivo e com regulações elétricas, e para
aceder ao habitáculo estão disponíveis
quatro portas, sendo que as traseiras
abrem no sentido contrário às da frente
e com um sistema de abertura e fecho
automáticos. Nos lugares da frente,
claro que o condutor tem o lugar de
maior destaque, mas o tablier é per-
feitamente simétrico e também inclui
uma instrumentação para o passageiro,
entre diversos outros luxos.
SINFONIA V12 NÃO ELETRIFICADA
Lá na frente, e contrariando mais uma
vez as tendências, está um motor V12
de 6,5 litros, a gasolina, que não recorre
à sobrealimentação nem à eletrificação
para conseguir uma potência máxima
de 725 cavalos. Os 716 Nm de binário
estão disponíveis apenas a partir das
6250 rpm, sendo que a potência máxi-
ma é obtida 1500 rpm acima deste valor
diasjoao1962@gmail.com
e o regime máximo do V12 anda pelas
8250 rpm. As duas bancadas de cilin-
dros estão afastadas uma da outra num
ângulo de 65 graus e tanto os sistemas
de admissão e escape foram totalmente
redesenhados para este modelo, sendo
que um dos destaques e um dos pon-
tos em que os engenheiros da marca
gastaram algum tempo foi mesmo na
sonoridade do sistema de escape que
é totalmente simétrico desde o motor
até às saídas traseiras, para que o V12
soe tão bem quanto possível.
A caixa de velocidades é uma atualiza-
ção da automática F1, contando agora
com dupla embraiagem e oito relações,
com a última a assumir um papel mais
estradista e descontraído para as via-
gens mais longas. A tração às quatro
rodas é feita com um sistema inspirado
no já usado no GT4 Lusso, mas com as
configurações mais recentes usadas
no SF90 Stradale e com o sistema de
quatro rodas direcionais que está pre-
sente no 812 Competizione. Em termos
de eficácia, o sistema de vetorização de
binário integra uma combinação entre o
eixo dianteiro e o diferencial eletrónico
do eixo posterior, mas também com
uma ajuda do sistema de quatro rodas
direcionais, com o objetivo de ajustar da
melhor forma as forças laterais.
NÚMEROS INCRÍVEIS
APESAR DO FORMATO
Claro que a grande maioria do trabalho
dos engenheiros da Ferrari só pode ser
descoberto ao volante do Purosangue,
numa estrada sinuosa de montanha e
com um pouco da janela aberta para
ir ouvindo o som do motor da melhor
forma. Para já, limitamo-nos apenas a
transmitir-lhe os números que conhe-
cemos na ficha técnica deste modelo,
> > a u t o s p o r t . p t /a u t o m a i s
45
tais como a velocidade máxima aci-
ma dos 310 km/h, a aceleração dos 0
aos 100 km/h em 3,3 segundos e dos
0 aos 200 km/h em 10,6 segundos,
num modelo que pesa mais de duas
toneladas. A eficácia do sistema de
travagem traduz-se nos 32,8 metros
necessários para o Purosangue se
imobilizar quando circula 100 km/h
e nos 129 metros que usa para fazer o
mesmo, mas circulando a 200 km/h.
Como em todos os Ferrari, as hipó-
teses de personalização são diver-
sas, permitindo que cada uma das
unidades do Purosangue fique mais
ao gosto de cada cliente. Há novas
cores, específicas para este modelo e
outros equipamentos em estreia, tais
como o sistema de som Burmester 3D
High-End ou as ligações a dispositivos
externos, através de Apple CarPlay ou
Android Auto.
AUTO+

mais
NOTÍCIAS

futuro imediato. Inspirámo-nos, mais uma vez, na nossa rica

diasjoao1962@gmail.com
história – tal como fizemos com o nosso novo ‘design’, aclamado
pela crítica - e demos-lhe um toque moderno. No futuro, a
sigla GSe não será apenas sinónimo de automóveis dinâmicos
e prazer de condução, passando também a representar o
conceito ‘Grand Sport electric’, em total alinhamento com os

MODELOS MAIS DINÂMICOS nossos ambiciosos planos de nos tornarmos numa marca
100% elétrica”, declarou Florian Huettl, CEO da Opel.

