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PPI: E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua palavra; porém
faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora;
depois, farás para ti e para teu filho. 14 Porque assim diz o Senhor, Deus de
Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará,
até ao dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra. 15 E foi ela e fez
conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua
casa muitos dias. 16 Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite
não faltou, conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de
Elias.
Carol: Deus está o tempo todo usando pessoas para saciar a fome
uma das outras. A fome é uma das necessidades primordiais do ser
humano e, na linguagem bíblica, não significa apenas necessidade urgente
de alimento diário, mas de tudo o que o ser humano precisa para viver
com dignidade. Por isso, os nossos primeiros pais, Adão e Eva, foram
colocados no Jardim do Éden, onde encontravam tudo aquilo de que
tinham necessidade: a familiaridade com Deus e o alimento para nutrirem-
se sem cansaço. No deserto, o próprio Deus intervém miraculosamente
com o Maná, para matar a fome do seu povo.
Quando, pois, se trata de matar o apetite de tanta gente, Jesus dá
um mandato aos seus discípulos: “dai-lhes vós mesmos de comer”: Ele dita
assim uma qualificação da missão para a sua Igreja. Quer que ela seja
operosa na caridade, atenta a todos as necessidades do homem, sempre
pronta para socorrer a todos e de todos os modos possíveis.
Podemos dizer hoje que todos aqueles que se reconhecem em Cristo
sentem a urgência desse mandato e dessa missão. A doutrina social da
Igreja se tornou um claro ponto de referência para muitos, também para
aqueles que dispendem a sua energia no campo político. A Igreja, por si
mesma, não deixa de se mostrar como Mãe e Mestra também no setor da
caridade e da justiça, na firme convicção de ver sob os espólios do pobre e
do indigente a própria pessoa de Cristo.
Há, pois, um desafio aberto para os seus ministros prediletos, os
sucessores dos apóstolos. Jesus antes de se tornar Ele mesmo pão
repartido solicita aos discípulos de se tornarem pão para a humanidade.
Sua ordem é: vós deveis vos tornar pão para os famintos. Deveis dar vós
mesmos de comer.
Os santos mais conhecidos da Igreja, foram aqueles que tiveram
ligados a grandes obras de caridade, como Irmã Dulce e a criação
do hospital para os pobres; a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Madre
Teresa de Calcutá; São Vicente de Paulo que é o padroeiro das Associações
de Caridade, e milhares de outros santos e beatos da Igreja. As obras de
caridade estão presentes na Igreja desde a sua fundação.
O exercício da caridade, na Igreja, é feito nos hospitais, nos asilos,
nas creches, nos centros de atendimentos, nas pastorais sociais, nas
iniciativas de caridade e de solidariedade locais e internacionais.
A ação caritativa da Igreja não pode ser feita apenas de modo
institucional. É um dever de cada cristão promover a caridade no meio em
que ele vive. Não se vive a fé só com orações, preces e boa vontade, mas
precisamos “arregaçar as mangas” e fazer nossa parte. Onde existir um
pobre, um faminto, um marginalizado ou alguém sofrendo, ali deve estar
presente o cristão. Mais importante do que doar algo ou desprender-se de
alguma coisa em favor dos necessitados, é preciso “doar-se a si mesmo” e
fazer-se alimento para os famintos. É preciso ouvir, dar do nosso tempo e
da nossa atenção para o outro. Depois, movidos pelo Espírito do Senhor,
Ele mesmo vai nos inspirar palavras, gestos, atitudes e práticas para
fazermos o melhor para a necessidade do outro.