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Todo o sistema simbólico da astrologia se baseia nos aspectos do céu visível que servem
para medir o tempo. Daremos a seguir uma lista desses aspectos, com suas principais propriedades.
Os Signos
Os signos são subdivisões da Eclíptica, definidos por um processo puramente geométrico de
divisão do círculo em doze partes a partir do ponto vernal, ou seja, de um dos pontos em que a
Eclíptica cruza o Equador celeste — o ponto no qual o Sol se encontra quando do equinócio de
primavera no hemisfério norte (equinócio de outono no hemisfério sul). Os signos, portanto, não
são conjuntos de estrelas, mas divisões geométricas da Eclíptica.
ÁRIES
TOURO
Símbolo: B A cabeça do touro ou da vaca, com chifres em forma de crescente lunar.
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Pouco importa que esse seja somente o círculo aparente descrito pelo Sol; o fato é que o tempo, na Terra, é medido
exatamente por esse círculo “aparente”.
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Elemento: Terra
Qualidades Primárias: Secura e Frieza
Ordem: Fixo
Gênero: Feminino
Regente: Vênus
Exaltação: Lua
Exílio: Marte
Queda: —
Clima: No hemisfério norte, a época em que as plantas aprofundam suas raízes e se firmam
e fortalecem sobre a terra. No sul do Brasil, o exato ponto intermediário entre a pujança do
verão e o recolhimento do inverno, a época em que a vegetação se estabiliza depois de
atingir o seu máximo crescimento, o que lhe define as formas e ressalta as cores.
GÊMEOS
Símbolo: C Os gêmeos são representados pelos dois traços verticais ou, de preferência,
pelos horizontais, pois trata-se sempre de um par de gêmeos não idênticos: um mortal e
outro imortal (os Dióscuros), um homem e uma mulher (Apolo e Ártemis), etc.
Elemento: Ar
Qualidades Sensíveis: Umidade e Calor
Ordem: Mutável
Gênero: Masculino
Regente: Mercúrio
Exaltação: —
Exílio: Júpiter
Queda: —
Clima: No hemisfério norte, a época em que os brotos se diferenciam em caule, folha e
botão de flor. No sul do Brasil, a época em que as árvores decíduas começam a perder suas
folhas e, de maneira geral, em que a vegetação velha morre; os ventos de outono, que
agitam a vegetação para que caiam as partes caducas.
CÂNCER
LEÃO
VIRGEM
LIBRA
Símbolo: G A balança.
Elemento: Ar
Qualidades Primárias: Umidade e Secura
Ordem: Cardinal
Gênero: Masculino
Regente: Vênus
Exaltação: Saturno
Exílio: Marte
Queda: Sol
Clima: Época temperada, nem muito fria, nem muito quente. No sul do Brasil, o ar já está
quente, mas as águas dos rios, por exemplo, ainda estão frias. Aparecem as primeiras flores.
ESCORPIÃO
SAGITÁRIO
Símbolo: I A flecha do centauro-arqueiro.
Elemento: Fogo
Qualidades Primárias: Calor e Secura
Ordem: Mutável
Gênero: Masculino
Regente: Júpiter
Exaltação: —
Exílio: Mercúrio
Queda: —
Clima: No sul do Brasil, época quente, mas de um calor que, por não ser excessivo, incita à
atividade e não à preguiça.
CAPRICÓRNIO
AQUÁRIO
Símbolo: K Dupla sequência de ondas.
Elemento: Ar
Qualidades Primárias: Umidade e Calor
Ordem: Fixo
Gênero: Masculino
Regente: Saturno
Exaltação: —
Exílio: Sol
Queda: —
Clima: No hemisfério norte, o começo da preparação da terra para a semeadura. No sul do
Brasil, o calor de verão do mês de Aquário se distingue pelo caráter incisivo e cortante dos
raios solares. Ao passo que em Capricórnio o calor é como um bloco que comprime o corpo
por todos os lados, em Aquário é mais fruto da ação aguda do Sol.
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PEIXES
Símbolo: L Dois peixes nadando em direções opostas.