DA OPEL VÃO VOLTAR A INCLUIR

Estas novas versões de visual e atitude mais desportivas vão
contar com um visual muito inspirado no Manta GSe, o concept
futurista construído com base no modelo dos anos 70 e que

A DESIGNAÇÃO GSE foi bastante elogiado no seu lançamento, o momento em que

A Opel acaba de anunciar que vai relançar a submarca
GSe, destinada aos seus modelos de características mais
desportivas. Mas agora, o ‘e’ também significa Electric.
Para os seguidores mais atentos da marca Opel, a designação
GSE está longe de parecer estranha, uma vez que era esta a
que estava presente nos modelos mais desejados da marca
há algumas décadas. Ainda hoje relembramos alguns deles,
tais como o Commodore GS/E ou o Monza GSE e também o
mais recente Manta GSe. Mas enquanto nos dois primeiros
esta sigla se referia a “Grand Sport Einspritzung” (Grand Sport
Injection), no Concept do Manta mais recente e em futuros
modelos da marca, esta mesma combinação de letras vai-se
transformar em Grand Sport Electric e será usada como a nova
submarca de opções mais desportivas da Opel.
“É com imenso prazer que anuncio o regresso da designação
GSe como a nossa submarca topo de gama e desportiva, no
ficámos a conhecer a nova identidade visual da marca. Mas
afinal, este Manta GSe ainda contava com mais surpresas.
Além do visual, as versões desta nova submarca GSe vão
também contar com um maior aprumo em termos dinâmicos,
fazendo com que o seu prazer de condução seja ainda mais
cativante. Isso inclui uma nova configuração do chassis e
diversas melhorias neste mesmo sentido, mas sempre usando
as versões eletrificadas com que a marca pretende construir
toda a sua nova gama de modelos. Segundo a própria Opel, até
2024, todos os seus modelos serão eletrificados, sendo que
muitos dos seus modelos atuais já incluem versões híbridas ou
mesmo totalmente elétricas.