Elemento: Água
Qualidades Primárias: Frieza e Umidade
Ordem: Mutável
Gênero: Feminino
Regente: Júpiter
Exaltação: Vênus
Exílio: Mercúrio
Queda: Mercúrio
Clima: No hemisfério norte, o abrandamento do frio do inverno. No sul do Brasil, o signo
de Peixes se faz sentir principalmente num frescor e transparência do ar no mês que lhe
corresponde.
Os Planetas
A Astrologia Tradicional só leva em consideração os planetas visíveis, pois os elementos do
seu sistema simbólico são exatamente os fenômenos que servem para medir o tempo desde a
origem da astrologia; ora, não se pode medir o tempo com planetas invisíveis.
LUA
Símbolo: r
Qualidades: Fria (normal) e úmida (-)
Ciclo: 28 dias
Luminar Noturno e Passivo
Séquito: Noturno
Aspecto: De cor branca mas luminosidade azulada (as coisas por ela iluminadas ficam todas
com um mesmo tom azulado), cresce e diminui, chegando a desaparecer; é o mais rápido
dos planetas.
Traço Simbólico: Princípio passivo de geração, nutrição e crescimento.
MERCÚRIO
Símbolo: s
Qualidades: Seco (normal) e frio (-)
Ciclo: o mesmo do Sol, com ciclo de anomalia de 88 dias
Neutro ou Duplo
Séquito: Diurno quando nasce antes do Sol e Noturno quando nasce depois do Sol.
Aspecto: Aparece só antes do nascer do Sol e depois do pôr do Sol; tem uma luminosidade
cintilante, como se estivesse emitindo faíscas.
Traço Simbólico: Princípio de adaptação, articulação, relação e comunicação.
VÊNUS
Símbolo: t
Qualidades: Úmida (+) e quente (-)
Ciclo: O mesmo do Sol, com ciclo de anomalia de 223 dias
Benéfico Menor
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Séquito: Noturno
Aspecto: Aparece só antes do nascer do Sol e depois do pôr do Sol, como Estrela da Manhã
e Estrela da Tarde; depois do Sol e da Lua, é o astro mais brilhante do firmamento. Seu
brilho caracteriza-se pela suavidade e doçura.
Traço Simbólico: Princípio de atração e união.
SOL
Símbolo: q
Qualidades: quente (+) e seco (normal)
Ciclo: 1 ano
Luminar Diurno e Ativo
Séquito: Diurno
Aspecto: De luz amarela quente, o mais brilhante; evidencia em cada coisa sua cor própria;
tem luz e calor.
Traço Simbólico: Princípio ativo da geração, poder e carisma.
MARTE
Símbolo: u
Qualidades: Seco (++) e quente (+)
Ciclo: 686 dias
Maléfico Menor
Séquito: Noturno
Aspecto: Luz avermelhada; é, dos planetas, o que tem a cor mais intensa e mais quente.
Traço Simbólico: Princípio de combate, esforço e superação.
JÚPITER
Símbolo: v
Qualidades: Quente (+) e úmido (-)
Ciclo: 12 anos
Benéfico Maior
Séquito: Diurno
Aspecto: Depois de Vênus, é o planeta mais brilhante, de luz branco-azulada. Sua luz tem
uma qualidade irradiante.
Traço Simbólico: Princípio de expansão e plenitude, facilidade.
SATURNO
Símbolo: w
Qualidades: Frio (++) e seco (+)
Ciclo: 29 anos e meio
Maléfico Maior
Séquito: Diurno
Aspecto: É o menos brilhante dos planetas e tem a cor amarelo-pálida.
Traço Simbólico: Princípio de contração e limite, dificuldade.
As Casas
As casas são uma divisão do Zodíaco em doze partes, feita a partir do horizonte, que corta o
Zodíaco em duas metades, uma acima do horizonte e outra abaixo, e do grande círculo do
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meridiano (a projeção vertical, sobre a esfera celeste, da linha norte-sul), que corta o Zodíaco
também em duas partes, uma oriental e outra ocidental. Os quatro quadrantes assim obtidos são por
sua vez divididos em três, e o Ascendente é o ponto de interseção do zodíaco com o horizonte
oriental.
A CASA I ou ASCENDENTE representa a qualidade distintiva do sujeito ou objeto
representado pelo mapa, aquilo que ele torna presente no mundo.
A CASA II representa os meios necessários para sustentar, reforçar ou manter presente a
qualidade representada pela Casa I.
A CASA III representa as relações de semelhança e diferença entre a qualidade que o sujeito
torna presente, representada pela casa I, e as qualidades dos outros seres. – articulação,
comunicação, troca
A CASA IV ou FUNDO DO CÉU representa o limite último de manifestação da qualidade
representada pela Casa I. Esse limite é tradicionalmente entendido de dois modos: como um
limite espacial, e nesse caso a Casa IV representa o lugar próprio da qualidade representada
pela Casa I; ou como um limite temporal anterior, ou seja, o passado, os antepassados e a
história do sujeito.
A CASA V representa as capacidades de realização do sujeito, o que ele mesmo pode criar
ou tornar presente no mundo.
A CASA VI representa os recursos pelos quais essas capacidades podem se tornar
permanentes ou maximamente eficientes.
A CASA VII ou DESCENDENTE representa as relações de harmonia e desarmonia entre a
realização das capacidades do sujeito e as realizações das capacidades dos outros seres.
A CASA VIII representa o limite da capacidade de realização do sujeito, ou seja, por um lado,
o aspecto sob o qual as realizações se tornam um limite para o próprio sujeito (o caráter
maléfico das realizações) e, por outro lado, a morte.
A CASA IX representa os fins ou ideais que orientam a realização das capacidades do
sujeito.
A CASA X ou MEIO DO CÉU representa os meios pelos quais esses ideais se efetivam ou se
fixam na vida do sujeito.
A CASA XI representa as relações de conveniência ou inconveniência entre os fins e ideais
que orientam as realizações do sujeito e os que orientam as realizações de outros seres.
A CASA XII representa o limite de realização dos ideais e, logo, as provações que o
sujeito encontra em sua vida.
As Casas I, IV, VII e X são angulares e qualquer planeta situado nelas se encontra
fortalecido. As casas II, V, VIII e XI são sucedentes, e os planetas nelas situados têm um
grau intermediário de poder. As casas III, VI, IX e XII são cadentes, e, em princípio, os
planetas nelas situados se encontram enfraquecidos. Mais detalhes sobre as casas estão na
Tabelas de Dignidades Acidentais.
Os Aspectos
O simbolismo dos aspectos é derivado das relações entre as qualidades dos signos que
formam entre si determinados ângulos, que são sempre divisões exatas do círculo.
A conjunção (!)é a divisão do círculo por 1 (360o ou 0o), e representa justamente a
conjunção de dois princípios que tendem a realizar o mesmo objetivo. A conjunção desses dois
princípios nem sempre é benéfica, pois, embora o seu fim seja o mesmo, eles podem ser
naturalmente incompatíveis entre si.
A oposição (") é a divisão do círculo por 2 (180 o), e representa justamente a oposição ou
incompatibilidade entre dois princípios que tendem à realização de objetivos contrários. – cabo de
guerra
O trígono ($)é a divisão do círculo por 3 (120o), e representa a harmonia entre dois
princípios que tendem à realização de fins diferentes mas complementares.
A quadratura (#)é a divisão do círculo por 4 (90o), e representa a luta e a tensão entre dois
princípios que procuram, cada qual, subordinar a ação do outro à sua ação.
O sextil (') é a divisão do círculo por 6 (60 o), e representa as oportunidades que dois
princípios oferecem um ao outro e que facilitam as realizações próprias desses princípios; as
tendências dos dois princípios não são necessariamente complementares ou harmônicas, mas
acidentalmente colaboram entre si.