KIA JÁ INICIOU A PRODUÇÃO DO NOVO XCEED NA REMODELADA FÁBRICA DE ZILINA

A nova geração do Kia XCeed já está
a ser produzida a grande ritmo na
Eslováquia e as primeiras unidades
devem chegar ao mercado nacional no
próximo mês de outubro.
A fábrica da Kia em Zilina, na
Eslováquia, é uma unidade de grande
importância para este construtor sul
coreano, uma vez que é aqui que se
constroem modelos como este novo
XCeed, mas também o SUV Sportage, e
todos na mesma linha de produção.
Para que isso aconteça de uma
forma mais fluída e com um nível
de qualidade mais elevado, a marca
fez um investimento considerável
nesta unidade industrial, adicionando
mais 40 robôs nas zonas da pintura,
mas também na área da montagem.
Além da melhoria na capacidade de
produção, a marca está também
focada em obter técnicas de produção
mais eficientes e sustentáveis.
Neste capítulo, destaca-se o facto
de a fábrica de Zilina usar 100% de
energias renováveis, mas também os
métodos de reutilização da água e do
calor da secção de pintura, diminuindo
o desperdício e o gasto de energia.
Quanto ao novo Kia XCeed, que
deverá chegar a Portugal em
outubro, será a primeira vez que
este modelo ficará disponível com o
nível de equipamento GT Line, com
diversas diferenças face às outras
versões, mas também com sistemas
híbridos plug-in, que lhe permitem
uma autonomia máxima em modo
totalmente elétrico a rondar os 60
quilómetros em modo urbano.
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ENCOMENDAS DO RENAULT
AUSTRAL ABRIRAM
NO DIA 20 DE SETEMBRO
O novo SUV da Renault deverá chegar ao mercado nacional no início
do próximo ano, mas as encomendas já abriram no passado dia 20.
Os preços desta nova opção começam nos 33.300 euros.
Uma vez que os SUV continuam a mover o mundo automóvel, este
é um dos lançamentos mais antecipados da marca francesa nos
últimos tempos. O visual global do novo Austral já inclui muitos dos
detalhes que conhecemos com o novo Mégane E-Tech, tal como o
sistema multimédia R-Link com os seus dois enormes monitores
existentes a bordo e que inclui a ligação aos mais variados
serviços da Google.
A versão de acesso à gama será a ‘equilibre’, com um preço de
33.300 euros quando em conjunto com a versão mild hybrid de 140
cavalos, mas a maior aposta da marca será mesmo no patamar
seguinte, o ‘techno’, que já inclui mais equipamento de série e mais
alternativas em termos de motorização. Para este, a Renault tem
previsto um plano com uma entrada inicial de 6.600 euros com
uma prestação mensal a partir dos 360 euros.
Mas já que tocámos no assunto das motorizações, aproveitamos
para referir que o novo Austral apenas estará disponível com
motorizações eletrificadas a gasolina, divididas entre versões mild
hybrid de 140 e 160 cavalos, com caixa de velocidades manual ou
automática, mas também com as versões híbridas que incluem
sistemas com 160 ou 200 cavalos de potência máxima combinada.
No topo da oferta, em termos de equipamento e visual, vão estar
as versões com um visual inspirado pela Alpine, uma estreia com
este modelo, que inclui apontamentos mais desportivos e uma
imagem global um pouco mais cativante. Em termos de preços, o
valor mais elevado da gama é de 45.300 euros, referente à versão
‘iconic’ com o pack ‘esprit Alpine’, e que está equipada com o
sistema híbrido de 200 cavalos.
Tal como já referimos, o início das encomendas do novo Renault
Austral foi no passado dia 20 de setembro, sendo que as primeiras
unidades deste modelo só devem começar a chegar ao mercado
nacional no início de 2023.
PEUGEOT 308 E 308 BREAK VÃO PASSAR A
TER UMA VERSÃO TOTALMENTE ELÉTRICA
A nova geração do Peugeot 308 e os seus dois
formatos de carroçaria, vão adicionar uma versão
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totalmente elétrica à sua gama em meados do
próximo ano.
A família 308, da Peugeot, vai receber novos elementos
em 2023. Contam com os mesmos formatos de
carroçaria já existentes, o de cinco portas e a carrinha,
mas incluem uma motorização totalmente elétrica,
com uma autonomia acima dos 400 quilómetros.
A eletrificação é algo que já faz parte da gama 308
desde o início da sua comercialização, uma vez
que as versões híbridas plug-in são as de maior
destaque nesta gama. Com a chegada da carrinha
ao mercado nacional, voltou-se a confirmar esta
tendência, mas a cereja no topo do bolo fica mesmo
a cargo das versões totalmente elétricas desta
gama, sendo que a carrinha é mesmo uma novidade
absoluta neste segmento.
Visualmente, estas novas versões e-308 são
praticamente iguais às que já conhecemos, com toda
a agressividade deste novo modelo e com a presença
do novo logo da marca. Nas versões totalmente
elétricas, que serão disponibilizadas com os níveis de
equipamento Allure e GT, além da designação com um
‘e’ minúsculo colado na tampa da bagageira, há apenas
a destacar as novas jantes de liga leve de 18 polegadas
e um ligeiro ajuste na aerodinâmica de forma a
melhorar o desempenho do sistema elétrico.
O motor que equipa estas novas versões é totalmente
novo e oferece uma potência máxima de 156 cavalos
e 260 Nm de binário. É alimentado por um sistema de
400 V, que inclui uma bateria de 54 kWh e já composta
por 80% de Níquel, 10% de Manganês e 10% de Cobalto.
A otimização de funcionamento de todo o sistema fez
com que os engenheiros da marca tivessem estudado
todos os componentes, com o objetivo de tentar obter
o máximo de eficiência do mesmo. E no que diz respeito
a consumos, o valor médio indicado para este modelo
é de apenas 12,7 kWh para cada 100 quilómetros,
resultando numa autonomia máxima acima dos 400
quilómetros.
A tomada de carregamento do sistema aceita todos
os modos disponíveis, incluindo os dos postos de
carregamento rápido em que, com uma potência de
100 kW, consegue passar a carga da bateria dos 20
para os 80 por cento em menos de 25 minutos.
A chegada ao mercado das versões totalmente
elétricas do Peugeot 308 está prevista para meados do
próximo ano, sendo que nessa altura, a sua aquisição
já poderá ser feita totalmente online, a partir de um
computador ou mesmo do smartphone, com todos os
passos que costumam estar incluídos num processo
de compra de um automóvel e até a possibilidade de o
receber em casa, sem qualquer custo acrescido.

Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-

E/
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro,
Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto
Editorial da publicação periódica AutoSport:
1. O AutoSport é um semanário dedicado
ao automóvel e aos automobilistas, nas
suas mais distintas vertentes: desporto e
competição, comércio, indústria, segurança
E S TAT U T O e problemática rodoviária. O AutoSport
EDITORIAL edita, semanalmente, conteúdos sobre as
tomóvel disputadas em território nacional
e no estrangeiro, relata acontecimentos
ligados à competição automóvel, bem como
temas que versam o automóvel como bem
de consumo, tanto na área industrial como
comercial.
2. O AutoSport está comprometido com
o exercício de um jornalismo formativo e
informativo e procura oferecer aos seus
e de qualidade, opinando sobre tudo o
que se passa na área do automóvel e dos
automobilistas, numa perspetiva plural,
recusando o sensacionalismo e respeitan-
do a esfera da privacidade dos cidadãos.
3. O AutoSport pauta as suas opções edito-
riais por critérios de atualidade, interesse
informativo e qualidade, procurando apre-
sentar aos seus leitores a mais completa
ciosos, com total abertura à interativi-
dade com a sua comunidade de leitores.
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tado pela isenção, sem comprometimentos
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