Os ângulos dos aspectos apresentam uma certa elasticidade, ou seja, podem variar um pouco
para mais ou para menos, dependendo dos objetos que formam esses ângulos entre si. Essa variação
possível chama-se orbe. O maior orbe é o do Sol, que chega a 16 o para mais ou para menos (em
relação ao ângulo-base do aspecto considerado). O orbe da Lua é de 12 o; o de Júpiter, 10o30’; o de
Saturno, 9o30’; o de Marte, 7o30’; o de Vênus, 8o; o de Mercúrio, 7o; o das casas angulares, 5o; o
das outras casas, 3o; o das partes, 2o. Para saber o orbe de um aspecto formado entre dois elementos
do mapa, tomam-se os orbes dos dois elementos, somam-se e divide-se o resultado da soma por
dois. Num aspecto de Sol com Júpiter, por exemplo, somamos 16 o e 10o30’ e obtemos 26o30’.
Dividindo 26o30’ por dois, obtemos 13o15’, que é o orbe admissível para esse aspecto. Ou seja, um
trígono de Sol e Júpiter pode ir de 107o45’ a 133o15’.
É preciso deixar claro, porém, que os orbes em geral só devem ser admitidos quando os
planetas encontram-se em signos que formam entre si o aspecto considerado.2
As Estrelas Fixas
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“A importância fundamental das quatro qualidades básicas [calor, frieza, secura e umidade] para a compreensão dos
aspectos tem sido tão esquecida que os modernos chegaram a ignorar totalmente os limites entre os signos ao avaliar se dois
planetas fazem aspecto entre si. Pode-se admitir um orbe em torno da medida exata do aspecto; porém, esse orbe termina onde
termina o signo. Se um planeta está no primeiro grau de Touro e outro, no quinto grau de Touro, os dois estão conjuntos. Se um
planeta está no primeiro grau de Touro e outro, no último grau de Áries, o astrólogo moderno os reconheceria como conjuntos;
mas, como não partilham do mesmo elemento e da mesma qualidade sígnica que produziria entre eles uma perfeita
compatibilidade, a idéia de conjunção, neste caso, é absurda — embora os planetas estejam mais próximos, em graus, do que no
primeiro caso.” (John Frawley, The Real Astrology, p. 87)
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O simbolismo das estrelas fixas é derivado do simbolismo dos planetas. Com efeito, as
estrelas, classificadas sempre em benéficas e maléficas, levam cada qual a “marca” ou o estilo de
um planeta ou de um par de planetas. Seu caráter benéfico ou maléfico não depende, porém, do fato
de os planetas com os quais partilham o simbolismo serem benéficos ou maléficos. Ou seja, uma
estrela pode ter a natureza de Saturno, que é o Maléfico Maior, e ainda assim ser benéfica: no caso,
a contração ou limitação, que é a característica de Saturno, se manifesta na estrela de maneira
benéfica, como uma purificação ou uma proteção contra um mal. Do mesmo modo, uma estrela de
caráter jupiterino pode ser maléfica e, nesse caso, a expansão jupiterina vai representar um excesso
ou uma dissipação de uma qualidade.
A ação das estrelas fixas só se exerce por conjunção (ou seja, um trígono perfeito entre
um planeta e uma estrela fixa, por exemplo, nada significa), e o orbe admitido para a
conjunção é de no máximo 1o.
Algumas das principais estrelas fixas (Estão em negrito a
principal maléfica e as principais benéficas):
Maléficas Benéficas
Vértex (u e r): 27o A 50’ Aldebaran (u): 9o C 48’
Sharatan (u e w): 3o B 59’ Pollux (u): 23o D 15’
Algol (w e v): 26o B 13’ Regulus (u e v): 29o E 51’
Praesepe (u e r): 7o E 15’ Spica (t e u): 23o G 51’
Facies ( q e u): 8o J 20’ Lucida Lancis (v e u): 15o H 6’
As Partes
As partes são pontos do Zodíaco determinados pelas relações e proporções entre certos
planetas e certas casas, escolhidos de acordo com o tema que se quer conhecer. Sua função é
idêntica à das casas: representam um setor da existência, que pode ser bastante específico, e que é
avaliado segundo a colocação por signo e casa, a disposição e a aspectação.
O grau de especificidade das partes chega a ser impressionante. Existe, por exemplo, a
“parte do trigo”, que, aplicada ao mapa de um determinado ano, pode nos dizer como vai ser a safra
de trigo daquele ano. Mas as partes mais importantes são: